Amada Amanda por thays_
Atenção a gatilhos: menção a estupro. Outra questão é que também teremos um pouco mais de sexo entre as duas, quem não se sentir confortável com esse tipo de conteúdo explícito que já vem sendo abordado por aqui, por favor, não leia. Boa diversão.
Capitulo 24
Eu tô voltando pra casa, vou morar nos seus beijos
Vou viver nos seus olhos, surfar nos seus cabelos
Desbravar os seus sonhos, desvendar seus desejos
Vou fazer de tudo pra você não me deixar
Eu sei que dizem que não existe mais amores como antigamente
Que hoje em dia amor é coisa que ninguém mais sente
Eles não têm visto a gente tão recentemente
Eles não têm visto a gente tão recentemente
(...)
Me desculpe, mas é assim que os arianos são
Ainda mais com ascendente em escorpião
Eu queimo como fogo e apago a erupção
E hoje eu me encontro exatamente aqui na palma da sua mão
(Amor e Samba – Poesia Acústica)
Acordei na madrugada de sexta para sábado daquela mesma semana, estendi a mão para o lado, mas não encontrei Amanda. Eu tinha simplesmente apagado e não consegui esperá-la acordada. A luz da sala estava acesa e percebi que ela tinha jogado um edredom sobre mim. Cocei os olhos e peguei o celular ao lado da cama, o visor marcava 1:37 da manhã. Levantei-me da cama, peguei minhas muletas e fui procurá-la.
Lá estava ela em frente ao notebook programando. Eu me aproximei silenciosamente. Tunico levantou a cabeça no sofá, começou a abanar o rabo. Amanda sorriu quando me viu. Beijei seu pescoço.
- Oi, meu bem.
- Oi, amor. – Ela beijou meus lábios.
- Vamos pra cama? Amanhã você termina isso.
- Eu to preocupada com o prazo de entrega... o negócio não tá fluindo.
- Você quer que eu desmarque com o Rafa amanhã?
- Não, amor... vai ser muito legal. Quero conhecer a Raíssa.
Comecei a fazer massagem em seus ombros. Ela fechou os olhos.
- Você tá toda tensa. – Disse.
- Tá tudo doendo. – Ela disse com a mão no pescoço.
- Vamos pro quarto, vou fazer uma massagem em você. Aqui não consigo me equilibrar.
Ela fechou a tampa do notebook, apagamos as luzes. Ela caminhou até o quarto comigo. Sentou-se na cama. Eu liguei a luz do banheiro e apaguei a do quarto, criando uma atmosfera mais acolhedora no ambiente. Sentei-me ao seu lado
- Eu só não to a fim de... Você sabe. - Sua voz estava cansada.
- Fica tranquila, meu bem. É só uma massagem… sem benefícios.
Ela riu e então perguntou:
- Você quer que eu deite?
- Deixa eu sentar atrás de você. Não consigo me ajoelhar ainda.
Alcancei a mesa de cabeceira. Peguei um gel de massagem e me ajeitei sentada próxima à cabeceira da cama, em cima de um travesseiro, com outro em minhas costas.
- Vem aqui. – Bati no colchão, no vão entre minhas pernas esticadas e abertas.
Ela se ajeitou de costas, tirou a camiseta. Abri o feixe do seu sutiã. Tirando-o na sequência. Beijei suavemente seu ombro e a abracei assim por alguns segundos. Senti seu corpo relaxar.
- Tira... – Ela pediu com a voz baixa.
- O que?
- Tira sua roupa. Quero sentir sua pele na minha.
Tirei a camiseta, ficando apenas de cueca e tornei a abraçá-la. Ela respirou profundamente e deixou seu corpo encostar-se ao meu.
- Isso é muito gostoso. – Ela disse baixinho. Seus olhos estavam fechados. – Sentir você assim.
Beijei seu pescoço de forma carinhosa. Minhas mãos subiram até seus ombros. Coloquei um pouco o gel de massagem na região.
- Tá gelado. – Resmungou.
- Já vai melhorar. – Disse, agora espalhando. Fazia uma pressão de leve em seus ombros. Ela estava com a musculatura toda rígida. Subi até seu pescoço. Meus polegares fazendo movimentos circulares. Ela ronronava de uma forma muito fofa.
- Vamos buscar sua cadeira? Do jeito que você está trabalhando não está dando certo... Daqui a pouco vai estar toda travada.
- Como vamos trazer ela até aqui? Os Uber 's não gostam de transportar nada. Acham ruim quando é coisa grande.
- O Rafa vem aqui amanhã. Podemos pedir pra ele.
Ela se calou. Ficou pensativa durante longos segundos. Eu continuei:
- Quer dizer. Eu não estou querendo te forçar a nada... Se você quiser ir trabalhar na sua casa quando eu voltar a minha rotina normal não tem problema nenhum. Eu vou super entender. Às vezes é até melhor pra você... - Ficamos em silêncio novamente. - Acho que estou apressando as coisas. Desculpe. Não quero que se sinta pressionada a fazer nada que não queira. Eu só quis dizer aquele dia que ia ser muito gostoso ter você aqui comigo o tempo todo...
- Eu não sei, Duda. Eu tenho medo.
Continuei massageando seus ombros, haviam alguns carocinhos por baixo de sua pele. Minha mãe dizia que eram pontos de energia parada. Foquei em alguns deles até eles começarem a se desfazer.
- Do que tem medo?
- Tenho medo de você se cansar de mim... Estamos convivendo agora diariamente. Tenho medo de você querer que eu vá embora quando ficar de saco cheio de mim. E eu não sei se consigo lidar com isso. A convivência nem sempre é fácil, eu vejo pelo meu pai e minha mãe... Era um caos... Eu tenho muito medo de ter um relacionamento assim…
- Eu não sou seu pai. Você não é sua mãe. Somos pessoas completamente diferentes deles. Completamente... você não pode usar os dois como um exemplo de casal que deu certo, porque eles são o pior exemplo pra você se basear.
- Esse seu lance de querer brigar com as pessoas... sei lá. Eu te disse que isso é difícil pra mim. Eu tenho medo de você surtar e vir pra cima de mim.
Eu ri. Aquilo era um absurdo!
- Jamais... eu jamais levantaria um só dedo pra você... Jamais... Jamais... Não pense isso de mim, nunca... Eu juro pra você... Nunca levantei o dedo pra nenhuma mulher... Nenhuma ex... Nunca. Juro por Deus, isso não faz parte de quem eu sou, no que eu acredito, no que eu tenho pra mim como correto. Eu só bati em caras que ao meu ver mereciam apanhar porque passaram dos limites completamente aceitáveis. Foram caras completamente preconceituosos, estúpidos. Eu fui pra cima me defender e principalmente pra defender você nesses últimos tempos.
A musculatura dela já estava um pouco menos rígida do que no início. Eu então parei o que estava fazendo e a abracei, passei minhas mãos por sua cintura, pousei minha cabeça em seu ombro. Disse em seu ouvido:
- Você é minha namorada, meu amor, minha mulher, a coisa mais preciosa que eu já tive em toda minha vida... Eu nunca faria absolutamente nada pra te machucar... Pelo contrário, você já passou por tanta coisa que eu só tenho vontade de te colocar num potinho e te proteger de tudo, te proteger do mundo. Mas eu sei que a vida não é assim. Sei que não dá pra fazer isso... Sei que embora Guilherme tenha merecido, você não gostou do que eu fiz…
- Eu também tenho muito medo que você se machuque. - Ela disse. - Tenho muito medo que algo ruim aconteça com você quando você age dessa forma. Nós já conversamos sobre isso uma vez…
- Eu vou começar a fazer terapia como você sugeriu. Eu já decidi isso. Eu só não te digo agora, porque preciso pagar a fisio, mas quando eu ficar melhor da perna eu começo. Eu não posso te perder de jeito nenhum... entende isso?
Ela se virou em minha direção, ajeitando-se na cama, sentando de frente pra mim
- Eu também não posso perder você, Duda.... eu tenho tanto medo que alguma coisa muito ruim aconteça contigo... mas tanto medo... você não sabe como eu fiquei quando soube que você tinha sofrido um acidente de moto... você não tem ideia... eu pensei que você tivesse morrido... eu tive uma crise fortíssima de ansiedade...
- Você também acredita que foi o Guilherme?
- Eu não sei. Ele desapareceu. Nunca mais o vi, graças a Deus. E se for também, os policiais não conseguem ligar o acidente a ele. Pode ser que não tenha nada a ver, Duda. Eu acho realmente que você tem que esquecer esse cara. Vive sua vida aqui comigo. Para de ficar minando coisas ruins na sua cabeça... o cara é um bosta, não merece nem sua raiva.
Eu fiquei em silêncio. Ela perguntou:
- No passado alguma vez já aconteceu algo muito ruim com você?
- Como assim? Em relação ao que?
- Nessas brigas todas que presumo que você já tenha se envolvido...
Eu hesitei. Será que contaria isso a ela? Eu jurei pra mim mesma que nunca contaria isso a ninguém. Que isso morreria comigo. Era um assunto que tinha sido enterrado a sete palmos.
Ela percebeu que eu fiquei pensativa.
- Se não quiser me contar... não tem problema... eu só quero saber como tudo começou...
- Você não pode contar pra ninguém, ok? É algo muito sério.
- Ta...
- Eu tinha uns 19 anos, tava voltando da balada com a Karen. Pegamos o primeiro metrô assim que abriu a estação. Nós morávamos meio longe uma da outra. Então eu segui sozinha a viagem. Um cara aleatório começou a me perseguir depois que saí da estação. O cara tava meio bêbado, ele era mais velho que eu, devia ter uns 45, 50. Ele começou com esses papos de Deus, de recitar versículo da Bíblia, dizia que ia “me corrigir”, que mulher tinha que ter o cabelo comprido. Que Deus “tinha feito o homem e a mulher” e os caralh* a quatro.
Amanda estava paralisada com uma feição muito séria em minha frente.
- O que ele fez?
- Bom, resumindo a história e eu vou te poupar dos detalhes, mas ele... - Eu desviei o olhar. - Ele meio que tentou me estuprar.
- O QUE?
- Eu, sendo estourada do jeito que sou, quebrei uma garrafa na cabeça dele e… merd*… O cara desmaiou e ficou estendido lá na calçada. Eu simplesmente não quis nem saber e sai correndo, fugi dali o mais rápido que consegui.
Ficamos em silêncio. Eu não conseguia olhar pra ela.
- O que aconteceu com ele?
- Eu não sei. Eu nunca mais fiz aquele caminho.
O silêncio ainda reinava.
- Você… matou o cara?
- Eu não sei, Amanda. Eu não sei. Eu não sei se uma garrafada pode matar alguém. O Google disse que sim e que não, depende de onde pegar a pancada. E tudo aconteceu tão rápido naquela noite que eu não lembro onde sequer bati. Só sei que a garrafa quebrou e o cara caiu igual uma pedra. Eu me culpei por anos por isso. Eu fiquei apavorada. Eu tinha medo que a polícia ia baixar lá na minha casa e me prender. Tinha medo que ele fosse aparecer no portão da minha casa, medo que ele começasse a me perseguir. Eu comecei a ter pesadelos com ele, pesadelos reais, igual os que tenho com Karen. Foi uma coisa muito traumática, embora ele não tenha de fato… você sabe…. Mas eu me senti completamente violentada, suja, imunda. Minha mãe desconfiou que tinha alguma coisa errada comigo. Sabe como ela é, né? Eu disse que não tinha nada a ver. Mas ela sabia que tinha acontecido alguma coisa, porque eu vivia na rua e passei a evitar sair de casa. Ou quando saía, pedia pro meu pai ir me buscar… Aí logo depois comecei a andar de moto e isso me ajudou muito a superar esse trauma.
- Você podia ter contado pra ela, ela teria virado o bicho pra te proteger... seu pai então... nossa..
- Não, jamais! Eu fiquei com muita vergonha. Muito medo. Até hoje é difícil tocar nesse assunto. Eu nunca consegui contar isso pra ninguém. Nem a Karen soube o que aconteceu.
Ela passou a mão em meu rosto e depois me abraçou. E eu me deixei simplesmente ser abraçada por ela. E então todos aqueles sentimentos reprimidos daquele dia vieram à tona e comecei a chorar. Ela me puxou pro seu colo, fazendo carinho em meu cabelo.
- Eu agradeço por você ter confiado em mim. Eu nunca vou contar pra ninguém... nunca… isso é coisa demais pra uma menina de 19 anos... e pra você ficar carregando isso até hoje sem falar pra ninguém…
- Se eu tivesse contado… - Continuei a falar com a voz embargada - Capaz que alguém ainda ia falar que a culpa era toda minha. Que eu facilitei. Que eu devia ter feito alguma coisa que deu a entender que eu queria. Que eu não devia andar sozinha naquele horário. Que eu que estava com uma roupa X, Y, Z. Você sabe muito bem como são essas coisas. A culpa é sempre da mulher, mesmo ela sendo a vítima.
Ela beijou minha cabeça, me segurando forte junto a ela.
- Meu amor... Você não tem culpa de nada... Que coisa mais horrível. Eu estou sem palavras… Eu sinto muito. Sinto muito mesmo que você tenha passado por isso…
- O que eu quero te dizer é… Só acredita em mim, por favor. Eu sei que não é certo eu surtar do jeito que acontece… mas eu jamais ia fazer nada de ruim com você. Só entende meu lado… Não tem nexo algum isso que você tá me falando, de você ter medo que eu te agrida... Eu fico até ofendida quando você vira pra mim e me fala um negócio desses… não tem cabimento nenhum, amor…
Comecei a chorar ainda mais e ela me beijou, continuou me abraçando forte até as lágrimas cessarem. Nos ajeitamos na cama, arrumei os travesseiros e deitamos. Ela puxou o edredom e nos cobriu, se enrolando toda, me envolvendo em seus braços. Deitei minha cabeça em meu peito e ela beijou minha cabeça.
Eu respirei fundo me sentindo uns 50kg mais leve depois daquilo.
- Eu só não quero nunca mais tocar nesse assunto. Tudo bem? - Pedi.
- Claro, meu bem. Fica tranquila. Morreu aqui.
Dentro de poucos minutos fomos tomadas pelo sono.
Acordei com o despertador tocando na manhã seguinte. Amanda resmungou em meu pescoço, se ajeitando em mim. Naquele dia receberíamos Rafa com a namorada. Diego e Helena não poderiam vir, pois já tinham compromisso. Eu coloquei pra despertar às 10:00 pra dar tempo de dar uma geral na casa antes deles chegarem.
- Bom dia, minha linda... – Disse baixinho.
- Nossa, do jeito que a gente deitou a gente ficou... nem me mexi.
- Gostoso ficar assim. – Disse, buscando seus lábios. – Descansou?
- Nossa... parece que eu dormi umas 10 horas seguidas... – Ela disse entre beijos.
- Foi a massagem?
- A massagem e o carinho... – Ela respondeu roçando o nariz no meu.
- Vem pro banho comigo? – Perguntei.
Fomos para o banheiro. Tiramos o restante de nossas roupas. Ela realmente tinha acordado mais disposta. Bem disposta. Deliciosamente disposta… Tomamos nosso banho entre beijos, abraços, mordidas, apertos, pegadas, passadas de mão. Amanda estava muito mais solta comigo a cada dia que passava. E eu estava adorando.
- Ainda não tá a fim? – Perguntei baixinho, deslizando minha mão lentamente por sua extensão deliciosamente pronta, dura.
- Tô muito afim agora. Mas se continuarmos nesse ritmo, de fazer amor no chuveiro toda vez que tomamos banho, sua conta de água vai vir uma fortuna.
Nós rimos.
- Queria poder me ajoelhar aqui... to com muita vontade de te ch*par… – Disse em seu ouvido.
- Hum...
- Queria você goz*ndo na minha boca...
Ela mordiscou meu lábio inferior.
- Vem. – Estava séria.
Desligamos o chuveiro. Ela me encostou contra a bancada do banheiro. As gotas de água ainda escorrendo por nossos corpos... Lambi seu pescoço, seu ombro, sua boca. Ela me pegou pela bunda, me sentando na pia. Nossos seios roçando um no outro. Seus mamilos duros.
Ela guiou seu sex* quente até minha entrada e estremeci. Meu corpo todo molinho, mal me sustentando... Eu certamente iria ao chão se estivéssemos de pé. Enfiou só um pouquinho. Senti suas mãos descendo pelos meus seios, segurando pela ponta dos dedos meus mamilos. Ela tinha se lembrado. Apertou, olhando pra mim. Estremeci. Meteu mais um pouco, ganhando espaço dentro de mim.
- Você tá sempre tão molhada... – Ela disse com a voz fraca, naquele ritmo lento, entrando, saindo, só um pouquinho. Sem colocar tudo.
- Vai logo... - Implorei.
- O que? – Se fez de desentendida.
- Mete.
Ela negou, como se estivesse adorando minha urgência. Apertou mais um pouco meus mamilos. Tudo isso sem tirar seus olhos dos meus. Aquele olhar daquela mulher… Seu cabelo caindo em seu rosto. Ela era belíssima…
- Eu não tô aguentando, amor… - Gemi.
- Ah não?
- Não.
Soltou um mamilo, desceu seu polegar direito até meu clit*ris. Joguei a cabeça pra trás. Será que aquela pia ia me aguentar em cima dela? Fiquei imaginando a pia quebrando o cano de água estourando e… Ela começou a brincar comigo, seu polegar bem na pontinha do meu clit*ris, bem devagar, afastando todo e qualquer pensamento intrusivo.
- Você tá toda inchada... toda dura... .
- Me come... – Gemi. Meu corpo encostou contra o espelho do banheiro. – Vai logo, amor...
- Adoro te ouvir implorando desse jeito...
Ela então entrou inteira dentro de mim, me preenchendo de uma forma deliciosa, fácil. Eu gemi alto, fincando minhas unhas curtas em suas costas.
Havia algo naquilo que me deixava louca... A forma como ela me segurava, a forma como ela me beijava, aquele carinho todo que ela tinha comigo, aquela forma safada que me pegava. Estar com Amanda era estar além do desejo, sempre havia algo além do que apenas sex*, tinha tanto sentimento envolvido, tanta conexão com um só olhar... Segurei em seu pescoço, ela me beijava de forma apaixonada, intensa, entrando e saindo de mim de forma ritmada, gostosa, ocasionando aquela eletricidade que se espalhava pelo meu corpo inteiro, por todo meu ventre, meu estômago…
Cada vez que ela entrava e saia eu molhava ainda mais. Eu poderia ficar assim, por horas e horas... apenas sentindo aquilo... apenas com ela me comendo. E foi isso mesmo que aconteceu, perdemos a noção das horas com ela entre minhas pernas… Conforme os minutos foram passando, um quê crescente dentro de mim surgiu. Daquele jeito que antecedia meu ápice, mas eu nunca tinha goz*do assim. Apenas assim. Quer dizer, até uns dias atrás eu nem sequer sabia que podia sentir tanto prazer com alguma coisa entrando em mim, quem dirá goz*r dessa forma. Até então, só tinha goz*do estimulando meu clit*ris.
Eu simplesmente me deixei ir pra ver aonde aquilo ia dar. Eu simplesmente não consegui pensar em nada, nem na pia desabando, nem no espelho que podia se partir, só naquela sensação deliciosa que ela me proporcionava… Estocando forte, aquela dorzinha gostosa, batendo bem no fundo… E eu g*zei forte, gem*ndo alto, grudada em seu pescoço, ela apertando meu mamilo, aquele orgasmo se alastrando por cada poro de meu corpo. Ela veio logo na sequência e aquilo foi simplesmente fantástico. Estávamos completamente suadas. Lambi sua boca, sua língua, sem forças alguma pra sair dali. Sua respiração alterada. Continuou me beijando agora de uma forma mais calma. Saiu de dentro de mim devagar. Eu gemi em sua boca com a sensação dela saindo. Eu toda melada de tesão, do gozo dela escorrendo por mim…
- Isso foi… - Disse sem voz.
- Delicioso. – Ela completou, beijando meus lábios.
- Demais...
- Vamos precisar de outro banho agora.
Nós rimos.
- Haja água!
Já passava das duas da tarde e o tempo estava quente. Estávamos no quintal e os cachorros estavam amando ter várias pessoas para dar atenção para eles. Rafa tinha levado uma caixa de som da qual estava soando Amor e Samba do Poesia Acústica. Eu que sempre gostei de assumir a churrasqueira, passei minha função para meu amigo que recebeu com total boa vontade.
Sua namorada Raíssa era professora de uma escola pública próxima à favela da Vila Prudente. Ela era toda descolada, cabelo black volumoso, sua pele preta era mais retinta que a de Rafa. Era gordinha, usava óculos de armação quadrada e preta e tinha um piercing no nariz. Era bem articulada e não precisou de muito para se enturmar com a gente. Assim que Amanda e ela começaram a conversar não pararam mais.
Rafa ficou de canto junto comigo ao lado da churrasqueira tomando uma cerveja, falando de como tinham se conhecido numa festa na casa de um amigo. Ela tinha um filho de 4 anos chamado Allan que estava com o pai naquele momento, pois os finais de semana eram dele. Mostrou uma foto dos três juntos na proteção de tela do seu celular. Eu nunca o tinha visto tão babão e apaixonado por uma garota antes. E ainda por cima uma garota com um filho.
- O tempo de farra acabou, brother. Quero alguma coisa séria dessa vez. – Ele disse em tom confessional. – Cansei, sabe? Só tô querendo paz. – Ele deu uma boa olhada em mim e então perguntou. – E você e a Mandy? Ela se mudou pra cá de vez ou ainda não?
- Ainda não. – Eu sorri. – Mas já joguei a ideia pra ela.
- Falando no diabo... – Rafa brincou.
Amanda se aproximou de nós, sentou-se em minha coxa, me envolvendo em seus braços, beijando minha boca, toda dengosa. Quem via de fora aquela mulher de shortinho, cabelo comprido e eu de bermudão e camisa do Corinthians nunca sequer imaginaria que ela tinha acabado de me comer bem gostoso em cima da bancada do banheiro.
- Estão falando de mim, é?
- Estamos, meu amor.
Raíssa também se aproximou e beijou os lábios de Rafa.
- Tem alguma coisa pronta, já? Estou morrendo de fome.
- Só se gostar de carne mal passada.
- Um pedacinho, só.
Ele cortou um pedaço do contra-filé e deu na boca dela.
- Rafinha, será que você podia dar um pulo lá em casa depois? - Amanda perguntou.
- Claro, o que você precisa, Mandy?
- Eu tô pensando em trazer algumas coisas minhas pra cá... Como você tem uma caminhonete ajudaria muito…
Eu olhei para ela e mal acreditei no que tinha acabado de ouvir. O sorriso foi impossível conter.
Fim do capítulo
Pessoas lindas que estão me lendo, me acompanhando, me incentivando... estou me divertindo muito escrevendo essa história. Alguns capítulos talvez demorem um pouquinho mais pra sair, mas pretendo minimamente postar um por semana, quando estiver inspirada até mais que um, mas tudo vai depender de como estarei.
Pra quem gosta de astrologia, a Duda é de Câncer, mas tem ascendente em áries e lua em escorpião, o que pode influenciar alguns comportamentos dela ao longo da narrativa, por esse motivo achei essa música bem pertinente.
Por fim, gostaria apenas de agradecer ao carinho de vocês! Até breve!
Comentar este capítulo:
Billie Ramone
Em: 05/05/2023
Nhaaaaaaa tão casadinhas :))))))))))))) <3 <3 <3 <3 <3 <3 <3 <3 <3
só uma dúvida muito louca que eu tenho: os hormônios realmente zeram a contagem de espermatozoides numa mulher trans, ou ainda há um risco pequeno de ter um baby?
[Faça o login para poder comentar]
Marta Andrade dos Santos
Em: 04/05/2023
Só Love kkk
thays_
Em: 04/05/2023
Autora da história
Só love só love kkkk
[Faça o login para poder comentar]
Lea
Em: 03/05/2023
Quanta coisa a Duda tem guardada dentro de si. Passar por um momento horrendo e desesperador como esse,com certeza não foi fácil. E ainda teve que enfrentar tudo isso sozinha. Espero que a terapia à ajude superar tudo isso.
Torcendo para que,a convivência do dia a dia,as façam crescer e que seja o mais harmonioso possível. Como disse a mãe da Duda,ela não é fácil.
É muito compreensível esse medo da Amanda.
Quanto as cenas de sexo entre as duas, serão sempre bem vidas. Amo a forma como você escreve e transmite essas cenas, são maravilhosas e cheias de amor!
thays_
Em: 04/05/2023
Autora da história
Lea, sou apenas agradecimentos por sempre estar por aqui me incentivando!! Suas palavras me deixam muito feliz! Obrigada de coração!
[Faça o login para poder comentar]
Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:
thays_ Em: 05/05/2023 Autora da história
Oi Billie! :DDD bom te ver por aqui!
Então, sua pergunta é muito pertinente! Quando uma mulher trans começa a terapia hormonal é altamente recomendável que ela faça algum processo de congelamento de material genético pq dependendo de qto tempo ela começou a harmonização pode prejudicar muito se ela quiser futuramente ter um filho biológico. Não acontece com todas, mas algumas relatam que o desejo sexual diminui consideravelmente, dificultando muitas delas a atingir o orgasmo, ter uma ereção, enfim. Talvez as coisas não sejam tão coloridas quanto o que estou mostrando nessa narrativa. Contudo, essa é uma obra ficcional (eu q mando na porra toda kk) e por vontade minha não quis ser tao fiel a realidade. E por justamente ser ficção e por eu gostar mto de brincar com padrões de gênero, imagino que seria uma experiência única para Duda vivenciar o processo de maternidade ;)))