CAP. 45 - Almoçando com o cunhado
Bia
E lá estávamos nós entrando na casa de meu cunhado, Sam me puxava toda feliz e sorridente e em toda a minha vida, não lembro um momento ao certo que tenha me sentindo tão nervosa quanto naquele dia. Bobagem eu sei, mas convenhamos, o irmão da mulher que eu amo e que ela tanto admira, pode não me aprovar como cunhada, isso assusta um pouco. Peguei uma garrafa de vinho que levei, sobre protesto de Sam, mas não queria chegar de mãos livres.
– Tia Biaaa...
Ouvi o grito da pequena Maravilha vindo em minha direção correndo, sorri.
– Oi cariño!! – a recebi em meus braços recebendo um abraço e um beijo gostoso, sorri dizendo: – Senti saudades de você, minha pequena.
– Eu também, tia!
Suas mãozinhas seguravam meu rosto, era tão bom receber aquele carinho todo, seguimos para a porta onde a dona da casa nos esperava.
– Olá Beatriz, tudo bem? – esticou a mão que peguei gentil retribuindo o cumprimento.
– Olá Claudia, estou bem sim e você?
Diana desceu do meu colo e correu para o interior da casa, abracei Sam sorrindo para a morena na minha frente que dizia sorridente:
– Eu estou ótima, e faminta também, como chegaram mais cedo, podemos adiantar o almoço, se estiverem de acordo.
– Por mim tudo bem, está com fome, amor?
Sam me olhou perguntando divertida, concordei dizendo:
– Estou sim!
A felicidade no semblante dela bastou para me deixar um pouco mais aliviada, entramos na casa e não demorou muito o irmão dela apareceu. Ela foi de encontro a ele beijando-o e sendo recebida com o mesmo carinho, Claudia enlaçou o braço no meu, chamando minha atenção sorrindo e falando algo, quando seu marido se aproximou dizendo:
– Olá Beatriz, tudo bem? – Estava sério, mas esticou a mão em minha direção dizendo com um meio sorriso: – Seja bem-vinda a minha humilde residência.
– Olá, Luiz! – Sam me abraçou, estiquei a mão cumprimentando-o firme, concluindo: – Obrigada pelo convite, trouxe um vinho, apesar de Sam dizer que não precisava, insisto que aceite.
– Obrigado! – recebeu a garrafa e nos olhou dizendo: – Sam sabe que não resisto a um bom vinho, claro que aceito.
Olhei para a minha pequena e sorri aliviada, ela apertou minha cintura dizendo:
– A Bia tem a mão boa para escolher vinhos Lu, aposto que vocês vão se dar muito bem nesse quesito.
– Espero que sim, estou ansioso para conhecer a tão famosa tia Bia?
– Sou famosa?
Sorri aceitando o convite dele de nos sentarmos no sofá, Sam sentou ao meu lado, ainda estava apreensiva, mas fui relaxando com o tempo, ele nos olhou abraçando a esposa e comentando divertido:
– Diana não para de falar em você, começo a ficar com um pouco de ciúmes.
– Ah sim! – sorri aliviada, não disfarcei o sorriso de encantamento quando olhei e a encontrei brincando com um bebê do outro lado da sala, disse: – Diana é uma menina incrível, fico feliz de ser citada por ela.
– Ela gosta muito de você, está sempre comentando uma coisa ou outra que vocês fazem juntas.
Olhei para Sam, não poderia estar mais feliz com aquele depoimento, a abracei e olhei para o rapaz na minha frente, disse com toda a sinceridade que veio ao meu peito:
– Sabe, Luiz! – inspirei fundo, dizendo: – Eu não sabia o que era felicidade até Sam e Diana entrarem em minha vida, sou muito grata por isso, e pode ter certeza, vivo cada momento da minha vida em prol da felicidade delas.
– Ohhh, meu amor... – Sam passou a mão em meu rosto emocionada, sorri para aquela que arrancava cada suspiro de meu coração. – Tem como não amar você?
Beijou meus lábios deixando uma lágrima rolar por seu rosto, a capturei antes que se perdesse em seu pescoço, sussurrei:
– Não chora, cariño! Por favor!!
Passei a mão de leve em seu rosto que sorriu, olhou para o irmão dizendo:
– Viu porque é importante você aceitá-la em minha vida? – olhei dela para o irmão que sorriu dizendo:
– O que me resta a dizer, além de seja bem-vinda a nossa família, Beatriz! – ele levantou e veio em minha direção, levantei mantendo Sam em meus braços, e antes que eu previsse o que ia acontecer, ele nos puxou para seus braços nos apertando: – Agora que está tudo resolvido, vamos abrir aquela garrafa de vinho e comemorar.
Sam pulou nos braços do irmão, no momento em que Claudia se aproximou dizendo sorridente:
– Você o surpreendeu Beatriz, e olha que é difícil ver meu marido assim!
– Por favor, me chame de Bia! – olhei surpresa para ela perguntando: – O que eu fiz?
– Se você faz a Sam feliz, isso por si já é o bastante, – fiquei envergonhada, e ela continuou – mas ela deixou bem claro o quanto você é importante na vida dela, Diana complementou com suas pequenas histórias de ontem para hoje. Ele não iria desapontar as pessoas mais importante da vida dele, não por bobagem.
– Não vejo como bobagem o que ele estava sentindo, Sam sofreu por uma escolha que ela julgava ser a certa, e ele aceitou porque a fazia feliz – a morena me olhava admirada, sorri triste – me culpo pelo que aconteceu a ela, se tivesse ficado e escutado, talvez ela não tivesse sofrido tanto.
– As coisas aconteceram porque estava escrito que iria acontecer, não é da forma como imaginávamos que fosse ou queríamos, mas tudo acontece por um motivo.
– Acredita mesmo nisso?
– O amor de vocês é de alma Bia, em algum momento algo ou “alguém” iria separar vocês para entenderem o quanto as duas se completam, e reafirmar, além de aumentar ainda mais esse amor – olhei para Sam que me olhou sorrindo, inspirei fundo sentindo meu coração acelerar, ao meu lado a morena perguntou – você a ama?
– Mais do que a mim mesma! – olhei para a moça que segurou meu rosto dizendo apenas:
– O que passou, passou e agora está no passado, apesar de doer, não doerá mais!
– Obrigada pelas palavras, as guardarei para sempre!
Sorriu, Luiz e Sam apareceram cada um com duas taças, ela me entregou a dela e ele a dele para a esposa, o brinde foi levantado:
“A nossa família, e que nada e nem ninguém separe o que sentimos um pelo outro!”
Abracei Sam a trazendo para meus braços, sorri, agora a minha felicidade estava completa. O almoço foi regado a risadas e muita alegria, ganhei o irmão que sempre quis na vida, amigos e uma grande família.
SamO começo foi meio tenso, mas como eu sempre dizia, a Bia conseguiu amansar a fera que meu irmão tentou parecer no início, mas o conhecia muito bem e que aquilo era só fachada, e como previsto, se rendeu aos encantos da Bia, que aliás, me fez chorar com aquela pequena e terna declaração de amor. Podia se esperar tudo da Bia, inclusive que ela me fizesse chorar de emoção com duas ou três frases direcionadas a mim.
Agora que tudo estava bem entre meu irmão e ela, que o receio dele não “aceitar” o nosso amor, tinha passado e a alegria se instalado em nosso almoço, agora era o ciúmes de Diana que o fazia fechar o semblante, estávamos na cozinha ajudando Cau a limpar as coisas, mesmo sobre protesto dela, quando Diana chegou do nada dizendo:
– Tia Bia, você pode ensinar Yoga para o Rui?
– Como é, Yoga? – Luiz perguntou olhando admirado para mim, sorri dizendo:
– A Bia aplicou um milagre lá em casa todas as manhãs, agora acredito eu que Diana consegue ficar mais ou menos uns trinta minutos praticando com ela.
– Vinte em cinco minutos, amor! E agora nós praticamos com algumas posições diferentes – sorriu radiante se abaixando para minha filha dizendo – podemos tentar cariño, mas acho que ele é pequeno demais para entender.
– Eu mostrei a ele ontem, quer ver?
– Claro!
– Essa até eu quero ver! – Luiz foi com eles, sorri olhando para a Cau que disse:
– Se a Bia prender a atenção do Rui, vamos ter problemas.
– Para com isso, está querendo me assustar?
Joguei o pano de prato nela rindo e seguimos para onde eles estavam, apenas observando, mas de onde estávamos podíamos ouvir Diana dizendo:
– Rui, vamos!
Ele foi gingando com as perninhas dele até o centro da sala, onde pacientemente Diana fez com que ele cruzasse as perninhas e fizesse a posição com as mãos, ficaram assim por alguns segundo até ela dizer:
– Agora a cobra, Rui.
– Cobra? – Claudia perguntou ao meu lado, sorri dizendo:
– A cobra! – expliquei: – Segundo a Bia, essa é uma das melhores posturas de Yoga para crianças. Basta se deitar com a barriga para baixo, como eles estão fazendo – apontei as crianças, Rui se divertia arrancando sorrisos da Bia – olha lá, agora com a ajuda das mãozinhas, vão levantando a parte superior do corpo lentamente. Enquanto a parte inferior deve se manter reta e esticada.
– Saudação ao sol, Rui, é assim, você levanta as mãozinhas para o céu esticando os braços e fala “oi sol” – olhou para a Bia toda orgulhosa dizendo – tem que dizer oi para o sol, né tia Bia.
– Sim, cariño! Você é uma ótima professora, parabéns!
– Obrigada! – e correu para os braços da Bia, o mais incrível foi ver o Rui correndo para ela também, e Luiz comentar divertido:
– Pronto, perdi a sobrinha e agora perdi o filho também.
Foi impossível não rirmos da graça dele, mas que visivelmente estava enciumado, a Bia falou alguma coisa para Diana, que segundos depois pegou a mão do tio e o levou para o meio da sala ensinando-o a praticar Yoga também, agora o bobo estava rindo à toa e quando ela se aproximou de nós, perguntei divertida:
– O que disse a Diana, amor? – sorrindo ela me abraçou por trás dizendo:
– Falei para ensinar ao tio também, tudo o que eu ensinar a ela.
– Você é maravilhosa, sabia?
– Sou?
Sorriu provocativa, minha cunhada se aproximou chamando a atenção, desviamos nossos olhos para ela sorrindo que disse:
– Leva jeito com crianças Bia, pensa em ter mais filhos?
– Sim, falei a Sam outro dia que podemos começar a pensar em cinco, como já temos a pequena Maravilha seria mais quatro. – Claudia jogou a cabeça para trás gargalhando, olhei para as duas, a Bia deu de ombros dizendo apenas: – Sou muito carente, amor!
– Já disse que você é doida?
– Sou doida por vocês, e sei que gosta um pouquinho assim das minhas loucuras.
Sorriu fazendo gestos com os dedos mostrando o “pouquinho” dela, balancei a cabeça apenas.
Continuamos a conversar sobre filhos, acreditando eu, que Claudia estava tentando colocar a conversa que tivemos no outro dia sobre aproveitar o momento, em ação, amava minha cunhada por isso, ela pegava meus medos e receios mostrava as soluções e saídas de forma certa e precisa, e agora com uma aliada, a Bia, eram duas contra uma. Logo meu irmão cansou das crianças e se juntou ao time das duas, perdi feio aquele jogo.
Passamos um sábado muito bom em família, nos despedimos deles passava um pouco das quatro da tarde, depois de marcarmos outro encontro em família. Diana ia falando pelos “cotovelos” no banco de trás, até a Bia sair da rota de nosso apartamento indo em direção à praia, perguntei:
– Onde estamos indo, amor?
– Lembra que falei que ia levar vocês a um lugar hoje?
– Sim, e você não quis me falar onde!
– Você só não me persuadiu mais, é diferente, amor – sorri olhando para ela, impossível ficar brava.
Cerca de trinta minutos depois ela entrava em um condomínio na praia, só que pegou uma estrada paralela indo em direção contrária de onde ficavam as casas, e ao final daquele caminho, duas ou três mansões distintas, sendo que a terceira ficava mais afastada e com um pedaço da praia em particular, fiquei admirada quando ela estacionou o carro na entrada da garagem daquela, e saiu dizendo:
– Quando retornei de Madri, não estava muito afim de morar com meu avô, e também, não queria ficar em meu apartamento, resolvi que iria comprar uma casa para mim, mas essa teria que ser perfeita – tirou Diana da cadeirinha e me abraçou finalizando – escolhi essa, porque adorei a arquitetura e vários outros detalhes, quase deixei minha corretora maluca naquela semana.
– Espera! – estava sem palavras diante do que ela falava, dei dois passos em direção a casa e voltei para ela perguntando: – Essa casa é sua?
– Não, amor! – tocou meu rosto com as duas mãos, beijou meus lábios e sorriu dizendo: – Ela será nossa, minha, sua e da pequena Maravilha se vocês gostarem dela e aceitarem vir morar comigo.
– Eu não acredito nisso!
Surreal? Era o que estava pensando naquele momento, ela sorriu:
– Na época, fechei negócio com os proprietários, mas pedi a eles que me dessem um tempo para pensar! – Ela me abraçou mordendo o maxilar como sempre fazia quando estava pensativa, aquilo tirava minha concentração, voltou a falar: – Logo depois, graças a Deus retornamos nossa relação, e pensei, já que vamos morar juntas, você é uma parte principal disso, amor. – Sorriu beijando meus lábios, ainda estava sem palavras diante daquela deliciosa surpresa: – Essa semana pedi as chaves da casa, mas quero que saiba, que se você não gostar, podemos procurar uma que agrade você, não farei nada sem que esteja do seu agrado.
– Bia... Eu... Não sei o que falar!
– Vamos conhecer o lugar, fazer um tour pela casa, e ao final dele, me diz o que achou, está bem assim?
Apenas balancei a cabeça concordando, ela abriu um sorriso ainda maior e mais lindo, chamou Diana que estava vendo os peixes em uma fonte próxima, e nos levou para o interior da mansão. A Bia já deve ter descrito o lugar, mas faço questão de o fazer novamente... O condomínio como havia dito, é privativo com praia particular.
Era grande, na parte de cima, três quartos ainda maiores e duas suítes, uma delas aberto a sacada que dava acesso a uma vista de tirar o fôlego. Naquele espaço um ofurô com acabamento em madeira, que ao final da tarde, a luz fechava a visão dos sonhos.
Na parte de baixo uma sala enorme com o pé direito de mais ou menos quatro ou cinco metros, de amplo espaço, um escritório totalmente equipado, uma cozinha belíssima, e ainda tinha a garagem com espaço para três carros. A área externa com piscina e pergolado que dava acesso a uma churrasqueira mais à frente.
A Bia como parte daquele espetáculo, explicava partes da arquitetura e mostrava cada pedacinho daquele lugar e finalizou dizendo:
– Se você não gostou da pintura ou mobílias, podemos comprar novos. Quando vim aqui pela primeira vez, notei algumas modificações que podemos discutir depois, se quiser – abria os braços dizendo – à primeira vista, essa é a casa dos meus sonhos, mas ela só estará completa se vocês duas fizeram parte disso tudo.
– Algo mais que queira me mostrar? – sorri divertida, mas ela me olhou séria dizendo:
– Sim! – chamou Diana e nos levou para a areia da praia, quando chegamos a uma distância da propriedade, ela me fez olhar para trás e disse ao me abraçar: – A segunda maior beleza desse mundo, é esse espetacular pôr do sol.
Faltou palavras para descrever aquele momento, o sol estava se pondo e a luz refletia na casa, tornando a magia do momento, se possível, ainda mais perfeito. Ficamos ali alguns minutos vendo o espetáculo da natureza, quando curiosa perguntei:
– Você disse que isso, – apontei para onde o sol ia longe, sorrindo – era a segunda maior beleza do mundo, qual é a primeira?
– Ah, meu amor! – Inspirou fundo se aproximando e tocando meu rosto, sorriu colando nossos lábios: – A primeira em disparada, é você, cariño – claro que mais uma vez ela me deixou sem jeito, sorri abaixando a cabeça envergonhada, e olha que isso era algo bem difícil de acontecer, mas ela levantou meu queixo dizendo – não importa onde eu estiver, desde que vocês duas estejam comigo, esse será o meu lar.
– Lá vai eu chorar novamente, vai virar hábito você me deixar emocionada, Bia?
Pegou a lágrima que rolava pelo meu rosto com os lábios sussurrando:
– Não quero ver você chorando, cariño, nunca – me abraçou e ficamos naquele contato por algum tempo, depois voltamos para a casa e dela para o carro, onde ela encostou perguntando – o que achou da casa, amor? Falarei com a Sandra para ela separar mais algumas para visitarmos, se você quiser.
– Não precisa Bia, mas isso é necessário? Comprar essa mansão enorme para nós?
– Você não gostou, cariño, é isso? – se aproximou dizendo ainda: – Tudo bem, podemos pensar em uma... – não a deixei que terminasse dizendo sorrindo:
– Eu amei essa casa Bia, me apaixonei por tudo o que me mostrou.
– Mas, porque perguntou se era necessário?
– Porque é preciso ter certeza, antes de adquirir um patrimônio desses, além disso, eu não posso pagar.
– Hei, não pense assim – me abraçou e pude sentir as batidas de seu coração ao falar – tudo o que é meu, é seu também, e futuramente será de nossos filhos – sorriu lindamente, arrancando um sorriso meu. – Se você gostou e eu gostei, podemos fechar negócio?
– Eu ainda não sei...
– Espera... – ela me silenciou, chamou Diana que ao se aproximar, a Bia ficou na altura dela perguntando: – Hei pequena Maravilha, o que achou da casa?
– Grandona e tem uma praia só dela, gostei dos peixes e você viu o que tem na garagem?
– O que tem na garagem, cariño?
– Uma bicicleta rosa, igual da Barbie, posso ficar com ela?
– Diana, amor, não é assim... – a menina abaixou a cabeça dizendo:
– Desculpa, tia Bia!
– Não precisa pedir desculpa, se você e a mamãe quiserem, podemos comprar essa casa e você pode ficar com a bicicleta rosa, o que acha?
– Verdade tia Bia? Oba oba... Isso é muito legal, mamãe, nós podemos?
– Golpe baixo, amor! – disse sorrindo, ela levantou dizendo apenas:
– No amor e na guerra, podemos tudo! – beijou meus lábios dizendo apenas: – Ao menos diga que vai pensar com carinho, e já me dou por vencida!
– Certo, irei pensar com muito carinho, está bem?
– Está ótimo, amor!
Inspirou fundo e não demorou muito, seguimos para casa, parando no caminho para tomarmos sorvete.
A noite em nossa cama, depois de termos feito amor e a Bia ter adormecido, fiquei lembrando daquele dia e de tudo o que nele aconteceu, passava da meia noite, eu estava sem sono e mais a visão daquele pôr de sol na memória, comecei imaginar uma festa de fim de ano, com toda a nossa família reunida naquele espetáculo da natureza, sorri sussurrando:
– O que fazer com você e tudo o que me oferece sem pedir nada em troca, amor?
– Apenas diga que me aceita e que quer passar a vida ao meu lado! – sorriu manhosa.
– Está acordada?
– Um pouco, mas acho que mais dormindo do que acordada.
– Desculpa, não queria acordar você!
– Não acordou! – fez uma careta linda, sorriu: – Porque ainda está acordada?
– Já ia fechar os olhos para dormir, meu amor!
– Está em dúvidas quanto “a nós”, Sam?
Perguntou preocupada, olhei para ela balançando a cabeça:
– Não amor, estar com você é tudo o que mais quero, apenas estava pensando no que aconteceu hoje, e tomei uma decisão.
– E qual seria?
Perguntou sorrindo marota, me aproximei beijando seus lábios, sussurrando:
– Eu te aceito e quero sim, dividir minha vida todinha com você.
– Jura? – concordei emocionada, ela me abraçou beijando meus lábios, vi uma lágrima brotar do cantos de seus olhos, levei a mão para limpar e ela disse apenas: – Você me faz ser a mulher mais sortuda e amada dessa vida, eu te amo!!
– Também amo você, meu amor! – inspirei fundo me aconchegando em seus braços e sussurrando ao fechar os olhos: – Agora vamos dormir, minha preguicinha linda.
Ela sorriu de canto de lábios, me apertou em seus braços e inspirou fundo, antes que ouvisse sua respiração pesar, fechei os olhos e adormeci.
Fim do capítulo
Comentar este capítulo:
HelOliveira
Em: 02/11/2023
Essa história tá cada vez mais linda....a cada capítulo o amor só aumenta
Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:
[Faça o login para poder comentar]