Capitulo 29
Capítulo XXIX
— Prontinho, está devidamente entregue. — Brincou Clarisse ao parar o carro em frente à pensão, na segunda-feira pela manhã.
— Hashtag melhor findi da minha vida.
— Até o momento. — Disse erguendo o indicador.
— Claro, até o momento. — Roubou um beijo. — Já tô morrendo de saudades, e nem saí do carro ainda.
— Vai ser muito triste dormir sozinha essa noite.
— Próximo findi é todo nosso?
— Ãhn, esqueci de te falar, não estarei aqui.
— Vai pra onde?
— Um congresso de psiquiatria pediátrica, no Rio.
— É durante todo o final de semana?
— Não, vai de quinta a sábado, mas nós retornaremos no domingo, para ter um tempinho de passear pelo Rio.
— Nós quem?
— Algumas pessoas do nosso grupo de pesquisa, que também são dessa área.
— Aquela mulher também vai?
— Qual? Roberta?
— A filha dela.
— Ah, Mariana. Sim, vai, é a área de estudo dela.
— Onde vocês vão dormir?
— Num hotel.
— Juntas?
— Como assim juntas?
— Mesmo quarto?
— Não, cada um terá seu quarto.
— No mesmo andar?
— Francine, não precisa disso, sério, é só um congresso, eu já fui a vários e provavelmente irei em tantos outros.
— Não rola pegação?
— Não da minha parte.
— Mas se tiver oportunidade, rola algo, né?
— Com certeza, mas não é o meu caso.
— Por que não?
— Porque eu estou namorando.
— Comigo?
— Mal fez uma semana que te pedi em namoro e você já esqueceu, peixinho dourado?
— Tava só conferindo. — Riu.
— A gente pode se ver na quarta, que acha?
— Posso ir pra sua casa?
— Essa é a ideia. — A beijou. — Tenho que ir, estou mega atrasada.
***
— porr*, mas nem o vinho você quer? — Amanda esbravejou com Francine, ao lado de uma pista pública de skate, era sábado à noite.
— Tô limpa, mano, e quero permanecer assim.
— Por causa daquela doutora bocó?
— Não chama ela de bocó. — Disse dando um soquinho no ombro da amiga.
— Você tá ficando chata por causa dela.
— Uhu! Boa manobra, mané! — Francine vibrou com Matheus, que andava na pista.
— Você tá diferente. — Insistiu Amanda.
— Só porque parei de beber e fumar um?
— Você tá até recusando ir pra baile na chapa quente, tá foda.
— Ontem eu não tava a fim de sair, fiquei estudando.
— Mó onda isso, deixar de ver a mulherada pra ficar estudando, tava cheio de mina top lá, você perdeu.
— Não perdi nada, já tenho minha mina top.
— Ah se liga, Fran, a doutora é patroa, vai te dar um pézão logo.
— Vai não.
— Ces nem trans*m, porr*.
— Você tá desatualizada. — Sorriu.
— Então ela já deu um pente? E você não me contou nada?
— Não vou ficar contando minha vida sexu*l* por aí.
Amanda riu.
— Francine com vida sexu*l*, quem diria? Achei que ia morrer seladinha.
— Tô trans*ndo mais que você, bocó. — Riu.
Se abaixou para reamarrar os cadarços do tênis preto sujo, virou o boné branco para trás, e seguiu para a pista.
— Demorô, hein Fran? — Inquiriu Matheus, ofegante após terminar uma volta no circuito.
— Já treinei pra caralh* hoje à tarde, tô moída.
— Treinou mole pra caralh*, você quis dizer, né? Pega firme, porr*.
— É o que tô fazendo, tô aqui desde às quatro da tarde.
— Levou um fora da doutora?
— Não, ela foi pra um congresso no Rio.
— E não te levou?
— É um congresso de medicina, o que eu iria fazer lá? Vender churros na porta do hotel?
Matheus balançou a cabeça incomodado, sentou sobre seu skate no alto da pista.
— Que deprê é essa? — Francine perguntou.
— Vai lá fazer sua volta.
— Não, desembucha. — Disse e sentou sobre seu skate também.
— Não tenho nada pra falar, vai lá rodar.
— Deixa de caô, o que tá rolando?
— Fran, papo reto: você vai quebrar a cara com essa mulher, faz tempo que te aviso, mas você fica igual um cachorrinho correndo atrás dela, fica se humilhando e ela tá nem aí pra você.
— Cara, você não sabe o que tá falando, você não está lá com a gente pra saber o que rola, deixa de neura.
— Não é neura, você tá cada vez mais distante da gente, treinando menos, saindo menos com a gente, depois que tomar um fora vai voltar com o rab* entre as pernas, me ouve, porr*.
— Que chorão, você! — Riu. — Tá ficando molenga?
— Eu falo as coisas porque gosto de você, eu sei que já enchi teu saco pra caralh*, mas eu tô falando sério, eu gosto de verdade de você.
— Você é meu parça, também gosto de você.
— Não é disso que tô falando.
Francine não respondeu, apenas lhe dirigia um olhar confuso com a testa enrugada.
— Tá vendo porque eu não queria esse papo? Você ficou bolada. Bora levantar e dar uma volta caprichada.
Matheus disse e foi logo se equilibrar em cima de seu skate. Francine fez o mesmo.
***
— Tá na pensão? — Perguntou Clarisse no telefone, no início da noite de domingo.
— Tô, ce tá no Rio ainda?
— Estou na frente da sua pensão, quer dormir comigo?
— Pra já! Me dá três minutos.
Francine entrou no carro a toda velocidade e foi logo beijando Clarisse, que fora pega de surpresa.
— Isso é saudade? — Brincou a médica.
— porr*, muita. Como foi de viagem?
— Tudo ótimo, até consegui visitar o Cristo hoje.
— O Redentor?
— Ele mesmo.
— Tirou foto?
— O pessoal tirou, quer ver? — Antes de sair com o carro pegou o celular e entregou para Francine, com a tela mostrando uma foto de um grupo de pessoas na frente do Cristo.
— Que lugar massa! Vocês parecem formiguinhas embaixo da estátua.
— É enorme, é muito alto.
— Um dia vou lá conhecer.
— Vale a pena.
Francine foi passando as fotos para o lado, até chegar numa foto apenas com três mulheres.
— Quem são essas ao seu lado?
— Abigail e Mariana.
— Essa aqui de cabelo curto é a Mariana?
— Sim.
— O que ela é?
— Pesquisadora do CNPq.
Francine riu.
— Me refiro a preferências sexuais.
— Ah, não sei. Ela já mencionou um ex-namorado algumas vezes, é tudo que sei sobre o assunto.
— Se importa se eu ver mais fotos?
— Você já está fazendo isso, mocinha. — Gracejou.
— Não tem conteúdo proibido aqui?
— Os nudes eu apago assim que recebo.
— Você recebe nudes de quem?
Clarisse riu.
— Você continua caindo nessas brincadeiras.
— É que sou lesada, não percebeu? — Fechou a cara.
— Eu discordo, você é bem esperta, quando meu celular bloqueou a tela você sabia a senha para desbloquear, eu vi você digitando discretamente.
— Eu presto atenção em você. Pode pegar. — Devolveu o aparelho.
— Relaxe, não estou te recriminando. — Clarisse disse e pousou a mão sobre a perna da namorada, lhe afagando.
— A propósito, chegou mensagem da Mariana enquanto eu olhava as fotos.
— Dizendo?
— Perguntando se você chegou bem.
— Certo, depois a respondo.
— Não quer responder agora?
— Não, tenho outras prioridades.
— Tipo?
— Uma certa garota meio ciumenta que está sentada ao meu lado e que por coincidência é a mesma pessoa por quem sou completamente apaixonada.
Um sorriso enorme e orgulhoso brotou finalmente em Francine.
Já em casa e depois de algumas horas de trocas de beijos e outras coisas salientes, finalmente descansavam, lado a lado na cama, nuas. A única iluminação ali eram as luzes da rua entrando pela janela.
Clarisse pegou uma garrafa de água ao lado da cama, bebeu e ofereceu a Francine, que aceitou. A médica virou-se novamente para o lado e tomou o celular de cima da mesinha, enquanto lia e respondia algumas mensagens, percebeu Francine olhando seu corpo com discrição.
— Nunca viu uma mulher nua? — Perguntou em tom de brincadeira. Francine prontamente desviou o olhar, envergonhada.
— Ãhn... Acho que só minha irmã, quando eu era criança.
— Você tá falando sério?
— Tô, por que?
— Lá no abrigo você nunca viu ninguém se trocando ou tomando banho?
— Não podia.
— O que não podia?
— Se trocar na frente das outras, nem tomar banho com o banheiro destrancado. Era regra de lá.
— Não sabia disso. Mas eu estava brincando com você, ok? Você pode olhar à vontade.
— E pegar também?
— E pegar também.
Francine virou-se na direção dela, se aconchegou em seu ombro e passou a correr sua mão pelo corpo de Clarisse, que prontamente largou o celular.
— Você também gosta de me ver nua? — Fran perguntou.
— Eu adoro.
— Não sei o que você viu em mim.
— Tanta coisa.
— Tantos problemas. — Riu.
— Só um pouquinho.
— Posso te fazer uma pergunta íntima?
— Claro. — Respondeu Clarisse calmamente.
— Como você faz pra deixar assim?
— Do que você está falando?
— Disso. — Respondeu passando sua mão pelo púbis dela.
— Você tá perguntando dos pelos?
— É. É assim baixo naturalmente ou você corta?
Clarisse riu.
— Acho que essa era a última pergunta que eu estava imaginando.
— Disseram que não faz bem raspar tudo, eu vi na TV.
— E não faz mesmo, essa ideia de raspar ou depilar tudo é coisa de filme pornô, não é a vida real.
— Então como você faz?
— Uso uma máquina de aparar pelo corporal.
— Mas sem raspar então?
— Isso, só aparo o excesso.
— Que massa.
— Posso te emprestar, se quiser.
— Eu quero sim.
— Depois você pega então.
— Valeu, doc.
Clarisse se virou, ficando de frente para ela, e a envolveu.
— Eu gosto disso. — Clarisse disse baixinho, os narizes quase se tocando.
— Isso o que?
— Conversar na cama.
— Eu gosto de conversar com você em todos os lugares. — Respondeu sorrindo. — Mas na cama e sem roupas é melhor.
— Uhum. — Se aproximou mais um pouco e a beijou, logo as mãos entraram em ação também.
— Fran, posso te fazer uma pergunta íntima também?
— Pode. — Respondeu nervosamente.
— Você assiste pornôs?
— Só assisti alguns no celular de Matheus.
— Viu algum pornô lésbico?
— Uns três ou quatro. Elas tinham as unhas enormes, parecia filme de terror.
Clarisse riu.
— Você conhece tudo que as mulheres fazem na cama?
— Ãhn... Mais ou menos.
— Tem uma coisa que não fizemos ainda, que eu gostaria de fazer com você, tem ideia do que é?
— Uhm... Sexo anal?
— Não. — Riu. — Posso descer?
— Pode. — Respondeu sem convicção.
— Você não sabe o que é descer, né?
— Não.
— Posso descer e sentir teu gosto?
— Acho que agora entendi.
— Você é uma garota esperta. — Lhe beijou. — Estou autorizada?
— Demorô.
Por cima de Francine, lhe beijou volumosamente, enquanto corria seus dedos lá embaixo. Captou o momento certo e desceu, para deleite de Fran, que emitiu um gemid* surpreso quando Clarisse alcançou seu sex* com a língua e os lábios.
Cada vez mais ofegante e agarrando com firmeza a cabeceira da cama, alguns palavrões surgiam entre os gemid*s, o ápice finalmente veio, e chegou com intensidade.
— porr*, eu vou goz*r.
Uma Clarisse radiante subiu sobre o corpo dela, dedicando alguns beijos ao seu pescoço suado.
— Eu não sinto minhas pernas. — Francine exclamou e riu.
— Até amanhã deve voltar ao normal.
Francine procurou seus lábios e a beijou demoradamente.
— Então esse é o meu gosto?
— É sim, viu como você é deliciosa?
— Cara, isso foi muito bom. — Suspirou. — Muito bom.
— Geralmente é. — Distribuiu alguns beijinhos lentos. — Você não faz ideia de como fiquei enquanto caia de boca em você.
— Molhada?
— Muito.
— Que massa. — Se animou. — Tá ligada que eu vi isso em um dos vídeos que assisti, mas era bem diferente do que você fez.
— Esses vídeos lésbicos são para agradar fetiche de homem.
— Deve ser mesmo, porque parecia que ela tava ch*pando sorvete.
Clarisse não segurou o riso.
— É terrível.
Francine a abraçou com carinho.
— Dorme em cima de mim hoje.
— Prefiro que você esteja viva pela manhã. — Respondeu Clarisse.
— É tão gostoso sentir tua pele na minha, teu calor, teus batimentos.
— Prometo dormir bem pertinho de você. — Ergueu a cabeça e a beijou, acariciando seu rosto.
— Clarisse?
— Hum?
— Te amo pra caramba.
— Também te amo, docinho.
***
Clarisse levou um susto com o barulho de um trovão, chovia forte naquela noite de terça-feira, se sentia um pouco resfriada e com a cabeça pesada; sentada no sofá da sala, bebia um chá bem quente enquanto assistia TV. Estava numa ligação com sua mãe.
— Você conseguiu ouvir aí? Um estrondo danado, quase derramei o chá.
— Ouvi, aqui também tá caindo um temporal.
— Tomara que o tempo melhore, não gosto de subir a serra com chuva.
— Então tá confirmado? Vou finalmente conhecer a senhorita Francine?
— Confirmado, mãe, ela topou numa boa.
— Os meninos também vêm, não é?
— Sim, já avisei Sabrina que vou buscá-los sexta-feira.
— Vou adorar ter vocês aqui com a gente, leve Francine para conhecer a vila Capivari, tome um chocolate quente com ela lá.
— Vou levar sim, só peço que não a encham de perguntas, tá bom? Ela é meio arredia às vezes.
— Fique tranquila, mas porque você não a trouxe antes? Eu sempre te falei que queria conhecê-la.
— Eu sei, mãe, na verdade foi culpa minha, eu estava pisando na bola com ela.
— Por que?
— Ah, é complicado... Eu não queria assumir compromisso com uma menina pouco mais velha que meus filhos, estava cheia de receio, mas acho que consegui reparar o erro a tempo.
— Mas tanto eu quanto teu pai avisamos, a gente cansou de te falar para parar de enrolar essa moça.
— Eu sei, eu sei... E é incrível a mudança de Francine depois daquele final de semana que te falei, ela está mais segura de si, mais confiante, era isso que faltava, sabe? Ela precisava se sentir segura, e eu estava sendo omissa.
— Não magoe minha nora.
— Pode deixar, mãe. — Respondeu rindo.
***
Clarisse percebeu que Francine sacudia as pernas, sentada ao seu lado no banco do passageiro, estavam a caminho de Campos do Jordão naquela noite chuvosa de sexta.
— Ansiosa? — Perguntou acariciando sua perna.
— Um pouco.
— Não precisa, viu?
— Mas são seus pais, tenho certeza que eles prefeririam que você tivesse arranjado coisa melhor.
— Fran, não fale uma bobagem dessas, não gosto quando você se deprecia desse jeito.
— Eles sabem minha idade?
— Sabem sim, eles sabem um monte de coisas sobre você, inclusive a informação mais importante para eles: que você gosta de mim de verdade.
Francine ficou vermelha e perguntou baixinho.
— Eles podem nos ouvir? — Apontou com a cabeça para trás.
— Não, estão ouvindo música, ganharam iPods dos avós.
— Ah sim. Posso ligar o rádio?
— Pode sim, mas não muito alto.
— Como liga?
— Aqui. Tem alguns pendrives no porta-luvas, se quiser colocar.
— Quero.
— Gosto dessa seleção. — Clarisse disse já balançando a cabeça ao som da música.
— O que está tocando?
— Coldplay.
— São quantos quilômetros da sua casa até a casa dos seus pais?
— 225.
— É longe.
— Já fiz esse trajeto tantas vezes que já parece mais curto pra mim. Mas é meio longe mesmo.
— É mais longe que minha casa.
— A pensão?
— Não, onde eu morava em Piracicaba.
— Ah tá. — Clarisse lançou um olhar curioso rapidamente. — Acho que é a primeira vez que você se refere a casa dos seus pais como sua casa.
— Um dia foi, né? Faz tempo.
— Sente vontade de visitar algum dia?
Francine contorceu a boca, pensativa.
— Sei lá, acho que sim, tenho curiosidade de ver como estão as coisas hoje.
— Gostaria de reencontrar seus pais?
— Que banda está tocando agora?
— REM, Nightswimming.
— Eu te falei de um amigo que eu tinha lá, que estava montando uma biblioteca na garagem?
— Sim, o Francisco, certo?
— Isso. Tomara que tenha dado certo e ele tenha um acervo enorme hoje em dia. O Chico dizia que queria ser professor de português, maluco, né? Deve ser foda dar aula para pirralhos.
— Eu tenho vontade de dar aulas em alguma faculdade.
— Mas daí é para o pessoal mais crescidinho, menos muvuca.
— Uma sala de aula com trinta pessoas da sua idade, é um desafio e tanto. — Riu.
— É... Será que minha mãe teve mais filhos depois que fui embora?
— Quantos anos ela tinha quando você foi para o abrigo?
— Tinha trinta e dois.
— Então existe a possibilidade.
— Espero que ela tenha largado o meu pai, era um traste. — Colocou os pés em cima do painel do carro.
— Suas meias estão limpas?
— Acho que sim, comecei a usar ontem.
— Se você quiser, um dia posso te levar a Piracicaba para você matar a saudade.
— Nem sei se quero... Só voltaria para lá se estivesse muito fodida, sem grana e sem ter onde morar.
— Você pediria para morar com sua mãe?
— Não, pediria a minha vó, mas ela mora na frente da casa dos meus pais, então sei lá... Vai ver ela já morreu e tudo.
— Ela era muito idosa?
— Deve ter uns sessenta agora.
— Quando a assistência social tirou você de seus pais, por que você não foi morar com sua avó?
— Eu não quis, eu falei que fugiria se fosse.
— Seria tão ruim morar com sua vó?
— Com ela não, a vó Regina era de boas, mas o namorado dela era um babaca, falava umas merd*s pra mim, peguei ele uma vez me espiando no banho.
— Que horror, merecia ser denunciado.
— Eu nunca faria isso.
— Por que?
— Porque tomaria a pior surra da vida do meu pai, ele era bem amigo do cara.
— Que complicado, eu sinto muito por tudo isso.
— Já foi. Não curto muito lembrar dessas coisas.
— Desculpe, acho que deixei a curiosidade psiquiátrica tomar conta.
— Relaxa, é tipo você com o assunto do seu filho, eu não ligo de falar sobre meu passado quando tô bem.
— Acho que tenho uma curiosidade natural por você e tudo relacionado a você, me chame a atenção se eu perguntar muito.
— Sussa. Mas você fala pouco sobre sua vida, eu gostaria de saber mais.
— Tipo o que?
— Nem sei se você tem irmãos.
— Tenho um irmão mais novo, o Eduardo.
— Mora lá em Campos?
— Não, mora em Brasília já há um bom tempo, passou num concurso lá e nunca voltou.
— Tem filhos?
— Não, é casado com a Monique, acho que ela não pode ter filhos.
— Se veem com frequência?
— Não muita.
— Você não o visita?
— Não.
— Por que?
Hesitou um pouco antes de responder.
— Nossa relação não é muito boa.
— Sério? Rolou algo?
— Mãe, estamos chegando? — Jardel perguntou.
— Estamos sim, mais uns vinte minutinhos.
— Tô com fome. — Reclamou João.
— Tem maçãs aqui na frente, quer uma?
— Ah, maçã... — Respondeu desmotivado.
A chuva deu uma trégua e finalmente toda a comitiva chegou à casa de Seu Donato e Dona Isolete.
Fim do capítulo
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Zaha
Em: 14/04/2023
Oiee, cheguei!!!
Nossa, tava desatualizada...parece que faz tempo que vi Francine e ela deu uma amadurecida, né?!
Amanda e Matheus não entende, n é só que tá com Clarisse, ela saiu do ambiente que estava, tem visto outras realidades e, claro, tá com Clarisse que é uma influência incrível. Francine só é MT ciumenta, porém, sendo mais nova, ela se sente insegura quando Clarisse sai com pessoas do seu meio social, trabalho e idade ...normal!!!
Agora vai conhecer os pais!!! Que lindo, coragem!!!
Beijosss
HelOliveira
Em: 25/03/2023
Francine só me dá orgulho....e já na espectativa para esse encontro com a família, seu Donato e Dona Isolete me parecem pessoas incríveis...
Obrigada por mais essa capítulo
Cristiane Schwinden
Em: 31/03/2023
Autora da história
Francine tem sogros ótimos, mas ela é insegura, daà já viu né? Claro que vai ter birra.
Grande abraço!
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Lea
Em: 25/03/2023
Mais um capítulo leve e gostoso de ler!
Cristiane Schwinden
Em: 31/03/2023
Autora da história
Obrigada por ler e comentar, Lea!
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patty-321
Em: 24/03/2023
Fran está amadurecendo. Breve vai deixar de andar com seus "amigos" e o namoro delas tá evoluindo bem. Bjs
Cristiane Schwinden
Em: 31/03/2023
Autora da história
De fato Francine precisa de novos ares e novas amizades, vamos ver esse densenrolar ;)
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Marta Andrade dos Santos
Em: 24/03/2023
Complicado!
Cristiane Schwinden
Em: 31/03/2023
Autora da história
Complicação é o nome do meio delas! rs
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Vanderly
Em: 24/03/2023
Olá Cristiane tudo bem?
Faz tempo que eu estou acompanhando essa estória, mas vim poucas vezes aqui comentar.
Bom, tirando os palavrões que não curto; a estória, e o tema é bem instigante. E estou gostando de vê o crescimento e amadurecimento da Francine. Só falta ela encontrar amigos menos tóxicos, porque ao meu vê esses quê ela tem só puxam para o lado ruim e isso é muito negativo pra quem quer ser limpa.
Quanto a Clarice, acredito que também está ficando mais segura quanto a levar um relacionamento com uma garota mais nova, no entanto acredito que essa ex dela pode atrapalhar um pouquinho.
Agora, há um mistério no sumiço do filho da Sabrina, pois ela acusa a Clarice, mas será que é mesmo Clarice a culpada ou a própria Sabrina quê transferiu a culpa para a outra. Eu estou divagando, pois conheço pessoas que não assumem os próprios erros e culpam os outros quando algo dá errado.
PS.: Eu percebi que as coisas mudaram por aqui; só quê antes quando a gente clicava no link da notificação de atualização do capítulo, era direcionado automaticamente ao respectivo capítulo, o quê não está acontecendo na atualidade, e isso ao meu vê complicou um pouquinho. Eu mesma nas primeiras vezes achei que o link não estava funcionando, mas depois de várias tentativas acabei entendendo como chegar no capítulo desejado. De qualquer forma só temos que agradecer a ti por essa maravilha, onde podemos ler e escrever sem ter quê pagar por isso obrigatoriamente. E eu até acho justo que algumas autoras que usam essa plataforma apenas como propaganda dos seus romances com o intuito de vender os escritos lá adiante e como de fato vendem, paguem por isso. Digo isso daquelas quê talvez possam contribuí com a manutenção da plataforma, mas não o fazem espontaneamente.
Tenham todos (as) um bom dia!
Abraços fraternos!
Vanderly
Cristiane Schwinden
Em: 31/03/2023
Autora da história
oie Vanderly!
Concordo com vc, Francine precisa conhecer outras pessoas, fazer novas amizades, mudar de ares :)
Logo saberemos qual foi o papel de Clarisse nesse sumiço do filho.
Muito obrigada por me avisar do problema dos e-mails com as atualizações, corrigi hoje, se encontrar mais erros por gentileza me avise.
Abraços e obrigada!
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mtereza
Em: 24/03/2023
Capítulo leve legal ver a evolução da relação delas, parece que teve alguma coisa seria entre Clarisse e o irmão será que ele e a esposa são homofóbicos
Cristiane Schwinden
Em: 31/03/2023
Autora da história
Vc matou em cima, o irmão dela é homofóbico, destoando do restante da famÃlia que tem a mente aberta.
Abraços!
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SeiLá
Em: 24/03/2023
obg por mais um cap estava ansiosa para poder ler
Cristiane Schwinden
Em: 31/03/2023
Autora da história
Eu que agradeço sua leitura :)
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