• Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Cadastro
  • Publicar história
Logo
Login
Cadastrar
  • Home
  • Histórias
    • Recentes
    • Finalizadas
    • Top Listas - Rankings
    • Desafios
    • Degustações
  • Comunidade
    • Autores
    • Membros
  • Promoções
  • Sobre o Lettera
    • Regras do site
    • Ajuda
    • Quem Somos
    • Revista Léssica
    • Wallpapers
    • Notícias
  • Como doar
  • Loja
  • Livros
  • Finalizadas
  • Contato
  • Home
  • Histórias
  • Fique
  • Capitulo 25 - Liberdade!

Info

Membros ativos: 9524
Membros inativos: 1634
Histórias: 1969
Capítulos: 20,492
Palavras: 51,967,639
Autores: 780
Comentários: 106,291
Comentaristas: 2559
Membro recente: Thalita31

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Notícias

  • 10 anos de Lettera
    Em 15/09/2025
  • Livro 2121 já à venda
    Em 30/07/2025

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Recentes

  • Legado de Metal e Sangue
    Legado de Metal e Sangue
    Por mtttm
  • Entre nos - Sussurros de magia
    Entre nos - Sussurros de magia
    Por anifahell

Redes Sociais

  • Página do Lettera

  • Grupo do Lettera

  • Site Schwinden

Finalizadas

  • MEU PRIMEIRO AMOR
    MEU PRIMEIRO AMOR
    Por Raquel Santiago
  • O farol
    O farol
    Por brinamiranda

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Fique por Leticia Petra

Ver comentários: 3

Ver lista de capítulos

Palavras: 4470
Acessos: 3492   |  Postado em: 20/05/2022

Capitulo 25 - Liberdade!

      O almoço se estendeu, ficamos conversando por um longo tempo. Cássio contou o que aconteceu depois que nos colocaram no carro. Segundo ele, um dos vizinhos ligou para a ambulância, depois que Ricardo saiu atrás de nós.

— É só questão de tempo, a polícia vai conseguir pega-lo. – Ele concluiu.

— Não entendo, por que se arriscar tanto? Em que nível a falta de sanidade dele está? – Passei a mão sobre a cabeça.

— É uma ótima pergunta, ele se arriscou entrando no condomínio. – Zoe segurava a minha mão sobre a mesa. — Mas por quê?

As crianças já haviam ido, Marcia havia as levado para descansar.

— Acho que ele só se acha acima da lei, ele sempre foi um narcisista escroto. – Lembrei da carta e de como ele me excluiu totalmente.

Ele iria me matar, em seu coração não havia um pingo de qualquer sentimento bom sobre mim.

— Esse pesadelo vai acabar logo, logo. – Cássio falou. — A senhorita é uma boa pessoa e muito forte também. Tá rodeada de pessoas boas, vai tirar de letra tudo isso.

— Obrigada, Cássio. – Sorri, realmente tocada por suas palavras.

— Acho melhor irmos, amor. – Zoe olhou as horas. — Vamos passar na casa do meu pai, ver a sua mãe.

Como passei tanto tempo sem essa mulher?

— Me prometam que vão voltar. As minhas filhas adoraram vocês. – Não contive o sorriso.

— Elas são umas meninas maravilhosas, Cássio, você tá fazendo um bom trabalho. – O sorriso de pai bobão no rosto dele foi imediato.

— Obrigada, senhorita Olivia. É sempre bom saber disso. – Ficamos de pé.

— Você tem todo o tempo do mundo pra se recuperar, Cássio. Vou continuar pagando o seu salário normalmente. – Estávamos na porta.

— Não, senhorita Zoe, isso não é justo...

— É mais do que justo, não tem discussão. Descanse, assim que esse patife for preso, tudo voltará ao normal.

Cássio, mesmo contrariado, aceitou.

 

      Fazia apenas 15 minutos que havíamos deixado a casa de Cássio e eu não parava de me perguntar como seria ter filhos, uma vida a dois. Não me recordo se alguma vez cogitei a possibilidade de ser mãe.

Aquelas crianças mexeram muito comigo.

— O que? – Zoe ria baixinho. — O que foi?

— Seu rosto... ele tá sujo ainda. Deixa-me limpar... – Me virei de lado.

Zoe passou a esfregar o dedo sobre a minha bochecha.

— Zoe? – Ela estava mesmo concentrada na tarefa.

— Oi, amor... – Suspirei com o tratamento.

Eu deveria perguntar aquilo?

— Eu te amo... – Não era o momento.

Zoe parou o que estava fazendo.

— Eu amo você... – Mordi a minha bochecha por dentro.

      Me aconcheguei a ela, aspirei o seu cheiro e segurei a vontade de beija-la, pois não estávamos sozinhas no carro. Fiz o resto do trajeto naquela posição. Será que era errado estar tão feliz mesmo em meio a tudo aquilo? Eu podia me dar ao prazer de sentir felicidade?

O telefone da Zoe tocou.

— Oi, delegada... o que? Quando? Sim, irei avisar... – Sua face ficou séria. — Sim, sim. Eu agradeço muito por isso. Muito obrigada.

— O que houve? – Zoe me encarava, passou a mão sobre a cabeça.

Ela segurou o meu rosto e grudou a sua boca na minha.

— Esse pesadelo finalmente acabou, meu amor... – Ergui as sobrancelhas.

— Como assim? – Zoe sorriu.

— Aquele infeliz foi pego... a delegada está vindo pra Belém nesse exato momento com ele. – Abri a boca de leve, incapaz de dizer alguma coisa.

      A minha única atitude foi de abraça-la, sentindo um alivio inexplicável. Chorei, mas também rir, era uma mistura de emoções. Eu não podia acreditar, o Fábio iria finalmente pagar por tudo que fez.

O pesadelo chegou ao fim.

      Quando chegamos a casa do meu tio, eles já estavam reunidos na sala. Fui até a minha mãe e a minha irmã, as puxei para um abraço demorado. Chorei baixinho, aliviada.

— O que aconteceu? filha, você tá me preocupando. – Me afastei para olha-las.

— Ele foi preso, mamãe.

Minha mãe arregalou os olhos, assim como Marina.

— Zoe, conta pra eles. – Olhei para ela, que sorria.

— A delegada ligou a pouco, ele tá vindo pra Belém agora mesmo...

— Graças a Deus... – A frase veio deles.

— Mas como não saiu nada na mídia? Eles estavam em peso. – Minha irmã perguntou.

— A polícia conseguiu fazer tudo no mais absoluto sigilo. Só irão fazer uma coletiva de imprensa amanhã. – Zoe sentou, olhando para a Marina e depois para nós. — Precisamos conversar com vocês, mas desde já, adianto que não tivemos uma oportunidade pra contar. Aconteceu tudo aquilo ontem...

Franzi o cenho.

— Precisamos? Quem? – Perguntei.

— Zoe e eu, Olivia... – Olhei de uma para a outra. — A delegada nos chamou faz alguns dias, ela e o primeiro delegado da primeira acusação do Fábio, cruzaram informações.

Marina trocou olhares com a Zoe outra vez.

— O roubo da empresa não foi o único delito dele... ele tá envolvido com tráfico e até mesmo assassinatos. – Arregalei os olhos.

Minha mãe levou as mãos ao peito.

— Mãe? – Marina segurou o seu rosto.

— MÃE? – Ela desmaiou, nos causando pânico.

— Precisamos de uma ambulância...

— Eu a levo... vamos de carro, vai ser mais rápido.

— Eu a carrego.

       O meu tio pegou a minha mãe nos braços, entramos no carro da Zoe, e logo ela deu partida. Marina checava o seu pulso, enquanto eu tentava manter a sua cabeça sobre as minhas pernas.

O nervosismo tomou conta.

— Amor, se acalme... – Zoe me pedia.

— Ela nem está se mexendo. – A minha voz saiu tremula.

       Quase 20 minutos angustiantes depois, chegamos a um hospital. Minha mãe foi levada de maca pelos enfermeiros e um médico. Ficamos na recepção, desolados e sem notícias por longos minutos.

Me agarrei a Zoe, escondendo a minha face em seu pescoço, enquanto o meu tio abraçava a minha irmã.

— Mesmo... mesmo preso... – Minha voz saia entrecortada. — Ele continua... causando sofrimento.

— Vai ficar tudo bem, meu amor, a tia Betina é forte. – Fechei os meus olhos.

— Senhores? – Me afastei brevemente da Zoe. — Acabamos de examina-la e foi apenas um grande susto. A senhorita Betina foi sedada, ela estava um pouco agitada, mas já está no quarto. Quando ela acordar, por favor, evitem assuntos que mexam com suas emoções.

— Muito obrigada, doutor. Podemos vê-la? – Marina gesticulava muito.

— Apenas duas pessoas de cada vez...

— Obrigada, doutor. – Respirei aliviada.

— Vão as duas primeiro... – Tio Bernardo se colocou ao lado da Zoe.

— A gente vai depois... – Ela sorriu.

Acenei em positivo.

      Ao entrarmos no quarto, o meu coração se partiu ao ver a minha mãe naquela cama. Me aproximei, segurei a sua mão. Marina fez o mesmo, tocou a sua face e em segundos, vi a minha irmã desmoronar.

Fui até o seu socorro, a fiz sentar no pequeno sofá, a abraçando.

— Eu odeio tanto ele, Oli... tanto.

      Era a primeira vez que a via daquela forma desde que descobrimos sobre a vida dupla de Fábio. Eu imaginava o quanto ela teve que ser forte, por nossa mãe, por mim, por ela mesmo. Marina carregava um fardo muito grande e agora, finalmente, estava o colocando para fora.

— O odeio tanto, que chega a doer o peito. Ele jamais precisou de nada disso, Oli, aquele desgraçado acabou com a nossa família. Jamais vou perdoa-lo por isso...

Beijei a sua testa.

— Você passou por tanta coisa, minha irmã. Me perdoa por nunca ter percebido, Olivia. Eu juro que se desconfiasse, jamais teria permitido que ele fosse tão escroto com você. – As lagrimas queimavam os meus olhos. — Nunca mais deixarei que te machuquem outra vez. Você é o nosso melhor, o nosso elo, eu te amo muito, irmãzinha.

Marina me abraçava forte pela cintura.

— Eu te amo, Marina... não tenho nada pra perdoar. Você é uma irmã maravilhosa, então não se martiriza com nada.

Ficamos daquele jeito por um bom tempo.

 

      Já era noite, Zoe e tio Bernardo haviam entrado e agora estavam na recepção ao lado do quarto que estávamos. Minha mãe comia, havia acordado há pouco mais de meia hora. Era visível a sua tentativa de parecer bem para não nos preocupar.

Avisei aos meus irmãos, logo eles chegariam.

— Vou pegar um café... você quer, Marina?

— Quero sim, obrigada. – Olhei para a minha mãe.

— Perdoa o susto, filha... – Fui até ela e lhe beijei a testa demoradamente.

— Você não tem nada o que pedir desculpas, mãe... nada. – Sorri. — Eu te amo muito.

Ela também sorriu.

— Eu te amo, filha... amo muito vocês. – Ela segurou as nossas mãos.

— Eu te amo, dona Betina. – Marina estava sensível. — Termina de comer, tem que tá forte pra sair amanhã. Ainda tem netos que irão te encher a paciência aos domingos.

Rimos, aliviando o clima.

— Então isso significa que ambas me darão netos? – Ela olhou de Marina para mim.

— Da minha parte, vai demorar um pouco, mas acho que a Oli, em poucos anos, lhe dará alguns. – As duas me olhavam, me fazendo corar.

— Zoe e eu mal começamos a namorar, vocês duas estão muito adiantadas. – Fiquei de pé. — Porém é muito possível...

— Oli, pela forma que a idiota da Zoe te olha, se prepara que em breve as duas estarão casadas. Já vejo vocês duas velhas... – Rimos outra vez.

Se a vida quisesse isso, eu adoraria que assim fosse. Adoraria passar toda a minha vida ao lado da Zoe, sendo o único alvo de seus olhares, sorrisos e “eu te amo”.

— Já volto.

Sai do quarto e fui para a recepção, vendo a Zoe no telefone.

— Estarei aí em poucos minutos. – Ela encerrou a chamada.

— O que aconteceu, amor? – Zoe veio até a mim, me segurou pelo rosto.

— Ele tá na delegacia, a delegada me perguntou se eu queria ir até lá, oficializar a acusação de sequestro. – Respirei fundo.

— Eu vou com você. – Marina surgiu ao meu lado. — Oli, você e o titio ficam com a mamãe. Eu preciso ir até lá...

Aquilo era uma boa ideia? No estado que Marina estava, era capaz de cometer uma loucura.

— Amor, eu cuido dela. – Zoe me fez olha-la. — Fica aqui, a gente volta logo.

Suspirei.

— Não façam nenhuma bobagem, por favor. – Ela sorriu.

— Não se preocupa. Eu te amo...

— Eu te amo.

      Dessa vez, mesmo com outras pessoas por perto, grudei os meus lábios nos dela, em um selinho longo. A reação da Zoe foi de surpresa, mas logo a face bonita me presentou com um sorriso largo.

— Volto logo... – Acenei em positivo.

As duas deixaram a recepção.

— Ainda não posso acreditar que não percebi nada sobre vocês. – Meu tio me abraçou de lado. — Acho que não poderia ser um pai mais feliz. Te entrego o meu bem mais precioso, Olivia.

O encarei, muito envergonhada e igualmente surpresa.

— Eu a amo muito, tio, tanto que eu não saberia explicar ou medir. – Ele gentilmente beijou a minha testa, a sua altura facilitava o ato.

— Nem precisa, minha filha, agora é bem nítido. Eu queria que a Marcela pudesse estar aqui, ela sempre gostou muito de você e tenho certeza que faria muito gosto dessa relação.

Era bom ouvir aquilo.

— Tia Marcela era uma mulher maravilhosa, ainda bem que vocês dois se encontraram nessa vida e me deram a chance de ser apaixonada pela mulher mais incrível desse mundo. – Quando se travava da Zoe, eu virava um clichê ambulante.

— Chegamos o mais rápido que pudemos. Cadê ela? – Eric estava com uma expressão tensa.

— Podemos vê-la? – Maria igualmente.

Sorri.

— Ela tá nesse quarto... – Apontei. — É claro que podem...

— Estaremos aqui fora. – Meu tio falou.

      Duda e Eric entraram, ambos desenvolveram um carinho enorme por minha mãe e ela por eles. Eu amava a conexão que desenvolvemos.

“Nem acredito, ele foi preso. Eu me sinto tão... aliviada.”

— Filha, o seu celular. – Olhei para o aparelho, que vibrava em minha mão.

Era o Ben.

— Oi, meu amor...

— Tia, como tá a tia Betina? Papai não me deixou ir. – Sorri.

— Ela tá bem, querido, não se preocupa... onde você tá? – Franzi o cenho.

— O vovô apareceu aqui, ele insistiu que cuidaria de mim, até vocês voltarem. A tia Duda não queria, mas o papai concordou. Ele é legal, jogou comigo e me humilhou... – Ri baixinho.

      Continuei a falar com ele por alguns minutos, até mesmo levei o celular para ele falar com a minha mãe. Nesse momento, ela precisava de todo amor possível e ver que os meus irmãos e sobrinho a proporcionavam isso, não tinha preço.

 

 

      Chegamos à delegacia, logo recebi uma mensagem de João, ele havia acabado de pousar e estava indo direto para o hospital. A delegada conversou conosco, a sua alegria em ter prendido Fábio era nítida.

— Delegada, eu gostaria de vê-lo. – Franzi o cenho.

— Marina, talvez não seja uma boa ideia. – Ela me olhou.

— Preciso disso, Zoe, eu preciso olhar aquele infeliz nos olhos. – Eu a entendia, mas ainda assim, achava imprudente.

— Então irei com você. Tem como, delegada? – Fagundes nos analisou por alguns segundos.

— Tudo bem, deixarei, mas não façam nada imprudente. – Acenei em positivo.

      Saímos de sua sala e fomos para a área das celas. Quando chegamos na última, o vimos sentando no chão. Ele estava de cabeça baixa, o ombro estava imobilizado e as roupas sujas de terra e sangue. Toda a pompa que ele ostentava o abandonou.

A satisfação em vê-lo daquela forma aflorou.

— Finalmente, você tá no lugar que merece. – Fábio levantou a cabeça.

— Filha... – Ele ficou de pé, vindo até a grade. — Que bom te ver...

Franzi o cenho.

— Não me chame de filha, seu bandido. – Marina usava de um tom agressivo.

Fábio ergueu a sobrancelhas.

— Eu posso explicar, filha, você leu a minha carta? Eu ia voltar pra vocês, só precisa de um pouco mais de tempo.

— Voltar pra nós? Você é louco, por acaso? Não tem mais pra onde você voltar. Acabou, agora você vai morfar em um presidio e pagar por tudo de ruim que fez. Tem noção da porr* que fez? A minha mãe... a minha irmã...

— Aquela bastarda não é a sua irmã. Ela foi a porr* de um erro, erro esse que eu iria consertar. – Fábio parecia a beira da loucura.

Eu quase senti pena.

— NUNCA MAIS A CHAME ASSIM! – Marina enfiou o braço na grade, o puxou pelo ombro imobilizado, fazendo ele gem*r em dor. — Você sim é um bastardo, Fábio. Um bandido, assassino... eu sei das coisas que fez e eu tenho nojo, asco de você!

— Marina, se acalme. – A afastei. — Não vale a pena.

— Eu fiz tudo isso por nós, filha, por sua vó. O seu avô, aquele infeliz, nos deixou na beira da ruina e eu precisava fazer alguma coisa. Foi tudo por nós, meu amor...

— De que merd* você tá falando? Responde!

— Estávamos falidos, iriam tomar a casa da sua vó e todo o nosso prestigio iria pelo ralo. O bêbedo do seu avô, aquele infeliz... filha, eu já tinha consertado tudo, iriamos nos erguer...

— Com dinheiro de trafico e roubo, papai? Você só pode estar brincando.

— Você é um doente, Fábio. – Ele me olhou.

— Era pra você tá morta agora, sua vagabunda sapatão. Morta! Você e a bastarda, enterradas lado a lado. As amantes juntas para sempre no inferno... eu tenho nojo de você.

— CALADO! CALADO! Você me dá asco, Fábio...

— Vamos sair daqui, Marina. – Coloquei meu braço sobre o ombro dela.

— Espera, minha filha... não me deixa aqui. Eu sou o seu pai!

      Saímos daquela área direto para os fundos, onde o ar era fresco. Marina sentou em um banco de concreto, colocou a mão entre os dentes e abafou o grito agoniado que estava preso em seu peito.

— Deus... por que? – Ela chorava.

Me senti impotente.

— Por que? Por... que?

      Foi muito doloroso vê-la daquela forma, entretanto, decidi deixa-la amenizar aquela dor através do choro. Marina guardou muita coisa, ela necessitava daquele momento.

Me escorei na parede, colocando a minha mão sobre o seu ombro.

 

      Passamos em um restaurante para levar algo para Oli e o meu pai. O caminho de volta foi feito em silencio. Minha prima estava destruída, somente o tempo seria capaz de amenizar tudo isso. Ele estava preso, agora iriamos cuidar das cicatrizes deixadas.

— Eu vou ficar, não se preocupe. – Conversava com João.

Ele parecia exausto.

— Fico imensamente aliviado que acabou. – Olhei para Olivia, que conversava com os irmãos.

— Eles ainda terão muita coisa pra superar. – Suspirei.

— Eles são fortes, muito fortes. – O encarei. — Soube por uma certa fofoqueira que você e a Olivia estão juntas.

— Essa fofoqueira no caso é a Iris? – João sorriu. — Sim, é verdade...

— Finalmente! – Ele segurou a minha face com ambas as mãos. — Você trate de fazer o meu ex-amor feliz, me entendeu?

Senti vontade de rir.

— Deixa de ser palhaço... – Falei baixinho. — É claro que farei, ela é a mulher da minha vida.

Nossos olhares se encontraram nesse momento.

— Estarei aqui amanhã de manhã, pra buscar vocês. – Voltei a encara-lo. — Mas esse assunto ainda não acabou.

— Tu és muito fofoqueiro, João. – Rolei os olhos.

— Falou como uma legitima paraense. – Não tinha como me manter séria perto dele. — Vem aqui.

Ele me puxou para um abraço.

       Marina ficou no quarto junto com a tia Betina, um dos funcionários do hospital arrumou uma sala privativa para que Olivia e eu pudéssemos passar a noite ali, pois ela não queria ir para casa, sua preocupação com a tia Betina era extrema.

Havíamos tomado banho e trocado de roupa, pois Duda havia trago para nós.

— Dorme, meu amor. Você precisa descansar... – Oli estava deitada ao meu lado no sofá de três lugares.

— Obrigada, amor, por estar comigo. Obrigada mesmo. – Fechei os meus olhos, aspirei o ar com calma.

— Vou sempre estar com você... – Olivia se aconchegou mais a mim.

— E eu com você... eu te amo, Zoe.

— Eu te amo, Oli... amo muito.

Daquela forma, em poucos minutos, pegamos no sono.

 

Terça-feira.

      Deixamos o hospital depois das 8:00hrs, tia Betina parecia realmente bem, conversou o trajeto inteiro. Eu já estava sabendo que a prisão de Fábio estava em todos os jornais.

A acessória da Cavalcante deveria estar uma loucura.

— Oli, você vai pra casa descansar, filha. Eu estou bem agora, a sua irmã vai ficar comigo. Você mal se recuperou do susto. – Minha tia dizia. – João, deixe a Oli e a Zoe no apartamento, elas precisam descansar.

— Mãe...

— Sem mãe, Oli. Zoe precisa de curativos novos, vão ficar juntas, minhas filhas. Vocês merecem passar um tempo a sós. – Oli me olhou.

Sua face ficou avermelhada.

— Mamãe tem razão, Oli... fica com a sua namorada, descansa. Você duas merecem... chega de sustos. – Marina sorriu.

Novamente a máscara de forte estava em sua face.

— Mas qualquer coisa, não pensem duas vezes em me ligar. – Oli falou.

— Só relaxa, maninha...

João nos deixou em meu apartamento, prometendo que viria a noite.

— Preparei um café da manhã reforçado. – Iris estava na sala.

— Obrigada. – Ela veio até a nós.

Abraçou a Oli demoradamente e depois a mim.

— Descansem, meninas. Acabou! – Ela sorriu.

      Entrei no quarto junto com a Olivia, fomos para o banheiro e com muito cuidado, nos despimos. A banheira já estava pronta, coisa da Iris. Entrei primeiro e depois Oli, sentando entre as minhas pernas.

— Eu poderia dormir por dias. – Ela disse.

A abracei pela cintura, enquanto ela se aconchegava a mim.

— Com toda a certeza é o que iremos fazer. – Sorri.

      Olivia virou de frente para mim, enlaçou suas pernas na minha cintura. Nos encaramos por longos segundos, até que as nossas bocas se encaixaram. Foi um beijo doce, gentil, cálido.

— Naquela hora, no carro, eu queria muito te perguntar uma coisa. – Franzi o cenho.

Coloquei uma mecha dos fios castanhos atrás de sua orelha.

— O que, meu amor? Você pode me perguntar qualquer coisa... – Oli sorriu.

— Sinto um friozinho na barriga toda vez que me chama de amor. – Essa mulher. — Eu... eu nunca tinha pensado na possibilidade, achei que não era a minha, mas sabe... você tem planos de ter filhos?

Seu olhar era doce, sua voz saiu mansa. Acho que a nossa conexão estava além da emocional, da física.

— Essa ideia te agrada? – Perguntei e Oli mordeu o lábio.

— Pra ser sincera, pensar na possibilidade de filho ou filhos... antigamente não era uma questão, uma possibilidade, mas agora, eu... eu ando pensando muito sobre. – A minha mulher se tornava tão fofa quando envergonhada.

— Eu adoraria ter filhos com você, Oli. – Sua expressão foi de surpresa. — Isso vem me fazendo pensar ultimamente. Em um dos meus momentos de devaneio, me imaginei tendo um filho com você. A ideia de construir uma família com você, me deixa inquieta de um jeito bom.

Era cedo demais para expor aquilo? Não, eu já esperei tempo demais.

— Quero me casar com você, ser a sua esposa... eu quero ser a mulher que vai te amar até a exaustão, que vai te acolher no meu colo depois. Quero ser tudo o que você precisar...

— Não sabe o quanto isso me deixa feliz, Zoe. Eu quero muito tudo isso com você, quero acordar ao teu lado, que te ouvir me chamando de minha esposa. Eu quero te namorar, noivar e casa, quero tudo que temos direito...

O meu coração estava transbordando.

— Eu te amo, Olivia...

Ela sorriu, selando os nossos lábios.

— Eu te amo, Zoe...

      Ficamos quase uma hora na banheira, entre beijos e caricias. Não fizemos amor, os nossos corpos não suportariam. Ela cuidou de mim, trocou os meus curativos e depois fomos para a cama descansar.

Dormi com a certeza de que estava tudo onde deveria estar.

 

      Quando Oli e eu acordamos, já se passava das duas da tarde. Decidimos comer algo na cozinha. Estranhei um pouco o silencio, normalmente, Iris estaria ouvindo música enquanto pintava naquele horário. Nos aproximamos da cozinha e estancamos quando chegamos a porta.

Olivia me olhou espantada. Eu estava do mesmo jeito.

      João prensava Iris contra a geladeira, enquanto os dois se beijavam de uma forma voraz. Oli me puxou, fazendo um sinal para que eu não fizesse nenhum barulho, então demos meia volta.

— Eu não acredito nisso... de novo? – Riamos baixinho na sala.

— E ela que fez inúmeras promessas que jamais iria acontecer de novo. – Sentamos no sofá.

— E agora? Vamos fingir que não vimos nada? – Oli franziu o cenho.

— Prefiro envergonhar eles quando tivermos oportunidade. – Ela voltou a rir.

— Amor, você é má...

— Eu sou é? – Me deitei sobre ela, fazendo cocegas em sua cintura.

— Zoe... aaah... – Olivia gargalhava. — Não... isso é... covardia.

      Deus, como eu estava me sentindo leve, feliz. Todos aqueles meses sem ela e agora, ela estava bem aqui, rindo em meus braços. Parei para contemplar aquele momento.

Eu não sabia se merecia tanta felicidade, mas agradecia aos céus por isso.

— Quando vai me levar pra tomar aquele tacacá? – Beijei o seu queixo.

— Achei que já havia esquecido... – Olivia grudou sua testa na minha. — Zoe, eu tenho uma pergunta.

O cenho franzido me fez sorrir.

— Qual pergunta? – Oli ficou séria.

— Você... qual foi a ultima vez que foi até a Afrodite? – Me segurei para não rir.

— Não me recordo, já faz muito tempo que não vou. Oli, você entrou na minha mente de uma forma que... tudo que eu fazia antes perdeu o sentido. – Toquei a sua face. — Joguei fora o meu cartão da Afrodite e cancelei minha fidelidade. Eu queria te pedir desculpas, meu amor.

— Pelo que, amor? – Aspirei o ar com calma.

— Por todas as vezes que fui uma completa idiota com você. Quando você ouviu aquelas coisas que eu disse ao João na fazenda, foi tudo da boca pra fora. É claro, eu sempre senti tesão por você, mas jamais foi só isso... eu só fui burra.

— Não tenho nada pra te desculpar, Zoe. Eu não fui exatamente uma santa, fui babaca com você varias vezes e totalmente insensível ao não perceber os seus sentimentos. Se eu tivesse sido só um pouco mais cuidadosa, talvez as coisas pudessem ter sido diferentes. – Grudei minha boca na dela, em um selinho.

— Acho que precisávamos disso, pra que esse momento aqui, pudesse ser possível. – Oli me encarava.

— Agora vou poder cuidar de você todos os dias. Sente... – Ela pegou a minha mão e colocou sobre o seu peito. — É por você.

Me senti tão boba.

— Ah, Oli, desse jeito você vai me transformar em uma manteiga... – Ela sorriu.

— Segundo o que me foi passado, eu já transformei.

— Convencida!

Oli riu baixinho.

— Diria que sou realista, mas estamos quites nesse quesito. Quando se trata de você, eu viro uma bobalhona. – Beijei a ponta de seu nariz, depois o queijo e por fim, sua boca.

— Agora eu me sinto convencida...

— É só a mais pura verdade, amor. Sou completamente louca por você.

Mordi a bochecha por dentro.

— Tô com moral no céu, eu tô... tem um anjo me chamando de amor. – Olivia passou a gargalhar.

— Zoe...

Olivia ria, afundando a face em meu pescoço do jeito que eu adorava. Eu me sentia verdadeiramente no céu.

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Boa tarde, meninas.

Perdoem a demora, infelizmente, foi uma semana muit difícil. Ainda tá sendo, na verdade, então não tive tempo para editar o cap.

Bem, acho que podemos dizer que as coisas estão ótimas para as nossas meninas.

Espero que gostem do cap. 

Beijos e até o proximo.


Comentar este capítulo:
[Faça o login para poder comentar]
  • Capítulo anterior
  • Próximo capítulo

Comentários para 25 - Capitulo 25 - Liberdade!:
HelOliveira
HelOliveira

Em: 21/05/2022

O capítulo tá perfeito, Fábio preso e.nossas meninas só amor...

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 20/05/2022

Só alegria elas merecem.

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Lea
Lea

Em: 20/05/2022

Apesar do susto com Dona Betina,o capítulo foi muito amorzinho,amo ver a Zoe e a Olívia assim conectadas e se declarando a todo momento.

E finalmente o Fábio foi prezo,que aprodessa na prisão.

Marina se sente tão culpada pelo sofrimento da Olívia,mas estava as escuras,confiava no homem que chamava de pai!

O interesse do João e da Íris é real,foi além da de uma noite de bebedeira. E a irmã, não irá pedoa-la tão cedo. Gostava do entrosamento das irmãs!

Boa tarde !!

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Informar violação das regras

Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:

Logo

Lettera é um projeto de Cristiane Schwinden

E-mail: contato@projetolettera.com.br

Todas as histórias deste site e os comentários dos leitores sao de inteira responsabilidade de seus autores.

Sua conta

  • Login
  • Esqueci a senha
  • Cadastre-se
  • Logout

Navegue

  • Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Ranking
  • Autores
  • Membros
  • Promoções
  • Regras
  • Ajuda
  • Quem Somos
  • Como doar
  • Loja / Livros
  • Notícias
  • Fale Conosco
© Desenvolvido por Cristiane Schwinden - Porttal Web