Noite de Núpcias
Alice
Subimos para a casa, envoltas no roupão e abraçadas.
- O que acha de primeiro comer, e depois, tomar banho? - sugeriu Laura ao chegarmos à cozinha.
- Acho ótimo - respondi dando de ombros e beijando-a - Posso cozinhar?
Ela me olhou surpresa e sorriu.
- Você cozinha?
- Sim - respondi sorrindo - E modéstia à parte, cozinho bem.
- Uau! Melhor nem perguntar o que mais tem nessa caixinha de surpresas - falou me abraçando.
- Sou uma noiva completa - sorri e a beijei.
- A cozinha é toda sua, chefe Stromps.
- Obrigada!! - agradeci sorrindo - Tem preferência por algum prato, senhorita?
- Como de tudo! Surpreenda-me! - falou sorrindo e sentou-se em um banco alto, na bancada.
- Ótimo! Gosto assim, sem frescura - sorri e pisquei a ela, enquanto me ambientava.
Antes de escolher a carreira de negócios, meu sonho profissional era ser chefe de cozinha. Cheguei a fazer vários cursos na área gastronômica, e até venci alguns concursos, mas não segui na área. No entanto, o gosto por preparar pratos diversos e harmonizar com um belíssimo vinho, permaneceu, apesar de nunca ter tempo, nem ocasião para tal. Estar com a oportunidade nas mãos e mostrar para a Laura, que também tenho muito a oferecer, é algo que não posso deixar passar. A cozinha da mansão parece fazer parte daqueles programas de culinária que passa na tv. Tem tudo o que precisa pra um preparo profissional. Três freezers, quatro geladeiras, uma adega com tudo que é tipo de vinho nacional e importado, além de todo aparato para preparar qualquer tipo de comida. O fogão é central, abaixo de uma coifa que abrange toda a extensão da área de calor. Nas laterais, bancadas altas para preparo e a pia. Procurei o que poderia fazer, e tinha de tudo possível. Desde peixes e frutos do mar, até carnes exóticas. Optei por ir no mais tradicional, pra não ter erro: salmão em postas com molho de alcaparras e aligot para o prato principal e, suflê de goiabada para a sobremesa. Separei os ingredientes e percebi Laura me observando. Seu olhar profundo, me desconcentrou.
- Desse jeito não vou conseguir cozinhar - falei sorrindo enquanto procurava pelas panelas que usaria.
- Estou aqui pensando, no quanto mais, você é capaz de me surpreender.
- Para te surpreender, primeiro você tem que experimentar, não acha? - perguntei sorrindo.
- Não tenho dúvidas de que vou amar. Já sabe qual será o menu?
- Sim, mas primeiro vou escolher um vinho para harmonizar e daí te falo qual o menu da noite - falei indo até a adega, enquanto ela, sentada, me observava com um lindo sorriso nos lábios.
- Vou por uma música enquanto você escolhe o vinho - falou, indo em direção à sala.
Na adega, escolhi um Chardonnay branco - safra de 2016 e retornei à cozinha. Laura estava sentada de costas para a entrada, olhando para a noite enluarada que deitava-se no mar, formando uma belíssima paisagem. O som ambiente, tocava músicas internacionais diversas. Não resisti a vontade de abraçá-la, envolta no roupão branco, cabelo preso num coque, descontraída. Ainda segurando o vinho, a abracei pelas costas e beijei seu pescoço.
- Que delícia de carinho - falou ao retribuir o abraço - Assim, quem me conquista é você.
- Essa é a intenção - respondi sorrindo e sentindo seu cheiro de pele com água de mar - Vou fazer você não querer outra vida.
Ela se virou e me beijou os lábios com carinho, segurando minha face.
- Já não quero! - me olhou profundo, e, nossos olhares se conversaram em um breve silêncio.
Acariciei seu lindo rosto, com a ponta dos dedos, a olhando fixamente.
- Você é tão linda - falei baixinho - Tenho a impressão de estar vivendo dentro dos meus sonhos.
- Já sonhou comigo? - me perguntou com expressão sapeca.
Revirei os olhos e gargalhei.
- Você não faz ideia do quanto!
- E posso saber o teor desses sonhos? - me abraçou a cintura, sorrindo.
- Hmm, não sei se é bom você saber - falei rindo - Digamos que sonhei desde coisas bobas, até sensuais - dei de ombros.
Laura me olhava diferente de antes. Seu olhar estava absurdamente brilhante e nos lábios, um sorriso meio de canto da boca. Ela deu um suspiro e piscou em câmera lenta.
- Você é uma graça, Alice. A cada minuto que passo com você, mais me encanto.
Senti meu rosto corar e sorri timidamente.
- Assim eu fico tímida - dei de ombros fazendo charme.
- E fica ainda mais linda - falou e me beijou a boca, com vontade e sedução.
- Chega delivery aqui? - perguntei entre os beijos.
- Não - respondeu entre o beijo - Por quê?
- Porque desse jeito, não vou cozinhar - e continuei a beijando.
- Vai sim - me beijou mais uma vez com intensidade e parou - Você prometeu me surpreender.
- Verdade! Já te amarrei pela pegada, agora, vou te amarrar pelo estômago - saí do meio dos seus braços e fui abrir o vinho.
Nos servi, em duas grandes taças, refinadas. Fui em sua direção, a olhando fixamente e propus um brinde:
- A nós! - levantei a taça, sem desviar o olhar do seu.
- A nós! - me respondeu, igualmente sem desviar o olhar.
Brindamos e tomamos um gole do delicioso vinho branco, em temperatura ideal.
- Hum - falou Laura olhando para a taça, e em seguida para mim - Sabe escolher vinho, também?!
Dei de ombros e sorri gentilmente:
- Este é um Chardonnay de 2016, para harmonizar com o salmão e molho de alcaparras que em breve será servido, senhorita.
- Uau! E eu achando que seria um PF - sorriu despretensiosa.
- Não está botando fé nos meus dotes, não é, Laura Veigas?
- Não é bem assim - deu de ombros e sorriu - Só não esperava que seria tão refinado.
Fui em direção ao preparo dos alimentos enquanto continuamos a conversar.
- Eu gosto de cozinhar, mas quase nunca tenho oportunidade. Então hoje, você irá conhecer uma partinha de Alice que poucos conhecem.
- Me sinto privilegiada por isso.
Entre os preparos necessários para a alimentação, a conversa continuou, regada a vinho e olhares.
- Laura, não é porque nos envolvemos que o desafio dos negócios está desfeito, ok?
- Ah, sim. Fica tranquila. Na verdade, eu já esperava isso de você.
- Que bom! Eu sou muito capricorniana - sorri - Trabalho é meu vício, e levo muito a sério.
- Eu sei. E faz tudo com maestria. Quase infartei quando te vi palestrar, quinta-feira.
- Percebi! - sorri e olhei para ela que estava sentada, atrás de mim - Não sei durante a palestra, mas depois..
- Depois, eu tive vontade despedir o Tom - me interrompeu, também sorrindo.
Gargalhei com sua fala.
- E eu tive vontade de despedir você, se pudesse, depois no coquetel - a olhei fixamente, com a intenção de demonstrar meu descontentamento por ela pedir que eu a esquecesse.
- Me desculpa? - fez um bico e piscou lentamente - Te pedi algo, que nem eu saberia fazer.
- Vou pensar no seu caso! - sorri e continuei meu trabalho culinário.
Continuamos a conversar, e Laura, não desviava o olhar de mim, enquanto preparava nossa alimentação.
- E como é sua família? - me perguntou em meio a conversa.
- Complicada! - respondi sorrindo - Em resumo, é a típica família tradicional brasileira - revirei os olhos - Pais evangélicos, irmãos héteros top. Sou a filha do meio, a ovelha colorida da família.
- A mais feliz e com certeza, a mais linda - me interrompeu.
- Sem dúvida! - sorri - Mas há quem diga o contrário. Meu pai me acha uma aberração, condenada ao inferno e minha mãe - dei de ombros - Minha mãe é mãe. Me ama e eu sinto seu amor, mas vive sob o jugo do meu pai.
- E seus irmãos?
- Minha irmã é casada com um chato, tem uma filha. E meu irmão está namorando, se casa em breve. Temos pouco contato. Raramente nos encontramos em algum almoço ou aniversário.
- E onde entra a dona Chica?
- Dona Chica é meu amor da vida - sorri ao falar dela - Ela cuidava de mim quando eu era criança, até adolescente. Apesar de ficarmos tempo distante, ela sempre foi uma figura importantíssima na minha vida, e a encontrar recentemente, foi incrível.
- Que linda! Ela é uma figura - falou sorrindo.
- Sim. Uma figuraça. A amo com todo meu ser. E ela me conhece até dos avessos. E a sua família?
Laura tomou um gole grande de vinho e arregalou os olhos.
- Minha família - deu de ombros - Tive que me habituar a ela. Perdi meus pais muito nova, e depois de ficar um tempo no orfanato, a Didi me adotou. Ela era minha tia, e passou a ser minha mãe.
- Ela é sua tia de sangue?
- Sim. Irmã do meu pai. Antes dos meus pais morrerem, éramos a família de comercial de margarina. Meu pai era tudo pra mim, o homem mais incrível que conheci. Depois que o perdi, tive que aprender a viver em um mundo sem graça.
- Meus sentimentos, Laura - falei carinhosamente.
- Obrigada. Já faz muito tempo, mas ainda dói - ela suspirou e continuou - Daí na casa da Didi, eu era a caçula. Tive uma adolescência um pouco turbulenta, mas, me tornei essa mulher que sou hoje.
- Turbulenta como?
- Solidão de uma criança adolescente que não sabia lidar com a dor que sentia - fez uma careta - Precisei de ajuda médica.
- Ah sim, entendi. Seria anormal se não precisasse. Isso só mostra o quanto você é forte e, sobretudo humana - a olhei e sorri - apesar de pra mim, ser meu anjo.
- Xavequeira - sorriu e veio até mim.
Me abraçou pelas costas, me envolvendo inteira em seu abraço e me beijou a bochecha.
- Nunca imaginei ter uma chef assim - me olhou da cabeça aos pés - vestida de roupão, cozinhando pra mim.
- E eu, nunca imaginei um dia ser chef para você - sorri e corei - Mentira! Já imaginei sim.
Ela gargalhou.
- Já imaginou isso?
- Sim - sorri fazendo uma careta, colocando o salmão na frigideira - Inúmeras vezes, mas não dessa forma, de roupão em uma ilha privativa.
-Imaginou o quê, então? - perguntou, tomando mais um pouco do vinho e me olhando com expressão safada.
- Então, não vou abrir minhas fantasias assim, né?! - sorri - Mas já desejei muito ter a oportunidade de estar em um lugar com você, e preparar algum prato - dei de ombros - E agora, aqui estou.
- Você é a surpresa mais linda que já me apareceu.
Fui até ela, tomei um pouco do vinho da sua taça e a beijei os lábios.
- E você é a realização mais linda, que me aconteceu - acariciei seu rosto.
Laura transcende todo meu raciocínio. Estar com ela, a beijar, tocar, abraçar, é para além de tudo o que já imaginei ser possível alcançar. É apenas nosso primeiro dia juntas, mas tenho a impressão de estar vivendo uma vida inteira com ela, ao mesmo tempo, em que cada olhar trocado, é como mais um olhar para matar a saudade de uma vida toda. Seu abraço, me preenche. E não sei se é o que quero ver, mas tenho a sensação de que para ela, isso também é real. Entre pensamentos e sensações, muito carinho e entrega, concluí o jantar. A mesa, ao lado da ilha central, organizei com sousplat redondo feito em bambu, com taças transparentes de vinho e água e fiz o empratamento, em pratos rasos, branco.
- Pode sentar-se, por favor, senhorita - falei a ela, puxando a cadeira que ela se sentaria.
- Sim, chefe - me respondeu sorrindo e sentou-se.
Servi os pratos e o vinho e Laura, me olhou admirada.
- Você está escondendo o talento, Alice - falou encantada, olhando o empratamento perfeito - Isso aqui não parece trabalho amador.
Sorri timidamente e a elevei a sobrancelha, aguardando a primeiro bocado. Ela examinou o ponto do peixe, experimentou o aligot e revirou os olhos, expressando deliciar-se. Serviu-se do salmão, junto com o molho e fechou os olhos, ao mastigar lentamente.
- Hmm - balbuciou ao mastigar - Isso aqui está divino!
- Obrigada, senhorita - agradeci cheia de orgulho em proporcionar esse prazer gastronômico à minha amada Laura.
- É sério! - continuava empolgada ao experimentar outro bocado - Tenho uma rede de restaurantes com excelentes chefes, mas esse salmão, é o melhor que já provei.
- Uau! - fiz uma careta - Me sinto lisonjeada.
- E esse aligot - comia encantada - Está perfeito! Parabéns.
- Obrigada! - respondi sorrindo - Fico feliz que tenha gostado.
- Não gostei. Eu estou amando!! - me olhou sorrindo - Se queria me agarrar pelo estômago, conseguiu.
- Vivaa!! - comemorei brindando - Desafio concluído com sucesso.
- Agora conta o segredo, onde aprendeu cozinhar assim? Isso aqui é comida de nível profissional.
- Já quase fui chefe! - Contei a ela minha aventura no ramo gastronômico e o jantar correu entre conversas e histórias. A cada bocado, os olhos de Laura vibravam pela explosão de sabores proporcionada, e ela me elogiava, encantada.
- Sobremesa? - ofereci ao final, tirando os pratos.
- Ainda tem sobremesa? - me olhou espantada - Nem vi você preparando.
- O menu é completo, senhorita - brinquei, lançando um piscada - Ainda terá um tempo extra com a chefe.
- Ah, esse sem dúvidas, é o momento mais aguardado - falou me olhando com olhos lascivos e mordeu os lábios inferiores.
- Laura, Laura - retribuí o olhar lascivo - Desse jeito a sobremesa será outra.
Ela sorriu com expressão sapeca.
- Vai ser chocolate ao leite? - perguntou me olhando profundamente, enquanto eu abria o forno.
- Se continuar me olhar assim, sim - respondi sorrindo - Será uma mousse de chocolate branco com chocolate ao leite.
Laura gargalhou e sua risada me fez a mulher mais feliz do momento. Seu jeito leve e sereno, me encanta. Servi a sobremesa, morna, como deve ser o suflê.
- Não me diga que é suflê de goiabada? - me perguntou com os olhos vibrantes.
- Sim - fiz uma careta preocupada e senti o coração disparar - Você não gosta? Me falou que comia de tudo, então nem perguntei, poxa, podemos..
Ela segurou minha mão e me interrompeu.
- Ei! Eu amo - sorriu - É minha sobremesa preferida.
- Ufa! - suspirei aliviada - Já estava tendo uma síncope aqui.
- Calma, tagarela! - me falou sorrindo - Eu amo suflê de goiabada, minha mãe fazia quase todos os domingos.
- Vixe! Espero que esteja tão bom quanto o dela.
Ela pegou um bocado e eu aguardei ansiosa sua degustação. Laura fechou os olhos e suspirou. Abriu os olhos, e estavam marejados.
- Alice!!! - segurou em minha mão, sobre a mesa - Isso aqui - pegou outro bocado - huummm - deliciava-se com o doce, segurando em minha mão - Que delícia!
- Jura?
- Parece que voltei no tempo, quando eu era menina e após o almoço de domingo, minha mãe anunciava que tinha chegado a hora doce. Eu corria para o colo do meu pai, e juntos dividíamos o potinho de suflê. Meu Deus - fechava os olhos - Está idêntico. Obrigada.
Me emocionei com seu relato e satisfação em saborear um doce tão simples, que fiz com muito carinho. Enquanto comia, uma lágrima insistiu em rolar em seu rosto. Senti meus olhos marejarem também. Enxuguei a lágrima do seu rosto, e a beijei carinhosamente onde a lágrima escorrera, ela sorriu timidamente.
- Que vergonha, chorar em um jantar - falou timidamente, com os olhos marejados.
Apoiei o cotovelo na mesa, e o queixo na mão para poder olhá-la com mais calma. Sentia meu coração tentar saltar do peito, de tanto carinho.
- Vergonha? - franzi o cenho ao falar - Eu estou completamente encantada por você, ainda mais do que achei ser possível ser.
Ela me sorriu carinhosamente e me beijou os lábios.
- Obrigada, de verdade! Você não faz ideia do turbilhão de emoções que está aqui dentro - pegou minha mão e colocou em seu peito, me fazendo sentir as batidas fortes do seu coração - Você conseguiu atingir lugares que eu não fazia ideia que alguém, algum dia, poderia alcançar.
Nossos olhares, marejados de emoção, se conversaram. Acariciei seu rosto e lentamente, a beijei os lábios. Um beijo cheio de entrega e sentimento. Um encontro de lábios com ternura e cuidado, sedentos de amar uma vida toda. Laura me puxou para um abraço forte. Passava as mãos por minhas costas ao mesmo tempo que me apertava contra seu corpo com intensidade. Nossos corações se encontraram na mesma batida e nossa respiração pesada, compassada, pareciam combinar os movimentos. Nosso mundo particular tornou-se pequeno, o suficiente para existir apenas nossos corpos em perfeita sintonia. Não consegui pensar em mais nada a não ser apenas sentir essa sensação arrebatadora do nosso abraço. Diferente de outras vezes, que o toque do seu corpo ao meu, me despertou desejos excitantes, dessa vez foi um toque que me penetrou a alma. A abracei com meu espírito, sentindo um encontro imensurável de dois seres celestiais. Para além do desejo carnal da libido, senti um desejo amável, entranhável. Meus braços, envoltos em seu corpo, não eram o suficiente para expressar toda a entrega desejada. Certamente, foi o abraço mais intenso que já vivenciei. Ouvi sua voz, rouca me chamar e abri os olhos. Nos desabraçamos e a olhei, profundamente.
- Alice - me falou sussurrando - Eu..
Senti meu coração disparar.
- Eu..- a interrompi.
- Eu - suspirou e engoliu seco - Eu nunca senti isso.
- Você sentiu o mesmo que eu?
- Acho que sim - me olhava profundamente - Eu estou em êxtase.
- Eu também, minha linda - toquei em seu rosto - Visitei uma outra esfera, agora.
- Sim. Eu também - me beijou os lábios - Você é muito especial.
Encostamos as testas e nos olhamos de pertinho, acariciando os rostos, apenas os olhares conversando. Sorri e ela retribuiu.
- Você é além do que imaginei - falei e a beijei - Obrigada por existir.
- Eu que agradeço!
Nos abraçamos mais uma vez, só que rápido e menos forte.
- Vamos tomar um banho? - sugeriu Laura.
- Vou arrumar a cozinha rapidinho - falei timidamente.
- Nem pensar!! Deixa tudo aqui que amanhã o pessoal arruma.
- É rápido.
- Não! Já deixei fazer o jantar, agora não insista - falou séria - Vamos tomar banho e ficar juntas. Esqueceu que é nossa noite de núpcias?
Gargalhei.
- Verdade! Depois de trinta anos, terei a noite de núpcias com a menina que me casei - falei piscando.
- Isso mesmo!! Venha - levantou-se e me pegou pelas mãos - Agora é minha vez.
- Vez de quê? - perguntei sorrindo enquanto ela me puxava pelas mãos, andando pela mansão.
- De surpresinhas! - respondeu animada
- Mais? Já viu onde estamos? - falei sorrindo - Tenho até medo de perguntar o que mais você pode ter e surpreender.
- Não é nada demais! Vamos continuar aqui mesmo - respondeu sorrindo - E já te disse várias outras vezes que não me importo com nada dessas coisas que tenho.
- Eu sei, estou brincando e com receio da surpresa - sorri ao falar.
Ela parou em frente a uma porta de madeira de um lugar da casa que ainda não tínhamos ido, me abraçou a cintura e me olhou profundamente:
- De tudo o que eu tenho, nada é capaz de fazer eu sentir o que esse sorriso lindo que você tem, faz. Sua espontaneidade, e beleza no olhar não tem ilha, nem coleção de carros de luxo que sejam possíveis de comprar. Nada se compara a você - e me beijou a boca, antes que eu pudesse pensar em falar alguma coisa - Agora, por favor, esqueça o que tenho e vem comigo.
Minhas pernas estavam bambas com o beijo de tirar o fôlego e a declaração. Senti um calafrio me invadir as entranhas. Ela abriu a porta e saímos em uma ponte, com coqueiros altos ao lado, iluminados com luzes verdes. No final do caminho, um bangalô feito em madeira, com grandes janelas em vidro, no alto de uma pedra robusta. Laura abriu a porta e me ofereceu passagem antes dela. Meus olhos não puderam acompanhar toda a beleza contemplada em cada detalhe. Meu coração pulsava forte no peito, respiração ofegou e os olhos, sentiram a emoção. Pela janela que tomava toda a extensão da parede, o mar banhado pela luz do luar. Ao lado da janela, uma cama gigantesca, com lençol e coberta branca, e uma bandeja com balde de champagne, duas taças, chocolates diversos e abajures laterais, que faziam a iluminação do ambiente. Afastada da cama, na outra lateral, uma banheira vitoriana branca já cheia de água, com velas aromáticas flutuantes e um aparador em vidro, com luz de led. Por todo o chão, em madeira, várias velas aromáticas espalhadas e alguns vasos de flores do campo, coloridas. No teto, bexigas rosê, em formato de coração. Na outra extremidade, um espaço de banho com dois chuveiros e pia, e, um banheiro fechado.
- Que lindo! - foi tudo o que consegui falar.
Laura fechou a porta sobre si e me abraçou pelas costas - É tudo para você - sussurrou em meu ouvido, ao mesmo tempo que desamarrou o roupão que estava amarrado em minha cintura. Vagarosamente me despiu, enquanto me beijava os ombros e deixou o roupão cair no chão. Me virei e desamarrei o seu roupão, a beijando a boca, a despi. Subi a mão por sua costa e desabotoei o sutiã. Toquei seus seios por baixo do bojo, e senti seus mamilos enrijecidos - Você é deliciosa, Laura Veigas - falei beijando seu pescoço e tirando a peça intima - Repete - pediu, me segurando forte o quadril - Você é deliciosa, Laura Veigas - falei olhando profundo em seus olhos - Me beijou a boca com desejo e malícia, me mordendo os lábios, ao mesmo tempo que me apertava forte a bunda e andamos juntas, nos beijando, em direção à banheira. Ela retirou as velas e colocou no aparador ao lado. Entrou primeiro e me chamou para entrar também. Me encaixei a frente do seu corpo. Senti a água quente, nos envolver em uma sensação confortável de bem estar. Em minhas costas, o corpo robusto da Laura me acariciava. Seus peitos fartos, com os bicos excitados, me tocavam às escápulas. Sua vulva, devidamente depilada, tocava-me a bunda e meu sex* reagia ao seu toque. Suas pernas, longas, envolvidas em minha cintura e coxa, cruzadas à minha frente. Seus braços, me envolveram pelo ombro, segurando meu seio. Eu estava completamente presa, e assim queria continuar por horas.
- Vai me prender assim por quanto tempo? - perguntei sentindo-a me beijar o pescoço.
- Se não enrugasse a pele, a vida toda.
- Vou fingir que não entendi que, acabou de me falar, que quer ficar comigo a vida toda.
Ela sorriu e continuou me beijando.
- Mas posso te prender assim em outros lugares que não seja na água - encheu uma esponja e esvaziou-a apertando acima do meu corpo.
- Quanto você tem de perna? - perguntei passando a mão pelas suas pernas que me envolviam.
- Um e sete - respondeu sorrindo.
- Ou seja, dois metros e quatorze só de pernas me prendendo - encostei a cabeça em seu ombro sorrindo - É muita mulher só pra mim.
Sorriu e me abraçou forte.
- Está achando muito? Quer dividir com outras?
- De jeito algum - mordi o lóbulo da orelha - Não ouse, sequer pensar nessa possibilidade.
- Nossa - sorriu arrepiando-se - E depois, eu que sou a mandona.
- Não sou mandona, mas sei ser, dona! - mordi mais uma vez o lóbulo e lambi o pescoço.
- Desde que a exclusividade seja recíproca, posso ser o que você quiser - me mordeu o lóbulo também, e senti arrepiar inteira.
- Exclusividade total! - respondi sorrindo.
- Total, mesmo? Sem nenhuma amiguinha problemática por perto? - sussurrou em meu ouvido, me lambendo o pescoço.
Sorri alto.
- Sem amiguinhas! Toda sua.
Me abraçou os seios e segurou a cabeça, me beijando a boca com força.
- Acho bom! - me mordeu o lábio - Você é a minha menina, só minha.
- Que delícia, mas quero ser sua mulher, agora! - ordenei, pegando sua mão e guiando em minha intimidade - Quero te sentir dentro de mim - imediatamente ela atendeu ao pedido e me penetrou enquanto me beijava a boca com sedução e força. Coloquei minha mão atrás do meu corpo e a toquei, ao mesmo tempo, penetrando-a igualmente. Ela gem*u dentro da minha boca - Ah! Isso - gemia em gritos agudos e curtos. Antes que atingíssemos o auge, saí dela e a tirei de mim, virei-me de frente, encostando nossos seios. Ela me envolveu em um abraço forte, e nos beijamos intensamente.
- Gostosa - falei em seu ouvido - Amo ser sua!
- Delicia! Quero te amar ali, na cama - e apontou a cama com o queixo.
- Já vamos - beijei a boca e o queixo - Está com pressa?
- Não - me beijava calmamente - Posso virar a noite aqui.
- Assim que eu gosto - sorri e a mordi o lábio - Quero curtir cada minuto.
Ela me agarrou, me apertando a bunda e envolveu mais uma vez as pernas em volta do meu corpo. A pouca iluminação, deixa um clima romântico. O olhar da Laura carregado de prazer e entrega, me dispara o coração e me sinto envolvida numa sensação de entrega sensacional. A beijo com os lábios e corpo, com vontade e intensidade.
- Se você não saiu de perto de mim, em nenhum momento, como preparou tudo isso? - perguntei ao final do beijo.
- Foi preciso apenas uma ligação antes do almoço - respondeu dando de ombros.
- Poderosa!! - mordi seu lábio - Gostosa!!
- Você que é poderosa. Exerce um poder surreal sobre mim.
- É? - perguntei mordendo meu lábio inferior - Qual poder?
- De me deixar maluca por você - falou, passando a mão na minha bunda - De fazer eu acreditar que só existe eu e você no mundo - me beijou a boca - De fazer o que quiser comigo - me abraçou forte.
- Laura, Laura - falei em sussurros - Já te falei que vai me deixar mal acostumada.
- E não quer ficar?
- Quero, mas você vai ter que me aguentar daí.
- É o que mais quero - me beijou intensamente - E amo quando fala meu nome.
- Laura, Laura, Laura - sussurrei em sua boca enquanto a beijava - Laura, Laura, Laura, minha Laura.
- O que disse?
- Minha Laura - e a beijei intensamente - só minha Laura - desci lambendo seu pescoço, mordi o lóbulo da orelha e o ombro e, senti mais uma vez me penetrar, dentro da água morna. A abracei e cavalguei sobre seus dedos compridos que me estocavam rapidamente, enquanto ch*pava meu seio com fulgor - Vai não para - pedi gem*ndo - Quem sou eu? - me falou no ouvido - Minha Laura - respondi gem*ndo e procurando sua boca para me beijar - Goz* pra sua Laura - me pediu entre beijos e mordidas nos lábios - e metendo gostoso e intensamente, me beijando a boca com vontade, senti meu corpo deleitar-se em prazer e g*zei deliciosamente, sentindo a água morna acariciar minha bunda com delicadeza - Pra você - falei, ao sentir minha intimidade contrair-se em orgasmo e sugar os dedos dela - Menina obediente! Gosto assim - me apertou forte, beijando-me a boca com força.
- Você é deliciosamente mandona, senhorita Veigas - falei sorrindo extasiada - Nunca mais nossas reuniões serão as mesmas.
Ela sorriu com olhar malicioso.
- Terei que providenciar uma tranca com digital na porta do escritório.
- Acho bom, assim só a minha digital destrancará, e a senhorita Veigas estará muito ocupada.
- Não pode misturar trabalho com pessoal, senhorita Stromps - falou debochada.
- Puts! Verdade! - revirei os olhos - Mas irei prestar apenas uma consultoria à senhorita, sem compromisso.
- Consultoria é?
- Uhum! Consultoria de pequenos e rápidos negócios - sorri maliciosamente.
- Bem rápido?
- Uhum! Já chego sem calcinha, e você só terá que investir. O lucro será rápido.
Laura gargalhou e me agarrou, me beijando intensamente.
- Essa sua carinha de santa, engana até você, safada! - sussurrou em meu ouvido me fazendo rir alto - Será um prazer investir em você.
- Já estou ansiosa pela próxima reunião - a beijei intensamente - Vou pro banho sozinha, ok?
- Ah! Vou ficar com saudade!
- Então vem junto. Tem dois chuveiros - a abracei fazendo charme - Vem, grudinha?
Saí primeiro da banheira e a puxei para me acompanhar no chuveiro.
- Pode ir, vou assistir você daqui. Minha paisagem preferida.
Me dirigi ao chuveiro e sem pudor, me banhei, a olhando fixamente. Sensualmente passei o sabonete por meu corpo e sentia Laura me comer com o olhar.
- Se toca! - pedi a olhando fixamente - Quero ver você se masturbar, olhando pra mim.
- Com prazer, dona! - me falou sorrindo e começou a se tocar, sem desviar o olhar do meu corpo. Passei o sabonete sensualmente pelos seios, segurando os e oferecendo a ela, prendendo o bico por entre meus dedos. Me acariciei o sex*, com o sabonete, rebol*ndo e gem*ndo. Virei de costas, e esfreguei o sabonete pelas nádegas, rebol*ndo sensualmente. Laura mordia seu lábio de prazer e gemia, jogando a cabeça para trás e arqueando os seios para cima.
- Vai, olha pra mim e goz*! - ordenei a ela que prontamente obedeceu, soltando um gemido alto e agudo, seguido de um lindo sorriso.
Estiquei minhas mãos e a chamei para o banho comigo. Ela saiu da banheira e veio rapidamente. Me agarrou pela cintura e me encostou na parede, me beijando a boca com intensidade. Apertava minha bunda e eu a dela. A água caindo em nossos corpos, tirava o sabão do meu corpo. Ch*pei seus seios, enquanto lhe toquei o clit*ris, ela gem*u, arranhando minha costa e me mordendo o ombro. Continuei tocando seu lugar de prazer, com movimentos circulares e leves, beijando sua boca, sugando sua língua na mesma intensidade que lhe tocava. Ela apoiou as mãos na parede, como que tentando se segurar para não cair, continuei o movimento com a mão e o beijo intenso, sugando a língua - Caralh* Alice - falou alto em gemido - Continuei até sentir seu sex* se inchar, ela me agarrou forte e me arranhando a costa, urrou de prazer - Você é terrível - me beijou a boca com intensidade, sentindo a respiração ofegar e a adrenalina atingir níveis máximos - Gostosa!! - sussurrei em seu ouvido - Ainda nem te peguei como quero! - ela sorriu e me olhou, com a água escorrendo pelo rosto - Você realmente é insaciável.
- Está achando demais? - perguntei fazendo bico - Se quiser posso me conter um pouco.
- Nããoo!!! - me agarrou forte a cintura - Eu estou enlouquecida por você. Queria ter te encontrado antes.
Dei de ombros e a beijei.
- Já que encontrou só agora, temos que tirar o atraso.
Sorrimos juntas e eu saí do banho, deixando-a banhar-se tranquilamente. Usei as amenidades de banho disponíveis para higiene bucal, creme de corpo e penteei o cabelo. Me sequei e constatei que não tinha roupa para vestir.
- Laura, não tenho roupas - falei timidamente.
- Que ótimo! - respondeu sorrindo, tirando o shampoo dos cabelos - Você sem roupa é muito melhor.
- E eu que sou safada, né?! - cerrei os olhos pra ela que ria alegremente, e me excitei em ver a espuma branca escorrer por seu corpo negro, maravilhosamente esculpido em lindas e avantajadas curvas. Ela abriu os olhos, limpando o sabão das pálpebras e sorriu ao me ver toda boquiaberta pra ela.
- Está muito tempo aí? - perguntou timidamente.
- Estou tempo suficiente pra já estar com fogo de novo - respondi sorrindo - Você é gata demais! Misericórdia.
- Exagerada!!
- Não sou. Você sim, é um exagero de mulher. Em tamanho, beleza, gostosura, poder. Tudo! Aff - falei, encostando na parede do box para poder contemplar mais um pouco da beleza estonteante.
- Volta aqui! - me chamou estendendo a mão.
- Uhum - neguei com a cabeça, mordendo o lábio - Quero apreciar a vista. Você é a mulher mais linda que já vi.
- E considerando toda a sua safadeza, já deve ter visto muitas, não é?! - perguntou, cerrando os olhos.
Arqueei a sobrancelha e sorri, dando de ombros, sentindo nela, uma pitada de ciúmes. Laura jogou água em minha direção.
- Estou viva! Sabe que mulher não se desperdiça, não é ?! - sorri ao responder.
- Alice!! Toma jeito - falou franzindo o cenho.
- Ué! Você que perguntou - dei de ombros sorrindo - Mas estou te falando, que entre todas, você é a mais linda e mais gostosa e, mais safada também.
- Sei! - falou e fechou a expressão, ficando ainda mais linda.
- Bravinha assim fica mais linda ainda - falei fazendo-a sorrir - Acaba logo esse banho e venha ficar comigo. Já estou com saudade.
- Já vou! Abre a champanhe para nós.
Fui em direção à cama e, peguei a champanhe do balde com gelo derretido, porém, ainda gelada e me impressionei ao ler o rótulo Champagne Cristal Rosé 2009. A única vez que provara uma verdadeira champagne, tinha sido em um dos cursos de gastronomia que fiz, e nos serviram um pequeno cálice para que pudéssemos saber a diferença entre espumante e champanhe. Como apreciadora de coisas de altíssima qualidade, certamente Laura não iria ter um espumante para degustar. Sorri em segredo por mais essa oportunidade em poder aproveitar coisas que somente Laura me proporcionaria. Distraída com a leitura da região de onde viera tal iguaria, senti seu abraço me envolver pelas costas, também nua, a pele úmida e quente pelo banho. Meu coração disparou e um arrepio do cóccix até a nuca me envolveu.
- Precisa de ajuda para abrir uma garrafa? - falou em meu ouvido, me beijando o pescoço.
- Não - sorri debochada - Tenho mania de rótulos - revirei os olhos - Amo ler rótulos.
- Entendi! -falou sorrindo e tomando a garrafa das minhas mãos - Depois scaneio o rótulo e te mando por e-mail.
Agitou a champagne, com o corpo nu e cabelo molhado, armado, lindíssimo, rapidamente abriu, tirando a rolha com força, me olhando nos olhos fixamente.
- Aprende! É assim que faz - falou, mordendo os lábios - Rápido e certeira.
- Sim, senhorita! Aprendi - arqueei a sobrancelha e ofereci as taças, sem desviar o olhar.
Ela nos serviu e brindamos. Após o primeiro gole da deliciosa bebida refrescante com sabor levemente frutado, nos beijamos lentamente, sentindo nossos corpos nus se tocarem. Minha intimidade, mais uma vez pulsava de desejos insaciáveis por essa mulher deliciosa, toda pra mim.
- Vamos ver o luar - me sussurrou no ouvido, me causando todas as sensações mais incríveis possíveis.
- Aham - respondi baixinho, completamente entregue pra ela.
Ela se afastou, e do aparador da banheira, pegou dois hobbies de seda longos, na cor pérola. Vestiu-se e me entregou o outro para vestir-me. Me olhou com luxúria ao me ver, devidamente coberta pelo tecido macio e envolvente, com os bicos dos seios marcando e entregando a excitação.
- Vem - me estendeu a mão com um lindíssimo sorriso estampado no rosto, segurando a taça e a garrafa na outra mão.
Abriu uma porta que estava atrás da cortina, e eu não tinha visto. Saímos numa varanda com o mar a frente. Apenas nós, a escuridão da noite estrelada, a lua maravilhosamente imponente no céu e, o mar. Deitamos em uma espreguiçadeira, Laura me envolveu com os braços atrás das costas e eu encostei em seus seios, a abraçando a cintura.
- Como queria ver a lua com você - falou me beijando a testa - Lá de Sampa não é bonita né?
- As luzes da cidade ofuscam seu brilho.
- Sim, esses dias fiquei vendo da piscina e pensando em você.
- Ah é?! Fico toda me achando quando você conta que ficava pensando em mim.
- Pensei muito - sorriu timidamente - Mas nem sabia se você era sapatão também.
Gargalhei e a beijei.
- Você a única pessoa do mundo que tem dúvida se eu sou sapatão. Carol fala que só de eu respirar, já mostro que sou.
- Tinha minhas impressões, mas não tinha certeza.
- Eu também não sabia de você, até dona Chica me contar que você já teve namorada - sorri - E eu quase caí da cadeira ao saber.
- Dona Chica fofoqueira, falando da chefe pelas costas - sorriu - Melhor nem pensar o que e, como ela soube.
- Essa é fácil - falei sorrindo - Fofocas empresariais!
Ela sorriu alto mais uma vez.
- Esses funcionários são terríveis.
- E quando soube que teria chances comigo, por eu ser bicha? - perguntei, apoiando-me sobre seu peito, a olhando encantada.
- No dia da sua alta, quando te deixei na sua casa. Me segurei pra não te beijar ali mesmo, na rua.
- E no hospital você ainda tinha dúvidas?
- Sim. Eu achei que estava vendo o que queria ver - sorriu e me beijou - Você me olhava toda assim, encantada, mas como eu estava toda boba por você, fiquei com receio.
- Então assume que estava toda boba por mim? - perguntei sorrindo.
- Sim - deu de ombros e sorriu - Estava toda boba por você. Desde o dia do shopping.
A beijei carinhosamente.
- No concerto eu queria ter te agarrado - falei baixinho em seu ouvido - Sorte sua que as luzes se acenderam antes de eu ter tomado coragem.
- Eu teria revidado, também te agarrando. Você estava absurdamente linda - me olhou os olhos, e ajeitou meu cabelo.
- Foi de propósito - a beijei no cantinho da boca - Estava brava com você.
- Então quando fica brava comigo, faz essas coisas? - perguntou com olhar malicioso - Me provoca, me beija..
A interrompi beijando-a intensamente.
- Quando não estou, também. Agora viciei em você, está perdida.
- Nossa, quero ficar perdida sempre - me segurou a nuca e me puxou para um beijo vagaroso e molhado. Desceu a mão pelas costas, com a ponta dos dedos percorreu toda a medula, até o cóccix - Alice, você é um espetáculo de mulher.
- Você também, Laura. Faz muito tempo que sou louca por você. Estar aqui com você, está sendo a realização de um sonho.
Nos beijamos vagarosamente, um beijo quente e calmo. Deitei sob seu peito e ficamos em silêncio, contemplando o luar. Ouvi seu coração, descompassado e sentia sua respiração curta e pesada. Seu corpo delicioso, quente e cheiroso, a pele fresca, recém banhada. Suas mãos me acariciavam os ombros e o silêncio só era interrompido, pelo som das ondas que se quebravam abaixo de nós. Senti-me transbordar-me de paixão e entrega por essa mulher tão especial. Ficamos tempo suficiente, para sentir o peso do dia e os muitos orgasmos que tive, e comecei a cochilar.
- Alice? Quer entrar? - me chamou carinhosamente.
- Oi - respondi timidamente - Cochilei.
- Percebi, sua respiração ficou pesada. Venha, vamos entrar, descansar.
- Não quero dormir - falei bocejando e sorrindo - Quero ficar com você o máximo que posso.
- Fica tranquila, minha linda. Não vou a lugar algum - me beijou a testa - Estarei do seu lado. Vamos para cama.
Levantamos e voltamos ao quarto. Senti vergonha por ter apagado, de repente.
Laura organizou a cama e eu, apaguei as velas e deitamos, juntinhas.
- Você vai dormir também? - perguntei timidamente.
- Vou sim. Também estou cansada - respondeu sorrindo - Pra aguentar você, tem que ter muito pique.
Nos beijamos carinhosamente e me deitei em seu peito, com as pernas trançadas. Sentia Laura me acariciar as costas e o cabelo, com tranquilidade e delicadeza. Senti o cheiro do seu corpo, e a abracei forte. Queria ter certeza que estaria comigo a noite toda. O hobby me incomodou, grudando o tecido na perna. Levantei e tirei, Laura me olhou com um sorriso malicioso.
- Que foi? Não posso ficar sem roupa, na sua frente? - perguntei sorrindo.
- Lógico que pode, deve na verdade - balançou a sobrancelha, sorrindo - Vou ficar sem também.
Levantou-se e tirou o dela, deixando cair no chão. A ver nua na minha frente, com a iluminação realçando sua linda cor e suas curvas, me despertou. Nos olhamos sorrindo. Seu olhar correu todo o meu corpo. Me senti experimentada pela intensidade do seu olhar. Borboletas no estômago me fizeram morder o lábio. Ajoelhei na cama, e Laura também. Toquei seus ombros, a olhando profundamente e tateei seu corpo, como quem tenta conhecer uma textura. Ombros, costas, bunda, coxas, pelve, abdome, seios, rosto. Ela repetiu meus toques em mim. Me olhando nos olhos, me beijou a boca e deitou-me. Desceu lambendo meu queixo, mordiscou o lóbulo da orelha e me ch*pou os ombros - Quero você - sussurrou em meu ouvido - A envolvi em meu abraço, acariciando as costas, ela continuou a descer, beijando carinhosamente um seio, enquanto tocava o outro com toda a mão. Sorveteava meu mamilo, com calma e vontade, me olhando fixamente. Senti minha intimidade umedecer e começar a pulsar de desejo. Vagarosamente, ela trocou de seio, sorveteando e mordiscando o mamilo do outro, e espalmando o outro, outrora ch*pado. Seu olhar não desviava do meu - Gostosa - me sussurrou ao largar o seio e lamber meu abdome. Deixou beijinhos pela pelve, me fazendo gem*r de prazer e arquear a costa. Suas mãos me cercavam o corpo, segurando minha cintura e começo da bunda. Seus seios fartos, roçavam em minha vulva, enquanto ela deixava leves beijinhos na pelve, sem desviar o olhar do meu. Segurou seus seios, e esfregou em minha vulva, com olhar lascivo. Após molhar o bico do seu seio em meu mel, que me umedecia toda, subiu até meu rosto e depositou o seio em minha boca, me fazendo ch*par todo mel que o envolvia - Ch*pa, delícia. Sente seu sabor maravilhoso que me deixa louca de tesão - ordenou, oferecendo os seios. A segurei pelas costas, forçando seus seios em minha boca e os ch*pei com intensidade e desejo. Seus lindos e fartos seios cor de chocolate ao leite, auréola arrepiada e rígida com bicos grandes, venenosamente perigosa e cheia de tesão. Tirou os seios da minha boca, totalmente no comando, me empurrou e sentou em minha boca, esfregando sua intimidade deliciosamente úmida em meu rosto. Agarrei sua bunda e a segurei na minha boca, sentindo seu mel escorrer em meu queixo - Quero sentir você dentro de mim - me pediu rebol*ndo e eu a ch*pei com todo meu ser, sentindo seus pequenos lábios avantajados envolver todo o meu lábio. Laura gemia alto e agudo, rebol*ndo e empinando a bunda para trás. Segurei sua bunda e a penetrei a vulva com a língua, em movimentos lentos e profundos. Saí da penetração e concentrei as ponta da língua no clit*ris. Lambi dois dedos sem que ela visse e enquanto a ch*pava e lambia o clit*ris, a penetrei com dois dedos - Que delícia, Alice - sincronizando os movimentos mantive a velocidade e intensidade. Ela gemia e rebol*va descontroladamente - Não para, ah! - e eu continuei, inebriada de prazer - Vai, eu vou - aumentei a velocidade, sentindo sua intimidade me apertar e seu clit*ris se inchar - Ahh!! Aliceee - arqueou as costas para trás e a penetrei profundo. Sentindo seu orgasmo a dominar, g*zei junto só pelo prazer proporcionado. Ela deitou-se ao meu lado, completamente entregue ao prazer, respirando ofegante. A envolvi em meu abraço, e a beijei carinhosamente. Ela com os olhos fechados e respiração pesada, balbuciou - Quero você pra sempre! - e eu me senti a mulher mais realizada do universo. A cobri e fiquei sentindo seu corpo, cheirando a sex*. Ficamos assim por alguns minutos, até que ela apoiou-se sobre os cotovelos e sorrindo me olhou fixamente.
- Sua vez, mocinha! - e me beijou a boca intensamente.
- Pode descansar - falei entre beijos - e a abracei.
- Descansar? Estou com desejo de sentir seu sabor, e certamente está do jeito que eu gosto - sorriu maliciosamente e desceu, por baixo da coberta, diretamente em minha intimidade. Me abriu as pernas e caiu de boca, me sugando com vontade e desejo. Afastou meus grandes lábios com os dedos, deixando meu clit*ris completamente exposto a sua língua impetuosa. Jogou a coberta, respirou, sorriu e carinhosamente, enfiou dois dedos na minha boca, fazendo-me ch*par e umedecer. Voltou a me ch*par o clit*ris sem parar. Senti meu corpo estremecer de prazer e gemi - Vai, me fode! - supliquei e ela me obedeceu, me penetrando gostoso - O que você pediu? - me perguntou, não tirando a boca da minha vulva - Me fode, Laura Veigas! - ordenei com tesão e ela começou a meter fundo e com gosto, enquanto me ch*pava o clit*ris sem parar - Assim, vai ser rápido - falei sorrindo - E é assim que eu quero. Goz* para sua Laura - ordenou e eu, boa menina, obedeci, dando a ela meu orgasmo mais puro e límpido. Ela tirou os dedos de dentro da minha intimidade e me sugou, lambendo toda, me segurando pela bunda e forçando a boca contra mim - Delícia de mulher - falou com os dentes cerrados de prazer - Não me canso de você! - suspirei profundo, sentindo meu corpo estremecer de prazer. Ela deitou-se por cima de mim, e senti seu corpo suado, com a respiração ofegante.
- Eu te quero, sem interrupções - falei em sussurro, a abraçando.
Ela subiu um pouco mais, me olhou e beijou a boca.
- Eu também, minha linda! Agora que te encontrei, não quero mais te perder.
Acariciei seu rosto e nos beijamos carinhosamente. Ela me virou de costas, nos cobriu e me abraçou, de conchinha.
- Dorme bem, bela adormecida - sussurrou em meu ouvido, me beijando o ombro.
- Dorme bem, minha Laura - puxei seus braços para mais junto de mim.
Envoltas em nosso abraço cheio de carinho, adormecemos.
Fim do capítulo
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