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Amoras por Klarowsky

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Palavras: 8729
Acessos: 1041   |  Postado em: 28/03/2022

Domingo

Laura

Acordei no meio da noite para ir ao banheiro e, na volta, fiquei admirando Alice dormir. Parece uma pintura barroca, de tão perfeita e sensual. Ao contemplá-la, meu coração se descompassa e me sinto inebriada de ternura e apreço. Nosso dia foi pra lá de especial, recheado de emoções e surpresas, desde a descoberta de que ela é a minha menina que a vida inteira me acompanhou na memória em um lugar super especial, até o fogo incontrolável que nos tomou o dia inteiro. Nunca transei tanto em um só dia. Me senti desejada em todos os segundos, mesmo em momentos rotineiros como alimentação, ainda assim, o olhar da Alice me encontrou e estava carregado de desejo e sedução. Ela tem um jeito único, uma linha tênue entre a inocência e leveza de menina à atitude e paixão de mulher, e isso, me encanta. Se estou apaixonada ou sendo conquistada, é exatamente essa dicotomia que me revira o juízo. Ao mesmo tempo em que sua expressão está cheia de desejo, seu jeito descontraído e alegre, transforma tudo em uma atmosfera leve. Sua sedução está na atitude, aparentemente, despretensiosa. Me surpreende a cada beijo, vez a vez mais envolvente. Transar com ela é quase como um coito infinito. Mal acaba de atingir o ápice, e seu sorriso se abre à procura de mais. Me sinto completamente envolta nesses sentimentos e sensações inebriantes. Surpreendeu-me com a atitude de cozinhar, e o fez com maestria. Não bastasse ser excelente profissional na área dos negócios, ainda já foi em busca de se aperfeiçoar na gastronomia. Estaria mentindo se não assumisse a mim mesma, que queria que ela cozinhasse todos os dias para mim. E pra completar, me levou a um passeio na infância, proporcionando uma experiência incrível de vivenciar a mesma sensação que o doce da minha mãe me causava. Um misto de saudade, com gratidão no presente. Nem os melhores chefes que já contratei para os restaurantes que tenho, conseguiram acertar o ponto do suflê de goiabada que eu insistentemente pedia na tentativa de matar essa saudade doída, que me aperta constantemente o peito. Nosso encontro vai além do físico. Transcende a alma. E contra isso, eu não consigo lutar na tentativa de ficar no meu mundo, com controle de tudo. Alice me faz perder todo o controle. Ela é o oposto do que desenvolvi a vida inteira. É livre, leve, aventureira, incerta. Com a mesma intensidade que se entregou, deitada na palha, me amou no algodão trezentos fios do bangalô imponente. A mesma alegria com que tomou a água de côco no parque, tomou a champagne importada, sem mudar sua linda e cativante expressão. Em meio aos muitos pensamentos, a beijei a face enquanto dormia e a abracei, envolvendo-a nua, em meus braços, adormecendo em seguida. Acordei sendo beijada, com muitos beijinhos por todo o rosto. Sorri antes mesmo de abrir os olhos, e contemplá-la, fitar-me com os olhos brilhando.

- Bom dia, bela adormecida! – ouvi sua doce voz.

- Bom dia! – respondi sorrindo, com voz de sono.

- Já chega de dormir, estou com saudades de você.

Nos abraçamos, num abraço carinhoso.

- Dormiu bem? – perguntei cheirando seu cabelo.

- Uhum! Feito um anjo, e você?

- Também. Acho que estávamos um pouco cansadas – sorri ao responder.

- Só um pouquinho – ela sorriu e me apertou – Uma canseira boa. Vamos tomar café?

- Vamos sim!! Que horas são?

- Não faço ideia. Meu celular está lá na casa. Você me trouxe pro mato, sem contato com o mundo externo.

- Que delícia!! Adorei te trazer para o mato e esquecer a chatice do mundo externo.

- Pode me trazer sempre. Eu amei a experiência – me beijou o rosto carinhosamente - Vou pra cozinha, preparar nosso café. Te espero lá.

- Ok! Só vou fazer a higiene matinal.

Beijou-me rapidamente na bochecha e saiu, envolta no hobbie de seda, tão linda que parecia ter acabado de sair de uma pintura. Apressei-me em me arrumar e, logo fui para a casa.

Ao entrar na sala, o cheiro do café recém passado invadia o local. Alice cantarolava, preparando ovos mexidos, não me viu chegar. A abracei pelas costas, cheirando seu pescoço. Rapidamente virou-se de frente e me beijou a boca. Seu hálito quente de café, me despertou sensação de conforto e bem estar.

- Fiz café do jeito que eu gosto, forte e sem açúcar – fez uma careta ao falar – Não sei se você gosta.

- É exatamente assim que gosto! – falei pegando a caneca que ela tomava e tomei também – Que delícia!!! – revirei os olhos ao falar – Desse jeito, vou te levar pra casa pra ser a cozinheira oficial.

Ela sorriu alto, continuando a mexer os ovos.

- Achei que teria cargo mais elevado, mas aceito, se for pra todos os dias estar com você.

- Contratada, então. Também pode dormir e ficar comigo – brinquei sorrindo.

- Já melhorou! – respondeu gargalhando - Achei que iria só cozinhar.

A abracei forte, e beijei seu rosto.

- Você é tão linda!

- Obrigada. Você é mais que eu – me beijou rapidamente e saiu do abraço, indo em direção do armário pegar pratos – Venha comer, tenho que cuidar certinho da patroa.

- Isso aí! Faz o trabalho bem feito, se não, não tem salário.

- Quero o pagamento em sex* - falou mordendo os lábios inferiores – Topa?

- Uau – gargalhei – Mas é claro que sim.

- Vou providenciar o contrato – me piscou sorrindo.

Ao acabar de comer, Alice me olhou com expressão sapeca.

– E o que vamos fazer hoje?

- Vou ligar pro Tom e saber a hora que o piloto vem nos buscar, mas temos toda a ilha só pra nós – pisquei a ela que sorriu.

- Na volta vamos pra Sampa ou pra fazenda?

- Pra Sampa. Tem heliponto na empresa, de lá te levo de carro pra sua casa.

- Ok – falou e segurou minhas mãos por cima da mesa - Eu amei tudo, obrigada.

Afastei a cadeira e a puxei, fazendo-a sentar em meu colo e a abracei, beijando-a boca.

- Eu que agradeço. Foi e está sendo maravilhoso ficar com você.

Ela envolveu os braços em meu pescoço e me beijou carinhosamente.

- Se algum dia me perguntarem qual minha história de amor preferida, vou falar que é a nossa – falou enquanto me beijou – Só em romances acontece esse encontro depois de anos.

Meu coração disparou ao ouvir isso. As sensações que Alice me causa, só são possíveis descrever em grandes histórias românticas, mesmo. Eu não sabia que era possível vivenciar isso, na prática.

- Podemos dividir a preferência? – perguntei a abraçando – E se tiver um livro sobre isso, compro a patente e mando gravar um filme.

- Pode sim – me olhou profundamente – Você é meu sonho de vida, Laura. Por mais que eu tente, não consigo esconder. Sou encantada por você.

- E por que esconder? – perguntei dando de ombros – Sentimentos, a gente sente, não explica, nem esconde.

- Ah! Sei lá – me olhava profundo ao falar – Você é a Laura Veigas – arregalou os olhos – A super Laura – deu de ombros – Deve ouvir isso a cada final de semana, em um lugar diferente, de alguma pessoa diferente.

Sorri sem vontade, e franzi o cenho, estranhando.

- Isso é o que você pensa? Está muito enganada.

- Laura – revirou os olhos – Eu só tenho cara de boba, mas não sou. Você tem de tudo para poder escolher quem quiser.

- Por isso escolhi você! – a beijei – E não sou esse tipo de pessoa que está falando. Até me chateia saber que pensa isso de mim.

- Não se chateie, por favor – me abraçou forte – É a ideia que sempre tive de você.

- Que sou garanhona e levo mulheres para lugares diferentes, a cada final de semana? – perguntei com o cenho franzido.

- Não necessariamente nessa ordem, mas pensava que sim, não que eram mulheres, pois não sabia que era lésbica, mas imaginava que você ficava com quem quisesse, a hora que quisesse – deu de ombros – Pelo amor de Deus, você é a super Laura Veigas.

- E daí que sou Laura Veigas? – sorri estranhando o que me falava – Acho que você precisa conhecer um pouquinho mais de mim.

Ela me beijou, segurando meu rosto com as duas mãos.

- Então me conta! Quero saber tudo sobre você.

- Conto com prazer.

Nos beijamos e Alice se levantou.

- Vamos lá pra fora? O dia está lindo.

- Vamos sim. Só vou pegar o celular pra falar com o Tom.

Fomos em direção a sala, peguei o celular na bolsa e saímos para área externa. O dia realmente estava lindo, ensolarado e quente. Alice andava à frente, descalça na grama, olhando os detalhes do paisagismo e falando assuntos aleatórios. Mandei mensagem para o Tom, assim que encontrei sinal.

Laura: Bom dia Tom. Me informe o horário que está programado o vôo para que possamos nos planejar aqui.

Assim que enviei a mensagem, uma flor surgiu à minha frente. Alice com um sorriso maravilhoso, me olhava com olhos brilhantes me oferecendo uma singela flor de hibisco, rosa.

- Flor para a minha flor - falou sorrindo timidamente.

Peguei a flor e a abracei pela cintura, beijando-lhe os lábios.

- Obrigada!! – agradeci gentilmente

Alice me olhava encantada.

- Me empresta seu celular? Preciso fazer uma coisa urgente.

Entreguei o celular a ela, estranhando o que tinha de tão urgente em fazer.

- Olha para o sol – ordenou e obedeci – Agora sorri - e espontaneamente um sorriso brotou em meus lábios, sem o menor controle – Lembra do nosso primeiro beijo – sorri e fechei os olhos com a deliciosa lembrança - Prontinho. Agora me manda essa foto. Quero guardar esse momento – pediu, me entregando o celular – Você está maravilhosamente linda – me beijou os lábios e saiu andando à minha frente.

Procurei a foto na galeria e o ângulo estava perfeito, demonstrando exatamente como me sinto: feliz e radiante.

- Só você mesmo, Alice Stromps – falei sorrindo – Eu também quero registrar você.

- Ah, não sou fotogênica – falou, andando à frente – Vamos ali na sombra, conversar e quem sabe você encontre um ângulo bom.

Sentamos à sombra, próxima do bangalô.

- Posso tirar o hobbie? – perguntou fazendo uma expressão sapeca – Seda é quente no sol, e estamos sozinhas..

- Claro que pode! Nem precisa pedir – respondi sorrindo – Fica à vontade.

- Tira também – me pediu, abrindo seu hobbie, deixando-o cair na grama e deitou-se sobre ele. Ao contemplar seu corpo lindo, totalmente nu, livre no espaço, minha intimidade reagiu.

- Você falou que queria conversar – sorri

- Sim, vamos conversar – me olhou sorrindo, com expressão sapeca – Não necessariamente conversa verbal.

Sorrimos e nos abraçamos, beijando a boca. Alice desamarrou meu hobbie enquanto me beijava e antes que eu pudesse ter a iniciativa de tirar, me despiu e beijou-me os ombros.

- Lindaa – falou, me olhando o corpo e me beijou a boca com vontade e sedução.

- Então, o que quer saber de mim? – perguntei, assim quem arrumei sobre o hobbie, apoiando a cabeça na mão.

- Quantas já trouxe pra cá?

- Só você.

- Aham – revirou os olhos – Eu era virgem antes de ficar com você – falou debochando.

- É sério! – sorri dando de ombros – Só vim aqui com a família.

- Nem a ex? – perguntou franzindo o cenho.

- Não. Comprei aqui depois que terminamos.

- E isso faz tempo?

- Que comprei ou que terminei o namoro? – perguntei sorrindo.

- O namoro.

- Vai fazer dois anos.

- E como ela era?

- Está bem curiosinha né?!

- Tem problema em falar sobre isso? – me perguntou com o cenho franzido.

- Não. Problema algum. Já é assunto resolvido – dei de ombros – A Tati é uma mulher bem diferente de você. Alta, morena clara, fortinha.

- Hum! Tati – me olhou profundamente – E, nunca mais a viu?

- Não. Desde que tudo acabou, nunca mais nos vimos.

- Entendi! – me sorriu, olhando profundamente – E se ela surgir? Vai trazê-la aqui?

- Que pergunta mais esquisita – franzi o cenho – Se ela surgir, não quero falar com ela, e jamais a traria aqui.

- Por que, não quer falar com ela?

- Porque foi um término chato, com traição dela, e sofri muito com isso – suspirei com as lembranças – Aqui é restrito a pessoas especiais.

- Que honra – me sorriu e me beijou os lábios – Eu falo, que está me deixando mal acostumada – Deitou-se ao meu lado, sorrindo lindamente. Imediatamente a fotografei.

- Consegui a foto que queria! – vibrei – Que mulher mais linda eu fui encontrar nesse mundão de Deus.

- Deixa eu ver? – me puxou a mão com o celular – Olha, pegava essa gata hein – falou sorrindo.

- Nem vem, que quem está pegando, sou eu – sorri a abraçando e deixando o celular de lado.

- Então pega de jeito! – falou, me mordendo o lábio, segurando minha nuca, e me beijando com vontade. Desceu a mão pelas minhas costas, me fazendo arquear em arrepios, sem parar de me beijar a boca com sedução e intensidade. A tomei pela cintura, virando-a por cima de mim. Beijei seu pescoço enquanto passava a mão por seu corpo, ela gemia em gemidos baixos e espaçados, empinando a bunda – Delicia ser sua – me falou no ouvido, me beijando o lóbulo da orelha. Segurei seu quadril, forçando-a contra meu sex* – Quero você – falei entre os beijos na boca. Alice me sugou a língua com lasciva e intensidade – Gostosa, quero você só pra mim – me falou em sussurro – segurei seus seios em ambas as mãos, preenchendo toda a palma, a olhei profundamente – Já sou, toda sua – Me beijou com vontade e sentou-se sobre meu quadril, segurando minhas mãos nos seus seios. Sem desviar o olhar, rebol*va sem pudor, numa dança sensual que me contagiou, com nossas intimidades se tocando. Segurei seu quadril, enquanto ela encaixou nossos pequenos lábios, e manteve a frequência de movimentos, nos fazendo gem*r de prazer, sentindo nossas intimidades se roçarem, molhadas de prazer. Seus seios balançavam junto com as investidas que dava em meu sex*, rebol*ndo sem parar, arqueando as costas com prazer – Não para - pedi, sentindo uma onda de calor em tesão – Laura, eu – me olhou profundamente, entrelaçando nossas mãos e segurando com força – Diz – pedi gem*ndo – Eu – senti meu corpo derramar-se em orgasmo e estremeci, gem*ndo de prazer. Alice continuou rebol*ndo e se esfregando em mim, e tão logo também atingiu o máximo de prazer, estremecendo todo seu corpo, arqueando as costas para trás, sensualmente. A segurei as costas e senti seu líquido límpido escorrer em minha intimidade. Com a respiração ofegante, deitou-se em meu corpo, me beijando a boca com intensidade e desejo – Eu sou apaixonada por você – me falou, fechando os olhos e sentindo a respiração pesada e curta – Eu também, estou apaixonada por você, Alice – falei em suspiros e sorriso. Ela deitou-se na grama, olhando para o céu e sorrindo.

- Nunca imaginei ouvir isso – falou, virando-se de lado, olhando para mim – Agora sim, é hora de tirar foto, e essa foto, absolutamente só você terá.

Procurei o celular na grama e imediatamente a cliquei, olhando para mim com o olhar faceiro e sorriso largo, cabelo bagunçado e respiração ofegante pelo prazer. Certamente a paisagem mais linda que poderia contemplar.

- Eu não canso de te olhar e te achar linda – falei espontaneamente.

- Somos duas, então!

- Foi uma delícia, mais uma vez!

- Foi mesmo. Não sei o que você faz comigo – sorriu – Não me canso.

- Isso eu já percebi – sorri também – Mas não posso falar nada, porque estou assim também.

Me abraçou e beijou a boca carinhosamente.

- O que eu posso fazer, se tenho vontade engolir você, cada vez que te beijo e não quero mais parar – falou entre o beijo – Essa boca deliciosa, me deixa maluca – me mordeu os lábios – Vou tirar um pedacinho e levar pra mim.

- Não!! Daí eu fico sem – sorri a beijando – E depois vai querer mais e não vai ter.

- Só um pedacinho? – me mordeu de novo – Vou pegar daqui então – e desceu para o pescoço, me mordendo de leve – E daqui – mordiscou o ombro.

A agarrei, colocando-a abaixo de mim.

- Se pegar pedacinhos de mim, vou pegar de você também – mordi seus lábios e queixo, a fazendo gargalhar – E vou pegar daqui também – peguei sua bunda com firmeza.

- Não! Daí eu já tenho pouco – gargalhava tentando se soltar – Se você pegar, não vai sobrar nada pra mim.

- Te empresto quando quiser – continuei a lhe apertar e mordiscar, fazendo cócegas – É só pedir.

- Não é justo! – me empurrava gargalhando – Você é mais forte e maior.

- Está arregando, senhorita Stromps? – falei em seu ouvido, lambendo-a no pescoço e orelha, causando arrepios e cócegas.

- Jamais – gargalhava e me lambia a orelha também, tentando se soltar e me fazendo cócegas – Ainda vou pegar um pedacinho seu, você vai ver.

- Duvido! – gargalhei a segurando com meu corpo e a beijei a boca com vontade.

- Não duvide de mim, Laura Veigas – falou com o cenho franzido pós o beijo – Eu posso te surpreender! – e me virou por baixo, com um golpe de artes marciais.

- Estou vendo – gargalhei – Vai me golpear, agora?

- Não! Só porque você é meu tesourinho – me beijou e levantou rápido – E quero ver se consegue me segurar assim, aqui..

E saiu correndo, nua, em direção a piscina. Gargalhei em vê-la correr. Não pensei muito, levantei rápido e fui correndo atrás. Ela pulou na piscina em um salto bomba, sorrindo feliz, espalhando água por todo lado. Pulei logo em seguida. Alice sorria na outra extremidade da água.

- Vai vir me pegar? – me desafiou

- Sim – e nadei ao seu encontro, ela desviou-se em mergulho por baixo do meu corpo.

Gargalhava animada, me olhando, com olhos lascivos.

- Quero ver o quanto está disposta correr atrás de mim - mordeu os lábios, com olhar sedutor.

- Ah, vai fazer joguinho? Não me desafie também, Alice Stromps – e nadei novamente ao seu encontro.

- Não aguenta desafios? – me falou assim que cheguei ao seu encontro, a segurando pela cintura, embaixo d'água.

- Adoro um desafio! Se duvida que eu faça alguma coisa, me desafie!! – falei a beijando a boca.

- Obrigada pela dica. Saberei usá-la – me mordeu o lábio com força, me envolvendo com as pernas sobre minha cintura, e os braços sobre meu pescoço.

- Você é terrível! – a beijei com carinho.

- Então, me conta – falou me olhando carinhosamente – O que faz nas horas vagas, quando não está cavalgando ou visitando ilhas privativas?

- Fico em casa, toco cello, treino, faço coisas comuns – respondi sorrindo.

- Treina o quê?

- Faço treino funcional, com personal. Inclusive, você o conhece.

- Eu? – franziu o cenho ao perguntar - Quem?

- O Gil.

- Gil? Bicha, bichérrima? – perguntou sorrindo.

- Sim!! Gil, bicha, bichérrima – sorri – A própria!

- Que legal! Ele é um fofo. O conheci num bar, mas não nos vimos mais.

- Estou sabendo – revirei os olhos ao falar – Ele me contou.

- Então, a senhorita Veigas, andou pesquisando até sobre meus conhecidos? – perguntou debochada.

- Quase isso – sorri – Essa informação do Gil, caiu no meu colo, sem precisar pesquisar.

Ela sorriu e me beijou, soltando-se na água e mergulhando.

- Quero ver você tocar cello – falou, ao levantar-se do mergulho – Só pra ficar mais encantada.

- Se vai te encantar, toco com prazer – mergulhei e quando levantei, Alice me beijou com sedução.

- Você é tão diferente do que imaginava – falou, me tocando o rosto com delicadeza e carinho.

- Poucas pessoas me conhecem, dessa forma.

- Eu sempre te vi tão imponente, metida – revirou os olhos - Intocável.

- Nossa, nem eu sabia que sou assim – sorri, a abraçando.

- Você é muito mais, quando quer – me falou com expressão séria – Nos leilões, sempre imponente, eu ficava maluca quando te via.

- Ah é?! Tinha uma admiradora e nem imaginava.

- Eu torcia para você aparecer, e quando chegava, tinha raiva de você ter aparecido.

- Por que raiva? – sorri em deboche.

- Porque eu perdia a concentração nos negócios. Sempre passava vergonha, derrubando alguma coisa, tropeçando, perdendo arremates.

- E eu só te vi, no leilão da NetCell, e achei que iria falar comigo, saí rápido.

- Eu falar com você? - gargalhou jogando a cabeça pra trás – Se não fosse o ocorrido no shopping, talvez nunca teríamos trocado uma palavra.

- Credo!! Estou me achando uma chata.

- Não é chata. É intocável. Eu sou só uma consultora, e você, a maior CEO da capital – falou me olhando profundamente – Sabe quando me daria ouvidos?

- A qualquer momento que falasse comigo.

- Essa Laura, que está aqui, sim. Mas a Laura empresária, jamais – me abraçou sorrindo – Metidona!

- Ainda me acha metida?

- Agora, literalmente, sim! – me beijou a boca e sussurrou no ouvido – E com gosto!

Sorri alto e a beijei.

- Vamos pro mar? – a convidei.

- Estou nua – revirou os olhos e fez uma careta – Minha crush me trouxe pra uma ilha deserta, sem me avisar pra trazer roupas.

- Ontem você entrou, nua.

- Mas era tarde pra noite. Imagine passa um barco aí – falou sorrindo e eu senti, meu coração disparar só de pensar na possibilidade – Vão ficar encantados com toda essa beleza aqui – sorriu, fazendo uma careta.

- Melhor não imaginar essa cena – falei franzindo o cenho - Aqui tem lojinha pra hóspedes. Vamos encontrar um biquini para você.

- Melhor, minha crush é ciumentinha – deu de ombros sorrindo – Só não entendi por que pensou nisso, só agora.

- Fez falta, ficar sem roupa? – perguntei sorrindo – Tudo o que fizemos até agora, foi sem roupa.

Alice cerrou os olhos e me olhou com expressão séria.

- A senhorita é muito safadinha – me beijou carinhosamente – E ainda fala que sou eu, a safada.

- E não é? – sorri – Vamos providenciar um biquini para você.

Saí primeiro e peguei toalhas no aparador da piscina, junto com roupões limpos. Me sequei e me cobri. Levei para Alice que também se secou e se cobriu com o roupão. Subindo para a casa, peguei meu celular na grama e tinha mensagem do Tom.

Tom: Bom dia. Consegui agendar para às 14h. Era o último horário disponível.

Olhei o relógio, que marcava meio dia e meia. Desejei parar o tempo para poder ficar mais tempo com Alice.

- Alice, temos pouco tempo – falei fazendo bico – O helicóptero estará aqui às quatorze horas e já são meio dia e meia.

- Ah – fez uma expressão triste – Que chato – me abraçou a cintura – Na casinha não tinha como ficar, mas aqui temos de tudo. Vamos ficar aqui? – me beijou a boca com carinho.

- Não fala assim, que eu não resisto – pedi, sentindo o coração se derreter por tanto charme.

- Mas é para não resistir mesmo! Você tem o Tom que cuida de tudo na sua ausência. E eu, sou independente, não preciso dar satisfação pra ninguém. Vamos ficar? – me beijou novamente.

- Você só fala isso porque sabe que não vai acontecer. Quero ver ficar comigo aqui pra sempre. Vai enjoar rapidinho e vai embora à nado – falei sorrindo, a apertando as bochechas.

- É tudo o que mais quero!! – me beijou o rosto – Você que não quer ficar comigo.

Soltou-se do abraço e saiu andando a minha frente, em direção à casa.

- Fala que eu vou enjoar de você, sendo que na verdade é você que não aguenta ficar comigo, mais do que um dia seguido.

Ela falava, balançando os ombros e eu me derreti com tanta graciosidade. Tão linda. Se soubesse o quanto a desejo e estou encantada, não diria essas coisas, mesmo de brincadeira. Minha vontade é habitar esse espaço, onde só existe nós, sem preocupações nem obrigações, apenas nós, na mais pura essência. Enquanto continuava a falar, fazendo charme, a olhei e meu coração transbordou-se de ternura. A tomei em meus braços e calei a boca, beijando-a com vontade e entrega. Ela rapidamente envolveu-me pelos ombros, entrelaçando as mãos em meu cabelo e beijou-me também com vontade.

- Eu falo brincando, mas é verdade – falou entre o beijo – Não quero me afastar de você.

- Eu sei, minha linda – respondi também no beijo – Sinto a mesma sensação que você. Se pudesse, abandonava a vida da capital e me isolaria de tudo, aqui com você.

Ela me abraçou forte.

- Podemos vir mais vezes? – me pediu no abraço.

- Não só podemos, como viremos. É nosso cantinho.

Ela me beijou lentamente, um beijo quente e molhado. Suas mãos percorreram meu rosto e me segurou o queixo enquanto beijava. Tive a sensação de que seu beijo, me falava algo. Segurando-a pela cintura, arqueou para trás, me fazendo acompanhar sua boca.

- Laura, Laura! Você é a minha menina dos olhos de amoras maduras. Não esqueça.

- Alice, Alice! E você é a minha menina dos olhos de amoras verdes. Também não esqueça.

- Se antes de te encontrar na vida adulta já não esqueci, agora então, impossível – falou me beijando – Agora já sei o quanto você é deliciosa, me viciei em você.

- Um vício mútuo, minha linda.

- E meu biquini, vai rolar, ou não dá tempo?

- Vamos ali ver. Se tiver, vamos dar uma voltinha de jet-ski.

- Daí é pra terminar de conquistar né?! – falou sorrindo – Jet-ski é golpe baixo.

Sorrimos e nos beijamos. Encontrei a chave da lojinha, e a abri. Entre camisetas bordadas com o nome do local, bermudas e souvenirs, encontramos um biquini do seu tamanho. Nos vestimos, e fomos em direção à marina.

- Não tenho arrais, Laura.

- Não tem problema. Vamos brincar só na minha propriedade, e será bem rápido.

Cada uma montou em um jet, devidamente com os coletes salva vidas e saímos em direção ao mar aberto. Alice parecia uma criança realizada, pilotando em alta velocidade, gargalhando e fazendo manobras radicais.

- Cancela o vôo às duas! – falou alto – Vamos voltar pra Sampa, pelo mar.

- Ótima ideia – gargalhei com sua ideia – Vou pedir para o Tom nos pegar em Santos.

A alegria dela, me encanta. Tudo ela topa, e em tudo, ela curte e aproveita ao máximo. Não tem tempo ruim, ou empecilhos para fazê-la feliz. Os momentos bons, ficam melhores com sua presença. O que é belo, fica maravilhoso. Me sinto completa ao seu lado. Entre brincadeiras e pensamentos, nos afastamos muito da ilha e nem percebemos. Só constatamos isso, quando começamos a ver várias escunas de passeio navegando próximo de nós. Aceleramos de volta à propriedade, com expressão de quem apronta alguma peripécia e não pode ser descoberto. Guardamos a moto aquáticas e voltamos à casa, cheias de alegria por mais esse momento delicioso. Ao entrar na casa, recebi a mensagem do Tom, avisando que o helicóptero acabara de sair do hangar. Nos apressamos em nos arrumar e descemos ao heliponto, aguardar a chegada da aeronave. Sentamos à beira do cais, de mãos dadas, olhando o mar.

- Obrigada, de coração! – me falou, minha doce menina dos olhos tão verdes, quanto o mar – Foi a melhor lua de mel que poderia imaginar – sorriu ao me beijar.

- Eu que agradeço, minha linda. Demoramos trinta anos para esse evento, mas valeu a pena – a beijei, sorrindo.

- Você diz que eu sou sua caixinha de surpresas, mas na verdade, quem é essa caixinha é você. Minha linda caixinha de surpresas – me beijou carinhosamente e ouvimos o som do helicóptero que se aproximava.

Levantamos e aguardamos a chegada. Cinquenta minutos depois de sairmos da ilha, pousamos no ponto de decolagem de um dos três prédios do Complexo Veigas. Do alto do edifício, é possível ter uma linda visão da capital.

- Que lindo aqui de cima!! – olhava encantada a cidade – Posso mudar meu escritório pra cá? – perguntou sorrindo.

- Pode sim! Amanhã peço para o pessoal instalar sua mesa aqui – respondi debochada.

- Obrigada chefe! – sorriu e me abraçou a cintura – Será um prazer te receber aqui, para nossas reuniões.

- Ótima ideia!! – sorri em deboche – Vou pedir para instalar a fechadura com digital na porta do sótão também.

Descemos para a portaria principal, onde um motorista nos aguardava.

- Boa tarde, senhorita Veigas – cumprimentou-me cordialmente, ao abrir a porta traseira.

- Boa tarde! Pode nos levar para minha casa, por favor.

- Sim, senhorita.

E partimos em direção à minha casa. Alice, procurou minha mão dentro do carro, me olhando com encanto e delicadeza. Tentei evitar por estar perto do motorista, mas não quis magoá-la. Discretamente coloquei minha bolsa entre nós, de modo que ficou escondida nossa troca de carícias. Ela se manteve calada e olhando o trânsito, durante todo o percurso, mas seu polegar me acariciou o tempo todo. Assim que paramos em frente de casa e descemos, meu porteiro logo abriu o portão da entrada social. Estávamos entrando, quando ouvimos uma voz menina, em alto e bom som:

- Oi moça bonita. Bom te ver! – olhamos juntas para trás e Bia, atravessava a rua, lindíssima, num short jeans curto, desfiado na barra, regata de alcinha justa e extremamente decotada, esbanjando toda a protuberância adquirida com alguns mililitros de silicone, óculos de sol grande e all star. Sorria um sorriso largo e debochado, levantando o óculos de sol, e prendendo o cabelo com ele. Alice corou-se e elevou o corpo, à sair na calçada. A segurei pelo braço, impedindo-a e tomei a frente, sentindo o coração descompassar pelo despautério dessa linda moça, em se dar o luxo de mexer com Alice.

- Está falando com nós? - perguntei com a expressão fechada.

- Com você não – respondeu em deboche – Estou falando com minha moça bonita – e chegou em meu portão, que ainda estava aberto. Alice tirou minhas mãos de seu braço e colocou-se à frente, com expressão misteriosa.

- Oi Bia! O que quer? – falou Alice gentilmente.

Olhei com expressão fechada para Alice, que fingiu não notar, e meu sangue ferveu.

- Eu só vim te cumprimentar, querida – falou antes de cumprimentá-la com um beijo no rosto. Senti a mão suar e meu âmago gelar ao ver a mão da Alice, tocar-lhe a cintura e retribuir o cumprimento – Tudo bem?

- Sim, Bia. Estou bem – respondeu Alice – Agora, por favor, vai pra sua casa.

- Quando sair daí, passa lá em casa, pegar uma blusa que ficou caída atrás do sofá – falou olhando para mim, da cabeça aos pés – É só interfonar.

Eu estava imóvel a olhando, com expressão de desdém. Meu coração disparado e a boca amarga, pelo dissabor de encontrá-la, na porta da minha casa.

- Pode ficar com a blusa, Bia- falou passivamente Alice – Com licença.

Bia acenou, apenas com as pontas dos dedos, e braço semi levantado, grudado ao corpo, com um sorriso debochado nos lábios e olhos lascivos.

Alice me segurou a cintura e empurrou, fechando o portão. Entramos e antes que pudesse falar qualquer coisa à Alice sobre meu descontentamento pelo ocorrido, o porteiro me entregou um jornal.

- Boa tarde, senhorita! Hoje de manhã, um menino entregou esse jornal e pediu para entregar-lhe em mãos.

Imediatamente me lembrei do combinado com o sr Pedro sobre os relatórios referente à terceira linha de investigação de Joseph.

- Obrigada!! Boa tarde – respondi secamente, com um nó de fúria na garganta e expressão de poucos amigos.

Entrei, pisando duro, com os sentimentos à flor da pele. Mal chegamos do nosso paraíso e já fomos presenteadas com a realidade nua e crua do mundo externo, esfregando Bia na nossa cara e ainda, possível relatório sobre Joseph. Sentia um misto de emoções, com curiosidade por saber notícias do desenrolar de informações. Alice observava a fachada da casa, como já sei que é seu costume, olhar os detalhes e seus olhos verdes, fotografar cada canto. A presença dela, no momento, me fazia sentir raiva, pelo modo que tratara Bia, gentilmente. Muito simpática pro meu gosto, pra quem acabara de chegar de um momento extremamente íntimo. Tomada pela fúria que me consumia, tomei uma decisão.

- Vou te levar logo pra sua casa – falei ríspida.

Alice estava na área gourmet, ao lado da piscina, aguardando que a convidasse para entrar e assustou-se com o que falara.

- Nossa! - respondeu fazendo uma careta – Não é pra tanto, assim.

- Ah, Alice! Faça-me o favor. Acabamos de voltar de um final de semana maravilhoso e, mal chegamos, você vai dar bola pra essa garota que não tem nada, além de meio litro de silicone nos peitos?

- Eu não dei bola pra ninguém. Você tá viajando! – me falou alterada.

Deixei nossas bolsas no sofá e caminhei até o aparador onde guardo as chaves dos carros, abaixo da escada. Um amargor de ciúmes e raiva me tomava e eu queria resolver logo essa situação. Peguei a primeira chave que vi e acionei o botão do alarme, que apitou na BMW preta. Virei-me e pude ver, sobre a parede de vidro, Alice imóvel, me observando com expressão assustada e um breve sorriso nos lábios. Passei do seu lado, andando apressada e me dirigi à garagem, logo após a área gourmet. Alice me acompanhou com os olhos, entrar no carro e ligar o motor.

- Vai ficar aí, parada? A Bia pode estar te esperando. Vamos, tempo é dinheiro, baby! – falei debochada e furiosa.

Ela revirou os olhos, balançando a cabeça em negação e veio em direção ao carro. Abriu a porta do passageiro, entrou meio corpo e virou a chave, desligando o motor. Olhou em meus olhos e sua expressão demonstrava decepção.

- Sinceramente, esperava mais de você, senhorita Veigas. Bem mais, para ser ainda mais enfática.

- Esperava o quê? Que eu iria ver você flertar com essa garota, na minha frente, e achar lindo? – perguntei em deboche.

Ela saiu do carro, e apoiou os braços no capô lateral.

- Pra começar – mordeu os lábios inferiores, demonstrando nervosismo – Esperava que você fosse diferente de qualquer outra. Não flertei com ninguém – falou dirigindo o olhar nos meus olhos. Cruzei os braços a frente do corpo e suspirei profundo, buscando paciência para continuar a conversa – Apenas fui simpática com uma pessoa, para te poupar de escândalos na frente da sua casa.

- O nome para o que eu vi, não é simpatia – revirei os olhos ao falar – E dispenso seus cuidados para poupar escândalos.

Ela balançou a cabeça e fez uma careta, me olhando ainda fixamente, mas sua expressão, estava insípida.

- Ok, Laura! - me falou baixando os olhos – Como quiser. Se quer que eu vá embora, eu vou. Não preciso que me leve em lugar algum. Sei o caminho da minha casa – virou-se e saiu em direção ao portão.

- Alice, entra no carro - chamei-a com alta voz.

Ela continuou andando apressada, sem me dar ouvidos, mexendo no celular. Saí do carro e corri em sua direção, colocando-me à sua frente.

- Entra no carro! – ordenei, apontando o carro.

- Me dê licença, por favor! - me olhou nos olhos, ainda com expressão insípida.

Segurei em seu braço e ela olhou minhas mãos a tocar, em seguida me olhou profundamente. Vê-la ir embora, me desmontou. O ciúmes me consumira e eu não consegui me conter, mas vê-la tão diferente da mulher que passou momentos incríveis comigo, fez me sentir ser a pior pessoa do mundo.

- Eu te levo! - falei sem mudar a expressão firme.

- Não quero! – me respondeu sem titubear – Me dê licença, por favor.

- Não quer por quê? Vai atravessar a rua e ir fuder com aquela piranha?

Alice riu debochada, revirando os olhos.

- Responde! – a olhei furiosa – É isso que você quer?

- Quer mesmo saber o que quero? – me perguntou com o queixo elevado.

- Quero! Vai, quero ver se vai ser mulher pra assumir.

Alice me agarrou a cintura e puxou-me com força, beijando-me com fúria e desejo – É isso que quero – falava entre o beijo – Briga mais, que mais te quero – Tentei não corresponder ao beijo, mas a vontade foi mais forte que a razão. Minhas pernas amoleceram e a braveza se desfez em desejo – Vai me apresentar sua casa, ou terei que invadi-la? – falou me mordendo o lábio.

- Venha! Vou te apresentar a casa, mas ainda estou brava com você.

Segurei sua mão e a puxei.

- Aqui é a piscina e a área gourmet.

- Han, legal – falou debochada.

Entramos na sala de estar.

- Aqui é a sala, ali é a sala de música – apontei à esquerda mostrando o ambiente – Ali é a cozinha e lá em cima são os quartos.

- Ok! Casa linda, apresentada – falou me beijando – Agora vamos para parte que você falou que eu ia embora pra quê?

- Pra atravessar a rua e ir fuder com aquela piranha – falei entre os dentes, com raiva.

Alice me empurrou contra a parede da cozinha, segurando meus braços acima da cabeça com uma das mãos. Debruçou o peso do seu corpo no meu e abriu minhas pernas com a coxa. A outra mão deslizou por meu corpo e levantou o vestido, tocando minhas coxas.

- A única mulher que quero fuder a vida toda, é você – sussurrou em meu ouvido, me fazendo gem*r. Puxou minha calcinha de lado e me visitou as entranhas com um dedo – Será que está difícil conseguir entender isso? – me perguntou, no indo e vindo do seu dedo em mim – Ah – gemi em sua boca – Não, não está – respondi em fala curta e respiração ofegante – Ótimo, espero que estejamos conversadas – me beijou a boca e tirou o dedo de dentro da minha intimidade, soltando o vestido e minhas mãos.

- Ah, mas agora você vai fazer o serviço, bem feito! – grudei o colarinho da sua jaqueta e a beijei a boca com lasciva, apertando a bunda e andando em direção ao sofá. A empurrei, e ela caiu no sofá, sorrindo. Sentei sobre suas pernas, ela me envolveu segurando as nádegas e me beijando a boca – Preciso ir – me beijou o pescoço – Você me mandou embora – me mordeu o lóbulo da orelha - Não quero que vá – falei em sussurro, sentindo seus seios em minhas mãos, enrijecidos – Falei na hora da raiva, mas quero você – nos beijamos um beijo quente, molhado, demorado – Seus momentos de raiva, me magoam – falou me olhando profundamente, apertando minha bunda – Desculpa! Não sei controlar a sensação de te ver com outra – nos beijamos outra vez, com intensidade e fúria, com mordidas e sugadas na língua – Eu não estava com outra, sou totalmente sua – me falou, puxando o cabelo da nuca e lambendo meu pescoço, da saboneteira ate o lóbulo da orelha – O que mais preciso fazer pra te provar isso? – perguntou me cheirando a nuca – Me fode – a beijei a boca – Forte – pedi em sussurro e mordendo o pescoço – Com prazer, senhorita – e imediatamente me penetrou forte e sem pudor, metendo rápido e profundo – agarrei-a no pescoço, forçando meus seios em seu rosto e cavalguei gostoso, enquanto sua outra mão, me apertava forte a bunda, ainda sobre o vestido – Isso! Assim que eu gosto – falei em gemidos – Ah! Não para! – gemi mais uma vez – Gostosa, me fode com gosto, vai – e ela aumentou a velocidade e a força, me introduzindo mais um dedo e me beijando o colo dos seios, o pescoço, a boca – gem*u em minha boca e pediu – Goz* pra mim, pra sua Alice – seu pedido, foi uma ordem e me derramei em prazeres, sentindo um orgasmo intenso me tomar. Estremeci em seu colo, sentindo sua boca me lamber o queixo e procurar minha boca para um beijo lento e macio, cheio de paixão. Abraçou-me forte, enquanto minha respiração ofegava e o olho estava pesado – Se você soubesse o quanto sou louca por você, jamais faria ceninha de ciúmes – me falou, me beijando o pescoço – Você é minha! – falei com a respiração pesada – Você é meu primeiro amor, Laura! – me beijou a boca com intensidade de paixão – E você o meu, Alice! – nos abraçamos forte e ela encostou o ouvido sobre meu peito, ouvindo as batidas do meu coração.

- Me fala quem é a Bia? – perguntei, sentando-me ao seu lado e acariciando seu rosto.

- Já te falei. Foi uma garota que fiquei e não tive uma boa experiência.

- Isso é muito subjetivo. Quero detalhes.

- Mesmo? – me perguntou franzindo o cenho – Então tá! – sorriu e me beijou – Conheci a Bia no dia que saí com o Gil, pelo que entendi, eles são amigos..

- Sim – a interrompi revirando os olhos – Ele é personal dela também.

- Então, no outro dia fomos no cinema e ficamos. Dormi aqui no ap dela..

- Transaram na casa dela? – perguntei com expressão rancorosa.

- Sim, e a convidei para no fim de semana ir saltar comigo.

- Ela convidou eu e o Gil também – falei revirando os olhos.

- Não acredito!! – falou surpresa – Ainda bem que não foram.

- Por quê?

- Porque chegando lá, saltei sozinha e ela ficou com dois mecânicos, pilotos, sei lá, dois homens.

- O quê? – perguntei boquiaberta – E como você soube?

- Eu que vi – revirou os olhos ao falar – Daí foi um baita escândalo, vim embora e ela ficou lá. No caminho encontrei com o Léo e fui pra trip dos motoqueiros com ele.

- Ele falou que vocês tinham saído, eu achei que vocês tinham chances.

Alice gargalhou e me beijou a boca.

- Léo está com a Carol – sorriu ao dizer – Foram feitos um para ou outro.

- Igual nós?

- Não!! Igual a nós, só tem nós. Somos versão exclusiva – me beijou com paixão e delicadeza.

- Minha linda!! – falei a olhando encantada – Desculpa o show.

- Acontece – deu de ombros – Você é muito bravinha.

Sorri e dei de ombros, a beijando.

- E qual a relação da Bia com o Joseph? – perguntei curiosa.

- Também queria saber. A Carol disse que ia descobrir – sorriu – Ela e o Léo estão empenhados nisso.

- Então aguardemos. O Léo é terrível para descobrir as coisas.

- Tem informações que não batem. Ela falou que cursava para ser comissária de bordo, mas está sempre rodeando. Estava no seu evento, de acompanhante do Gordon – deu de ombros – É esquisito.

- Sim, mas vamos descobrir o que o rostinho bonito, esconde.

- Rostinho bonito é? – me apertou as bochechas, com os dentes cerrados – A senhorita tem os olhos muito rápidos – e me deu um tapinha na bunda.

- Acha que só você é ligeira? Também sou uma sapatão raiz – falei com desdém.

- Mais ou menos. Você é meio raiz e meio nutella – me beijou a bochecha – Na cama é raiz, mas no social, é nutella ao extremo – gargalhou e eu cerrei os olhos, a olhando com expressão duvidosa.

- Nada vê! Isso é calúnia – respondi sorrindo.

Me beijou com desejo, e ouvimos seu celular tocar. Ela se esticou sobre meu corpo para pegá-lo dentro da bolsa, na outra ponta do sofá, apertei suas nádegas e ela sorriu. Olhou a tela e franziu o cenho antes de atender.

- Oi mãe – falou com expressão séria.

- Tudo sim, e vocês? – piscou pra mim.

- Sim, fui viajar com a Laura, chegamos a pouco. Aconteceu alguma coisa?

- Nossa, que legal! Parabéns pra ela.

- Sim, se não for durante e a semana que estou cheia de trabalho, almoço aí domingo, pode ser?

- Combinado. Beijo mãe. Mando sim. Ei mãe, me lembrei de que tenho uma coisa muito importante pra te contar – me olhou com olhos brilhando e um lindo sorriso – A Laura disse que te conhece.

- Sim, te conhece de muito tempo. Ela vai falar contigo, vou passar aqui pra ela – acenei que não, fazendo careta, no entanto, nada adiantou. Me estendeu o telefone, fazendo meu rosto corar de vergonha.

- Oi dona Fátima. Tudo bem?

- Oi Laura, tudo sim e você? Que história é essa que me conhece?

- Me lembrei que a senhora era a cozinheira do orfanato. Eu sou a Laurinha, filha do Nardo. Lembra de mim?

- Meu Deus do céu!! Laurinha? Claro que lembro!!! Eu sabia que te conhecia de algum lugar.

- Sim dona Fátima, sou eu, a Laurinha – sorri emocionada.

- Ah que linda! Que mulherão linda você se tornou. Deus te abençoe.

- Amém, dona Fátima. Amém.

- Agora quero que você venha em casa. Vem no domingo junto com a Alice. Ela vai vir almoçar aqui e quero que venha junto.

Meu coração disparou com o convite. Olhei pra Alice que deu de ombros e sorriu.

- Vou ver se não terei nenhum compromisso. Peço pra Alice te avisar, pode ser?

- Pode sim, mas óh, minha casa é simples.

- Pare com isso dona Fátima. O importante é ter amor.

- Isso pode vir tranquila que tem de monte. Venha sim, quero te abraçar forte. Que felicidade!!

- Também fiquei muito feliz quando soube que a senhora era a cozinheira. Foi muito especial pra mim, viu?!

- Ah, menina linda!! Você sempre foi especial. Venha em casa!!

- Vou sim. Se não for domingo, vou outro dia, em breve.

- Tá bom. Deus abençoe. Um Beijo

E desligou, me deixando com o coração quentinho por essa ligação. Alice me beijou rapidamente, sorrindo.

- Pronto, acabei de perder o que me restava de trono – falou sorrindo – Minha irmã grávida e minha crush, indo almoçar com minha mãe.

- Sua irmã está grávida? – perguntei animada – Que legal! Tem que providenciar o presente, titia.

- Pra quê? – deu de ombros desanimada – Nós temos uma relação difícil e ela nem deixa eu chegar perto dos filhos dela. Acha que vou fazer mal para as crianças.

- Que horror!! Você, com essa cara de anjo? – sorri despretensiosa – Tenho certeza que é ótima com crianças.

- Eu amo crianças, quem sabe um dia tenha as minhas.

- Quem sabe?! Eu já congelei meus óvulos – contei animada – Não tenho muita coragem de gestar, mas quero ter filhos. E você?

Alice me sorriu, o sorriso mais lindo que já vi nela.

- Eu também quero ter filhos, só não congelei nada ainda – e sorriu – Você está mais avançada que eu.

- Quer gerar ou adotar?

- Tanto faz! O importante é ser com amor.

- Sim, sem dúvidas! Mas tem coragem gestar?

- Sim – deu de ombros, com tranquilidade – Gestaria numa boa. Vai implantar seus óvulos em mim? – perguntou sorrindo.

- Não dá ideia que eu aceito – respondi sorrindo – Já pensou?

- Eu adoraria ter um bebê chocolate – falou me beijando – Com essa carinha linda, assim, eu ia morder todos os dias.

- Tadinho do bebê. Ainda nem existe e já tem promessa de ser mordido.

- Aham, assim – e começou me morder de levinho no ombro e bochechas – E se for bravo igual a outra mãe, recebe mordida extra.

Alice é um ser iluminado que consegue transformar todos os sonhos possíveis de se realizarem. Ter filhos, é meu maior sonho, no entanto, não me vejo com condições de ser mãe. Ela me faz acreditar que tudo é possível e fácil, com sua leveza e capacidade de envolver. Quero estar cada dia mais perto desse ser maravilhoso, que me encanta e me faz tão feliz. Pedimos comida chinesa por aplicativo e terminamos a tarde entre conversas, namoros e muita risada. Deitadas no tapete da sala, Alice falou com expressão dengosa.

- Lau, é triste falar isso, mas preciso preparar uns planos para amanhã apresentar aos investidores, então, vou pra casa.

- Nãããoo – respondi com dengo também – Não quero que vá embora!!

- Também não quero ir, mas preciso.

- E o que vou fazer com meu coração em pedacinhos, na solidão dessa casa gigante? – perguntei fazendo bico e a abraçando.

- Oun, lindeza – me beijou carinhosamente – Amanhã cedo, vou passar na Veigas, e daí vou na sua sala te dar um beijo, antes da reunião.

- Promete?

- Sim. Passo lá te dar bom dia e um cheiro – me cheirou o pescoço ao falar.

- Não precisa pedir pra Mirela ou a dona Chica anunciar. É só entrar, direto.

- Combinado – falou levantando-se – E agora, vou embora sozinha, não adianta insistir.

- Mas é perigoso! Eu te levo.

- Não precisa, obrigada. Deixa eu ser independente um pouco?!

- Vai direto pra casa?

- Com certeza!! Daqui para minha casinha, sem parar.

- Tá bom! Vou deixar minha bichinha solta um pouco.

Estendeu as mãos e me puxou do chão, amparando-me em um abraço quente e macio. Segurou minha face entre as duas mãos, me fazendo olhar atentamente em seus olhos.

- Obrigada por tudo! Foi incrível.

A abracei forte, tentando conter a vontade em ficar grudada nela o tempo todo.

- Eu que agradeço! Já estou com saudade.

Ela me beijou com carinho e afastou-se, pegou o celular e pediu motorista de aplicativo.

- Quatro minutos pra eu ir embora. Me leva até o portão?

- Sim – respondi com o coração apertado – Me dá um beijo de despedida? Lá fora é melhor evitar – revirei os olhos.

Ela me abraçou forte e me beijou intensamente, um beijo cheio de saudade e entrega. Beijou-me como quem beija pela última vez, um beijo intenso e carinhoso, com muita vontade.

- Até amanhã. E me manda nossas fotos.

Saímos no portão e o carro chegou. Alice me deu um beijo no rosto.

- Não esquece que você é minha menina – sussurrou em meu ouvido e foi embora, me deixando com o sorriso mais bobo que alguém pode ter.

Voltei para meu aconchego, com uma sensação nunca vivenciada, de bem estar e completude. Olhei para o jornal em cima da mesinha e optei por não o abrir. O que estou sentindo, não combina com nada que possa vir dos enroscos infelizes do Joseph, e só por hoje, vou me permitir vivenciar essa inebriante felicidade. Subi para meu quarto, me despi e deitei, antes do banho, ver as fotos da minha linda e doce Alice.

Fim do capítulo


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Comentários para 47 - Domingo:
mtereza
mtereza

Em: 08/04/2022

Ciumenta e possessiva essa Laura em precisa superar os traumas e controlar isso

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patty-321
patty-321

Em: 05/04/2022

Que ciumenta! E insegurança por conta de tantas perdas e a traição, espero melhore e confie na doce Alice. São lindas juntas. A Bia é vendida igual o Joseph, tenho certeza. Bjs

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Rafaela L
Rafaela L

Em: 30/03/2022

Quanta inspiração, querida autora!!!

Imaginei um filme dessas duas.Os momentos doces seriam doces,e os hot seriam de judiar rsrs.

Laura é nível hard de ciúmes! Culpa do signo , só pode!!!

 

O plano de Joseph vão bem além,já pensei de tudo.

Porquê até a Bia ser  vizinha da Laura,n é coincidência.

Desde muito antes ele a espiona.

E esse jornal? Ela deveria ler logo.Pra eu ver tbm kkkk

 

 

 

 

 

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