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Amada Amanda por thays_

Ver comentários: 5

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Palavras: 2023
Acessos: 2075   |  Postado em: 15/04/2023

Capitulo 19

A primeira pessoa a quem pensei em ligar foi Amanda, mas ela não atendeu minha ligação, como era esperado. Eu não queria ligar para meus pais e nem preocupá-los com isso, então liguei para o Rafa que prontamente veio me buscar na delegacia. 

Eu fui liberada tarde da noite, depois de tomar um esporro de um delegado que jogou várias coisas na minha cara e eu confesso que quase me borrei nas calças. Aquilo não era brincadeira. E eu fui tratada como um bandido. Fui alertada que se eu voltasse a ter problemas desse tipo não ia ter mais conversa e eu seria presa. O agravante é que eu já tinha um B.O nas costas por lesão corporal e confesso que ser levada algemada dentro de uma viatura me deixou morrendo de medo. Principalmente em como eu explicaria essa história para meu irmão. Eu sempre quis ser um exemplo para ele. Que moral eu teria depois disso? 

Descobri que Guilherme tinha passagem por tráfico (tal como as suspeitas de Amanda) e pegaram mais pesado com ele do que comigo. Ele precisaria responder pelo crime de homofobia e transfobia, pagou uma fiança pra não ir preso, mas ia precisar prestar serviços comunitários. Eu achei foi pouco. Eu queria mesmo que ele tivesse ficado preso e que apodrecesse atrás das grades.

Rafa estava na saída da delegacia esperando. Foi maravilhoso ver um rosto conhecido por ali depois de tudo aquilo. Eu o abracei forte. Meu abraço demorou algum tempo a mais do que costumava durar. Na verdade, eu não era do tipo que abraçava ele. Eu nunca fui uma amiga carinhosa nem muito presente. Na verdade eu não era uma pessoa com muitos amigos. Eu tinha certa dificuldade em manter amizades. As amigas que eu fazia acabavam virando rolos e depois simplesmente sumiam de minha vida.

Acho que era muito mais difícil fazer amizades na idade adulta. Tudo é muito volúvel e líquido. As relações parecem mais frágeis e mais sujeitas a decepções. Minha única e verdadeira amiga da época da escola tinha morrido e eu me sentia muito sozinha desde então. Eu sempre fui muito próxima ao Rafa, mas eu nunca tive com ele o tipo de amizade que tinha com Karen. Eu amava os dois, mas era diferente e eu não sabia dizer o porquê, só era diferente. 

Eu tive uma vontade enorme de chorar quando o abracei. Chorar por tudo aquilo que estava acontecendo, por eu ter certeza absoluta na minha cabeça que partir pra cima de Guilherme tinha sido a coisa certa a se fazer, sempre gostei de fazer a justiça com minhas próprias mãos, mas agora eu percebia que isso era arriscado e que talvez não fosse tão correto assim. 

Tive uma vontade imensa de chorar também porque Amanda estava decepcionada comigo e eu queria ter sido a última pessoa do mundo a decepcioná-la. Desde que nos conhecemos e a partir do momento que conheci um pouco de sua história, eu sempre fiz tudo para vê-la bem e feliz. Ser eu a principal causa de sua decepção era muito difícil, muito difícil de aceitar. 

- Desculpa estragar sua noite... – Disse a ele. Ele passou seus braços por cima de meus ombros de maneira protetora e começamos a caminhar até seu carro.

- Tinha até comprado um maço se você entrasse em cana. – Ele brincou me fazendo rir – Velho, falando sério, você precisa mudar de vida. Não dá mais pra você resolver seus problemas desse jeito. Porr*, você tem tudo! Você tem casa, moto, uma mina gata, tem pais que te amam e te aceitam, tem um trabalho estável, porque essa revolta toda?

- Não é questão de revolta, Rafa. Esse cara foi muito vacilão, ele é um filho da puta, transfóbico e homofóbico do caralh*, você sabe que eu não agüento ouvir certas coisas e simplesmente fingir que nada ta acontecendo. 

Ele respondeu com a maior calma do mundo:

- Eu sei, mas você tá deixando a Amanda escapar pelos seus dedos agindo dessa forma. Ela me ligou mais cedo, me contou tudo que aconteceu. Ela ta muito chateada com você…

Senti uma pontada no peito.

- Eu não posso perder ela... Eu não posso de jeito nenhum. Eu... cara... eu to muito apaixonada por ela... Eu não posso perder ela logo agora.

- Te aconselho a dar um tempo pra ela. Deixa a poeira abaixar. Tenho certeza que ela sente o mesmo que você. Ela só precisa ficar sozinha. Digerir essa história toda. Não é fácil pra ela também. Acho que você ativou alguns gatilhos dentro dela.

Entramos na sua Hilux e eu me deixei afundar no banco de passageiro e fiquei olhando pensativa pela janela enquanto saíamos dali.

- Você quer ir pra minha casa? Tá bem pra ficar sozinha? – Ele perguntou.

- Sim, eu estou, eu só tenho que pegar minha moto. Ta em frente à faculdade.

Ele me levou até onde eu tinha estacionado. Tocava algum hip hop no rádio, daquele tipo que ele gostava. Fizemos o caminho em silêncio. 

- Sabe o que mais me dói? Se eu pudesse voltar atrás... Eu ia estar de boa com ela na minha casa, igual todas as outras vezes que eu a buscava. E eu estraguei tudo. Era pra ser mais uma noite ótima ao lado dela. – Nesse momento eu não consegui mais segurar e deixei que as lágrimas caíssem. Minhas palavras seguintes foram embargadas pelo choro: - Ela disse que não quer estar com alguém igual o pai dela. Que ela tem medo de mim... Mano, medo de mim! Você acredita que ela me disse isso? Justo de mim! Isso me doeu muito. Eu nunca levantaria um só dedo pra uma mulher, eu desço o cacete nos caras porque merecem tomar porr*da, mas em uma mulher, não, nunca. Eu não quero que ela me veja assim. Eu não sou um monstro, cara. Eu só estava defendendo ela e o Diego. Eu não sou igual ao pai dela. Não sou!

- Duda, se acalma... você não é igual a ele. Eu conheci de perto a peça. O cara não tinha sentimento nenhum por ela, pelos irmãos, pela mãe... Nenhum. O que aconteceu essa noite... sei lá... Aconteceu, agora não tem como voltar atrás. Eu também não tenho sangue de barata. Não estou falando que o que você fez foi correto, só estou falando que você é humana. O que te digo é pra não insistir nesse erro. Porque a pessoa que está ao seu lado se machuca quando te vê perdendo a cabeça desse jeito. Ainda bem que ela não veio te buscar na delegacia. Aqui não é lugar pra ela. E eu não quero minha prima tendo que ir pro DP te acudir quando você tiver seus surtos de raiva. Isso não é legal. Eu não quero que o futuro dela seja esse. De verdade. Eu vou ser a primeira pessoa a falar pra ela largar você se isso acontecer.

Ele já tinha estacionado. O prédio já estava fechado. Não havia ninguém ali pela região.

Fiquei ali dentro por mais alguns minutos até me recompor. 

- Você tá certo. - Me limitei a dizer, sabia que teria muita coisa a pensar naquela noite.

- Você não quer que eu fique com você? A gente pode pedir uma pizza, tomar uma breja?

- Não. Eu tenho que ir trabalhar amanhã. Não posso faltar. O mundo pode estar acabando, mas eu tenho que ir. Muita gente depende de mim lá.

- Tá certo. Qualquer coisa me liga.

Eu desci do carro e subi na moto. Rafa se afastou após nos despedirmos. 

Notei que havia algo diferente... Um bilhete colado no guidão, escrito em letras de forma.

“Every breath you take. 

Every move you make. 

Every bond you break. 

Every step you take.

I'll be watching you”. 


Aquilo me deu um frio na espinha. Significava: “A cada suspiro que você der, a cada movimento que você fizer, a cada elo que você quebrar, a cada passo que você der, eu estarei te observando.” Olhei em volta. Era uma parte da música do The Police. Eu vesti meu capacete com cuidado, meu supercílio doía e dei a partida saindo dali o mais rápido possível.

Devido aos acontecimentos recentes eu encarei aquilo nitidamente como uma ameaça. Era só o que me faltava. Será que eu deveria voltar pra delegacia? Eu o fiz, mas teria sido melhor se não tivesse ido. Falaram-me que era apenas um bilhete de amor e que não podiam fazer nada com aquilo. Pra eu ir pra casa dormir e descansar que tinha sido uma noite muito agitada para mim, que eu não estava pensando direito e que estava vendo coisas aonde não tinham. 

Eu não dormi naquela noite. Fui trabalhar me sentindo um lixo no dia seguinte. Não consegui produzir nada no trabalho. Não consegui dormir também na noite seguinte. Amanda não me dava notícias. Não respondia minhas mensagens. Não queria falar comigo de forma alguma. Minha mãe me ligou mais de uma vez, mas não tive coragem de falar com ela. 

Sábado e domingo passei enfiada dentro do quarto. Não estava conseguindo comer. No domingo criei coragem e fui passear com os cachorros, pra ver se eu espairecia a cabeça. Mas tudo me lembrava dela. Minha casa inteira me lembrava dela. Minha cama tinha seu cheiro, meu travesseiro... Parecia que até os cachorros também sentiam sua falta.  Todos os últimos finais de semanas passamos juntas, todos eles, desde que nos conhecemos. Estávamos praticamente inseparáveis. A dor do vazio que ela deixava em minha vida era insuportável.

Tinha uma escova de dente dela no banheiro. Roupas dela. Tinha tudo dela ao meu redor. E eu não tinha nem lágrimas pra colocar pra fora essa dor. Eu simplesmente não sabia o que fazer com essa dor. Eu não era do tipo que sofria por amor, eu não sofria por nenhuma mulher. Eu sei que era terrível eu dizer isso, mas até então eu quem fazia as mulheres sofrerem. Eu quem deixava de responder suas mensagens, eu quem simplesmente as ignorava e sumia. 

Agora eu estava provando de meu próprio veneno.

Domingo tomei um remédio para enjoo, buscando seu efeito colateral de me apagar por horas e assim aconteceu. Fui acordar de madrugada suando frio. Um sono sem sonhos. Pesado. Que me deixou grogue o dia inteiro de segunda-feira. Eu sentia como se meu corpo tivesse sido moído. Peguei a moto como de costume, fazendo o mesmo caminho de sempre. Até que em um cruzamento senti o impacto forte de uma batida e atingi o chão. 

Meu corpo deslizou pelo asfalto por alguns metros e agradeci mentalmente por estar com luvas e jaqueta de couro. Naquele primeiro momento pensei que tivesse apenas ralado uma coisa ou outra. Contudo, minha perna começou a queimar absurdamente. Ouvi várias buzinas, freadas de carros e luzes em minha direção. Uma Fiorino branca terminou de ultrapassar o sinal vermelho e se afastou da cena em alta velocidade, sem parar para prestar socorro. 

A dor em minha perna era tanta que mal conseguia me mexer. Imediatamente várias motos começaram a parar ao meu redor. 

- Eu vou atrás dele. - Um dos rapazes saiu acelerando e outro o seguiu. Os motoqueiros sempre protegiam uns aos outros. Um rapaz negro surgiu do nada e começou a conversar comigo, tentando me acalmar. Minha perna ardia,  a dor era insuportável. Perguntou meu nome, onde eu morava, o que estava fazendo ali, pra onde eu ia, minha cor preferida. Parecia que estava tentando me manter consciente.

Um filme começou a passar pela minha cabeça e senti as coisas ao meu redor perdendo a nitidez. Minha pressão estava abaixando.  Comecei a pensar em Amanda, eu precisava dizer a ela que a amava. Que nunca tinha amado alguém como ela. Que eu ia mudar. Que eu não ia mais decepcionar ela. Eu só precisava dela de volta na minha vida. Eu tinha desaprendido a viver em um mundo no qual ela não fizesse parte. Chegou um momento em que eu não ouvia mais a voz do rapaz. Eu já estava longe, bem longe. Eu tinha apagado.

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Pessoas lindas que estão me lendo, novamente sou só agradecimento pelo incentivo de vocês!  Vocês são demais!


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Comentários para 19 - Capitulo 19:
Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 15/04/2023

Eita Duda volta pra luz.


thays_

thays_ Em: 16/04/2023 Autora da história
Duda tá perdidinha da cabeça sem a Amanda.


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Lea
Lea

Em: 15/04/2023

Enjôos, será que é por ela não está se alimentando bem?? 

Tomara que não tenha quebrado a perna!

O bilhete, será que realmente foi uma ameaça??


thays_

thays_ Em: 15/04/2023 Autora da história
Oi Lea!! Acho que não me expressei direito nessa parte! O remédio ela queria usar só o efeito colateral q era pra dar muito sono, só não quis colocar o nome pra não dar ideia pra ninguém kkk vai q né...
Obrigada por estar acompanhando minhas outras histórias também, fico muito feliz por você estar gostando! :DDD


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jakerj2709
jakerj2709

Em: 15/04/2023

Eita que eu acho  estranho esse acidente acho q foi Guilherme e acho que será o acidente que reaproxima Duda e Amanda...Espero que Guilherme seja preso da  sumisso nele autora....Parabéns pela excelente estória...


thays_

thays_ Em: 15/04/2023 Autora da história
Guilherme vai colher direitinho o q ele tá plantando! E vai reaproximar as duas sim, fica tranquila! Obrigada por estar acompanhando, Jake!


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Billie Ramone
Billie Ramone

Em: 15/04/2023

Aghhhh tomara que os motociclistas peguem a pessoa da Fiorino! E pelo menos agora a Amanda tem um bom motivo para voltar a ver a Duda. Acho que ela tem que entender que nem sempre alguém que tá agindo agressivamente é como o pai dela  :(((((

Hora do merchan kakakaka: postei outra história ontem, essa vai ser um cadinho maior, se chama "Sem limites". É justamente sobre pessoas que, ou extravasam sua agressividade em excesso e causam problemas graves, ou a engolem, fazendo virar um monte de doenças. Se puder, dá uma conferida!  <3 <3 <3 <3 <3 <3 


thays_

thays_ Em: 15/04/2023 Autora da história
Vou correr lá pra ler!! :DDD


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alexvause
alexvause

Em: 15/04/2023

eita pohaaaaaa... será que foi o Guilherme que deixou o bilhete e atropelou ela???


thays_

thays_ Em: 15/04/2023 Autora da história
Cenas dos próximos capítulos, alex kkk


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