Amoras II
Alice
O final da tarde e à noite no hotel fazenda, foi incrível. Logo que chegamos, saímos com a Didi para um passeio, a fim de conhecer toda a estrutura da fazenda e ficamos encantadas com tanto cuidado em cada detalhe. É tudo muito requintado. A decoração é rústica, porém, luxuosa. Por ser final de semana, está com alguns hóspedes, e nós, apesar de não estarmos pagando para estar aqui, estamos sendo tratadas como tal. Dona Chica, não perdeu tempo e aproveitou o spa, a massagem, a piscina e, até se aventurou a tomar uns drinks no bar. Parecia criança curtindo férias. Enquanto isso, Didi e eu, conversamos muito. Logo após o jantar, servido no salão principal, começou uma roda de viola que, segundo a Didi, tem todas as noites. Acenderam a lareira que fica em um galpão lateral, com vários bancos de madeira bem baixinhos, e um grupo de violeiros animara os que se achegaram para participar. Um momento descontraído e muito gostoso. Nós três, cantamos e nos divertimos muito. Eu, fui a primeira a me recolher para o quarto. Como o hotel dispõe de uma área destinada a esportes radicais, optei por descansar para amanhã aproveitar.
Fui instalada em um chalé de madeira, um pouco afastado da sede. Tem tudo o que precisa pra poder passar uma semana aqui. Desde uma cama king size coberta com lençóis 300 fios, até uma mini cozinha e sala, com tv e lareira. Uma chiqueza sem tamanho. Didi e dona Chica, ficaram em quartos privativos na sede. Dei uma espiada no quarto da Chica, e apesar de ser menor e não dispor de cozinha e lareira, não deixa nada a desejar para o chalé.
Tomei um belíssimo banho e me perdi na cama imensa, confortabilíssima. Tive a impressão de ter piscado, e já amanhecera um belíssimo dia de sol. Abri as janelas que deram de frente a um bosque maravilhoso, florido e com passarinhos cantarolando felizes. Respirar o ar puro, com cheiro de mato, logo pela manhã, me enche de energia e disposição. Aproveitei o clima interiorano e me vesti como tal: calça jeans justa, camisa xadrez vermelha e regata branca por baixo, bota e chapéu. Saí do quarto, em direção ao salão para café da manhã, sentindo o coração bater forte, certa de que teria um grande e delicioso dia.
Didi e dona Chica me esperavam à mesa, com um belíssimo sorriso estampado em suas lindas faces. Tomamos café em companhia, regado a muita conversa e boa risada. A tranquilidade de estar na presença dessas duas, me preencheu a alma de modo a me fazerem esquecer, o quanto meu coração estava magoado. Avisei-as que estaria me divertindo e que, em algum momento, voltaria para vê-las. Beijei ambas no rosto e saí, feito uma menina saltitante a aproveitar meu final de semana que a vida me presenteara. Por um breve momento, ao ver os cavalos se alimentarem da seiva gramínea, me lembrei da Laura falando que um dos seus hobbies, é cavalgar. Imediatamente, a imagem do seu lindíssimo sorriso ao brincar que seria preciso vender uma das suas éguas preferidas para pagar o suco do nosso encontro pós alta hospitalar, me invadiu a mente e não mais saiu. Em tudo que olhava, a via. Cada mínimo detalhe desse lugar, lembra ela. Caminho por entre aquele verde sem fim e, me lembro de todos nossos momentos, do cheiro da sua respiração que me invadiu de forma sutil e do cheiro da sua pele, maravilhosamente pintada de melanina que me encanta e, por mais que eu tente com todas as minhas forças não lembrar, é impossível lutar contra. Envolta nesses pensamentos e lembranças, as sensações causadas em cada encontro, me envolvia, agora, debruçada na cerca do estábulo, contemplando o caminhar imponente daqueles equinos, que pareciam marchar, ao invés de galopar. Voltei à razão de que estava ali para me divertir, e não para ficar envolta nos pensamentos da proprietária de tudo aquilo, e se, não poderia mais tê-la, iria ao menos aproveitar da alegria em poder desfrutar de um pouco do que é seu, e assim fiz. Parti para o arvorismo, seguido da tirolesa e senti o coração disparar por adrenalina, ao invés de desejos. Voltei à sede tomar uma água e ver se as mocinhas amigas, se comportavam adequadamente. Enquanto esperava um suco que pedira ficar pronto, fui convidada por uma das hóspedes a jogar uma partida de dama nas mesas laterais dispostas na varanda da sede. Estava concentrada, analisando uma jogada, quando sinto duas mãos, cobrir meus olhos, vindo de trás de meu corpo. Imediatamente, levei minhas mãos a tatear às mãos que me tocavam. Grandes, firmes, dedos longos e uma pele conhecida que fez meu coração disparar-se. Seu cheiro me invadiu os sentidos e antes que eu pudesse pensar em qualquer coisa, minha boca se abriu e, de súbito perguntei:
- Laura? – afastando as mãos que me vendavam e contemplei o mais lindo dos sorrisos abrir-se em minha frente, dentro de um rosto maravilhoso, esculpido cuidadosamente e finalizado com dois olhos tão negros quanto o universo.
- Oie? Então esse era seu compromisso do final de semana? – arqueou as sobrancelhas ao falar.
Não contive o sorriso nascer em meu rosto.
- Sim! – dei de ombros – O que faz aqui?
Ela olhou ao redor e sorriu despretensiosamente.
- Vim passear. Aqui é o meu refúgio!
- Ah! Sim, claro – sorri sentindo meu rosto corar – Só não imaginei que viria pra cá..
- Nem eu! Mas o convite da Didi me perturbou a noite toda, e não resisti. Acabei de chegar e vi você aqui, jogando.
- Sim! A – olhei para a moça a minha frente que nos olhava com olhos de interrogação – Como é mesmo seu nome? – perguntei-a fazendo uma careta.
- Isa – respondeu de imediato.
- Isso, a Isa me convidou para jogar e não tinha nada melhor a fazer.
Meu coração, lógico, me traiu. Em instantes já estava completamente envolvida pelos encantos de Laura e a olhava com olhos vibrante. Ela sentou-se ao nosso lado e acompanhou a partida que continuara, e eu, perdi totalmente a concentração, devido sua presença. Entre peças que se mexiam pelo tabuleiro, nossos olhos se encontravam e conversavam em silêncio e sorrisos. A cada palavra não dita, sentia meu corpo arrepiar-se e borboletas passearem pelo meu estômago. O poder exercido por aqueles olhos, me domina completamente.
- Venha!! Você não vai desperdiçar o tempo aqui, jogando dama, não é? – me falou pegando em minhas mãos assim que a partida acabou, e senti as pernas amolecerem – Vou te mostrar algo precioso.
Ela estava estonteantemente linda!! Vestia uma calça jeans azul escuro justa, com as barras largas, que cobriam uma bota de couro. Camisa branca, manga 3/4 colada ao corpo, com decote avantajado e um pingente que entrava no meio dos seios. Chapéu de camurça preto e cinto preto, com uma grande fivela dourada com desenho de cavalo. Caminhava pela grama e seus lindos e armados cabelos, enfeitados em minúsculos e fartos cachinhos, balançavam-se com o vento. Minhas entranhas a contemplavam como quem vislumbra o horizonte mais lindo, e sentia minh' alma transbordar-se de ternura.
Chegamos ao estábulo, de frente a uma meia porta, esculpida com o nome: AMORA e tão logo, uma égua preta, maravilhosa, surgiu com sua fuça e imponência. Laura a abraçou, segurando sua cabeça grande e peito forte. Alisou-a, domando o animal.
- Venha conhecer a Amora!! – me chamou, sorrindo.
Cheguei perto e coloquei a mão na testa do bicho que, baixou a cabeça, balançando fortemente. Laura sorria com minha falta de jeito em tratar o animal.
- Essa é minha égua preferida!! Não é linda? – falava animada, alisando o peito do equino.
- Sim, é lindíssima! E forte. Grande!! – falei sorrindo, com um certo medo daquele animal, tão imponente, quanto a própria dona.
- Vamos cavalgar? – convidou-me animada e saiu à procura de alguém, antes mesmo que pudesse responder.
Senti a mão suar pela adrenalina de montar um animal daquele porte. Já cavalgara antes, mas não em um animal tão grande e forte como aquele. Tão logo, Laura voltou com um senhor, que me cumprimentou e começou a selar a égua.
Observávamos o trabalho do senhor que o fazia com muito cuidado e cautela. Os olhos de Laura brilhavam tanto quanto o sol que marcava aproximadamente dez horas da manhã. À medida que a olhava e achava a coisa mais linda, meu coração saltitava mais que os outros cavalos que galopavam no pasto ao lado. Laura estava muito diferente daquela mulher que estava no evento dois dias antes, e na empresa ontem. Estava tão feliz, que toda sua pele emanava boa energia. Seus olhos sorriam junto com seus lábios. Os ombros estavam leves e descarregados de imponência e poder. Era apenas, a doce Laura, que dias antes tive o prazer de conhecer. A Laura, que me tirara o sono e me dera sonhos libidinosos, guardados no mais profundo dos segredos da minha mente. A Laura, que me presenteara com uma simples bexiga e que sorria espontaneamente das bobeiras faladas por mim. A Laura, que me mandara mensagens me chamando de Frank fofinho. Senti meus olhos marejarem de emoção e disfarcei rapidamente. Essa Laura, me encanta e eu, não consigo resistir à essa magia.
O senhor trouxe a égua ao nosso encontro e Laura a puxou pelas rédeas até o pasto. Em um salto tecnicamente treinado, colocou um dos pés na baia da sela e montou o animal, me sorrindo em êxtase.
- Vem! – estendeu a mão em ajuda – Pisa aqui e sobe. Eu te puxo.
Gargalhei com o pedido inesperado.
- Eu jamais vou conseguir montar assim – falei aos risos.
- Venha!! Confia!!! – ordenava sorrindo – Eu subi na sua moto, agora é sua vez de vir na minha garupa – me falou e lançou uma piscada.
Isso foi golpe baixo. Coloquei o pé esquerdo na baia e dei impulso para subir. Ela segurou em meu punho, escorregando a mão até o cotovelo e me puxou, com força e precisão. Sentei sobre o lombo da égua, atrás da cavaleira, sentindo nossas coxas se encostarem e, de imediato, minha intimidade reagiu ao toque da sua bunda em meu sex*.
- Preparada? – falou sorrindo, segurando as rédeas do animal que se agitara e trocava passos descoordenados – Se segura em mim.
Ela puxou minhas mãos em volta da sua cintura e segurou forte, me mostrando que pra era pra pegar daquele modo. Meu coração disparou ainda mais com aquele gesto.
- Pr-P-Preparada! – respondi sentindo a respiração ofegar.
Ela soltou as rédeas e começamos a galopar, sob o trote curto e preciso da égua imponente. Sentia meus seios roçarem em suas costas, à medida que o trote ia aumentando de velocidade. A parte interna da minha coxa, encostava da parte externa da dela, em perfeita sincronia. Meus braços, envoltos em sua cintura que me preenchia todo o colo, encostavam em seu tronco que suava com o galopar, fazendo exalar um cheiro que me embriagou, misturando perfume com cheiro de pele e brisa de mato. À medida que ela balançava a rédea, o trote do animal aumentava de velocidade e nossos corpos, unidos em um só movimento de sobe e desce, pareciam flutuar, sentindo o toque do vento que aumentara junto com a velocidade. Laura sorria e eu também. Meu rosto estava colado ao seu ombro, e nossas respirações ofegantes, combinavam com o trote intenso e contínuo, naquele campo sem fim. Nos afastamos bastante do local de partida, em um descampado que parecia uma pintura verde claro, sem fim. Pouco a pouco ela foi puxando a rédea de volta e o galopar foi tornando-se macio e envolvente. O único som que ouvíamos era do trote compassado e de nossas respirações que, misturavam-se com as batidas do coração.
- Sabe porque ela se chama Amora? – me perguntou, quebrando o silêncio do descampado.
- Não faço ideia – respondi sorrindo e tentando voltar à razão do momento, já que estava com a mente envolta em desejo e luxúria.
- Porque ela é tão preta quanto uma amora madura!! Não é poético, isso?
No mesmo momento, me lembrei de quando era criança e um dia usei esse termo para falar sobre os olhos de uma linda menina. Sorri com a coincidência e gostosa lembrança.
- Sabia que eu já fui casada com uma menina com olhos de amora? – falei sorrindo com a lembrança.
- Como assim? – me perguntou segurando um pouco mais as rédeas.
- Quando eu era criança, teve uma menina que foi em minha casa e brincamos de nos casar – contava sorrindo – Ela era tão linda, a menina mais linda que já vi – ela diminura o trote da égua - Tinha os cabelos presos com duas chiquinhas, que pareciam dois pompons. Nos casamos embaixo da amoreira que ainda tem no quintal da casa dos meus pais – o trote do animal estava quase inexistente - Os olhos dela, eram tão pretos, mas tão pretos, que não no momento, não tive outra comparação a fazer e, a chamei de menina dos olhos de amora – sorria ao lembrar da linda lembrança – Minha menina dos olhos de amora. Fui casada com ela até ser adolescente. Só a vi uma vez, mas nunca mais a esqueci.
Ela parou a égua de súbito, fazendo-a quase empinar. Respirava ofegante olhando para o horizonte.
- Laura, está tudo bem? – perguntei preocupada com a repentina parada.
Ela não respondeu. Saltou rapidamente do animal e estendeu as mãos para mim. Seus olhos estavam ardentes e brilhantes. Ardiam em desejo e me penetraram a alma, marejados de emoção. Estendi a mão a ela e me puxou, segurando-me pela cintura, sem desviar os olhos dos meus. Envolveu-me entre seus braços segurando, passou a mão pela linha do meu rosto e sentia sua respiração tão ofegante que lhe faltava o ar. Encostou a e testa à minha e me fez olhar seus olhos. Seus olhos, de amoras maduras. Os reconheci. Senti meu coração quase saltar para fora do peito. A puxei pela camisa e com a outra mão a puxei pela nuca e, antes que fechássemos os olhos para sentir, a beijei os lábios quentes e carnudos. Um beijo forte e molhado. Com vontade. Com saudade. Beijo quente, vagaroso. Beijo ardente, com mordida. Beijo voraz, com tesão. Seus braços me envolviam ainda mais pela cintura, querendo me tomar inteira para si. Meus braços envoltos em seu pescoço, entrelaçando meus dedos em seus cabelos. Senti nossos espíritos encontrarem e festejarem-se entre si, em uma energia nunca sentida antes. Entre beijos molhados e intensos, Laura sussurrava:
- Você... é você... a minha menina..dos olhos.. de amoras verdes..você..
Me abraçou e girou pela cintura, beijando e sorrindo. E sorrindo e beijando. Um frenesi de sensações e encontros de desejos, paixão e entrega. E girando, me deitou na relva e o beijo não acabou. Nos olhávamos e sorríamos. Sorríamos e lágrimas de emoção molhavam nossos rostos. Beijávamos e nos abraçávamos. Nos abraçávamos e rolávamos na grama. Rolávamos e sorríamos. Por Deus, foi o melhor momento da minha vida, até então. Deitadas na grama, entre beijos e afagos, Laura me olhava e seus olhos pareciam que iriam saltar da face.
- Eu não acredito que é você! – me falava extasiada – Meu Deus!!! – passava a mão pelo meu rosto e me beijava com beijinhos, muitos beijinhos a testa, a sobrancelha, a ponta do nariz, os olhos, a bochecha, o queixo, a boca.
- Espera!! – a pedi a afastando de mim – Deixa eu te ver assim, de pertinho! - e, a olhei minuciosamente com os olhos e as pontas dos dedos, cada mini parte do seu lindo rosto e beijei-lhe os lábios.
- Como é que você falou? – me pediu olhando-me tão perto, que quase sua face embaçava ao meus olhos – Nunca mais a vi mas..
- Mas nunca mais a esqueci – completei sorrindo.
- Ah!!!! Que demaaaiiissss!! – gritou, deitando-se de costas na grama e eu a montei, beijando-lhe os lábios e o pescoço, sentindo seu cheiro. Ah! Seu cheiro de corpo de mulher, misturado ao perfume. Ela segurou-me pelo quadril e puxou meu cabelo da nuca, me fazendo arquear para trás.
- Alice! Você me faz perder toda a noção do mundo – e sentou-se, me beijando a boca, descendo pelo pescoço.
O Sol, estava alto, marcando aproximadamente meio dia. Forte, quente, como nosso desejo. Suávamos pelo calor e pelo tesão que nos tomava o corpo e todos os sentidos. Ela levantou-se apressada, me pegando pelas mãos em direção à égua.
- Venha!! – subiu na égua e me puxou como outrora – Se segura!
Envolvi meus braços sobre sua cintura, e apertei-lhe contra o peito, segurado em seus peitos, fartos, que me enchiam a mão. Sorríamos enquanto galopávamos à velocidade alta e nossos corpos flutuavam sobre o lombo da égua. Ela agitava a rédea para alçar mais e mais velocidade. Laura tinha pressa.
Nossos corpos, envolvidos em um só, ocupavam o mesmo lugar cortando o vento que vinha contra nós, devido a velocidade que a égua nos levava. O suor que outrora molhava nosso corpo, secara com a leve massagem de brisa. Chegamos em um estábulo muito afastado da sede, não tão chique como os da fazenda, porém com cobertura e baia com água e capim seco. Descemos da égua e ela a prendeu à sombra, perto da água e comida. Pegou em minhas mãos e me puxou para dentro do ambiente coberto, com palha seca. Um espaço pequeno, limpo e, com medas* empilhadas, quatro meias paredes caiadas construídas entre quadro pilares de madeiras grossas. Encostou-me em um dos pilares e beija-me a boca com voracidade, sugando-me os lábios impetuosamente. Me empurrou para uma meda de trigo e veio por cima de mim, me beijando o pescoço, abrindo minha camisa e puxando a camiseta para fora da calça. Beijei-lhe o pescoço e abri sua camisa, puxando para fora da calça e abri seu cinto. Ela tirou minha camisa, camiseta e sutiã e me e beijou sorveteando meus seios que estavam enrijecidos de prazer, enquanto abria minha calça. Subi a mão pela sua costa, fazendo-a arrepiar-se e gem*r...Alice...e desabotoei o sutiã, beijando-a a boca intensamente. Ela me segurou pela nunca me fazendo olhar seus olhos e eu gemi. Olhando-me fixamente e sem pudor, colocou a mão dentro da minha calcinha e antes que eu pudesse expirar, me penetrou com dois dedos me fazendo gem*r, um gemido agudo e curto. Manteve um movimento lento e macio, beijando a boca com desejo e entrega até me fazer atingir o primeiro ápice de desejos, estremecendo meu corpo. Levantei do feixe de trigos, enlouquecida de tesão, desci sua calça e de joelhos em sua frente, beijei-lhe seu sex*, provando seu sabor quente e delicioso. Seu cheiro de mulher me embriagou. A empurrei para o feixe e, ainda de joelhos, continuei ch*pando seus lábios inferiores. Passeava com a ponta da língua pelo seu clit*ris, avantajado clit*ris, inchado de prazer a fazendo gem*r. Ela segurava minha cabeça, puxando-me pelos cabelos, me forçando a continuar em sua intimidade até que senti seu corpo estremecer e um leve urro de prazer, seguido do meu nome, seu âmago derramou-se em meus lábios e me deliciei do seu doce mel feminino. Sorvi cada gota do seu prazer e subi lambendo seu corpo, deliciosamente esculpido e envolvido em uma melanina brilhante pelo suor que nos envolvia. Suguei seus seios, com vontade e paixão, mordi o bico enrijecido de tesão, fazendo-a gem*r alto e me apertar a bunda. Lambi seu pescoço e beijei-lhe a boca, sem pressa, um beijo mole e molhado, deixando-a sentir o doce do seu sabor. Ela apertava minha bunda, ainda com calça e me puxava para si, arranhando-me as costas me fazendo gem*r e arquear para trás. Sussurrávamos nossos nomes, com intenção de dizer tanta coisa, mas nenhuma palavra era possível descrever aquele momento. Ela dominou-me, segurando-me a sua frente pela cintura e sugando-me os seios com intensidade e força. Deitou-me no trigo, e tirou minha calça, e sem pudor me ch*pou, sugando cada gota que escorria da minha intimidade, penetrando-me com a língua, enquanto apertava-me a bunda, e mais uma vez, me desmanchei de prazer, atingindo outro orgasmo e urrei de prazer, segurando por entre os dedos feixes de trigos. Ela sentou-se e me puxou para seu colo, deixando nossas intimidades encostadas. Sentia meu corpo desfalecer-se de prazer, mas não podia conter à vontade em continuar aquela dança sensual que ela em propunha, segurando-me pelo quadril e nos roçando uma na outra.. Laura, você não cansa? Perguntei enquanto a beijava a boca e ela, antes de atingir outro ápice do prazer, respondeu – Estou a dias te querendo, me aguente! - e me mordendo o bico dos seios com força e vontade, gem*u e estremeceu. Envolveu-me em seus braços fortes e grandes, me abraçando, esperando nossas respirações ofegantes se acalmarem. Sentia seu coração bater forte, grudado ao meu. Após um suspiro, me beijou a boca com carinho e delicadeza, segurando meu rosto entre as mãos e me lançou o mais lindo e arrebatador sorriso que já vi.
- Uau! – suspirou - Que vontade que eu estava de você! – me falou entre os dentes e mordeu meus lábios.
- Ah é? – falei segurando os cabelos da sua nuca entre meus dedos, puxando sua cabeça para trás me fazendo olhar nos olhos – Então, por que pediu para te esquecer?
Ela sorriu, me beijou e me deitou ao seu lado.
- Pra te deixar louca por mim! – respondeu me beijando o canto d boca.
Debrucei-me sobre seu peito e olhando em seus olhos respondi:
- Isso eu sempre fui! – respondi a beijando – Você não faz ideia do quanto.
Ela sorriu, me acariciando as costas.
- Eu não acredito que você é a minha menina dos olhos de amoras verdes – me olhava encantada - Eu também, nunca te esqueci!
- Olha só você, me pede para te esquecer, sendo que já era casada comigo – falei sorrindo – há quanto tempo?
- Nossa!! Eu tinha quatro anos – sorriu e me beijou – trinta anos!
Sorrimos juntas e nos beijamos.
- Essa é a noite de núpcias então? – perguntei entre o beijo.
- No caso, o dia de núpcias né?! – respondeu também entre o beijo – A noite, ainda está por vir – falou balançando a sobrancelha.
Eu não podia acreditar que aquele momento era real. Laura Veigas, deitava no meio de um estábulo, abraçada comigo nua, pós trans* e, falando de ter noite de núpcias.
- Estou faminta!!! – falou, me olhando com safadeza.
- Não faço ideia do por quê? – revirei os olhos e dei de ombros – Quase nem nos exercitamos.
- Faria tudo de novo! – e voltou a me beijar intensamente, me agarrando e virando-me por baixo dela.
Começou a beijar meu pescoço e passear a mão por todo meu corpo. Desceu lambendo meu peito e seios enquanto sua mão me tocava no clit*ris, me masturbando lentamente. Gemi dentro da sua boca, lhe agarrando pelas costas e sentindo outra onda de prazer chegando em meu âmago. Mordi seu ombro e ela me penetrou um dedo, metendo com força e agilidade. Beijava-me a boca, com sua língua quente e impetuosa dançando junto com a minha. Agarrei sua bunda e por trás, cheguei em sua intimidade, penetrando-a também. Ela gem*u e se levantou, me fazendo sair de dentro dela. Sentou sob minhas coxas e abriu-se para mim, puxando novamente minha mão, guiou-me para sua intimidade, me fazendo-a penetrar ao mesmo tempo em que me penetrou novamente. Seu interior, apertado e molhado, apertava-me os dedos, me fazendo gem*r de prazer. Ela gemia e rebol*va, me olhando com olhar safado de quem estava amando aquela dança de sedução. Mordia os lábios e arqueava-se para trás, aumentando o ritmo da metida em minha vulva. Nos metemos ao mesmo tempo, e nossos olhares não se desviaram, até que juntas, atingimos o ápice do prazer e gem*mos juntas, alto, sentindo nossos íntimos derramar-se de tesão e paixão.
Deitamos, abraçadas e exauridas de desejos, sorrindo, com a respiração pesada e curta.
- Você é linda! – falei suspirando – Você é linda demais, senhorita Laura Veigas.
- Você que é, senhorita Alice – respondeu também suspirando – A mulher mais linda que já vi.
- Você é linda e exagerada – falei, virando-me para ela para ver seus olhos – Não existe mulher mais linda que você. Eu fico em segundo.
Ela fez uma careta, sorriu e me abraçou.
- Vamos almoçar? – me chamou, passando a mão por minhas costas.
- De novo? – sorri e pisquei – Espera só eu me recuperar.
Ela me apertou e beijou-me rapidamente, sorrindo.
- Essa comilança, deixa pra mais tarde, agora, vamos comer para repor energia – levantou e me puxou, abraçando-me pela cintura e beijando a boca.
- Não quero ir! Vamos ficar aqui pra sempre? – falei fazendo bico de manha – Por favor?
- Quem dera, minha linda! – retribuiu a manha, me abraçando forte – Também queria parar o tempo e ficar aqui.
- Então vamos ficar!! – saí do abraço e comecei a pegar as roupas espalhadas pelo chão – Já temos tudo o que precisamos.
- Temos? – me perguntou colocando a camisa.
- Sim!! Temos nós, comida e água – dei de ombros – Precisa do que mais?
Ela gargalhou e me agarrou pela cintura, enquanto eu abotoava minha camisa.
- Você não cansa de ser assim, tão linda?! – e me beijou o pescoço, sentindo meu cheiro.
Envolvi meus braços em seu pescoço e a olhei, completamente encantada.
- Não! – sorri timidamente – Nasci assim!
Ela sorriu e nos beijamos. Outro beijo quente, intenso, com saudade de outras vidas.
Devidamente vestidas e com as peles lindamente hidratadas, exalando hormônios, voltamos ao galope, rumo à sede da fazenda. Nossos corpos estavam leves e intensamente ligados um ao outro. Agora, a abracei, já sentindo sua totalidade me preencher. A sensação de tocar-lhe, era ainda mais incrível do que outrora. Seu tamanho, um pouco mais que o meu, encaixava-se perfeitamente em mim. Seu cheiro, de suor, misturado a sex* e perfume, me fazia ter vontade cheirar-lhe até perder o ar. Diferente da vinda, que segurei em seu corpo, agora abraçava-lhe, e, a cada trote, sentia seu corpo, tornar-se o melhor lugar do mundo para eu habitar.
- Laura? – a chamei por cima dos ombros, mordendo-lhe a ponta da orelha, fazendo arrepiar-se.
- Diga – falou sorrindo – Eu amo quando você fala meu nome.
- Laura, Laura, Laura, Laura, Laura – falei baixinho em seu ouvido e ela sorria alegremente – Isso tudo é real ou é coisa da minha cabeça batida?
- É real, lindeza!!! – respondeu soltando o peso do corpo no meu – Mas parece um sonho, né?!
A abracei mais forte e senti seu cheiro.
- Sim! Parece um sonho que, não quero mais acordar! – respondi, beijando seu ombro.
- Está preparada pra encarar a dona Chica e a Didi? – me perguntou sorrindo.
- Nããããããããããoooooooo – gargalhei ao lembrar das duas figuras, que certamente nos olhariam e já saberiam de tudo – Te falei que era pra continuar na casinha.
Laura gargalhou e soltou as rédeas, fazendo o trote aumentar e nossos corpos flutuarem sobre o lombo da égua. Rapidamente chegamos ao pasto, de onde partimos, onde era possível avistar a sede e todos os demais casarões com quartos.
- Obrigada, por tudo – falei baixinho em seu ouvido, a abraçando forte e beijei seu pescoço, antes de descer do animal. Laura fechou os olhos e suspirou, em um doce sorriso.
*medas: Montão cónico de feixes de palha.
Laura
Encontrar a Alice de surpresa no elevador, despertou em mim tudo o que eu achava ser possível adormecer. Ela, tão linda, mas tão diferente de ontem, me fez pensar no que eu estava perdendo, como diz a Didi, pelo simples medo de tentar. As poucas palavras trocadas, de forma sucinta, me causaram um aperto na alma. O que mais me cativa em Alice, é ela me tratar como uma pessoa qualquer, sem me olhar pelo o que represento para a maioria das pessoas. Percebo que seu olhar me atravessa o mais profundo do meu ser, e isso faz dela especial. Vê-la me olhando, como as outras pessoas me olham, falando o essencial e estritamente profissional, é como tentar encaixar uma peça onde não cabe. Destoa de todo o conjunto. Enquanto o elevador subia e eu refletia essas coisas, me arrependi de cada palavra dita no dia anterior e queria desfazer tudo. A vontade voltar atrás e tentar fazer diferente, me perturbava. Liguei para o escritório e propus um convite, no entanto, ela saiu na tangente, falando que já tem compromisso. Mas é obvio que ela iria agir assim. Só a minha sede por controle me faz pensar que seria diferente. Eu a peço para esquecer o que estávamos construindo de uma forma tão sincera e bonita, e depois, quero que tudo ainda aconteça da mesma forma de antes. Concentrei-me nos meus afazeres, para fugir dessa aflição, buscada por mim mesma. Se tudo o que fiz, é pelo bem da minha carreira, então, é na carreira que tenho que focar. Ser feliz é só um detalhe.
Organizei alguns documentos e fui embora rápido, me arrumar para o coquetel que ocorreria a noite. Chegando em casa, como sempre, tinha um bilhetinho da Didi em cima da minha cama, ao lado do chapéu que uso toda vez que vou pra fazenda:
"Não deixe seu medo de ser feliz te dominar. Eu não desisti de ainda te ver exalando felicidade, e espero que você também não desista. Te espero na fazenda! Bjs. Axé"
Li e reli inúmeras vezes. Didi é sempre muito cuidadosa comigo, até mais do que eu mesma. Me diz coisas que penetram no mais íntimo da alma. Quantas vezes eu já desisti de mim, mas ela se manteve intacta, vendo futuro onde eu achava só ter ponto final. Me arrumei para o coquetel e fui cumprir com meu dever, para depois decidir se iria me encontrar com ela.
O coquetel foi um sucesso. Conseguimos arrecadar um altíssimo valor para ser repassado à instituições de caridade e bolsa de incentivos ao esporte. Voltei para casa, com a sensação de dever cumprido, em mais um evento de grande sucesso e importância. A solidão da noite, vazia e silenciosa, me causou vontade anestesiar-me com álcool, mas me segurei e por essa noite, consegui vencer.
Sábado amanheceu um lindíssimo dia, daqueles que o céu parece ter sido colorido com canetinha hidrocor de uma só cor, sem nenhuma nuvem para atrapalhar a imensidão azul. Li mais uma vez o bilhetinho da Didi e resolvi ir ao seu encontro. O que de melhor poderia eu fazer, em um final de semana regado à solidão e inúmeros pensamentos disfuncionais? Me arrumei, peguei meia dúzia de peças de roupas, escolhi um dos carros da coleção luxuosa, avisei a equipe de segurança que me acompanhasse e parti em direção ao interior.
A rodovia vazia, possibilitou alta velocidade e assim, em menos de uma hora adentrei os portões escrito "Bernardo – Hotel Fazenda", o refúgio prometido ao meu amado pai. Não tem uma vez que venha aqui e não pense em como seria se ele pudesse ver a grandiosidade desse lugar mágico. Certamente iria querer morar aqui e todos os dias cuidar de todos os detalhes. Estacionei o carro e entreguei as chaves para o concierge que rapidamente veio ao meu encontro. Solicitei que deixasse tudo preparado no meu quarto de sempre: um dos chalés mais afastados da sede, que é o meu preferido, e que instalasse adequadamente os quatro seguranças, que vieram em carros separados. Quando dei a volta pela varanda, meu coração me avisou primeiro do que meus olhos, batendo em descompasso e me despertando a atenção para quem eu estava contemplando. Sentada na varanda, e jogando dama com uma linda moça loira, que a observava atentamente, estava Alice. Vestida de camisa xadrez vermelha, bota e chapéu, o mais puro retrato de uma cowgirl nata. Sorri em pensamento com mais esse encontro inesperado e então rapidamente liguei os pontos: Didi trouxe a dona Chica, que certamente a trouxe. Levemente me passou na mente que isso poderia ter sido combinado, ou, poderia ser total ao acaso, talvez. Deixei para pensar melhor depois. Corri ao seu encontro e cobri seus olhos com as mãos, acreditando que não seria descoberta. A tentativa falhou, lógico. Alice esperta, de imediato me descobriu, ao tocar em minhas mãos e me fazer arrepiar inteira. Me encontrou com aqueles lindos olhos verdes e abriu o sorriso que me arrebata e me faz esquecer de tudo. Meu coração batia acelerado por essa grata surpresa. Como um interruptor que se muda a chave, senti meu humor mudar e de repente, tudo passou a ter mais cor, mais vida, mais sons. Me sentia viva e elétrica. Jurei por Deus e todos meus santos, que não deixaria passar mais nenhuma oportunidade de buscar se feliz, e iria começar imediatamente, tendo dois dias longe de toda a maluquice da vida empresarial. Os olhos de Alice me convidavam a isso. Assim que acabou a partida do jogo, a convidei para adentrar um pouquinho no meu mundo, o que eu quase não mostro a ninguém. Levei-a a conhecer minha égua Amora. Ver a destemida e corajosa Alice, com medo de um animal indefeso, foi intrigante. A convidei a cavalgar comigo e não podia imaginar, que aquele gesto, mudaria para sempre a minha vida. Estava disposta a mostrar-lhe que não sou a megera que me mostrara ser. Eu só estava acuada, devido as ameaças do Joseph, mas aqui, é meu espaço. Estamos seguras e protegidas, posso ser eu mesma. Senti-la encaixar-se em mim, imediatamente me despertou todas aquelas sensações deliciosas de sentir: coração disparado, garganta seca, mão suar, calafrios na espinha, borboletas no estômago, intimidade se contrair e sentir-se umedecer. Ela é uma explosão que me contagia. Sua presença me preenche e me desmonta ao mesmo tempo. Queria lhe mostrar que também posso ser selvagem e aventureira, apesar de não saltar de paraquedas e não pilotar moto no trânsito turbulento da capital. Soltei as rédeas da égua e deixei que ela nos mostrasse toda sua potência. Galopou em alta velocidade, nos proporcionando uma sensação de flutuar sobre o vento. A cada trote ágil, sentia Alice me apertar mais, segurando-se para não cair. Me divertia com a sensação. A respiração quente dela, chegava em meu pescoço e me arrepiava inteira, contradizendo o frescor que o vento nos proporcionava. Já longe o bastante da sede, em um descampado imenso e aparentemente infinito, onde só nós habitávamos o tempo e espaço e nossas respirações, junto ao trote de Amora era o único som possível de se ouvir, puxei levemente as rédeas e começamos a conversar. Eu me sentia leve e completamente livre de qualquer pensamento de poder, controle ou medo. Apenas eu e Alice, em uma conversa despretensiosa. Ela começou a contar sobre sua infância, que já foi casada com uma menina de olhos de amora. Meu coração começou a disparar e diminui o trote da égua para conseguir prestar atenção no que ela falara. Ela continuou, contando que o ocorrido foi a muito tempo atrás em uma brincadeira de criança e que tinha sido importante, tanto a ponto dela nunca mais a esquecer. Eu não sei precisar se o tempo parou, ou fui eu que parei de respirar e fui imediatamente transportada para o dia em que me casei embaixo da amoreira, com a menina mais linda que já vi, com olhos de amoras verdes. Fiz a comparação dos olhares e a intensidade, e sim, minha menina dos olhos de amoras verdes, que me casei aos quatro anos, em uma brincadeira inocente e que sempre habitou em minhas memórias afetuosas, nesse momento, estava sentada atrás de mim, e falava aquilo com o sentimento de carinho igual ao meu. Me lembrei da Didi lendo os búzios e me falando: Você já encontrou seu amor, só não percebeu! Estava zonza com os pensamentos acelerados, ao mesmo tempo que a ouvia perguntar se estava tudo bem. Meu coração estava quase saltando peito a fora. Não tive dúvidas!! Saltei da égua e a puxei para mim. A envolvi pela cintura e alisei seu rosto, para conseguir acreditar que aquilo era real. Encostei minha testa à sua e a fiz olhar em meus olhos. Como em câmera lenta, vi seus lindos olhos verdes claros, penetrarem os meus e suas pupilas dilataram-se, como a lente de uma câmera que registra os momentos. Naquele momento, nos reconhecemos. Antes que eu pudesse dizer alguma coisa, senti uma de suas mãos me puxando para si e a outra me tocou a nuca, enroscando os dedos em meus cabelos e seus lábios tocaram os meus. Sua boca quente e molhada me envolveu, em um beijo arrebatador, com vontade, força, fulgor e paixão. Um beijo maravilhoso. Nossas bocas encaixaram-se perfeitamente. Sentir seu sabor, foi inexplicável. Senti meu espirito sair do corpo e certamente encontrar o dela. Sem dúvida, foi o momento mais incrível que já tinha vivido. Eu tinha vontade de fazê-la ser meu próprio corpo, uma só carne. A abracei mais forte e o gesto dela, em debruçar os braços sobre meu pescoço e me acariciar os cabelos, me fez derreter-me de frenesi. Não me continha em anunciar-lhe que era ela a minha menina dos olhos de amoras verdes. A menina que nunca esqueci. Meu primeiro e inesquecível amor. Nos vimos apenas uma vez, mas foi o suficiente para nos reconhecermos de outras vidas.
Eu queria correr, rodopiar, saltitar. Meu coração estava em festa. Meu desejo era gritar ao mundo minha felicidade. A girei pela cintura, tirando-lhe os pés do chão. Eu ser um pouco mais alta e mais forte que ela, ajudou bastante. Nos beijávamos e sorríamos. Deitamos na grama e rolávamos, entre beijos, abraços, sorrisos. Absolutamente nunca vivi aquilo. Tinha a impressão de estar em um daqueles filmes românticos, pensados em cada detalhes, mas era real. A olhava, tão linda, em meus braços e beijos. O sol judiava de nós pelo calor que fazia, por volta do meio dia. O rosto corado pela quentura do momento, fazia seus olhos ficarem ainda mais verdes e eu não conseguia expressar o quanto aquilo me excitava e eu queria, definitivamente e imediatamente aquela mulher pra mim. Me levantei e a puxei, apenas a correr. Saltei à égua e me lembrei de uma casa de colheita de trigo que ainda pertence à fazenda, e só é usada durante a semana. Soltei a rédea e a coloquei a galopar o mais rápido que podia. Tinha urgência em ter-lhe pra mim. A tanto tempo esperei e desejei encontrá-la, agora, tinha urgência em torná-la a minha mulher. Minha menina crescera e se tornara a mais linda de todas as mulheres. Chegamos ao local, mal prendi a égua e já fui lhe beijando e tomando-a para mim. Tinha pressa em sentir seu sabor de mulher, seu cheiro que me embriaga. Queria ter seu corpo colado ao meu. Tirei sua camiseta e o sutien e provei da doçura de seus seios lindos, deliciosos. Queria sentir seu corpo inteiro, mas tinha pressa para esperar ficar ainda sem roupa. Abri sua calça e senti sua intimidade na palma da minha mão. Seus pelos pubianos, aparados na medida me excitaram ainda mais. A olhei nos olhos e queria ver sua alma. Quando seu olhar penetrou o meu, a penetrei de imediato. Sua intimidade estava extremamente molhada, quente e pulsava, sugando meus dedos em um movimento rápido e sequenciado. Ela gem*u e eu pirei. Que mulher!!! Tão logo gozou em meus dedos, me fazendo perder o resto de juízo que me sobrara. Antes que eu pudesse voltar em mim pelo gozo proporcionado a ela, já estava de joelhos em minha frente e me sugava como quem tem fome de mulher. Ch*pava meus grandes lábios e passeava com a ponta da língua meu clit*ris, me fazendo querer mais e mais. Entrelacei meus dedos em seus cabelos curtos e a grudei em mim, fazendo-a ter-me por inteira só pra ela. Cheguei urrar de prazer e deleite, ao sentir meu corpo atingir um orgasmo maravilhoso, que me fez zonzear de tesão. Ela subiu, me beijando o corpo todo, parando em meus seios e mordendo-me o bico, o que completou meu orgasmo como uma cereja a decorar um bolo. Apesar de estar mole de tesão, não queria parar. Precisava provar mais e mais dessa mulher maravilhosa que me arrebata em suas curvas, cheiro e sabor. Seu jeito de menina travessa, contradiz seu gosto de mulher e isso, definitivamente terminou de me conquistar. Provar do seu doce mel feminino, me contaminou como uma espécie de veneno, delicioso de se provar. Queria mais e mais dela, então, a penetrei com a língua, para poder beber de seu gosto, diretamente da fonte de desejos. Do mais puro e cristalino veneno de desejos. Senti quando mais uma vez derramou-se de prazer e me senti a mulher mais sortuda do planeta, por ter a mulher mais linda e deliciosa, todinha para mim. Seu corpo estava mole e sua face corada. A segurei pelas costas, e em uma dança incontrolável de desejo e sedução, nossas intimidades se encostavam, me fazendo quase perder o sentido de tesão, ao atingir mais um orgasmo enquanto suguei seus seios rosados que me faziam salivar de desejo em tê-los. A abracei, sentindo seu coração acelerado e nossas respirações ofegantes. Como estava desejosa dessa mulher!! Céus!!! Que delícia!! Ela me provoca em todos os sentidos, até quando quer apenas perguntar o por que a pedi para me esquecer e ouvi-la dizer que sempre foi louca por mim, me fez ter vontade começar tudo de novo.
Entre conversas pós sex*, me falou se aquela seria nossa noite de núpcias, o que me despertou muitas ideias, e me vi ansiosa por colocá-las em prática. Uma mulher dessa, merece o melhor tratamento, e veja onde fomos parar, cegas de tesão: em uma casa de colheita, em meio a medas de trigo. Falei que estava com fome, e seu sorriso malicioso, me despertou mais e mais desejo. Não pensei duas vezes e já a envolvi mais uma vez em beijos e carícias. Tocar seu sex*, tornou-se em pouquíssimo tempo, minha atividade preferida. Comecei a masturbar-lhe, enquanto ela me beijava a boca com vontade e desejo. Penetrei mais uma vez. Tê-la e não sentir-lhe por dentro, é impossível. Ela fez o mesmo, mas não estava confortável, então, como um gesto de retribuição a todo prazer que me proporcionara, ofereci-lhe a mim, aberta e totalmente entregue, para fazer o que quisesse de mim. Mutuamente nos penetramos e nos metemos, entre rebol*das e muita sensualidade. Ela sabe perfeitamente como fazer uma mulher feliz e proporcionar muito prazer, e nessa dança sensual, goz*mos juntas. Sem dúvida, a trans* mais deliciosa que já tive até agora, em toda minha vida.
Deitamos exaustas por todo esforço praticado e sorríamos, extasiadas.
Elogiou-me, dizendo que sou linda e achei graciosa, e teimosa, por falar que eu sou mais, mas ela me chamou de exagerada e disse que eu sou mais e que ela fica em segundo lugar. Achei melhor não contender. Para mim ela é a mais linda de todo o universo e não tem quem me faça mudar de ideia.
A convidei para irmos almoçar, e a safada já estava propondo outra vez. Que mulher insaciável. Deliciosa! Mas quero voltar pra sede, preparar a noite de núpcias. Esse foi só o aperitivo. Quero surpreendê-la, como merece. Me sinto completamente feliz e essa é a sensação que quero sentir por todo o restante da minha vida.
Enquanto estava pensando em querer surpreendê-la com coisas grandiosas, Alice me mostra que sua simplicidade é o que tem de mais lindo e puro nela, sugerindo que não precisamos de mais nada, além de nós e o lugar que estamos, sem luxo, sem conforto, apenas o essencial. E ela está certa. Nesse momento percebi que tudo o que tenho, carros, casas, fazenda, empresas, nada, absolutamente nada me causa o que ela, apenas com seu sorriso espontâneo e olhar sincero, me propõe. É ela, a força que preciso para enfrentar o mundo. E quero cuidar com todo meu ser.
Voltamos para a sede, a trotes largos e velozes. Era possível sentir nosso corpo unido a um só, leves e com os espíritos festejando-se. Conversamos e gargalhamos com a leveza daquelas meninas de trinta anos atrás, como se o tempo não tivesse passado e tivéssemos acabado de descobrir uma nova brincadeira que nos proporcionou alegria espontânea e genuína.
Tão logo chegamos ao ponto de partida, e Alice, antes de saltar, me agradeceu baixinho por tudo. Fechei os olhos e foi a minha vez de agradecê-la no mais profundo do meu ser, por ter me devolvido à vida.
Fim do capítulo
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jakerj2709
Em: 25/04/2022
Enfim o tão esperado beijo !!!
O tão esperado dia!!!
Foi perfeito autora!!!
Resposta do autor:
Que bom que gostou!! :)
Fico feliz!!
paulaOliveira
Em: 27/03/2022
Um pouquinho de Glória pras leitoras, finalmente!
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