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Marina ama Biatriz por Bel Nobre

Ver comentários: 2

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Palavras: 2026
Acessos: 1194   |  Postado em: 02/04/2022

Capitulo 2

                                               

 

                                           CAPÍTULO 2 - 

 

 

 

Estava deitada na cama ouvindo Billie Eilish, influência do meu irmão Marcos, com o quarto todo escuro, só a luz da lua entrava pela janela. A voz da garota era linda e eu já estava repetindo pela terceira vez. Quando bateram na porta do meu quarto, mandei entrar. Era minha irmã Virginia, dez meses mais nova do que eu. Se você estiver se perguntando como isso é possível, vou explicar.

Seu Alberto, meu pai, era aquele tipo de pai das antigas: provedor, que saía todos os dias e só voltava tarde da noite, que os filhos menores só veem no churrasco da família e amigos ou quando alguém pisa na bola.

Pois bem, minha santa mãe, quando ganhava neném, antes de terminar o resguardo, o animal do meu pai já estava atrás dela igual coelho. Portanto, de dez em dez meses nasce uma criança ou duas. Minha mãe pariu duas vezes gêmeos: eu e Marcos e os caçulas, Marcio e Marcilio.

— Essa música é linda, né? Qual o nome? — Minha irmã deitou ao meu lado na cama e me deu duas barrinhas de chiclete sabor morango, que tirou do seu pacote amassado de Trident. Aceitei e joguei dentro da boca. Ficamos ali fazendo bola e papocando.

— É a música nova da Billie Eilish. O Marcos que me apresentou e agora estou apaixonada. Olha ela aqui. — Mostrei no celular ela cantando no Youtube, uma loira de cabelo azul bem moderna, quase, bem dizer, da nossa idade.

— Ela é linda também. ― Virgínia se ajeitou ao meu lado, tomando meu travesseiro e ficando de lado, toda virada para mim. ― Pensei que você estivesse com alguém aqui no quarto, alguém do colégio.

—Não... ― Tentei puxar um travesseiro de baixo da sua cabeça, puxando junto seu cabelo enorme. Ela deu um gritinho, segurou o cabelo e jogou o travesseiro, que bateu de leve no meu rosto. ― Não gosto de convidar ninguém, elas ficam logo ou já vem apaixonadas pelos meninos e nem ligam mais pra mim ou só querem ser minhas amigas por causa deles. — Fui sincera. Isso me chateava muito, as meninas fingirem que são amigas da gente.

— Eu também detesto isso nas garotas. ― Depois, mais séria e meio indecisa se contava ou não, jogou a bomba: ― Marina, você já beijou na boca? ― Vivi perguntou e eu fiquei logo de orelhas em pé. Se ela estava perguntando, era porque ela já tinha beijado.

— Está louca? Nunca. Nem namorado eu tenho. Será que a gente não é muito nova para isso? — Fingi espanto, pois eu também já vinha pensando nisso, mas e se eu confessasse e ela fosse dizer para alguém? Eu ia morrer de vergonha.

— Pois eu já, e, se disser para a mamãe, eu morro negando e não te conto mais nada — ela confessou com a cara mais lisa do mundo.

— Vivi, você só tem 14 anos, não pode sair por aí beijando os garotos, vai ficar falada no meio deles. — Agora eu estava preocupada e ela parecia não dar a mínima importância à minha preocupação.

— Foi com um garoto lá do colégio. As meninas estavam todas loucas para ficar com o novato. Ele é lindo, parece o Jacob, aquele lobo dos vampiros, aquele, Marina, que a Bela largou pra ficar com o vampiro — minha irmã tentava explicar e exaltar a beleza do garoto que tirou o seu BV.

— Mesmo assim, Vivi, você é muito nova. Nem eu que sou mais velha não beijei ainda. O beijo é coisa séria para mim. Tem que rolar aquela química e até agora não rolou.  Me diz, o que você achou? Foi bom? Ele beija bem? — Fiquei interessada. Não que eu quisesse experimentar, mas não custava nada saber e aprender, pra quando chegasse minha vez.

― Péssimo, babado e com gosto de xilito de cebola, e tem mais, foi só um selinho, não tive coragem de beijar de língua, fiquei com nojo. Quando eu me interessar por alguém para namorar, vou pensar se quero beijo de língua ou não.

Eu e minha irmã ficamos ainda um tempo conversando. Ela foi para o seu quaro fazer as tarefas do colégio e eu fiquei pensando na vida. Minha mãe não ia gostar nadinha de saber que a Vivi andava de namorico e, se o papai soubesse, ia botar a culpa na minha mãe, como sempre. Tudo que não prestava era sempre culpa dela.

Ele nunca foi presente em nada, não conhecia o professor de nenhum dos filhos, nunca foi a uma reunião da escola. Não me lembro de vê-lo levar minha mãe a lugar algum, fosse cinema, barzinho ou até mesmo à missa e olha que minha mãe é linda. Bem, talvez fosse esse o motivo de ele não sair com ela. Para evitar que outros a vissem e a roubassem dele. Se não fosse por meus irmãos, que arrastavam minha mãe para todo lugar, praia, churrascaria e passeios, ela não sairia de casa. Quando algo assim acontecia, eu sempre ouvia meu pai reclamando.

— Não sei o que tanto tu fazes na rua. Tá faltando alguma coisa em casa? — Mais um dia, mais uma reclamação do seu Alberto.

— O que tem demais eu sair com um filho? O Marcelo me levou para tomar sorvete e comprar umas coisas aqui pra casa e, também, ajudar ele a comprar um presente para a namorada.

— E semana passada? Quando cheguei, a senhora não estava em casa.

— Semana passada, o Matias queria comprar umas roupas e pediu minha opinião, depois fomos jantar fora.

— Aqui não tinha comida, não? Sabia que eu fui dormir com fome?

— Porque quis! No fogão tinha comida e suas mãos não caem se colocar a sua própria comida no prato. Seus filhos são todos homens e na hora que estão com fome colocam a comida, lavam o prato e guardam. Ainda lavam suas cuecas, fazem suas camas, dobram suas roupas e não morrem e nem deixam de ser homens por isso. Aprenda com eles, um dia você pode precisar. — Fabiana soltou os cachorros em cima do marido, já estava cansada de tanta reclamação. Ela não era empregada dele.

— Eles não têm mulher, eu tenho! Você é que tem que fazer pra mim! Ora, onde já se viu? Depois de velha, querendo ser moderna. — Tentou menosprezar a esposa, que não ficou calada.

— Pois esta velha aqui não é sua empregada e nem sua esposa na cama! Eu sou a mãe dos seus filhos e exijo respeito! Se não estiver satisfeito, se mude! — Um silêncio pairou na casa e minha mãe deu a discussão por encerrada.

Depois de ouvir essa discursão, eu tive a certeza de que, na intimidade, eles não estavam vivendo um mar de rosas. Minha mãe era linda e digo mais, sempre que tinha reunião de pais e alunos no colégio, meus colegas diziam que minha mãe era uma gata e, se meu pai pensava em querer humilhar e diminuir a autoestima da minha mãe, agora ele se enganou redondamente.

Isso eu não ia permitir! Passei a chamar ela para sair comigo, convidava na frente dele mesmo, chamava pra fazer as unhas, fazer cabelo, comprar roupas, ir ao cinema. Quando ele reclamava, ela dizia:

— Para onde minhas filhas quiserem ir, eu vou junto! Melhor que vão comigo do que com estranhos. Quando elas já puderem sair a sós com as coleguinhas, elas irão, pois, que eu saiba, nenhuma delas é prisioneira. Vão viver como qualquer adolescente da idade delas.

— Vai dando corda, depois elas estão iguais essas meninas que andam por aí. Que não respeitam ninguém, que ninguém sabe quem é o pai, ou o filho.

— Eu sei como estou educando minhas filhas e garanto ao senhor que elas saberiam distinguir o certo do errado.

 Minha mãe encerrou o assunto pegando na minha mão como a me garantir que sempre estaria do meu lado, no riso ou no choro.

Minha mãe... Dessa eu passaria a eternidade falando a respeito sem me cansar. Dona Fabiana, só suponho, não tenho certeza de que ela nasceu para ser a nossa mãe e dona da nossa casa. Casou-se muito nova e, aos dezoito anos, já era mãe e do lar. Somos oito ao todo e, dessa forma, seu tempo era todo para nós.

Tem a dona Laura, que trabalhava com a família desde sempre e ajudava minha mãe na administração da casa, mas, na parte da educação, minha mãe fazia questão de estar presente. Acho que esse foi o principal motivo para eu ter pulado de série quando fui para o colégio.

Nos primeiros anos, eu ouvia minha mãe alfabetizar meus irmãos mais velhos e aprendi de ouvido. Aos quatro anos, eu já lia e escrevia alguns nomes. Quando mamãe percebeu, eu já estava fazendo a tarefa com Mateus, dois anos mais velho do que eu, quando tinha sete. Fiz uma prova de aptidão e entrei na segunda série do fundamental, mesma classe das crianças com nove anos.

Como sou grandona, as outras crianças não estranharam, pensavam que eu tinha nove ou dez anos como elas. Lembro que, mesmo naquela época, eu já me sentia estranha, como se eu não pertencesse àquele lugar ou não me encaixasse no padrão da família tradicional.

— Marina! — Pulei de susto. Minha amiga, Rosely, estava aos berros lá embaixo, tirando-me do devaneio.

Estava atrasada para o jogo. Corri para o banheiro, passei a mão molhada nos cachos rebeldes e indomáveis que eram meu cabelo, apliquei um pouco de creme e prendi com uma liga num rabo de cavalo.

Eu tinha uma pele marrom da cor de chocolate, por essa razão assumi com orgulho que era negra. Não era morena e nem parda, era negra de cabelos afros, olhos castanhos amarelados, nariz bem redondinho, boca carnuda, duas covinhas no rosto quando sorria e dentes brancos, pequenos e separados. Era toda grande, pernona, bundona, menos os seios, que mal cabiam na minha mão. Sabia que era bonita, não era cega, mas ainda assim, sentia aqui dentro de mim que alguma coisa não estava certa.

Não era normal uma garota com quase dezesseis anos de idade nunca ter sido beijada ou se apaixonado por qualquer um como toda adolescente. Até minha irmã mais nova já tinha sido beijada, menos eu. Via o tempo passar por mim, mas ninguém me fazia ter aquele desejo, era como se eu fosse desprovida de coração. Todo mundo que eu conhecia era afim de alguém, um monte de meninos queria ficar comigo e eu não queria ninguém.

— Já vou! Calma! Só pra constar, a casa tem campainha, então para de gritar! — falei alto, debruçando na janela aberta. Gostava de dormir com a janela aberta, o vento frio que vinha da rua na madrugada era mais gostoso que o vento quente que vinha das hélices do ventilador.

— Vou indo na frente, então! Houve uma mudança na chave do nosso time, vamos ser as primeiras a jogar e não acho interessante chegar atrasada hoje. Sabe aquela menina novata? Aquela lá da rua de baixo? Vai jogar — continuou a gritar como se eu não tivesse dito nada.

— Chego lá já, já — dito isso, entrei às pressas, terminando de me arrumar. Dei uma arrumada básica na colcha da cama, borrifei um pouco de Carolina Herrera, meu perfume predileto com que minha mãe havia me presenteado. Desci a escada da forma tradicional para não ser pega pelo meu pai, mas desci correndo e gritando enquanto pegava a bicicleta esquecida em um canto do jardim.

— Mamãe, vou lá pra quadra! — Não esperei a reposta. Conectei meus fones de ouvidos, rolei a playlist em busca da música “Ela não” da Ludmila. Montei a bicicleta e desci a ladeira que me levaria a quadra.

 

Fim do capítulo


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Comentários para 2 - Capitulo 2:
Lea
Lea

Em: 01/05/2022

Gostei dessa "nova" Fabiana,com um pouco mais de voz. 

Marina me encanta.

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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 03/04/2022

Hoje vc se apaixona Marina.


Resposta do autor:

ainda falta um pouquinho, mais o caminho esta aberto.

Responder

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