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Tempus Agendi - Tempo de Agir por Solitudine

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Palavras: 7575
Acessos: 11542   |  Postado em: 14/12/2022

BISMILLAH!

 

Rio de Janeiro, estado do Rio de Janeiro

 

Elza e Alessandra caminhavam cheias de bolsas em direção a uma rua estreita do subúrbio da cidade.

 

--Finalmente, amiga! Chegamos! – Alessandra liberou o alarme do carro – Vamos jogar essa bolsaria aí na mala do carro e dar um break pra coluna, né? – abriu o porta malas e foi arrumando as bolsas

 

--Compramos foi coisa! – Elza arrumava também – Nossa, como a gente bateu perna! -- sorriu -- Creio que safamos tudo que você colocou na lista, não foi? – olhou para a outra

 

--Com certeza! – fechou a mala e abriu a porta do motorista – Agora vamos deixar tudo lá em casa e depois dar uma esticadinha na praia. – entrou no carro – Tomar uma aguinha de coco ao pôr do sol, ver os gatinhos, as gatas... -- sorriu

 

Achou graça. – Você vai casar e fica aí pensando em ver gato na praia! – abriu a porta do carona e entrou no carro também – Criatura louca! – riu brevemente

 

--Ué? Vou casar, vou ser fiel, mas não fiquei cega, amiga! – tirou um dinheiro da bolsa e ligou o carro – Vamos simbora! – manobrou para sair

 

--Aí, dona Alê! – o flanelinha se aproximou – Dei aquela caprichada aí no painel e tomei conta da caranga! – sorria para a mulher

 

--Valeu, Waguinho! – entregou o dinheiro ao rapaz – Até a próxima!

 

--Valeu, dona Alê! – deu tchau e sinalizou para orientar a partida da mulher

 

--Até o flanelinha sabe teu nome? – Elza achou graça quando ganharam a rua principal – Não tô dizendo? – riu brevemente

 

--Amiga, sou figurinha conhecida e admirada em Madureira, tá pensando o que? – fechou os vidros e ligou o ar – E o enxoval tá sendo quase todo comprado aí no bairro! Olha só eu e Jonas levantando o PIB local! – brincou e riram

 

--Ai, ai... – ajeitou o cinto de segurança – O que não me conformo é só isso de você casar com comunista, mas... cunhado não se aceita, se engole! – revirou os olhos

 

Riu brevemente. – Os anos passam e você não deixa de me dizer essa bobeira! – balançou a cabeça – Isso quer dizer o que? Vai desistir de ser minha madrinha de casamento? – provocou – A festança é em dezembro, ainda há tempo! – ajeitou o retrovisor brevemente – Elza Soares, Alcione e Sandra Sá tão na fila só aguardando meu convite! – brincou

 

--Eu não vou desistir, pode avisar a essas cantoras que o lugar é meu! – respondeu brincalhona – É só que... eu não me conformo, só isso... – olhava para a rua

 

--Sei... – olhou rapidamente para a amiga – Mas, falando em comunista... – sorriu maliciosamente – E a SUA comunista? Como vai ela, hein?

 

Respirou fundo antes de responder. – Ai, é uma história tão complicada...

 

--Todas as suas histórias são complicadas! – retrucou – Vai, diz aí. Depois daquele encontro fofíssimo no ano passado, que mais rolou? – dirigia

 

--Rolou que dia desses eu tava em casa, liguei a TV e ela apareceu por causa do resultado daquele caso do genocídio. – narrava os fatos – Deu entrevista e tal, mas ao final, a matéria encerra com ela aos beijos com ninguém mais, ninguém menos que Renata Vilani! – afirmou com desgosto

 

--Como é que é??? – parou o carro bruscamente no sinal – Elza, que porr* é essa? – olhou para a amiga em choque – Como assim, aos beijos??

 

--Calma, criatura, presta atenção no trânsito! – advertiu ao se endireitar no assento – Eu também não sei que porr* é essa, mas foi o que eu vi! E isso me magoou muitíssimo, porque ela sabe da minha história com Renata, ela sabe! – passou a mão nos cabelos – Aí quando chegou maio, ela me aparece em São José querendo conversar! Assim, do nada! – falava contrariada -- E eu ignorei, despachei, fiz questão de mostrar que pra mim ela era o mesmo que nada! – lembrava do ocorrido – Mas... ela me deixou um presente, uma caixinha, que eu abri e vi um cordão e uma carta... – pausou brevemente – Fiquei arrasada, confusa e... ah, Yara é foda, vou te contar! – suspirou

 

Voltou a dirigir quando o sinal abriu. – Mas... deixa eu entender isso! – olhou rapidamente para a amiga – Primeiro você fica puta por causa de uma reportagem sem nem mesmo ter dado a ela o direito de se explicar? – achava um absurdo – Aí a mulher te procura e você despacha, assim, sem mais? Mesmo sabendo que televisão é mestre em forjar fatos? – não acreditava – Puta que pariu!

 

--Queria ver se fosse o seu Jonas aos beijos na TV se você ia pensar assim! – devolveu desaforada

 

--No mínimo eu ia querer ouvir dele, né? – argumentou – E que presente ela te deu afinal? Qual era a da carta?

 

--Quer ver? Tão até aqui! – pegou a bolsa tiracolo e procurou

 

--E você carrega isso o tempo todo na bolsa? – não entendia

 

--Ah, é que eu não tive tempo de tirar daqui! – respondeu de pronto – Deixa eu ler a carta. – desdobrou o papel e leu o conteúdo – E o cordão é esse. – mostrou

 

– Amiga, olha só, tem boi nessa linha aí e mais uma vez você tá sendo precipitada nessa história! – concluiu de pronto – A mulher te deu uma relíquia que com certeza ela dá o maior valor! – gesticulou com uma das mãos – Além disso, ela se abalou de Brasília, Goiás, sei lá daonde, pra ir te entregar pessoalmente! Uma funcionária de prefeitura, que mora em abrigo e com certeza não vive com sobra de dinheiro! – raciocinava sobre os fatos – Será que cê não vê que uma canalha não faria isso??

 

--Canalhas também dão presentes valiosos e se abalam pra conseguir o que querem! – retrucou

 

--Olha só, honey, presta atenção, ela precisa conseguir o que? Sexo? Pelamor, né? – olhou rapidamente para a outra – Além do mais, Jonas acompanhou com interesse esse processo do genocídio e ela não pediu nada pra si! NADA! – frisou o detalhe – Isso não é atitude de uma canalha!

 

--Você não sabe como é a política, Alê! – continuava argumentando – Renata agora é até da secretaria não sei das quantas, além de ser a presidente do Comuna. Sabe lá se Yara se deixou seduzir por isso e também tá querendo cavar seu lugarzinho ao sol?

 

Achou graça do absurdo. – Você acredita no que tá me dizendo, Elza? – perguntou incrédula – Fala sério!

 

--Fala sério, por que? Falei algum absurdo? – retrucou de cara feia – Na política não tem isso, por acaso?

 

--Mais fácil aquela cachorra da Renata ter dado um beijo na outra pra poder surfar na onda dela! E aparecer mais também! – considerou

 

--E se foi isso, por que Yara não reagiu? – reclamou

 

--E você sabe se não? A TV ficou toda vida mostrando o que aconteceu? – Elza não respondeu -- Sabe qual é o seu problema, amiga? Vou te mandar a real! – gesticulou com uma das mãos – Tudo seu é muito radical! – afirmou enfática – No passado, a verdade tava ali, na sua cara, mas você não queria aceitar e acontecia o que? Se decepcionava, se magoava, sofria... – lembrava – Agora você guinou pro extremo oposto e por medo, continua sem querer ver a verdade mesmo quando ela se mostra óbvia!

 

--Medo de que?? – revoltou-se

 

--De amar, de se entregar, de se assumir apaixonada por uma pessoa que é diferente de tudo na sua vida! – respondeu de pronto – Eu não conheço Yara, posso até me enganar, mas ela não tem atitudes de uma canalha e você sabe disso! – acusou – O mínimo que você podia e devia fazer, dona Elza Machado, é aproveitar essas suas férias de julho pra ir lá na terra dela e pedir desculpas por ter tido uma atitude tão infeliz!

 

--Hã? – revoltava-se com o que ouviu – Eu não acredito que você tá me dizendo isso! – não encarava a amiga – Apaixonada eu? Imagina!

 

Achou graça. – Então, pelo menos, mostra que é uma mulher educada e vai lá pedir desculpas. – respondeu com ironia – Eu hein, você faz cada coisa! – criticou – Vê se não vai me dar errada no dia do casamento, tá? – advertiu – Fura comigo que te mando um feitiço daqueles! -- ameaçou

 

--Humpf! – cruzou os braços contrariada – “Mas se bem que... no fundo ela pode ter razão...” – considerou sem dar o braço a torcer

 

 

Goiânia, estado de Goiás

 

--Todo dia você chega do trabalho, me ajuda nas labuta do abrigo e depois fica aí pensando na vida sob as estrelas. – Kedima reparou ao se aproximar da jovem – Desde que voltou lá de São José, esse quintal tem sido seu refúgio constante. – sentou-se ao lado dela – Por que não desabafa o que te rói no peito, menina?

 

Abaixou a cabeça. – A senhora sabe, dona Kedima... já conversamos sobre isso. – suspirou – Eu não deveria ser tão idiota, mas a atitude de Elza ao me receber feriu fundo o meu coração...

 

--Eu tive pensando sobre isso. Acho que alguma coisa aconteceu que fez ela perder a confiança em você. Ou se decepcionar, não sei. – considerou

 

--Mas aí é que tá! – levantou a cabeça – Não aconteceu nada! – não conseguia entender – Depois que nos encontramos no ano passado a gente não se viu mais. – pausou brevemente – Não até aquele maldito encontro desse ano! – passou a mão nos cabelos – Ela não teve motivos pra me tratar como tratou... – pensava no caso – Sabe o que eu acho? – olhava para a idosa – Ela me ajudou em Brasília simplesmente pra pagar o favor que eu fiz a ela em São Paulo! – acusou – Aí voltou a ser como sempre foi: uma metidinha arrogante e preconceituosa! – falava com desprezo

 

Achou graça. – Ai, ai, a impetuosidade da juventude... – sorria – Sempre com julgamentos precipitados! – apertou levemente a bochecha da outra – Ninguém faz o que ela fez, e como fez, pra pagar um favor, menina! – afirmou com brandura – Essa moça deve ser alguém muito presa dentro de si mesma, muito magoada com coisas que viveu no passado, e daí ela vive na defensiva! – expunha sua forma de pensar – Aí ela se mostrou, se abriu pra você e agora algo aconteceu e ela ficou receosa.

 

Não conseguia concordar. – O que aconteceu é que ela é uma militar de direita, conservadora e preconceituosa! – levantou-se – E eu uma burra por ter acreditado que alguém assim poderia ser diferente! – passou a mão nos cabelos – Hoje tem Colegiado no Comuna e tô indo pra lá. – informou – Acho que durmo por lá mesmo, porque vai render!

 

Decidiu não insistir no assunto anterior. – Mais um Colegiado pra você brecar as propostas daquela uma? – achou graça

 

--E tenho conseguido brecar quase todas que ela faz! – respondeu satisfeita – Agora ela quer fazer uma obra na sede. – explicou a situação – Verdade que tem que mexer nuns trem lá, mas ela quer uma mega obra e isso eu sou contra! – pensava na loura – Tenho minha contra proposta no ponta da língua e ela vai ter que amargar mais uma derrota, tenho certeza! – sorria pensativa

 

--Vai lá, menina! – prestava atenção na jovem – Faz a orelha dela torcer sem sair sangue!

 

Achou graça e beijou a testa da idosa. – Vou indo! – deu tchauzinho – Até mais, dona Kedima!

 

--Inté... – acompanhou a indígena com o olhar até vê-la sair da casa

 

***

 

--E aqui estão as três cotações que levantei pra realizar nossa tão necessária obra na sede! – Renata colocou uns papéis sobre a mesa – Estão aqui pra quem quiser ler! – olhava para os demais – O Comuna é um Partido de luta, dono de uma história de respeito e por isso mesmo não deve se abrigar numa sede caindo aos pedaços, meus camaradas! – gesticulava – Nós temos que nos apresentar como somos: firmes, fortes e pujantes! – encerrava sua falação – Muito obrigado! – colocou o microfone sobre a mesa

 

--Apoiada! – Romero e alguns gritaram ao fundo

 

“Pujantes?” – Yara pensou – “Acho que Renata tem dado uma estudada no dicionário.” – pegou o microfone – Boa noite, camaradas! – cumprimentou os demais – Eu poderia falar muita coisa, mas vamos direto ao ponto: -- olhava para o grupo – a sede tá velha? Precisando de cuidados? Sim, está! – balançou a cabeça – Mas assim como a gente não vai no médico pra consertar todos os nossos problemas de uma vez, a gente trabalha em cima das prioridades pra depois ir focando no resto, assim também deve ser com o patrimônio! – andava um pouco – Somos um Partido Comunista, um Partido que pratica militância nas ruas, não é no ar condicionado, dentro de uma sede! – gesticulava – A gente não precisa se abrigar num prédio com fachada de vidro e um monte de coisa bodosa pra impressionar os que passam na rua! – argumentava – A gente conquista corações e mentes pra causa com base no argumento e no exemplo da militância! Não é com prédio bonito, cheio de frufru e um segurança engomado na porta! – buscava agitar os colegas – Lembrem-se que a mesma presidente que quer fazer uma mega obra aqui na sede é aquela que NÃO QUERIA que a gente encampasse os mega protestos contra a reforma da Previdência, só pra não desagradar o partido de Luiz Horácio!

 

--É isso aí! – Celeste e outros concordaram

 

--Comuna! – outros gritaram

 

--Questão de ordem! – Renata gritou interrompendo – Camarada Yara está fugindo do ponto de pauta!

 

--Minha proposta é que façamos a obra naquilo que é prioritário! – Yara voltava a falar -- E me disponho a acompanhar o cronograma físico e financeiro pra evitar que sejamos lesados por empresa! – olhou para Renata – Pode até cotar com essas três aí, mas vão ter que me engolir! – a indígena afirmou com ironia

 

--Questão de esclarecimento! – Renata pediu a palavra mais uma vez – “Essa desgraçada não vai me fazer perder de novo!” – pensou disfarçando a fúria

 

--Boa noite, com licença? – Elza abordava o porteiro na entrada do prédio – Aqui é a sede do Comuna, não é?

 

--Sim senhora. – respondeu rapidamente – E tá tendo Colegiado agora. – informou – A senhora é filiada? – perguntou interessado – Esse tipo de Colegiado é pra questões internas. -- esclareceu

 

--Não sou, mas... tô pensando em me filiar! – mentiu – A ex presidente, Yara Saraíba, me convenceu a vir aqui pra conhecer, visitar, sentir como é o dia a dia do Partido... – sorria – Eu vim.

 

--Ah, foi camarada Yara que convidou? Então, vai, pode subir. – apontou as escadas – Segundo andar, auditório central.

 

--Obrigado! – Elza agradeceu e seguiu conforme orientada

 

--Camarada Yara, você está distorcendo os fatos pra desqualificar minha proposta! – Renata quase berrava

 

--O que eu tô fazendo é mostrando pra todo mundo que você quer nos fazer gastar quase um milhão numa obra sem necessidade, obra de perfumaria! – Yara respondeu em voz igualmente alta

 

--Nossa! – Elza falou consigo mesma – O couro tá comendo! – aproximou-se da entrada do auditório e ficou observando escondida atrás da porta

 

--Submete pra votação, presidente? – a indígena solicitou – Vamos ver o que a maioria acha! – olhou para Omar – Camarada, registre, por favor?

 

--Eu sou a presidente aqui! Eu abro a votação! – Renata reclamou – Camarada Omar, registre, por favor! – olhou para os demais – Aqueles que têm acordo com a minha proposta, por favor, levantem a mão! – ergueu a mão esquerda

 

“Hum, coitadinha!” – Elza pensou com ironia – “Perdeu feio!” – controlou a vontade de rir

 

--Aqueles que têm acordo com a proposta da camarada Yara, favor, levantar a mão! – abaixou a mão – “Puta merd*!” – pensou com raiva e aguardou a contagem – Abstenções?

 

--Resultado da votação: -- Omar falou em voz alta – 9 votos a favor, 77 votos contra e nenhuma abstenção! – adorou o resultado

 

Renata respirou fundo antes de se pronunciar. – Venceu a proposta da camarada Yara. – afirmou com insatisfação – Mas fique sabendo, -- olhou para a indígena de cara feia – que você vai ter que tirar tempo do cu pra acompanhar o passo a passo dessa obra do jeito como propôs! – falava com raiva mal contida

 

--Questão de ordem, presidente! – Yara retrucou com um sorriso cínico – Atentar pro vocabulário na sede dos pujantes! – gesticulou – Basta uma derrota pra lhe tirar do sério? – provocou – Mas também, foram tantas, né? -- sorria

 

--Respeito, comigo, Yara! – advertiu com o dedo em riste – Respeito comigo!

 

“Elas não se comportam como um casal!” – Elza deduziu o óbvio – “Meu Deus, o que eu fiz?” – retirou-se do ambiente sentindo-se perturbada

 

***

 

Elza chegava no abrigo e buscava a campainha para ser atendida. “E agora?” – não encontrava – “Como eu faço aqui no meio dessa escuridão? Será que se bater palma alguém escuta?" -- pensava

 

--Oi! – uma mulher saudou forjando voz sexy – Procurando um pouso, gatinha? – abriu a porta com a chave – Será que... – reparou-a de cima a baixo – Posso lhe ser útil? – espremeu os olhinhos – Quer uma mãozinha, fi? – sorriu – Me chamo Ítala e tenho dez dedos muito saudáveis! – lambeu-se – E outras partes também! -- piscou

 

“Mas é cada cantada miserável que vou te contar!” – pensou contrariada – Obrigada, Ítala, mas eu precisava falar com a dona Kedima. Será que ela está?

 

--Com certeza! – convidou para entrar – Venha comigo! – as duas entraram – Cheguei do trabalho agora, vou tomar um banho, ficar bem fresquinha, macia, tenra... – continuava com voz sexy – E toda boa!

 

--Ah, tá. – respondeu sem interesse – E a dona Kedima, onde a encontro, por favor? – caminhavam pelo quintal da casa

 

--Sem pressa, baby! A noite é uma criança! – alisou brevemente o braço da outra – Ui, fortinha você!

 

Elza suspirou. “Oh, Deus, dai-me paciência!” – pensou contrariada

 

***

 

--Desculpe a empolgação da Ítala. – Kedima sentou-se junto a mesa da cozinha – Mas aquela menina vive à caça de uma namorada, você chegou, aí já viu! – reparava na outra – E não creio que você veio me procurar porque precise de um pouso. – apontou para uma cadeira – Sente-se, por favor.

 

--Obrigada. – sentou-se também – Não preciso de pouso, é verdade... – pensava em como introduzir o assunto – Vim lhe procurar por causa de uma pessoa que vive aqui. – falava com receio – Preciso da sua ajuda, pois vejo que cometi um erro... – afirmou com humildade – Um grande e absurdo erro! -- confessou

 

--Você seria Elza Machado? – concluiu – Quer conversar comigo sobre Yara?

 

“Ela sabe de mim?” – pensou toda prosa – É isso... – sorriu envergonhada – Queria que soubesse que acompanhei seu caso por telefone até a senhora levar alta do hospital. – pausou brevemente – Fico muito feliz de vê-la tão bem! – dizia a verdade

 

--Obrigada, filha. – prestava muita atenção na outra – E me diga, por que precisa de minha ajuda? – queria saber – O que aconteceu afinal?

 

--Eu... – debruçou-se sobre a mesa – Eu vi uma cena, um episódio na TV que me fez pensar que Yara tava se envolvendo com uma pessoa que me magoou muito no passado... – olhava para a toalha da mesa – Uma grande amiga me disse que eu viajei na maionese mas... – pausou brevemente – Estive na sede do Comuna hoje, acompanhei um pouquinho do Colegiado que tava acontecendo e ficou muito claro... Yara e Renata definitivamente não têm nada... – balançou a cabeça contrariada – Fui uma idiota! – cobriu brevemente o rosto com as duas mãos

 

“Então foi isso? Ela viu o tal do beijo na televisão e ficou pensando besteira!” – a idosa pensou – “Ai, ai, jovens...” – suspirou – E foi por isso que tratou Yara tão secamente quando ela foi te procurar?

 

--Sim... – olhou receosa para a mulher – E se arrependimento matasse...

 

Sorriu com carinho. – Eu sabia que devia ser algum trem doido desse tipo. Falei pra Yara! – ajeitou-se na cadeira – Mas vocês duas são tão custosas! Ela não me acreditou!

 

“Custosa? Isso deve ser teimosa.” – pensou – Eu precisava muito falar com ela, me explicar, agradecer pelo presente... – segurou uma das mãos idosa – Por favor, será que pode fazer com que ela aceite conversar comigo? – pediu humildemente

 

--Eu vou te ajudar, menina. – concordou – Mas vamo bolar uns esquema aqui, cá entre nós. – propôs – Cola comigo que você se dá bem!

 

Achou graça. – Pode deixar! -- sorriu

 

***

 

Yara aguardava em um quiosque da Praça Tamandaré.

 

--Jurema só vive atrasada, ô, minha Virgem Santa! – resmungava consigo mesma – Disse pra dona Kedima que me encontraria aqui e nada! – olhou rapidamente para o relógio – Pior que vim direto do trabalho, tô cheia de fome, sem dinheiro...  – estava chateada

 

--Boa noite, tudo bem? – a dona do quiosque se aproximou – Vamos pedir? – ofereceu o cardápio

 

–Daqui a pouco, desculpe. – recusou gentilmente – Tô esperando uma pessoa. – a mulher cumprimentou com a cabeça e se afastou – Vou acabar é picando a mula! – novamente resmungou consigo mesma

 

--Yara? – uma voz conhecida a chamou

 

--Elza?! – levantou-se surpreendida – “Ô, minhas sete chagas!” – pensou abestalhada -- O que você faz aqui? – não entendia – “E ela hoje caprichou nas aleluias, ô, glória, queima língua de fogo!” – pensou em estado de choque – “Saravá, minha Mãe!”

 

--Cheguei na cidade ontem, estive no Comuna, vi um pouco do Colegiado, você e Renata caindo no pau... – aproximou-se da outra – Depois fui no abrigo, conversei como dona Kedima... – olhava nos olhos

 

--Você o que?! – estava pasma

 

--E ela combinou comigo e te enganou... – passou a mão brevemente nos cabelos da indígena – Não vem Jurema nenhuma... Sou eu que vim te ver aqui. – falava com mansidão – Aliás, tô hospedada naquele hotel do outro lado da praça e vou embora no domingo. Minhas férias terminam oficialmente hoje.

 

Afastou-se rapidamente. – E a gente tem o que conversar? – virou-se de costas para a outra

 

--Me perdoa, Yara? – pediu humildemente – Eu errei com você porque deduzi tudo errado!

 

--Deduziu o que? – virou-se de frente novamente – O que teve pra deduzir?

 

--Eu vi você e Renata se beijando na televisão e pensei que você tava se envolvendo com ela por interesse em...

 

--Você pensou o que?? – interrompeu a fala da outra – Não acredito!! – riu brevemente por achar absurdo – Depois de tudo que aconteceu, você achou que eu me envolveria com aquela bisca? – perguntou desaforada – E pelo que? Por interesse em que? Em poder? Em vantagens do mundo da politicagem? – a militar abaixou a cabeça envergonhada – Francamente, eu sou mesmo uma idiota! – preparou-se para partir

 

--Por favor, não vai! – segurou-a gentilmente pelo braço – Tente me entender, eu vi vocês se beijando e fiquei louca!

 

--Tente entender você! – desvencilhou-se e ficou cara a cara com a negra – Mesmo que Renata me deixasse louca de tesão, eu jamais me envolveria com ela! – olhava nos olhos – Eu jamais me envolveria com alguém que te magoou da forma que ela fez! – dizia a verdade – E eu jamais me envolveria com alguém por interesse em coisas que eu absolutamente desprezo! – falava com revolta – O que me dói, foi que você, uma pessoa que me viu como ninguém mais viu, teve a capacidade de me julgar tão mal e por tão pouco!

 

--Desespero! – segurou-a pelos ombros da blusa – Porque você também me viu como ninguém mais viu e eu tive medo! Muito medo! – dizia a verdade – E não é fácil pra mim admitir isso!

 

--Tudo é desculpa pra você me destratar, não é? -- desvencilhou-se mais uma vez – E naquela chopada, eu fiz o que pra você?

 

--Aquilo é passado, tem nada a ver com a situação de hoje! – Elza retrucou impaciente

 

--É... com licença? – a dona do quiosque se aproximou novamente – Vamos pedir? – ofereceu o cardápio

 

--Obrigada, moça! – Yara respondeu sem retirar o olhar da negra – Eu tô de saída! – afastou-se lentamente andando de costas – Ficamos como estamos, Elza Machado. – fez um gesto de cabeça e foi embora

 

--E a senhora? – a mulher insistiu – Meus sanduíches naturais são os melhores da região! – fez a propaganda

 

--Obrigada, moça. – mantinha-se firme apesar da dor – Tô de saída também. – abaixou a cabeça e saiu andando rapidamente

 

--Mas que diacho! – a mulher reclamou – Hoje o movimento tá é fraco, viu, fi? – resmungou consigo mesma e voltou para o quiosque

 

 

São José dos Campos, estado de São Paulo

 

--Elza realmente não espera por isso! – Fernandão comentou enquanto ajudava nos preparativos da festa – Quando chegar aqui e der de cara com a decoração, ela vai cair pra trás! – sorria – E eu vou gritar com gosto: surpresa!

 

--Ela vai ficar doida! – Goulart concordou animado – Eu mesmo descobri tudo sem querer. – separava adereços para decorar a casa – Sabíamos que ela tava concorrendo mas a resposta oficial não havia sido dada. – contava – Na verdade, o resultado será divulgado na segunda, mas eu soube por acaso, por ter ouvido o coronel falar. – sorria – Tive que me controlar pra não desmaiar no meio do corredor!

 

--Meu rebentinho, sangue do meu sangue, plasma do meu plasma, herdeira de metade do meu conteúdo mitocondrial promovida a capitão! – mirava um ponto no infinito – Capitão Elza Machado! – suspirou embevecido – É muito orgulho neste peito varonil de pai!

 

--Fica orgulhoso, mas trabalha, sargento! – Fernandão brincou – Produz!

 

--Aí, Machado! – olhava para o amigo - Depois que foi promovida a terceiro sargento Fernandão agora quer te dar ordem! – brincou também

 

De tão emocionado que estava, o homem nem prestou atenção ao que se dizia. – Não vejo a hora de ver meu rebentinho irrompendo por aquela porta, -- apontou – esbanjando negritude militar, elegância e empoderamento capitão! – levantou-se – E eu abrirei meus braços paternos e direi solenemente: -- abriu os braços -- agradecei-vos aos Céus, ó, cisne negra do vale do Paraíba, pois é chegado o tempo em que vossos ombros ostentarão a insígnia inquieta da Estrela Guia da Pátria!

 

--Acho que ela não vai entender que foi promovida a capitão desse jeito! – Fernandão achou graça e foi espalhar as pequenas lâmpadas pela sala

 

--Só você, Machado! – Goulart balançou a cabeça – Mas, sabem o que não entendi até agora? – começou a colar estrelas prateadas na parede – Elza foi pro Rio pra ajudar aquela moça Alê nos preparativos do casamento mas ao invés de voltar pra cá foi pra Goiânia! – estranhava – O que será que ela foi fazer por lá? – estava desconfiado – “Será que foi se encontrar com alguém que arrumou por lá?” – pensava intrigado

 

--Ela esteve em Brasília a serviço no ano passado e umas colegas falaram muito bem de Goiânia. – Fernandão tentava disfarçar – Então ela cismou e foi conhecer a cidade. – continuava arrumando as pequenas lâmpadas – Sabe como é aquela garota! Ela acha que uma coisa vale a pena e vai atrás!

 

--Em tudo reside a identidade entre pai e filha, filha e pai, genitor e rebento! – Machado continuava falando como um político – Vislumbro o dia em que nossa empoderada Elzinha será Comandante de Aeronáutica!

 

--Sargento Machado, sentido! – Goulart deu voz de comando e o homem paralisou na posição – Fica emocionado mas produz! Arrumando a decoração, marche!

 

--Sim senhor, prestimoso tenente-coronel Goulart! – prestou uma continência rápida e começou a ajudar

 

“Elza era melhor pra inventar desculpas na adolescência do que hoje em dia!” – Fernandão pensou contrariada – “Mas ao menos espero que ela se acerte com a indígena comunista!” -- desejou

 

 

Goiânia, estado de Goiás

 

Yara participava de um evento de dia inteiro vinculado ao Movimento dos Povos Originários do Brasil. Era sábado e o grupo se reunia no Bosque dos Buritis.

 

--Que pena que tá terminando! – Jurema comentou – O que é bom dura pouco! – bebeu um gole de suco

 

--Fiquei feliz que nesse ano veio um monte de gente e os trabalhos tão evoluindo muito bem! – Yara respondeu orgulhosa – Vai ter até show de música indígena pra fechar com chave de ouro, quer mais o que? – sorria

 

--Graças a Deus! – sorria também – Mas me conta, -- terminou o suco e jogou o copo na lixeira -- tô sabendo que a senhora decidiu que ano que vem vai começar o doutorado na UnB. – cruzou os braços -- Vai seguir a mesma linha do mestrado?

 

--Não. – respondeu de pronto -- Vou fazer um estudo sobre como a economia marxista pode ajudar na inserção dos povos originários na sociedade de forma ecológica e não colonizadora. – explicava – Quero e preciso manter minha mente bem ocupada com coisas úteis! – passou a mão nos cabelos

 

--Como se você fosse alguma desocupada! – achou graça – E como vai ser no seu trabalho? Você vai passar um ano cursando as disciplinas, então como vai dar conta de fazer isso em Brasília e trabalhar na prefeitura daqui?

 

--Já combinei tudo com meu supervisor. Vou ficar um ano cedida pra uma repartição em Brasília, trabalhando em meio expediente e ganhando menos também. – olhava para a outra – Depois, volto pra cá e tudo fica sendo como antes. Não preciso estar em Brasília pra desenvolver a tese, né?

 

--Verdade! – concordou – Ih, olha, vai começar! – anunciou empolgada – Maria vai ser a primeira a cantar! – olhava para o palco

 

--João tá no palco fazendo o que? – achou graça – “Ave Maria, que homem ciumento!” – pensou divertida

 

Após cumprimentar o público e fazer uma fala breve, Maria anunciou o que traria para o evento. – Ouvi essa canção através de uma outra artista indígena e amei. Espero que gostem. – fez sinal para que a música fosse iniciada -- Olho em frente ao meu reflexo, me sinto gigante. – começou a cantar -- Já perdi tempo demais, não seguindo adiante. – fechou os olhos -- Vejo você por dentro, eu sei que é difícil de imaginar! – cantava mais alto -- As raízes se unem, por dentro da terra!

 

Pensou em Elza. “Assim nós somos...” – Yara pensava – “A gente se une apenas no mundo interior...” – lembrou-se de alguns momentos

 

“--Espera! – Elza pediu subitamente– Já que você tá disposta a esquecer de tudo, -- segurou-a pelo casaco – tem mais uma coisa que eu quero que você esqueça! – puxou-a para perto e a beijou com desejo”

 

“Por dentro da terra,

Por dentro da terra...”

 

E as lembranças não paravam.

 

“Elza guiou a parceira para que se sentasse na beira da cama e se sentou no colo dela antes de beijá-la novamente. Yara abraçou-a pela cintura com força e deslizou uma das mãos até a nuca da outra. Movimentou a ambas para que se deitassem, ficando por cima da negra.”

 

“Olho em frente ao meu reflexo,

Me sinto gigante,

Já perdi tempo demais,

Não seguindo adiante...”

 

“--Nunca vivi com ninguém o que experimentei com você! – Yara falava com sentimento – Mas dessa vez, tudo que eu queria era passar a noite com você nos meus braços sem pensar em mais nada! – beijou-a novamente – Eu sei que fora daqui nossas vidas voltam a se separar, voltam a não dar espaço pra nós, mas o dia de hoje ainda não acabou e eu queria aproveitar tudo que me resta dele com você!”

 

“Vejo você por dentro,

Eu sei que é difícil de imaginar!

As raízes se unem,

por dentro da terra...”

 

“--Desespero! – Elza segurou-a pelos ombros da blusa – Porque você também me viu como ninguém mais viu e eu tive medo! Muito medo! – dizia a verdade – E não é fácil pra mim admitir isso!”

 

“Por dentro da terra,

Por dentro da terra...”

Kaê Guajajara – Por Dentro da Terra [1]

 

Yara não deu uma palavra e decidiu partir naquele momento. Jurema estava entretida com o show e não percebeu.

 

***

 

--Gente, mas eu acabei de receber as toalhas, o que pode ser dessa vez? – Elza seguia para ver quem tocava a campainha – Um minuto! – falou mais alto e se enrolou na toalha – Calma! – estranhava a insistência – Deixa eu ver... – olhou pelo olho mágico e sentiu o coração disparar – Meu Deus! – abriu a porta de imediato – O que faz aqui? – não sabia o que dizer – Como conseguiu subir assim?

 

“Ô, meu rio Jordão, saída do banho?” – Yara pensou ao vislumbrar a outra --Tá a maior bagunça na recepção! – olhava nos olhos – Me deram o número do seu quarto e eu simplesmente subi! – permanecia parada diante da porta

 

Não sabia o que fazer. – Eu... preciso me vestir. – apertou mais a toalha na altura dos seios – Entra e me espera um pouco? – convidou

 

--Eu entro! -- entrou no quarto e fechou a porta – Mas não quero esperar por mais nada! – imprensou a negra contra a parede – Nada! – beijou-a com paixão

 

Ah! – Elza gem*u excitada – Vem! – sentia que a outra a libertava da toalha de banho – Ai, vem! – tirou-lhe a blusa enquanto beijavam-se freneticamente – Tira... isso... – ordenou entre beijos ao abrir a calça jeans da outra e empurrá-la com calcinha e tudo para baixo

 

Yara deslizou as mãos até as nádegas da parceira e apertou com força, ao mesmo tempo em que fazia pressão contra o corpo dela. “Ô, glória, misericórdia!” – pensou enquanto a beijava

 

A indígena seguiu uma trilha de beijos e mordidas pelo corpo da negra, abaixando-se até se ajoelhar e invadir o sex* dela com lábios famintos. Posicionou uma das pernas da parceira sobre seus ombros.

 

--AH! – Elza gemia alto – AH! – fechou os olhos e segurou os cabelos da amante com as duas mãos – AH! – deliciava-se com a sensação daqueles lábios e língua em seu sex*, assim como de uma das mãos que lhe percorria o corpo sem pudor algum

 

“Que mulher deliciosa, Ave Maria!” – Yara pensou enquanto a estimulava de todas as formas que podia

 

Sentindo que a militar estava próxima do orgasmo, a indígena levantou-se lambendo o corpo da outra até o pescoço e rapidamente virou-a de costas para si. Elza espalmou as duas mãos na parede e fechou os olhos. Yara usou um braço para envolver-lhe a cintura com força, encaixou-se nas costas dela e introduziu dois dedos da outra mão no sex* da parceira, penetrando com força dosada enquanto devora-lhe o pescoço e a orelha com mordidas e beijos.

 

--AH, AH, AH!! – a negra gritou ao sentir que atingira o clímax

 

A indígena permaneceu penetrando e acompanhando os movimentos do corpo da negra até sentir que a amante começava a se acalmar. Virou-a de frente para si, abraçou-a novamente com força e beijou-a com paixão.

 

Ao final do beijo, Elza empurrou a indígena pelos ombros e seguiu até que a mulher caísse deitada sobre a cama. Ajoelhou-se diante dela e abriu-lhes as pernas com desejo de experimentá-la. Suas mãos vagavam pelo corpo da indígena enquanto a provocava com língua e lábios.

 

--Ah, ah, ah!! – Yara gemia à beira do orgasmo

 

Antes que a parceira goz*sse, Elza se movimentou como felina para sentar-se sobre ela. Ergueu o tronco da indígena puxando-a pelos cabelos da nuca e introduziu dois dedos no sex* da mulher que gozou rapidamente.

 

--AH, AH, AH!! – Yara gem*u alto

 

***

 

--Eu achei que fosse ir embora amanhã sem conversar com você. – beijou a parceira – Ainda bem que me enganei... – beijou-a novamente

 

--E a gente conversou? – Yara beijou-a – Acho que não... -- riram

 

Elza e Yara estavam sentadas uma de frente para a outra na cama. A negra envolvia a cintura da outra com as pernas. Acariciavam-se mutuamente.

 

--Você me perdoou? – a negra perguntou ao beijá-la – Hein? – olhava nos olhos

 

--Não há o que perdoar. Esqueça isso. – beijou-a

 

--Há uma coisa que preciso que faça! – beijou-a rapidamente e se levantou – Um minuto! – foi até a bolsa tiracolo e a abriu

 

Yara ficou esperando enquanto apreciava a outra com o olhar.

 

--Pronto! – voltou e se sentou da mesma forma que estava antes – Aqui, quero que coloque em mim. – entregou a caixinha na mão da indígena

 

--Pensei que tivesse jogado fora. – abriu a caixa e retirou o cordão – Mas se quer que eu coloque, -- beijou a cruz – faço isso agora. – gentilmente prendeu o cordão no pescoço da outra – Saiba que esse crucifixo é muito valioso pra mim. – olhava nos olhos

 

--Eu sei, percebi desde que li sua cartinha. – segurou o rosto da outra com as duas mãos e a beijou – Eu jamais jogaria fora! – olhava nos olhos – E quero esse crucifixo no meu pescoço enquanto viver, não importa o que aconteça!

 

--E o que vai acontecer conosco, Elza Machado? – acariciava as costas dela – A cada encontro que temos eu saio mais confusa e sem saber o que fazer e o que pensar...

 

--Não é a única... – suspirou e colou testa com testa – Eu te quero ardentemente na minha vida mas não sei como fazer isso... – fechou os olhos – Eu não sei como conciliar o que somos e quem somos... – abriu os olhos e afastou um pouco os rostos – Moro em São José com minha família, trabalho onde sempre sonhei, não sou assumida e defendo um monte de coisas que você combate. – considerou – Você mora aqui em Goiânia, não quer sair do abrigo, é comunista, filiada a partido político e defende um monte de coisas que eu combato. – olhava para a amante – Qual das duas vai abrir mão do que?

 

--Já me fiz essa pergunta várias vezes... – admitiu – Mas também me perguntei: precisa? – pausou brevemente – Existe internet, a gente pode se comunicar através dela e... sei lá, uma vez por mês ou a cada dois meses dar um jeito de se ver! – propôs

 

Gostou do que ouviu. – Estaria disposta? – sorriu – Mesmo se... – acariciava os braços da outra – Soubesse que eu vou ficar quatro anos fora estudando meu doutorado nos Estados Unidos? – perguntou insegura

 

--O que?? – arregalou os olhos – “Ô, minha Via Crucis, por essa eu não esperava...” – pensou decepcionada

 

--Claro que pretendo voltar ao Brasil uma vez por ano, nas festas, e aí... – falava receosamente – A gente poderia marcar de se ver... E a comunicação por internet também funciona se eu estiver por lá!

 

--Quando você vai? – perguntou preocupada

 

--Vou viver a inesquecível experiência de passar o réveillon num avião comendo um sanduíche seco e bebendo suco de caixinha! – brincou e elas riram – Dia 31 desse ano. – esclareceu

 

--A gente pode tentar e ver no que dá tudo isso... – a indígena concordou – Né?

 

Beijou-a com alegria. – Por que você não vai me ver antes de eu ir viajar? – pediu – Minha melhor amiga vai casar no dia 19 de dezembro e vamos em caravana pro Rio. Você podia ir me ver por lá. – propôs – Ou então no final de semana do dia 27 lá em São José.

 

--Se eu conseguir fazer isso mais provável é a ida pra São José. Hospedagem no Rio é muito cara, especialmente no final do ano. – considerou – São José é mais em conta.

 

--Tá bem. – concordou – Aí eu te apresento pro meu pessoal. – planejava -- Já que conheci dona Kedima, fui na sede do Comuna e até levei cantada da Ítala, agora é a sua vez de conhecer os meus! – sorriu – Nada mais justo!

 

--Ítala te deu cantada?? – perguntou indignada

 

Riu brevemente. – Relaxa que teve problema nenhum! – beijou-a repetidas vezes – Cê não correu o menor risco! – brincou

 

--E... o que você vai dizer pra sua família? – perguntou insegura

 

--Pra Fernandão a verdade e pro meu pai e tio Goulart que você é uma amiga. Simples assim!

 

--Hum... – não sabia o que dizer

 

--Agora uma última coisa. – pediu – Quero acordar com você aqui e que me leve no aeroporto amanhã! – pediu melosa – Hein? – beijou-a – Hum? – beijou-a novamente

 

Balançou a cabeça concordando. – Pode deixar, tenente Elza! – beijou-a – Mas... pra mim, -- deitou a ambas na cama – o amanhã ainda não chegou! – beijou-a com desejo

 

“Ai...” – suspirou em pensamento

 

***

 

Elza e Yara despediam-se no aeroporto de Goiânia.

 

-- Quando tô com você é como se a Yara de 15 anos de idade estivesse de volta, com a mesma leveza que eu tinha naquela época, apesar de minhas dúvidas e tudo mais...– a indígena dizia ao sorrir – Eu não sei se quando você chegar em casa e ambas retomarmos nossa rotina de vida, tudo aquilo que combinamos vai cair por terra, mas... prometo que vou tentar!

 

--Você também me traz a Elza adolescente de volta! – deram-se as mãos – E isso me assusta porque... eu sou bem mais dura longe de você! E não me admito demonstrar qualquer sinal de vulnerabilidade... – confessou – Mas quero tentar e prometo que vou! – olhava nos olhos – Mesmo que tudo me pareça uma loucura completa! – sorriu

 

– Loucura é! – as duas riram brevemente – Temos diferenças que são... não sei, inconciliáveis! – considerou – Mas, uma pessoa muito sábia me disse que nós criamos as barreiras que nos dividem, então nós podemos contorná-las! – pensava em Kedima

 

--Ouvi algo parecido com isso também. – lembrava das palavras de Fernandão

 

--Você deve saber que dona Kedima é filha de libaneses. – Yara contava – Ela me disse que lá na terra deles, quando alguém parte pra uma viagem você diz: bismillah! – explicou – É como se fosse o mais carinhoso desejo de querer que Deus acompanhe cada passo da pessoa na viagem que fará. – olhava nos olhos – Como se fosse pedir a Deus que proteja aquela pessoa como faz a mãe com seu bebê. – sorriu -- Bismillah, Elza Machado!

 

--Own... – derreteu-se -- Eu não sei como responder a uma coisa tão bonita, mas como você também vai ter que sair daqui pro abrigo, então... bismillah, Yara Saraíba!

 

--Atenção passageiros do voo 2971 com destino a São Paulo. Embarque autorizado pelo portão 2. – ouviram anunciar

 

As duas abraçaram-se com carinho e pena de se despedir.

 

“Eu não sei no que tudo isso vai dar, mas eu quero tentar!” – Elza pensava

 

“Posso me arrepender muito por isso, mas será muito pior se me arrepender por não tentar!” – Yara pensava

 

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Samira postando! Capítulo tão fofinho... AMEI! Quero ver muitos coments mulherada! Leiam, comentem e favoritem! Senta o dedo! huahuahuahua

 

Música:

[1] Por Dentro da Terra. Intérprete e Compositora: Kaê Guajajara. In: Kwarahy Tazyr. Intérprete: Kaê Guajajara. Azuruhu. 2021. Faixa 1 (3min24)


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Comentários para 17 - BISMILLAH!:
Minh@linda!
Minh@linda!

Em: 01/02/2025

Nada como alguém de fora pra tirar a trave que nos impede de enxergar a verdade.

Santa Alê!! Desnudou, totalmente, a menina dos olhos de Elza deixando-a enxergar a verdade nuinha.

Bora sapatão!!! Rumo ao Tri!!!

Pensando aqui...como vai ser esse lance de Yara pobre e Elza com dinheiro? Isso dá certo?

Não custa nada acreditar, né? Até porque a licença poética nos permite.

 

Todo dia você chega do trabalho, me ajuda nas labuta do abrigo e depois fica aí pensando na vida sob as estrelas. – Kedima reparou ao se aproximar da jovem. -

"eu disse que a culpa era das estrelas kkk"

 

Elza foi bem cruel, mesmo. Machucou Yara legal, né?

Mas Dona Kedima, Santa sabedora das coisas, tenta iluminar a mente de Yara para o óbvio...tem coisa mal resolvida nesta história!

Enquanto isso Renata segue se dando mal em suas propostas. Yara ao demonstrar a sua oposição, ferrenha, a loira, deixou claro uma discordância tão enraizada e profunda entre elas, suficiente para fazer com que Elza percebesse o seu erro ao achar que havia um tico tico entre as duas.

Foi atrás de Dona Kedima...a única que podia ajudá-la no momento. 

 

Mas menina!! Que diacho foi que Ítala fumou? Meu pai..  Kkkkkkkkk

Oh céus, oh vida, oh azar!

 

Dona Kedima, cometi um erro! quero me confessar. Mais ou menos isto que Elza disse em seu desespero por ajuda.

Dona Kedima, que de boba não tem nada e já tinha a ficha completa de Elza, assim como, as suas impressões quanto ao ocorrido..deu um empurrãozinho para que elas se encontrassem.

Elza, bichinha, tá até atrasada pra encontrar com Yara! Eu também ficaria com medo. Só que há um agravante neste encontro: Yara está com fome e cansada! Pessoas com fome não raciocinam e ficam mal-humoradas. Já estava previsto que Yara não entenderia. 

Não era mais fácil Elza dizer que ficou com ciúmes ou que se sentiu traída...ao invés de dizer que presumiu que Yara tinha se corrompido? Qualquer uma se sentiria ofendida.

Yara se sente machucada e com razão...

 

Ô, meu pai!!! O clima tá tenso e a moça aparece toda hora pra empatar a conversa kkkk

 

...dureza, mesmo, você se mostrar pra uma pessoa e por algum motivo se sentir traída. Ajuda Afrodite!!

 

Só Machado pra desanuviar depois de um momento tenso rs e Goulart está com uma pulga atrás da orelha. E é pra ficar, mesmo, vu?!

 

Mas, como a vida nem sempre é uma laranja azeda, Yara, filha da terra, ouviu o chamado do seu coração e correu pro abraço!!! 

“Ô, meu rio Jordão...

Isso que é matar a saudade!!!

Muitas glórias e aleluias!!!

Ordem e Progresso!!!

Ó Pátria amada, idolatrada, salve! Salve!

 

Aleluia! As coisas estão melhorando!! 

Elza está feliz!! 

Está linda, leve e plena!!

Foi promovida a Capitã...tudo está dando certo, ô glória!!!

 

Agora é torcer pra que elas administrem bem a distância e que não haja nenhum embate entre Yara e Goulart, quando for apresentada por Elza.

 

 

 

 


Solitudine

Solitudine Em: 09/02/2025 Autora da história
Olá queridíssima!

Perdoe a demora em responder, mas cheguei! rs

Elza vive na defensiva e acreditou no improvável para se defender de um possível sofrimento. Yara sentiu a cipoada e também não quis pensar. Sorte que tivemos Alessandra e ya Kedima para dar uma forcinha. E, claro, Ítala tinha que se meter no meio, mas não deu liga para ela! kkkk

Goulart não é trouxa e, marcando sempre em cima de Elza como faz, estranhou que há algo no ar. Machado, como sempre, um romântico; e ele não vê problemas onde não existem.

Elza e Yara têm tudo para dar errado, mas também tudo para dar certo. Só depende delas.

Vamos ver como se sairão?

Some não, continue lendo! rs

Beijos,
Sol



Solitudine

Solitudine Em: 09/02/2025 Autora da história
Você gosta do vocabulário yaresco, não é? rs



Minh@linda!

Minh@linda! Em: 09/02/2025
Gosto kkkk
Fico feliz que você tenha voltado.


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PaudaFome
PaudaFome

Em: 01/07/2024

Que tudo elas querem tentar!!!! Amei!


Solitudine

Solitudine Em: 10/07/2024 Autora da história
Olá querida,

Elas querem o que descobriram ter encontrado: um grande amor!

Beijos,
Sol


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Femines666
Femines666

Em: 01/04/2023

Parei pra reler! Que capítulo gostoso!!


Solitudine

Solitudine Em: 08/04/2023 Autora da história
Eu também gostei muito de escrevê-lo! rs
Obrigada!
Beijos,
Sol


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Femines666
Femines666

Em: 01/04/2023

Você me mata nessa ciranda de emoções!!!


Solitudine

Solitudine Em: 08/04/2023 Autora da história
O objetivo não é matar vocês, mas fazer rodar nessa ciranda. A vida não é assim? ;P
Beijos,
Sol


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mtereza
mtereza

Em: 04/01/2023

Que capítulo delicioso adorei 


Resposta do autor:

Que bom!!!!!!!!!!

Continue aqui, pois ainda tem mais e um fresquinho postado hoje!

Beijos,

Sol

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Joabreu
Joabreu

Em: 20/12/2022

OMG que capítulo hot do jeito que eu fico loka!!!! Autora você faz umas coisas que o coração e outras partes entram em burn in!

Shippando direto elzyara+elzyara+elzyara!

Oh, glória! Lol 

BBS

Jo Abreu {}

 


Resposta do autor:

Ri em dobro. Juro!

Beijos,

Sol

Responder

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Joabreu
Joabreu

Em: 20/12/2022

OMG que capítulo hot do jeito que eu fico loka!!!! Autora você faz umas coisas que o coração e outras partes entram em burn in!

Shippando direto elzyara+elzyara+elzyara!

Oh, glória! Lol 

BBS

Jo Abreu {}

 


Resposta do autor:

kkkkkkkkkkkkkkkkkk

Vocês me divertem!

Obrigada, querida!

Beijos,

Sol

Responder

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Vanderly
Vanderly

Em: 20/12/2022

Sol meu bem!

Eu cheguei atrasada mas estou aqui cumprindo a promessa que fiz pra Laila.

Olha, a minha internet anda que nem preguiça, ou fica aquela brincadeira de "morto, vivo." Então acabei desanimando de postar comentários. E também fui convidada para escrever um conto de natal envolvendo as protagonista do meu romance "Por acaso um amor" aqui do Lettera, sem contar com outros afazeres; então o meu tempo ficou escasso.

Amei demais esse capítulo.

Feliz que essas duas sofridas se reencontraram e foi só glórias!

Ficou quente, quente por aqui dona Sol.

Abraços aconchegantes e fraternos!

Vanderly


Resposta do autor:

Olá querida!

Se você estava atrasada, imagine eu! rs

Laila pede para você vir comentar? Esta é minha amiga Lailinha querendo me deixar feliz!rs

Eu vi que teve o anúncio dos contos de natal! Parabéns por ter sido uma das selecionadas, porque só vieram as autoras de muito relevo! Tenho certeza que deve ter feito um trabalho lindo! Ainda não li mas não foi por inveja. Eu preciso me organizar para sanar as dívidas que tenho com as pessoas aqui, mas com maama doente minha vida, que já era corrida, virou de pernas para o ar. 

Foi só glórias? kkk

Fico feliz que tenha gostado do capítulo. Vieram outros e mais virão? Volte, viu? rs

Beijos,

Sol

Responder

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Zaha
Zaha

Em: 16/12/2022

Ia Habibti! Kif Al Hal?

Mama?

Tinha saudades....

Olha, fui escrevendo a medida que lia e usei sua própria forma de ir colocando os aconteciementos...foi menor esse texto....;(. Já sei...é cíclico....

 

Rio de Janeiro, estado de Rio de Janeiro

Ale é uma amigona e falou tudo que eu pensava e até falei sobre o lance do amor e medo de Elza no caps anteirior! Veja se ela ia ficar tao zangada e magoada, se nao sentisse nada?! Logo Elza...ela guarda muita mágoa e ainda pirou o ódio pelo partido comuna por que será??

Foi ogo concluindo e nao deixou Yara explicar..NO mais, o que ela nao sabe, é que Yara ia ser a presidente, ela nunca quis o poder e Elza ficou tao cega que nunca viu isso....álias, acho que Yara contou quando estava lá largada no meio da rua....cegueira é perceber o pecado de todos,meneos o seu!!

Goiania, estado de Góias

Kedima é outra que broca!! Mas parece que assim como Elza, Yara já se enfureceu e nao parou para relfetir tudo que passou naquele fátidico dia para Elza, uma mulher com tantas coisas dentro de si, ter reagido daquela forma tao fria. Que passou? A mesma reacao de Elza...Yara julgou falando de forma preconceituosa e vendo o de fora, quando ela tinha visto o de dentro, mas , assim como Elza, ela tá apaixonada...preferiu se focar, de novo, no partido! Porém, ela foi lá ver Elza, n pode fazer mais nada, ir atrás n seria uma opcao, Elza tem que tomar a atitude....

Uma confusao de sentimentos, medos podem embolar o meio de campo...Elza trocar favor, rairai, ela nem ligaria...e pq guardou esse presente...quem nao quer ver aqui o que rola?!! 

Vc fez foi uma " disgraca " Elza, foi isso! kkkkkkkkk. Mas teve humildade pra ir atrás, isso é muito!! Viu na surdina Yara e renata como se davam e já duvidou de seus atos e no final soube o que devia fazer!! Mas a coisa n é tao fácil quando erramos, temos que mostrar que mudamos e n vamos repetir a cada  momento o mesmo e viver desconfiando, é sofrido pros dois lados. Agora vc deve mostrar pra que veio...Yara tá p da vida, achou que ia pedir desculpas , ainda dps de tempos e ia ser fácil...Kedima vai ter travalho!!!

Yara botou pra fuder...veja só., um partido comunista com um prédio engomadinho? Totalmente oposto a seus idéais, seria hipócrisia ou se veria assim pro povo. Nao ia ajudar , ia prejudicar...

Kedima é uma viagem!!

"picando a mula?"

Yara e suas frases..."queima língua do fogo" aiai, cada frase, te contar!!

Sao José dos Campos, estado de Sao Paulo

Num guento com esse Machado, me pocando der rir mallllllllll!!!! Nao pode ir falando assim pela vida e n gostar de um cara desses...

Goiania, estado de Góias

Finalmente uma coisa boa, Elza e Yara tomaram juízo, dessa vez, Yara teve que agir...eita como se diz: Em uma relacao complicada" kkkkkkkkk

Eita, reencontro mais lindo, cheio de paixao e dps elas duas juntas e Elza toda dengonsa, achei até o capítylo 17 pra ver isso !! Hahahahaha. Elza...manhosa...hahahahahahaha. Capitao...adorooo toda durona e no amor, mais carinhosa!!

Agora, achei super a decisao delas, é difícil se relacionar por internet, sem falar, que nao poderao se ver muito, principalmente com Elza nos States...mas por outro lado é bom, vao se conhecendo, a internet nos dá a vantagem de podermos falar mais o que abunda em nosso peito do que ao vivo, que levaria mais tempo e ver o que realmente querem. Quando amamos, damos um jeito, mesmo que por internet seja complicado e muitos terminam se afastando, no caso delas, acho que será bom. Só me preocupa as desconfiancas de Elza...sinto que vai dar bagunca e aí que veremos se o amor aguenta...antes de tudo, deve existir confianca!!! Espero babados fortes....sobre que elas estao em lados opostos...bem, vi gente casada sendo espírita e outro católico e que nao aceitava o espiritismo, ela era e é presidente do centro, minha amiga e mami do coracao, mas tao juntos por muitos anos...ela tem uns 65 anos.....

Olha, amei mais dona Kedima...Libanes...bota espirtismo, bota Libanes e Sadiki fica feliz por demais da conta!!! Quando li o título, achei que ia botar só Latin, que gosto muito, mas vc fez minha sexta mais feliz ainda!!!!Vc sabe que me derreto toda por essas frases árabes tao linda e poéticas...vc sabe....

Melhor viver do que nao viver e ficar arrependido no final....

Recado pra galera:

Quando ela disser: Essa estória nao é tao grande...NAO ACREDITEM!!! Se leram Maya(7 TEMPORADAS) e O TAO, vao saber......."Convide" foi um aperitivo e "A Autora"  , n importa!! Mas foi pequeno tb.....Elza e Yara vao sofrer mt ainda!!! Amoo confusao amorosa!!!!

Beijinhos carinhosos


Resposta do autor:

Olá Lailíssima Sadikíissima Douradíssima!

Maama ainda está mal, infelizmente. Mas vamos superar isso, se Deus quiser!

Eita que o comentário veio todo estruturado! Essa é Lailikii!

Sim, Yara havia contado a Elza, quando se encontraram em Brasília, que ela renunciou à presidência do Comuna. Elza ficou realmente cega pela dor, pela mágoa e não pensou. Apenas agiu por instinto, como um animalzinho acuado.

Yara também saiu jogando pedra sem pensar muito. Foi ferida e aí agiu pelo instinto de preservar o coração. E nessa hora, mais julgamentos precipitados. Santa dona Kedima!

Renata não costuma trazer propostas boas para o Partido ou para somar aos objetivos do mesmo. Ela tem desejado sempre se favorecer e criar situações que a façam aparecer. Yara está lá para fazer o enfrentamento na hora certa! rs

Você gosta do jeito machadiano de falar, já percebi! kk

Depois de tantas decisões e arroubos, vejamos no que vai dar essa fase da saga Elza e Yara!

Você conhece a caipira: tem uma terrinha sempre aparece nos contos dela! kkk De uma forma ou de outra!

Uai, mas até agora não agi diferente do que comentei. Os capítulos de Maya e do Tao eram bem maiores que estes. Tempus Agendi, independente de quantos capítulos venha a ter, não será tão grande quanto Maya e Tao, com toda certeza!

Beijos caipirescos,

Sol

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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 16/12/2022

Nossa senhora penso que agora desenrola essas duas.


Resposta do autor:

Esse veio repetido. Outro beijinho para você e obrigada!

Sol

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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 16/12/2022

Nossa senhora penso que agora desenrola essas duas.


Resposta do autor:

Olá querida!

Obrigada por continuar acompanhando!

Vamos ver como estas duas se sairão frente a tantos desafios!

Beijos,

Sol

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Alexape
Alexape

Em: 15/12/2022

Lindo, quente e divertido! Sabe que eu tô começando a me apaixonar? Será,?

Até o próximo 


Resposta do autor:

Mais um! Então mais um beijinho para você!

Sol

Responder

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Alexape
Alexape

Em: 15/12/2022

Lindo, quente e divertido! Sabe que eu tô começando a me apaixonar? Será,?

Até o próximo 


Resposta do autor:

Eita, que saiu repetido! Mas é a vontade de comentar! rs

Beijos e obrigada!

Sol

Responder

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Alexape
Alexape

Em: 15/12/2022

Lindo, quente e divertido! Sabe que eu tô começando a me apaixonar? Será,?

Até o próximo 


Resposta do autor:

Olá querida!

Que bom que encontrou beleza, calor e diversão! Meta atendida! rs

Está se apaixonando por qual das duas? Cuidado que elas são ciumentas!

Beijos,

Sol

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Dandara091
Dandara091

Em: 15/12/2022

Alô autora!

Agora sim essas malucas falaram bonito. Na minha língua!

#valeualê

#kedimaeuteamo

#elza&yara

#meunegocioehmulhertenra

 


Resposta do autor:

Olá querida!

Estou feliz que vocês todas estejam falando a mesma língua! E vejo que Alessandra e dona Kedima estão na sua lista de amizades!

kkkkkkk Mas eu morro de rir com esses hashtags. Meu negócio é mullher tenra! kkkkk

Beijos,

Sol

Responder

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Young
Young

Em: 15/12/2022

Oi Solzinha!

Que lindo nossas queridas decidindo encarar todas as barreiras pra viver um amor que nasceu inesperadamente mas já tão intenso! Amor à distância é complicado mas eu acredito! Tanta gente mora junto e dá errado né?

Também me senti seduzida pelo clima das duas mas a cantada dessa Ítala nem me balançou! Doidinha, doidinha...

Beijos e volte logo!

Young Cy 


Resposta do autor:

Olá querida!

De fato, apesar das dificuldades dos relacionamentos à distância, você disse muito bem: tanta gente que mora na mesma casa e o trem desanda!

kkkkk Vejo que a cantada de Ítala foi uma unanimidade! Mas fico feliz que Elza e Yara tenham te "seduzido".

Voltei. Depois Samira posta um capítulo novo por mim.

Obrigada por estar acompanhando!

Beijos,

Sol

Responder

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Seyyed
Seyyed

Em: 15/12/2022

Cararra caipira gostei das decisões das gurias! E elas foram com sede ao pote Ui, Ui, Ui que delícia! Mas tu é louca de qualquer forma! Que porra de cantada? Hahaha E Machado pra dar uma notícia puta merda! Elza morre sem saber que foi promovida! Hahaha Capítulo nota 1000!


Resposta do autor:

kkkkkkkkk Que bom que a sede ao pote a deixou empolgada!

Eu sou louca? Ítala que fala os trem doido e eu que levo a culpa? rs

kkkk A narrativa machadiana é meio incomum. Não sei se Elza desvendaria aquela mensagem!

Obrigada!!!!!!

Beijos,

Sol

Responder

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Irina
Irina

Em: 15/12/2022

Kotinha!!

Capítulo deveras maravilhoso! Fizeste meu dia mais feliz! Estou a amar este conto! Obrigada por manter-nos em dia com Elza e Yara apesar das vossas dores familiares. Em oração por vós!

Com estima,

Irina


Resposta do autor:

Olá querida!

Obrigada por esse retorno tão carinhoso!

Está sendo difícil, mas vamos em frente!

Obrigada pelas orações! Agradeço de coração!

Beijos,

Sol

Responder

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Samirao
Samirao

Em: 15/12/2022

Amoreeee essas minhas crises de identidade tão acabando comigo. Esqueci a senha de Samirao de novo do you believe me? Huahuahua  Mas vamos ao CAPS que eu achei muito fofura!!! Alê sempre dá umas situadas na Elza que adoro ! E dona Kedima também esbanja sabedoria mas essa mulherada é foda E eu adorei que Elza fosse atrás da Yara e presenciasse o quebra pau! No fim adorei ver Yara chegando cheia de vontade e as duas pegando fogo ??”? 

Habibem agora conta no meu ouvidinho que cantada cachorra foi aquela?? Mulher tenra? Huahuahua E Elza chegou a capitão pra deixar Machado ainda mais doido huahuahua bjuss


Resposta do autor:

kkkkkkk Quem manda ficar inventando tanto trem?

Que bom que o capítulo te pareceu fofo!

Eu sei que você gosta de atitudes como a que Yara teve ao final! Expectativas samirescas e cinematográficas! rs

Uai, eu não tive culpa que Ítala apelou tanto! Cada uma joga com o que tem, uai! rs

Machado fica doido! Mas ele sonha alto. Já está pensando no Comando da Força! rs

Beijos,

Sol

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Mille
Mille

Em: 15/12/2022

Oi Sol 

Graças a Ale Elza pode conversar e se entender com a Yara.

E a distância vai fazer as duas se unir e logo espero que Elza se revele a família que a Yara é mais que uma amiga. 

E talvez Goulart já desconfie só o sr Machado que esteja inocente e sonhador para não enxergar. 

Ri muito com a chegada da Itala kkkkk a mulher doida para pegar a Elza e elzinha apaixonada pela Yara só não admite. 

Bjus e até o próximo capítulo 


Resposta do autor:

Olá querida!

Alessandra sempre faz com que Elza pare e pense. Nem sempre funciona mas dessa vez deu certo! rs

Vamos ver como será esse processo de Elza para sair do armário. Se ela for igual a essa caipira aqui, tá lascado! kkk

E vamos ver como a família da nossa militar vai se comportar!

Ítala ficou doida com Elza, mas não deu para ela, coitada!

Beijos e obrigada por vir sempre!

Sol

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