Capitulo 12 - Little by little...
Fazia quase um ano que Helena se mudou de cidade mais uma vez, acompanhando o terceiro marido. Os pais sempre se queixavam de que a filha mais velha parecia estar muito mais presente na vida deles lá de longe, do que a filha mais nova, morando na mesma cidade.
“Nunca sabemos da sua vida, o que está fazendo, quando sai, se tá bem, se tá viva ou morta! É como se você não existisse!” – reclamou certa vez Regina.
“Adoraria que isso fosse verdade, em relação a vocês...”, pensava Núria. Limitava-se a dizer, em resposta:
“Como vocês estão? Precisam de alguma coisa?”
Mas desta vez eles não caíram no truque.
“Não precisamos de nada!” – queixou-se Regina – “Não viemos atrás de você só porque precisamos de alguma coisa. Viemos ver nossa filha, que parece que quer fugir de nós...”
“Se eu quisesse fugir de vocês de verdade, faria de um jeito que jamais nenhum de vocês teria a menor pista sobre mim, pode acreditar.”
Núria sorria por dentro, mas o casal estava horrorizado.
“É, acho que você quer nos cortar de sua vida, não é?” – Valério, como sempre, fez seu melhor olhar de cão abandonado e a voz que, antes, causaria piedade em Núria e em qualquer um.
“Vocês vieram aqui pra me ver, ou reclamar?”
O casal se entreolhou, aborrecido.
“Acho melhor irmos embora. Parece que não somos benquistos aqui” – Valério rematou, levantando-se da cadeira da mesa da cozinha.
“Mas já? Eu ainda nem terminei de coar o café.”
“Fica pra outra hora. Isso é, se um dia nós deixarmos de ser um incômodo para você. Boa tarde.”
Regina seguiu-o, mas olhava para trás o tempo todo, como se quisesse convencê-lo a ficar, ou se desculpar com a filha.
Núria permaneceu inerte na cozinha conjugada com a sala, vendo-os sair pela porta da frente, com cara de animais escorraçados.
“Qual é a deles, hein? Por que essa necessidade constante de fazer chantagem emocional?”
“É difícil, Márcia. Às vezes penso que colocar em prática aquilo que eu disse na brincadeira pra eles seria o melhor a se fazer...”
“Não seria essa, vamos dizer, ‘fuga’, um jeito de mostrar que eles ainda te incomodam? Não era exatamente o contrário que você queria expressar?”
“Talvez...”
“Você tem sua vida, eles têm a deles, nada impediria vocês de se ver frequentemente, se essa fosse a vontade dos três. Veja bem: dos três. Se um de vocês não tem essa mesma necessidade, então não tem motivos pelos quais vocês devam ter uma frequência de visitas constante.”
“Eu concordo. As poucas vezes em que os recebi em casa, tudo o que eu ouvia eram críticas, intrigas, falação sobre vidas alheias, reclamações contra tudo e contra todos, contra mim, contra minha irmã. Olha que, nessa relação familiar doentia que a gente sempre teve, de alguma forma, a Helena era a que mais apanhava, por ser mais rebelde, e mesmo assim era a ‘filha dourada’ deles. Às vezes eu não sei dizer se ela, minha mãe e eu éramos um trio de bodes expiatórios do meu pai, na verdade” – Núria sorriu, mexendo os ombros.
“Você já deixou de ser a muito tempo, que fique bem claro. Precisa compreender isso para deixar de vez esse papel de vítima que atribuíram a você, e que não te pertence.”
Núria suspirou, olhando no fundo dos olhos verdes serenos de Márcia.
“Em relação a eles é mais fácil até. Por muito tempo ficou entalado em minha garganta o quanto eles esbanjaram dinheiro com Helena e seus três casamentos, principalmente o segundo. Os avós do Pedro são riquíssimos, mas meu pai me deixou na mão em São Paulo, num momento complicado da minha vida, pra comprar todo o enxoval e outras coisas para a nova casa de minha irmã. Só pra impressionar os pais do ex-marido dela, para não parecer tão ‘pobre’ diante deles. Acho que, depois que fui morar com minha colega boliviana, aprendi a andar sozinha e me garantir, e meio que cortei laços com eles.”
“Você poderia ter ido para outra cidade. Com sua experiência e as indicações que você tem, poderia ter se mudado para longe. Por que escolheu voltar para perto deles?”
“Eu não sei dizer. Você pode não acreditar em mim, mas minha decisão de voltar não teve nada a ver com eles. Foi uma intuição estranha, sabe? Que não tinha relação com meus pais, nem com minha irmã. É inexplicável...”
“Nada é inexplicável nessa situação. Você sentiu que ainda tinha alguma coisa a resolver com eles, e isso aconteceu em um nível inconsciente. Você pode até fazer de tudo para evitá-los, dizer que eles não te atingem mais... Mas, por que insiste em permanecer por perto, se realmente quer cortar laços com eles, como você diz?”
“Me diga você” – Núria devolveu, rindo – “Não seria essa ‘dependência emocional’ inerente à minha condição, talvez?”
“Mas por que você tem que permanecer dependente emocional deles, ou de quem quer que seja, essa é a questão.”
“Depois do término do meu namoro, passada a raiva inicial, o sentimento de apego a ele, a rejeição e o abandono quase me levaram a fazer uma besteira, pra ser honesta. Acho que apostei todas as minhas fichas em um cara que eu enxergava com lentes de aumento, mas não atendia minhas expectativas no final. Quando cheguei aqui, estava um bagaço emocional. Talvez procurei, inconscientemente, como você diz, colo de mãe, algo assim. Aqui dentro ainda existe alguém que espera que alguém vá me pegar no colo toda vez que eu cair.”
Núria saiu ensimesmada do consultório de sua atual psicóloga. Se tinha conquistado o que precisava para se libertar do ambiente opressor de seu antigo lar, por que ainda orbitava ao redor dele?
Era notório que suas relações interpessoais refletiam sua instabilidade emocional. Não existia meio-termo: ou estava profundamente apegada/apaixonada/encantada, ou se desinteressava completamente, como se aquilo nunca tivesse passado por sua vida antes, e nunca mais passaria no futuro.
Dentro do ambiente de trabalho conseguia se esquecer um pouco de seus problemas, e de quem era. Lá ela se sentia útil, necessária, às vezes insubstituível. Dedicava-se àqueles pacientes e seus dramas pessoais, como alguém que assumia um personagem que lhe permitisse pairar acima de tudo o que a angustiava.
Por enquanto, seu “colo de mãe” – um colo racional, que a auxiliava a buscar seus próprios caminhos – eram essas sessões com Márcia, que apesar dos mais de sessenta anos, tinha um aspecto benevolente que a fazia parecer mais nova, e um jeito de se vestir e decorar seu consultório bem mais simples e hippie, por assim dizer, que Simone. As duas terapeutas eram amigas de longa data, mesmo sendo tão diferentes em seus gostos pessoais e estilos de vida.
Como nem tudo poderia ser perfeito, os momentos em que Núria mais recorria a Márcia, ou aos seus ansiolíticos de tarja preta, eram as desavenças no ambiente de trabalho. Uma repreensão da coordenadora, uma fala atravessada de algum estagiário arrogante, pacientes de temperamento difícil, a princípio amigáveis, que a destratavam por motivos fúteis, não relacionados a vícios ou distúrbios psiquiátricos, e assim por diante.
Ninguém sabia os dias de inferno que Núria enfrentava em seu íntimo cada vez que isso acontecia. Os pacientes e colegas que mais a estimavam ficavam sem entender o motivo desses períodos de auto isolamento que ela se impunha. Saía a Núria doce, acolhedora e suave, e entrava a profissional no modo automático, que falava e agia com todos praticamente como uma atendente de telemarketing.
Por isso, mesmo tendo a habilidade de se comunicar perfeitamente, persistia em seu coração uma gritante fobia social. Não tinha ninguém para sair e tomar uma cerveja, conversar, se divertir, confiar. Ela nunca soube o que era ter uma amizade de verdade.
Com o tempo, ela aprendeu a não deixar isso afetar seu trabalho. O Dr. Dirceu e alguns colegas respeitavam essas súbitas mudanças de humor, mas apenas o psiquiatra sabia o motivo delas.
“Não me importa a anamnese, o CID, o que você toma, ou o que disseram pra você” – disse ele certa vez em que ela se colocou em xeque – “O que importa é o quanto isso pode te fazer mal em um ambiente como este, e o quanto isso vai interferir nos outros pacientes. A gente vai avaliando e trabalhando juntos a situação, certo?”
E, apesar dos pesares, Núria estava se saindo muito melhor que o esperado para alguém que vivia patologicamente no limite da intensidade de suas emoções. O psiquiatra entendeu que era exatamente assim que ela deveria continuar a lidar com sua condição, e se tornou mais um de seus aliados ali dentro.
A coisa mudou muito de figura quando o doutor percebeu que o envolvimento entre sua enfermeira e Jordana tomava nuances que quase beiravam as fronteiras do código de ética profissional. “Será possível que eu terei que relembrar a Núria algo tão óbvio? Ela, que sempre foi tão competente e cuidadosa em não se aproximar demais dos outros...”, preocupou-se.
No entanto, parecia que as duas, especialmente Jordana, floresciam com essa amizade. A paciente, que chegou ali em péssimo estado emocional e de saúde, parecia ter encontrado na enfermeira um bom motivo para levar adiante seu tratamento. Era a primeira vez, desde suas várias tentativas de reabilitação, que não só não recaía, como parecia não dar sinais de que isso pudesse acontecer naquele momento.
Mas a mente humana é imprevisível, como ele bem podia atestar. O que faria, se aquele caminho seguisse adiante, e ele fosse obrigado a intervir, para o bem das duas? Estaria mesmo fazendo um bem a Jordana, tirando-lhe uma das maiores razões de prosseguir um dia de cada vez?
E quanto a Núria? Se houve ocasiões num passado meio distante em que a moça até se trancou em um banheiro para chorar – seja porque Djanira foi meio incisiva com ela, seja porque um paciente viciado em crack ofendeu-a brutalmente depois que ela tentou animá-lo –, o que seria dela, caso se envolvesse com uma adicta em recuperação, com todas as implicações difíceis advindas desse tipo de vício?
“Tô de boa, Jaque.”
A amiga ergueu as sobrancelhas e olhou-a de cima.
“É que, se eu beber, pode ser que eu sinta falta de ficar chapada de novo, entende?”
Jaqueline meneou a cabeça, compreendendo.
“E aí, como tá indo o tratamento?”
“Ainda preciso disso aqui” – Jordana acendeu um cigarro também, logo após apagar o anterior.
“Que será que tem de tão bom naquele NA, que você tá tão feliz por ir lá, hein? Eu conheço, ou é outra hétera curiosa?” – Jaque sentou-se ao lado da amiga, na escadinha de concreto do quintal do coletivo.
“Tem nada de atraente num lugar onde eu vou só pra falar dos meus problemas...”
“Então é em outro lugar, com certeza. Como é o nome daquele outro que você vai todo dia mesmo?”
“Cê é foda...”
“Ai, sério que você vai ficar fazendo cu doce e não vai me contar?”
“Não é isso... É que eu acho que pode só ser coisa da minha cabeça...”
“Outra hétera, eu sabia!”
“Eu nem sei se é, pra falar a verdade. Mas o problema nem é esse.”
“Fala logo, mona!” – Jaqueline deu um trago em seu cigarro e um gole na cerveja.
“Cê acredita que eu a conheço desde que ela era desse ‘tamanhinho’? Acho que tinha uns cinco ou seis anos, eu era só um pouco mais velha” – Jordana estendeu a palma da mão para baixo para explicar.
“Amor de infância? Que tudo!”
“Aí é que tá. Não sei se é amor. Ela foi uma pessoa muito sozinha desde criança, muito infeliz. Tinha uma família horrorosa, vivia apanhando de todo mundo: dos pais, da irmã, na escola. Mas parece que se tornou uma pessoa super equilibrada, cabeça no lugar, apesar de tudo. E ainda por cima, ficou mó gata, isso não tem como negar! Antes, eu tinha muita dó dela, de verdade, tá ligada? Hoje, ela é quem me dá o maior apoio pra eu continuar limpa, me aconselha, e não faz isso por pena. Eu posso tá confundindo as coisas, mas de um jeito diferente. Não sei se é porque eu tinha pena dela, e tô feliz de vê-la bem, ou se é pelo cuidado que ela tem comigo, o que faz parte da profissão dela. Talvez eu esteja muito carente ainda...” – mais um longo e pensativo trago no cigarro.
“Você ainda pensa na Aline?”
“Esses dias eu vi ela” – Jordana teve um sorrisinho de canto de boca – “Lá no mercado, com o Luquinha. Tinha um cara junto deles, todo certinho, desses que parece de igreja.”
“Ai, amiga, desculpa ter falado nisso!” – Jaque segurou o antebraço da outra.
“Imagina, de boa. Não vou dizer que não fiquei mexida, mas a cena meio que fez sentido para mim.”
“Ela parece que não gostava muito de conviver com a gente, não é?”
“Ela sempre gostou de vocês, mas acho que... Sei lá. No mundinho hétero dela, a gente tinha que disfarçar, mas mesmo assim, ela estava sempre à vontade. Aqui a gente podia fazer tudo sem se esconder, mas ela se sentia deslocada. Eu entendo. Não posso demonizá-la, afinal de contas, quem fez a pagar todos os pecados fui eu.”
“Mas, amiga, cê esteve enfrentando uma barra também. Não pode ficar se culpando...”
“Um dos passos pra gente começar a acertar, é admitir nossos erros e pedir perdão pelo mal que causamos aos outros. Isso eu não posso fazer pessoalmente à Aline, pelo menos não ainda, porque ela não quer me ver nem pintada de ouro. Mas, se um dia ela me der essa abertura, vou fazer, de todo o coração.”
Ficaram em silêncio por algum tempo. Jaqueline achou melhor mudar de assunto, e começou a contar suas últimas peripécias amorosas, com requintes de comicidade, que devolveram o riso ao belo rosto de Jordana.
“Eu não era o que se chama de uma criança extrovertida. Quem me vê hoje, dificilmente acredita. Mas é isso aí. Acho que pra muita gente aqui, usar droga foi um jeito de se soltar, desinibir, não é?”
Algumas pessoas na roda da reunião do NA daquele dia concordaram.
“Por muito tempo eu fiquei em dúvida quem era o meu ‘eu’ verdadeiro. Na terapia fui descobrindo que, na infância, só ficava calada pra não sofrer, não levar surra. Era assim na escola também, no começo, eu era chamada de burra até pela professora, baixava a cabeça e aceitava quieta. Depois, fui pra outro extremo, eu era a ‘bocuda’ que não deitava pra ninguém, falava o que pensava, fodam-se as consequências. Foi meu jeito de compensar os tempos de silêncio forçado. A droga só acentuou isso.”
“Mas, não só minha terapeuta, como uma pessoa muito legal, disse que esse meu lado bom, quero dizer, essa extroversão, essa alegria, é algo que eu tenho dentro de mim desde sempre.”
E hoje eu tô aqui, despreparado, preocupado com tudo ao redor,
As pernas tremem, a boca não abre, e não dá nem pra me mover...
“Essa pulseira e essa gargantilha de ametista ficaram maravilhosas, Jordana! Olha esse macramê, perfeito!” – Núria avaliava as peças que a paciente fizera em uma semana de trabalho.
Ficou muito feliz ao ver Jordana radiante, contando que já havia ganhado algum dinheiro com a venda de suas bijuterias. Não era muito, mas pelo menos, Jordana tinha autonomia para pagar suas despesas menores.
Núria colocou a gargantilha em si mesma e observou-se no reflexo diluído de uma porta envidraçada.
“Quanto é essa?”
“Sessenta.”
“Mas tá muito barato!”
“Estou pensando em te dar de presente, na verdade.”
“Ah, de jeito nenhum! Faço questão de pagar por esse trabalho tão bem feito.”
Jordana sentia uma estranha ternura em ver a enfermeira usando algo feito por suas próprias mãos. Não pretendia insistir e forçar Núria a aceitar o colar de graça, mas queria ter o prazer de presenteá-la, apenas... Por quê? Ela mesma não entendia a razão de tanta satisfação ao ver sua antiga vizinha feliz...
“Fica com ele. Depois a gente acerta.”
“Imagine, posso fazer isso agora” – Núria foi até o armário onde guardava sua bolsa, antes que Jordana pudesse impedi-la.
“Não precisa!” – a outra gritou de longe.
Núria reapareceu com sua carteira. As mãos quentes e macias de Jordana envolveram as suas.
“De verdade, não precisa. Aceite meu presente, por favor.”
Uma onda de sangue subiu ao rosto da enfermeira. Ela sorriu sem jeito e gaguejou, incapaz de tirar suas mãos de dentro das de Jordana.
“Eu, ahn... Faço questão que você seja recompensada pelo seu esforço pessoal...”
“Vou ter uma recompensa enorme se você simplesmente aceitar. Juro!”
“Ela tem que usar esse sorriso hipnotizante, pelo amor de Deus?”, Núria baixou os olhos e mostrou ainda mais os dentes, para disfarçar o pânico delicioso que a atingia em cheio.
“Assim você me deixa encabulada!...”
Jordana apertou aquelas mãos frias e pálidas um pouquinho mais forte antes de soltá-las.
“É meu presente de aniversário, então. Ok?”
“Mas meu aniversário já foi há muito tempo, só ano que vem agora...”
“Tô nem aí, entreguei atrasada, mas entreguei! Parabéns!” – a paciente disse num tom gaiato, que fez Núria rir, inclinando-se para frente, aliviando em parte a tensão que a enleara segundos antes.
Duas pessoas as observavam discretamente nesse minuto, cada uma com pensamentos diferentes sobre a cena que acabaram de assistir.
Fim do capítulo
Um capítulo cheio de amorzinho pra aquecer o coração nesse frio que tá vindo aí. Obrigada a todes que estão aqui comigo, firmes e fortes! <3 <3 <3 <3 <3 <3 <3 <3 <3 <3 <3 <3 <3 <3 <3 <3
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thays_
Em: 15/05/2023
AHHHHH dei um berro quando vi a referência da música Capricorniana do Poesia Acústica, eu simplesmente sou apaixonada! Gosto muito da Sobre Nós também! Você já ouviu "Olhares" da Cynthia Luz e do Sant?
Qual signo você daria pra Núria e pra Jordana?
Esse Little by little que é o anime que você comentou? Eu não encontrei, só a música do Oasis mesmo
Amo essas duas juntas, estou torcendo muito pro romance dar certo, mas com a Jordana limpa e bem. Uma tem muito a agregar a outra. Mas acho que vai dar problema o fato da Nuria ser enfermeira e a Jordana paciente...
Ansiosa para o próximo!
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Angell
Em: 15/05/2023
Boa noite!
Eu sumi um tempo mas já me atualizei nos capítulos que eu não tinha visto. Então, Núria tem borderline! Interessante acompanhar o desenvolvimento, no começo achava que ela tinha traços de autismo, como eu, mas depois vi que era outra coisa que ela tinha...Confesso que acho Núria muito interessante e apaixonante, do tipo que da vontade de cuidar e não gosto muito dela com Jordana. Núria parece estar tão bem depois da psicoterapia e aparece Jordana com essa energia tão caótica que fico com pena de Núria, pois é muito ingênua e se apaixonou fácil por um rosto bonito, mas entendo Núria vê mais qualidades nela. Só espero que Jordana não traga mais sofrimento para vida de Núria. Vamos ver se é amor mesmo ou um carma rsrs
Billie Ramone
Em: 18/05/2023
Autora da história
Ahhh que fofinho vc pensar assim da Núria! apesar disso, como toda borderline, ela tem um potencial destrutivo e autodestrutivo muito grande dentro de si, infelizmente... como vc sabe, é uma condição tratável, mas ainda não curável, entonces, gatilhos ainda são um perigo a se cuidar :((((((((
e aí vc me colocou contra a parede devo confessar kakakaka! uma adicta em cocaína também tem uma condição incurável, porém tratável, e eu tô pensando aqui nas mil possibilidades de como fazer isso funcionar, tanto é que entrei nesse hiato da história involuntariamente (fora as coisas chatas de vida adulta que to tendo que resolver e minha garganta que não quer parar de doer faz dias), pq eu tinha em mente uma coisa para a Jordana, e minha fonte de consultas (terapeuta) tá dizendo que não é tão simples assim quanto eu achava. Ao contrário do que muita gente pensa, o vício faz a pessoa ter atitudes egoístas, mesmo ela não sendo assim por natureza... é complicado :(((((((
mas vou dar o meu melhor, isso eu prometo! :))))
Sem cadastro
Em: 19/05/2023
Coincidentemente eu estava ouvindo um podcast sobre o borderline essa semana onde falava que os borders são pessoas que deixam as outras viciadas nelas. Quem sabe Jordana substitua o vício na cocaína pelo vício em Núria? rsrsrs Será que tem como se viciar em alguem de uma forma que não seja tóxica? Talvez sim! Se uma fizer bem a outra... :) Continue, pois estou certa de que que vai ser uma linda história! Só deixa fluir sem se preocupar com comentários, para que eles não interfiram no seu processo criativo. Abraços!
Angell
Em: 19/05/2023
E melhoras para a sua garganta! Eu fiz o comentário acima te respondendo, sem estar logada e apareceu "Sem cadastro" rsrs
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Billie Ramone Em: 18/05/2023 Autora da história
Minha preferida do PA até agora, mesmo depois deles já terem lançado várias... vou ouvir essa do Saint que vc falou :))))))
Olha, aí tu me pegou... eu simplesmente não tenho ideia do signo delas, nao entendo tanto assim do assunto kakakaka! só pensei no ano de nascimento de cada uma (Jordana 1989, Núria 1991), mas me preocupei mais em traçar um perfil psicológico delas de um ponto de vista mais científico que astrológico ksksksks... quer arriscar uns palpites? vc deve entender mais disso que eu...
o drama coreano se chama "Tudo bem não ser normal", é daqueles beeeeeeeeem cheio de reviravoltas, trata a saúde mental como algo de suma importância e respeito (coisa rara na Coreia), tem que reservar muitas caixas de lenço de papel pq a cachoeira pelos olhos é garantida, e Little by little é o nome de uma das músicas da OST da série :))))))))