Ilha Privativa
Laura
Encontrar na Alice, a minha menina dos olhos de amoras verdes, transpassa os limites impostos por eu mesma, de eventualidades surpreendentes a acontecer na minha vida. Sinto uma explosão de sentimentos, quase impossíveis de descrever. Todas as sensações que vivencio por estar ao seu lado, ainda é pouco para dimensionar o que sinto internamente. Minha alma, parece transbordar-se em ternura e felicidade. Já alcancei conquistas importantes, que me proporcionaram altas emoções, mas nenhuma, absolutamente nenhuma até agora, foi capaz de me levar a esse nível de realização. Sinto meu espírito festejar, ao mesmo tempo em que um sentimento de tranquilidade me invade, e isso, até então, nunca experimentara. Tenho vontade gritar para o mundo, que encontrei a mulher da minha vida. Quero proporcionar a ela, o melhor que eu possa conseguir, e ainda assim, tenho ciência de que será pouco, comparado à festa que se faz presente nas minhas entranhas.
Após deixar a Amora sob os cuidados do Ricardo, Alice me esperava, sentada na cerca do pasto. Impressionante que até mesmo esse simples gesto, me atrai e eu, a acho a mulher mais linda possível de existir nesse mundo. Ela veio ao meu encontro, e me abraçou pela cintura. Por um momento, me esqueci de todos os meus medos e receios e me deixei ser envolvida nesse gesto de carinho tão genuíno. Seu olhar carrega verdade e simplicidade, características tão raras de se encontrar hoje em dia. Chegamos à sede, repleta de hóspedes, envolvidas num abraço recheado de sorrisos e senti uma certa insegurança de demonstrar meu afeto. De uma forma sutil e bastante discreta, me retirei dos braços de Alice. Não quero de forma alguma magoá-la, mas demonstrar publicamente o que sou particularmente, ainda não é fácil para mim. Cumprimentei os funcionários do hotel e antes de nos alimentar, lembrei da ideia para a "noite de núpcias". Sorri com a possibilidade de conseguir encantar um pouco, essa mulher que me encanta tanto.
- Alice, pode ir comendo – falei a ela, próximo do aparador onde estava exposta a alimentação – Preciso resolver umas pendências.
- Está bem – me respondeu com um lindo sorriso – Vou esperar você, então.
- Não é necessário! – falei rapidamente – Pode almoçar.
Rapidamente me dirigi ao escritório e liguei para meu anjo da guarda:
- Tom? Tudo bem? – falei assim que o ouvi me atender – Preciso que organize urgente um passeio para mim.
- Pois não, para onde? – respondeu, prontamente.
- Minha ilha, em Búzios – falei sentindo o coração disparar, só em imaginar a reação da Alice ao chegar no local – Só vou almoçar e já estarei pronta.
- Pode deixar. Está onde?
- Na fazenda. Vou hoje e volto amanhã a tarde. Quero a ilha vazia.
- Sim, senhorita! – respondeu cordialmente – Algum pedido especial?
- No bangalô, decoração com flores, bombons e luz de velas. O restante me viro – falei sorrindo – Seja rápido.
- Deixa comigo – respondeu sorrindo, meu querido Tom.
- Tom? Flores diversas, menos rosas, por favor! – enfatizei.
- Fica tranquila, confia em mim – me falou sorrindo – Bom final de semana.
- Obrigada, igualmente Tom.
Voltei ao salão, me servi e encontrei Alice em uma mesa afastada. Meu coração disparou ao vê-la. Pedi se poderia me sentar com ela, e ao invés de me responder, sorriu, o sorriso que me encanta e me faz querer beijar cada milímetro dos seus deliciosos lábios.
- E então, já encontrou a dona Chica ? – perguntei, na tentativa de esconder a empolgação da surpresa.
- Ainda não. Procurei as duas na verdade, mas devem estar aproveitando por aí – me respondeu sorrindo.
- Logo elas aparecem. – sorri e a olhei fixamente – Está com compromisso pós almoço?
- Huumm – respondeu fazendo careta – Tenho que ver minha agenda! – e sorriu lindamente – Acho que tenho que tomar um banho.
- Isso eu também preciso! – respondi sorrindo – E pós o banho?
Alice olhou para os lados, inclinou-se para frente e falou baixinho, com expressão sapeca:
- Sou toda sua!
Senti o coração disparar e a respiração ofegar. As recentes lembranças e a vontade em sentir seu sabor mais uma vez, invadiram minha mente. Sorri timidamente e a respondi baixinho:
- Que ótimo, pois será mesmo, toda minha.
Alice me olhava com olhos e lábios sorridentes.
- Tem alguma sugestão, senhorita Veigas? – perguntou, encostando-se na cadeira e continuando a comer – O que podemos fazer a tarde?
- Na verdade, não é uma sugestão – falei sorrindo – Você terá que me obedecer e seguir o que vou te falar.
- Lá vem! – revirou os olhos – Diga, mandona.
- Aproveita falar assim, enquanto não posso te mostrar o quão mandona, sou – falei a olhando profundo e segurando o riso.
- Mandona!! – falou mais uma vez, revirando os olhos e fazendo careta – Qual é a ordem?
Respirei fundo para conter minha vontade em agarrá-la ali mesmo. Ela sabe como me provocar, com essa expressão de menina sapeca, e olhar profundo de mulher.
- Pós almoço, tome um banho e esteja pronta para um passeio.
- Passeio? – perguntou franzindo o cenho -Já estamos em um passeio – sorriu dando de ombros.
- Tem muita gente aqui – respondi dando de ombros – Vamos para um lugar um pouco mais tranquilo.
Ela inclinou-se para frente, apoiou os cotovelos na mesa e o queixo nas mãos e me olhou profundo.
- Hoje é você que vai me sequestrar? – perguntou com expressão séria.
- Só um pouquinho! – respondi sorrindo – Avisa a dona Chica para não se preocupar.
Franziu o cenho e fez uma expressão de espanto.
- Sim, senhorita Veigas – levou a mão à testa, imitando continência e sorriu – Vou já pro banho e estarei pronta.
Ela levantou-se e deixou o ambiente. Senti a empolgação me tomar. Será incrível proporcionar essa surpresa a ela. A ilha escolhida, comprei como parte de investimento no mercado hoteleiro. Fica a 7km da costa de Angra dos Reis, já em terras de Búzios. É uma ilhota, estruturada em um mini resort, com heliponto, marina e todo aporte hoteleiro. Raramente nos finais de semana sem ser feriados, está ocupada, então, é possível usufruir de todo conforto e segurança, em um lugar único e exclusivo para nós. Como fui enfática que quero o local vazio, não terá ninguém, além de Alice e eu, a não ser os seguranças.
No caminho para meu chalé, encontrei Didi e dona Chica divertindo-se na piscina e me aproximei sem que percebessem a minha presença e pude ouvir do que falavam.
- Mas Didi, eu já te falei que seria assim – falava em tom de deboche dona Chica – Você que não quis me ouvir.
- Mas Chica, nem pra falar um oi pra nós? – falava Didi – Poxa!! Eu não sou tão grudenta assim.
- Deixa as meninas se divertirem, Didi – continuava dona Chica – Uma hora elas aparecem e falam com nós.
- Você vai ver quando aparecerem – falava Didi com expressão zangada – Vou brigar com as duas.
Percebi que falavam de nós e segurei o riso para continuar ouvindo.
- Deixa de ser velha, Didi – ria dona Chica – Até parece que nunca foi jovem.
- Fui não! Eu sou jovem – e gargalhou minha querida Didi – Só não tenho mais energia de jovem.
Ambas gargalharam.
- Posso saber que braveza toda é essa aqui? – falei ao me fazer ser vista – Com quem a Didi vai brigar?
- Com você mesma! – respondeu me olhando com o cenho franzido – Eu vi seus seguranças e seu carro, só não vi você.
- Cheguei e fui andar à cavalo, Didi! – falei dando de ombros – Só isso.
- E cadê a Alice? – perguntou-me ainda com o cenho franzido.
- Que Alice? – perguntei segurando o riso – A Alice da Chica?
- Laura, não se faça de besta – falou brava Didi – Você sabe que Alice estou falando.
Gargalhei com sua impaciência.
- E por que eu deveria saber da Alice? – dei de ombros sorrindo – Eu nem sabia que ela estaria aqui.
- Eu a convidei, dona Laura – falou Chica timidamente.
- Dona não, por favor – falei virando os olhos – Só Laura!!
- Então, eu a convidei e ela está por aí – explicou Chica – Só a vimos de manhã e desde então, a menina sumiu.
- Sumiu não! – interrompeu Didi – Esqueceu de nós.
- Quanto drama!!! – falei sorrindo – Logo ela aparece, e eu, vim avisar, que, logo estarei partindo.
- Mas nem chegou direito e já vai embora? – reclamou Didi.
- Posso confiar nas duas? – perguntei segurando o riso
Ambas responderam animadas que sim. Abaixei perto delas na piscina, olhei para os lados e falei baixinho:
- Eu e a Alice vamos pra ilha, mas ela nem imagina. Voltaremos amanhã à tarde.
- Eu sabia!!! – falou Didi me dando uns tapas com a mão molhada – Sua coisa, nem pra me contar – sorria alegremente ao falar – Falei Chica, que iriam esquecer de nós?
- Que gostoso Laura!! – falou feliz dona Chica – Vão mesmo. Nem sei onde é, mas vão sim. Eu cuido da velha ranzinza aqui.
Gargalhamos enquanto as duas discutiam quem era ranzinza.
- Mas óh – fiz sinal de silêncio – É segredo! Se derem bola fora, nunca mais conto nada – franzi o cenho com expressão rude – Agora vou pro banho. Vejo vocês antes de ir.
Elas continuaram na piscina, conversando e com os olhinhos vibrantes. Tive a impressão de que gostaram da possibilidade de eu e Alice estarmos juntas. Me apressei em tomar banho e as lembranças da trans* maravilhosa que tive a pouco, me invadiu a mente, à medida que me ensaboava e passava por lugares recentemente beijados e ch*pados por Alice. Em meio a sensações e excitações, concluí o banho e me arrumei, com o coração cheio de ansiedade. Antes de sair ao encontro da mulher mais linda, mandei mensagem ao Tom para me assegurar de que tudo sairia exatamente dentro do combinado.
Laura: Tudo certo?
Rapidamente Tom me respondeu:
Tom: Sim. O helicóptero acabou de sair do hangar. Trinta minutos estará aí.
Laura: OK. E na ilha?
Tom: Ajustes finais. O chef Hünf está deixando tudo preparado para que possa ter qualquer tipo de alimentação, e uma carta diversa de vinhos e espumantes.
Laura: Ótimo. Conseguiu decoração?
Tom: Sim. Vai se surpreender. Te falei pra confiar. Fica tranquila. Apenas aproveite.
Laura: Obrigada. Até segunda.
Tom: Até.
Deixei o chalé, e fui em direção à piscina, onde avistei as três conversando. Senti minhas mãos suarem e o coração descompassar. Apesar de ser uma surpresa agradável, a adrenalina bate forte por não saber como será a reação da pessoa que receberá. Alice estava encantadoramente linda e como sempre, despojada. Cabelos molhados e penteados de lado, uma bermuda rosê cintura alta de tecido fino, blusa branca de cetim com alça fina, uma jaqueta jeans por cima, sandália rasteirinha, bolsa lateral e óculos de sol tipo aviador. À distância, a olhei e meu coração já disparou. À medida que chegava mais perto, foi possível sentir seu cheiro, de perfume cítrico, misturado ao frescor do banho. Meu desejo era abraçar e cheirar seu corpo todo. Ela estava distraída conversando com dona Chica, que ainda estava na piscina, e Didi, sentada na espreguiçadeira tomando uma caipirinha. Todas se divertiam com algum assunto e me olharam ao mesmo tempo, assim que cheguei na área seca da piscina.
- Uau! – falou Didi, me fazendo sentir o rosto queimar de vergonha – Mas essa minha Laurinha é linda demais, não é, Alice?
- Sim, Didi – respondeu Alice, baixando os óculos de sol e me olhando de cima embaixo – Sou obrigada a concordar com você. Essa Laurinha, é linda demais – e voltou o olhar para o meu, me olhando fixamente. Imediatamente senti minha intimidade reagir ao olhar.
- Vocês me deixam tímida – falei timidamente – Nem me arrumei direito.
- Além de linda, é modesta! – gritou dona Chica de dentro da piscina, fazendo todas rirem.
- Dona Chica – falei alto para que ela pudesse ouvir – Vou sequestrar um pouquinho a Alice – e pisquei pra ela – Devolvo em segurança, ok?
Alice me olhava sorrindo e balançando a cabeça, timidamente.
- Pode levar, Laura – respondeu dona Chica – Não tem pressa pra devolver – gargalhou ao final.
- Poxa! – falou Alice sorrindo – Bom saber que nem pediria resgate.
- Eu não – continuava a sorrir dona Chica – Ela já me deu emprego, isso vale mais que o seu resgate. Pode ficar com ela toda.
Gargalhamos com a espontaneidade da dona Chica. Dei um beijo na Didi que me cochichou no ouvido:
- Ouça e sinta seu coração! Eu não desisti de te ver feliz, não desista também.
A olhei e senti nossos olhos marejarem. Foi a primeira vez que Didi falou alguma coisa referente a alguma pessoa que eu estivesse saindo. Alice mandou um beijo para Chica e abraçou Didi.
- Vamos, Alice? – a chamei, com o coração disparado ao ouvir o barulho do helicóptero pousar.
Ela me olhou com o cenho franzido e apontou para o alto, fazendo referência ao som.
- Isso faz parte do passeio? – perguntou assustada.
- Sim! – respondi sorrindo e dando de ombros.
Ela fez uma careta animada e sorriu.
- Axé!!! – desejou Didi antes de sairmos.
Os olhos de Alice estavam vibrando e eu desejava ter super poderes para conseguir saber o que ela pensara naquele momento.
- Você é maluquinha assim mesmo? – me perguntou, com um lindo sorriso e andando de costas, de frente para mim.
- Maluquinha, como? - respondi sorrindo.
- Chamou um helicóptero pra ir sei lá pra onde, assim, do nada? – dava de ombros – Isso é muita maluquice.
Sorri livremente por constatar o quanto aquilo a deixou feliz, e é exatamente assim, que queria vê-la.
- Isso é o que você faz comigo! – respondi a olhando nos olhos – Me vira a cabeça.
- Desse jeito vou até me sentir importante – falou me olhando nos olhos – Já fui para as estrelas hoje, e agora vou voar. Vai me deixar mal acostumada, hein?
- Essa é a intenção!
Chegamos ao local de embarque onde o piloto nos aguardava. Nos preparamos para decolar, apertando os cintos e colocando os fones. Alice me olhava e sorria. Eu sentia meu coração bater mais do que as rotações do motor das hélices. Ela feliz, fica ainda mais linda. Sua espontaneidade me encanta. Levantamos vôo e Alice procurou por minha mão, enquanto olhava para fora. Encostei minha mão na dela, e ela segurou forte, me fazendo arrepiar e desejar que os cinquenta minutos de vôo, passassem rápido. Me olhou e seus olhos verdes, estavam ainda mais verdes e brilhavam junto com seu sorriso largo. Pelo fone me perguntou:
- Não vai mesmo me falar para onde estamos indo?
- Já estamos indo, que diferença faz, saber agora? – sorri e dei de ombros – Relaxa e aproveita a viagem!
Ela sorriu e balançou a cabeça, me olhando nos lábios e mordendo os lábios inferiores.
Isso me excitou. O jeito que ela morde os lábios e me olha, me faz sentir desejada e desejá-la. O vôo foi tranquilo e passou rápido. Dentro do helicóptero as conversas são difíceis devido o alto barulho, então, pouco falamos. Aproveitamos a vista e frequentemente trocamos olhares e sorrisos. Pouco mais de cinquenta minutos pós decolagem, o piloto nos informou que começaríamos a pousar. Olhei para Alice que olhava atentamente a paisagem da região litorânea do Rio de Janeiro. Um mar verde, parecido com seus olhos. Observava a tudo, como se conhecesse os lugares e os fotografasse em seu olhar. Quando me olhava, sorria extasiada e era possível ver sua respiração ofegante. Iniciou o processo de pouso e em pouco tempo, descemos da aeronave com as asas rotativas ainda em movimento. Corremos sentido à casa, para sair da área de vento forte que se intensificara com a seguida decolagem.
Atrás de nós, o mar, em uma praia privativa, de maré mansa e límpida. À frente uma escadaria que leva à casa, no alto. Na lateral, a marina com a lancha estacionada e à disposição. No céu, uma imensidão azul, sem nenhuma nuvem e o Sol a testemunhar nossa alegria, marcando aproximadamente dezesseis horas. Alice observava tudo com os olhos arregalados, tentando se encontrar onde estávamos. Meu coração, descompassado, fundia-se à minha respiração e ardente de desejo em tê-la. Segurei em suas mãos e ela me olhou sorrindo.
- Onde estamos? – perguntou curiosa.
Antes de responder, a puxei pela nuca, envolvendo minhas mãos em seus cabelos curtos e a beijei com vontade e saudade. Foi preciso apenas um beijo para que me viciasse em seu doce veneno, e agora, preciso o tempo todo provar-lhe. Alice retribuiu o beijo com a mesma intensidade e desejo, me agarrando pela cintura e abraçou-me enquanto nosso beijo demorou.
- Estamos em um lugar só nosso! – a respondi entre o beijo, ainda de olhos fechados.
- Só nosso? – continuou Alice ainda me beijando – Isso quer dizer, que só tem nós aqui?
- Exatamente – abri os olhos para poder vê-la e acreditar que não era um sonho.
- Você existe mesmo ou é minha ilusão de óptica? – me falou, acariciando meu rosto.
- Também queria saber isso sobre você – falei sorrindo – Venha!! Vamos conhecer o paraíso.
- Eu já conheci – falou me embalando em seus braços – E está bem aqui – suspirou ao me abraçar forte.
Senti tanta ternura nesse abraço, o mais sincero e confortável que já foi possível sentir. Nossos corações batiam acelerados e na mesma batida, envolvendo-nos em um embalo com respiração pesada e tive a impressão que o tempo parou. Fechei os olhos e senti o cheiro fresco que vinha de seu corpo e o resto todo do mundo, sumiu. O corpo dela, colado no meu, em um abraço forte e quente. Nossas bocas se procuraram e carinhosamente se beijaram, outro beijo longo, quente, molhado. Com desejo e fulgor, diminuindo o ritmo em beijinhos carinhosos.
- Vamos logo – me falou sorrindo ao final do beijo – Se não só vou ficar aqui nesse lugar sem ver mais nada.
Gargalhamos e, de mãos dadas, subimos as escadas rumo à casa.
Apresentei os cômodos e espaços, menos o bangalô, que deixei como surpresa para a pernoite. Por último fomos até a sala de jogos, que fica na parte mais alta e é toda feita de vidros, possível ver o horizonte perder-se de vista na imensidão do mar que começava a se pintar com o sol deitando-se nas águas. Alice olhava tudo com encanto e isso, me encantava.
- Você pediu uma noite de núpcias – falei dando de ombros – É o melhor que consegui, de última hora.
- Mas é muito chique essa menina, que fui me casar, viu – falou sorrindo e vindo em minha direção – E isso que nem foi o casamento de verdade – deu de ombros e me abraçou.
- O que seria casamento de verdade? – perguntei a beijando.
- Como o tradicional – respondeu no beijo – Mas eu prefiro o nosso, com pureza e entrega.
Me beijando com desejo, empurrou-me sob a mesa de sinuca e debruçou-me de costas no camurça verde, que envolve o lugar de jogos, subindo a mão pela minha perna, embaixo do vestido até me agarrar a bunda.
- Laura, você não faz ideia do quanto eu te desejei – falou enquanto me beijava a boca e desceu lambendo-me o pescoço – Você é meu sonho.
Gemi com a sensação causada pelo arrepio e a agarrei a cintura, trazendo-a para perto de mim, segurando-a pela bunda. Suas mãos tateavam meu corpo por baixo do vestido e sua quentura, me excitou. Levantou meu vestido e saiu de cima de mim, posicionando à minha frente, pela cintura me levantou, fazendo-me sentar na mesa. Abriu minhas pernas e olhando em meus olhos, começou beijar meu joelho, subindo lambendo a coxa, sem desviar o olhar. Mesclava lambida com sorriso, um sorriso cheio de lascívia até que chegou em minha calcinha. Levou a mão sobre meu abdome e me empurrou, fazendo-me deitar. Fechei meus olhos e apenas senti ser tomada por aquela mulher, que me beijava por cima da calcinha..
- Alice..não judia.. – gemi em murmúrio, quase implorando para que me ch*passe de uma vez.
Sentia sua respiração quente passear pela volta das nádegas, ainda sobre a calcinha. Suas mãos me apertavam a bunda com força e a língua brincava com o pano fino da renda que cobria meu sex*. Senti os dedos entrelaçarem o tecido e puxar de lado, deixando meus grandes lábios expostos à sua boca quente e úmida, que me sugava com vontade e delicadeza. Suas mãos me agarraram o quadril e sua boca envolveu toda minha vulva, me sugando com força.
- Ah! Isso – gemi e segurei sua cabeça, forçando-a me ch*par com força – Continua – ordenei.
Ela concentrou a língua em meu clit*ris, de vez em quando me sugando os pequenos lábios, me fazendo gem*r alto e voltava para o clit*ris, gem*ndo de prazer junto comigo..
- Continua..eu vou.. – antes que pudesse concluir a fala, g*zei em sua boca, sentindo ela me sugar inteira, sem desperdiçar um gota sequer.
Me pegou pelos braços e me puxou, me fazendo sentar novamente e beijou minha boca, envolvendo as mãos em meus cabelos.
- Prontinho! – falou em sussurro – Agora podemos continuar o tour pela casa.
- O quê? – falei a agarrando – Acha que vai sair impune?
Ela sorriu alto e me mordeu os ombros.
- Sou uma noiva recatada, só na noite de núpcias irei me entregar – falou sorrindo – Ainda é de tarde, veja – apontou para o horizonte – Ainda tem sol.
- Noiva recatada é? – falei mordendo-lhe os lábios – Quero ver.
- Eu sou – deu de ombros, fazendo bico.
Desci da mesa e virei-a de costas para mim, empurrando-a de frente para a mesa. Encostei sua face na mesa e prendi as mãos acima da cabeça:
- Se se mexer, eu paro! – sussurrei em seu ouvido e lambi a nuca.
- Se parar.. serei uma noiva triste – me falou gem*ndo.
Tirei sua bermuda e afastei as pernas, com minha coxa. Passei a mão por seu sex*, encharcado de prazer e gemi de tesão por isso:
- Gostosa! Nunca decepciona! – falei enquanto provei seu sabor em meus dedos e em seguida, a penetrei com calma e maciez.
- Hum..– gem*u Alice -Isso é tudo o que você sabe fazer? – me desafiou, empinando a bunda – Quero é mais.
- Seu desejo é uma ordem, noiva recatada – e comecei a meter forte e profundo, com dois dedos.
Alice rebol*va e gemia sem pudor.
- Agora sim, é como eu imaginava Laura Veigas – falou sorrindo, entre gemidos – Estou esperando só você mandar..
Meti mais e mais, profundo e rápido, sentindo sua intimidade cada vez mais aberta e molhada.
- Goz*! Agora – ordenei metendo forte e, como uma mágica, Alice gem*u e sua intimidade me sugou os dedos, relaxando em seguida me encharcando de seu gozo límpido e quente.
Tirei meus dedos de dentro dela e a agarrei, beijando-a com força e desejo.
- Agora sim, podemos continuar o tour, noiva! – a beijei um beijo curto.
Ela sorriu e me olhava com olhar sapeca e respiração ofegante.
- Gosta de ser desafiada, né?!
- Muito! – arqueei a sobrancelha e sorri.
- Tem mais cômodos pra inaugurar? – me perguntou mordendo os lábios, enquanto vestia a bermuda.
- Você é insaciável? – perguntei sorrindo e a abraçando pelas costas, segurando seus seios, por cima da blusa.
Ela me envolveu os braços no pescoço, puxando-me para beijar-lhe a nuca.
- Com você, sim. Já te disse que são anos te desejando.
- Que delícia! Quero suprir todo esse tempo de espera, então – falei beijando-lhe e sentindo seu cheiro.
Ela virou-se de frente e me beijou a boca.
- Você é uma delícia – falava enquanto me beijava – Quero você, desde a primeira vez te vi.
- E onde foi? Preciso saber mais dessa história. Tenho uma admiradora secreta e não sabia – sorri interessada.
- Não sabia porque é desatenta! Eu sempre estive por perto, te paquerando – me mordeu o lábio.
- Nossa! Perdi tempo, quer dizer – sorri.
- Sim! Perdeu tempo em ter essa belezura aqui – se afastou e passou a mão pelo corpo sorrindo, me piscando – Tem alguma coisa pra beber por aqui?
Sorri com sua espontaneidade.
- Tem sim. Deu sede? – sorri debochando.
- Ahan – falou passando o indicador pelos lábios – Você é doce, daí fica assim – fez bico mostrando os lábios goz*dos – Grudando.
Sorri com a exposição de safadeza, misturada com ar de inocência e a beijei com gosto e vontade.
- Vamos, pra cozinha! – falei ao final do beijo, dando um tapa em sua bunda.
- Oba! Outro cômodo pra inaugurar – falou com expressão sapeca.
Seguimos para a cozinha e nos servimos de água. Alice me olhava com olhar cheio de desejo.
- Eu não estou acreditando que tenho você só pra mim – me falou encantada – Até que horas terei esse privilégio?
- Até amanhã à tarde, estaremos ilhadas – falei arregalando os olhos e sorrindo – Sem contato com o continente.
- Nossa!! – veio em minha direção me olhando profundo – Vou poder aproveitar então um pouco dessa melanina toda.
Me agarrou pela cintura e me beijou os ombros.
- Já vi que fiz certo em dispensar o pessoal daqui.
- Sem dúvida – me sorriu com expressão sapeca – Se não iriam ver duas mulheres se pegando o tempo todo.
Encostamos na bancada da cozinha e o beijo demorou acabar. Beijar Alice é como viajar pela dimensão do universo. Seus lábios, finos e desenhados, se encaixam perfeitamente nos meus. Nossas línguas dançam em sintonia numa busca incansável de se sugarem e entrelaçarem. Seu sabor, misturado ao cheiro da respiração, é o melhor já provado. Não dá vontade parar de beijar, mesmo que a boca se canse e até formigue. Quero mais e mais do seu gosto. Ela me beija com a boca e todo o corpo, cheirando-me enquanto beija e gruda o corpo ao meu. É um beijo com saudade, com entrega. Parece querer me dizer algo no beijo e eu quero desvendá-la.
- Vamos ver o mar? – propus entre o beijo.
- Vamos! – falou sorrindo – Se não, não vou fazer mais nada além de ficar te agarrando.
- É uma boa ideia também – sorri e a abracei forte – A intenção de vir pra cá foi essa.
- Posso ficar à vontade? – me perguntou timidamente – Já que vou ficar até amanhã.
- Lógico! A casa é sua.
Ela foi até a sala tirou a jaqueta e as sandálias e deixou no aparador enquanto abri um espumante e me dirigi ao seu encontro e, juntas, fomos para a praia. Imaginei que iríamos sentar nas espreguiçadeiras e ver o pôr do sol, enquanto tomava o espumante. No entanto, Alice é uma explosão de desejos e atitudes.
- Essa praia é "sua"? – me perguntou fazendo aspas com os dedos e franzindo o cenho.
- Sim – dei de ombros timidamente – Faz parte da ilha que é minha.
- Tem um probleminha – falou com expressão sapeca.
- Qual? – perguntei preocupada
- Você não me falou que viríamos para a praia – deu de ombros – Nem que iríamos dormir aqui.
- E?
- Não trouxe nada, além dessa roupa que estou – apontou para a roupa e sorriu, me olhando nos olhos.
- Fica tranquila que damos um jeito nisso – respondi sem pensar muito no que poderia fazer.
Alice então, deu três passos para trás e me olhando nos olhos, com sorriso malicioso nos lábios, começou a levantar a blusa vagarosamente, mostrando aos poucos a cintura, o umbigo com piercing, os seios com os bicos rígidos. Tirou toda a blusa e jogou na areia. Rebolando, como se ouvisse uma canção, baixou a bermuda, vagarosamente, mostrando aos poucos o ossinho da bacia, o caminho da felicidade, seu sex*, cuidadosamente depilado nas virilhas mas com pelos no meio, formando um caminho estreito e aparado, as coxas torneadas e longas. Jogou a bermuda na areia e virou-se, sobre o calcanhar, sorrindo e me fazendo sorrir. Meu coração não tinha mais por onde acelerar. Eu estava completamente hipnotizada pela beleza e atitude dessa mulher. Veio em minha direção, me deu um beijo rápido e desfilou em direção ao mar. Ao entrar na água, virou-se de frente para mim e foi abaixando-se, escondendo o corpo nu na água. Mergulhou e sorriu. Senti uma explosão de sensações com tudo o que acabara de acontecer e ver. Alice me faz perder toda a pompa e pose que criei ao longo da vida. Minhas certezas, se desfazem. Meus achismos, tornam-se nulos. Meu controle, evapora. Olhando para ela se divertir entre as marolas que a envolviam, a única certeza que me invade, é do meu sorriso bobo estampado no rosto e a vontade em todos os dias tê-la em minha vida. De repente, ela saiu da água e veio em minha direção. Pegou a garrafa de espumante da minha mão, tomou um gole, envolveu seus braços em meu pescoço, deixando a garrafa na minha costa e me beijou a boca, com carinho e sutileza.
- Vem comigo? – sussurrou em meu ouvido – O mar está uma delícia.
Como uma sereia que hipnotiza suas presas, deixou a garrafa na areia e me puxou pelas mãos em direção ao mar.
- Espera! – falei sorrindo – Vou tirar o vestido.
- Eu tiro! – falou e rapidamente, me puxou o vestido de uma só vez, o jogando na areia e me deixou de lingerie – Vem!
Me puxou pelas mãos, correndo e mergulhamos juntas na água salgada que nos envolveu, lavando a alma e todas as preocupações. Alice me abraçou por trás, segurando meus seios em suas mãos e encostando seu sex* em minha bunda. Mergulhamos juntas. Nessa dança sensual, de mãos na bunda, mãos nos seios, mergulhos e abraços, aproveitamos o entardecer na praia, regados a beijos quentes, ardentes. Beijos molhados, com desejo. Risadas e brincadeiras. Um envolvimento de outras vidas, sendo concretizado nessa.
- Você é tudo o que eu sempre desejei – falei espontaneamente – Obrigada por me fazer sentir viva.
Ela me olhou e seus olhos marejaram.
- E você é minha menina, que eu nunca esqueci! -falou, me abraçando e envolvendo as pernas em minha cintura. A segurei pela bunda, como quem carrega uma criança.
- Quando deixou de falar que era casada comigo? – perguntei.
- Só quando fiquei mocinha e comecei a pegar a meninada do bairro – gargalhou – Antes disso, fui toda sua.
- E depois disso, me esqueceu?
- Não. Mas não falava mais que era casada. Fui ser uma mulher livre – falou revirando os olhos e sorrindo - E você?
- Nunca contei pra ninguém. Sempre foi meu segredo.
- Nossa! Eu declarei meu amor por todos os lugares e você me escondeu? – cerrou os olhos e me olhou fazendo charme.
- Não queria que ninguém roubasse você de mim.
- Ah! Se saiu bem!!! – me mordeu lábio em um beijo rápido. A maré nos envolvia num indo e vindo infinito e eu me mantinha firme, segurando-a.
- No orfanato, tentaram roubar até minhas memórias, e eu quis preservar você – falei pós um beijo - Tinha medo de contar e falarem que eu não teria mais minha menina.
- Own!! Assim você me conquista! – me abraçou forte – Conta mais sobre isso.
- Não tem muito o que contar – a olhei profundo – Antes de ir parar naquele lugar, eu tinha contado para meus pais, e eles achavam graça.
- E para os amigos? Você não contava?
- Eu não tinha amigos. Meu amigo era meu pai e meu cello – ela me olhava atentamente – E só ia para a escola, mas lá não comentava sobre isso, eu era uma menina tímida.
- Bem diferente de agora – sorriu e me beijou – Que é destemida.
- Ah, você ganha de mim – a beijei com carinho – Você é a valentona.
- Impulsiva, na verdade – sorriu – E daí no orfanato, você começou ter amigos?
- Também não! Lá tive inimigos – a olhei profundo – Lá comecei a conhecer um pouco da vida real.
- Imagino! – me abraçou forte – Queria poder mudar a vida da menina Laura. Me lembro da sua carinha, tão linda..
- E eu lembro da sua carinha – a interrompi – parecia uma boneca de porcelana.
- E você parecia um pedacinho de chocolate com dois pompons – me mordeu a bochecha – E hoje é o meu pedação de chocolate.
Gargalhei com a comparação.
- Sou seu chocolate ao leite e você é meu chocolate branco – mordi sua bochecha também e ela sorriu, me beijando.
- Por falar em chocolate, nessa ilha teremos que pescar para comer? – perguntou sorrindo e se soltou do meu corpo, mergulhando em seguida.
- Não, sua boba – respondi sorrindo – O chef deixou tudo organizado. Só temos que ver o que tanto tem.
- Ufa! Já estava achando que estava no filme A lagoa azul – gargalhou debochada – Iria ter que agarrar peixe na unha.
- Você já está com o figurino do filme né – ri debochada por estar nua no mar – Só ia faltar pescar mesmo.
Gargalhamos e nos abraçamos.
- E agora pra eu sair daqui? – me perguntou com expressão sapeca – Vou ir pingando até lá dentro?
- Vai ter que se chacoalhar igual cachorrinha – brinquei e ela gargalhou, me empurrando água – Eu saio e pego toalha. Tem ali perto da piscina.
- Vou ficar com saudade! – me beijou a boca – Não demora.
- Meu Deus, que noiva grudenta!! – falei saindo em direção à areia.
- Já está demorando! – ela falava sorrindo – Vou ficar uma noiva triste.
Saí do mar, com a sensação de ter passado as melhores horas de toda a minha vida na praia. Sorria incontrolavelmente com os lábios e com os olhos. Rapidamente peguei toalhas e roupões para nós e voltei à praia, onde Alice brincava na água, entre as pequenas ondas. Ao me ver, veio em minha direção, tampando os seios e o sex*, timidamente, me fazendo rir da sua atitude.
- Sou uma noiva recatada, esqueceu? – me falou sorrindo.
- Ah, sim. Verdade!! – concordei sorrindo – Cubra-se então, noiva recatada – abri o roupão a frente do meu corpo e ela se envolveu no tecido, me abraçando em seguida.
- Amei nossa tarde no mar. Foi surpreendente – me beijou o rosto – Obrigada.
- Não me agradeça – respondi carinhosamente a cariciando o rosto – Foi surpreendente para mim também, minha menina-mulher.
Pegamos nossas roupas da areia, e abraçadas, subimos as escadas rumo à casa, com a lua clareando o céu, na noite que estava só começando.
Alice
Aguardava a Laura deixar a Amora sob os cuidados do cuidador, sentada na cerca do pasto. Meu coração ainda estava descompassado com o que acabara de acontecer. Há quanto tempo desejava ter uma chance com ela, mas jamais imaginei que esse mulherão da porr*, que há anos me rouba algumas noites de sono e me faz ter um crush ilusório, pudesse ser aquela menina cativante que na minha infância me causou anos e anos de amor platônico. Meu primeiro amor, ainda sem ter noção do que seria amor, paixão e desejos. Sorria com a feliz coincidência do destino. Entre pensamentos e desvaneios, Laura me chamou para almoçar. Não resisti estar perto dela, e não a tocar. Abracei-a na cintura e juntas, fomos até à sede, envoltas nas sensações inebriantes recém sentidas. Minha vontade era não desgrudar nunca mais dela. Seu cheiro é como um imã. Me sinto atraída a ela, é mais forte do que eu. Porém, o hotel está repleto de hóspedes, e a Laura é toda cuidadosa em relação a isso. Mesmo que, com muita sutileza, percebi ela um pouco incomodada com a demonstração evidente de carinho. Antes de almoçarmos, ela me avisou que teria algumas pendências a resolver e que eu, poderia almoçar sozinha. Preciso aprender controlar meu desejo de me manter colada nela o tempo todo. Me servi e já estava me alimentando, quando ela reapareceu e sentou-se à minha frente, me fazendo mais uma vez sentir vontade de estar com ela, em algum lugar só nosso. O jeito que ela me olha, com esses olhos negros e grandes, desperta sensações que nem sabia ser possível sentir. Entre conversas e almoço, me perguntou o que faria a tarde, e tudo que conseguia pensar foi em ficar com ela. Queria me entregar mais e mais, sem pensar nas consequências ou no depois. Só a desejava, como um desejo adormecido que se despertara e estava incontrolável. Cada detalhe dela me atrai. O jeito de falar, de me olhar, a covinha que nasce em cada sorriso, o encostar dos cílios longos a cada vez que pisca e seus olhos brilham. Me falou que eu teria que obedecer e estar pronta para um passeio, em meio a outro passeio. Não estava em condições de negar nada. Tudo o que eu mais queria era criar outras oportunidades de tê-la em meus braços mais uma vez. Há tanto a dizer, fazer, olhar e principalmente sentir. Me apressei em me arrumar pois não via a hora do momento de estar mais uma vez a sós com ela, chegar. Se na segunda-feira, ela vai virar a super Laura Veigas de novo, não me importa. Nesse final de semana vou aproveitar cada instante que tiver, apenas com a Laura, doce, simples e absurdamente deliciosa.
Me arrumei e saí à sua espera. Encontrei dona Chica e Didi divertindo-se na piscina, e parei conversar com elas. Estavam felizes e não esconderam, que já sabiam que eu e Laura tínhamos nos encontrado. Meus sentidos e sensações, entraram novamente em ebulição ao vê-la chegar, ainda mais linda do que antes. Em um vestido tomara que caia branco, longo, com os ombros largos à mostra, estilo praia e rasteirinha. Cabelo preso num coque alto e óculos de sol grande. Seu perfume tomou conta do ambiente, junto de sua presença imponente e sorriso fácil. Por Deus, ela é a mulher mais linda que já vi, e isso não é exagero ou paixãozinha. É real. Sua beleza vai além do físico. Ela é linda por fora, num corpo maravilhosamente esculpido, com uma cor encantadora, uma deusa de verdade, no entanto, é ainda mais linda no falar, no tratar, no portar-se. Em meio a conversa, ouvimos o barulho de helicóptero e jamais imaginei que aquilo fazia parte do que ela planejava. Seus olhos brilhando pela surpresa que me proporcionara, foi lindo contemplar. Tive que segurar ao máximo, a vontade de agarrá-la e beijar-lhe todos os beijos possíveis que minha boca conseguisse ofertar. Sentia um misto de ansiedade com esse desejo, me tomar a cada girar das hélices acima de nossas cabeças. Tocar em suas mãos no vôo, me levou de volta à casinha de trigo, horas antes. Entre lembranças e arrepios causados pela lembrança, chegamos a um lugar maravilhoso. Uma ilha, no meio do nada. A imensidão do mar e uma casa, em meio a mata. Esses seriam às testemunhas do nosso envolvimento. Meu corpo já não aguentava de desejo ardente em tê-la, e só aumentou, quando ela subitamente me beijou. O tempo parou. O planeta parou. Sentia meu coração pulsar e junto dele, uma onda de calor proporcionado pelo prazer, me tomar o corpo todo. Minha intimidade pulsava e tinha pressa em demonstrar-lhe o que sentia. Após me mostrar toda a mansão, maravilhosa em cada detalhe, não me contive em ver a mesa de sinuca e milhões de fantasias me invadiu a mente. A tomei numa ânsia de desejo e luxúria e sem pudor, provei do seu sabor íntimo, uma espécie de veneno que me viciou. Estava sedenta do seu doce mel. Ainda sentia minha intimidade reclamar sua ausência, e provavelmente demonstrei isso em meu olhar, pois quando dei por mim, Laura me pegou com força e desejo e, de uma forma fugaz, me fez tua mulher, e eu, repleta de desejo, não evitei nem me opus. Pelo contrário, me ofereci ainda mais. Mesmo tendo me desmanchado de prazer, ainda sentia ardente desejo e queria mais. Laura me revira a cabeça. Me transformo na sua presença. Me sinto viva! Sinto meu espírito em festa. Entre beijos e conversas, chegamos à praia e não contive a vontade em mergulhar. Nem mesmo a falta de roupa íntima me impediu. Já estava à vontade o suficiente para me aventurar na liberdade de me libertar das amarras da sociedade e, livre de corpo e alma, me despi do que poderia me prender e me joguei, igualmente o envolvimento que está crescendo e se tornando mais e mais forte entre nós. Nem em meus sonhos mais lindos poderia imaginar, um final de tarde tão maravilhoso, para esse dia que já está guardado como o preferido de toda minha vida. O dia em que reencontrei meu amor de infância, materializado na mulher que me fascina na vida adulta.
Fim do capítulo
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paulaOliveira
Em: 30/03/2022
Os mimos depois de tantos dias de luta, tô amando.
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Rafaela L
Em: 29/03/2022
Que lindas!!!
Laura surpreendeu! A núpcias mais linda que já li!
Os detalhes das cenas delas se amando são maravilhosos.
Encantada estou! Cada vez mais.
Didi e Chica são uns amores ??
Resposta do autor:
Que bom que está encantada!
Didi e Chica uns amores?! Até onde sei, acho que sim rsrsrs será? talvez? humm... não posso dar spoiler.
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