Ploy Thongkham

- Vai fazer um buraco nesse chão Ploy! - Ralhou ela irritada com a minha agitação, olhei pela milésima vez a janela, sorri quando vi um carro estacionar. 

- Finalmente ela chegou! - Falei animada, Ayla suspirou aliviada. - Boa tarde Khun Saengdao. - A cumprimentei assim que abri a porta, ela me olhou surpresa e sorriu fraco. 

- Boa tarde, como vai senhorita Thongkham e senhorita Franco. - Falou fazendo uma referência. 

- Entre Saengdao, Ploy já estava para fazer um buraco no chão de ansiedade. - Eu olhei feio para Ayla e Saengdao deu uma risada. 

- Como que vão as coisas Khun Saengdao? - Perguntei direta, Ayla me olhou desacreditada, eu dei de ombros, uma coisa que não gostava era de rodeios. 

- Bom… Acho que as coisas estão quietas demais ultimamente. - Falou se sentando no sofá, me sentei na poltrona à sua frente. 

- Aceita um café? - Perguntou Ayla, Saengdao discordou. 

- Eu vou ser bem breve senhoritas, só vim ver se alguma de vocês estão sabendo de algo, já se passaram três meses e as coisas andam quietas, além de não termos nenhuma pista, somente de um dossiê, e uma afirmação, a conta da senhorita Thongma foi movimentada recentemente, achamos que por enquanto pode ter sido seus familiares, não temos nenhuma certeza. - Concordei agora preocupada. 

Já faz três meses que se iniciou essa investigação para achar quem está por trás disso tudo, todo dia ficava apreensiva com medo de algo pudesse acontecer com Som ou Anong, algo me dizia que elas ainda correm algum risco. Porém não tive coragem de contar nada a elas, pelo fato de ser uma bomba grande para se explodir assim, também por não termos nada concreto, as provas que iriam nos ajudar foram todas queimadas naquele dia no apartamento da ex de Anong. Suspirei cansada, Ayla se aproximou colocando sua mão no meu ombro me fazendo olhá-la, sorrir fraco. 

- Então iremos continuar aguardando Khun Saengdao, mas precisamos lembrar que o tempo é curto até a mídia descobrir isso tudo, fora que Anong e Somwang não sabem ainda. - Ela franziu o cenho confusa. 

- Vocês ainda não a comunicaram? - Perguntou, então balançamos a cabeça discordando. 

- Resolvi contar assim que arrumasse mais provas, precisamos de certeza de tudo primeiro, além disso Som teve um problema grave com a mãe que está doente, não tive coragem de contar. - Ela concordou, então sorriu se levantando. 

- Certo, vamos manter contato, souberem de alguma coisa me avisem, se descobrirmos mais coisas, entramos em contato com vocês. - Concordamos, Ayla a acompanhou até a porta, eu fiquei ali pensativa, aquilo não me cheirava nada bem, esse silêncio todo, a pessoa que fez isso essa queima total de arquivos parecia uma grande profissional, sabia o que estava fazendo, e sabendo disso tudo, algo me dizia que vem mais por aí. 

- Tudo bem meu amor? - Perguntou ela se aproximando de mim e sentando no meu colo. 

- Se falar que sim é mentira… - Rir fraco recebendo um carinho no rosto. - Todo dia eu penso que elas estão correndo risco de vida, isso perturba minha mente, não consigo dormir direito. - Falei suspirando triste, Ayla sorriu fraco. 

- Eu te entendo perfeitamente, sei que Som é como uma irmã para você, igual Anon é para mim, não suportaria que acontecesse algo com ela de novo, aquele dia do hospital que ela quase morreu foi demais para mim, achei que tinham tirado uma parte de dentro. - Vendo sua dor não tive como não abraçá-la, compartilhamos da mesma angústia, respirei fundo tomando coragem de fazer o que estava na minha cabeça a um mês. 

- Quero falar uma coisa com você. - Falei a fazendo me encarar, segurei em suas mãos, então procurando no meu bolso da calça puxei uma caixinha preta de veludo, Ayla olhou confusa, então rir. - Abra você vai entender. - Assim que abriu seus olhos se arregalaram na mesma hora, sua mão foi direto para a boca em choque. 

- Meu Deus isso é… - Tentou falar antes das lágrimas descerem pelo seu rosto, sorri. 

- Ayla Franco, aceita passar o resto da sua vida ao meu lado? - Perguntei retirando o solitário de dentro da caixinha para por em seu dedo, Ayla não respondeu só se jogou em meu abraço chorando, fiquei paralisada sem entender. - Isso é um sim? - Perguntei confusa, ela se afastou balançando a cabeça freneticamente, respirei aliviada, então ela deu risada e estendeu a mão. 

Finalmente consegui a pedir em casamento, já faz tanto tempo que estou me segurando, além de estar bem nervosa dela não aceitar achar cedo demais, mas depois do que aconteceu com Anong, meu medo de perder Ayla ainda era grande, então queria formalizar nosso amor. Segurei seu rosto trazendo para perto, selei nossos lábios em um beijo calmo e apaixonado, uma coisa tinha certeza que amava demais Ayla Franco. 

Nosso beijo foi se aprofundando ficando mais quente, ousei passar a mão por dentro da sua blusa até seus seios, assim que comecei a fazer uma massagem, Ayla soltou um gemido abafado pelos nossos lábios, fui beijando a curva do seu pescoço, até chegar em seu colo, quando ia colocar uns de seus seios na boca, meu celular começou a vibrar, me separei dela frustrada por ter nos interrompido, franzi ao ver chamada de Somwang. 

“ Me dê um bom motivo para não matar você!”

“Tudo bem? Estou bem também!”

“ Não estou para brincadeiras Somwang, qual o motivo da ligação? Além de ser um empata f…” - Ayla tapou minha boca rápido para não falar, seu rosto estava totalmente vermelho de vergonha. 

“Está com raivinha só porque eu empatei sua f…” - Sua voz ficou abafada, não entendi nada no final da frase. 

“ Fala logo o que tá rolando!” - Estava sem paciência, Ayla deu risada. 

“ Calma… estamos indo para aí, Anon tem algo para contar a vocês.” - Suspirei ficando ainda mais irritada assim que ela encerrou a chamada.

- Lá se vai meus planos, elas estão vindo para cá. - Ayla deu um pulo do meu colo indo fazer um almoço para recebê-las, eu suspirei e fui ajudá-la, Somwang iria me pagar caro depois. 

Fim do capítulo