Capitulo 7 - Os anjos são mais bonitos quando sorriem
Diante da psicóloga muito jovem, certinha e toda patricinha, Núria manteve sua máscara inerte.
A mulher, ao contrário dela, tinha uma postura aterrorizada, que lutava para disfarçar.
A sessão começou vinte minutos antes, e a psicóloga não tinha feito nada além de tentar ganhar a simpatia de Núria com papo furado. Sem a menor vontade de responder às perguntas imbecis, prevendo que a fulana provavelmente desfiaria um monólogo cheio de lições de moral durante uma hora, a garota resolveu tirar onda.
“Eu convivo com seres muito mais poderosos do que você pode imaginar”, disse a ela em voz monótona, quando a mulher perguntou sobre suas relações pessoais.
“Quer me falar deles?”
“Não.”
“Ok. O que significa a terapia para você? Uma sessão como esta, por exemplo.”
“Um lugar onde eu tenho que vir falar a uma estranha até o tamanho da bosta que caguei ontem.”
A psicóloga meneou a cabeça. Ainda tranquila, rebateu:
“Não é nada disso. Posso te garantir, você não é obrigada a nada. Você se sente ameaçada aqui, de alguma forma?”
“Nem tenho por que me sentir!”
“Por quê?”
“Como disse, tenho gente muito poderosa cuidando de mim. A um só pensamento meu, eles invadem esse lugar por essas janelas, quebram tudo, e matam qualquer um que atravessar meu caminho. Até você, se necessário.”
A mulherzinha se remexeu em sua poltrona, já desconfortável.
“Quem são... Como são esses... Seres de quem você tá falando?”
“Por que quer saber?”
“Você disse que eles são poderosos...”
“Pois é. Eu confio neles. Não vão deixar você, nem ninguém mais, me fazer mal nenhum.”
“Eu não pretendo te fazer nenhum mal!”
“Que bom para você.”
A tal psicóloga estava quase histérica ao falar com Regina. Embora a dita profissional fizesse o possível para parecer calma, disse ter se sentido “ameaçada” e “encurralada” pela jovem paciente. Junto com o marido psiquiatra, que sequer avaliou Núria pessoalmente, recomendou a internação imediata da garota, sob o “diagnóstico” de esquizofrenia paranoide.
Regina levou para casa alguns livretos e indicações onde poderia obter mais informações sobre a suposta condição mental da filha. Sua cabeça dava voltas e voltas, mas ela não conseguia enxergar onde foi que tudo começou.
Melhor dizendo, se recusava de todas as formas a admitir que, no fundo, sabia a origem desse problema, e sua participação nele. E de todos os outros problemas que ela vinha enfrentando desde então, com Núria, com Helena, e consigo própria.
Não dissera aos “profissionais” de saúde mental uma palavra sequer sobre o narcisismo egocêntrico e violento do marido. Pelo contrário: mesmo ele não estando presente, elogiou-o incansavelmente quanto à sua “dedicação e preocupação” com a filha caçula e o bem-estar da família.
Por pouco, Núria não terminou o ensino fundamental naquele ano. Além das notas baixas, deixara por completo de participar de qualquer atividade em classe, e foi mandada para a diretoria várias vezes.
Para ela, esses eram um dos momentos particularmente mais engraçados: deliciava-a ver o diretor perder a calma e se esgoelar, a ponto de espumar pelo canto da boca e soltar perdigotos para todos os lados. Ela mantinha o olhar vazio e sua mudez sistemática; por dentro, dançava e gargalhava, imaginando o diretor fervendo em um caldeirão.
“Você se acha muito inteligente fazendo essas patacoadas, não acha? Você, na verdade, é burrrrrra! Burrrrrrra (o sotaque meio carcamano das antigas dele tornava tudo ainda mais hilário)! Sua burrrrrrice vai te mandar, sabe pra onde? Lugar nenhum! Nem pra ser empregada doméstica você vai servir, porque não vai ter nem o ensino fundamental completo!”
O homem chamava seus pais, berrava até ficar vermelho e quase sem ar diante deles também. O casal saía de lá com uma expressão infeliz, mas não se atrevia a dizer nada à filha.
“Xeque-mate”, pensava Núria, vitoriosa.
Depois de tantos murros em ponta de faca, reuniu-se um conselho extraordinário entre os professores, o diretor, a coordenadoria, e os pais de Núria. A par da suposta doença mental da aluna, acharam melhor converter o corpo docente em uma espécie de terapeutas ocupacionais: propuseram a ela atividades extracurriculares durante a recuperação; ela poderia fazer as visitas culturais que desejasse, e resenhar os livros dos quais mais gostasse: os professores de artes plásticas, música, português, sociologia e filosofia “adorariam ver sua opinião sobre esses assuntos”.
Quanto aos professores de exatas e outras ciências, foram aconselhados a dar-lhe, em particular, as provas finais com consulta às apostilas. No fim, todos queriam que ela passasse logo, e assim se livrariam da bucha. Os pais já haviam manifestado a intenção de matriculá-la em outra instituição no ensino médio.
Valério e Regina acharam que seria uma ótima ideia colocá-la no colégio público perto de casa, na esperança de que, desta vez, Núria valorizasse os privilégios que perderia e voltasse a se dedicar aos estudos. Evidente que o tiro saiu pela culatra, uma vez que a precariedade do local acarretava em invigilância no portão de entrada e saída. A menina, antes mesmo de começar a primeira aula, simplesmente saía da escola sem ninguém para impedi-la, e ia passear onde lhe desse na telha.
Ao descobrirem, os pais, desolados de verdade desta vez, jogaram a toalha. Núria passou um ano inteiro sabático em casa.
Nesse meio tempo, conheceu na internet aquele que viria a ser seu primeiro “ficante”. Desinibida e eloquente no mundo virtual, flertava aqui e ali, com meninas e meninos, até que se interessou por um rapazinho bonito de dezessete anos, cosplayer, que chamou sua atenção pela caracterização perfeita do personagem Sesshoumaru, do anime Inuyasha. Era conhecido por todos como Guto.
Ele, por sua vez, deixou um comentário lisonjeiro em todas as fotos do perfil de Núria. Ao conversarem pela primeira vez pela webcam, no MSN, ele rasgou-se ainda mais em elogios.
Núria custou a acreditar que aquele menino cobiçado e disputado por várias garotas, e alguns garotos, estava dando essa moral toda para ela.
No entanto, ela não era tão ingênua a ponto de não perceber o flerte dele com outras. A vida a ensinou a ter um grande grau de desconfiança de qualquer pessoa. Aceitava os galanteios do moço, retribuía-os, mas negava todos os pedidos dele de fotos mais íntimas.
Ele sempre a “punia” por isso, dando-lhe um gelo durante uns dias a cada negativa. Núria sofria e chorava muito em segredo, mas não cedia.
Numa dessas vezes em que Guto reapareceu todo meloso depois do gelo, foi a vez dela de se fazer de desentendida:
“Oi, desculpa, não posso falar agora. Beijos.”
Passou uma semana ignorando as mensagens dele. Ao contrário do que ela achava que ia acontecer, ele fez de tudo para chamar a atenção dela de volta. Quando retomaram as conversas, ele estava uma seda, praticamente de rastros por ela. Falou até em ‘morrer de saudades’. “Tem coisa errada ai”, pensou Núria.
Habituado a nunca ser rejeitado, o rapaz resolveu arriscar:
“Vou te visitar aí na sua cidade.”
“De que jeito? Eu não posso te hospedar em casa.”
“Vou ficar na casa de um amigo” – ele mentiu.
“Você tem amigo aqui? Que bairro ele mora?”
Guto pesquisou no Google o nome da cidade dela, e disse o primeiro bairro que apareceu na busca.
“É muito longe de minha casa... E se você vier, o que a gente vai fazer?”
A conversa deu várias voltas, até que concordaram em se encontrar rapidamente na rodoviária mesmo. Ele voltaria para casa no ônibus seguinte.
Guto não era tão bonito ao vivo quanto em suas fotos, todo maquiado, produzido, e photoshopado, mas ela relevou isso. Também não questionou o fato de que ele não falou em encontrar o tal “amigo” que dizia ter na cidade.
Foi ali, num canto atrás de uma banca de jornal, que Núria deu seu primeiro beijo. Meio sem jeito a princípio, deixou-se levar pelos movimentos dele, e logo o estava imitando. Ele se aproveitou para tirar uma casquinha e apalpar as partes íntimas dela, o que a embaraçou e excitou ao mesmo tempo. Deu um tapa na mão dele, reclamando:
“Tá todo mundo vendo, para!”
“É que você é muito gostosa, não resisti!”
Ao se despedirem, Núria estava mais encantada do que exatamente apaixonada. A novidade da situação, a inexperiência e os hormônios em efervescência confundiram tudo dentro de sua mente carente.
Seu mundo caiu quando, no dia seguinte, se viu bloqueada por ele no MSN e nas redes sociais. Uma amiga em comum a avisou do que estava acontecendo: enviou-lhe prints de uma comunidade de extremo mau gosto no Orkut: “Eu já fiz caridade para um(a) feio(a)”.
Guto postou suas fotos com o seguinte título: “Até tentei comer, mas ao ver pessoalmente, não tive estômago. Nem photoshop salva.”
A postagem teve um efeito misto: enquanto alguns idiotas machistas zombaram e encheram de comentários podres, muitos não concordaram com Guto:
“Essa aí nem é feia. Ao natural é melhor que muita menina cheia de maquiagem por aí.”
“Se isso aí for feia, então eu quero uma feia dessas pra mim”
“Gatinha, tem cara de neném”
“Nem é feia, só é uma menina comum. Arrumadinha, ia arrasar”
Apesar do show de horrores sexistas até mesmo nesses “elogios”, a maioria entendeu que aquela menina – pele clara, olhos quase negros, levemente puxados, cabelos ondulados castanho-acobreados um pouco abaixo dos ombros, as maçãs do rosto e o dorso do nariz levemente avermelhados, como se ela tivesse pegado um pouco de sol – estava longe de se parecer com as pessoas consideradas fora do padrão, que eram desumanamente expostas e apedrejadas ali.
“Esse Guto é um filho da puta, já tem um monte de gente querendo deitar ele na porr*da aqui em SP!”
A mesma amiga virtual, cujo codinome era Lara_kitsune, que denunciou a postagem a Núria, contou detalhes do procedimento de Guto em relação às meninas com quem ficava, ou tinha algum contato virtual:
“Ele já vazou um monte de foto e vídeo explícitos de meninas menores de idade naquela comunidade ‘Caiu na Net’. Mas se elas dizem não, ele faz como fez com você: pega as fotos do seu ‘álbum’ e coloca pra macharada zoar nessa comunidade, ir aos perfis delas xingar...”
“Que estranho, ninguém veio me falar nada ainda... No meu perfil, eu quis dizer.”
“Eu e uma galera estamos organizando um boicote a ele. Vamos denunciá-lo até o perfil dele cair. Nos ajude nessa também!”
“Será que vai adiantar?”
“Menina, você não tem noção da treta que isso virou!” – instigava Lara_kitsune – “Ele fez a besteira de postar na página dos ‘feios’ fotos de meninas que tinham namorado, e não quiseram nada com ele! Muitos caras ‘tão’ marcando de pegar ele na porr*da lá na ‘Liberdade’, já descobriram os lugares que ele frequenta, e até o bairro onde ele mora.”
Por ser muito conhecido da cena cosplayer/otaku da capital paulista, Guto teve que desaparecer completamente, tanto do mundo virtual, quanto do real. Núria nunca mais ouviu falar dele.
Depois dessa confusão, homens de idades que variavam entre adolescentes e velhos até acima de sessenta anos, frequentadores da comunidade dos “feios”, passaram a assediar Núria. No início, mesmo que ela não falasse com nenhum deles, foi um alívio para seu ego machucado pela maldade de Guto. Mas se deparar todos os dias com inúmeros “oi princesa”, “vamos tc gata”, além das investidas indecentes de alguns pervertidos, foi se tornando cada vez mais estressante. Desativou sua conta oficial por algum tempo, e permaneceu na fake, “pink.rose_otome14”, para interagir com seus amigos virtuais.
Eventualmente, voltou a falar com seu pai. Foi uma cena ridícula: em lágrimas, ele pediu perdões e fez um monte de promessas de mudança, que Núria sabia que ele não cumpriria. Mesmo assim, ela precisava fingir que estava tudo bem, a fim de conseguir seus intentos o mais rápido possível: terminar o ensino médio e ir estudar em alguma universidade bem longe de sua cidade.
Desta vez as coisas foram diferentes: era outro colégio particular, que fazia processo seletivo para aceitar estudantes, cujas salas não permitiam passar de vinte alunos. Os professores eram prestativos, respondiam calmamente a cada dúvida, tinham tempo de revisar as matérias mais difíceis, quantas vezes os alunos precisassem.
A classe se dividiu pela metade: os que odiavam e os que amavam a misteriosa aluna, sem dúvidas, uma das mais inteligentes da sala. Sem saber, Núria atraiu algumas paixões secretas, que não se animavam a tentar quebrar as grossas paredes de gelo que ela construiu ao seu redor.
Ela comunicava-se educadamente com os colegas que não a queriam mal, participava das atividades em grupo, sem se envolver ou deixar que adentrassem sua vida pessoal.
Nesse aspecto, foi conveniente ter perfis falsos nas redes sociais. Manteve seu orgulho de garota inacessível, mesmo com piadinhas surgindo aqui e ali. Mas naquele ambiente escolar estritamente monitorado, todo indício de perseguição era cortado logo pela raiz.
Os três anos passaram-se num piscar de olhos.
Já prestes a encerrar seu último ano letivo do ensino médio, uma reviravolta aconteceu: Helena e o companheiro se separaram.
Descobriram que há anos ela tomava medicações de tarja preta sem prescrição, por não aguentar mais o cônjuge grosseiro e controlador. Ele flagrou-a em uma traição. Fim de jogo.
Depois disso, Helena entrou numa espiral de excessos e relacionamentos de pouca duração. Dos remédios, passou a ingerir cada vez mais bebidas alcoólicas em noitadas intermináveis nas baladas e barzinhos, todo fim de semana.
Regina viu nisso uma oportunidade para as duas filhas:
“Vai, Lena, leve sua irmã, pelo menos desta vez. A coitada nunca sai, dê essa chance para ela” – disse na frente das amigas de Helena.
“Esse é o problema! Ela nunca sai, é antissocial, não conversa direito com as pessoas! Vai me fazer passar vergonha!”
“Vamos tentar mudar isso, hã? Além do mais, você deve isso a ela, já que nunca foi uma boa irmã mais velha...” – Regina sabia como se eximir de suas responsabilidades e pegar no calcanhar-de-aquiles das filhas. No fundo, esperava também que Núria servisse como uma espécie de “cão de guarda”, evitando que a irmã se afundasse mais em exageros.
Helena resmungou, mas o medo do julgamento alheio por ser uma “má irmã” falou mais alto.
Avessa a princípio, Núria teve um estímulo adicional para mudar de ideia: os pais lhe deram uma boa quantia em dinheiro para gastar com roupas e sapatos. Além disso, a presentearam com lentes de contato, para que ela pudesse “se livrar” daqueles óculos que a “deixavam muito séria”.
“Uma chance de deixar de ser a ‘zarolha’... Interessante...”, avaliou o peso moral inconsciente que aqueles óculos se tornaram para ela desde cedo.
No dia marcado para um grande evento perto da casa delas, Núria teve que admitir para si mesma: a imagem que viu no espelho até que a agradou. Aprendeu em tutoriais na internet como fazer uma maquiagem básica para balada, e as roupas e os sapatos que escolheu valorizavam sua silhueta esbelta, de pernas longas. Mas logo que deu o primeiro passo, se arrependeu: ela nunca tinha usado saltos antes, e parecia uma jeca andando. Era tarde demais para trocá-los por uma bonita rasteirinha, que tinha visto na loja, antes de se decidir por esse belo par de scarpins pretos.
Ao chegarem ao evento, logo de cara Núria descobriu que odiava e odiaria pelo resto da vida lugares como aquele: multidão, ruídos ensurdecedores, gente superficial, que iria nesse tipo de ambiente para soltar de uma vez todos os instintos reprimidos, como animais que saem da jaula.
“Núria, eu vou ali com a Mari, me espera um pouco” – Helena rapidamente encontrou um meio de dar um perdido na irmã. As duas amigas restantes de Helena se viram na embaraçosa situação de fazer companhia à garota “esquisita”, como disseram baixo entre si.
Para não piorar a situação, Núria aceitou a cerveja que as duas lhe pagaram, mesmo detestando o sabor. Bebeu aos poucos, foi ficando mais relaxada, e conversou normalmente com as moças – se é que dava para falar algo que não fosse aos gritos naquele lugar.
“A Julia achou aquele cara ali muito gato, e parece que ele tá olhando pra ela também. O que você acha?” – Priscila buscou entrosá-la, toda gentil.
“Sim, acho que sim” – Núria sorriu de leve, para não parecer tão desinteressada.
“E aquele amigo dele, hein Pri?” – disse Julia. Em seguida, virou para Núria – “Desculpe perguntar, você já ficou com alguém?”
“Já sim, uma vez... Faz muito tempo” – Núria previu onde aquele papo ia dar e deu um jeito de escapulir – “Vocês sabem onde é o banheiro?”
Tinha uma fila enorme, mas, por sorte, disponibilizaram cadeiras de plástico rentes à parede do galpão. Núria se sentou na última. Ia pulando para a cadeira da frente, conforme a fila avançava.
Quando finalmente chegou sua vez, uma moça alta furou a fila, aparentemente, sem perceber. As outras protestaram. Ao se dar conta do que estava fazendo, a moça virou-se, mediu a extensão da fila, e pediu desculpas.
“De quem é a vez?” – perguntou, e se deparou com Núria plantada diante de si. Abriu um amplo sorriso, como se a conhecesse – “Ah, é você!”
Já quase habituada às pessoas agindo estranhamente – viu muitas durante aquela quase uma hora em que estava ali – Núria apenas franziu de leve a testa e tentou desviar da moça para entrar. De repente, sentiu uma mão cálida em seu ombro. Virou-se; a desconhecida inclinou-se, aproximou seu rosto lindo do de Núria, e murmurou em seu ouvido:
“Não fique brava, por favor. Os anjos como você são mais bonitos quando sorriem!”
A bela estranha se afastou, deixando Núria desorientada. Teve que ser avisada pela moça atrás dela para que entrasse logo no banheiro.
“Anjo, eu? Aquela mulher linda disse que eu sou um anjo?”
Queria esquecer, já que a desconhecida parecia não estar em seu estado normal, mas não pôde. Essas palavras, a voz veludosa, permaneceram ecoando em Núria por muito tempo.
Não era uma mera lembrança. Era um reconhecimento, onde tudo fazia sentido. Onde ela sentia que deveria estar.
Fim do capítulo
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thays_
Em: 27/04/2023
Dizem os boatos que essa psicóloga até hoje tem pesadelos com essa sessão kkkkk e não é que a Núria também é do babado? Adorei!
Lembro na escola as listas que os meninos faziam das meninas mais feias e mais bonitas e o quanto aquilo tinha um peso enorme na época. Hoje depois de adulta fico pensando o quão aterrorizante isso era, sendo que não tinha nada de errado com ninguém. Como a opinião de um bando de moleques podia ter tanto peso, sabe?
Respondendo por aqui algo que vc comentou sobre escrever cenas hot, eu gosto qdo demora pra rolar e admiro quem consegue fazer isso, pq eu não consigo conter minha ansiedade pra ver minhas personagens juntas logo kkkk queria conseguir dar uma segurada às vezes, mas vou escrevendo e de repente já foi. Aí penso antes de postar: será que tô indo longe demais? Ah, foda-se vou postar mesmo assim kkk
Adorando sua história!
Billie Ramone
Em: 28/04/2023
Autora da história
Ah, um detalhe que esqueci: desde aquele capítulo em que ela se imaginava casada com a Anna Paquin, depois com a Kate Winslet e queria que a esposa contratasse assassinos de aluguel pra ela se livrar da família, já tinha deixado claro que a Núria é bi, lembra?
thays_
Em: 28/04/2023
Nossa, é verdade!!! Lembrei!! Sou meio avoada kkkk
Já passei por psicólogos e psiquiatras q vou te contar... demorei pra achar profissionais bons. Lembro a primeira psicóloga que passei qdo era adolescente, ela me dizia que eu não devia beijar meninas em público, nem segurar mão, nem demonstrar nenhum carinho pq isso soaria "agressivo" perante as outras pessoas. Imagina só.
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Marta Andrade dos Santos
Em: 27/04/2023
Sei não é a Jordana isso não vai prestar.
Billie Ramone
Em: 28/04/2023
Autora da história
Será que é ela? Aguarde cenas do próximo capítulo! Obrigada por estar acompanhando! ;)))))
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Billie Ramone Em: 28/04/2023 Autora da história
Essa cena da psicóloga eu adoro confessar que é 100% real pq eu tava lá kakakakakaka!
hoje sou atendida por uma profissional maravilhosa de verdade, graças a Deus. Já vi gente muito bonita, mas muito mesmo, se sentindo um lixo pq todo mundo na escola dizia que era feia, ou feio... até hoje me pergunto de onde essa gente tirou os padrões de beleza deles... cheguei à conclusão de que é moleque nerdola que "namora" personagem de anime, de game, atrizes pornô ou desenhos feitos por IA...
sobre os hots... é bom ter esse contraponto, continue indo o mais longe que vc puder que eu to adorando kakakaka!!!!