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Fique por Leticia Petra

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Palavras: 4560
Acessos: 4299   |  Postado em: 10/05/2022

Capitulo 24 - Perdidas de amor.

 

      Notei a mudança na expressão de Marina, ela não tirava os olhos de Duda e Patrícia, que sentaram lado a lado. Eu imaginava o desconforto que ela estava sentindo, busquei os olhos da Zoe e ela também havia notado.

— Você é a dona do restaurante onde a minha filha trabalha. Você é tão novinha, quantos anos tem? – Minha mãe perguntou.

— Tenho vinte e dois, o restaurante é um empreendimento com uma socia. – Patrícia sorriu. — Sempre foi um sonho nosso.

— Acho que conheço os seus pais, eles fazem parte do clube de caridade Senhora Luna, não é? – Meu tio perguntou.

— Sim, eles fazem parte há anos... inclusive, estão organizando um leilão para breve.

Fiquei de pé, indo até a Zoe.

— Deveríamos fazer algo? – Perguntei a ela.

— A Marina parece muito desconfortável. Desde quando elas estão juntas? – Zoe perguntou baixinho.

— Não estão, ainda não... – O meu coração apertou por minha irmã. — Vou chamar a Marina pra me ajudar na cozinha ou algo assim...

— É uma ótima ideia, meu amor. – O tratamento carinhoso me fez sentir a face arder. — Fico aqui fazendo sala enquanto isso.

— Obrigada, amor. – Senti vontade de beija-la, mas me contive.

Zoe me encarou e sorriu apenas com os lábios.

— Vai logo... – Não contive o sorriso também. – Depois me conta.

— Fofoqueira. – Ela deu de ombros.

— Culpada. – Era tão incrível estar com ela.

— Te amo... – Me afastei, sem esperar por uma resposta.

Discretamente fui até a minha irmã, inventando uma desculpa para leva-la até a cozinha.

— A sua chefe e a Duda? É sério? – Marina passou a andar de um lado para o outro. — Eu sei, eu sei que fui uma tremenda escrota com ela, eu a mandei ir embora, então por que me sinto assim? Que merd*!

— Porque você gosta dela, porque tá apaixonada. – Marina parou no meio da cozinha.

— Eu nunca gostei de mulher, Oli. Como agora... agora eu...

— E por que não, Marina? Qual o seu medo? – Ela sentou, afundando a face em suas mãos.

— Tenho medo de um dia acordar e isso não ser o que quero pra vida. – O desespero em seu tom era quase palpável. — Não quero machuca-la ainda mais. Sinto tantos sentimentos controversos, que estou quase pirando.

— Então tenta ficar feliz por ela estar com outra pessoa, pessoa essa que não tem medo ou dúvidas. – Minha irmã me encarou. — Se tem medo de machuca-la, então só se afasta, Marina.

Minha irmã abraçou o próprio corpo.

— Nesse momento, um sentimento egoísta me cega, eu sei que você tem razão. – Ela suspirou. — Eu queria ser forte como você. Como você e a Zoe.

— Não é questão de força e sim de saber que o amor pode se mostrar de várias formas, corpos e gêneros. O amor não tem gênero, Marina. Você deveria tentar ser menos dura consigo mesma.

— Filhas?

Marina mudou sua expressão em imediato.

— Oi, mãe. – Sorri.

— A Zoe me disse que tem um vinho maravilhoso aqui e bem, vim busca-lo. Acho que merecemos um pouquinho de distração. Aquela sua chefe, ela é um amor de pessoa. Maria e ela estão juntas? Formam um casal bonito. – Minha mãe mexia no armário, enquanto nos bombardeava, alheia ao que se passava.

Olhei para Marina.

— Elas estão se conhecendo, mãe. A minha chefe é realmente uma pessoa muito boa e está muito interessada na Duda.

Minha irmã virou o rosto.

— Ainda bem, pois a Maria merece alguém assim. Ah, filha...

Ela virou com o vinho em mãos.

— Sim, mamãe?

— Não pude deixar de notar que a Zoe te chamou de amor. – Senti a minha face esquentar. Ambas me encaravam. — Vocês estão juntas, filha? Me diz que sim.

A minha surpresa foi tremenda, o tanto que a minha mãe mudou era surpreendente.

— Não sei ainda o que temos. – Coloquei a minha mão sobre o meu braço, apertei e não evitei o sorriso. — Mas a gente se ama, mãe.

A olhei e o sorriso em sua face me fez relaxar.

— Eu fico muito feliz, minha filha. Sabe, notei o quanto a Zoe mudou e como ela te trata tão bem. É como se ela te venerasse, filha... – Senti um friozinho no estomago. — E toda mulher deveria ser tratada assim. Os olhos de vocês brilharam quando se olham.

Mordi o meu lábio.

— Eu mais que apoio, nós apoiamos, não é Marina? – Mesmo naquela situação, mesmo com suas indagações, minha irmã sorriu.

— A chata da Zoe te ama de verdade, tenho certeza que ela vai te fazer muito feliz.

— Não sabem o quanto é bom ouvir isso. – Abracei a minha mãe e fiz um gesto para Marina se aproximar. — Obrigada.

— Sabe, quando a Zoe me disse que sempre foi apaixonada por você, fiquei muito surpresa. – Franzi o cenho.

— Espera... como assim sempre? – Ergui as sobrancelhas, pega desprevenida.

— Na fazenda, ela me disse que é apaixonada por você desde a adolescência.

Zoe...

— Eu sou completamente apaixonada por você.

— Por que só agora?

— Há muitas coisas que eu queria falar, Olivia, mas acho que vou guardar pra mim outra vez...

Então foi isso que ela quis dizer naquele dia.

“Por que você não me contou?”

— Eu... eu não sabia. – Passei a minha mão sobre a cabeça.

— Acho que vocês têm muito o que conversar, filha...

Agora muitas coisas fazem sentido.

— E filha, evito pensar nisso, mas estou muito aliviada que esteja bem. Quando me informaram do que aconteceu, eu...

— Não, mamãe, não pense nisso. Eu estou bem, logo isso vai ter um fim...

— Tá tudo bem por aqui? – Zoe surgiu na porta.

— Tá sim, norinha... – Minha mãe soltou essa perola.

Zoe ergueu as sobrancelhas, mas logo um sorriso bonito surgiu em sua face. Eu queria enterrar a minha cara no chão, entretanto foi bom ouvir aquilo.

— Vamos pra sala... – Marina nos chamou.

      A conversa ficou uma pouco mais leve, Iris e Ben voltaram a sala. Marina se manteve em silencio, evitava olhar para Duda. Caio chegou um pouco depois, me deu uma bronca de vários minutos. Patrícia me liberou do trabalho, até o Fábio ser preso. Confesso que senti vergonha, não queria que ela soubesse sobre esse lado podre da minha vida.

      Era 21:00hrs, quando eles deixaram o apartamento da Zoe. Minha mãe me “ordenou” que ficasse ali. Não precisamos dizer nada, todo eles perceberam que nós estávamos juntas.

“Sou um sogro muito sortudo.”

Foi o que o meu tio me disse antes de ir.

— Queria ter vindo antes, mas como a sua família estava toda aqui, fiquei um pouco envergonhado. – Caio arrumava a colcha de cama.

Estávamos no quarto de hospedes.

— Não se preocupa, eu entendo totalmente. – Ele dormiria ali, a convite da Zoe.

— Você e a sua deusa finalmente se acertaram? Eu fico muito feliz. Bernardo já me mandou inúmeras mensagens sobre. – Sorri. — A Yuna, você falou com ela?

— Recebi algumas mensagens, conversamos um pouco, mas eu não disse que a Zoe e eu estamos juntas. Vou fazer isso pessoalmente...

— Eu fiquei muito preocupado quando soube... – Franzi o cenho.

— Foi horrível, Caio, me senti tão impotente... ele tinha tanto ódio no olhar. Ele disse que sabia da Zoe e de mim. Foi muito ruim... – Caio me abraçou. — Ele é um monstro.

— A polícia vai pega-lo e esse pesadelo vai acabar, Oli. Graças a Deus, vocês duas estão bem e agora vão poder viver esse amor. – Suspirei, me agarrando a ele.

— Toc, toc... – Iris surgiu na porta.

— Entra, deusa das pinturas... – Caio e ela já estavam familiarizados.

Os dois pareciam até almas gêmeas.

— Vou por uma roupa. – Eu ainda estava de roupão, depois que tomei banho. — Vamos jogar baralho?

— Stripper poker? – Rolei os olhos.

— Não, Caio, você não vai ver a minha mulher de peças intimas. – Iris gargalhou.

— Viu só, Iris? Já é ‘minha mulher’.

— Sempre foi... agora é oficial. – Me gabei.

— Essa noite, depois do baralho, você vai sentir o prédio tremer. – Caio outra vez.

— Sim, porque são quase quatro meses de tesão acumulado. – Iris completou.

Abri a boca levemente.

— Vão pra puta que pariu. – Deixei o quarto ouvindo a risada de ambos.

      Entrei no closet de Zoe, onde estava uma pequena bolsa com algumas roupas que Eric havia trago. Procurei por uma calcinha, blusa e um short confortável. Zoe ainda estava no banho, eu podia ouvir o barulho do chuveiro. Parei por poucos segundos, me controlando para não ir até lá.

— Deixa de ser tarada. – Bati em minha própria testa. — Ela tá toda machucada.

Olhei para uma caixa preta em uma prateleira e a minha curiosidade foi as alturas. Peguei, estava leve e então resolvi abri. Fiquei levemente ruborizada ao ver o que tinha.

Eram três dildos com cintas, todos de tamanhos diferentes. Peguei um deles, deveria ter uns 10 centímetros.

— Comprei já faz algum tempo. Nunca foi usado... – Deixei o objeto cai, pois me assustei com a voz da Zoe.

Não olhei para ela, me sentindo envergonhada. Foi como se ela tivesse me pego fazendo algo de errado. E de fato era, afinal eu estava xeretando suas coisas.

— Oli?

      Me forcei a olha-la e por alguns segundos, a minha mente entorpeceu. Ela estava apenas de roupão, o cabelo curto estava penteado para trás e havia uma fenda que deixava a sua pele a amostra.

A minha boca salivou, mil coisas indecentes vieram a minha mente.

— Tinha a intenção de usar com alguém? – Somente supor isso, me causou um ciúme absurdo.

Porque quando se tratava da Zoe, tudo era extremo.

— Comprei pouco depois da proposta idiota que te fiz... pra usa com você. – Engoli a saliva, senti o meu intimo se contrair.

Me agachei rapidamente, peguei o dildo e a encarei.

— Podemos usar agora?

O olhar de pura malicia da Zoe me arrepiou inteira.

      Ela caminhou até a mim, e eu me senti uma presa sendo encurralada, porém uma presa que estava desesperada em ser devorada por sua caçadora. Ela desfez o nó do roupão, deixando-o deslizar por seu corpo.

Nua, totalmente nua e fodidamente deliciosa à minha frente.

— Você quer aqui mesmo? – Ela tirou o dildo de minha mão.

Aspirei o ar com força, o meu sex* doeu com a intensidade que latejou.

— Tempo esgotado.

      Ao dizer isso, Zoe me puxou pela nunca e com gentileza, os seus lábios cobriram os meus. Fechei os meus olhos, me desmanchando totalmente. Sua mão livre foi até o laço em meu roupão, o desfez e retirou, me deixando nua.

O beijo ganhou voracidade.

      Quando os nossos corpos se encaixaram, não controlei o gemido que escapou de minha garganta. Os seus seios pressionavam os meus, a sua mão livre apertada a minha bunda, fazendo com que os nossos sex*s se tocassem.

— Zoe... – Gemi o seu nome.

      Isso fez com que ela gem*sse de volta, causando ainda mais estragos em meu sex* molhado. Podia sentir um liquido quente escorrer. Em resposta, coloquei as minhas duas mãos em sua bunda, apertei. A minha língua foi sugada em quase desespero.

Essa mulher... que delícia.

      Nos afastamos para respirar, Zoe levou os dois dedos do meio até a boca, os ch*pou e sem deixar me olhar nos olhos, enfiou eles em meu sex*. Fechei os olhos, abri a boca. A mente nublou, era paixão, misturada com tesão.

— Não... – Ela não me deixou levar a mão a boca.

Eu queria abafar os gemidos que as estocadas me despertaram.

— Quero ouvir você... quero ouvir a minha mulher gem*r, enquanto a fodo.

— Zoe... eu... humm...

Segurei em seus ombros.

— Isso... você tá molhada. – Ela parou, me deixando momentaneamente frustrada. — Agora vira.

Ela sorriu e eu fiz o que ela mandou, eu faria qualquer coisa que ela me pedisse, se o tom usado fosse sempre aquele.

      Zoe me fez deitar de bruços sobre uma mesinha preta onde estavam algumas caixinhas com relógios e outras joias. Ela passou a mão, levando tudo para o carpete. Fiquei totalmente exposta para ela, sentindo uma ansiedade agoniante.

— Zoe?

— Estou aqui, meu amor...

— Humm...

      Gemi alto quando senti alguns centímetros do dildo entrar em meu sex*. Fechei os punhos, me empinei para ela, lhe dizendo daquela forma que eu estava totalmente à mercê dela. Ela me segurou pelo quadril e então pude sentir tudo entrando.

— Isso é... gostoso. Ah... – A minha voz saiu débil.

— Gostosa, você é... hummm...

— Zoe, você... você... minha mulher.

Eu já não sabia mais o que falava, as estocadas ficaram mais fortes, o meu clit*ris pulsava, uma onda de prazer vinha, ameaçava me levar, daí voltava. Fiquei naquela tortura deliciosa, foi quando ela me segurou pelo cabelo e intensificou o vai e vem.

Nesse momento, a minha cabeça rodou e o meu corpo explodiu em um gozo intenso, forte e delicioso.

 

 

      Ver a Olivia debruçada, com a respiração irregular, foi a visão mais erótica que já havia visto na vida. Toquei a tatuagem em sua costa, desejando passar a língua em toda aquela área. Tirei o dildo de seu sex*, ouvindo um gemido baixo seu.

— Tudo bem? — Toquei novamente sua costa. — Eu te machuquei?

— Não... quase me matou de prazer.

Sorri, a ajudando a ficar de pé, tirei o dildo do meu quadril e a beijei com carinho, devoção.

— Eu quero fazer em você... – Suas mãos espalmaram sobre os meus seios. — Quero te enlouquecer assim como faz comigo.

— Você já me enlouquece, meu amor...

Mordi o meu lábio com força, fechei os meus olhos sentindo a boca quente ch*par o meu mamilo com perícia.

— Eu posso?

— Puta... que pariu... – Oli me penetrou, o estado que o meu sex* se encontrava facilitou o ato.

Me segurei na prateleira ao lado, gem*ndo alto.

— No... sofá. – Oli diminuiu o ritmo, choraminguei em reprovação. — Quero ver você cavalgando em mim.

      Ela beijou os meus lábios rapidamente, tirando os dedos de meu sex*. Ela pegou o outro dildo, um pouco maior que o primeiro, me levou para o quarto. Ela o colocou, sentando no sofá.

O jeito safado que ela me olhava, me fez ficar arrepiada e eu amei. Ser alvo do olhar de desejo daquela deusa em forma de gente me fez sentir a mulher mais sortuda do mundo. Sentei sobre as suas coxas, busquei a sua boca e fui recebida com paixão, devoração, luxuria.

Olivia me levava ao céu.

      Com cuidado, ela me posicionou sobre o dildo, e me encarou quando ele estava todo dentro. Senti a minha carne se acostumando, segurei por seus ombros e a encarei, sendo enfeitiçada por aquela mulher.

— Você é tão linda. – Passei a me movimentar. — Nossa, tão gostosa...

Olivia passou a ch*par o meu seio, uma de suas mãos seguravam a minha cintura e a outra a minha coxa. Tomei os seus lábios, ch*pei sua língua e grudei a minha testa na dela, gem*ndo baixinho, pois não queria que os nossos hospedes ouvissem.

— Amor, eu... isso... isso...

Cavalguei cada vez mais rápido, cravando a minha unha em Olivia. Ela passou a se mover, fazendo com que as estocadas fossem mais profundas. Fechei os meus olhos com força no exato momento em que o meu corpo sucumbiu inteiro aquele prazer indescritível.

Amparada pela mulher que amo, tentava regularizar a minha respiração.

— Eu te amo, Zoe... eu te amo... te amo.

Sorri debilmente.

— Eu te amo, meu amor... amo muito... muito, muito...

 

      Olivia me abraçava com ternura, enquanto beijava o meu ombro. Estávamos na cama, ela encostada na cabeceira e eu entre as suas pernas. Nada poderia ser mais prazeroso que estar com ela.

A ficha ainda não havia caído.

— Posso te perguntar uma coisa, amor? – Ela me fazia carinho no cabelo.

Amor...

— Pode sim. – Fiquei de lado para olha-la.

— Por que nunca me disse que já gostava de mim na adolescência? – Tia Betina.

Olivia estava com os olhos fixos em minha face.

— Porque eu fui muito covarde, achei que sabia de tudo e que em algum momento iria passar, e foi assim por um tempo. – Ela tocou o meu rosto. — No dia seguinte, depois do meu aniversário, confesso que surtei quando você não lembrava de nada e eu obviamente sim. Eu fui covarde, te tratava daquela forma ridícula, porque não aceitava que eu gostava de você...

Olivia franziu o cenho.

— Fiquei confusa, julguei ser melhor esquecer e quando você voltou a me tratar com indiferença, vi que tomei a decisão certa. – Eu a entendia. — Não acredito que... que demorei tanto tempo. Me desculpe, meu amor...

Ela grudou a boca na minha, em um selinho longo.

— Me desculpe mesmo. – Sorri, me sentindo boba.

— Agora entendo que não estávamos prontas. Eu juro, eu nunca... nunca me senti assim, Olivia. Eu amo tanto você, que nem sei explicar. – Eu queria dizer tudo. — Só quero ficar ao teu lado, te sentir, ser amada por você. Senti tanta saudade, Oli, não houve um dia sequer que não pensei em você.

Os meus olhos lacrimejaram e notando isso, ela me puxou para si.

— Eu também pensei em você todos os dias, desejei estar com você. Ah, Zoe, não imagina o ciúme que senti quando te vi com aquele cara. Desejei secretamente te encontrar, nem que fosse pra te ver de longe. Eu amo muito você, meu amor, não quero ficar longe de você... nem mais um dia.

Sorri, entre as lagrimas.

— Olivia? – A fiz me encarar. — Namora comigo? Eu quero ser algo sua, quero estar com você. Quero que todos saibam que estou com a mulher da minha vida.

Ela me olhou por eternos segundos, até que sorriu.

— Eu ia fazer isso primeiro. – Dessa vez quem sorriu foi eu. — Eu aceito ser sua namorada, Zoe Alexandra...

— Então, oficialmente, Olivia Giovana, você é toda minha. – Deitei sobre o seu peito.

— Já era fazia muito tempo, meu amor...

Fechei os meus olhos, nada poderia macular a minha felicidade;

      Em algum momento adormecemos, enroscadas uma na outra. Acordei, para a minha surpresa, Olivia estava acordada e me encarava, fazendo carinho em meu cabeço.

Sorri.

— Tá a muito tempo acordada? – Olhei para ela em meu peito.

Deus, como era bom.

— Um tempinho... não consigo parar de olhar pra você. – Acredito que não importava o tempo que passasse, o meu coração sempre aceleraria quando ela me dissesse coisas assim. — Você ficou tão, tão linda com esse cabelo curtinho.

— Você é a única pessoa que consegue me deixar envergonhada, Oli. – Ela sorriu, aproximando a sua boca da minha e selando demoradamente os nossos lábios.

— E eu amei saber disso, porque é exatamente assim que você me deixa, Zoe. As vezes tenho a sensação que o mundo para quando tô com você, me faz imaginar como seria viver uma vida toda ao seu lado. – Suspirei.

— Também me sinto assim, meu amor...

— Aaah...

— Que foi? – Franzi o cenho.

— Eu amo, amo e amo, quando me chama de ‘meu amor’. – Ri baixinho, a apetando contra mim.

— Meu amor... meu amor... meu amor...

      Fiquei por cima dela, lhe beijando os lábios com carinho. O meu corpo inteiro reacendeu e mais uma vez, entre sussurros, beijos apaixonados, Olivia e eu fizemos amor até os nossos corpos pedirem por arrego.

Eu estava no céu.

 

11 de julho.

Segunda-feira.

      Quando acordei, já se passava das 9:00hrs da manhã e ela continuava ao meu lado, dormindo com serenidade. Não quis acorda-la, então apenas beijei de leve os seus lábios e com cuidado deixei a cama, indo para o banheiro.

Eu não parava de sorrir.

— Nossa... tô chocada. – Iris disse quando cheguei a cozinha.

Franzi o cenho. Caio levou a xicara aos lábios.

— Chocada com o que? – Ela sorriu.

— Que consiga estar andando, achei que estaria toda assada a essa hora. – Caio explodiu em uma gargalhada alta.

Tentei manter a seriedade, porém foi impossível.

— Você é terrível, Iris... – Sentei, me servindo um pouco de chá.

— Ainda quer mais chá? Não foi o suficiente o da noite toda? – Caio apontou para o meu colo.

A camiseta deixava expostas as marcas de ch*pões.

— Vocês se juntaram mesmo pra me infernizar, não? – Ambos riram, chegando a lacrimejar.

— Deixem a minha namorada em paz. – Olivia entrou na cozinha.

Sorri, a puxando para sentar em minhas coxas.

— Bom dia, namorada. – Grudei os meus lábios nos dela.

— Bom dia, namorada. – Respondi.

— Isso daria uma ótima pintura. – Iris falou.

— É maravilhoso ver vocês assim. – Oli e eu deixamos de nos olhar, para encara-los.

— A química que vocês exalam, o amor... que casal lindo. – E eles não paravam.

Olivia virou para eles, pegando os meus braços e circundou a sua cintura.

— Minha namorada leva todo o credito pela beleza. – Ela falou divertida.

Os fios estavam úmidos, ela vestia um short de moletom e uma camiseta branca.

— Como assim eu? – Ergui a sobrancelha.

— É amor, eu sou só bonitinha, você é uma coisa linda. – Ela me olhou de lado.

— Bonitinha? Amor, você é uma mulher linda demais. – Franzi o cenho.

— Ela só está dizendo isso pra você elogiar ela, Zoe. Não cai nessa...

— Seu chato... – Olivia lhe mostrou a língua.

Então era assim alcançar a felicidade?

— Oli, a Zoe já te contou que ela é a nova vice-presidente da empresa? – Caio piscou para mim.

Olivia se virou, segurando o meu rosto.

— É sério? – Acenei em positivo. — Como se sente?

Vasculhei o seu rosto, guardei cada pedacinho em minha memória.

— Eu me sinto completa. – Fiz carinho em sua costa, coloquei uma mecha de cabelo atrás de sua orelha. — Eu tenho tudo o que sempre quis.

Pelo sorriso que surgiu em sua face, ela havia entendido que eu não estava falando da vice-presidência.

— Minha ex chefinha virou vice-presidente. – Oliva passou a ponta do dedo suavemente sobre a minha sobrancelha, queixo e boca. — Tô muito orgulhosa de você, meu amor.

A sensação que eu tinha era que iria explodir de felicidade.

— Você bem que poderia voltar a trabalhar comigo. – O meu coração estava acelerado. — Adoraria te ver todos os dias.

Ela sorriu e eu me derreti inteira.

— A gente tá sobrando demais. – A voz de Iris nos tirou daquele momento.

— Eu não me importo nenhum pouco. Podem continuar, esqueçam que estamos aqui.

E os dois ficaram naquilo o café da manhã todo.

      Eu tinha uma dívida com Cássio e Ricardo, jamais seria capaz de agradecer o suficiente pelo que fizeram. Decidi ir até a casa de Cássio, ver como ele estava. Oli pediu para vir junto, Iris decidiu ficar para pintar. Ela teria uma exposição em breve.

Deixamos Caio em casa, pois ele precisaria ir para a empresa. Ronny e Leo faziam a nossa segurança.

— Estou muito agradecido que estejam aqui, senhorita Zoe, senhorita Olivia. – O bairro que ele mora fica em Ananindeua, é bastante populoso.

— Cássio, acho que você já pode me chamar de Zoe. – Ele ficou sem jeito.

O ombro estava imobilizado.

— É força do habito... eu quero muito que conheçam as minhas meninas. – Duas menininhas se aproximaram. — Digam oi, minhas filhas.

— Oi... – As duas disseram juntas.

— Oi, meninas...

A menor ficou encarando Olivia.

—Papai, ela parece uma boneca. – Vi Oli corar violentamente.

Isso me fez sorrir.

— Oi, você também parece uma boneca, querida. – Olivia sorriu.

— Oi, me chamo Nicole. – A maior se aproximou. Olhou para as nossas mãos unidas. — Ela é a Maria Alice.

Nicole me entregou uma boneca.

— Parece com a sua namorada. – A perspicácia me deixou surpresa.

— Filha... – Olivia riu com a reação de Cássio.

— Tá tudo bem, Cássio. Zoe e eu realmente somos namoradas. – Ela apertou a minha mão.

Nos olhamos por alguns segundos.

— É sério, senhoritas? Sinceramente, fico aliviado. – Olhamos para ele. — Já havia notado que se gostavam. Fico feliz que estejam juntas.

— Você quer brincar com a gente? – Maria Alice segurou a mão de Olivia.

— Claro que sim... – Ela ficou de pé.

— Pode ir, amor... – Olivia saiu quase arrastada.

— Ela é uma ótima menina, senhorita Zoe. – Passei a mão sobre a cabeça.

— Eu tenho muita sorte. – Ele sorriu. — Sua filha, a naturalidade com que ela entendeu.

— O meu irmão, ele é gay e passou por muitas situações. Na escola, apanhou de muitos garotos, sofreu muito preconceito. Perdi as contas de quantas vezes fui defende-lo e parei na diretoria. – Cássio sorriu. — Graças a ele, entendi que há muitas coisas diferentes no mundo. Marcia e eu tentamos passar isso a nossas filhas.

— E onde está o seu irmão? – Ele apontou para um quadro sobre uma mesinha.

      Era a foto de um rapaz muito bonito, um sorriso largo estampava o seu rosto. No seu colo um pequeno menino estava lambuzado de bolo de chocolate e havia mais um homem na foto.

— Ele mora nos Estados Unidos com o marido e o filho. – Senti algo, uma emoção até então nunca sentida.

Oli teria planos sobre filhos? Quis perguntar a ela, mas julguei ser muito cedo.

— Dona Zoe, almoça conosco? – Marcia surgiu na porta.

— Eu aceito sim. – Fiquei de pé.

— Vou resgatar a senhorita Oliva... – Cássio ficou de pé.

Peguei o porta retrato, olhei a foto outra vez e suspirei baixinho.

“Também quero viver algo assim.”

      Quando Olivia voltou a sala, o seu rosto estava todo pintado, assim como os das pequenas e isso me fez rir. Na sua cabeça havia uma coroa, e uma saia de tutu. O sorriso estampado em seu rosto me fez ter certeza que ela também estava adorando tudo aquilo. João tinha razão quando dizia que passei muito tempo à deriva, feliz por coisas supérfluas. Achando que a vida era somente aquilo: sucesso profissional e sex* casual.

— Então, se eu comer brócolis vou crescer igual a tia Olivia e a tia Zoe? – Maria Alice perguntou.

— Isso mesmo, querida. – Marcia respondeu.

As duas rapidamente passaram a comer o vegetal. Nesse momento, Olivia buscou a minha mão e apertou. Será que ela estaria pensando o mesmo que eu?

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Quente e fofo, essas são as palavras que definem esse casal hahaha

Mais um cap, minhas deusas.

Espero que gostem.

A Tanny adorou esse cap, não é, senhorita Amorim?

haha


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Comentários para 24 - Capitulo 24 - Perdidas de amor.:
JeeOli
JeeOli

Em: 10/05/2022

Eu juro que tenho raiva da Marina pela indecisão dela mas acho q é compreensível a forma como ela se sente a mulher passou a vida inteira dela achando que era hétero e do nada conhece uma mulher que mexe com ela é estranho, a aceitação nem sempre é igual pra todo mundo, e os medos dela são entendiveis, porém se ela acha que não consegue se comprometer 100% na relação é melhor cada uma seguir um caminho diferente realmente

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Lea
Lea

Em: 10/05/2022

É muito amor envolvido. Amo os hots,as cenas são muito boas!

Enquanto isso a Marina sofre em suas confusões sentimentais!

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