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Amoras por Klarowsky

Ver comentários: 6

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Palavras: 1542
Acessos: 761   |  Postado em: 11/04/2022

Colo de mãe

Alice

Hoje completam-se quarenta dias que estou internada. O quantitativo por si só já diz muito, no entanto, os dias aqui não passam na velocidade comum que estamos acostumados. Um dia é na proporção de quatro, com cada hora representando infindáveis minutos. Dez desses quarenta, segundo a equipe médica, sobrevivi em coma induzido, o que muito me facilitou a aceitação, mas, desde que acordei da cirurgia, apesar de todo cuidado e atenção que tenho em tempo integral, certamente tem sido meu martírio em vida. Vejo minhas pernas, no entanto, elas são como um objeto a decorar o quarto, pois não as sinto. Toco, mas a sensibilidade só é sentida na palma da mão. A cada dia, quando o médico chega e passa o bisturi na planta dos pés, a sensação de tentar se desvencilhar é desesperadora. Além de não conseguir me mover, não sinto o fio da lâmina.

Noite após noite, enquanto o silêncio passeia pelos corredores do hospital e a escuridão parece não ter fim, vejo a Laura acomodada em um sofá cama improvisado, e as lágrimas não cessam de hidratar meu rosto empalidecido e, dia a dia, mais franzino. Sinto meu corpo definhar nesse amontoado de espumas que agora suporta meu peso, cada vez menos presente.

Minha face ruboriza a cada troca de fraldas, agora, necessárias pela falta de controle do esfíncter. Evito manter contato visual com as pessoas ao meu redor, no entanto, os olhos teimosos da Laura frequentemente encontram o meu, e estes, estão sempre carregados de ternura e orgulho, sentimento este que me obriga a usar ao máximo, o pouco que me restou de mente sã, levando a exaustão a ponto de girar à velocidade da luz na tentativa de conseguir entender os motivos de tal.

Me tornei o resto do que um dia já foi uma pessoa. O ato desesperado na tentativa de sobrevivência, me trouxe até aqui, no entanto, não calculei as probabilidades inúteis que isso me custaria. Em alguns momentos, desejo que tivesse explodido junto com a mansão gélida a ter que conviver com minha completa decadência. Se outrora pude proporcionar momentos únicos de prazer e êxtase a essa mulher que tanto faz por mim, hoje, só posso proporcionar-lhe momentos de tensão, cuidados, preocupações, noites mal dormidas e um futuro incerto.

Desde que tive o desprazer de acordar da cirurgia, meus dias têm sido flutuar na linha tênue entre a gratidão e o completo desamor. Ninguém me entende. Nem a Laura com todo o amor que está disposta a me oferecer. Eu não estou me amando e não tenho conseguido receber amor.

Dias atrás, não sei precisar quantos, pois me perco entre o que é real e imaginário, dia e noite, mas foi recente, acordei e por incrível que pareça estava sozinha no quarto. Aproveitei a oportunidade para testar meus limites, afinal, até onde estava livre e vivia a vida que amava, meus limites eram testados me jogando de 8 a 12 mil pés de um avião em movimento, ou de um viaduto a 500m do chão, com uma corda amarrada no tornozelo ou ainda, pilotando uma moto em alta velocidade por caminhos desconhecidos, pra ter o prazer de sentir o vento bater no rosto e se sentir viva com o coração disparado. O que seria agora, me sentar sozinha e tentar colocar os pés no chão? E assim o fiz.

Tirei os travesseiros que estavam atrás das costas, joguei no chão. Sorri para o além, sentindo o coração disparar pela possibilidade de me sentar sozinha e fazer uma surpresa para Laura, que certamente não demoraria a voltar. Apoiei os cotovelos na cama e elevei o tronco para frente. Uau! Que sensação incrível de me sentar depois de tantos dias estar continuamente deitada e precisando de ajuda.

Levantei os braços e me espreguicei, sentindo os músculos das costas se esticarem e aquela sensação de satisfação me preencher.

Até então, estava amando a sensação e meu corpo todo reagia a ela. O sorriso, outrora escondido atrás da cara de mal humor, surgiu com facilidade.

Deveria ter me lembrado do ditado popular de " está tudo bom demais para ser verdade" antes de ter a brilhante ideia de colocar os pés para fora da cama e testar se conseguiria ficar em pé, como acontece nas sessões de fisioterapia. E então, primeiro olhei as pernas e as acariciei. Segurei abaixo dos joelhos e os levantei,apoiando os pés na cama. O coração já batia mais acelerado do que o comum que estava acostumada. Queria mostrar que sou capaz de muitas coisas,e, tomada pelo entusiasmo, segurei as pernas e coloquei na lateral da cama. Foi só o tempo necessário para as nádegas escorregarem no lençol e antes que pudesse perceber, já estava caída no chão. O barulho ecoou pelo corredor do hospital.

O que era pra ser motivo de alegria, virou mais uma vez a preocupação da Laura. Ela foi a primeira a entrar no quarto após o barulho, com o celular na mão e os olhos arregalados. Gritou meu nome ao me ver estatelada no chão. Atrás dela, chegaram três enfermeiras, também correndo e com expressão assustadas.

Após me socorrerem e colocarem de volta na cama me deixaram a sós com a Laura que me olhava com aqueles olhos de águia e expressão furiosa.

- Ia fugir? - perguntou com tom de deboche.

Foi o suficiente para que eu me alterasse, já com os ânimos aflorados.

- Nem que eu tivesse condições de fugir, não conseguiria. Você me sufoca! - respondi rispidamente.

- Eu faço o quê? - me perguntou, agora indignada.

- Isso mesmo que ouviu! Me sufoca - e fechei o cenho.

Ela levantou as sobrancelhas e apenas meneou a cabeça, fazendo um bico e cruzando os braços à frente do corpo.

- Deveria ter me dito isso há um mês atrás, quando estava sufocando na fumaça da explosão que você mesma causou. Teria poupado esforços e gastos na tentativa de te salvar.

Pronto! Falei o que não devia, para quem não devia, em um momento nada oportuno. Suspirei profundo e tentei ainda consertar o que parecia já sem conserto.

- Não foi isso que quis dizer, Laura - falei sem paciência - É que você está o tempo todo aqui, e eu mal consigo tentar me reconhecer.

- Esse é o problema? OK! Eu saio - e antes que eu pudesse tentar falar mais alguma coisa ela abriu a porta e se retirou.

Fácil assim. Quem consegue se locomover, entra e sai de qualquer situação que deseja. E desse modo passamos até hoje, sem nos falar, o que aumentou meu desgosto pela vida. Se antes o que me deixava mal era minha condição física, agora tenho também a situação emocional na qual me coloquei.

Ela tem tentado me dar espaço, mas eu não consigo ficar sem cuidados. É necessário me arrumar na cama, me apoiar nos travesseiros, me ofertar comida, me dar água. Estou dependente para tudo!

O tempo que não está diretamente cuidando de mim, está fazendo reuniões virtuais, resolvendo problemas das empresas, falando com investidores e tomando conta da sua vida empresarial, afinal, ela não deixou de ser a Laura Veigas. Nem deve! Nem quero!

Nem sei expressar o que desejo fazer. Sinto vergonha de estar como estou. Tenho raiva de quem sou. Não estou feliz comigo, nem com nada ao meu redor. Até a mulher que amo, consegui afastar.

Agora pouco a ouvi falar ao telefone toda animada que está tudo certo e que aguarda ansiosa o momento chegar, e então, saiu do quarto sem me falar onde ia. Não faço ideia do que a causaria tanta emoção e animação. Descobri da pior forma, que nem amiga dela consigo mais ser, mesmo sabendo que ela tem feito de tudo e mais um pouco pra mim, me sinto agora, além de tudo, mal agradecida.

Entre tantos pensamentos e a espera desse tempo que demora passar, para acontecer absolutamente nada, meus olhos fecharam em um breve cochilo.

Acordei assustada com o barulho da porta se abrindo e achei estar tendo uma miragem daquelas que tive quando estive hospitalizada por ter uma concussão cerebral. Pela porta, recém aberta, surgiu a figura materializada da minha mãe que ao me ver apressou os passos em minha direção e se praticamente se jogou em cima de mim me abraçando. Percebi ser real, quando senti seu perfume e então, a abracei forte, sem nada dizer.

Colo de mãe é um espaço mágico. É uma galáxia recheada de conforto e segurança para viver. É incrível que nos sentimos acolhidos, mesmo com o mundo todo a nossa volta estando ruim e parecendo desmoronar. É como uma carga de bateria no dispositivo que está com as funções debilitadas por falta de energia. Ela me abraçou, calada e assim permaneceu por alguns minutos. Nossos corpos se conversaram através do mover das mãos nas costas e ombros. Me senti segura, protegida, entendida, amada. Instantes depois ela se afastou e me olhou. Olhou profundo com seus olhos verdes, grandes, e marejados em lágrimas que realçavam a cor cristalina. Acariciou meu rosto e me beijou a bochecha. Tornou a abraçar e só então falou com a voz carregada de um nó na garganta, seguida de um suspiro profundo:

- Minha menina! Graças a Deus está viva!


Fim do capítulo


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Comentários para 75 - Colo de mãe:
mtereza
mtereza

Em: 18/04/2022

Comemorei rápido demais tinha esquecido da sua implicância sádica com a Alice kkkk


Resposta do autor:

Kkkkkkkkk Alice é forte!!!! Aguentaaaaa

Responder

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paulaOliveira
paulaOliveira

Em: 13/04/2022

Paz pra Alice? Pra quê né kkkkk
Resposta do autor:

hehe essas defensoras da Alice viu.. rsrs Não me deixam nem judiar da bichinha em paz srsrsrs

Responder

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patty-321
patty-321

Em: 12/04/2022

Oh Alice, que judiacao.  Mãe é realmente tudo de bom. Ela vai lutar agora com mais vontade.tadinha da Laura.


Resposta do autor:

Ah lá! OUtra defensora de Alice rsrsrsrs Estou perdida com esse povo que não de deixa judiar da Alice em paz rsrsrsrsrs

Responder

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Atrevida
Atrevida

Em: 12/04/2022

Mana tu pensou em parar de escrever? No bonde das preta ninguém pula fora do ponto tu ainda tem 300 história pra mandar uma letra. Depois pode se aposentar. Fiz perfil só por tua causa não desiste! Depois do sofrimento quero ver a volta por cima agora só na subida da ladeira nos capítulos que vem!


Resposta do autor:

Não pretendo parar de escrever rsrsrsrs ainda terão outras histórias envolvente vindo dessa mente inquieta!!

 

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Rafaela L
Rafaela L

Em: 11/04/2022

Não vi nada.Não entendi!

Responder

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Rafaela L
Rafaela L

Em: 11/04/2022

Senhorita Klarowsky,pegou Alice pra judas mesmo! Que coisa!!!

Alivia aê dona autora!

Natural a reação da Alice.Fase dessas é um passo a passo lento e doloroso.E acaba que quem está mais próximo, será com quem mais ela irá estressar-se.Ainda mais, sendo a mulher que ela ama! Vendo-a de forma tão vulnerável. Cansaço das duas mental e físico.

Põe a Tati em cena pra Alice, pôr um croped e reagir!  Rsrsrs.

Poderia ter umas letrinhas a mais hoje.Li tão, tão,mais tão devagarinho,pra não acabar.Tenha dó de mim.Estou com abstinência! Parei de ver a série pra ler atualização que chegou em meu e-mail. 

Convenci? 

Espero que sim!! rsrsrs beijos

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Resposta do autor:

Tem mais do que atualização no seu e-mail. Veja lá;)

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