Ainda não tinha comunicado ao meu avô e Ângela que Sam e eu havíamos voltado, não tivemos tempo quase naquela semana, os dias foram corridos para nós, e as noites aproveitávamos para ficarmos juntas, mas resolveria aquilo no final de semana, esse que na sexta, Nanda nos intimou para jantarmos em sua casa, foi delicioso passar aquele tempo com nossas amigas, saciamos a sede delas de saber como havíamos voltado, e nos deliciamos com o banquete que elas preparam para nós.

No sábado, não fomos trabalhar, então iríamos para casa de meu avô, Ângela me ligava duas vezes por dia para saber quando eu iria lá, na minha opinião, ela já sabia, por dois motivos, Sam também estava fugindo dela inventando uma desculpa ou outra, e o segundo motivo, Eliza deveria ter contado, já que aquelas duas se tornaram melhores amigas.

Amanheceu quente, tomamos o café como sempre com Diana em nossa cama, e depois nos arrumamos e seguimos para a mansão de meu avô. Quando encostei o carro, a pequena maravilha saiu correndo em direção a casa, Sam e eu seguimos logo atrás abraçadas. Quando Ângela abriu a porta para nos receber, abriu também um lindo sorriso:

– Vovó... – a menina se jogou em seus braços e logo ela nos olhou dizendo:

– Eu sabia, meu Deus, como estou feliz de ver minhas meninas juntas novamente.

Nos apertando em seus braços e quando nos soltou meu avô veio nos recepcionar.

– Finalmente vieram nos ver, pensei que teria que ir pessoalmente buscar você na empresa – me apertou em seus braços, sorri dizendo:

– Desculpa vovô, essa semana quase nem tivemos tempo, Sam estava atarefada e eu cheia de reuniões, o senhor entende, não é?

– Entendo sim, minha filha, aliás, estou até com saudades dessa correria toda da empresa. 

– Nem vem que o senhor já teve sua vez, agora é a minha de aproveitar. – Sorri e seguimos abraçados para a sala.

– Está certa cariño, em compensação tenho tempo para sair e me divertir mais, estamos programando a nossa próxima aventura.

– Olha só, conta isso direito.

Olhei curiosa para ele no instante em que as duas nos alcançaram, Ângela sorriu dizendo:

– Nada de mais, Bia, o que está em questão agora são vocês.

Olhei para Sam sorrindo, fui em sua direção e nos sentamos juntas, disse apenas:

– O que tem nós?

– Finalmente estão juntas novamente, quando Eliza me contou, custei acreditar, mas as desculpas de vocês em virem nos visitar durante essa semana me fez acreditar que fosse possível.

– Não disse que ela já sabia, amor?

Olhei para Sam sorrindo, Diana apareceu correndo e gritando feliz, se sentou ao lado de meu avô que disse:

– Estava com saudades dessa gritaria toda cariño, como você está?

– Bem, tia Bia está morando com a mamãe e eu, não é mamãe? – Sam apenas balançou a cabeça e ela seguiu dizendo: – A gente faz... – parou colocando a pequena mãozinha no queixo, me olhou dizendo: – O que a gente faz todos os dias, tia Bia?

– Depende, meu bem, a que se refere? – perguntei interessada.

– Isso aqui tia Bia.

E desceu do sofá se sentando em uma posição no chão, fingindo meditar, sorri dizendo:

– Yoga.

– É, e tem que ficar quietinha para poder fazer, estou aprendendo.

– A Bia tem feito milagres em casa pela manhã, acho que os vizinhos estão muito agradecidos também. – Sam disse sorrindo arrancando risos de todos, disse apenas:

– Ela é uma menina muito inteligente, aprende as coisas rápido, fico feliz em estar ensinando algo a ela.

Segurei a mão de Sam trazendo de junto aos meus lábios beijando e piscando para ela.

– Afinal, – Ângela perguntou curiosa – como tudo aconteceu?

Inspiramos fundo e narramos cada uma sua parte para os dois, ao final de nossa narrativa Eliza e Bernard chegaram para nos fazer companhia. Almoçamos naquele clima delicioso e depois fomos nos arrumar para a piscina, Diana estava inquieta e só sossegou quando estava na água. A menina parecia um peixinho nadando de um lado para o outro, claro que sempre com a supervisão da mãe, e eu mesma que caí na água com ela.

Depois que nadamos, a convenci de irmos beber um suco, Sam estava sentada na escada conversando com as duas senhoras, meu avô e Bernard estavam do outro lado também conversando, mas fora da linha de ataque de Diana, aquela menina era impossível. Me aproximei delas sentando abaixo de Sam, que passou os braços em volta de meu pescoço e fiquei por ali conversando com eles.

A tarde os dois casais saíram e levaram Diana com eles, iriam tomar sorvete e passear no shopping, Sam e eu resolvemos ficar e descansar um pouco, tomamos banho e acabamos adormecendo.

Quando abri os olhos, olhei pela janela já estava anoitecendo, me mexi e senti os braços da Bia em volta de meu corpo, resmungou alguma coisa atrás de mim e voltou a dormir, acabei cedendo e deixei o sono me consumir, quando acordei novamente passava das sete da noite, olhei em volta e ao meu lado ela sorriu dizendo:

– Oi!

– Oi, faz tempo que acordou? – disse manhosa me aconchegando em seus braços.

– Pouco, estava aqui admirando sua beleza – olhei para ela sorrindo, passou a mão em meu rosto e me beijou delicadamente. – Não me olha assim, sabe que adoro assistir você dormindo.

– Bom saber, a partir de hoje, só irei dormir maquiada.

Gargalhou me apertando em seus braços, ficamos assim nesse contato até olhar para ela perguntando:

– Quais os seus planos para o futuro?

– Hum!! – Me olhou e sorriu dizendo: – Levantar, tomar banho e quem sabe mais tarde, ir passear com minhas garotas, aceita?

– Aceito sim... – Beijei seus lábios, quando nos separamos sorri dizendo: – Mas estava me referindo ao seu futuro, amor... nosso futuro, o que vamos fazer?

– Estava pensando quando iria perguntar isso. – Sorriu inspirando fundo, mordendo o maxilar pensativa, olhei hipnotizada para ela que disse: – Quero aproveitar todos os momentos com você, cariño... sairmos juntas... namorarmos, aí seguirmos para o noivado e enfim nos casarmos.

– Casamento, está falando sério?

– Nunca falei tão sério, Sam. – me olhou, sentou na cama me puxando para seus braços: – Quero vocês em minha vida, não estava brincando outro dia quando disse que queria me casar e ter filhos. Constituir uma família com você é tudo o que mais quero. – me olhou ansiosa, depois perguntou: – Você não quer?

– Quero, mas...

– Está com medo? – me olhou profundamente e depois disse: – Sei que é algo assustador, logo depois do que passou em seu último casamento.

– Bia... – não me deixou terminar e seguiu dizendo:

– Eu nunca machucaria você, Sam, não posso prometer que vai estar cem por cento feliz, porque irei irritá-la algumas vezes, – parou e sorriu, depois seguiu dizendo séria – mas posso prometer que farei de tudo para ser e estar presente sempre que necessitar, ser sua esposa, amante e sobretudo amiga, por isso, gostaria de seguir um passo de cada vez, entende?

– Sim, meu amor, entendo sim.

– Nesse caso, para começarmos, quer sair comigo? – sorriu marota, me beijou e disse entre meus lábios: – Isso antes de ser apresentada oficialmente para seu irmão, devo confessar que estou com um pouco de medo de não ser aceita por ele.

– Não fala assim amor, tenho certeza que ele vai se encantar quando te conhecer.

– Espero que sim, não quero ser odiada por ter que roubar a irmã dele, porque aceitando ou não, não abrirei mão de você – deitou cruzando os braços atrás da cabeça sorrindo.

– Te amo, sabia?

– De verdade mesmo?

Coloquei meu corpo sobre o dela, sentindo suas mãos em minha cintura agora, me aproximei beijando de leve seus lábios dizendo enquanto roubava beijos:

– Como minha filha sempre diz, um tantão assim.

– Humm... – gem*u deslizando suas mãos agora para minhas coxas e em segundos me virou na cama, aproximou seus lábios dos meus sussurrando – também te amo um tantão assim.

Sorri e seus lábios tomaram os meus com um beijo delicioso, minutos depois me perdi quando ela me tomou, arrancando minhas forças.

Ficaria a noite toda ali, mas ela me convenceu a sair, levamos Diana a um parque de diversão onde nos divertimos vendo-a nos brinquedos

Incrível como a Bia se rendia aos seus pedidos, quando voltamos para casa, a menina desmaiou no caminho, deu trabalho para fazê-la tomar banho antes de voltar a dormir, fiquei com dó, mas ela estava cheia de doces, espalhado pelo corpo, no fim deu tudo certo, só que dessa vez fiz a Bia me ajudar e quando a deixamos no quarto dormindo, seguimos para o nosso, onde entrei dizendo:

– Vem amor, agora quem vai dar banho em você sou eu.

– Delícia hein, com direito a tudo?

Olhou com aquele olhar que me desmontava, passei a mão em sua camiseta tirando, dizendo apenas:

– Direito a tudo...

– Hummm...

Me pegou em seus braços e entramos no box de roupa e tudo, lá nos amamos por longos minutos, depois adormecemos uma nos braços da outra novamente.  

Fim do capítulo