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Sem limites por Billie Ramone

Ver comentários: 3

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Palavras: 2845
Acessos: 372   |  Postado em: 21/05/2023

Capitulo 13 - Elusivas

 

“Bom dia. Quem de vocês é a Núria?”

Uma mulher de meia idade, voz baixa e mansa, assomou à porta da sala da enfermaria.

“Sou eu” – a interpelada se apresentou. A mulher sorriu, ao mesmo tempo em que Jordana surgiu logo atrás dela, como que para fazer par com o atributo que herdou da mãe.

“Trouxe minha mãe, como prometi. Hoje ela vai falar com a equipe toda” – explicou Jordana, satisfeita.

“Menina, como você cresceu! E como tá bonita! Olha só pra você!” – Fátima mirou a enfermeira da cabeça aos pés.

Núria abriu um sorriso amplo, meio tímido, e aceitou o abraço confortável que a antiga diarista da casa de seus pais ofereceu. Outra semelhança que notou entre mãe e filha: tinham um toque macio, tão caloroso e aconchegante, daqueles que dá vontade de manter durante um bom tempo.

“Dona Fátima! Há quanto tempo! A senhora é que tá muito bonita, não mudou nada! Tá com a mesma cara de quando nos vimos pela última vez!”

“Nossa, faz tempo mesmo, hein? Deixe-me dar uma olhada melhor em você!” – Fátima tomou a liberdade de segurar maternalmente o rosto de Núria entre suas mãos.

Em situação diversa, com outra pessoa conhecida, a enfermeira travaria, mas aceitaria o gesto por educação. Entretanto, por alguma razão, aquilo tudo parecia muito certo, e muito doce – como tudo o que procedia de Jordana – e ela se permitiu, comovida.

“Como está sua mãe, seu pai?”

“Vão muito bem, obrigada.”

“A Jordana só faz falar de você lá em casa!”

“Ah, é?” – Núria enrubesceu e não conseguiu esconder muito bem a satisfação que essa frase lhe causou.

“Mãe, não deixe ela sem graça!” – Jordana repreendeu, sem perder o bom humor.

“Que bom que a senhora finalmente veio! Estou muito feliz em revê-la. Além disso, a Jordana precisa muito da senhora para acompanhá-la em cada etapa do tratamento, então as conversas de hoje serão muito importantes. Vocês também vão falar juntas com a assistente social, e depois, a gente se vê nos exames de rotina” – completou Núria, amável.

“Ai, vou ter que tomar agulhada hoje de novo?” – choramingou Jordana.

“Prometo que vai ser com carinho” – Núria riu junto de dona Fátima.

Nenhuma das três reparou que outra enfermeira desviou os olhos de seu celular para observá-las, aborrecida e desdenhosa.

 

“Juliana, acho que faltou o registro daqueles dois Zolpidem que você deu ao Mário.”

“Não faltou não. Tá aí. Você que não procurou direito.”

Procurando manter a calma, Núria replicou:

“Estou organizando a papelada dos prontuários aqui faz uma hora, e tá tudo aqui, olha. Essa última foi a injeção que eu dei no Murilo, antes dela, o Topiramato que você deu ao Jeferson. Ele não veio antes do Mário?”

Com um suspiro exasperado por ter que largar o celular, Juliana foi até a papelada, praticamente arrancando-a das mãos de Núria, e conferiu, virando as folhas com certa violência. Apanhou a pasta, revirou, viu que estava vazia e jogou-a displicentemente na mesa.

“O Dr. Dirceu viu que eu tava com esse registro na mão e te entreguei depois, pode perguntar pra ele” – o tom de voz era um tanto insolente.

A dorzinha de estômago familiar começou a arder em Núria. Medo, estresse, tensão, adrenalina, cortisol, um monte de gatilhos, um atrás do outro. Mesmo assim, ela perguntou séria e o mais serena possível para Juliana:

“Tá tudo bem com você hoje?”

“Tá.” – Juliana fitou-a mal-humorada, como se estivesse fazendo um favor a uma pessoa inoportuna ao responder.

“Então vamos tentar resolver essa questão juntas, por favor.”

“Se tá duvidando de mim, pergunte ao Dr. Dirceu! Eu já disse que te dei esse papel...”

“Juliana, esse papel do Mário não veio até mim. Eu sei, porque estava ocupada na anamnese daqueles dois pacientes que chegaram anteontem...”

“Eu fiz minha parte, agora, se você é descuidada e perde as coisas, não é culpa minha!” – a outra volveu ríspida, mexendo no celular.

Com uma sensação mista horrível de raiva e vontade de chorar, Núria juntou os papéis, guardou-os cuidadosamente na pasta, levantou-se e saiu.

Calmamente, foi até a sala do psiquiatra, que estava atendendo um paciente. Pelo visto, iria demorar. Suspirou, jogando as costas contra uma parede, os olhos fechados.

“Oi Núria, tá tudo bem?”

Djanira era amiga de uma tia de Juliana. Foi quem indicou a jovem para o processo seletivo para o cargo na instituição. Era a última pessoa com quem Núria precisava desabafar sobre os desaforos da colega.

“Tá sim, só estou tentando encontrar uns registros.”

“A Juliana anda reclamando comigo de você.” – a assistente social soltou à queima-roupa.

Mais essa não!

“Por quê?”

“Essa Juliana é uma chata do caralh*, isso sim!” – uma voz melodiosa, porém, muito séria, se fez ouvir às costas de Djanira.

“Jordana? O que foi desta vez?” – Djanira cruzou os braços na defensiva, enquanto Núria quedou boquiaberta.

“É isso aí! Atende mal os pacientes, fica naquele celular o tempo inteiro, é grossa, nem olha na nossa cara, parece que tem preguiça de trabalhar!” – desta vez Jordana aumentou muito o tom de voz, para ser bem ouvida.

Djanira tinha os olhos arregalados, as sobrancelhas franzidas, enquanto Núria ensaiava o que dizer, com as mãos estendidas.

“Jordana...”

“Não precisa defender sua coleguinha não, Núria! Eu, o Didi, a Lu, todo mundo aqui foi destratado por essa enfermeirazinha meia-boca aí!”

Juliana, pálida, os olhos esbugalhados e os dentes trincados, surgiu na porta da sala de enfermagem ao ouvir seu nome.

“É de você mesmo que eu tô falando!” – Jordana a encarou e apontou com o queixo. Até o Dr. Dirceu interrompeu sua consulta para ver o que estava acontecendo.

“Jordana, para de gritar! Você não tem o direito de...” – Djanira tentava falar em um tom firme, mas a paciente não estava pra brincadeiras.

“Cê tá defendendo porque é protegida sua, né? Que se foda! Essa aí não sabe trabalhar, não respeita ninguém! Não sei que caralh*s tá fazendo aqui, se tá achando ruim!”

“É isso aí!” – Didi, um rapaz magro, pele bem retinta, de boné, usando uma bermuda e uma blusa de moletom surrada e chinelos, fez coro.

“Calma, gente, calma. Jordana, por favor, não grite” – o psiquiatra pediu pacientemente, em voz baixa.

“Doutor, essa mulherzinha aí tratou quase geral aqui feito merd*! Pode perguntar, ontem o Didi queria saber onde era o salão das artes e ela ficou olhando pra ele com nojo, respondeu de má vontade. Ele não sabia onde era, e ela nem fez o favor de acompanhá-lo até lá! Ela sempre faz essa cara de cu sem lavar quando chega aqui um irmão que mora na rua!” – Jordana baixou o tom de voz, mas não a raiva em suas palavras e em seu olhar.

“Menina, ou você meça suas palavras e para agora de causar aqui, ou vou chamar a Guarda Municipal!” – Djanira ameaçou.

“Não precisa não, aqui ninguém é bandido, viu, senhora?” – ironizou Didi – “Aqui a gente só quer respeito e ser bem tratado, tá ligada?”

“Aí, Djanira, eu tinha mó consideração por você, mas dessa vez cê vacilou feio!” – Jordana balançou a cabeça, decepcionada.

“Não precisa ter consideração por mim não, viu? Eu já sei que a Núria é sua ‘queridinha’ aqui, você só tá defendendo ela!” – devolveu a assistente social.

“E daí se eu tiver também?”

“E daí que ela não é sua namorada, apesar de você querer isso, e esse assunto não é da sua conta!”

“Djanira, por favor!” – interrompeu o Dr. Dirceu. Em seguida, chamou Juliana, que veio com as mãos no bolso do jaleco, mais assustada do que nunca. Questionou-a calmo e grave – “O que tá acontecendo, afinal?”

“Doutor, eu fiz tudo conforme o senhor mandou...” – a acusada não sabia bem o que dizer.

Ouvindo toda a confusão, a psicóloga e coordenadora da unidade, Dra. Rebeca também saiu no meio de uma roda de terapia coletiva, após pedir licença aos pacientes.

“O que está acontecendo aqui, por favor?”

Evidente que estava exasperada, e mantinha seu autocontrole a todo custo naquele momento delicado.

“Eu estava aqui resolvendo um assunto com a Núria, e a Jordana veio se metendo pra tomar as dores dela” – Djanira disparou.

“Não! Não foi nada disso!” – retrucaram Didi, Lucimara, e duas outras pessoas que aguardavam ser atendidas na recepção.

“Seguinte, Rebeca, com você eu não tenho mentira, papo reto: já faz uns dias que a Djanira anda se fingindo de surda, então vou dizer pra você e pro Dr. Dirceu. Se for pra gente ser tratado que nem lixo por essa enfermeira Juliana aí, é melhor nem vir aqui mais. Se quiser, pode chamar o guarda, Djanira, quero ver o que você vai dizer pra ele! A gente só tá falando a verdade, ninguém fez nada de errado.”

“E você ficar gritando feito uma louca aqui não tava errado?” – Djanira se exaltou.

Jordana tinha um ódio frio no olhar, nunca visto antes.

“Cê tá me chamando de louca? Você é a única que tá gritando aqui agora! Foi você quem veio aqui inventando história! De onde cê tirou isso de que eu tô defendendo a Núria porque quero namorar com ela?”

“Ah, moça, quem não te conhece, que te compre! Pensa que ninguém tá vendo vocês duas de ‘gracinha’ uma com a outra? Faça-me o favor!”

“Vou falar uma coisa aqui: além de ser uma desocupada, aquela vagabunda e você são duas fofoqueiras! Foi por causa do presente que eu dei pra Núria, não foi? Agora eu sei que você viu e saiu inventando mentira pra todo mundo!” – dirigiu-se a Juliana de novo – “Além de não fazer seu serviço direito, fica bostejando sobre a vida dos outros por aí, né?”

“Chega! Eu não vou ficar aqui ouvindo desaforo! Tô chamando o guarda agora!” – Djanira saiu pisando duro em direção à viatura da Guarda Municipal do lado de fora, na rua.

Didi, Lucimara, e mais dois homens em situação de rua foram até a Dra. Rebeca e o Dr. Dirceu, protestando atropeladamente contra a atitude intempestiva da assistente social e reiterando suas queixas contra a enfermeira denunciada.

“Não tá certo isso não! Acha que porque nós somos de rua que pode ficar esculachando desse jeito?” – Lucimara revoltou-se.

“A gente tá aqui na humildade, doutora. Não ‘queremo’ confusão, não!” – Didi, apesar de indignado, mantinha o tom baixo e o olhar súplice e temeroso cravado na coordenadora, porque conhecia de longa data a truculência da força policial contra pessoas como ele.

Jordana, por sua vez, parada, em absoluto silêncio, não tirava o olhar enfurecido e gélido da porta da frente, seguindo cada passo de Djanira. Sua transformação assustou Núria, que nunca a havia imaginado assim antes.

Minutos depois, Djanira voltou como um furacão, acompanhada de dois homens fortes uniformizados.

“Podem levar, é essa aí” – indicou Jordana – “Podem prender por desacato a uma funcionária pública!”

“Não! Ninguém vai ser preso aqui coisa nenhuma! Com licença, senhores, ela não foi desacatada em momento algum, só está nervosa. Vamos lá fora conversar, por favor.” – Rebeca interferiu com autoridade.

“Rebeca!...” – Djanira começou, mas foi interrompida.

“Djanira, se não quiser que eu dê queixa contra você agora por falsa comunicação de crime e perturbação do sossego público, venha agora comigo e com eles lá pra fora” – a psicóloga rugiu baixo no ouvido da outra, entredentes. Como Karina, a assistente social que a acompanhava na terapia em grupo, viesse ver por que Rebeca se demorava tanto, esta pediu-lhe para tomar conta dos pacientes enquanto estivesse fora.

 

De nada adiantou matar os monstros exteriores, porque somente a mera existência deles provou que os monstros interiores estão mais vivos do que nunca...

Eu não estou em paz. Nunca estarei. Onde quer que eu vá, procurando o afeto das pessoas, tentando me fazer útil a elas – praticamente pulando sobre elas e lambendo suas mãos como um cachorrinho dizendo “me ame!”, “olhe para mim!”, “por favor, não me deixe!”, “não me machuque”...

... para, no fim, eu descobrir que de inocente e fofa feito uma cadelinha eu não tinha nada!

Eu devia ter sido mais flexível no primeiro dia de trabalho da Juliana. Nem reparei quando engrossei a voz ao mandá-la buscar o equipamento de contenção para um paciente em surto psicótico. Tanto achei que estava tudo bem, que sequer pedi desculpas.

Acho que não sei quantas vezes reclamei em voz alta quanto à desorganização dos prontuários e os cadastros malfeitos no sistema, com erros e falta de informações. Eu poderia ter explicado melhor, ou apenas corrigido. Fui uma escrota com ela várias vezes, e nem me dei conta disso!

Tudo bem, ela realmente não gostava do lugar e do trabalho, estava ali pelo salário tentador e pela camaradagem da Djanira – que sempre me colocou no meu lugar toda vez que eu implicava com algo que desaprovava, estivesse certa ou não. Mas os pacientes mais vulneráveis socialmente também não mereciam aquela visível repulsa que Juliana exibia na cara só de vê-los de longe...

Agora tudo está um caos. Eu fiz sair do único CAPS AD de minha cidade uma assistente social experiente, que trabalhava lá há oito anos. Uma assistente que se tornou parcial e sem noção, lógico, mas... por que ainda dói aquele olhar ressentido dela sobre mim durante a reunião com a Secretaria Municipal de Saúde, na qual ela foi dispensada junto com a Juliana?

Rebeca diz que não foi minha culpa. A enfermeira inepta e a assistente social que, do nada, decidiu bater de frente com viciados, tinham que sair, de um jeito ou de outro, disse ela. Mas, como era antes de mim ali? Por que minha presença mudou tudo, e eu continuo me sentindo tão culpada por ser, de alguma forma, a razão de uma mudança tão radical?

Rebeca não me disse nada, mas eu sempre intuí que Djanira não gostava de mim.

Tudo isso não é nada perto do desespero que experimento diariamente, cada vez que fixo aquela porta e não vejo Jordana entrar por lá. Dona Fátima tampouco sabe onde a filha se meteu, e só faz chorar em todas as reuniões dos parentes codependentes. Registro de entrada em hospitais ou UPAs, boletins de ocorrência, novidades em necrotérios, nada...

E me sinto tão envergonhada e culpada também diante de Dona Fátima, por Deus! Nem sei bem o motivo, talvez por ser o pivô indireto da recaída da filha. Se existe um Deus mesmo, está me punindo por violar um regulamento fundamental de meu trabalho. Ferrei tudo, e agora duas funcionárias foram demitidas, Jordana está desaparecida, e sua família desesperada!

Por que eu deveria me importar, se ela deixou bem claro, naquele dia tenebroso, que não queria nada comigo? Mas eu me importo, devo validar minhas emoções como a Márcia diz, e daí? E daí?...

Se eu não a tivesse deixado avançar demais nas brincadeirinhas, nada disso teria acontecido. Ela nem estava me galanteando de verdade, eu é que fui tonta de achar que isso era sério. E meu erro primordial foi me esquecer de que meu trabalho inclui jamais levar esse tipo de coisa a sério.

E agora estou aqui, implorando a uma deidade, que até então eu não fazia questão de crer ou descrer, para que ela seja encontrada sã e salva. Para que entre pela porta, com seu sorriso luminoso, e diga que foi esfriar a cabeça por aí e já voltou para o tratamento, mesmo sabendo que, a essa hora, ela deve estar em alguma biqueira horrível, cercada de gente perigosíssima, com sua vida sobre o fio de uma navalha.

Estou aos prantos. Seguro o colar de sete ametistas que ela fez para mim, como se fosse um terço, que vou desfiando enquanto me ajoelho mentalmente diante de Deus, pedindo por um milagre...

 

 

 

 

 

Casa de Saúde Dra. Nise da Silveira

 

Rua Dra. Nise da Silveira, 112, Vila Valentim Bergamo, Ogapitã, SP, CEP: 11.111-111, Telefones: 1111-2222/3333-4444

 

PRONTUÁRIO DO PACIENTE

 

Número do prontuário: 13450                         Data de Abertura: 16/09/2015

 

Horário de entrada: 12:37 hs

 

Nome completo: Jordana Ferreira do Nascimento

 

Data de nascimento: 28/11/1989                     Sexo: [  ] M   [ x ] F   [  ] Outro

 

Endereço: Rua Pascoalina Xavier Hernandes, n. 77, Vila Gramado Sul. Município: Ogapitã, SP.

 

Telefone(s): não possui               E-mail: não pôde informar

 

Responsável/cuidador: Fátima Matias da Silva Ferreira (mãe). Telefone: 99999-9999

 

Médico(s) do Paciente: Dr. Dirceu Anésio Villafranco Mello (psiquiatra). Dr. Fernando Conti (clínico geral).

 

Escolaridade: Ensino Médio completo                   Profissão: desempregada

 

 

Limitação: [ x ] Cognitiva [ x ] Locomoção  [ x ] Visão   [ x ] Audição   [ x ] Outras: Paciente deu entrada na UPA Central inconsciente, sem resposta a estímulos verbais ou dolorosos. Respiração superficial e irregular. Frequência cardíaca: entre 170bpm e 200bpm (irregular). Pressão arterial: 230/120. Saturação (SpO2): Hipoxemia moderada (80%). Pele pálida e fria ao toque. Pupilas dilatadas e não responsivas à luz. Após estabilização, foi mantida sob sedação e trazida para internação compulsória na presente instituição.

 

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Espero do fundo do meu coração que não haja julgamentos sobre a situação que aconteceu aqui. É bastante difícil sair de um vício, a pessoa precisa de todo o apoio do mundo, e que não haja tropeços, gatilhos, situações que a façam se sentir ameaçada ou deprimida, para ela se reencontrar no mundo real. Não foi um capítulo fácil de escrever justamente porque tive que entrar, criativamente falando, em um poço profundo, complicadíssimo de sair. Não é a toa que tanta gente está presa a ele. Não é um simples " é só querer que você para", uma vez que o cérebro e o organismo da pessoa entram em colapso total sem a substância, e a sensação é próxima à da morte (isso quando não ocorre uma morte real por sequelas da abstinência).

Muito obrigada pelos comentários, opiniões, sugestões, críticas constrituvas são muito bem vindas sempre!  <3


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Comentários para 13 - Capitulo 13 - Elusivas:
thays_
thays_

Em: 22/05/2023

Eu tenho tanta vontade de pegar a Núria no colo! Meu coração ficou apertado agora depois dessa confusão toda. Eu entendo também a Jordana, sei que é difícil pra caramba a pessoa conseguir se livrar de algum vício. Sei que o cenário não é o dos melhores, mas acho tão linda essa preocupação da Nuria com a Jordana, ela ali em dúvida se realmente a Jordana estava a fim dela. Mega ansiosa para o próximo!


Billie Ramone

Billie Ramone Em: 24/05/2023 Autora da história
a Núria é uma rapadurinha: doce, mas não é mole kakakaka!
a Jordana tá a fim dela, só não sabe ainda ksksks! é que, quando se está cega por algum vício qualquer afeto fica em segundo plano, mesmo os mais profundos. não foi nada fácil entrar e conhecer esse mundo das drogas pra poder expressá-lo aqui com o máximo de fidelidade possível. eu tô até suavizando alguns aspectos, pq é deprimente ver como a pessoa mais bondosa do mundo pode mudar da agua pro vinho por causa de dependência química :(((((((((((
muito obrigada de coração!!!!!!!


Responder

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Sem cadastro
Sem cadastro

Em: 22/05/2023

Caramba!! Como você escreve bem Billy!! Muito bom esse capítulo!! Eu ri quando jordana chamou Juliana de "Cara de C sem lavar" kkkkkk E achei muito sensível da sua parte em narrar o temor de Didi em sofrer alguma violência por parte da polícia. Você arrasa!! Espero que Jordana volte e recomece o tratamento. Núria se culpando por tudo..coitada gente!! Jordana quase que nasce no mesmo dia que eu rsrsrs Sua garganta melhorou? Se cuida!Até o proximo capítulo e tenha uma boa semana! Um abraço!


Angell

Angell Em: 22/05/2023
De novo meu comentário apareceu sem cadastro rsrs



Billie Ramone

Billie Ramone Em: 24/05/2023 Autora da história
Dá nada não, na resposta apareceu seu nome ksksks!
muito muito muitooooo obrigada pelos elogios! estou dando o meu melhor!
cara de cy sem lavar ou mal-lavado era uma frase que eu escutava muito qdo tava mal humorada kakakakaka!
o genocídio da população negra e em situação de rua é gritante, ainda mais num país onde tem gente que quer chamar veto a "show de humor" com piadas racistas de censura... a morte começa aí, numa "piadinha inofensiva"... >:((((((((
eu não sabia que signo dar pra Jordana, até alguem que entende mais de astrologia que eu sugeriu que ela fosse sagitariana pq ela tem o "jeitão" kakakaka!
muito obrigada, estou me cuidando! :))))))))))))


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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 21/05/2023

Sei bem como é depender, perde uma pessoa querida pra drogas é doloroso.


Billie Ramone

Billie Ramone Em: 24/05/2023 Autora da história
Sinto muito! é terrível, não desejo isso pra ninguém ;(((((((((((((((((((((((((((


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