Capitulo 3
Pov Samantha
Saí batendo a porta sem me importar com nada, estava frustrada por ter sido deixada de plantão esperando Raquel chegar do seu encontro, qual minha surpresa em acreditar nela, achando que viria para casa ficar comigo e nossa filha. Bati a mão no volante dando partida, senti uma lágrima escorrer pelo meu rosto e limpar com raiva. Parei poucos minutos no restaurante que havia marcado com Lucy, ao adentrar encontro-a sentada em um canto, quando me ver logo desfaz o sorriso e franze o cenho.
- O que aconteceu? – Perguntou preocupada ao me ver com um semblante sério, aposto que havia percebido que estava chorando.
- Raquel, saiu com o novo namorado e não voltou mais cedo para casa. – Falei e bati na mesa assustando Lucy. – Droga, como sou burra, sempre confiando que ela vai gostar de mim de verdade e só me decepcionando. – Lucy pegou em minha mão.
- Relaxa amiga, vai ver ela nem estava com ele, quem sabe falou isso só para te provocar, hoje cedo não parecia que ela estava tão indiferente a você. – Falou me dando um sorriso sapeca. Lembrei de mais cedo, do nosso quase beijo mas logo voltei a ficar séria.
- Não importa mais Lucy, eu disse uma coisa para ela que provavelmente nem vai me olhar na cara. – Falei sentida e ficando brava comigo mesma por ter agido sem pensar.
- O que você disse Sam? – Perguntou curiosa e suspirei, fiquei alguns minutos em silêncio.
- Disse a ela que nunca iríamos ter nada e que éramos irmãs, que para ela tirar isso da cabeça.- Falei por cima e Lucy me deu um tapa na cabeça. – Ei doeu! – Gritei e algumas pessoas nos olharam.
- Cara como você é lesada Samantha, eu deveria te dar uma surra as vezes. – Lucy estava indignada e eu sorri fraco.
- Foi ruim não é. – Falei abaixando a cabeça.
- Foi ruim não amiga, foi péssimo. – Falou me deixando sem saber o que falar. – Amiga eu amo você e vou te dar um conselho, não fica se correndo sobre você serem da mesma família, Sam George te trouxe para você ajudar Raquel, mas não quer dizer que você tem que agir como se fosse irmã dela, coisa que vocês não são, aposto que ele iria ficar muito feliz de ver vocês juntas. – Falou e eu sorrir aberto, lembrar do velho George me dava nostalgia, adorava aquele coroa.
- Eu vou tentar concertar isso com ela. – Falei por fim.
- Espero mesmo, ainda quero ser madrinha de vocês. – Sorriu e eu fiquei feliz por ter a escutado.
Ia me levantando até sentir um braço tocar em meu ombro e ver quem era, qual minha surpresa de ver Melissa Hastings novamente, ela estava usando uma calça apertadíssima, um top branco mostrando boa parte de seu abdômen definido e seus cabelos soltos caiam em cascatas. Ela sorriu para mim e retribuir me sentindo estranha.
- Que surpresa boa Samantha Franchetti. – Falou me dando um beijo no rosto.
- Olá Melissa, essa aqui é minha amiga Lucy. – Falei sem graça e vi Lucy levantar para ir comprimento ela e vi seu olhar para mim. – Melissa foi quem achou Chiara para mim Lucy, a danadinha estava tomando um sorvete. – Expliquei e ela acenou para mim entendendo a situação.
- Aquela menina é uma graça, amei ter a conhecido. – Melissa disse de um jeito doce.
- Sim, Chiarinha nos deixa de cabelos brancos. – Falou Lucy e começamos a rir.
- Então meninas eu estava aqui de passagem, mas e você já vão embora? – Perguntou simpática.
- A iríamos sim, mas se tiver uma sugestão de onde podemos ir daqui? – Perguntou Lucy sugestiva e eu quis mata-la ali, lancei um olhar mortal e ela deu de ombros me ignorando.
- Bom se vocês quiserem um lugar mais agitado, está tendo um baile na favela, podemos ir para lá beber um pouco quem sabe? – Falou sugestiva me danado um olhar de segundas intenções.
- Claro, amo esses bailes, podemos acompanhar você não é mesmo Sam? – Perguntou me olhando com cara de cachorro pidão, eu revirei meus olhos, não queria ir a nenhum baile, mas se fosse para casa iria ter que enfrentar Raquel e não estava pronta ainda.
- Ok, vamos a esse tal baile. – Falei convencida e Lucy pulou de alegria, mas antes sussurrei um “depois te mato” quando passou ao meu lado.
Seguimos para a favela e cara estava super lotada, vi muitas pessoas usando todo tipo de drogas, alguns armados apontando para cima, estacionei na única vaga que tinha disponível ali e avistei na portaria Pietro, um de nossos fornecedores e compradores.
- Samantha Franchetti, o que faz na minha casa? – Perguntou me dando um sorriso amarelo, aquele homem era repugnante. – E ainda por cima sem a patroa por perto. – Falou e eu quis matar ele naquele momento, meu sangue gelou quando Melissa me lançou um olhar intrigado.
- Não estou aqui a negócios Pietro, quero apenas me divertir. – Falei fria e ele se calou colando suas mãos para cima em sinal de que havia entendido.
- Podem entrar, tem um camarote vazio, pode ficar com ele por minha conta. – Falou puxando o saco e eu assenti entrando na casa.
- O que aconteceu lá atrás? – Melissa me perguntou alto no meu ouvido por causa da música que estava alta.
- Longa história! – Gritei para ela e sorrir, ela retribuiu sem fazer mais perguntas.
No meio da noite já estávamos super altas, Lucy dançava com algumas meninas, Melissa estava sentada no meu colo no sofá vermelho de frente para a grade, conseguia ver todo movimento da pista de dança, mas não prestava muito atenção por conta dela estar me provocando, mordendo minha orelha e falando algumas coisas sujas que queria fazer comigo. Aquela noite não poderia melhorar, por hora tinha esquecido totalmente Raquel e estava curtindo o momento com uma estranha sentada no meu colo e dando uns amassos gostosos, ela me beijava de um jeito safado mordendo minha boca, eu apertava sua bunda, estava excitada e queria aprofundar mais aquela noite, mas algo me chamou atenção antes de tomar iniciativa. Olhei para a pista de dança sem acreditar no que estava vendo, parecia que via uma alucinação por conta do teor do álcool que havia bebido.
- Ei Sam, está vendo ali? – Perguntou Lucy alto se escorando na grade rindo da situação.
Me levantei rápido quase derrubando Melissa no chão e ignorando seus protestos. Lá embaixo estava Raquel caminhado para pista de dança com Rafael seu amigo de longa data, segurando em sua mão o puxando para irem para o meio, ouvi a música ser trocava e uma melodia conhecida por mim tomar conta do ambiente. “Não ela não vai fazer isso!” pensei vindo flashes de uma outra vez que vi Raquel dançar aquela música em uma boate que frequentamos.
Hot blood is running in my veins
(Sangue quente toca minhas veias)
Assim que o cantor começou a cantar, Raquel abriu espaço entre todos e me encostei na grade, por um breve momento vi seu sorriso convencido de longe para mim, “Maldita”, pensei desacreditada que ela realmente iria dançar na frente de todos.
When i touch your skin
Quando eu toco sua pele
Agarrei a barra com força quando Rafael se encostou nela por trás passando suas mãos lentas pelo seu corpo.
Cause you’re my pleasure
Por que você é meu prazer minha dor
My pain and my medicine
E meu remédio
I want you stay
Eu quero que você fique
Ela se encostou mais nele se curvando em seu corpo me deixando fervendo de raiva, passou suas mãos em seu rosto quando ele encostou na curva de seu pescoço.
When the sun goes down
Quando o sol se põe
Deu uma rebol*da de um lado para o outro mordendo a boca, me senti quente com aquele ato.
Oh baby you eyes shine ass brighter as the star
And i know we’ll be sinners that the saints
Oh querida, seus olhos brilham como as estrelas
Eu sei que seremos pecadores do que santos
Se abaixou indo até o chão rebol*ndo em cima dele e subiu jogando os cabelos para o lado e de relance ela sorriu para mim em desafio e meus olhos queimaram, “a maldita estava me desafiando em ir até lá!”
don’t get me wrong
não me entenda mal
Rafael a vira com tudo chocando seu corpo no dela e começa a curva-la e cheirar seu pescoço, “maldito!”
But i don’t like promises
Light me up like a cigarette, oh baby
Eu não gosto de promessas
Me acenda como um cigarro, oh querida
Ele a subiu novamente colando seus corpos em uma dança lenta roçando sua coxa na dela, senti minha cara ferver de ódio, era eu que queria estar no lugar dele.
Don’t get me wrong
Não me entenda mal
play me like a violen
Toque violino para mim
You know the sweetest melodies
Você conhece as mais doces melódias
I wanna do bad things with you
Eu quero fazer coisas ruins com você
Eles continuaram naquela dança sensual, Rafael passando as mãos sensualmente no corpo de Raquel, até ele a agarrar com força contra seu corpo e puxar sua perna até no meio da sua coxa bem lentamente, seus rostos ficaram colocados, aquilo estava me deixando em brasas de fúria por vê-lo tocando na minha garota daquele jeito, com um ato vi sua mão subindo lentamente até embaixo do vestido apertado dela revelando o coldre com a arma e apertar sua bunda.
Foi o auge ver tudo aquilo, em um ato de fúria me virei indo em direção as escadas e senti alguém agarrar meu braço, apertei minha mão forte e olhei para trás para ver quem era e suspirei fundo ao ver Melissa me analisando.
- Vai onde? – Perguntou ainda me segurando, então puxei meu braço sem paciência.
- Vou atrás da minha querida “irmãzinha”.- Falei antes de me virar e sair às pressas pela escada.
Passei pela multidão enlouquecida, abrindo passagem entre as pessoas, acabei tomando alguns banhos de bebidas por conta do amontoado de gente pela frente, mas ignorei a todo momento queria chegar o mais rápido possível até o bar onde Raquel estava tomando vários goles de uma bebida que não consegui identificar de longe. Assim que cheguei atrás dela vi Rafael arregalar os olhos e pronunciar um “Fudeu!”, depois de cuspir um pouco de bebida se engasgando.
- Sam! – Gritou ela se virando para mim sorrindo, vi que já estava alegre. - O que faz aqui? – Perguntou fingindo que não tinha me visto lá de cima.
- Eu que te pergunto Raquel. – Rosnei nervosa a ela e percebi que não havia nem se abalado. – Vamos embora, não era para você estar aqui! – Falei pegando em seu braço, mas ela acabou se soltando de mim nervosa.
- Me solta Samantha, eu não sou nenhuma criança! – Gritou colocando as mãos na cintura, algumas pessoas viraram para nos olhar.
Olhei em volta nervosa com a atenção que havíamos ganhado, podia ver faíscas de raiva sair dos meus olhos quando a encarei novamente, senti uma veia saltar e respirei fundo, me abaixei peguei-a pelas coxas jogando em meus ombros, agradeço sempre por todo o treinamento que faço na academia dar resultado, pois não senti nenhuma dificuldade em carrega-la, ouvi vários gritos de pessoas a nossa volta, aplaudindo e rindo da cena. Raquel me xingava e se debatia nos meus braços quando comecei a carrega-la para fora até onde estava o meu carro, Rafael vinha atrás dando risada de sua cara.
- Eu te mato sua filha de uma...- Gritou me socando e parei abruptamente dando um tapa em sua bunda que a fez ferver de raiva.
- Fica quieta Raquel, já fez demais hoje. – Falei e a desci dos meus braços.
Ela veio em minha direção como furacão me dar um tapa na cara mas fui mais rápida alcançando sua mão e segurando, prensei seu corpo no carro a impedindo de se mover, seus lábios se abriram em espanto, se Raquel pudesse me matar apenas com os olhos poderiam, assim como sabia que tinha muitas pessoas que temiam aquele olhar dela, mas eu era a única pessoa que a enfrentava de igual para igual. Sustentamos aquela guerra silenciosa por alguns instantes até eu soltá-la e me virar para Rafael.
- Rafael leve Lucy para casa para mim. – Dei a ordem lhe lançando um olhar gélido que o fez engolir em seco.
- Mas... – Tentou falar mas eu levantei a mão para que ele não falasse nada, queria dar um murro bem no meio de seu nariz, mas por conta da amizade que tinha com Raquel resolvi deixar aquele assunto para depois.
- Depois conversamos, irei levar Raquel para casa. – Disse sem rodeios.
- E quem disse que quero ir com você? – Perguntou me desafiando cruzando os braços.
Olhei para ela séria e meus olhos caíram para seus seios que saltavam no decote do seu vestido, minha boca encheram de água naquele momento, uma vontade de provar tomou conta do meu corpo que chega estremeci com aquela possibilidade. Percebendo para onde estava olhando, Raquel descruzou os braços e começou a ficar sem graça, seu rosto estava vermelho e curvei meus lábios em um pequeno sorriso e fechei meus olhos para não me sucumbir a vontade de agarra-la ali mesmo.
- Ande, entre no carro. – Falei caminhando até o carro, mas ela nem se moveu do lugar. – Não me faz perder a paciência Raquel! – Gritei e ela bufou de raiva e entrou no carro. “Diacho de mulher irritante!”.
Raquel permaneceu brava o caminho todo que fazíamos, não ousei trocar uma palavra, porém queria saber o que se passava em sua cabeça por ter feito todo aquele show.
- O que foi fazer naquele lugar? – Perguntei séria assim que paramos no farol, ela me olhou de canto de olho.
- Agora você quer saber alguma coisa de mim Samantha. – Seu tom era frio e irritado, mas não me abalei por aquilo.
- Sempre vou querer saber Raquel, você e Chiara são minha responsabilidade, já disse isso uma vez. – Falei a analisando, então ela suspirou e deixou cair seus ombros. – Prometi ao seu pai que manteria você segura, mas agindo assim não tem como fazer isso, ainda mais andando com uma dessas. – Peguei em sua perna e ela se assustou e puxei rápido a arma que escondia no coldre a jogando no porta luvas.
- Eu não sou nenhuma criança Samantha, sei me cuidar muito bem, nunca pedi para você prometer nada a ninguém! – Falou do jeito mais frio possível, queria que aquilo não tivesse me atingido, mas atingiu.
Eu sei que a magoei mais cedo, mas precisava fazer aquilo para me convencer da verdade, só que nunca pensei que a verdade doía tanto. Amava aquela mulher como nunca amei outra, tudo que fazia por ela não era somente por gratidão ao seu pai, mas por ser ela, por querer estar sempre com ela. Não estava nos meus planos me apaixonar por Raquel Antonelli Franco, porém o destino é um filho da puta as vezes.
Chegando em casa estaciono o carro na porta, Raquel havia adormecido por conta do teor do álcool que havia tomado, vendo-a daquele jeito dei um pequeno sorriso, seu cabelo estava um pouco caído no rosto e tratei de tirá-lo, quem via a cena a minha frente acharia que era um anjo dormindo. Saí do carro dando a volta e abri o carona, tentei acorda-la, porém ela só resmungou então suspirei e a peguei no colo, senti seus braços rodearem meu pescoço e seu rosto descansar na curva do meu pescoço, senti um arrepio ao sentir seus lábios quase próximos e sua respiração calma.
- Aconteceu alguma coisa senhora Franchetti? – Perguntou a governanta Martha espantada ao ver Raquel desmaiada nos meus braços assim que passei pela porta de entrada.
- Não Martha, ela só está dormindo. – Expliquei sem graça e ela suspirou aliviada. – E Chiara? – Perguntei querendo saber da minha pequena.
- Dormindo ainda, ela chamou vocês, mas como dona Raquel disse que ia demorar fui vê-la algumas vezes, mas tá tudo bem. – Falou e eu sorrir para ela concordando.
- Obrigada Martha, pode se retirar que eu assumo daqui. – Falei doce para ela e ela deu um sorriso e veio beijar meu rosto que me fez ficar espantada.
- Dona Raquel tem sorte de ter você menina. – Disse antes de sair me deixando sem reação.
Subi com Raquel até seu quarto a depositando em cima da cama, tirei seu vestido com cuidado ignorando as reações do meu corpo que fervia ao contemplar cada detalhe de seu corpo semi nu, desafivelei o coldre e guardei, tirei suas sandálias agulhas e a cobri com um lençol fino. Ela se remexeu na cama se aconchegando e sorrir pensando em como uma pessoa conseguia me levar do céu ao inferno em pouco tempo, me curvei e dei-lhe um beijo na testa demorado e fiquei imóvel por alguns segundos quando ela pronunciou umas palavras sonolentas, meu coração errou uma batida, comecei a suar quando escutei um: “Eu te amo Sam”.
- Isso Sam...Mais rápido! – Gem*u me deixando fervendo de tesão.
Ela rebol*va gostosamente em meus dedos me levando a loucura, seus gemidos em minha orelha me deixavam arrepiada querendo mais e mais dessa mulher, quando estava chegando no meu limite, acordei. Tentei me situar para saber onde estava, olhei em volta e percebi que tudo não se passava de um sonho, tirei minha mão rapidamente de dentro da minha cueca e sai disparada para o banheiro.
“Merda estava sonhando com ela!”, pensei e passei uma água no meu rosto me olhando no espelho, Raquel estava me tirando do eixo, até sonhar que a estava fodendo sonhei, além disso ainda me masturbei dormindo, minha cueca estava em estado lastimável. Tomei um breve banho com meu corpo em brasas por conta do meu sonho erótico, nem banho gelado estava resolvendo, então vesti um top e apenas minha calça moletom e fui direto para a academia que ficava no andar de baixo. Dei graças a Deus que não encontrei ninguém pelo caminho até lá, não estava com cabeça para perguntas, ou até mesmo conversar, só queria despejar minha tensão dando uns socos e correndo na esteira.
Comecei a arrumar tudo colocando meus fones e ajeitando minhas luvas, fechei meus olhos me alongando, movendo meu pescoço de uma lado a outro por conta dos meus músculos que estavam rígidos. A música começou a tocar e dei um soco leve, depois outro e em seguida fui aumentando a intensidade, meus olhos se fecharam com a minha mente divagando lembrando de Raquel dançando a noite passada, seus movimentos sensuais me deixando novamente em brasa, “Que mulher do caralh*!”, pensei socando com mais força o saco sem parar, nunca tinha tido aqueles pensamentos eróticos e nem aquela vontade que tive de fode-la naquele exato momento que começou a rebol*r gostosamente em cima de Rafael, soquei mais forte ao pensar nisso, ela estava se exibindo descaradamente, sabendo que podia me afetar e mesmo assim fez, como que eu queria ter ficado no lugar daquele maldito. Corri na esteira que nem uma louca, meu suor banhava minha testa, meus seios estavam ensopados, algumas gostas escorriam no meu abdômen definido, peguei minha garrafa de água e levei a boca que estava seca, apertei meus olhos tentando não pensar nela novamente e parecendo força da mente quando os abri quase caí da esteira encontrando ela parada na porta me observando de braços cruzados.
- Porr*! – Xinguei me segurando no braço para me firmar e desliguei a máquina.
Peguei minha toalhinha e fui caminhando secando o suor sem deixar de olha-la, ela foi se aproximando de mim lentamente, seus olhos em uma tonalidade escura, percebi que me olhava com desejo, me avaliando de cima a baixo, demorando descaradamente em meu abdômen e meus seios, curvei meus lábios em um sorriso de canto percebendo os efeitos que lhe causavam.
- Está gostando do show? – Provoquei-a e ela desviou seus olhos começando a brincar com as mãos.
- Não te vi no café hoje. – Falou baixo com a voz trêmula brincando com os dedos.
- Acordei cedo e vim treinar, precisava esfriar a cabeça. – Disse a observando e ela me olhou, abriu a boca várias vezes para falar algo, mas sem êxito veio correndo me abraçar, fiquei estática no lugar.
- Desculpa por ontem, sei que agi de forma imprudente. – Raquel fungou e meu coração se apertou, ela estava chorando. Então amoleci meu braço e a puxei mais apertado.
- Tudo bem raio de sol, já passou. – Falei suspirando e sentindo me apertar mais forte.
Vê-la frágil daquela forma cortava meu peito, sentia que sempre que isso acontecia, a ver chorar ou se machucar, algo em mim se partia, como se fossemos uma só, como se Raquel fosse meu calcanhar de Aquiles e tudo isso me deixava apavorada, nenhuma mulher me fez sentir tudo aquilo em toda minha vida. Beijei o topo de sua cabeça e os cheirei como se fosse um calmante para toda a confusão que existia na minha mente naquele momento, ela se afastou um pouco e olhou para minha cicatriz que tinha no abdômen e fiquei tensa.
- Ainda dói? – Perguntou e me afastei dela indo pegar uma blusa que tinha deixado ali me vestindo rápido.
Não estava afim de falar sobre aquilo, meus pesadelos de toda noite sempre vinha a tona quando me lembrava daquela maldita cicatriz e tudo que ela representava, principalmente todos os maltrato que recebi antes de vir morar com os Antonelli. Fui pegando minhas coisas e ela se aproximou tocando em meu braço me fazendo parar e a encara-la, seus semblante era preocupado e curioso, nunca toquei naquele assunto com ninguém, nem mesmo com ela que era minha melhor amiga, sabia que poderia confiar, porém não era algo que conseguia me abrir assim tão fácil, respirei fundo.
- Não quero falar sobre isso. – Falei séria tentando encerrar.
- Você precisa se abrir Sam, não pode viver com isso para sempre, isso só vai... – Falou mas logo parou quando gritei e passei minhas mãos no cabelo nervosa.
- Raquel para! – Gritei e ela se espantou. – Não me force a fazer isso, não quero falar sobre elas, tente respeitar por favor. – Falei amenizando o tom.
- Ok, só queria entender, achei que você se abririam comigo. – Tentou, analisei a situação. – Eu sou sua melhor amiga Sam, sabe que pode contar tudo para mim. – Encarei ela e me aproximei dando um beijo em sua bochecha.
- Obrigada raio de sol, mas não estou pronta ainda para falar sobre isso, quem sabe um dia. – Falei caminhado até a porta e me virei. - Sabe Raquel tem coisas que devemos deixar no passado morto e enterrado.- Sai de lá a deixando sozinha.
Quem sabe um dia poderia contar toda a minha história para alguém, até mesmo a parte que fui espancada e quase morta por uma suposta mãe que tive, tudo por culpa de um drogado que ela colocou dentro de casa.
Fim do capítulo
"Olá garotas, espero que tenham tido um ótimo final de semana, hoje trouxe mais um pouco dessas meninas para vocês, espero que gostem do capítulo, bjo ótima semaninha."
* Música: Emo-Promisses*
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Marta Andrade dos Santos
Em: 24/05/2022
Essas duas não se decide kkkkkk
Resposta do autor:
" Kkk aguenta coração, quem sabe elas não se decidem logo, estou ansiosa também."
Dressa007
Em: 23/05/2022
Opa Capítulo novo eba ... a cada dia está ficando difícil para essas duas esconder o que sentem uma pela outra... quero só vê até onde vai isso... autora parabéns pela história estou acompanhando e amando a cada capítulo...
Resposta do autor:
"opaa minha querida, confeço que também estou adorando, logo mais vamos ter novidades dessas duas!"
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FernandaM
Em: 23/05/2022
Olá, tudo bem? Estou amando o romance. Por favor continue com essa historia linda
Resposta do autor:
"Olá Feh tudo sim e com vc? Que bom que está gostando, irei fazer o máximo para conseguir postar mais capítulos para vocês, obrigada por estar acompanhando a história das minhas meninas."
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