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Nas brumas do Pico por Nadine Helgenberger

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Palavras: 5050
Acessos: 2390   |  Postado em: 28/06/2023

Capitulo 23

 

Enquanto Walkiria se deliciava na comida que tinha no prato, Nahima perdia-se em devaneios. Claro que lembrava do prazer que ela sentia ao degustar algo bom, mas vê-la ali, tão perto, tão ela,            era uma visão encantadora. Não conseguia desviar o olhar e a comida no prato esfriava.

            -O que tanto olhas?

            - Ah, é tão bom ver-te comer, o prazer que sentes é...

            -Incontrolável!  - Risos. - Sou faminta e não resisto a um bom prato e hás-de convir, que delicia esse arroz de polvo.

            -Hum-hum...- E sorria perdida na imagem dela.

            -E como é que tu sabes? O teu prato está intacto...olha a desfeita à Diana.

Risos.

            -Jamais faria isso...é que ver-te comer é um espetáculo á parte. Sentes tanto prazer...

            -Sim...comida é meu melhor vício...

            -Só perde para o trabalho.

Riram muito.

            -Lembrei-me agora de uma conversa com a minha mãe...estive com ela há pouco tempo na Alemanha. Ela cozinha tão bem, e passávamos horas na varanda, entre pratos, vinhos e muita conversa. Ela sempre me dizia, ah minha filha, só a boa comida para te desviar dos compromissos profissionais e sem culpa. Um pouco de exagero...mas é claro que tu és da turma da dona Filomena...

Risos.

            -Sou...

            -Adivinha porquê que sou assim? Eu cresci ao lado de uma mãe que não desviava um milímetro dos seus objetivos, sempre muito focada. Ela tinha medo de falhar, afinal, eu já não tinha pai...acho que o medo de falhar tornou-a um pouco obsessiva...ela percebe isso hoje em dia, e de forma subtil, me alerta para não seguir pelo mesmo caminho...

            -Pelo que entendi, ela está mais leve...

            -Bem mais leve, ela é outra pessoa. O marido dela operou um verdadeiro milagre ao conquistá-la. Ela viveu boa parte da vida presa num extremo...mas sempre há tempo para tentar um equilíbrio...eu gosto dessa nova versão dela, mas aprendi muito com a outra...

            -Pensa que pode haver lições maravilhosas nessa nova versão da tua mãe...

            - Agora, ela sugere que eu seja diferente. Eu não acho que preciso ser diferente. Eu gosto do meu trabalho, quero o melhor para o meu negócio e isso exige dedicação total, ainda mais no meu ramo...

            -E o que diz a sábia Filomena?

Risos.

            -Que sou exagerada, que meus melhores anos estão a passar, que a vida não se resume a trabalho.

            -E tu, não concordas com a opinião dela. Estou certa?

Walkiria respirou fundo e bateu com os ombros. Nahima manteve o olhar preso nela, claramente á espera de uma resposta. O olhar era expectante, doce...

            -Ela me ensinou a ser assim, eu sempre vi minha mãe lutar pelo nosso sustento sem permitir desvios. - Desabafou com olhar preso em Nahima.

            -Tu já não precisas lutar pelo sustento...- Disse num tom baixo. Sorrindo.

Walkiria devolveu o sorriso de forma tímida. Suspirou e olhou fixamente para frente.

            -Já falamos demais de mim, e tu? O que te trouxe de volta a Cabo Verde? - Mudança estratégica de assunto. Era isso, ou se perdia...

            -Ahhh...- Foi a vez de Nahima suspirar profundamente. Encarou-a mais uma vez, cheia de convicção. - Sinto que ainda posso ser útil...sinto que deixei pendências e não gosto de pontas soltas...

            -Hmmm? - Walkiria arqueou as sobrancelhas.

            -Já sei o que vai na cabeça da senhora praticidade. - Riram. - Não vivo apenas de sonhos e convicções, tenho como me sustentar aqui...pelo tempo que decidir ficar...

            -Nunca duvidei disso...- A conversa lhe interessava cada vez mais.

            - Vou continuar o trabalho com Gary, aproveitar o talento incrível que ele tem e alavancar-lhe a carreira. Vou trabalhar como social media do James. Lembras dele? Vou cuidar das redes dele, fazer um trabalho intenso no livro novo, aquele que conversámos várias vezes.

            -O James, teu vizinho?

            -Esse mesmo! Ele vai voltar para cá e poderemos trabalhar com maior proximidade, embora o que faço não implica estarmos no mesmo espaço físico.

            -Eu vi que ele é um escritor muito famoso...

            -Exatamente! Me pagam muito bem para fazer esse trabalho nas redes dele e nós nos entendemos muito bem, e partilhamos da mesma paixão por essa terra...

            -E o livro é sobre a mulher dele que é daqui...

            -Hmmm, estou impressionada. Não esqueceste nenhum detalhe...

Trocaram mais um sorriso carregado de expectativa, meiguice, inquietação. Suspiraram ao mesmo tempo e riram, cada uma olhando para um lado oposto, até seus olhares voltarem a cruzar-se.

            - Fico feliz por ti...pareces tão entusiasmada.

            -Estou! E tu?

            -Eu?

            -Por que estás aqui? - O tom calmo da voz e o olhar penetrante, hipnotizaram Walkiria.

            -Vim prestigiar o Gary, ver as obras novas dele. Ele sempre colaborou e colabora muito bem com o hotel, somos amigos, ele é namorado da Greta. Tantos motivos para estar aqui...gosto de enaltecer meus amigos...vim também porque...- Soltou o ar. - Vim porque precisava me redimir contigo. Fui muito estupida quando apareceste lá no hotel...não estava à espera e não reajo bem a surpresas. Precisava ver-te, agora mais calma, e entender que não sou tão desequilibrada...

            -Eu gosto tanto dessa tua característica. - A intensidade de Nahima provocava uma verdadeira ebulição dentro de Walkiria.

            - Tivemos momentos tão marcantes e...- Não conseguiu concluir a frase. O olhar intenso de Nahima era um convite a coisas que julgava esquecidas e enterradas.

            - O final talvez não tenha abrangido o melhor de nós... nem sempre as coisas terminam da melhor forma, mas isso não me torna tua inimiga...

            -Não...

As tais emoções enterradas e esquecidas, teimavam em querer voltar à superfície.

            -Nahima...desculpa, dona Wiki...Nahima, preciso que acompanhes uma conversa, por favor.

Bendito, Gary! Esse foi o pensamento de Walkiria diante daquela interrupção conveniente. Nahima apenas sorriu. Vislumbrava tantas possibilidades e seu coração dava saltos de satisfação.

 

*****

            -Ai, estou cansada. - Greta desabou numa cadeira ao lado de Nahima. - Mesmo reunindo poucas pessoas, é um trabalho e tanto. Eu adoro inventar motivos para me cansar. - Riu. - Mas é um prazer enorme ver a alegria do meu Gary.

            -Estava tudo perfeito e o Gary, mal cabe em si. É tão bom vê-lo mais solto.

            -Estamos tão felizes com o teu regresso. Gary, já disse a todos que a empresária dele está de volta.

Riram.

            -Nem todos...a tua sócia não gostou nada do meu regresso...

            -Walkiria? Não ligues às loucuras intempestivas da minha amada sócia. E quem passou grande parte da noite do teu lado? Acho que ainda tenho todas as minhas faculdades visuais.

Riram alto.

            -Acho que ela apenas sentou-se ao meu lado por falta de opção...e sobre a conversa, sempre tivemos boa fluidez nessa área...

            -A Walkiria é controladora e não gosta que nada aconteça sem que esteja a par, pelo menos coisas importantes. Ela jurava que a vossa história já fazia parte do passado, menos um assunto para se debruçar. Eis que apareces aqui, linda, carismática, sexy e livre. A cabeça dela não aguentou...

            -Eu não vim por causa dela! Regressei para dar continuidade a projetos que iniciei, vim porque sei que ainda não esgotei minhas possibilidades nessas ilhas. Ela aceitando, ou não...

            -Eu sei que não voltaste pela Walkiria, até porque seria loucura já que ela nunca respondeu às tuas mensagens. Que mulher doida, mas acreditas que ainda assim, gosto muito dela.

Riram.

            -Eu também...

            -Nós estamos muito felizes com o teu regresso, e vais ver, dessa vez será ainda melhor.

            - E minha casa? Preciso deixar o casal em paz.

Gargalhadas altas.

            -És uma companhia tão agradável, mas entendo que queiras ter o teu espaço. Tivemos um pequeno atraso por causa das chuvas, mas prometo que dentro de dias vais ter a tua casa como sonhaste. Gary já escolheu duas obras para te presentear.

            -Ah esse Gary...

            -Ainda bem que ele tem uma empresária pratica como tu. Oh homem de coração bom e mãos soltas.

Risos.

            -Quem tem mãos soltas?

            -Tu, meu amor. Tu!

Riram alto.

            -De onde venho, partilhamos tudo...temos pouco e ainda assim, partilhamos com o próximo...preciso aprender como estar no mundo dos negócios...

            -Foca na tua arte, o resto, a Nahima e eu damos conta. - Greta piscou

            -Estou em excelentes mãos! A dona Wiki, foi embora?

            -A Walkiria vive na correria e ela acorda todos os dias às 5 da manhã...ah, eu queria ter essa disciplina...

Risos.

            -Vou me despedir dos meus amigos e já volto. Tomamos mais uma taça de vinho?

            -Sim!

            -Greta, eu já estou levemente embriagada.

            -Tu? Jamais! Acho que estás relaxada e quem sabe...feliz. Estás feliz?

            -Sim...muito. É bom estar de volta...

            - Estou muito feliz com o teu regresso, Nahima. Acho que não tens noção do tamanho da minha alegria...tu representas mais vida para as pessoas que eu amo...

            -Ah...Hmmm, talvez tu estejas levemente embriagada.

Riram muito entre abraços.

 

*****

O dia ainda não tinha vencido completamente a noite, e Walkiria já tinha corrido pelas montanhas, se exercitado no saco de boxe e relaxado por 15 minutos com posturas de Yoga. Deitada no chão de madeira do deck, desenhava os contornos das nuvens com a ponta dos dedos, enquanto os pensamentos iam e vinham sem obedecer a nenhuma ordem. Ela apenas permitia que eles flutuassem, sem julgamentos e nenhum controle.

Foi interrompida por Zuri, o dia já reinava absoluto.  Com receio de já ter perdido a hora de seus compromissos, entrou às pressas em casa para ver as horas. Afinal ainda tinha tempo...

Rolou pelo deck com seu cão quase sempre ausente e sentiu-se cheia de energia e entusiasmo.

            -Por que não vens mais vezes? Ah? Seu mundano...

E ria da cara e postura de lorde de seu cachorro.

            -Eu sinto saudades...tu só me paparicas quando estás carente...ai, Zuri, eu devo estar bem doida...

E continuava a rir de si mesma. Zuri não demorou muito para se embrenhar na mata e ela entrou em casa porque já se fazia tarde.

No banho, enquanto a água caía com força sobre a sua cabeça, algumas convicções sedimentavam. Não sabia e nem queria aprender a lidar com a instabilidade. Não queria viver com o coração na mão, à espera de uma notícia, da partida inevitável...

A cura demorara a ganhar forma...

Vestiu às pressas, desceu as escadas e a garganta seca, obrigou-a beber um copo de água. Foram necessários três copos para amenizar a secura, que não era apenas na garganta. A sensação era de ardor que descia pelo peito e a deixava tonta...

A tontura veio com força quando olhou para a mesa de refeições. Sua loucura estava ali, explicita e vívida. Suas mãos tremeram ao tocar a ponta da mesa. Suspirou com força com a eclosão de lágrimas quentes e fora de hora...tanta loucura...salvação também...

Com olhos turvos de lágrimas, olhou mais uma vez para o cenário e depois de uma respiração profunda, deixou seu loft.

 

*****

A semana passava num ritmo estranho, pelo menos essa era a sensação de Walkiria.  Executava suas atividades com a mesma dedicação de sempre, cuidava para que seus hóspedes se sentissem muito bem e não tivessem qualquer dúvida sobre repetir o destino nos seus planos futuros, esmerava na prospeção de novos negócios, cuidava de si, e, no entanto, o que antes a exauria ao fim do dia, agora parecia insuficiente para baixar sua energia. Chegava ao final do dia querendo fazer coisas doidas, como nadar numa praia distante, ir comer num restaurante da capital, passar horas assistindo filmes. Filmes? Há quanto tempo não se demorava à frente de uma televisão. O vício agora era ver filmes no laptop. A sensação era que nada a cansava o suficiente para desligar os motores. Todos os dias, a mesma rotina. Dormia tarde e acordava cedo. Em algum momento a conta chegaria...

            -Walkiria, estou a falar contigo há bastante tempo e pareces estar no mundo da lua.

            -Hmmm? Desculpa, Greta. Há dias que não estou a funcionar muito bem. Nada me cansa...

            -Hmmm? Nem essa avalanche de clientes? Dois eventos em uma semana? Eu estou acabada e nem posso me dar ao luxo de descansar...

            -Parece que tomei alguma droga que não me deixa sucumbir ao cansaço. Acho que em algum momento vou ter um colapso.

Riram.

            -Exagerada! Mas tenha cuidado. Bom, pelo menos a parte física está ótima. Ninguém diria que a senhora não está leve como uma pluma.

            -Mas eu estou leve, apenas não tenho dormido as horas necessárias.

            -Ansiedade?

            -Não sei...assunto para Isadora resolver.

            -Pobre Isadora!

Risos.

            -Será que ela teria uma vaga para mim?

            -Tu? Para quê? Tu vives num paraíso.

            -Exatamente por isso, para não meter os pés pelas mãos. Sabes que às vezes a Greta mimada e sem limites teima em querer emergir das cinzas...não posso permitir...

            -Greta, tu não tens nada a ver com aquela menina que conheci anos atrás. Tu és uma mulher maravilhosa. Uma mulher com pitadas de atrevimento, mas ainda assim, maravilhosa.

Gargalhadas.

            -O que vais fazer agora?

            -Acho que vou correr um pouco, talvez subir o Monte Tchota...

            -Sério? Mas não correste logo cedo?

            -Hum-hum...preciso gastar energias acumuladas...

            -Eu teria uma sugestão maravilhosa para a senhora gastar energia, mas nem vou perder meu tempo...

            -O que é, Greta? Já conheço essa armadilha e não caio mais...

Risos.

            -Vou sair daqui e correr até São Domingos...

            -Grande novidade, tu moras lá!

            -Sim senhora, mas não vou para a minha casa. A casa da Nahima finalmente ficou pronta e eu, como responsável pelos detalhes, tenho obrigação de certificar de que tudo está perfeito. - Sorriu.

            -Hmmm... - A expressão de Walkiria era indefinida.

            -O Gary e mais amigos, estão lá desde cedo, mas nada como meu olhar clínico. A Nahima está desde cedo em reuniões na Praia e queremos que ela volte e tudo esteja perfeito.

            -Ela passou esses dias na tua casa? - Esforçou-se para usar um tom despretensioso.

            -Por nós ficaria por muito mais tempo. Mas consegues imaginar a Nahima sem a liberdade que a casa própria nos dá? Alem do mais, a mulher precisa viver e por mais que sejamos maravilhosos, a liberdade é um valor inestimável para a nossa amiga italiana.

             -Vai lá, senhora arquiteta de interiores, que eu vou correr para gastar esse excesso inexplicável de energia.

Risos.

            -A casa está linda, claro que precisa de toques da dona, mas o meu namorado tem um bom gosto nato. Eu dei apenas pequenos palpites...

            -Imagino...

Risos.

            -Preciso correr, Wiki. A casa da Nahima é bem no alto da colina, ela adora uma vista. - Sorriu.

Greta foi embora e Walkiria experimentou uma descarga no corpo todo, que subitamente a deixou relaxada. Respirou fundo várias vezes tentando entender aquela calmaria sem sentido. Desistiu de correr, preferindo saborear um chá com torradas na sua varanda.

 

*****

Mesmo cansada do dia exaustivo na cidade, Walkiria entrou na loja de departamentos completamente resignada. Sua vontade era pegar um carro e voltar para casa, mas sabendo da ladainha de Greta, decidiu que era melhor atrasar o seu prazer em mais alguns minutos. As benditas cortinas novas de Greta. Riu, enquanto analisava a loja que estava com mais gente do que gostaria. Greta tinha razão, as compras por ali ficariam muito mais em conta, sem contar nas opções. Aliás, estava completamente perdida diante de tanta opção. Abriu o bloco de notas do telefone para ver pela décima vez as especificações de Greta. Com o olhar preso na tela, teve uma sensação estranha. Pareceu-lhe que alguém familiar se aproximava. De repente estava num universo paralelo, a loja ia ficando às escuras, todas as luzes se apagavam em cadeia e só ficava um holofote sobre si. Sua mão tremeu e o telefone quase caiu. As luzes voltaram a acender, uma por uma e o barulho típico de uma loja de departamentos voltou a ser ouvido. Respirou fundo e concluiu que precisava intensificar a terapia, ou então, procurar algum tratamento alternativo. Não estava muito bem da cabeça. Guardava o telefone no bolso quando sentiu um cheiro que conhecia sobejamente e que lhe despertava todos os sentidos. De olhos fechados e sorriso no rosto, concluiu que estava doida. Loucura boa...

            -Olá, cortinas novas para o hotel? Coincidências que morar numa ilha nos proporciona com maior frequência...

Walkiria teve dúvidas da sua sanidade mental. As luzes se apagavam e acendiam, vozes iam e vinham, cheiros eram sentidos e agora...resolveu enfrentar a loucura de frente. Ah, claro que sim, coragem era seu segundo nome. Abriu os olhos e um sorriso resplandecente quase lhe roubou o equilíbrio físico.

            -Oi...estava distraída...- Respirou profundamente.

            -Tudo bem? Vim comprar umas coisas para a minha casa, mas estou perdida...tanta coisa e eu sem muita paciência. Na realidade estou com pouco tempo, pois ainda tenho uma reunião...

            -Muito trabalho?

            -Perspetivas boas...preciso de um espelho para o meu quarto, lençóis, um cobertor, ah e cortinas opacas também para o quarto. Estou aqui às voltas e sem saber o que comprar.

Sorriram.

            -Estás mesmo aqui? - A pergunta saiu sem que Walkiria tivesse controle sobre seus pensamentos.

            -Como assim? Pareço-te um sonho?

Riram.

            -Ignora...acordei cedo demais e minha cabeça a essa hora já está desligada...queres ajuda? Eu também estou aqui para comprar cortinas novas para os quartos do hotel. Exigências da Greta, e ela só sabe mandar. Sair de Rui Vaz e vir para a Praia, nem pensar.

Nahima riu com gosto.

Começaram a andar pelos corredores da área do lar da loja. Tudo de uma forma natural e leve. Talvez o cansaço mental de ambas tivesse esvanecido os últimos acontecimentos, ou então, era assim que deveria ser e ponto.

            -O que achas desse espelho? Eu adorei! Vem cá. - Puxou-a e posicionou-a à frente do espelho, ela imediatamente atrás. - Nos vemos por inteiro, não distorce a imagem, sem contar que é lindo. Adorei os detalhes da moldura. Eu adorei!

Walkiria sorriu e encarou-a com os olhos brilhando e semblante relaxado.

            -Adiantaria eu dizer que não gostei?

            -Não gostaste? Porquê? Vês algum defeito? Não gostas da cor?

            -Calma! Eu adorei! E se não tivesse gostado não faria qualquer diferença, afinal o espelho é teu. Eu gostei sim, mas tu és tão efusiva que mesmo que não tivesse gostado, eu...

            -Ah, Walkiria, tu dirias na minha cara e sem meias palavras.

Riram muito até se segurarem nos braços uma da outra.

Escolheram juntas os lençóis, cobertor e cortinas. Cortina de Nahima e cortinas do hotel.

            -Fazer compras acompanhada é bem melhor. Se estivesse aqui sozinha, estaria perdida pelos corredores...

            -Se a Greta implicar com as cortinas, mando brigar contigo.

Riram muito.

            -Elas são lindas e eu vi o novo layout dos quartos, combinam muito bem.

            -A Greta inventa cada uma, mas não é que ela quase sempre está certa.

Risos.

            -Vocês formam uma dupla e tanto. Não tem como não ser sucesso...

            -Ah, se visses os bastidores...eu não sou fácil, ela também não...mas no final, prevalece sempre o bom senso.

Risos.

            -Walkiria, pelo amor de Deus. Perdi a noção do tempo...tenho 15 minutos para pagar isso tudo, deixar no carro e correr para a minha reunião que é do outro lado da cidade. Socorro!

            -Posso ajudar de alguma forma? - A oferta era genuína.

            -Tu já me ajudaste tanto. Estaria aqui perdida, não fosses tu. Ah, e sem contar que fazer compras acompanhada acaba com o tédio.

Sorriram. Riram às gargalhadas.

            -Preciso correr. Obrigada. Muito obrigada. Salvaste o meu final de tarde.

Beijou-a apressadamente na bochecha e foi embora.

Walkiria sentou-se na primeira cadeira que lhe apareceu pela frente e ficou imóvel por alguns minutos. Teria realmente visto Nahima naquela loja? Já tinha dúvidas de sua sanidade. Olhou de um lado para o outro à procura de alguma nuance que lembrasse aquele raio de alegria. Nada. Ela tinha evaporado. Recostou-se na cadeira e respirou profundamente. De olhos fechados, levou o antebraço até ao nariz. Ah o cheiro...não estava doida. Ou estava?

 

*****

-Ah, finalmente aparece a sueca workaholic. O chá está gelado!

            -Mas ela é exagerada, meu bom Deus, como ela exagera. Demorei cinco minutos.

            -Tu que inventaste esse ritual do chá e eu me organizei para ter tempo e...

            -Para de reclamar. Nosso chá é sagrado ou a senhora não sai daquele escritório. Estava a ouvir as últimas do mercado, do nosso mercado aqui do vale.

            -Fofoca? Onde esconderam a minha Greta? Não me diga que já sofreste aculturação? Muita convivência com gente que não tem o que fazer? Estás com tempo ocioso? Precisámos cuidar disso...

Risos altos.

            -Estás ligada no 220? Que fofoca? Achas mesmo que tenho tempo a perder?

            -Eu sei que não, mas vá saber?

            -Doida...nada disso. Estava á conversa com a Malú, e temos um problema...

            -Mais um? Solta a bomba, eu aguento.

            -Não será uma bomba se agirmos depressa. A Nahima colocou o currículo no site da associação de turismo de Santiago Sul e não param de contratar seus serviços de Social Media, inclusive alguns concorrentes diretos já saíram na frente. Sabes que ela é muito boa. E então, vamos ficar para trás?

Era muita informação para a cabeça de Walkiria, que insistia em acreditar que não estava 100% no lugar. Quanto o assunto era Walkiria, então...

            -Não entendi...o que queres que eu faça?

            -Que tal agir? Aproveitar que já temos contato com ela e contratar seus serviços, dessa vez, profissionalmente. Se de forma gratuita, ela nos ofereceu o que sabes que ofereceu, imagina com um contrato formal...

            -Mas tu não estás sempre com ela?

            -Walkiria, organograma, lembras? Aqui quem trata dessa área, és tu.

            -Sim, claro! Será que ela ainda tem disponibilidade de tempo para incluir a Pedras do Vale?

            -Precisas marcar uma reunião com ela para descobrir. O quanto antes!

            -Hum-hum...- Ela parecia aérea. E estava.

            -Wiki, é sério! A Nahima não é tua inimiga e estamos a falar de assuntos profissionais. Ultrapasse o lado pessoal e foco no que fazes muito bem.

            -Eu sei que ela não é minha inimiga...sim, claro, vou tratar disso...

            -Chá? Estou com fome...ai esse bolinho da Diana, meu Deus, que pecado.

Seguiram com o chá e assuntos diversos. A sensação de universo paralelo insistia em perseguir Walkiria. Falava com Greta, ouvia a sua voz, mas o sorriso que via era outro...que loucura.

 

*****

Enquanto esperava a ligação completar, Walkiria refletia sobre seu foco quando o assunto era profissional. Não hesitara um único momento em fazer o que tinha de ser feito para o bem do seu negócio. Suas questões pessoais eram relegadas a segundo plano. Estava nervosa, claro que sim, mas nada superava a vontade de triunfar.

Chamada perdida. Nova tentativa. Nada a demoveria do seu objetivo.

            -Alô! Oi, Walkiria...

            -Ah, alô, estava distraída. Desculpa. Estou aqui em São Domingos e gostaria de conversar contigo, fazer uma proposta profissional. Se tiveres disponibilidade...

            -Claro que sim. Estou a chegar da Praia agora. Acabei de entrar em casa. Nossa reunião pode ser aqui, ou preferes em outro lugar?

            -Pode ser na tua casa. Precisas descansar? Eu posso fazer outras coisas por aqui, enquanto espero...

            -Só vou comer alguma coisa e depois estou apta. Sabes onde eu moro?

            -A Greta me disse que é na colina...

            -Sim...a casa com fachada de tijolinho e jardim à entrada. Não tem como errar.

            -Ok. Chego em quinze minutos.

            -Ok!

*****

Walkiria olhava admirada para a casa de fachada de tijolo. Lindíssima e a cara de Nahima. Tudo ali era acolhedor e lembrava a outra casa que ela tinha morado meses atrás. Sabia que não tinha tempo para devaneios, mas era inevitável. Lembranças inoportunas teimaram em povoar a sua mente. Instalou-se uma guerra entre razão e emoção. Quando Nahima apareceu na porta, Walkiria teve que recompor-se às pressas.

            -Encontraste minha casa de tijolinho. Não era uma tarefa muito difícil. Seja bem-vinda. - O sorriso convidativo, a simplicidade nos gestos e a beleza inequívoca. A combinação perfeita para atordoar ainda mais a já desestabilizada Walkiria.

            -Meus sentidos me guiaram para essa casa...mas ela é a tua cara...como errar?  - A emoção falava por ela. Claramente.

Entraram. As emoções de Walkiria entraram em ebulição. Já não tinha qualquer controle sobre o que sentia, pensava. Deixou-se levar...era bom...sempre fora...

            -Ah, eu agora tenho um quintal lá atrás...parecido com o teu...queres ver? - Nahima também estava entregue às emoções e não fazia qualquer questão de esconder.

Walkiria apenas seguiu. Os pés flutuavam. O coração, apesar de bater loucamente, estava em paz. Sua cabeça parecia um aglomerado de nuvens...

            -Ah, a cadeira de baloiço...- Foi sacudida por uma emoção tão avassaladora que precisou encostar-se numa parede para não tropeçar.

            -Sim, ela ficou guardada em casa do Gary e da Greta e...

            -Tinhas planos de voltar? - Mais uma pergunta que saltou da boca à revelia do freio racional.

Nahima respirou fundo e caminhou para perto da cadeira.

            -Nessa casa, ela está num lugar ainda melhor. Tenho uma vista tão linda quando me sento para pensar na vida. Tudo parece simples...possível...

Respiram profundamente. As duas, ao mesmo tempo e com olhares cruzados.

            -Ah, vieste falar de trabalho e eu aqui a devanear...

            -Soa-me familiar...

Riram ao mesmo tempo e na mesma intensidade.

Dentro de casa, sentadas na mesa da cozinha, conversaram por alguns minutos. A praticidade de Walkiria e a clareza de ideias de Nahima, permitiu que chegassem rapidamente num acordo.

            -Amanhã já vou fotografar os quartos com nova decoração e atualizar os conteúdos das páginas, do site. Tenho que consultar a minha agenda, mas acho que consigo encaixar a Pedras do Vale no período da tarde. Preciso de luz natural para as fotos ficarem perfeitas.

Walkiria ouvia tudo com atenção e se deliciava no entusiasmo dela. Sabia que tudo ficaria perfeito com o olhar de Nahima. Era exatamente o que a Pedras do Vale precisava...

De repente o assunto já era outro e perdiam-se nas risadas. Walkiria notou que uma música tocava, mas não se lembrava de ter escutado nada parecido quando entrou.

Olhou o relógio. Estava atrasada para um compromisso para o jantar. Se arrependimento matasse...

            -Já falei demais. Vejo que estás com pressa...- Sorriu olhando para os lados. Estava envergonhada e perigosamente atraente.

            -Não...nem tanto...precisava fechar esse contrato contigo ou ouviria a Greta batucar na minha cabeça até a próxima encarnação.

            -A Greta...- Sorriu.

            -Pois... - Sorriu de volta. Entendiam-se nas entrelinhas. - A tua cozinha é tão perfeita. -Levantou-se abruptamente dando passos em direção à área de confeção dos alimentos. - Com essa cozinha funcional, vais ter de preparar grandes pratos.

Riram muito.

            -Acho que essa cozinha vai ser útil aos meus convidados...eu, como já sabes, não tenho aptidão para panelas e colheres.

            -É um pecado ter uma cozinha dessas e ser completamente inútil...       

            -Não exageremos...faço chás, torradas, saladas...sei fazer um risoto de cogumelos maravilhoso...

Mais gargalhadas leves.

            -Ah, já que o assunto é delícias culinárias, me lembrei de uma coisa. Já volto.

Correu para o interior da casa e Walkiria pisou forte no chão para ter a certeza que não estava nas nuvens.

Nahima voltou com um pacote nas mãos.

            -Tenho certeza de que vais gostar. - Seus olhos brilhavam enquanto abria a caixa de chocolate.

Walkiria aproximou-se. Estava hipnotizada. O entusiasmo de Nahima sempre fora um combustível para suas melhores viagens.

Finalmente desembrulhou o chocolate e olhou para Walkiria. O brilho daqueles olhos...o sorriso...as mãos trémulas...a respiração descompassada...sentiam a mesma coisa, reagiam da mesma forma. Pelo ambiente ouvia-se Besame mucho na voz de Cesária Évora. Ah, sincronias...

            -Prova! Trouxe-o para ti... - Colocou-lhe um pedaço de chocolate na boca. Era bom. Era maravilhoso. O chocolate. A lembrança. O toque do dedo nos lábios. Ch*pou-lhe o dedo. Inevitável.

Olharam-se com vagar. Sorriram. Nahima não hesitou em beijar-lhe. Era vital. Naquele momento, era vital. O beijo começou ansioso, quase que foram atropeladas pelo desejo. Buscavam-se com ânsia. Lábios colados, línguas sôfregas, respirações alteradíssimas. Busca desenfreada pelo prazer que já conheciam. Entre sorrisos, se acalmaram. Demoraram. Sentiram com calma. Que encontro. Reencontro perfeito. Suas bocas sabiam o caminho certo para o delírio. Já não eram apenas as bocas que se reconheciam, as mãos buscavam freneticamente o calor dos corpos e esses se arrepiavam e arqueavam. Os gemidos, ah os gemidos...mais uma sintonia. Gemiam em sincronia e aquilo era um sinal para avançar. Nahima quase foi, mas sabia que não era o momento, não com a cabeça de Walkiria em desalinho. Ela a conhecia tão bem...e se conhecia melhor ainda.

Olharam-se. O desejo gritava. Suspiraram. Atrapalhada, Walkiria olhou as horas. Era seu escape, ou...

            -Preciso ir...estou atrasada para um compromisso. - Respirou fundo, tentando se aprumar.

            -Hum-hum...- Nahima não conseguia falar nada mais elaborado.

Walkiria dirigiu-se à porta. Nahima foi atrás. Pareciam mover-se em camera lenta...

Com a porta aberta e pronta para ir embora, Walkiria virou-se e encontrou Nahima a escassos centímetros.

            -Obrigada por voltar a colaborar com o hotel...connosco. - Estava claramente atrapalhada.

            -Gostaste do presente? Do chocolate? - Nahima sabia seduzir como ninguém. Pelo menos de Walkiria, entedia muito bem.

Walkiria agarrou-lhe pelo pescoço e beijou-lhe a boca com avidez. Tontas de desejo, valeram-se da porta e das paredes para não desabarem no chão. De ávido, o beijo passou a exploratório...uma delícia...

            -Tinhas um pouco de chocolate na boca...sim, eu adorei o presente...não resisti a prová-lo na tua boca...

E foi embora com passos firmes. Nahima encostou-se na porta, sem respirar. Depois riu alto. Pulou como uma doida pela casa...largos minutos.

Mais calma, comia um pedaço de chocolate e refletia:

            - Eu sei o caminho e estou disposta a trilha-lho novamente. Vale muito a pena...

Sorriu, mordendo mais um pedaço de chocolate.

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Boa leitura.

Abraço.

Nadine H.


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Comentários para 23 - Capitulo 23:
Sione
Sione

Em: 17/12/2023

Reencontro perfeito, Nahima é simplesmente encantadora.

Beijos com gosto de chocolate.


Nadine Helgenberger

Nadine Helgenberger Em: 24/12/2023 Autora da história
Muito obrigada. Bjsss


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mtereza
mtereza

Em: 01/07/2023

Há que maravilha amei o capítulo o ponto de vista da Nahima deu ainda mais emoção a essa bela história.


Nadine Helgenberger

Nadine Helgenberger Em: 18/07/2023 Autora da história
Muito obrigada.
Bjs


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patty-321
patty-321

Em: 30/06/2023

Eita. Eita. Inevitável. 


Nadine Helgenberger

Nadine Helgenberger Em: 18/07/2023 Autora da história
Não é? rsrsrs
Bjs


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Gaya
Gaya

Em: 30/06/2023

Em tempo:

Nadine, "No encanto da ilha", como encontrar?

Posta aqui!????????


Nadine Helgenberger

Nadine Helgenberger Em: 18/07/2023 Autora da história
Ganhei um prémio literário com ele (orgulhoooooo rsrsrs) no mês passado e estou em negociação para lançá-lo por uma editora. Um dia desses ele aparece...rsrs
Bjs


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Gaya
Gaya

Em: 30/06/2023

Olá autora linda!

Capítulo magnífico!

"... perder-se em devaneios...

O comportamento dessas duas lindas estão nesse caminho!

Há um "vulcão em erupção" quando ambas estão próximas...

Os sentimentos de ambas, mesmo reconhecidos, mas não admitidos por nossa protagonistas, se apresentam num sincronismo palpável.

Autora linda...

Toda essa resistência, é um escudo dessas lindas, da intensidade dos sentimentos que nutrem uma pela outra? 

Nahima, mesmo sendo expet no quesito "Walquíria"... e ter retornado para "ficar"... por que não?

Há alguma coisa que meche com as fibras e estruturas de Nahima, mesmo voltando e sabedora do que quer, desestabiliza essa mulher extremamente forte e que sabe o que quer...

E mesmo assim, como uma boa mineira (coisas de nossa terra) come pelas "beiradas"!


Nadine Helgenberger

Nadine Helgenberger Em: 18/07/2023 Autora da história
Rsrsrsrs comer pelas beiradas é bom...também.
Elas têm questões...da Walkiria são mais explicitas, vício em trabalho, obsessão em ser perfeita na carreira, enfim...as questões de Nahima ainda vão aparecer, além do óbvio, eu também não me atiraria de cabeça numa relação com uma mulher doida como a Walkiria rsrsrs
Bjs


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Mille
Mille

Em: 29/06/2023

Olá Nadine 

Nahima sabe deixar a Walkiria na dela, essa italiana mexe muito com a sanidade dela kkkl e ainda tem ajuda da Greta. 

E que beijo com sabor de chocolate e saudades. 

Bjus e até o próximo capítulo 


Nadine Helgenberger

Nadine Helgenberger Em: 18/07/2023 Autora da história
Beijo com sabor de chocolate tem seu valor rsrsrs
Bjs


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rebarlow
rebarlow

Em: 29/06/2023

Uooooou!

Sem palavras... É dessa intensidade que estou falando. Que reencontro! Rolou muita força de vontade aí para conseguirem frear tanta saudade. Eu mandaria meu auto controle "passear em Marte" kkkk

 

Arrasou autora.


Nadine Helgenberger

Nadine Helgenberger Em: 18/07/2023 Autora da história
Rsrsrs, que bom. Força de vontade não falta nessas mulheres rsrs. Concordo contigo, o meu também passearia rapidamente em Plutão rsrsrs...ou não, vai que eu seja parecida com essas duas...sabe-se lá rsrsrs


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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 29/06/2023

Reencontro! É só deixar fluir.


Nadine Helgenberger

Nadine Helgenberger Em: 18/07/2023 Autora da história
Pois...
Bjs


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brunafinzicontini
brunafinzicontini

Em: 29/06/2023

Nahima – encantadora como sempre: “...sinto que deixei pendências e não gosto de pontas soltas...” Sim, com certeza, a maior pendência estava ali, ao seu lado: Wiki, completamente desequilibrada com sua presença arrebatadora. As duas estão conseguindo segurar-se com muito esforço, mas a proximidade de ambas, sozinhas e ávidas uma pela outra, não poderia acontecer sem que a explosão ocorresse. Ainda mais saboreando aquele chocolate, imagem associada à figura de Wiki, sempre lembrada por Nahima, que jamais resistiu a essa guloseima.

Ah... Walkíria não poderia ter ido a esse encontro com outro compromisso marcado em seguida! O que é que essa garota tem na cabeça? Ela gosta mesmo é de irritar os leitores de Nadine! Estou sempre com vontade de dar uns croques na cabeça dessa menina para ver se isso lhe desperta a atenção... O que ela quer? Fazer-se difícil? Quando essas duas deverão encarar o fato de que algo muito forte as une e buscarão a solução para que coordenem seus passos para um destino em comum? Espero ansiosamente os próximos passos.

Bom fim de semana, querida!

Beijos,

Bruna


Nadine Helgenberger

Nadine Helgenberger Em: 18/07/2023 Autora da história
Rsrsrsrs, a Walkiria é maníaca por trabalho, fazer o quê? E sim, ela gosta de irritar as leitoras de Nadine kkkkk
Bjs


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NovaAqui
NovaAqui

Em: 29/06/2023

Nahima danada! Voltou para fisgar a Wiki 


Nadine Helgenberger

Nadine Helgenberger Em: 18/07/2023 Autora da história
Ela sabe das coisas...rsrs
Bjs


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