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Marina ama Biatriz por Bel Nobre

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Palavras: 1695
Acessos: 1061   |  Postado em: 03/04/2022

Capitulo 3

                            CAPÍTULO 3 - 

 

 

 

 

 

A quadra estava lotada, era sempre assim em dias de jogo das meninas. Mesmo as meninas ainda não jogando lá essas coisas, o motivo era o time estar sempre desfalcado. Toda vez que um pai machista descobria que a filha estava jogando futebol, tirava a garota, que muitas vezes era até proibida de andar com a turma. Mesmo assim, sempre havia uma boa plateia. Quase todos os garotos do bairro vinham, alguns para paquerar, outros para se exibir e outros pelo futebol mesmo.

Fui chegando de mansinho e deitando a bike no meio fio e ali mesmo me sentei. O jogo já estava no finalzinho do primeiro tempo e, na defesa, posição em que eu costumava jogar, havia uma novata. A menina que morava na rua debaixo estava se saindo muito bem, diga-se de passagem, mas meu santo não bateu com o dela. Tinha uma coisa nela que não me deixava à vontade. Nem adianta me dizer que estava com ciúmes porque ela estava jogando no meu lugar que não era verdade, eu só não sabia o que era, aliás, eu também não sabia muita coisa na minha vida.

Quando o juiz apitou o fim do primeiro tempo, todos correram para o bar do seu João, que ficava em frente à quadra, na pracinha. Todo mundo aguardava ansiosamente o momento em que Glaucia, Betânia e Lara, que eram as únicas acima de dezoito anos, fossem comprar a cerveja. Nessa hora era um derramamento de água infernal. Todas do time esvaziavam as garrafinhas d’água para encher quando o trio voltasse e colocavam as garrafas em cima da mesa aguardando o líquido proibido.

Certa vez, quando fui beber, não gostei nem um pouco do sabor amargo, embora o cheiro fosse bom. Nunca mais tentei beber aquilo, gostava mesmo era de Coca-Cola bem geladinha com rodelas de limão e gelo, isso sim eu bebia até estufar a barriga. Seu João, o dono da mercearia, não vendia para menores. A pessoa podia até beber, mas que a garrafa não fosse entregue pelas suas mãos. Quando perguntavam, ele sempre falava: “rapaz, afinal, o que são três cervejas para vinte e uma meninas explodindo adrenalina pelos poros? Isso não dá nem meio copo para cada uma. Essa meninada aí toda tem mais de quinze anos e garanto que, em festas de família, elas bebem mais do que isso”.

— Marina, chega aqui — chamou o treinador do outro lado do balcão, secando o rosto em uma toalha laranja, cor do nosso time.

— Diz aí, treinador. ― Coloquei meu refrigerante em cima da mesa próxima enquanto esperava ouvir o que ele tinha a dizer.

— O desgraçado do Madureira tá vindo pra cima da gente com garra, querendo mandar a gente pra casa mais cedo. A Ana Clara tá dando conta do recado do jogo duro e ela tem mais tempo com bola do que você. Vou colocar ela no segundo tempo e vou te deixar de molho no banco. Caso ela fique cansada, você entra, tudo bem? ― Ele derramou uma garrafinha de água na cabeça, molhando tudo próximo. Fui obrigada a pular rapidamente para trás, senão meus tênis brancos ficariam enlameados.

― Para mim, está de boa. Se o senhor acha que é melhor, vou ficar no banco assistindo. Qualquer coisa, estou aqui. ― Eu tinha certeza de que não era tão boa quanto a outra menina e, se eu quisesse que meu time ganhasse das cretinas que jogavam no Madureira, o melhor era ficar no banco.

Para ser sincera, eu não era louca por bola como minhas amigas. Gostava, sim, da adrenalina, usava o jogo como um meio de me manter em forma e, no meio da galera, tinha a chance de conhecer alguém que pudesse me interessar. Adorava a sensação de pertencer a um grupo, os passeios aos locais onde o time ia jogar, as vezes em que viajava no final de semana para outra cidade sem pai, mãe ou irmãos, bastando que os pais assinassem uma autorização e pronto. Amava me sentir livre, ser qualquer coisa longe da minha família.

— Que é isso, professor?! Bota a Marina no segundo tempo! — falou uma Betânia nada satisfeita com a decisão do treinador.

Lara, sua namorada, até tentou conter os ânimos e, do nada, uma confusão se formou. Todo mundo dava uma opinião diferente e a tal Ana Clara, que era bem bonitinha além de jogar muito, estava no canto, rodando um piercing na sobrancelha. Quando percebeu que eu a observava, sorriu, meio encabulada, e fez gesto com a boca pedindo desculpa. Eu já ia responder quando ouvi um apito ensurdecedor no ambiente. Era o treinador.

— A novata entra e a Marina fica no banco! Todo mundo na quadra agora! Acabou o intervalo!

O barulho voltou ainda mais forte e elas foram caminhando para a quadra. Betânia estava revoltada e não parava de argumentar, querendo fazer valer seus direitos de capitã do time. O treinador não deu importância ao que ela dizia.

— A novata entra e a Marina fica no banco e ponto final! Você quer ficar com ela? — Ele foi categórico e minha amiga teve que retroceder na arrogância, me olhando como se pedisse desculpas.

Fiz um sinal de que estava tudo bem. Sinceramente, eu também não estava muito afim de jogar e fiquei por ali mesmo, só olhando. De vez em quando, a novata voltava os olhos para a minha direção.

— Olha só, gostosona, a novata está te secando com os olhos — Rosely, minha melhor amiga e alucinada pelo meu irmão número 3, Matias, falava e batia seu joelho no meu, quase me derrubando.

Eu sabia que ela estava me paquerando, não era tão inocente a ponto de não perceber. No meu colégio, a metade das meninas namorava as outras. Mesmo nunca tendo interesse, era comum eu receber bilhetinhos, mensagens, bombons, houve até mesmo uma do terceiro ano que me mandou rosas. Nunca respondi ou correspondi nenhuma e nem incentivei. Certa vez, rolou uma aposta sobre quem iria me beijar primeiro, se era um garoto ou uma garota. A Rosely descobriu e deu um baile, mas, como sempre, não dei muita importância. Por isso não sorri de volta quando a novata fez gestos dizendo que o gol que ela fez era para mim. Era melhor não dar corda, até porque eu não havia gostado do jeito dela.

— Está vendo? Eu te falei. Ela até que é bonitinha. Se eu não fosse apaixonada pelo Matias, quem sabe, né? — Rosely sorria enquanto falava.

Nós duas sabíamos que ela nunca gostou de garotas. Quanto a mim, eu não gostava de ninguém, menino ou menina.

Não entendia muito bem como as coisas funcionavam entre duas garotas, mas o que eu via entre minhas amigas era que uma sempre era mais ativa que a outra. A outra era sempre mais doce, mais feminina... Aí essa garota nova surgiu, mais feminina do que eu, mandando beijos. Será que ela estava confundindo as bolas? Ou era metida a conquistadora e achava que podia sair por aí paquerando os outros? Não dei nem moral.

“No dia que encontrar alguém que eu queira, vou saber. Ou então essa pessoa vai me ganhar na raça”, pensei comigo mesma, afinal, parecia que eu não tinha coração.

— Não sei, Rosa, tem alguma coisa nessa menina que não me agrada. Juro que não é o fato dela estar jogando no meu lugar, é mais como se ela fosse fazer alguma coisa de ruim para mim, entende? — Eu esperava que ela soubesse a resposta.

— Sexto sentido. Isso que você está sentido é seu sexto sentido te avisando, te deixando alerta, ou então é porque você não tem química com garotas, assim como eu — ela explicou.

Rosely tinha apenas 18 anos, mas já havia sofrido o diabo com um ex-namorado. Por causa dele, ela parou de estudar e perdeu um bebê com 3 meses de gestação. Graças a Deus, conseguiu terminar tudo com ele e voltou a ser a mesma garota de sempre. Ela tinha muita sabedoria.

A novata, que no segundo tempo impediu o adversário de fazer um gol, me procurou com os olhos, fazendo um coração juntando os dedos e colocando em cima do peito. Fiz de conta que não tinha visto nada e com isso Rosa caiu na gargalhada.

Depois do gol da Betânia dando a quase vitória para o Laranja de ouro, meu time, resolvi ir para casa mais cedo. Estava em um daqueles dias em que nada tinha graça, um tédio total. Como não estava de bem comigo mesma, não iria estragar a curtição de ninguém. Se eu ficasse, a galera iria querer saber o motivo da minha chateação e iriam tentar me alegrar sem conseguir, ou seja, se já era complicado eu mesma não saber o motivo de estar assim, imagina tentar explicar para quem quer que fosse.

A quadra ficava duas ruas depois da minha e aos finais de semana tinha um certo movimento, então não era perigoso ir sozinha, mesmo sabendo que as meninas não gostavam quando eu voltava sozinha, pois minha mãe confiava nelas. Voltar só era quebrar essa confiança. Ainda assim, mandei uma mensagem para Betânia e Lara, que ainda estavam jogando, informando que fui para casa. Eu me despedi de Rosely e, devagarinho, fui empurrando a minha bicicleta.

Em casa, guardei a bike e subi para o meu quarto numa tristeza sem fim e sem motivo aparente. Já na cama, coloquei meu fone de ouvido, procurando uma música que prestasse. Às vezes, me batia uma tristeza muito grande misturada com uma saudade de não sei quem. Essa angústia muitas vezes era insuportável. Quando ocorria, eu me trancava no quarto, colocava “My Immortal”, da banda Evanescence, na playlist e chorava até dormir.

Entretanto, naquele dia eu não estava conseguindo dormir. Busquei na playlist alguma música que levantasse meu astral. Nada. Fiquei ouvindo Ana e Vitoria, gostava das vozes delas e a letra da música “” era belíssima. Em seguida, ouvi “Dona de mim”, da Iza. Na metade da música, adormeci.

 

Fim do capítulo


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Comentários para 3 - Capitulo 3:
Lea
Lea

Em: 01/05/2022

Marina não se cobre. A coisa mais normal do mundo é não saber do que gosta,do ué quer,e você sendo uma adolescente então.

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