• Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Cadastro
  • Publicar história
Logo
Login
Cadastrar
  • Home
  • Histórias
    • Recentes
    • Finalizadas
    • Top Listas - Rankings
    • Desafios
    • Degustações
  • Comunidade
    • Autores
    • Membros
  • Promoções
  • Sobre o Lettera
    • Regras do site
    • Ajuda
    • Quem Somos
    • Revista Léssica
    • Wallpapers
    • Notícias
  • Como doar
  • Loja
  • Livros
  • Finalizadas
  • Contato
  • Home
  • Histórias
  • Nas brumas do Pico
  • Capitulo 24

Info

Membros ativos: 9525
Membros inativos: 1634
Histórias: 1969
Capítulos: 20,492
Palavras: 51,967,639
Autores: 780
Comentários: 106,291
Comentaristas: 2559
Membro recente: Azra

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Notícias

  • 10 anos de Lettera
    Em 15/09/2025
  • Livro 2121 já à venda
    Em 30/07/2025

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Recentes

  • Legado de Metal e Sangue
    Legado de Metal e Sangue
    Por mtttm
  • Entre nos - Sussurros de magia
    Entre nos - Sussurros de magia
    Por anifahell

Redes Sociais

  • Página do Lettera

  • Grupo do Lettera

  • Site Schwinden

Finalizadas

  • A Seguranca
    A Seguranca
    Por Lena
  • S.O.S Carolina - 2ª Temporada
    S.O.S Carolina - 2ª Temporada
    Por Cris Lane

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Nas brumas do Pico por Nadine Helgenberger

Ver comentários: 7

Ver lista de capítulos

Palavras: 5379
Acessos: 2547   |  Postado em: 10/07/2023

Capitulo 24

 

Agosto chegou e com ele a pressa para resolver questões burocráticas, oficiais, antes que todos entrassem de férias e tudo ficasse obrigatoriamente em standby até setembro. Walkiria, que era a responsável por essa área na empresa, passou a semana inteira num vai vem diário entre Rui Vaz e Praia. E como se não bastasse a corrida às instituições, ainda teve um evento promovido pelas agências de viagens da ilha, que ela fez questão de participar. Vida corrida e cheia de atribulações, nada que ela não gostasse. Na realidade, agradeceu por esse frenesi todo, pois assim, pôde abstrair-se de pensamentos e desejos disparatados.

Nahima...claro que os pensamentos disparatados tinham a ver com ela. A mulher tinha o dom de bagunçar-lhe a vida. E ela que já se considerava livre daquele encantamento...

Não a vira nos últimos dias. Na realidade, nunca mais depois da sedução com o chocolate e dos beijos intensos. Sempre que lembrava, mordia a própria boca. As lembranças vinham com detalhes e uma ânsia doida...graças aos céus e à burocracia que tinha de se afastar do hotel....

Ela tinha permanecido no mesmo registo desde que voltara, discreta e ausente. Não se falaram mais, nem sobre trabalho, nem sobre nada. Mas era o ideal, ou não? Claro que sim! Se a loucura não fosse alimentada, ela se transformaria em outra coisa...

E quando o descontrole se apresentava de formas inusitadas? Para aplacar desejos insanos, Walkiria adotara o hábito de comer um pedaço de chocolate por dia. Rigorosamente. Ela que sempre preferira o salgado ao doce, que sempre fiscalizara o vício da mãe pelo açúcar...

Agia sem pensar e sentia prazer naquele ato tão corriqueiro. Mas, se colocasse as emoções em ordem, entenderia que o chocolate era a atenuante para não sair como uma doida atrás de um prazer ainda maior. Cada vez que lembrava do gosto da boca de Nahima com toques de chocolate, entrava em delírios explosivos.

Ainda bem que sua sócia, além de ser uma excelente relações-públicas, era também apaixonada pelo método de trabalho da italiana, e assim, não tinha que se preocupar com o desenrolar dos trabalhos. Vinha acompanhando o desenvolvimento nas páginas do hotel, e sim, Nahima sabia muito bem o que fazia.

 

*****

As paisagens do interior da ilha, serviam de embalo para os devaneios de Walkiria. À medida que o carro avançava pelo interior, ela ia se deleitando em pensamentos nem sempre conexos. A viagem mental ia da alegria de que não precisaria voltar à capital no dia seguinte por finalmente ter concluído sua árdua semana de compromissos burocráticos, ao deleite de cenas mais intensas e quentes que teimavam em não lhe sair da cabeça. Tentava desviar o pensamento, ou simplesmente não pensar em nada, mas era sempre vencida por nuances irresistíveis.

Precisava correr, o esgotamento físico sempre a desviava de pensamentos obsessivos. Era tanta contradição que beirava à loucura...

Nahima tinha entendido muito bem o seu posicionamento inicial. Fora excessivamente clara, não queria mais nada. Queria seguir com a sua vida como sempre fora, foco absoluto no trabalho, na sua realização profissional. Nada de romances, ou envolvimentos mais exigentes...clareza total. Nahima tinha entendido, e ela? Seu discurso não coadunava com seus desejos mais recônditos.

E seguia no delírio...paisagens e sonhos...lembranças e sorrisos...e o corpo ansiando por mais...lábios trémulos...viagem para dentro...mais...mais...mais...

            -Walkiria...ei, Walkiria, chegamos.

O susto da realidade. Quase riu às gargalhadas, mas o pobre senhor Veiga não entenderia, ou pior, espalharia pela vila que ela tinha enlouquecido.

            -Ah, Senhor Veiga, nem me dei conta que chegámos a Rui Vaz...

            -Acho que passaste grande parte da viagem a dormir. Estás cansada? Não me admira nada, gerir esse hotel sozinha deve esgotar-te. Precisas de um marido para te auxiliar. Ah esses jovens de hoje em dia...

            -Muito obrigada pela boleia, senhor Veiga. Cumprimentos lá em casa.

            -Foi um prazer. O sobrinho da Joana vem de férias no final do mês. Ele mora na França e é bem de vida...vamos organizar um almoço lá em casa e faço questão da tua presença. Mais para a frente a Joana te avisa.

Walkiria sorriu, fingindo interesse. Não tinha a menor paciência para aquele tipo de assunto...

Entrou no hotel certa de que iria diretamente para casa e que logo em seguida, correria pelas montanhas. Mudou os planos assim que ouviu risadas vindo do lounge. Identificou a risada de Nahima e foi imediatamente vencida pela curiosidade.

            -Ah, quero rir também. Partilhem se faz favor com essa pobre mortal que está esgotada. -Olhou em direção à Nahima que sorriu escancaradamente.

            -Wiki, nunca mais chegavas dessa Praia. Dei meu aval às propostas de Nahima, ou perderíamos o timing. - Justificou-se, Greta.

            -Ah, mulher, tu entendes dessas lides bem melhor do que eu. Confio de olhos fechados. Mas riam de quê?

            -Nahima, minha sócia escondia uma curiosidade bastante acentuada...

Riram alto.

            -Estava a mostrar-lhe fotos da minha sobrinha...sou mais do que babada...

            -Ah, quero muito ver fotos da Alana!

            -Lembras do nome dela? - Nahima arqueou a sobrancelha em absoluto espanto.

            -Ah, tu não paravas de falar dela e a menina ainda estava no ventre da mãe...o nome escolhido foi esse mesmo? - Walkiria tentou desvalorizar aquele detalhe, mas o fato é que também estranhara não ter esquecido o nome da bebé.

            -Alana! Escolha da tia amada. - Sorriu. - Olha as fotos.

            -Ahhh, mas é muito parecida contigo.

            -Meu Deus, alguém com olhos na cara. - Pulou de alegria. - Acreditas que me chamam de doida sempre que digo que essa menina é a minha cara? Meu próprio irmão é um cego...ela é a minha cara.

            -Ei, senhorita, eu também te achei parecida com ela...ou já esqueceste? - Greta provocou.

            -Sim, tu e a Greta são as únicas com noção...

Riram alto.

            -Não vejo a hora de apertar essas bochechas e me embriagar no cheirinho de bebé.

A alegria de Nahima era contagiante e Walkiria embarcou junto. Olharam-se. Tocaram-se. Sorriram para a foto, uma para a outra. Riram de alegria com um vídeo da bebé.

Greta observava e fazia conjecturas. Wiki nunca fora tão incoerente...Nahima dominava uma arte subtil e certeira...talvez fosse a única por ali com aquele talento...

            -Ei, sócia, o que vais fazer agora? Ah, acho que já sei...enfiar-se naquele escritório e esquecer da vida?

Risos.

            -Nahima, queres dar o teu palpite? - Greta provocava as amigas descaradamente.

            -Hmmm...trabalhar? - Riu olhando nos olhos de Walkiria.

            -Ah, nem se eu fosse doida. Já contribuí para o mundo essa semana com minha força de trabalho. Vocês fazem uma ideia tão equivocada a meu respeito.

            -Por que será?

Gargalhadas altas.

            -Para vosso desalento, informo que vou correr e depois me alongar...

            -Ah, Nahima, não sabes da novidade...Wiki rendeu-se ao Yoga.

            -Wow! Quero ver!

            -Greta é exagerada...faço algumas posturas e balasana é a minha favorita.

Riram às gargalhadas.

            -Ela sabe os nomes das posturas em sânscrito, respeita essa mulher. - Greta ria alto.

            -Ah, parem. Vou correr que ganho mais. Queres vir comigo? - Fez o convite de supetão. Era isso ou perderia a coragem.

Nahima sobressaltou-se, mas reagiu depressa.

            -Adoraria, mas tenho uma reunião na Praia dentro de uma hora...- E sorria daquele jeito difícil de resistir,

            -Agora à noite? - Wiki estranhou. - Ah, desculpa...fui inconveniente...

            -Não, nem por isso...sim, agora à noite que todos os intervenientes têm disponibilidade.

            -Posso falar? Permitam-me ser notada nessa conversa. - Greta quase pulou entre elas que riram. Ela tem uma reunião com Gary e um monte de gente importante lá da capital. Meu Gary!

Nahima sorriu batendo a cabeça afirmativamente.

            -Ele vai expor num grande evento internacional na Praia. Foi convidado...sim, Wiki, meu Gary vai expor a arte dele num grande evento e tudo isso graças a essa mulher maravilhosa que sabe o que faz.

            -Vamos corrigir essa frase: graças ao talento dele. - Pontuou, Nahima.

            -Sim, claro. Mas sem a tua ajuda, ele ainda estaria guiando turistas pelos vales, sendo guarda noturno, carpinteiro, lavrador...nada contra essas profissões, mas convenhamos, ele é um artista e os artistas merecem a ribalta.

            -Concordo! - Walkiria colocou o braço nos ombros de Greta.

            -Exatamente! Vamos, Greta? Preciso chegar depressa em casa, me arrumar e correr para a capital. Gary já deve estar pronto à minha espera.

            -E na maior calma desse mundo...ah esse meu homem é um achado.

            -Nossa corrida está marcada na minha agenda.  - Nahima aproximou-se ainda mais de Walkiria. - Não te esqueças de alongar depois de estressar os músculos.

            -Não vou me esquecer...nem de alongar e nem da nossa corrida que está na agenda...

            -Vamos, Nahima! Tchau, socia e comporte-se. - Greta interveio a tempo de evitar mais um universo paralelo.

 

 

*****

Mais tarde, deitada no deck de madeira do seu quintal, Walkiria refletia que a corrida não tinha conseguido acalmar sua atividade mental. Contava as estrelas no céu, enquanto sua mente devaneava por lugares e situações que acreditara estarem superados. Uma palavra reluzia como um grande holofote, incoerência. Era a pessoa mais incoerente da face da terra. Sua cabeça estava certa de um caminho e o coração a desviava com convicção. Durante as posturas de yoga, teve um ataque de riso ao tentar encontrar uma solução para aquele estado de alma. Não tinha solução possível, ou melhor até tinha, mas não dependia de si. Se ela fosse embora...

            -Ah, Walkiria, não queira controlar o incontrolável. - E seguia rindo de si. Que bom que assim era. Não se martirizava mais até explodir de dor de cabeça...ria e acreditava no bom senso. De quem? Bom, isso já era outro tema e que exigiria um debruçar mais acentuado.

Entrou em casa e parou em frente ao espelho. Olhou-se com calma, ao pormenor. Gostava do que via e de olhos fechados, viajou para outros momentos em que tinha um par de olhos sobre si. Gostava tanto do olhar de Nahima...adorava as nuances...desejo...fome...ternura...curiosidade...paixão...cuidado...

Suspirou profundamente e rindo, foi fazer um chá.

 

*****

            -Nahima, eu até sei o que vais dizer, mas permita-me agradecer-te por esse momento perfeito na vida do Gary e na minha também. Olha para esse homem, quem diria que o Gary tímido, subserviente, estaria assim? Olha como ele se coloca, como fala de suas obras...muito obrigada. Eu sei que ele te agradece sempre, mas nunca é demais.

            -Greta, nada disso seria possível, sem o talento magnifico dele...é bom trabalhar com o Gary e eu aprendo tanta coisa...é um estímulo, um desafio enorme e eu estou apaixonada. Vamos alçar novos voos...

            -Ah, mas mostre-lhe sempre o caminho de casa, pelo amor das Deusas.

Riram.

            -A casa dele é onde estiveres...O Gary ama-te de uma forma que comove.

            -Eu tinha uma certa aversão à pieguice, mas esse homem fez desabrochar uma Greta que ainda me assusta...

Riram.

            -Às vezes nos vemos em cada situação...- Nahima devaneava quando seus olhos pararam na figura de Walkiria que entrava no espaço da exposição. - Ela veio...

            -Minha sócia é obcecada por trabalho, mas uma mulher de palavra. Ela prometeu ao Gary que viria. Avisou que poderia se atrasar, mas que viria. E veio!

Mal começou a percorrer a exposição, Walkiria foi abordada por Dália que também estava por ali.

            -Às vezes eu me esqueço o quão linda és...Walkiria, estás perfeita. - Segurou-lhe a cintura, beijando-a no rosto.

            -Dália? - Walkiria encarou-a admirada.

            -Ah, por mim não estaria aqui. Gosto do Gary e sim, ele tem talento, mas eu prefiro fazer outras coisas numa sexta ao final do dia.

            -Então? - Walkiria controlava-se para não rir. Dália era o que era e ponto.

            -Namorada nova. Escultora e bailarina...artista e devota da arte em geral. - Revirou os olhos. - O que não faço por uma mulher bonita?

            -Mas não estavas com a escritora?

            -Ah não, essa era muito doida...tinha umas conversas que eu não conseguia acompanhar e foi fazer um retiro nos alpes austríacos. Retiro para mim só para fazer muito sex* e me lambuzar de prazer. Ela queria ficar no vazio...muita doideira para pouco sex*. Não dá para mim.

            -Agora só ficas com mulheres estrangeiras? - Walkiria tentava manter um tom circunstancial, mas sua vontade era rir.

            -Wiki, as nacionais são...como dizer o que penso sem te incluir?

Walkiria riu colocando a mão na boca para não se exceder. Dália simplesmente não amadurecia...

            -Abra o teu coração, eu não me importo...- Seguia na sua tentativa de não rir às gargalhadas.

            -Eu não consigo te levar na conversa, conheces os meus truques todos...ah, Walkiria, tu por exemplo, eu não sei lidar...não te alcanço, não te entendo, não chego nem perto...deve ser por isso que não consigo me ver livre de ti...

            -Como assim?

            -Estás tão linda que minha vontade é correr daqui contigo e me trancar...esquece...

            -A tua mais nova namorada fica por aqui até quando?

            -Não sei...mas ela está a fazer pesquisa de não sei quê na universidade de Cabo Verde...detalhes que não me interessam...

            -Hmmm...- Walkiria fingia interesse quando seus olhos buscavam por Nahima.

            -E tu? Voltaste à carga com a italiana? Ela não aguentou ficar longe de ti...até que ela é bonita, mas parece séria demais...

            -Séria? A Nahima é tudo menos séria nesse sentido de pessoa chata...

            -Hmmm, ela defende a outra - Riu - não quis dizer que é chata, até pode ser, mas é mais no sentido de séria como tu...dedicadas, obcecadas por trabalho...para mim não dá...o pior é que mesmo sabendo disso, eu ainda tenho delírios contigo...

            -Dália...- Walkiria riu e pediu licença. Finalmente teria acesso à Nahima.

            -Parabéns, a exposição está perfeita. - Sorriu.

            -Mérito do artista. Gary é brilhante.

            -Claro, mas o que seria do talento de Gary sem os teus conhecimentos?

            -Está lotado, isso me surpreendeu. - Sorriu satisfeita. - Não tivemos muito tempo para promover, mas o hotel tem uma boa área comercial...obrigada por teres vindo. O Gary...

            -Eu não faltaria esse evento por nada. Meu dia foi intenso, ainda mais que minha sócia estava legitimamente a acompanhar o namorado, mas consegui.

Nahima suspirou enquanto olhava Walkiria de cima a baixo.

            -A senhora aprova? - Walkiria sorriu, deu um passo atrás e olhou para a própria roupa.

            -Esse tom meio dourado te cai tão bem... 

            -Não é dourado...é...ah sei lá...

Riram se tocando.

            -Tu estás tão empresária de artista. Uma coisa sexy e despretensiosa e tão tu...perfeita.

Flertavam descaradamente. Uma só via a outra quando o espaço estava lotado.

            -Não façam isso...- Greta ria.

            -O quê, sua doida?

            -Não monopolizem toda a beleza desse evento num único recanto. Tirando o meu Gary que é o homem mais lindo desse mundo, vocês duas hoje resolveram extrapolar.

            -Ah e alguém consegue resistir a esse par de olhos azuis profundos e meigos, essas sardinhas e esse talento para ser maravilhosa?

            -Vamos passar o resto da noite nessa troca de mimos?

Riram alto.

            -Vamos jantar no melhor restaurante dessa cidade, já fiz as reservas e nos concederam a melhor mesa. Tudo por conta do belo par de olhos azuis. Ah, meu namorado merece. Nós merecemos celebrar.

Riram.

            -Ela está muito entusiasmada...- Walkiria provocou.

            -Vais connosco? - Greta perguntou ainda rindo.

            - E por que não iria? Eu ainda sou tua sócia, amiga do casal e fã do Gary.

            -Pergunto porque vi a Dália te cercando e sinceramente, hoje quero apenas pessoas íntimas connosco...peço desculpas, Wiki...

            - Teu jantar, tuas regras. Vou, claro, com muito gosto e sozinha...não, vou com a trupe da Greta.

Riram.

*****

            -Quem se habilita a levar esse carro para casa? Eu bebi demais...sem nenhuma condição. Meu amor, levas o carro?

            -Greta, sabes que eu ainda não passei na teórica, que dirá na prática. Vai levar tempo até eu entender português e interpretar o código.

Riram da careta de Gary.

            -Eu levo o carro. Posso? - Indagou, Nahima.

            -Deves, meu bem. A Walkiria dirige bem, mas voa na estrada. Quero chegar viva.

            -Exagerada! Até parece que a Nahima dirige devagar...

            -Walkiria...- Nahima riu.

            -A verdade é que essa mulher morre de ciúme do carro. Ela sempre vai achar que ninguém cuida tão bem do possante. Teu carro me adora, sueca.

Gargalhadas.

            -Vamos? Ainda quero tomar uma última taça de vinho em casa. Temos vinho?

            -Temos porque eu comprei. Tua cabeça anda sempre nas alturas.

            -Ele é artista!

Nahima e Walkiria falaram ao mesmo tempo provocando mais uma gargalhada.

O trajeto até São Domingos foi percorrido com uma conversa agradável a quatro, até que Greta adormeceu. Uma vez na cidade, Gary pediu que Nahima levasse Walkiria até Rui Vaz, apesar da argumentação contrária dela.

            -Gary, não precisa. Eu espero o carro que leva o guarda do hotel...mais meia hora...

            -E ouvir um sermão da Greta amanhã? A Nahima não se importa de te levar. É logo ali e depois ela volta e a Greta pega o carro amanhã cedo. Tudo bem?

            -Por mim, sim. Mais dez minutos montanha acima, não vão tirar minha vida dos eixos. - Brincou apertando o volante com as duas mãos.

            -Vinte minutos...não te esqueças do regresso. Mas se fazem questão, não vou me fazer de difícil.

Gargalhadas.

Seguiram em direção a Rui Vaz, num trajeto que demorou um pouco mais de dez minutos, pelo menos na perceção de Walkiria.

            -Entregue, às portas de casa. - Sorriu.

            -Sim senhora. Agradeço, mas não precisava vir tão devagar. A Greta nem estava no carro e eu sei que tu gostas de alguma velocidade...

Riram.

            -Gosto...mas não nessa estrada e ainda por cima à noite...

            -Eu gosto de dirigir para cá à noite...quando não há nevoeiro. Numa noite como essa, é uma verdadeira terapia...

            -É, a noite está linda...gostaste do evento? - Sabia que a pergunta já tinha sido respondida anteriormente, mas queria mais algum tempo com ela.

            -Eu adorei! - recostou-se no banco, completamente relaxada. - Vivo tão presa ao trabalho que momentos como esses soam sempre como lufadas de ar fresco. Eu gosto de arte, gosto do belo. Pode não parecer, mas gosto...

Sorriram.

            -Nisso tudo, o que mais me encanta é o percurso de Gary...é inspirador. Eu jamais imaginaria que ele pudesse ter esse talento. Eu não costumo prestar muita atenção na vida das pessoas, mas conversava com ele, observava-o de certa forma, porque ele trabalha para o hotel e eu tenho essa mania de controlar bem quem trabalha para nós...já sabes...

            -Controladora.

Risos.

            -Mas nesse caso, estás certa. Tens que zelar pelo bem-estar dos teus clientes.

            -Ele sempre teve um comportamento exemplar. À sua maneira, discreto e fazendo muito bem o seu trabalho, de poucas palavras, aparentemente sem ambição... e escondia isso tudo...

            -O Gary foi das primeiras pessoas com quem realmente me conectei aqui...ele tem uma história intensa, rica e ao mesmo tempo cheia de desafios...acho que é isso que o torna um artista com esse potencial...

            -Ele está em excelentes mãos. A sorte desse homem, no amor, Greta e no profissional, Nahima. Wow! - Sorriu com olhos brilhantes.

            -Antes de qualquer coisa, sou amiga dele.

            -Melhor ainda. A amizade é o alicerce de qualquer relação...

            -É...

Olharam-se...demoraram-se...sorriram...riram...Nahima apertou o volante, Walkiria colocou os pés por cima do porta luvas, completamente relaxada.

            -Se Greta vê essa cena...ela morre de ciúme desse carro, é quase um filho. Pés na sua relíquia? Jamais! Mas eu estou cansada...salto alto uma noite inteira...ahhhh...

Riram.

            -Eu guardo segredo...- Falou baixinho olhando dentro dos olhos de Walkiria que suspirou - E sobre amizade...será que podemos voltar a ser amigas? Eu já entendi o teu desconforto, eu já entendi tudo...

            -O que é que entendeste?

            -Que não tens tempo a perder com desvios, que o teu foco é o hotel e seu crescimento...que me achas doida e...eu já entendi, mas não acho que essa decisão deva implicar um completo afastamento. Nós somos uma bela dupla de amigas. Eu gosto de estar contigo, de descobrir coisas novas...

            -Gostas de implicar comigo, de me provocar, de me tirar do sério...

Gargalhadas.

            -De te fazer rir, de conversar...de tantas coisas...

            -Claro que podemos ser amigas. Tenho poucas e sei valorizar quando aparece alguém de valor...sinto saudades das nossas coisas...das nossas aventuras na natureza, do teu olhar de admiração para as belezas que vamos encontrando pelo caminho...

            -Parece que hoje em dia vais mais vezes à praia...- Sorriu.

            -Vou muitas vezes. Às vezes eu saio no final da tarde e vou dar um mergulho em São Francisco, literalmente um mergulho e volto. Eu gostava do mar, afinal sempre vivi cercada de água por todos os lados. Me embrenhei no trabalho e fui perdendo alguns hábitos bons...

            -Sempre é tempo de recuperar...bons hábitos...

Nahima olhou Walkiria dentro dos olhos, sorria. Walkiria teve uma leve impressão que aquela frase carregava algum duplo sentido. Podia implorar aos céus que tivesse...sentia-se confusa e ao mesmo tempo no lugar certo. No tempo certo. Recostou-se ainda mais na cadeira. Nahima inclinou-se em sua direção, obrigando-a a suster a respiração. Tirou alguma coisa do seu cabelo, e Walkiria parou de respirar.

            -Tinhas essa estrelinha dourada no cabelo. - Mostrou-lhe uma estrelinha de confete dourado que sabe-se lá como tinha pousado no seu cabelo.

Tão próximas, tocaram-se levemente. Toques leves, respiração alterada, corações pulsantes...

Alguém bateu na janela do carro...

            -Ah...desculpa dona Wiki...desculpa, eu já estava preocupado com o carro da dona Greta aqui parado e sem nenhum movimento. Estava lá atrás quando chegaram e...

            -Tudo bem, João. Fazes muito bem o teu trabalho. A Nahima veio me deixar aqui no carro da Greta. Está tudo bem.

            -Boa noite. Me desculpem...

Sozinhas, riram.

            -Carro da Greta! Ainda bem que me lembraste desse pequeno detalhe. Preciso devolver o carro à dona e voltar para casa.

            -Acho que perdemos a noção do tempo. - Sorriu.

            -Apresenta-me algo novo, dona Walkiria.

Riram alto.

            -Muito obrigada! Vou entrar antes que o guarda volte aqui. - Riu.

            -Bom profissional...- Nahima encarou-a com um meio sorriso que Walkiria adorava e a deixava presa. Suspirou profundamente, tirou os sapatos e desceu do carro.

            -Doida! - Nahima riu da cena, inusitada e muito sexy.

            -Os saltos destruíram os meus pés...ah, adoro sentir meus pés no chão...

A cena era linda. Perfeita. Nahima debruçou-se na janela e contemplou. "Ela sabe me enlouquecer como ninguém." Pensou. Arrancou e foi embora com o corpo em ebulição e o coração em festa.

 

*****

Mais alguns dias se passaram, em que apesar da rotina exigente, Walkiria percebeu uma inquietação constante ao final dos dias. Normalmente não se percebia, vivia e continuava a viver, sem questionar sentimentos, inquietações. Algo mudara, e agora, vez ou outra, surpreendia-se debruçando sobre estados da alma. Entendeu o motivo da sua perturbação, quando despretensiosamente Greta falava sobre Nahima, que tinham estado juntas, que tinham tomado vinho, jantado em casa dela. Apesar de trabalhar para o hotel, elas quase nunca se encontravam e sim, estava com muita vontade de mudar aquele cenário. Já tinham conversado sobre que rumo dar à relação e decidido que seriam amigas. Tinha saudades da amiga...tinha saudade de tanta coisa...

Sábado, passava das quinze horas e tudo estava em ordem no hotel, resolveu fazer o que mais lhe animava nos últimos tempos. Depois de deixar todas as diretrizes ao staff, colocou algumas coisas numa mochila e partiu na sua moto. O plano inicial era ir até uma praia mais próxima, mas uma parcela aventureira que sua alma escondia gritou mais alto e rumou ao Tarrafal. Não gostava de percorrer distâncias mais significativas de moto, mas deixou-se levar. Não queria controlar nada...

 

*****

Sentada na praia, Walkiria pensava no que faria a seguir. Já tinha dado alguns mergulhos, pensado na vida e notado que curiosamente, em nenhum momento o dia a dia do hotel viera à tona. Pensara na mãe, em Zuri, na beleza do Tarrafal, no caminho de volta na moto, no sorvete que queria tomar antes de voltar...de repente veio-lhe à mente a imagem de Nahima em cima de um balance board na pedonal do Tarrafal e sorriu. Pensou rapidamente que iria vê-la naquele fim de semana. Aspirou o cheiro da maresia e ainda sorrindo, olhou para o lado direito. Uma cena aleatória chamou-lhe a atenção: um bote era arrastado para a areia com a força braçal de quatro homens e um casal saltava para a zona de rebentação. A posição do sol impedia-a de distinguir as fisionomias, mas alguma coisa na silhueta daquela mulher chamou-lhe a atenção. Instintivamente ficou de pé, colocou uma mão na altura da testa para aplacar os raios do sol e observou com atenção. Já andava pela praia em direção ao bote, quando percebeu que era Nahima. Correu.

            -Ei...- Ofegava. - Que coincidência.

            -Ahhhh, as delícias de se morar numa ilha. - Abraçou-a entre risos.

Nahima despediu-se dos homens e concentrou sua atenção em Walkiria.

            -Que fazes por aqui? Ah, desculpa minha intromissão...

            -Tens razão, normalmente não estaria numa praia a essa hora, ainda que seja sábado...mas algumas coisas mudaram...e tu? Mais uma aventura?

            -Acreditas que estou aqui a trabalho? O César está empenhado em me transformar numa trabalhadora compulsiva. - Riu. - Estou a brincar, ele é incrível e está a me ajudar para que não me falte dinheiro...

            -Exagerada! - Walkiria riu, feliz.

            -Levemente...mas diz ele que quer que eu fique bastante tempo por aqui, e para isso, tem de me arranjar muitos jobs, já que gosto de viver bem, palavras dele.

Risos.

            -Vim passar o fim de semana no paraíso e nas horas vagas, faço algum trabalho. -Riu.  -Meu trabalho resume-se a fazer coisas como essa que acabaste de ver, um passeio de bote por essa baía maravilhosa. Fui contratada para construir o site de uma boutique hotel fabulosa na Ponta de Atum. Os donos, um casal de húngaro e italiana são incríveis e completamente apaixonados pela ilha de Santiago. Esse passeio de bote pela baía, até ao farol, é um dos serviços que oferecem e fui fotografar e viver a experiência para fazer melhor o meu trabalho. Ah, e o melhor de tudo, estou hospedada na melhor unidade do hotel e isso faz parte do meu trabalho. Tenho o melhor trabalho do mundo e falo demais.

            -Adoro! Que bom que eu te encontrei...

            -Ainda não acreditei...- tocou-lhe a pele salpicada de sal e instintivamente levou ao nariz. - Acho que não é sonho...sinto o teu cheiro e essa textura é única...

            -Não é sonho...mas pode virar...- Walkiria falou sem pensar e sorriu.

            -Vamos nadar? - Nahima parecia atrapalhada, ainda mais linda.

            -Corri pela praia como uma doida e deixei minha mochila, toalha e sei lá mais o quê na areia.

Riram enquanto corriam na direção que Walkiria apontava.

Mergulharam e a atmosfera de sonho instalou-se completamente. O sol já se punha quando saíram da praia, sem direção certa. Perto da pedonal, acontecia um encontro de músicos provenientes de várias partes do mundo, e a fusão de ritmos era maravilhosa. A plateia, maioritariamente de turistas, ganhou mais duas integrantes entusiastas. Não demorou muito até que Walkiria ofereceu-se para tocar um instrumento de percussão e o que estava bom, ficou perfeito. Nahima, encantada, ora sorria, ora filmava, cantava, dançava. Era mesmo um sonho aquele encontro.

Caminhavam na pedonal, mais uma vez sem rumo certo, quando Nahima, mais uma vez surpreendeu:

            -Não queres conhecer o hotel onde estou hospedada? O meu trabalho...

            -Disseste que fica na Ponta de Atum?

            -Hum-hum...

            -Melhor irmos na minha moto.

Assim, sem a menor hesitação. Nahima limitou-se a sorrir. Não ousava dizer nada para não quebrar o encanto.

Depois de Walkiria se encantar pelo hotel e Nahima por ela, viram-se á beira da falésia que circundava o hotel.

            -Se fosse mais cedo eu pulava no mar...- Walkiria relaxada era o melhor afrodisíaco.

            -Podemos pular amanhã...podias ficar, o teu hotel sobrevive a uma noite sem ti...- O tom de voz de Nahima convencia Walkiria de qualquer coisa.

            -Estou cá desde o início da tarde, mas sim, tens razão, ele sobrevive...

            -Espera...isso foi um sim? UM SIM??? - Gritou.

            -Para sua doida... - Ria sem parar, completamente encantada.

            -Não vais protestar que não tens roupas? Que tens trabalho?

            -Trouxe algumas coisas na mochila...escova de dente, ah e o resto o teu hotel chique deve ter.

Riram se abraçando. Nahima beijou-lhe a boca com vontade, deslizando as mãos pelo seu corpo arrepiado. Walkiria entregou-se ao momento há muito aguardado. A dança perfeita de bocas, línguas, mãos, suspiros e risos, entrou noite adentro.

Mais tarde, nuas na cama, Walkiria passeava a ponta dos dedos pela pele de Nahima.

            -Tua pele bronzeada é tão linda...- Beijava-lhe o antebraço.

            -Não posso exagerar na exposição, mas tens razão, eu adoro minha pele dourada...adoro esse lugar, esse trabalho que me permite viver coisas assim e ainda ficar bronzeada...

Riram, grudando os corpos.

            -Walkiria...

            -Hmmm...

            -Tenho uma proposta para ti...prometes que ouves sem me interromper?

            -Hum-hum...- Wiki grudou-se ainda mais nela.

            -Não podemos negar que temos uma sintonia boa...funcionamos bem em muita coisa, inclusive na cama...concordas?

Wiki maneou a cabeça afirmativamente, sempre muito grudada ao corpo de Nahima.

            - Eu já entendi que o trabalho é a tua prioridade, que não tens tempo e nem disposição para maiores envolvimentos. Confesso que eu também estou com muito trabalho, as coisas estão a correr bem melhor do que eu pensei, ou seja, estamos ambas muito ocupadas, como aliás já eramos...

            -Sim...

            -Minha proposta é que fiquemos juntas quando quisermos. Como és assumidamente mais maníaca do que eu...

Gargalhadas com protestos regados a muitos beijos.

            -Retomando... quando quiseres a minha companhia para vir ao mar, rir, conversar, discutir sobre trabalho, comer bem e fazer sex* melhor ainda...sabes como me encontrar...o que achas dessa proposta?

            -Não parece que seja recusável...

Riram muito. Movendo-se habilmente, Walkiria prendeu o corpo de Nahima sob o seu e beijou-a sofregamente. Entregaram-se a mais um momento de desejo irrefreável.

            -De todo esse discurso inflamado que a senhora acabou de fazer, neste momento, pretendo corroborar a parte de sex* bom...apenas uma leve correção...o sex* é muito bom...

            -Safada! - Nahima sorriu enquanto abria ainda mais as pernas permitindo um encaixe perfeito de seus corpos.

            -Hum-hum...

*****

Sentada na cama, ainda sonolenta e com uma sensação de leveza que já não se lembrava de sentir, Walkiria sorria ao recordar a proposta de Nahima. Não entendera muito bem os meandros daquele acordo, mas o fato de poder desfrutar de outros momentos como aquele, era o suficiente para lhe alegrar o dia.

Espreguiçou gem*ndo enquanto procurava o telefone. As horas andavam com vagar, ainda bem...

Saiu da cama e caminhou até á porta entreaberta que dava acesso ao exterior do quarto. Sorriu ao ver Nahima praticando yoga á beira da piscina. Podia acordar assim todos os dias, pensou.

Ainda embevecida, ouviu o telefone a tocar. Demorou a perceber que não era o seu, até que a insistência a levou a encontrar o aparelho de Nahima. A pessoa tinha desligado. Entrou no banheiro, lavou o rosto, escovou os dentes e se olhava no espelho quando o telefone voltou a tocar insistentemente. Com o aparelho nas mãos, caminhou pela grama ao encontro de Nahima que se encontrava na savasana. Esperou um pouco, inclinou-se e beijou-lhe a ponta do nariz e depois os lábios. Ela abriu os olhos e o sorriso mais lindo. Walkiria teve mais certeza ainda de suas últimas atitudes...

            -Bom dia...desculpa interromper-te, mas o teu telefone não para...

            -Bom dia! Já terminei...obrigada.

Entregou-lhe o telefone e caminhou de regresso ao quarto, dando-lhe privacidade.

Alguns minutos depois...

            -Não vais acreditar no que aconteceu! - Disse Nahima com muito entusiasmo na voz e no olhar.

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Olá,


É com profunda tristeza que informo que vou precisar interromper as postagens de Nas brumas do Pico por algum tempo. Estou com as duas mãos inflamadas e o ombro direito também. As ites todas voltarão com força total e fui proibida de fazer qualquer movimento repetitivo. Escrever, nem pensar, palavras do médico :(

Esse capítulo escrevi com dores horriveis e demorei muito tempo. Agora entendi que minha teimosia só vai me levar para o abismo. De vez em quando é bom ser obediente rsrsrs

Eu volto para concluir, só não sei quando...mas volto. Eu sempre volto. Estando viva, eu sempre volto.

Espero que gostem do capítulo 24. Não saiu como eu queria, mas dei o melhor que minhas mãos inchadas me permitiram.

Até breve.

Nadine Helgenberger


Comentar este capítulo:
[Faça o login para poder comentar]
  • Capítulo anterior
  • Próximo capítulo

Comentários para 24 - Capitulo 24:
patty-321
patty-321

Em: 31/08/2023

Olá querida. Tá tudo bem? Espero q volte logo com a estória.bjs

Responder

[Faça o login para poder comentar]

brunafinzicontini
brunafinzicontini

Em: 23/07/2023

Querida Nadine,

Você não tem lido seus e-mails? Por favor, dê uma olhada.

Beijos,

Bruna

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 12/07/2023

Tranquilo! Se cuida e siga as recomendações médicas sei que muita das vezes é difícil mas no final o resultado é gratificante.


Nadine Helgenberger

Nadine Helgenberger Em: 18/07/2023 Autora da história
Estou melhor.
Muito obrigada.
Bjs


Responder

[Faça o login para poder comentar]

brunafinzicontini
brunafinzicontini

Em: 11/07/2023

Capítulo maravilhoso! Essa italiana é SHOW! Que proposta mais fascinante! Como é que Walkíria poderia recusar? Foi muito sábia - Nahima vai seduzir Wiki até ao ponto de tornar essa união indestrutível! E a pobre da Wiki, que se julga uma fortaleza, está caindo direitinho nessa doce armadilha! Sem pensar em compromissos... sem notar que está totalmente envolvida pelo encanto da italiana. Muito bom!

Querida autora, sua falta será imensa, mas é claro que entendemos ser imprescindível obedecer as ordens médicas neste momento! Ficarei aqui na torcida, rezando pela sua volta, não apenas para que não sinta mais essas dores horríveis que você não merece, mas porque sua história é o melhor alimento para a fantasia de nossa mente.

Beijos carinhosos,

Bruna


Nadine Helgenberger

Nadine Helgenberger Em: 18/07/2023 Autora da história
Estou melhor.
Muito obrigada.
Bjs


Responder

[Faça o login para poder comentar]

Gaya
Gaya

Em: 11/07/2023

Olá querida Nadine!

Capítulo de excelência, como sempre!

Amei a proposta da Nahima... estragesista e sabia... amo o sincronismo dessas protagonistas lindaaaaaaaas!

Deus abençoe que fiques bem logo... Sei o que estais a viver... estou com problemas idênticos aos seus, é horrível!

Sugestão, há a possibilidade de você respostar NO ENCANTO DA ILHA? Amenizaria um tikim da saudades que teremos com sua ausência e convalescença! Pense com carinho!

Grande abraço e bjuuuuuuuus no seu coração!

Cuide-se querida!

 


Nadine Helgenberger

Nadine Helgenberger Em: 18/07/2023 Autora da história
Estou melhor :)
Muito obrigada.
Bjs


Responder

[Faça o login para poder comentar]

HelOliveira
HelOliveira

Em: 11/07/2023

Adorei o capítulo e tire o tempo que precisar para se recuperar, estaremos aguardando sua volta...melhoras


Nadine Helgenberger

Nadine Helgenberger Em: 18/07/2023 Autora da história
Muito obrigada. Estou melhor.
Bjs


Responder

[Faça o login para poder comentar]

NovaAqui
NovaAqui

Em: 10/07/2023

Se cuida direitinho!

Essas ites são muito ruins! Detonam nosso bem-estar!

O capítulo foi delicioso

Essa proposta da Nahima foi perfeita para Wiki parar de fugir dela. Depois muda o nome do relacionamento 

Só espero que esse entusiasmo não a leve embora 

Cuide-se bem!

LVY

Sinta-se abraçada

Beijão smile


Nadine Helgenberger

Nadine Helgenberger Em: 18/07/2023 Autora da história
Estou melhor. Fisioterapia, repouso, terapias alternativas, leitura e sigamos rsrsrs
Muito obrigada.
Bjs


Responder

[Faça o login para poder comentar]

Informar violação das regras

Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:

Logo

Lettera é um projeto de Cristiane Schwinden

E-mail: contato@projetolettera.com.br

Todas as histórias deste site e os comentários dos leitores sao de inteira responsabilidade de seus autores.

Sua conta

  • Login
  • Esqueci a senha
  • Cadastre-se
  • Logout

Navegue

  • Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Ranking
  • Autores
  • Membros
  • Promoções
  • Regras
  • Ajuda
  • Quem Somos
  • Como doar
  • Loja / Livros
  • Notícias
  • Fale Conosco
© Desenvolvido por Cristiane Schwinden - Porttal Web