Amada Amanda por thays_
Capitulo 11
No meio do caminho de volta para casa a chuva nos pegou desprevenidas. Abri o portão automático e entramos. Já ouvimos o latido dos cachorros do lado de dentro super animados.
- Essa é a parte ruim de ter uma moto... - Disse a ela, tirando o capacete. Ela fez o mesmo. Nossas roupas estavam ensopadas.
- Não tem problema... não sou de açúcar não. – Disse, me encostando contra a moto, beijando meus lábios. Mel e Tunico já estavam nos aguardando ansiosos, raspando a porta. Ouvimos um trovão e eu estremeci.
- Melhor a gente entrar. – Ela disse beijando rapidamente meus lábios. Fomos em direção a porta, sentindo os braços de Amanda me envolvendo, beijando meu pescoço, me abraçando por trás.
- Calma, crianças. - Eu disse abrindo a porta. Os dois pularam em meu colo e depois no de Amanda, cheirando ela inteira. Fizemos carinho neles que ficaram super animados. - Tá chovendo, vocês não podem ir pro quintal, tá bom? Vão ter que usar o tapetinho de vocês hoje.
Eles fizeram mais alguns segundos de festa e então se acostumaram com nossa presença, logo se aninharam um ao outro no sofá em cima de um cobertorzinho.
- Parecem dois bebezões. - Amanda brincou.
- Só têm tamanho.
Eu tirei minhas botas de motoqueiro na entrada, ao menos meus pés estavam secos. Sem que eu estivesse esperando por aquilo, ela me encostou contra a parede de forma intensa, gerando uma leve dor que apenas foi mais combustível para meu desejo... Ela beijava minha boca com a mesma intensidade, urgência. Abriu botão por botão de minha camisa molhada. Sua mão quente em minha pele, querendo invadir, tocar, descobrir...
Tirei sua blusinha, exibindo um sutiã preto, rendado, deixando seus seios ainda mais lindos do que já eram... Seus mamilos estavam rijos por baixo do tecido... Nossas bocas não se desgrudavam... Toquei-os suavemente por cima do sutiã, ao mesmo tempo, com meus polegares, atiçando. Suas mãos desceram por meu corpo, ela abriu minha calça, tentando descer a peça. Sofremos um pouco para conseguirmos nos livrar de nossas roupas molhadas, mas dentro de pouco estavam espalhadas como um rastro pela casa, a caminho do quarto.
- Vem pro chuveiro comigo? – Ela perguntou naquele tom de voz delicioso. – Deixa eu te dar banho, deixa?
Eu não sabia se daria conta de chegar até o chuveiro, tamanho tesão que sentia, minha vontade era de grudar nela em qualquer lugar daquela casa, me esfregar nela até não aguentar mais... Só precisava dela, urgentemente. Aquela mulher me tinha como ninguém nunca me teve. Apenas com um olhar, apenas com um gesto. Era inexplicável a forma como ela fazia com que eu me sentisse. A água quente começou a escorrer por nossos corpos gelados, trazendo uma sensação aconchegante e reconfortante. Quando menos esperei, ela estava com uma esponja passando o sabão líquido pela minha pele de uma forma acolhedora, gostosa. Lavou meus cabelos. Eu os dela. Tomamos nossos banhos. Me perdi dentro de mim mesma na forma com que ela me beijava, suas mãos por minha barriga, passando ao redor de meus seios, sem tocá-los, num rastro de fogo que parecia que me tocava entre as pernas, fazendo-me desejar intimamente aquilo como nunca quis.
- Eu to queimando de vontade de você... - Ela disse em meu ouvido. Seus dedos respeitavam todos limites que eu havia imposto – e que naquele momento desejei intimamente que eles não existissem. Deixei-me levar pelo beijo, sentindo um arrepio gostoso em seguida do outro e depois mais outro. Suas mãos desceram pelo meu colo, passando novamente entre meus seios, incendiando minha pele.
Então, um medo crescente se apossou de mim. Medo de me entregar, medo de perder o controle. Parecia ao mesmo tempo tão certo e tão perigoso ao mesmo tempo. Uma linha tênue entre o prazer e o temor. Então ouvimos outro trovão estridente do lado de fora e no mesmo instante a energia elétrica da casa caiu. Nos assustamos com o barulho e me lembrei do perigo que era tomar banho em tempestades. Mas pra ser sincera eu não estava nem ai pra aquilo naquele momento. Sobre o que era perigoso ou não. Na verdade, meu maior medo era simplesmente não conseguir me conter e acabar me rendendo às investidas de Amanda.
Fechamos o chuveiro e fomos para o quarto, ela sem tirar as mãos de mim em um só momento. Estávamos rindo uma da outra de nossa falta de noção de espaço em meio à escuridão, que naquela altura da noite, não se conseguia ver absolutamente nada. Parecia que a vizinhança inteira também estava sem luz. E é engraçado, porque mesmo sem luz, a gente liga o interruptor no automático esperando que algo aconteça e não acontece.
Fomos juntas pra cama, ela me deitou e eu me deixei ser guiada. Puxei-a por cima de mim, necessitando, desejando. Minha respiração estava alterada, sentindo seu corpo todo grudado no meu. Todo. Ali percebi que meus planos para aquela noite tinham ido por água abaixo, ela tinha assumido as rédeas, o controle de tudo e eu não conseguia resistir àquela sensação que ela me causava.
Aquilo era extremamente novo, eu quem sempre fui a pessoa que tomava iniciativa, sempre eu que dominava todas as situações na cama, eu que decidia quando iria goz*r, como, onde. Nunca deixei ninguém ter controle nenhum sobre mim. E lá estava eu por baixo daquela garota que parecia muito bem saber o que fazer... Eu estava naquela altura toda mole, toda fácil... Toda molhada e quente e pronta pra qualquer coisa que ela quisesse fazer comigo.
- Eu preciso muito de você... – Gemi, não agüentando mais aquela situação. Aquele tocar, sem tocar, aquele roçar de corpos que não estava indo a lugar nenhum, exceto incendiar cada vez mais meu baixo ventre...
- Estou aqui. – Ela respondeu com a voz rouca, - O que você quer? - Beijou meu pescoço. – É só pedir... eu faço o que você quiser...
Eu não conseguia nem se quer formular o que eu queria. E aquele “eu faço o que você quiser” foi dito de uma forma são sexy... tão segura... Eu nem sabia o que eu queria. Na verdade eu sabia muito bem, mas eu só queria que ela continuasse, que eu não precisasse dizer absolutamente nada, porque aquilo seria demais pra mim, eu não sei se teria coragem para formular em palavras o quanto precisava dela me tocando. Tirando coragem sei lá de onde. Talvez porque estávamos na mais completa escuridão. Pedi, praticamente implorei, com a voz fraca, cheia de desejo.
- Faz o que quiser então...
Ela ficou paralisada. Continuei:
- Eu só preciso muito de você...
Seus beijos então começaram a descer por meu pescoço, meu colo, descendo por meu corpo. Eu, já impaciente, guiei sua cabeça até um de meus seios. Gemi gostoso sentindo sua língua em meu mamilo, sua boca, seus dentes... Primeiro um, depois o outro. Aquilo era muito gostoso... mas naquela altura do campeonato eu precisava de mais, precisava de mais intensidade. Desejava muito mais. Era uma necessidade tão forte, tão urgente.
Empurrei ainda mais sua cabeça, que parecia querer se demorar um pouco mais. Então desceu, lambendo minha barriga, descendo até meu umbigo, descendo cada vez mais, agora com mais velocidade, talvez entendendo o que eu de fato queria. Aquilo era delicioso. Era tão intenso. Cada toque dela em minha pele causava reações em vários lugares ao mesmo tempo. Sua respiração estava tão alterada quanto a minha, como se quisesse aquilo tanto quanto eu. A sensação de sentir-me desejada por aquela mulher era deleitosa.
- Eu não estou depilada... Eu... – Tentei me explicar, insegura, somente agora me lembrando desses detalhes que poderiam ser importantes para ela, já que não existia um único fio fora do lugar no corpo de Amanda.
- Eu não ligo pra essas coisas... – Depositou como resposta um beijo suave em meu Monte de Vênus, fazendo-me corar e agradeci por estarmos no escuro. Ela desceu. Sussurrou: – Sempre quis sentir seu gosto...
Minhas pernas já estavam vergonhosamente abertas, desejando aquilo como nunca antes. Ela gem*u alto quando investiu e sentiu o quanto eu estava molhada. Indo urgentemente direto ao ponto, sentia sua boca me envolvendo completamente. Sua língua me percorrendo inteira, sabendo perfeitamente o que fazer. Ela gemia baixinho enquanto me ch*pava. Descendo, subindo. Segurou-me então pelas coxas, de forma mais intensa, me puxando ainda mais pra perto dela, me encaixando ainda mais em sua boca, servindo-se de mim como se eu fosse um prato a ser saboreado. E eu simplesmente me deixei ir, como numa queda livre em que você não tem para onde fugir.
Segurei sua cabeça, não queria que ela parasse. Ela não podia parar de jeito nenhum. De jeito nenhum. Eu estava quase... Quase... Só mais um pouco... E então aquele silêncio... Aqueles breves segundos que antecedem o gozo... E eu vim forte, gem*ndo alto, como se libertasse alguma coisa presa em mim há muitos anos. Não queria que aquela sensação acabasse nunca, queria prolongar aquele orgasmo o máximo possível... Ela continuou me ch*pando, agora de forma mais lenta, acompanhando minha subida e minha descida... Como se quisesse tudo de mim... E eu queria que ela tivesse tudo... tudo...
Eu me sentia toda melada... Escorrendo pela cama após aquele gozo... Devia até ter molhado os lençóis... Tinha sido tão... mas tão gostoso... Ela subiu até mim, buscou meus lábios, entrelaçamos nossas línguas, sentindo meu próprio gosto em sua boca de uma forma tão, mas tão safada. Meu corpo todo mole, ela me envolvendo com carinho, com ternura. Senti uma vontade enorme de chorar, mas não o fiz. Aquilo seria demais. Depois de tudo aquilo... Isso sim seria completamente impensável. Travei aquelas lágrimas em minha garganta. Não ia deixar isso acontecer. Não mesmo. Não importava que estivesse tudo escuro, eu simplesmente não podia. Não podia.
Ela precisava ser tão carinhosa? Tão perfeita?
Não era só sex*, não era só uma reação física... Aquilo não era nem de longe parecido com minhas experiências anteriores... Amanda fazia tudo ser muito mais intenso, muito mais forte... Eram tantos sentimentos envolvidos... Tantas emoções diferentes... E percebi que esse era o grande diferencial...
O desejo ainda ardia. Eu precisava de mais. Ela continuou me beijando, acompanhando meu ritmo. Eu guiei sua mão até o meio de minhas pernas.
- Você tá toda dura ainda... – Ela gem*u em minha boca. – Toda molhada... Deliciosa...
E ela começou a me tocar com maestria, sem desgrudar os lábios dos meus, um beijo molhado, lascivo. Segurei-a também em minha mão, extremamente pronta e ela gem*u em minha boca... Eu já não tão às cegas quanto à primeira vez, aprendendo aos poucos o que deveria fazer, o que ela mais gostava, como ela mais gostava. Aproximei nossos corpos ainda mais, eu a queria mais perto, roçando ela em minha pele.
- Goz* pra mim... – Pedi. E ela obedeceu. Senti ela pulsando em minha mão, seu corpo se contorcendo, e ela veio, mal conseguindo continuar seu trabalho comigo. Após tomar um fôlego continuou me tocando por mais alguns segundos, quase desfalecendo, não precisei de muito e vim de novo, ainda e tão mais forte quanto na primeira vez.
Eu não me lembro de mais nada depois disso. Apenas de seus braços ao meu redor. Simplesmente apaguei.
Acordei algumas horas mais tarde com a claridade em meu rosto. A luz tinha voltado. Amanda estava ressonando ao meu lado. Eu me levantei delicadamente, precisava urgente de um banho. Minhas pernas ainda estavam bambas. Caminhei lentamente, apaguei a luz do quarto para ela continuar dormindo e me enfiei debaixo do chuveiro, tomei uma ducha rápida e me senti renovada.
Fui ver como os cachorros estavam e ainda estavam dormindo juntinhos. Apaguei as luzes da casa que tinham ficado ligadas. Olhei no relógio na cozinha. Já passava das duas da manhã. Peguei uma garrafa de água na geladeira e tomei um gole generoso. Depois disso, voltei para o quarto.
- Linda? – A ouvi me chamando com voz de sono.
- Oi meu bem... – Deitei-me ao seu lado, busquei seus lábios.
- Preciso de um banho... – Ela disse entre beijos.
- Fica a vontade, a luz já voltou. Eu acabei de tomar.
- Podia ter me chamado... – Ela sorriu.
- Você estava dormindo tão profundo... Não quis te acordar...
- Eu vou lá e já volto, tá?
- Volta logo.
E ela foi. E não demorou. Deitou-se novamente na cama e eu a puxei pra perto de mim, envolvendo-a em meus braços, beijando seu rosto, sua boca, seu pescoço, ela se virou de costas, fazendo nossos corpos se encaixarem, ainda meio sonolenta, meu pescoço em cima de seu ombro, meus braços por sua cintura, ela entrelaçou seus dedos aos meus...
Eu estava quase dormindo quando ela perguntou:
- Você está bem?
- Muito... – Beijei seu pescoço.
- Não está surtando?
- Não, estou muito relaxada pra ser sincera...
Ouvi seu sorriso, ela se ajeitou ainda mais em meu corpo.
- Que bom... – Ela levou minha mão em direção aos seus lábios e a beijou.
Eu fiquei com uma frase presa na garganta... Não sabia se dizia a ela isso ou se não tinha necessidade... Mas eu quis que ela soubesse de qualquer forma:
- Ninguém nunca foi tão longe comigo.
Ela ficou em silêncio. Depois se virou em minha direção, entrelaçando nossas pernas e nossos corpos. Eu adorava ficar assim com ela. Buscou meus lábios, senti sua mão em meu rosto, eu fechei os olhos.
- Eu me sinto honrada por ter confiado em mim.
Beijei seus lábios agora de forma mais calma, sem pressa alguma. Um beijo cheio de significados, sentimentos.
Adormecemos minutos depois.
Fim do capítulo
Comentar este capítulo:
Billie Ramone
Em: 28/03/2023
Duda perdendo o medo de ser passiva, eu ouvi um amém igreja? kkkkkkkkk
Estou amando essa história totalmente afrontosa aos clichês! <3
thays_
Em: 28/03/2023
Autora da história
É pra glorificar de pe kkkkk
Obrigadaaa, comentários como esse me fazem sentir que estou no caminho certo! :DDD
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