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Doces mentiras por Bia Ramos

Ver comentários: 3

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Palavras: 3424
Acessos: 2043   |  Postado em: 18/06/2023

CAP. 38 – Será tarde demais?

Bia

Estávamos nos divertindo muito, quase finalizando com a organização pós-festa, mas começou chover mais forte, a brincadeira acabou quando caí e bati a cabeça na parede, foi um corte bobo, quase nem sangrou, mas dona Maria ficou preocupada e pediu a todos que terminassem de organizar as coisas no dia seguinte. Seguimos para sua casa, com ela me dando um sermão.

Quando Sam apareceu perguntando preocupada o que tinha acontecido, não acreditei que aquilo estava acontecendo mesmo. No momento em que tocou meu rosto, fechei os olhos e voltei no tempo lembrando dos momentos que passamos juntas, do carinho e dedicação, esbocei um sorriso e abri os olhos olhando dentro dos dela, senti a tensão entre nós, sabia que ela estava tão abalada quanto eu, naquele momento.

Até conversamos um pouco, mas ela parecia não querer ficar na minha companhia, deu boa noite se despedindo, se ela queria ir, deixaria, teria que ter calma naquele momento, só assim conseguiria chegar perto dela, já foi uma surpresa saber que ela estava ali ainda, intimamente estava vibrando, foi naquele lugar e numa noite como aquela que tudo começou, poderia ser um recomeço.

Caminhei para a sala, e segui até a janela me debruçando sobre ela vendo a chuva cair sem dar trégua. Estava frio aquela noite e eu com uma camisa de manga cumprida, porém fina, comecei a sentir meu corpo se arrepiar. Segui para o sofá, estava sem sono, sentei passando a mão de leve sobre o machucado, fechei os olhos lembrando do toque delicado de Sam em meu rosto.

Inspirei fundo voltando alguns anos e lembrando da primeira vez que eu a trouxe na aldeia. Choveu, tivemos o nosso primeiro contato, não digo que me apaixonei depois que nos beijamos, porque sinto que o meu amor começou no momento em que ouvi a voz dela pela primeira vez naquela sala, ministrando a palestra que de certa forma eu atrapalhei com a minha chegada.

Abri os olhos olhando para a janela, agora ela estava ali, no mesmo lugar que eu. Depois de longos anos separadas, essa era a primeira vez que ficávamos tanto tempo em um mesmo lugar além da empresa. Meu sono me traiu e fiquei lembrando dos momentos que passamos juntas, minha cabeça parecia aquelas telas de slides, a cada piscada era uma imagem que eu via nitidamente. O sorriso vinha fácil em meus lábios.

No entanto, logo meu semblante mudou e lembrei que três anos foram perdidos, Andréia tinha razão, eu deveria ter dado o benefício da dúvida e ter ouvido Sam. Mas, ela me magoou profundamente, fiquei cega de ódio e não deixei meu coração me guiar como sempre fazia. Por um longo tempo pensei que ela fosse atrás de mim, tentar explicar o que de fato havia acontecido, mas não foi. Talvez isso tenha me deixado ainda mais distante, mas como cobrar algo, se eu mesma havia afastando ela de mim?

O tempo que fiquei longe só pensava naquelas malditas fotos e naquela certidão de casamento com o nome da mulher que eu amava com outra, e pior, esperei que ela desmentisse aquilo. Juro que eu pensei que fosse brincadeira, uma armação do destino para nos separar, mas quando vi as lágrimas e o pânico de Sam estampado em seus olhos, percebi que algo tinha se perdido ali.

Fechei meus olhos e lágrimas rolavam sem que eu percebesse, agora doía mais do que antes. Inspirei fundo colocando os braços atrás da cabeça e tentei dormir, não queria ir para o quarto. La fora a chuva não dava trégua e o vento castigava, olhei para o relógio, passava das duas da manhã e eu acordada ainda.

Minha cabeça voltou mais uma vez para o passado, dessa vez seis meses atrás quando a encontrei no hospital onde meu avô estava internado, na ocasião não conversamos muito, mas pude sentir as batidas do coração dela junto ao meu. Nos vimos pouco aquela semana, até por que na semana seguinte voltei para Madri e depois resolvendo as coisas da empresa pelo Brasil.

Quando retornei, tentei me aproximar, mas tive imprevistos e precisei ir viajar, aproveitando e ficando um tempo por lá com minha amiga que havia chegado de uma turnê pela Europa, veio ao Brasil para passar alguns dias comigo. Eis que voltamos para o Rio e na primeira oportunidade, encontro Sam e tudo o que eu havia guardado dentro de uma caixinha dentro do peito, estava solto agora.

Todo aquele sentimento que eu evitava sentir, estava livre e me dominando, minha cabeça começou a doer, lembrei que dona Maria havia dito que tinha analgésico em algum lugar no armário, levantei e procurei, achei próximo a caixinha de primeiros socorros, tomei voltando para o sofá, assim que cruzei os braços atrás da cabeça a vi saindo do corredor.

Abriu a geladeira, pegou água e bebeu, parecia pensativa, ficou alguns minutos parada olhando para o nada, quando ela estava caminhando de volta para o quarto resolvi me mostrar.   

Sam

Caminhei até aonde Isa estava dormindo, cobrindo-a, segui para a outra cama e deitei ao lado de Diana. Fiquei alisando os cabelos de minha filha, e nada do sono vir. As horas passavam e fechei os olhos quando ela grudou em meu pescoço subindo em mim como sempre fazia, sorri e me deixei ser guiada, ainda assim não consegui dormi. Estava ficando agoniada ali no quarto, levantei e saí, fui em direção a sala.

No caminho parei em frente ao quarto onde a Bia estava, não ouvi barulho, achei que estivesse dormindo, segui meu caminho desejando estar deitada nos braços dela, a saudade pesou no meu peito. Fui até a geladeira pegar água, precisava resolver logo a minha vida ou aquela angustia iria acabar comigo.

Estava seguindo para o quarto quando levei um susto com ela perguntando de algum ponto da sala:

– Também não consegue dormir?

Olhei em volta procurando-a, estava deitada no sofá com os braços atrás da cabeça, sorri dizendo:

– Você me assustou!

– Desculpa, – levantou se sentando e cruzando as pernas concluindo – não foi a minha intenção.

– Tudo bem – encostei no sofá não me aproximando mais, sorri dizendo – perdi o sono.

– Eu também, será que os dois resolveram sair e nos abandonar hoje?

Sorriso lindo, me pegou em cheio, desviei os olhos dizendo apenas:

– Acho que sim – me perdi naquele sorriso, para disfarçar perguntei – e o ferimento como está?

– Dói um pouco, – levou a mão até ele, e sorriu concluindo – mas vou sobreviver.

– Vai sim, tenho certeza – balançou a cabeça sorrindo, inspirei fundo e me virei dizendo – acho que vou tentar dormir um pouco.

– Certo, nesse caso boa noite de novo – levantou sorrindo, sorri também dizendo:

– Boa noite Bia... de novo.

Ela passou a mão atrás da nuca, hesitei um pouco antes de dar o primeiro passo e quando me virei para ir ela sussurrou atrás:

– Espere Sam, por favor...

Meu coração disparou, fechei os olhos sem olhar para ela, ouvi seus passos e quando a senti perto de mim, achei que meu coração fosse sair pela boca, virei lentamente sussurrando também:

– Oi, Bia...

Ela quem hesitou agora, mas logo seu braço subiu e senti seus dedos tocarem meu rosto, fechei os olhos automaticamente levando minha mão sentindo a dela, se aproximou mais dizendo:

– Não tive oportunidade de dizer, o quanto estava linda hoje – inspirei fundo e não consegui dizer nada, estava com meu coração batendo na boca, tentei balbuciar alguma coisa, mas ela colocou os dedos em meus lábios sussurrando – desde o momento em que disse que ia dormir, fiquei pensando aqui.

– Pensando? Em que estava...

Abri meus olhos, mas não deveria tê-lo feito, ela sorriu e perdi o controle de minhas pernas, me amparou em seus braços perguntando:

– Você está bem? – preocupada.

– Estou sim, acho que foi uma queda de pressão. – Que desculpa, hein!

– Vem cá – me guiou até o sofá me fazendo sentar nele dizendo – vou pegar água para você.

Fechei os olhos quando ela correu para a cozinha, mas não deu tempo de pensar, estava de volta me entregando, agradeci:

– Obrigada!

Se sentou ao meu lado, quando terminei, pegou o copo de minha mão perguntando:

– Está melhor?

– Estou sim, não sei o que aconteceu.

– Tem se alimentado direito? – olhei para ela que sorriu, disse:

– Não tão bem como deveria – ficou me olhando como se me analisasse, alguns segundos depois perguntei – o que estava pensando?

– Você não está bem, podemos conversar depois.

Ia se levantar, mas segurei em seu braço impedindo-a pensando, “pode não existir o depois”, insisti:

– Diz, por favor...

Me olhou com tanta ternura, que havia esquecido por alguns minutos como era ser olhada daquela forma por uma mulher como a Bia, sorriu me encantando e disse:

– Em nós... – aquilo me pegou desprevenida, seguiu – na primeira vez que estivemos juntas aqui, lembra? – parecia ansiosa, sorri dizendo:

– Como poderia esquecer, você me “sequestrou” naquele dia.

Jogou a cabeça para trás gargalhando, como era linda meu Deus, sorri também dizendo:

– Estava chovendo tanto quanto essa noite – olhei para a janela e ela disse ao meu lado:

– Pois é, foi um dia incrível...

Voltei meus olhos para ela e vi que me olhava, ficamos presa naquele contato por algum tempo. Meu coração voltou para a boca, estávamos próximas demais, ela se aproximou tocando meu rosto, fechei os olhos sentindo seus dedos emanarem calor para minha pele. De repente senti seus lábios sobre os meus, não ofereci resistência, até porque desejava aquele beijo desde o último que trocamos.

Senti sua língua passar em meus lábios procurando a minha, em seguida ela estava colada a mim e nossas línguas dançando no ritmo de meu coração. Desesperado e descompassado, com desejo e saudade. Meus braços foram de encontro ao seu pescoço abraçando-a na intenção de nunca mais sairmos daquele contato, um gemido escapou de meus lábios quando ela, sem esforço algum, pegou meu corpo colando ao dela a ponto de quase me sentar em seu colo, sem desgrudarmos um só segundo.

Quando começou a cessar o beijo, que pude sentir sua respiração oscilante em meu rosto, prendi a minha, achando que ela fosse sair daquele contato, mas eu me enganei, e que bom que isso aconteceu, sorriu e se aproximou mais uma vez, dessa vez o beijo foi mais suave, pude sentir o gosto dela, o sabor de sua língua quando brincava me provocando, estava vibrando por conta desse detalhe, não mudou.

Segundo depois estava deitada sobre o sofá, sentindo sua perna entre as minhas, pressionando meu sex*, e um sorriso divertido nascer em seus lábios entre nosso beijo depois que deixei escapar mais um gemido, dessa vez de prazer. Quando o beijou foi finalizado, seus lábios e língua correram para meu pescoço intercalando beijos com leves mordidas, e ansiosa para que acontecesse o que aconteceu em seguida.

Quando ela beijava meu pescoço daquela forma sempre pousava uma de suas mãos sobre meus seios e apertava-os de leve, para meu deleite ela não perdeu aquela mania também. Mais um gemido escapou de meus lábios, agora próxima ao meu ouvido sussurrou rouca:

– Usted tiene el cuerpo tan delicioso, que no me resisto. – Gente, como era delicioso ouvi-la falar daquele jeito, e sem esperar, seguiu dizendo, só que em português dessa vez. – Que saudades eu estava do contato de minha boca com sua pele.

Não consegui dizer nada, com medo de acordar e ver que aquilo tudo era apenas um sonho. Ela escorregou a mão por baixo de minha camiseta e fechei os olhos esperando o contato em meu seio, circulou de leve o bico deixando-o rijo e levou a boca por cima da camiseta, mordendo-o de leve, estava preso entre seus dedos, queria que ela me beijasse novamente e assim trouxe seu rosto para junto do meu e sussurrei:

– Me beija de novo e mostre que isso não é um sonho – sorriu acariciando meu rosto.

Seus lábios colaram aos meus e sua língua foi em busca da minha, tudo se perdeu naquele momento, finalmente seria dela novamente, tudo o que eu mais sonhava estava se tornando realidade. Nada iria nos tirar daquele contato, nada. Esse era o meu maior desejo.

– Mamãeeee...

Diana apareceu chorando no corredor, Bia parou de me beijar sussurrando sorrindo entre meus lábios:

– Porque não estou impressionada com isso?

– Será um castigo?

Sorri e ela retribuiu, Di me chamou de novo, a Bia me ajudou a levantar e fui de encontro a minha filha, me abaixei prendendo-a em meus braços perguntando o que tinha acontecido, ela respondeu chorosa:

– To com medo.

– Medo de que, meu amor?

A luz foi acessa, ela levantou a cabeça de meus braços olhando para o lado curiosa, viu a Bia que sorriu perguntando:

– Olá pequena maravilha, você está bem?

– To com medo – disse limpando os olhos que estavam banhados em lágrimas.

A peguei no colo e sentei com ela no sofá, a Bia levantou e foi buscar água, segundos depois estava tomando e mais calma, perguntei:

– Me fala do que está com medo, meu amor – limpei as lágrimas de seus olhos, e ela disse soluçando:

– Do trovão.

Olhei em volta, e me dei conta que estava trovejando, naquele momento a sala foi iluminada pelo clarão do raio e ela se encolheu em meus braços, sussurrei:

– Shhhh... a mamãe está aqui, eu protejo você.

Olhei para a Bia e sorri, ela se sentou ao nosso lado brincando com o pezinho de Diana que logo estava rindo tentando escapar das cócegas escondendo-o dela.

Sorri, estava tão envolvida com a Bia que nem me dei conta do que estava acontecendo no mundo. Desde pequena, Diana tem medo de trovões, e isso não mudou depois que ela foi crescendo. E hoje, logo hoje o tempo resolveu fazer aquela brincadeira conosco. Depois de um tempo ninando-a em meus braços adormeceu, olhei para a Bia sussurrando:

– Desculpa.

Passou a mão no semblante de minha filha tirando os cabelinhos que caiam sobre seus olhos e me olhou dizendo sincera:

– Não precisa pedir desculpas cariño, eu também iria correr para minha mãe se sentisse medo de algo – sorriu, me prendi no seu olhar perguntando:

– E tem medo de algo agora?

Levantou a cabeça me olhando pensativa, devolveu com outra pergunta:

– Sinceramente? – Concordei e ela inspirou fundo dizendo: – Tenho medo de ser tarde demais – sorriu triste, perguntei confusa:

– Como assim tarde demais?

Ainda sorrindo se aproximou mais embalando Diana e eu em seus braços sussurrando próxima ao meu ouvido:

– Tenho medo de ser tarde demais, para voltar atrás e pedir perdão para a mulher que eu amo e descobrir que ela não me quer mais.

Meu coração disparou naquele momento, minha respiração descompassou, Diana se mexeu em meus braços e olhei para ela, aninhando-a mais em meu peito, depois olhei para a Bia perguntando baixinho quase sem voz:

– O que te faz pensar que ela não a queira mais?

Dessa vez levantou a cabeça me olhando, em seus olhos uma seriedade nunca vista, fiquei com medo. Mas ela passou a mão de leve em meu rosto, ainda sussurrando disse:

– Não confiei no amor que ela sentia por mim... no amor que eu sentia por ela, duvidei de tudo e de todos e fiz besteira tomando a decisão errada – desviou os olhos e abaixou a cabeça, sussurrei:

– Olha para mim, Bia – demorou um pouco e insisti – por favor? – quando o fez, nossos olhos se cruzaram e vi lágrimas brotarem do canto dos dela, passei a mão de leve dizendo: – Talvez você só estivesse com medo de acreditar, a culpa não foi sua.

– Em partes a culpa foi minha, sim, não deixei que você explicasse o que de fato tinha acontecido, me prendi no meu ciúme e deixei ele tomar conta de mim, aquelas fotos e certidão de casamento me assombraram e ainda assombram a minha vida.

– Eu fiquei com medo de contar a você, fui deixando o tempo passar e criar coragem, tinha medo de te perder e perder tudo o que construímos ao longo daqueles meses, no final, acabei perdendo.

– Não... não... eu que perdi – me olhou ansiosa e temerosa seguiu – duas das pessoas que eu mais amei e amo nessa vida – tentei dizer algo, mas ela impediu colocando o dedo em meus lábios dizendo: – Perdi três anos de nossa vida, quase quatro anos da vida da pequena maravilha que agora é uma mocinha. Já deve ter até namorado – sorriu me levando com ela, sussurrei:

– Sua boba... – minhas lágrimas começaram a cair e disse – Me desculpa amor, por tudo o que você passou e por não ter ido atrás de você, aliás, eu até tentei ir, mas não sabia para onde? Causei nossa separação e tinha que pagar por isso, deixei você seguir sua vida.

– Como eu iria seguir com minha vida, se vocês duas se tornaram ela? – Tocou meu queixo e beijou meus olhos, depois meus lábios sussurrando entre eles: – Hoje eu percebo quão imatura eu fui, precisei perder para perceber o que eu tinha – fechou os olhos e confessou – ontem quando fui pedir um abraço para Diana, ela ficou com medo e hesitou, nesse momento quem ficou com medo fui eu, porque ela disse enquanto enxugava minhas lágrimas que a mamãe dela também chorava.

– Ela disse isso? – fiquei admirada com a minha filha agora, a Bia concordou e perguntou:

– Você acha que é tarde demais para nós? – senti medo em suas palavras, e ela continuou: – Pode ser sincera, eu estou preparada para ouvir a resposta.

– Está mesmo? – sorri e ela acompanhou dizendo:

– Não, mas terei que viver com ela, seja qual for a sua resposta.

Linda, meu Deus como ela era linda, inspirei fundo sussurrando:

– Há pouco, quando me beijou aqui nesse sofá, eu hesitei em algum momento? – me analisou e conclui: – Acha que me entregaria daquele jeito a você, se não esperasse por isso desde o momento em que a vi indo embora?

– O que exatamente quer dizer? – estava confusa, sorri ajudando-a:

– Só uma pessoa poderia tocar o meu corpo como você o fez hoje.... Só você meu amor, ninguém mais, se depender de mim, nunca será tarde demais para nós – ela me olhava séria, de repente deixou os ombros caírem e de seus lábios o maior e mais belo sorriso surgiu, sussurrando:

– Ah, Sam... Eu amo tanto vocês... – me abraçou.

Aliás, abraçou Diana e eu com tanta força que achei que fossemos fundir naquele contato. Ficamos alguns minutos assim, apenas nos curtindo e olhando Diana que soluçava baixinho ainda dormindo em meus braços, acabei deixando meu cansaço falar mais alto e dei uma cochilada, ela sorriu dizendo baixinho:  

– Que tal eu levar as minhas garotas para dormir e tentar descansar também?

– Eu só vou se for para dormir em seus braços, não quero mais sair deles.

Sorriu levantando, fiz menção de levantar e ela disse:

– Deixe-me levar a pequena maravilha.

Pegou minha filha com cuidado sem esperar uma resposta colocando-a nos braços. Me puxou para um abraço e fomos para o seu quarto, dizendo:

– Vamos dormir as três juntas hoje, assim eu mato a saudade de ter as duas mulheres de minha vida, em minha cama – sorriu colocando Diana primeiro, me posicionei atrás de minha filha ajeitando-a, a Bia se colocou atrás de mim abraçando nós duas, ficamos conversando baixinho até o sono começar a me dominar, sussurrei quase dormindo:

– Não queria dormir não, tenho medo de estar sonhando e acordar decepcionada pela manhã – ela entrelaçou nossos dedos e sussurrou também sonolenta atrás de mim:

– Eu não vou a lugar nenhum sem vocês, prometo... – aquela promessa bastou para me fazer sorrir, beijou meu rosto ainda sussurrando – dorme meu amor, a partir de hoje não teremos mais motivos para termos insônias.

Inspirei fundo e me deixei levar pela voz calma e serena dela e adormeci, o coração estava aliviado, a cabeça não mais pesava... Estava em paz, finalmente poderia dizer que eu estava viva novamente. Dormi com um sorriso no rosto.  

Fim do capítulo


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Comentários para 39 - CAP. 38 – Será tarde demais?:
HelOliveira
HelOliveira

Em: 22/06/2023

Que capítulo lindo....amei essa volta delas

Bjos

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Silvanna
Silvanna

Em: 19/06/2023

Que lindas...

Responder

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Lea
Lea

Em: 18/06/2023

O coração até errou a batida!!

Responder

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