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ACONTECIMENTOS PREMEDITADOS por Nathy_milk

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Palavras: 5847
Acessos: 1138   |  Postado em: 06/12/2023

Capitulo 33

Capítulo 33 - Flávia

 

       Olhei a Bruna de longe e como sempre me encantei. Ela ficou sentadinha, esperando eu voltar com um chocolate quente. Viemos na cidade, conhecer a tarde da pequena Santo Antônio dos Pinhais. Acabamos almoçando na pousada ou sei lá qual o nome do lugar, e depois viemos conhecer o centrinho da cidade. Centrinho mesmo, porque o lugar é pequeno, mas muito aconchegante. Demos uma volta e ela viu um chocolate quente rodando em uma máquina, claro que eu me prontifiquei a ir buscar um para a Bruna. 

 Ela estava, como sempre, de salto, uma bota de salto na verdade, as pernas cruzadas e elegante. Como a Bruna consegue ficar elegante em uma calça jeans, uma camisa e um agasalho, blusa de frio. Não sei o nome da peça que ela estava usando. Quando eu cheguei com a bandeja carregando os dois chocolates ela abriu um sorriso lindo, que a cada dia me encanta mais. Parei com a bandeja na mesinha que ela estava, fui atrás dela e com delicadeza dei um beijo no pescoço - Você é linda! - e voltei para a cadeira da frente e sentei. 

 - Hum, o chocolate é cremoso. Nossa a boca encheu d'água. 

 - Vai devagar que está muito quente.

- Como você consegue ser carinhosa assim? Foi lá e pegou o chocolate, voltou me dando um beijinho, toma cuidado pra eu não queimar a boca. Eu to ficando mal acostumada Flavinha. 

- “Oshh”, mulher é pra ser bem cuidada, protegida, amada. Se fosse pra ser ruim chamava faculdade de direito. 

- Hahahaha, você consegue ir de 0 a 80 em um segundo. Volta depois de amanha mesmo?

- Felizmente ou infelizmente. As aulas já voltam na segunda, os estágios no escritório da faculdade começam na semana seguinte. 

- Mas é tudo alii na Consolação?

- A maior parte é, eu não tenho tempo de fazer estágio fora. Apesar que trabalhando na delegacia, não deixa de ser um mega estágio de direito penal, diário. 

- Você teve contato com a sua irmã depois daquele dia? Da festa da sua avó?

- Com a Roberta? Eu não. Eu não gasto tempo com quem quer se matar não. Me preocupo com isso aqui, eu, você, direito, concurso. Não gasto tempo com gente perdida não.

- Mas Flavinha, se oferecer ajuda? É uma doença. 

- Amor, toma o chocolate. É uma delícia. - cortei o assunto, não quero falar da Roberta, do quanto de droga ela usa, nem nada desse tema. 

- Pensei que depois desse chocolate, podemos voltar ao resort. Vai ter um jantar dançante hoje, você viu?

- Eu ouvi o cara falando ontem, mas vou ser sincera…

- O que?

- Eu estava encantada olhando seus olhos. Não ouvi nada - a Bruna ficou sem graça, com o rostinho avermelhado, fez um sorriso que puxa as covinhas, que sou louca. 

- Ai Flavinha, fico sem jeito. 

- Humm, o que é bonito a gente deve elogiar - mais um sorriso bobo com covinhas - Podemos ir no jantar sim, mas não vou dançar. 

- Até parece Flávia, olha essa sua cara de pau animada. Te conheço, se depender de você abre e fecha a pista. 

Demos risada por um tempo e ficamos em um clima leve, cheio de carinho, tomando o chocolate, dando uns beijinhos. Quando saímos da cafeteria, o dia já estava esvaindo. Por conta do inverno, a temperatura já estava bem baixa, o ar saindo da boca a cada palavra e a noite caiu muito mais rápido. Voltamos de carro para o hotel, a Bruna com a mão na minha coxa, apertando, me olhando com aquela cara dela de quero. Está sendo tão gostoso namorar de novo, me sentir viva, quista, desejada. A Bruna está me mostrando um mundo escondido. Já vivi isso, mas a tanto tempo, estou conseguindo respirar novamente e é uma sensação maravilhosa. Chegando no resort fomos direto para o quarto, a Bruna guardou a bolsa, tirou a blusa e colocou uma taça de vinho. 

- Essa bota está apertada, está machucando meu pé. 

- Tira isso amor, coloca um tênis. 

- Até parece. Eu já sou baixinha, namoro uma gigante, sem salto vou parecer um gnomo do seu lado. 

- E o que tem?

- É feio! - Eu dei uma risadinha e cheguei mais perto dela, ela foi acompanhando com o olhar - O que?

- Quem tá comendo não está reclamando - A risada foi automática

- Ai Flávia - me deu um tapinha no ombro - Que machista. 

- Não! Eu to mais preocupada com seu pezinho 34 estar confortável que num salto que te machuca só pela altura. 

- Não é 34 não. Eu calço 35/36. 

- Nossa, realmente. Quase igual ao meu 40/41. Vai de tênis amor, você vai conseguir dançar melhor. Dá um tempo pro seu pé. 

- Não vai ficar feio?

- Não vai ficar não. Mas mesmo que fique, você não tá devendo nada pra ninguém. Vai confortável que é melhor. 

 

            Meia hora depois estávamos entrando no salão do jantar. A banda já estava tocando uma música ambiente, mas sem dançar, nem nada. Escolhemos uma mesa próxima a pista de dança. Assim que o garçom chegou a Bruna já pediu uma taça de vinho e eu uma água. Até que ela reduziu aquela conversa chata de porque eu não tomo álcool. Olhei rapidamente o cardápio, me senti no direito de pedir um macarrão chique, com uma almôndega de nome diferente que a Bruna falou. Eu entendi a necessidade dela desse luxo, de comidas caras e tals, mas pra mim no final é macarrão com carne. 

 Ficamos comendo com calma, batendo papo, conversando sobre a vida até o show iniciar. Mal a banda começou e a Bruna já queria abrir a pista. Não aguentei e dei risada dela. Duvido que a brutamonte da ex namorada dela dançava, agora quer tirar todo esse atraso comigo. E eu quero mais é ficar coladinha com ela no meu pescoço. Mas tem que esperar alguém abrir a pista antes de nós.

           Nem demorou muito tempo, um casal de uns 50 anos acabou abrindo a pista de dança. Quase que de imediato a Bruna me olhou já pedindo. Dei um beijinho na mão dela e pedi para esperar. Fui ao banheiro, lentamente, ganhei alguns 3 ou 4 minutinhos. Quando eu voltei, tinha mais 2 casais na pista. Já me ajudou. Eu gosto de dançar, mas vou confessar que só comecei a aprender por insistência da Fabi. Nem tenho tanto talento assim, sou travada. Gosto mais de ver o pessoal dançando do que efetivamente dançar. Cheguei no salão e vi a cara de “vamo” da Bru, de bate pronto passei pela mesa que estávamos, bebi um pouco de água, sob o olhar vigilante dela. A água desceu e a mao subiu convidando ela para dançar. 

 O sorriso da Bruna é encantador, ela apoiou a mão no meu ombro, com leveza e calma. Eu passei minha mão pela cintura dela, dei aquela arrochada, aproximando os corpos. E como uma valsa, começando a ir para lá e pra cá. Apesar de termos dançado juntas poucas vezes, esse é um dos momentos que mais me sinto conectada a Bru. Nossa sintonia é leve, suave. O cheiro adocicado dela, de maracujá, subia pelo meu nariz e atiçava meu cérebro. Fazia eu querer cafungar mais ela, quase que respirando seu próprio oxigênio. Nos afastamos para uma rodadinha e logo puxei ela de volta, acompanhado de um selinho. 

 Ficamos no jantar, dançando até tarde. Tarde assim, umas 23h eu acho. A Bruna estava com um sorriso que não cabia nela, e eu exausta. Só querendo um banho. Em automático pensei naquela banheira maravilhosa que tem no quarto, com vista para a montanha e para toda a neblina noturna. Fomos de mãos dadas para o chalé, rindo, conversando, em uma sinergia leve e gostosa. Entramos no quarto e eu tirei meu casaco, um calor chato. A Bruna puxou o telefone e pediu uma garrafa de vinho, mais um suco pra mim e dois chocolates quentes. Ela me olhou com calma, mas cheia de segurança. 

 - Vem cá meu amor, como você pode ser tão linda - nem dei tempo dela falar qualquer coisa. Puxei ela novamente pra mim, braço pelo pescoço, mão na nuca. Beijo quente e acelerado. 

 - Pra quem fala que é velha, tá aguentando bem. Dançou tudo aquilo e ainda está no gás. 

 - Meu amor, minha única vontade é um banho naquela banheira e cama. Você não faz ideia. 

 - Quer que eu ajeite a banheira pra gente? - a Bruna perguntou. 

 - Humm, eu aceito - dei um migué, mas a real é que não sei fazer a banheira funcionar não. Ainda mais nesse hotel chique. Se fosse lá do motel da Brasilândia, poderia até ser que eu conseguisse. Mas até lá, sempre foi a Fabi a mexer com essas coisas. 

 Fiquei olhando ela começar a mexer nos botões da banheira, puxei uma garrafa de água com gás do frigobar e virei um ou dois goles. A acidez foi descendo na garganta, sutilmente queimando a mucosa e como sempre me acalmando. A Bruna mexeu em todos os equipamentos e parafernalhas da banheira fazendo ela começar a encher. Eu fiquei parada, pensando em alguma coisa, simplesmente esperando. A Bru, gostosa, aproveitou esse tempinho e mexeu no celular resolvendo algum BO. Quando a água chegou no ponto certo, ela voltou e desligou alguns dos botões.

- Flavinha, pode ir entrando se quiser. Eu já volto - olhou pra mim, acelerada como sempre, me deu uma bitoquinha e começou a mexer na mala. Eu me aproximei da banheira, coloquei a mão sentindo a temperatura perfeita. Humm, só de pensar meu corpo começou a relaxar. A primeira coisa que fiz foi pegar o celular e colocar uma playlist leve, quero um momento de relaxamento. A faculdade está voltando, acabou as férias, a investigação do tráfico está a todo vapor, cada vez que descobrimos algo abre mais e mais investigações. Preciso de um tempinho de paz antes de voltar para São Paulo e agradecer muito a Bruna por ter me proporcionado essa folga. 

Tirei minha roupa e com cuidado, tentando equilibrar a temperatura, entrei na banheira. Quente no primeiro segundo, depois meu corpo foi aceitando a temperatura, entendendo o momento, respeitando o clima. Deslizei para dentro da banheira, emergindo até a base do pescoço, ficando apenas a cabeça para fora. A temperatura já estava mais equilibrada, mais leve. 

Não consegui não pensar na Fabi, a imagem dela veio em automático, ela iria adorar uma viagem dessas, ela sempre gostou de frio, falava que ficava elegante de roupa comprida. Sempre achei bobagem, me arrependo dos momentos que desperdicei trabalhando e não vivendo com ela, curtindo ao lado dela. Deslizei mais um pouco o corpo, mergulhando completamente, sem ar, com a água quente queimando o rosto antes gelado. A falta de oxigênio incomodando levemente e depois intensificando, ficando absurdamente insuportável, exigindo a respiração rápida, abrupta e aguda. Subi rápido e puxei o ar, fundo, peito cheio, como se a vida ainda existisse, retornasse para dentro dos meus pulmões e de mim. Que sensação gostosa, quase uma meditação. Relaxei o corpo, aliviando as pernas e os ombros, ouvindo a música leve ao fundo. 

Meus olhos abriram quando a Bruna me chamou, vestida num roupão do hotel, os cabelos num coque mal preso no topo do cabelo, como sempre, linda, sorridente com cara de quem iria aprontar. Ela foi leve, delicada, mais brincando que sensualizando. Abriu o roupão, enquanto seguia o ritmo lento da música que coloquei ao fundo. O roupão aberto expos uma lingerie que ela deve ter escolhido a dedo, um sutiã de renda, azul claro que deixava os seios cirúrgicos mais esbeltos e duros, os mamilos acessos. A calcinha do mesmo tom e tecido deixou a frente bem agradável. Ela soltou o roupão ainda no ritmo lento da música e virou de costas, encantadora, mostrando algo que gosto de ver. Um corpo bonito, com carne, gordurinha e barriguinha, humano! 

- Maravilhosa meu amor! - falei, me acertando na banheira para chegar mais perto dela - Escolheu a dedo essa. 

- Você? Claro que te escolhi a dedo - até eu entender, ela já estava rindo de mim, acho fofo essas cantadas fajutas. Me aproximei mais dela, eu dentro da água e a Bruna fora, passei os braços por sua cintura, trazendo-a mais perto da banheira. Comecei dando uns beijinhos na barriga, beijos mais carinhosos. Passei a mão por dentro da calcinha, apertando os glúteos. Sempre olhando pra ela, sentindo se a Bru estava ali comigo, aproveitando, gostando. Entre beijos e apertos fui, devagar, tirando a calcinha. Abri meus braços chamando ela para a banheira, como se fosse um convite, claro que com mais significado que o simples entre na água, foi mais um venha comigo, viva comigo, algo assim. Sem vestir nada, a Bru entrou na banheira, uma perna, outra perna. 

- Cuidado que está quente, entra devagar - ela fez uma carinha sacana tão engraçada, que nesse clima leve, demos uma bela gargalhada. Quando vi, ela já estava de costas pra mim, encaixada nos meus braços. Delicadamente puxei seu cabelo para o lado, expondo a parte que estava crescendo do undercut, passei a mão, com carinho, beijos no pescoço e um aperto no abraço. 

- Adoro esse carinho todo que você tem comigo Flavinha - falou apoiando a cabeça no meu braço. 

- Namoro é pra ser assim, gostoso, legal, carinhoso, divertido. Se fosse para ser cheio de brigas e caos chamava delegacia. 

- Mas nem todo namoro é assim - respirou - fofo. 

- Não mesmo. Principalmente quando passa da fase inicial, se o casal não se policiar para manter esse clima gostoso, não tiver conversa, companheirismo, a coisa se perde. E existe o jeito de cada pessoa é o que a outra aceita. 

- É verdade, o namoro é um constante de cuidado - falou longe, pensativa. 

- Sim, não deve ser mais um peso, mais um trabalho o manter-se ali. Deve ser leve. Mas porque esse papo? - perguntei pra Bruna. 

- Nada, não, nada. 

- Às vezes o passado pesa né?! - perguntei delicada, mas direta. Ela em automático ficou tensa, enrijeceu as costas, e olhou pra mim incrédula pelo comentário - Às vezes precisamos falar para entender o que aconteceu, sair para olhar dentro. 

- Que conversa pesada para uma banheira quentinha. 

- Não gosto dessa conversa Bru - fiz um carinho no rosto dela - mas se precisar, se tiver que existir, eu estou aqui. Estamos construindo algo juntas, algo bonito, então se eu precisar gastar uns tijolos com essa base aí, vou gastar. 

- Você é muito madura Flávia - falou acertando o corpo e ficando de frente pra mim, dentro da banheira, imersa na água morna e aconchegante. 

- Existem conversas que não são confortáveis, mas que são necessárias. Igual quando você me perguntou da minha irmã, da minha família, passado e tudo mais. Enfim, quero dizer que se um dia precisar conversar sobre isso, estou aqui. 

- Só o cuidado e o carinho que tem comigo todos os dias, já faz eu ter essa conversa internamente. 

- Linda, você é uma ótima pessoa, profissionalmente mega definida, grande. Só falta acreditar mais em você e botar a banca de quem você é. Falo isso em relação ao seu padrinho, ao jornal, em relação a fumante lá. - ela riu na minha cara, mas tentou se segurar - o mundo é seu gafanhoto, só falta saber e querer pular. 

Ela passou a mão por trás das minhas costas, me puxando, aproximando nossos corpos. Encostou a cabeça em mim, na base do pescoço e ficou lá. Eu apoiei meu pescoço em sua cabeça e lá ficamos por um tempo. Sei que dói o passado e principalmente quando você sente ou entende o lugar negativo ou desconfortável que vivia. Nunca perguntei pra Bruna sobre detalhes do relacionamento anterior dela, mas tenho certeza que faltava carinho e compreensão, porque é exatamente os pontos que ela mais agradece ou fica tensa. Claro que eu sou brava, perco a paciência, mas jamais iria gritar com ela ou machucá-la. 

Ficamos na banheira um bom tempo, um tempo gostoso, de beijinhos e cafuné. Quando a água ficou quase na mesma temperatura do mundo externo, não tão confortável quanto antes, ela me olhou nitidamente pedindo para sair. Seu olhar era leve, relaxado, calmo, poucas vezes consigo ver a Bruna dessa forma. Ela é sempre tão acelerada que às vezes não consigo acompanhar ela. 

Ela levantou da banheira, com a pele enrugada pela hiperhidratação. Se enrolou no mesmo roupão que havia se apresentado previamente. Ela é tão linda, com essa carinha de perdida, de que quer proteção, mas não pode ser protegida, porque é autossuficiente. Eu estou a cada segundo mais e mais encantada pela Bruna, me permitindo isso. 

- Vai ficar aí dentro me secando?

- Opa, quem disse que estou te secando?

- Me olhou tanto que eu até desidratei. 

- Tava secando mesmo. E se reclamar, seco e apalpo - Ela não aguentou a cantada ridícula e deu risada, jogando a toalha pra mim, me oferecendo a saída da banheira. Antes de dormir, a Bruna ainda tomou uma taça de vinho e eu um café. Vou falar que ela fica estonteante com uma taça de vinho na mão. 

 

O sol bateu no nosso rosto antes mesmo das 7 horas, mas eu queria ficar ali mais tempo. Virei o corpo abraçando a Bruna, envolvendo ela em uma conchinha deliciosa. A sensação dela se aninhando em mim, achando a melhor posição, se encaixando na minha pelve é sem descrição. Não perdi a chance de sentir seu cheiro adocicado. Fiquei nessa posição até meu corpo doer e a própria Bruna se incomodar e também querer mudar de posição. 

- Não quero levantar - ela falou abrindo um sorriso gostoso, cheio de dengo.

- Então fica deitadinha comigo aqui. Podemos fingir que não existe mundo lá fora - falei leve.

- Se meu celular fingir que eu não existo, pode até ser. Daqui a pouco ele começa a tocar me procurando. 

- Você ficou muito tempo fora do jornal, já estão sentindo sua falta - completei. 

- Não tenho vontade nenhuma de voltar. 

- Bru, o mundo é seu. Você pode abandonar tudo isso e achar seu caminho - falei isso e já emendei num beijo no pescoço dela, aproximei mais o corpo na conchinha, esperando uma resposta, uma reação dela. Ela puxou o ar, como se também respirasse aquele carinho matinal. Claro que continuei. A mão desceu e foi no glúteo, para apertar e acariciar, enquanto eu sugava o cheiro em seu cabelo e beijava a orelha. 

A Bruna virou o corpo ficando de lado comigo, mas com o rosto frente a frente. Seus olhos estavam brilhantes, cheio de cor. Uma bitoquinha aqui, um sorriso ali. Ela pousou a mão na minha barriga, por cima da camiseta. Subiu, desceu, parou nos meu peito e deu uma apertadinha. Desceu a mao um pouco, olhando firme pra mim, passou a mao por baixo da blusa e voltou a subir, procurando meu seio. Encheu a mão forte, firme. Continuou olhando intensa, desejando, procurando. Deu um salto que eu não tive nem reação, pulou em cima de mim, uma perna de cada lado, sentando no meu corpo. Não gosto disso. 

 - Agora quem manda sou eu - falou isso segundos antes de beijar meu pescoço. 

 - Bru… - minha boca foi tampada por um beijo. Mas eu já estava desconfortável, o beijo foi quase que mecânico. Soltou da minha boca, com agilidade, uma mão puxou minha blusa e o tronco desceu para que pudesse beijar minha barriga - Bru, pára - não consegui soltar a voz, falei pra dentro, com um misto de raiva de mim, com raiva dela. Falei tão baixo que ela não ouviu e continuou. Mordeu minha barriga, a cada toque dela eu ficava mais tensa, mais desconfortável, uma perda de controle, uma sensação incômoda. A Bruna continuou descendo, quando encostou a boca em mim, foi uma ardência como se tivesse me queimado - Chega, pára, pára. 

 Acho que cheguei a assustar a Bruna. Pedi pra ela parar enquanto puxei rapidamente o corpo e me sentei na cama. Em automático veio uma vergonha tão grande, uma vontade de chorar, de ir embora, de querer me esconder. Olhei para baixo para não olhar para a Bruna, não queria ver a expressão de decepção ou raiva dela.

 - O que foi Flávia? O que aconteceu? - ela falou ainda apoiada nos joelhos, na minha frente. Eu continuei olhando pra baixo, com vergonha - Porque você travou? - Eu não queria falar, responder, só abrir um buraco e sumir - Tudo isso porque eu tomei a atitude? Olha pra mim Fla, tá tudo bem - ela baixou um pouco o tronco tentando criar uma linha entre os olhares. Eu respirei fundo, quase que meditando com calma, com classe levantei o rosto, me segurando, eu estava quase em pânico, com a respiração acelerada, braço arrepiado - Fala comigo Flávia!

 - Calma - foi só o que eu consegui falar, puxando o ar com dificuldade. A Bruna levantou da cama, foi até o frigobar, abriu uma garrafa de água e virou um gole grande. Eu ainda estava sentada, puxando fundo o ar e assoprando a vela, tentando me acalmar. Podia sentir o olhar julgador e de reprovação da Bruna. 

 - Sabe o que eu fico puta? Tenho certeza que se fosse com a tal da Fabi você não estaria em pânico. Eu dei “mo” tempo pra você. Foda - virou a garrafa de água e seguiu para a varanda do quarto. Eu não consegui responder, não consegui ter reação alguma. Eu não esperava essa reação da Bruna, esperava carinho, compreensão, eu acho. Eu estava desnorteada, por ansiedade, por medo, vergonha. Entrei no banheiro, abri a torneira e molhei minha mão. Deixei embaixo da água um tempo, peguei um pouco e joguei no rosto, molhei a nuca. Fiquei um tempo com a cabeça pra baixo, meditando. Levantei o rosto e olhei no espelho, havia uma raiva minha, mais ainda uma chateação. Só tem um jeito de eu dar uma acalmada, correr. Correr sempre me ajuda a centralizar as ideias. 

              Sai do banheiro, fui direto para minha mala que estava ao lado da cama. Abri ela, com calma, ainda fazendo os exercícios de respiração. Que gatilho incômodo. Achei minha calça de corrida, peguei a primeira camiseta que achei. 

            - onde você vai? - ela me perguntou, ríspida, com raiva, bem diferente da Bruna saidinha, respeitosa. Falou isso e começou a mexer na bolsa de mão dela. 

            - Vou correr! - ela continuou sacudindo a bolsa - E você vai fazer o que? - Eu realmente estava chateada com a atitude dela, com sua rispidez. 

             - Eu vou fumar - parou finalmente de sacudir a bolsa e tirou de dela um maço de cigarro. 

                - Não sabia que você fumava - falei só levantando o rosto, enquanto eu terminava de amarrar o tênis. 

                - Tem muita coisa que você não sabe sobre mim.

               - Tem mesmo, hoje eu descobri duas - falei levantando e segui em direção a porta, já a Bruna com o cigarro na mão olhou eu sair, mantendo a expressão de raiva e a torta de climão. Quando sai do quarto o ar frio da serra entrou gelando o pulmão e fazendo tudo arder por dentro, antes mesmo de chegar na estrada de terra eu já estava aquecida. Estou sem correr desde o dia do tiroteio, então não adianta forçar hoje. Quero apenas dar uma acalmada, respirar sem surtar com a Bruna. Não quero estragar essa viagem que foi tão gostosa, boa pra mim e para a gente. 

 

 Em 40 minutos eu estava de volta ao hotel, resort, pousada, não sei nem o nome exato desse lugar. Entrei caminhando, recuperando o fôlego, afinal, 40 minutos de corrida no frio não é pouca coisa. Passei em frente ao restaurante do lugar, os itens do café da manhã estavam posicionados lá, bem servidos. Me deu muito mais vontade de comer lá no salão que no chalé. Quando entrei novamente no quarto, Bruna estava deitada na cama, com as pernas cruzadas, braços esticados mexendo no celular. A expressão dela ainda era de poucos amigos, mas menos puta que 50 minutos atrás. Quando a porta abriu ela apenas acompanhou com os olhos, sem nenhuma palavra. Isso é uma coisa que me cansa um pouco nela, eu preciso sempre ser a pessoa madura, aquela que acerta os pontos, que sempre dá um direcionamento. Mesmo transpirando fui ao lado dela na cama, ela continuou me acompanhando com os olhos. 

 - Vou tomar um banho rápido. Passei lá na frente do restaurante, a mesa está bem bonita, pensei em tomarmos café lá. O que acha?

 - Faz como você quiser. 

 - Bru, chega amor. Vem cá - estiquei a mão pra ela, estimulando ela a sentar na cama, para ficarmos em uma posição de encaixe dos olhares - Já passou amor, não precisamos prolongar esse climão. 

 - Não é que eu quero prolongar, estou chateada com você Flávia. 

 - Está chateada porque Bru? Especificamente!

 - Ah, você sabe - ela falou desviando o olhar. 

 - Está chateada porque eu não fiz o que você queria?

 - Não é isso, assim eu pareço uma mimada que faz birra quando não ganha algo. 

 - E não está sendo?

 - Não! - falou quase gritando comigo.

 - Você queria sex*, queria que eu fosse passiva. Você sabe se eu gosto? Se eu me sinto bem? Se eu queria? Talvez não seja egoísta me forçar a isso?

 - Não estava forçando. 

 - Bru, eu sou muito mais ativa, não gosto de receber. Esse é o meu jeito. Não vou mudar isso, me submeter a algo incomodo pra mim só para te agradar. 

 - Isso é foda em você Flávia. Parece que você sempre vem em primeiro lugar, eu não consigo entrar nessa sua bolha. 

 - Bru, não vai adiantar discutirmos mais. Só vamos nos machucar. Eu vou tomar um banho e depois vamos lá no refeitório tomar café, pode ser? - Se quiser, vem comigo pra um banho - falei com bastante calma, tentando não perder o foco ou a paciência que em geral eu tenho. Olhei pra ela novamente, pedindo por uma pausa, as vezes a Bruna é tão infantil que eu me irrito. Entendi que ela não iria me acompanhar, então segui para o banheiro. Tirei a roupa e com uma certa dificuldade a calça, que estava colada na pele. Puxei sentindo uma ardência, até que entendi que eu havia rompido os pontos da perna, que a lesão voltou a sangrar e que deve ter sangrado muito no tempo que corri, a ponto de colar a calça na pele. 

 

            - Lá fora estava muito frio? - ela falou pouco tempo depois que sai do banho, tentando puxar um assunto. 

             - O ar tá bem frio. Levei um tempinho pra conseguir me aquecer. Mas tá sem vento - parei no pé da cama, enrolada na toalha e me agachei para mexer na mala. 

              - Mas tava tranquilo para correr? - ela realmente estava puxando papo, tentando anular um pouco aquele mal estar. Eu nem quero pensar muito, só vou deixar rolar, em um outro momento eu retorno nessa situação e tento alinhar mais algum ponto. 

             - o terreno não é dos melhores, aí peguei mais leve. Fiz só 5 para soltar. Mas fiz num pace leve - passei a calcinha por baixo da toalha e vesti. Tirei. Toalha e vesti o top. Ela foi a acompanhando meus movimentos. Estiquei o braço novamente e peguei o esparadrapo na mochila, por sorte eu trouxe. Sentei na beira da cama e cruzei minha perna para trás, tentando ter um acesso melhor para secar o corte. 

         - Você cortou a perna? Vamos no hospital - ela ficou um pouco assustada. 

         - Não adianta ir no hospital, isso aqui não vai ser costurado. 

           - Mas se não costurar vai ficar bem feio - ela finalmente mudou de posição e se esticou para ver o corte - aí que aflição! - sorri pra ela, como se eu já esperasse. Comecei a fazer o curativo, sequei com bastante cuidado e fui cortando o esparadrapo em finas tirinhas - o que você vai fazer? 

          - Vou fazer ponto falso no corte. Não tem mais como costurar, mas se eu juntar os lados com esparadrapo, ajuda na cicatrização - ela ficou atenta a todo cuidado que eu estava tendo. A cada ponto que eu colocava, ela fazia uma expressão diferente, quase que engraçada. 

           - Quando você aprendeu a fazer isso? Teve no curso de agente? - Levantei da cama e continuei me trocando, enquanto respondia. 

             - Aprendi na vida amor. Nem sempre tive plano de saúde, às vezes é mais rápido se remendar em casa do que esperar atendimento. Do que ouvir " porque está sozinha? Cadê seus pais? ' - houve um período de silêncio e ela ficou pensativa. 

       - Pensei já deixar as malas prontas, arrumadas. Saímos do café, passamos na recepção e retornamos. O que você acha? - acenei com a cabeça concordando. Terminei de me trocar, devidamente agasalhada, seguimos para o restaurante. O clima foi ficando cada vez mais leve, voltando ao clima habitual. Tomamos nosso café com calma, sem o clima pesado de momentos atrás. Foi uma refeição cheia de carinho, pés encostados embaixo da mesa, conversa leve em cima, risadas. 

 Depois do café da manhã, a Bruna foi na recepção do hotel para acertar as contas. Eu nem me atrevi a entrar, o que me causou novamente uma péssima sensação. Estou tentando trabalhar isso, não me incomodar. Sabe, ela aceita que eu não tenho essa grana e quer pagar, cabe ao meu lado não impor empecilhos e cortar ela. Mas um incômodo sempre existe. Eu habitualmente gosto de dividir as contas ou revezar o pagamento, não gosto da sensação de depender ou usar de alguém. 

Entramos no carro em direção a São Paulo, como o habitual, ela pediu para eu vir dirigindo. Faço isso com muito carinho, o Land Rover dela é super confortável, cheiroso, bem cuidado. Entramos e eu coloquei uma musiquinha ao fundo, quase que um som ambiente e ela logo pegou o celular para alguma coisa do jornal. Ficou um tempinho no celular, mas logo estava centrada em conversar comigo, mão na perna, cafuné no meu pescoço. Um cuidado gostoso que ela tem comigo. Aproveitei e virei um gole do meu café. Trouxe um copo de café do hotel, não gosto de dirigir sem. 

- Ainda não acredito que você pegou do café do resort. 

- Ah, mas é claro que peguei. Não gosto de pegar a estrada sem um café para me acordar. O ruim é que depois do café me deu vontade de um doce. 

- Um doce?

- É… sei lá um chocolate, uma bala - comentei dirigindo - Na próxima parada que tiver, pego um. 

- Putz, não tenho nada aqui - ela falou pensando longe. Esticou a mão pegando a bolsa e colocou no colo, sacudiu, remexeu e tirou duas bolinhas lá de dentro - Humm, amêndoa e pistache?

- Humm, achou um chocolatinho? Que mulher fantástica. Pode ser a de pistache?

- Claro! - Ela abriu o pacotinho e me deu a trufa na boca, enquanto eu dirigia. Encostei a lingua na bolinha que foi suavemente dissolvendo, preenchendo todas as papilas. Meus olhos só não fecharam de prazer porque eu estava dirigindo. 

- Caraca, que chocolate gostoso!

- É bom né?! Sentiu o pistache?

- HuHum, parece que estou comendo um saquinho deles, mas é só o recheio da trufa. Que delícia. 

- Eu adoro esse chocolate.  

- Que marca que é?!

- Ah, é um chocolate belga que vende no Iguatemi. É de um chocolatier que ele mesmo processa o nuts de cacau, é quase um chocolate artesanal. 

- Nossa, maravilhoso. Você foi no Iguatemi? Nem me falou nada.

- Não, é longe ir lá. A Mayra foi lá esses dias e me trouxe uma caixinha de trufas - a doçura e sedosidade da trufa parece que se tornou amarga na mesma pedida. Ao invés de querer me deliciar, eu queria cuspir. Essa porr* de chocolate foi a Mayra que deu pra ela?

- Ela que te deu o chocolate?

- É… ela foi no Iguatemi essa semana e lembrou de mim. 

- Ela foi no Iguatemi, do outro lado da cidade, comprou o chocolate que você gosta e te deu?

- É! Porque?

- Por nada, super normal. Também faria isso se eu quisesse minha ex de volta. 

- Nada a ver, Flávia. 

- Não, claro que não. Super normal. 

- Meu, ela foi lá e lembrou de mim. O que tem de errado?

- Nada Bruna. Não tem nada de errado - aumentei um pouquinho o rádio, não queria mais falar com ela, não agora. Mas a Bruna não queria parar a discussão, reduziu o som do carro e continuou. 

- Ela foi lá no shopping, lembrou que eu gosto desse chocolate e comprou. Igual você fez com o Starbucks quando me buscou no aeroporto. Isso é normal, é um carinho. 

- Sim, tá certo. Não tem nada de errado Bruna - falei mais firme.

- Você queria que eu fizesse o que? Devolvesse? Ela não fez por mal, só lembrou que eu gosto e comprou. É um carinho que eu gosto, ela sabe disso. 

- Se você gosta tanto desse tipo de carinho dela, mantêm hábitos de quando estava com ela, porque não está com ela? Esse é o tipo de coisa que estou começando a me chatear muito Bruna. É foda disputar com ela. Não é um hábito meu. 

- Não é uma disputa Flavinha. Amor, foi só um presente. 

- Tá certo Bru, só um presente - voltei a aumentar o som, com certa insistência. A Bruna não forçou mais a conversa, mas era nítido o desconforto dela em ser contrariada, o bico

batia lá em São Paulo. Passei por um posto de serviço, mas nem quis mais parar, só queria logo chegar em casa. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fim do capítulo


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Comentários para 33 - Capitulo 33:
mtereza
mtereza

Em: 24/12/2023

Estava tudo tão bem e termina nesse clima a Bruna tem horas que parece sabotar a relação delas de propósito 

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tainateixeira
tainateixeira

Em: 22/12/2023

A infantilidade da Bruna me irrita. Já torço pra Fabi acordar e a Flávia ficar com ela.

A Bruna parece que gosta de sofrer, menina mimada.

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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 06/12/2023

Eita vacilou em Bruna aceitar presente de ex.

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mtereza
mtereza

Em: 06/12/2023

Poxa estava tudo tão perfeito no início e acabou assim 

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