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A AUTORA por Solitudine

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Palavras: 7956
Acessos: 14761   |  Postado em: 05/03/2022

CONHECEREIS A VERDADE

 

 

 

Vera havia localizado a encomenda que recebera de Sayruci e trazido para casa. Removeu a carta do fundo e leu com toda atenção. Ao final, percebeu o quanto foi precipitada em pensar que estava sendo enganada e entendeu que realmente a morena planejava mudar de vida e romper com tudo para que pudessem ficar juntas. Ainda não tinha noção exata do que havia sido enviado por não ter aberto a bolsa, mas imaginava que fosse algo muito valioso e por isso a protegeu com saco plástico e a escondeu muito bem no armário debaixo da pia da cozinha.

 

--Agora tenho que falar com ela o mais rápido. – pegou o celular e buscou na internet pelo telefone do Al-Hafeez – Se prima Socorro conseguiu desse jeito, eu também hei de conseguir! – digitava mais lentamente porque a mão direita ainda incomodava por causa do corte – Achei! – localizou o número e telefonou – Que dê certo, se Deus quiser! – desejou

 

--Restaurante Al-Hafeez, boa tarde? – um homem atendeu educadamente

 

--Boa tarde. – tentava forçar um sotaque paulistano – Aqui é da empresa de chocolates Choco Que Delícia, sediada em São Paulo. – mentia – A senhora Sayruci esteve na cidade em novembro e se interessou por nossos produtos. Nós vínhamos negociando mas infelizmente tivemos um problema técnico recente e ficamos fora do ar. – inventava uma história – Será que eu poderia conversar com ela para explicar o mal entendido, por gentileza?

 

--Qual o nome da senhora, por favor?

 

--Carol. – respondeu o primeiro nome que lhe veio a mente – Carol dos chocolates. A senhora Sayruci sabe quem é.

 

--Só pode ser com a patroa? Quem tá aqui hoje é o patrão. – o funcionário respondeu – Quer que chame?

 

--Perdoe, mas é só com ela mesmo. – disfarçou – Na verdade era uma surpresa que ela preparava pro festival de inverno. – aproveitou ter visto a menção do festival no site

 

--Ah, sim. – o homem entendeu – Mas, infelizmente, a dona Sayruci teve um problema, passou mal aqui no restaurante dias atrás e foi internada às pressas pela família. – esclareceu – Não tenho nem ideia de quando ela volta.

 

“O que??” – pensou apavorada e lutou para manter o disfarce – Nossa, que situação chata!  – sentiu o coração acelerar – O senhor poderia dizer em que hospital ela se encontra, por gentileza? Nossa empresa faz questão de enviar os cumprimentos pra que se recupere logo. – pausou brevemente – “Eita, que eu tenho que saber onde ela tá!” – pensou

 

--Essa informação nenhum de nós sabe, senhora. A família não divulgou. – dizia a verdade – E nós gostamos muito dela e queríamos visitar, mas não sabemos de nada. – calou-se – “Do jeito que são esnobes, tudo isso deve ser pra não ter romaria de pobre atrás da patroa!” – pensou contrariado

 

--Ah, sim. – respondeu decepcionada – Obrigado e desejo melhoras a ela. Tchau. – ouviu o homem se despedir e desligou – Eu tenho que descobrir onde ela tá! – jogou o celular sobre a poltrona – Socorro não se meteu onde não devia? Pois ela vai me ajudar nessa, uai, ah, se vai! – deu um soco na mão – Ai! – balançou a mão dolorida

 

***

 

Abigail saía do aeroporto de Guarulhos no carro de Érica, que havia ido recebê-la no local. As duas mulheres vinham juntas conversando.

 

--Dona Quitéria teve câncer no seio há uns anos atrás, fez mastectomia das duas mamas, quimioterapia e então parecia que tudo tinha ficado bem. Ninguém nem dizia que tudo isso aconteceu, especialmente depois que ela passou a usar aqueles sutiãs de enchimento. – explicava enquanto dirigia – Só que o câncer voltou, se espalhou por outros órgãos e ela começou um tratamento novo sem falar nada pra ninguém. – contava a história – Mas parece que as dores ficaram muito fortes e por não aguentar mais, acabou tendo que se internar.

 

--Misericórdia, Ave Maria! – exclamou surpreendida – E eu que não sabia de nada disso!

 

--Pois é. – olhou rapidamente para a outra – Hoje ela tá dormindo direto porque iniciaram com um coquetel analgésico poderoso pra acalmar essas dores. O médico disse que essa reação é normal e que amanhã, provavelmente, ela vai estar mais espertinha. – pausou brevemente – Então, se você quiser, pode ir pro apartamento dela descansar e amanhã te levo pro hospital.

 

--Ah, me perdoe, mas eu quero ver a tia hoje! – respondeu de pronto – Mesmo que ela não abra os olhos! – olhava para Érica – E vou dormir no hospital mais ela! – decidiu – Se eles não tiverem um canto pra eu pousar lá nesse hospital, fico arrodeando por aí e volto a entrar na hora da visita, não sabe? Mas no aperreio que eu tô não tem condição de ficar em apartamento, não!

 

Concordou balançando a cabeça. – Com certeza você poderá ficar como acompanhante dela no hospital e sem qualquer desconforto. Deixa que eu providencio quando a gente chegar lá. – olhou rapidamente para Abigail – Você vai se surpreender, mas tenha paciência. Tem muita coisa que as duas precisam conversar e eu não quero antecipar nada; até pensei em fazer isso mas com certeza ela não ficaria muito satisfeita comigo.

 

Abigail não entendeu muito bem o que poderia ser mas não fez perguntas. Sua prioridade no momento era ver a tia e estar junto dela.

 

***

 

Samir estava no quarto admirando os pertences da esposa. Deslizava as mãos sobre as roupas dela, detendo-se em uma ou outra para sentir o perfume. Sentia saudades, remorso e medo de perdê-la.

 

“Logo agora que as coisas entre nós iam tão bem...” – derramou uma lágrima

 

Em seu quarto, Latifah não tinha ânimo para gravar ou entrar em contato com os seguidores de qualquer forma. Ainda não conseguia digerir o que aconteceu e não estava convencida de que a internação naquela clínica psiquiátrica seria a melhor opção para sua mãe.

 

“Gentem, já pensou se toda vez que alguém passar mal ou der um pití o resultado for internação em clínica psiquiátrica?” – conjecturava – “Vai ter um déficit mundial de clínica pra abrigar essa cabeçada toda!” – concluía – “Só o papys ia fazer até programa de milhagem! Vive dando crise, daí!” – não se conformava

 

Samir continuava em sua exploração pelos objetos da mulher e decidiu chegar nas joias. Abriu algumas caixas e ficou admirando aquelas que Sayruci mais usava.

 

--Será que esse negócio de clínica psiquiátrica é mesmo a saída? – questionava-se – Talvez minha sogra tenha se equivocado dessa vez! – continuava abrindo as caixas

 

Latifah se levantou e ficou dando voltas pelo quarto com o pensamento a mil. “Foi uma parada tão louca! Ninguém sabe como começou, porque... E só a vóvys e seu heart of steel nas proximidades pra decidir o que fazer!” – passou a mão nos cabelos – Por que será que me parece que tem alguma treta nessa história? – perguntou-se

 

E de repente...

 

--LATIFAH!!!! – o berro de Samir ecoou pela casa – LATIFAH!!!!!!

 

--Ui, que susto! – deu um pulinho – Tô indo, papys! – correu até o quarto dos pais – Que é isso, gentem, what’s up? – olhou espantada para o homem – Que gritaria!

 

--Olha pra isso!! – apontou para as caixas de joias de Sayruci – OLHA!! – estava nervoso

 

A jovem reparou que somente cinco joias estavam nas caixas. As demais, haviam sido trocadas por pedras decorativas, apenas para fazer peso.

 

--Oi?? – não entendeu o que via – Eu acho que... – aproximou-se das caixas – “Cara, deu um tilt in my mind agora”. – pensou ao pôr as mãos na cintura

 

--Sua mãe, Latifah! – pegou uma das caixas e jogou as pedrinhas não chão – Ela vendeu as joias ou sabe-se lá o que! – chacoalhava a caixa na mão – Deixou só essas aí pra disfarçar e o resto ela vendeu! – falava com raiva

 

--Vendeu?? – não entendia

 

--Pra ir embora!! – jogou a caixa vazia no chão – Ela tava fingindo o tempo todo! – chutou a caixa

 

--Embora?? – continuava sem entender – Ir embora pra onde, what a hell? – calou-se de repente – “Então...” – começou a lembrar de fatos recentes

 

“--Sazii, vamos ao clube? – o homem propôs – Os Khalil vão fazer uma festinha por conta da gravidez da Naila. Poderíamos passar por lá e socializar um pouco, que acha?

 

– Vamos. Deixe-me tomar um banho e trocar de roupa. – pediu -- Hoje no restaurante foi puxado.

 

--Também farei a mesma coisa. – sorriu para a esposa – Que tal um banhozinho juntos, hein? – propôs sorridente e falando baixo

 

--Pode ser. – sorriu”

 

--Ah... – a jovem paralisou – “Então ela tava fazendo um tipo pra enrolar todo mundo e quando menos se esperasse meter o pé?” – questionava-se – “Ia pra São Paulo atrás daquele amante secreto?”

 

--Eu não acredito que Sazii foi capaz de fazer isso! – exclamou revoltado – Não acredito!

 

--Calma, papys, cê tá tomando conclusões precipitadas! – desejava salvar a barra da mãe – Sabe como a mamys é toda trabalhada na caridade, né? – falava afetadamente – Ela não ia pra lugar nenhum, duvideodó! – gesticulou com fé – Essas joias aí devem ter ido parar em tudo que é orfanato, asilo, escola e favelinha meiga da cidade!

 

Samir parou para pensar nisso.

 

--É a cara dela, né, papys? – perguntou massageando os ombros do pai – Aí escondeu de você por medo dessas suas reações super de boas como foi essa agora! – ironizou – Aposto que se der uma consultada na conta dela no banco deve tá com um saldinho super micha!

 

--Hum... – pensava a respeito – Pode ser... – acalmava-se – Sazii não tem apego por coisas materiais...

 

--Nenhum! – parou de massagear o pai e andou até a porta – E é por essas e outras que eu não tô me conformando em ver a minha única mamys internada naquele lugarzinho down! – reclamou – Decoração cafona! – revirou os olhos – Como é que alguém pode melhorar naquele ambiente que não é retrô, vintage, clean, cool, nem nada? – gesticulava – Até a cor das paredes! Amarelo peido, um horror!

 

--Também não gosto de saber que Sazii tá internada lá. – concordava com a filha – Não sei o tipo de remédio que têm dado pra ela.

 

--Coisa que desconecta, né, papys? – respondeu como quem diz o óbvio – Essas clínicas só gostam de deixar os pacientes no esquema do the walking dead! – revoltava-se – Vamos trazer mamys de volta pra casa e acabar com isso? – pediu

 

--Vamos! – concordou e pegou a chave do carro em cima do móvel – Não vou nem chamar o motorista. – decidiu – Sazii não fica lá nem mais um minuto! – saiu do quarto

 

--Gotcha! – comemorou – Demorou! – foi atrás do pai

 

***

 

As autoras mais consagradas do mundo lésbico virtual, conhecidas como as Dez Mais, reuniam-se virtualmente através do aplicativo ComeToGether. A convocação fora feita por Frog Kruger.

 

--Gente, obrigado por vocês terem aceito meu convite, mas eu chamei todas aqui por causa de umas coisas muito chatas que vêm acontecendo. – Frog explicava-se junto às colegas – Vocês leram a coluna que a Paty Golezzo escreveu sobre a autora do mês de junho?

 

--Eu li e fiquei passada! – Crisálida respondeu – Ela pegou muito pesado com Khaalii e Gail!

 

--Não só nessa, né? – Ales comentou – A primeira vez que Gail foi autora do mês, a Paty pisou e cuspiu em cima!

 

--Eu acho que ela tem andado muito ansiosa, daí. – Amaralina deu sua opinião – A guria andava insatisfeita com o desenrolar da história entre Mahara e Nayana e andou me dando umas mijadas também. – contava – Essa vida corrida que a gente leva, desequilibra o emocional e quando a pessoa não tá preparada fica imersa numa teia energética de baixa frequência emanada por suas próprias ondas cerebrais, que desestruturam os chakras e o fluxo de chi! – gesticulava olhando para o nada -- O resultado é essa coisa tri violenta de exalar agressividade pelos poros e se expressar desse jeito que desagrega! E como as palavras faladas ou escritas têm força, a energia delas retroalimenta as ondas cerebrais, que ressonam em harmonia com essa energia negativa e a aura fica ainda mais pesada!

 

--Em suma, o problema da nossa amiguinha é falta de uma boa foda! – Malu Capital tentava resumir o raciocínio da outra a sua maneira – Deve tá sem trepar faz tempo e ficou doida!

 

--A nobre colega, como sempre, minimizando os problemas da maneira mais mesquinha possível! – Camarada Sapa criticou

 

--Por favor, vocês não vão brigar aqui, né? – Frog interferiu – É sério, gente, esse assunto afeta a todas nós! – tentava convencer as colegas – Paty andou me detonando numa coluninha dela e já teve leitora que veio me desacatar no site, no LivrodasFuça e até no Fuçagram por causa disso!

 

--Mas aí você também deu mole, né fia? – Zu Clética respondeu – Aliás, acho que a senhora tem parte nessa treta porque ao que me parece, andou brincando com os sentimentos da mulher.

 

--Você pegou ela, jura?? – Ales perguntou interessada – E aí, ela é boa? – queria saber – Recomenda? Dê uma nota, quantas estrelinhas?

 

--Colegas, por favor, aos fatos! – Black resolveu interferir – Não interessa quem dormiu com quem ou se a moça anda solteira há muito tempo ou não! – olhava para a tela do celular – O ponto é que ela está passando dos limites e assumindo uma atitude que leva as leitoras a perderem um pouco da empatia conosco!

 

--Sim, ela pensa que nossa vida é só escrever, postar, responder comentários, responder e-mails... – LesGeek criticava o raciocínio de Paty Golezzo – Do lado de cá a gente também tem problemas, tem coisa pra fazer, tem que trabalhar, tem conta pra pagar! – enumerava nos dedos – Quando eu comecei a escrever, ficava numa ansiedade louca, toda hora indo consultar se as meninas tavam lendo, se tavam comentando, quem gostou, quem não gostou... Era uma neura! – contava – Depois passei a fazer o que recomendo aos meus pacientes: investi em florais de Bach e deixei rolar.

 

--E funciona isso? – uma das autoras da dupla Soul Sapa&Tão perguntou interessada – Receita pra mim também porque dessa ansiedade sofro até hoje! – desabafou – Quando os comentários demoram a aparecer eu fico sempre agoniada!

 

--E eu! – a outra autora da dupla complementou – A vida em expectativa é a vida do tempo que se arrasta!

 

--Voltando ao objetivo da reunião, -- Crisálida falou novamente – eu acho que a imensa maioria das leitoras têm essa empatia conosco. Elas sabem que a gente não é um robô produtor de contos e entendem que temos uma vida e nossos próprios problemas. – considerou – Só que quando uma pessoa influente como Paty Golezzo fica botando pilha e desagregando, algumas delas se influenciam e vêm cuspindo marimbondo pra cima de nós!

 

--Sugiro que façamos um texto, uma carta! – Zu se manifestou – Um apelo à sororidade e ao bom senso da nossa Paty Golezzo. – propôs -- Afinal de contas ela não é uma inimiga e já nos ajudou muito promovendo nossos textos no lesboverso.

 

--Concordo plenamente! – Black respondeu – Vamos fazer essa carta e postar no site. Não precisamos dizer que é destinada a ela, mas aquela coisa do tipo: para uma boa entendendora um pingo é letra!

 

--Vamos! – Amaralina concordou também – Aí eu posto porque ela sabe que não brigo com ninguém e fica como um pedido pra fumar um cachimbinho da paz! -- sorriu

 

As demais concordaram também.

 

--Dito isso, ficamos com esse encaminhamento. – Frog dava a reunião por concluída – Vamos trocar nossos números, crio um grupo de QQOV?, Zu Clética inicia a carta, posta no grupo, a gente vai trabalhando juntas e quando terminarmos, Amaralina posta no site. – olhava para as outras – Fechou?

 

Todas concordaram novamente.

 

--Beleza! Mas de agora em diante, -- LesGeek olhava para Frog – dá uma... – pensava em como falar -- maneirada aí, pra não criar problema com mais ninguém e a merd* não resvalar em todo mundo! – pediu

 

--Por favor! – Black reiterou o pedido

 

“Humpf!” – Frog pensou contrariada – Gente, eu fiquei com ela no carnaval, tá? – salientou – Não foi depois disso que ela começou nessa onda agressiva! Já vinha antes!

 

--Mas piorou! – Ales concordava com as advertências das outras – Você deve ter sido uma menina muito má! – piscou insinuante para a colega

 

“Hum...” – pensava nas possibilidades – “Eu ainda não experimentei nenhuma autora...” – olhava para a imagem Ales no celular – “Pensando bem, melhor não! Já vi que mulher famosa dá trabalho...”

 

***

 

Vera se preparava para dirigir até Foz de Iguaçu. Dava uma geral no carro na garagem do condomínio.

 

--Você tem certeza disso, criatura custosa? – Socorro perguntou preocupada – Daqui pra lá é chão e você nunca foi praquelas bandas! – olhava para a outra – Além do mais vai dormir aonde? O dinheiro mal e porcamente vai dar pra bancar gasolina e comida pra te manter de pé!

 

--Eu me viro, uai. – respondeu simplesmente

 

--E o condomínio, hein? – tentava convencê-la a não ir – Como vai ser isso?

 

--Pra que existe sub síndico? – continuava ajeitando o carro – Reinaldo nunca faz nada! Agora que se vire, uai!

 

Deu um suspiro profundo. – Se você não sabe nem onde a mulher tá internada, vai procurar por ela aonde? – queria saber

 

--Eu sei muito bem a quem vou procurar! – pensava em Latifah – E acredito que não vai ser difícil encontrar.

 

***

 

Abigail estava de pé olhando carinhosamente para Quitéria deitada no leito. Já havia orado por ela e esperava que finalmente acordasse.

 

“Já faz três dias que cheguei e nada dela acordar!” – pensava condoída – “Que diacho de coquetel contra dor é esse que só faz deixar a pessoa grogue?”

 

--Com licença? – uma enfermeira bateu na porta e se aproximou sorridente – As senhoras precisam de alguma coisa? – perguntou solícita

 

--Não, agradecida. – respondeu mansamente

 

A mulher ajeitou o soro que a idosa recebia, sorriu para Abigail e se despediu fechando a porta.

 

A potiguar andou até a janela do quarto e olhou para o exterior. “Esse hospital deve ser um bocado caro!” – concluía – “Tudo tão chique, cheio das pompa... Como pode a tia ter bufunfa pra tá internada num canto desse?” – não entendia – “Será que o plano de saúde cobre?”

 

--Bigail? – Quitéria chamou com voz fraca

 

--Acordou! – sorriu e aproximou-se da outra – Tia, como que a senhora dá um susto desse em todo mundo? – segurou a mão dela devagar – Tão logo aquela moça Érica me avisou, eu quis vir! – olhava para a idosa – Nunca podia imaginar que a senhora tivesse... doente, não sabe? – falava com jeito – Desde que lhe conheci sempre a achei tão bem apanhada!

 

Sorriu também. – É uma longa história, minha filha. – pausou brevemente – Mas eu posso dizer que Tibúrcio me queria de peito grande, pagou pra botar silicone neles e como era tudo muito novo naquela época o negócio não prestou. – resumiu a situação – Muitos anos depois tive câncer nos dois seios, tiveram que arrancar e fiz um tratamento de quimio que foi terrível. – lembrava – Nos últimos tempos eu andava sentindo umas dores no braço, nas costas, um cansaço, essa voz sempre rouca... – relatou – E decobri que a doença voltou. Se alastrou por outros órgãos dessa vez. – falou com tristeza

 

“Tanto sofrimento por ter feito gosto a marido!” – pensou revoltada – Mas vai dar tudo certo, tia! Se Deus quiser! – desejou com fé

 

“Não dessa vez, querida...” – sentia dentro de si – Se Deus quiser... – apertou a mão da sobrinha com delicada força – Chegasse quando?

 

--Coisa de três dias. – pausou brevemente – E não arredei pé daqui. – sorriu

 

--Não tá cansada? Não quer sair daqui? – tinha cuidado na mulher mais jovem – Sei muito bem que ficar em hospital não é nada agradável.

 

--Nada, tia, esse hospital chique tem mais conforto que minha casinha! – fez um gesto despreocupada – Parece até um hotel, num sabe? – balançou a cabeça – “Bota o morada no bolso!” – pensou

 

Achou graça. – E você deve tá cismada sem entender como que uma velha pobre como eu pôde vir parar aqui, né? – deu um sorriso triste – Nós duas temos muito que conversar e eu queria que você me ouvisse com muita calma, por favor. – pediu com humildade – Depois pode falar o que quiser; até me xingar!

 

--Desconjuro! – benzeu-se – E eu vou xingar a senhora, nada! Não sou amaldiçoada!

 

Achou graça novamente. – Eu lhe contei parte da verdade. – confessou sem delongas – Não lhe disse as coisas que me fazem viver de arrependimento e remorso por tantos anos. – pausou brevemente – Tibúrcio era um homem rico. Empresário bem sucedido... – prestava atenção nas reações da outra – E quando morreu me deixou muito bem amparada. – assumiu – Não lhe disse nada porque queria saber como você era e o que de fato te levou a me procurar. – calou-se por uns instantes – Eu não vivo naquele apartamento na Sé onde você pousou. Moro no Itaim Bibi, um bairro nobre daqui, num apartamento três vezes maior.

 

“Ave Maria! Tava notando que tinha alguma coisa estranha mas por essa eu não esperava!” – surpreendeu-se – Eu até acho normal a senhora ter feito isso porque tem muita gente interesseira por aí. – estava sendo sincera – Só não entendo porque esperou até agora pra me dizer a verdade. – falou com certa decepção

 

--Porque eu te achei uma criatura muito boa, minha filha, mas muito deslumbrada e até ingênua! – calou-se brevemente – A forma como sonha em ter sucesso como escritora, a ponto de cair na lábia de qualquer golpista... – lembrava de Teodora – Com dinheiro na mão e essa ilusão toda, você seria vítima de um golpe a cada semana!

 

Não entendeu o raciocínio. – Oxe! – soltou a mão da outra devagar – Mas eu nunca que ia viver lhe pedindo dinheiro se soubesse do tanto que a senhora tem! Nunca fui dessas coisa! – retrucou – E isso de arrependimento e remorso... É por que não tirasse voínha e mãínha daquela vida? -- deduziu

 

Derramou uma lágrima. – É... – respondeu simplesmente

 

Abigail caminhou até a janela do quarto e olhou novamente para o exterior. – Não nasci ontem, tia... Desde o começo percebi que a senhora tinha esse remorso. – continuava olhando para fora – Eu entendi muito bem o que aconteceu. – cruzou os braços – Mal a senhora e voínha começaram a vida no Cabaré, apareceu um cabra rico que se agradou de sua belezura e lhe manteve só pra ele. – dava sua interpretação aos fatos – Lá pelas tantas, ele trouxe a senhora pra cá e isso lhe afastou da família. Totalmente na dependência dele, ficasse com medo de ajudar as duas porque se o cabra cismasse, lhe botava na rua e não ia ter lei modos de lhe amparar. – pausou brevemente – E quando se casaram, isso tampouco lhe dava liberdade pra fazer qualquer coisa. Afinal de contas, o dinheiro sempre foi dele; tornou-se seu quando ficasse viúva.

 

Surpreendeu-se com a forma como Abigail via a situação. – E você não tem raiva, não tem revolta? – queria saber – Se eu tivesse feito alguma coisa, tudo teria sido muito diferente... – falava com muita dor – A vida de sua mãe, a sua... – derramou outra lágrima – Se ao menos eu tivesse tentado, mas nunca tive coragem...

 

--Sabe por que eu não tenho raiva da senhora? – olhou para a idosa – Porque eu acho que todas nós fomos vítimas! -- gesticulou -- Isso é muito claro pra mim, não sabe? – andou um pouco pelo quarto – Como teria sido se esse seu Tibúrcio tivesse se agradado de voínha? O que ela ia fazer? – questionava – O que ela ia poder ter feito? – gastou uns segundos calada – A senhora teve medo de perder! Medo de perder a chance de não ser puta de qualquer um que pagasse!

 

--E fui puta de um só... – derramou mais uma lágrima – Porque no final, Tibúrcio me comprou... – admitiu – E eu me deixei vender por medo e necessidade...

 

--E eu sei muito bem o que é isso! – apoiou-se na lateral do leito – Eu sei muito bem o que é ter que se deitar com um cabra porque ele paga, embora nunca tenha vivido essa bixiga! Sei porque por muitos anos testemunhei isso todo dia! – derramou uma lágrima também – Voínha não passou por isso por sua culpa e nem mãínha! – expressava seu entendimento – A culpa disso é dos pensamento da sociedade, do machismo, da pobreza, da ignorância, e não sua! – falava com emoção – Já lhe disse uma vez e repito que não gosto de me perder em passado porque passado não se muda! – pausou brevemente – Voínha e mãínha pode até ter se decepcionado com a senhora, eu não sei, mas eu não lhe culpo. – segurou uma das mãos da idosa mais uma vez -- Não sei o que faria no seu lugar se tivesse tido a sua vida, mas de verdade não lhe culpo! – falou com carinho – A senhora é tão vítima, que tá aqui agora penando mais uma vez da saúde por ter feito gosto de marido! E eu duvido que ele tenha lhe dado a chance de dizer não! – pausou brevemente – De mais a mais, a senhora nem sabia que eu existia. Eu vou ficar com raiva de que? -- gesticulou

 

Sentiu-se extremamente aliviada com aquelas palavras. -- Quero que me faça duas promessas! – pediu com seriedade – E a primeira delas vou lhe perdir agora... – pausou brevemente – Me leve pra Natal?

 

--Vixe!! – arregalou os olhos – Tia, como pode isso? – não entendeu – A senhora tá internada aqui, se tratando e...

 

--E meu caso não tem mais jeito! – interrompeu a fala da outra – Nem Érica sabe disso, mas o câncer se alastrou de uma forma tal que os médicos disseram que tem nem como operar. – confessou o que ouvira antes de começar com o coquetel analgésico – Eu tô só esperando a morte, minha filha. – admitiu com tristeza

 

--Mas... – não queria aceitar

 

--Quero que me leve pra Natal e me enterre lá quando meu dia chegar. – pediu com humildade – Prometa que vai fazer isso? Me enterre no mesmo lugar onde tão minha irmã e minha sobrinha!

 

Soltou a mão da outra devagar. – Tia, pelas caridade, a senhora viu que não tenho recurso! E quando a senhora sentir dor eu vou fazer o que? – argumentou – Nenhum médico há de me deixar lhe tirar daqui e eu...

 

--Eu decido sobre minha vida, não é médico! – interrompeu a fala da outra e tossiu um pouco – Eles vão mandar assinar umas pistinga de uns termo e a gente assina. Falo com Érica também e ela dá um jeito! – passou a mão no peito dolorido – Mas eu não quero morrer aqui! Essa não é minha terra! – derramou algumas lágrimas – E quanto à dinheiro... – deu um sorriso triste – Saiba se haver e não terá mais problema de falta. Tudo que era meu agora é seu!

 

Abigail ficou sem palavras. Não tinha noção do patrimônio que havia em seu nome.

 

--Por favor, filha... – pedia com olhinhos súplices – Me leva? Prometa?

 

--Ave Maria... – secou os olhos com as mãos – Eu não sei como vai ser isso, mas... prometo! – concordou – Se a senhora quer passar seus últimos dias na nossa terra, assim vai ser!

 

***

 

Sayruci dormia em um leito da clínica psiquiátrica. Por recomendação médica, vivia a maior parte do tempo dopada devido à reação violenta que teve quando fora internada.

 

Uma jovem enfermeira aproximou-se e delicadamente começou a cuidar da higiene da morena. Tinha muita gratidão pela mulher que tanto a ajudara no passado.

 

“Dona Sayruci é uma pessoa tão boa...” – olhava para a mulher com carinho – “Se pude estudar, devo isso a ela.” – pensava – “É das últimas pessoas do mundo que eu queria ver aqui!” -- lamentava

 

--Ajude... – sussurrou bem baixinho – Me ajude, por favor... – a voz era fraca

 

--Dona Sayruci? – aproximou-se do rosto da morena falando baixo – É a Karen, lembra de mim? – disfarçava para ver se alguém prestava atenção – A senhora pagou meus estudos...

 

Abriu os olhos bem lentamente. – Karen... – olhou para a jovem – A roupa que eu usava... onde está? – continuava sussurrando

 

--Guardada no seu armário. – respondeu discretamente – Do que a senhora precisa? – queria ajudar – Infelizmente não posso lhe deixar sair daqui mas de repente...

 

--Escondi um chip de celular no bolso da blusa. – interrompeu a fala da outra – Pegue ele, instale no seu celular e ligue pro número salvo como Unknown. – orientou – Diga pra mulher que vai te atender, se alguém atender, que eu estou aqui. Por favor. – sentia-se zonza – É muito importante...

 

--Eu farei! – prometeu – Assim que acabar aqui.

 

Sayruci agradeceu com a cabeça, fechou os olhos e dormiu.

 

***

 

Vera dirigia pela Rodovia Miguel Jubran. Seguia pela altura de Tarumã, estado de São Paulo, quando sente o celular vibrando no bolso da calça.

 

--Isso é hora de alguém me ligar? – pensou em não atender – Mas pode ser a prima com alguma novidade importante! – considerou – Dar uma parada no acostamento. – manobrou para poder parar – Aproveitar que tá tranquilo. – pegou o celular e viu que se tratava de um número desconhecido – Ave Maria! – atendeu nervosa – Alô, Sayzinha, é você? – perguntou nervosa

 

--Boa tarde. – a jovem respondeu falando baixo – Meu nome é Karen e trabalho na clínica psiquiátrica Salim Farjan. – apresentou-se – Tenho que falar rápido com a senhora.

 

“Clínica psiquiátrica??” – arregalou os olhos

 

--A dona Sayruci foi internada aqui pela mãe. – contou – E ela me pediu pra lhe dizer isso. – olhava para todos os lados – Ela vive dopada e dormindo. Ter acordado hoje, ainda que tão rápido, foi um fato inusitado!

 

--E onde fica isso?? – perguntou aflita – Eu tô indo pra Foz e quero chegar aí nessa clínica!

 

--Depois que passar de Santa Terezinha de Itaipu, tem um posto da Polícia Rodoviária. Pergunte lá e eles vão lhe orientar. – informou – Agora tenho que desligar. Tchau!

 

Vera ouviu o telefone sendo desligado e guardou o celular no bolso novamente. – Mas que gente miserável! – ligou o carro e voltou a dirigir – A mãe interna ela numa clínica psiquiátrica e a diacha da filha nem pra fazer nada? – reclamava – E por que será que aconteceu isso? Por que a mãe dela fez essa desgraceira toda, uai? – não conseguia entender – Ah, mas eu tiro ela de lá nem que seja a última coisa que eu faça! – prometeu – Nem que eu seja presa!

 

***

 

--Eu tô num aperreio tão grande, homi! – Rita conversava com Jailson – Duarte disse que se não se hospedar mais ninguém nesse mês de julho, o hotel vai fechar e só reabre em outubro. – olhava para o colega -- E se não der certo nem na alta temporada, aí vai se fechar de vez! E nós tudo desempregado!

 

--Oxe, e como pode isso? – perguntou preocupado – Se fechar o hotel esse mês, vamo ficar três mês sem receber pagamento! – alarmou-se – E pagar as conta como??

 

--Pois é... – cruzou os braços – Parece que o dono do hotel já não tá mais interessado em trabalhar com turismo. Se meteu nuns negócio de política, sei lá, e não tá nem aí. – suspirou – Nós que se lasque!

 

--E Bigail, hein? – preocupou-se com a colega – Ela não deu mais notícia?

 

--Só ligou daquela vez pra dizer que chegou bem e depois nunca mais! – respondeu com semblante sério -- Essa aí é a que faz mais cuidado, não sabe? Se o hotel fechar por agora, Duarte vai demitir e não vai nem reconvocar quando reabrir!

 

--Deus queira que não! – o homem desejou – Se Bigail for demitida, esse hotel perde a graça e vai pro buraco!

 

“Pois pro buraco já foi há muito tempo...” – pensou temendo pelo próprio futuro e o dos colegas

 

***

 

Latifah estava socializando em um evento publicitário. Havia sido convidada a gravar uma peça sobre o potencial turístico da cidade, onde o foco da campanha era o público LGBT.

 

--Eu agradeço muito que você tenha aceito o convite mesmo com a barra que a família tá passando. – o promoter falava – Mas é que com o sucesso que você faz no meio do público LGBT, achamos que não haveria ninguém melhor, daí.

 

Ficou toda prosa. – Thanks, Roger. – agradeceu – Tá uma barra mesmo, mas nada vai mudar se eu ficar em casa chorando na fossa, né? – considerou – Show must go on. – bebeu um gole de espumante

 

--E o que os médicos dizem, perdoe perguntar? – queria saber – Quando sua mamys volta pra casa?

 

--Cara, não tem previsão de nada! Isso é que é o mais foda! – desabafou – Papys e eu até fomos lá na clínica, na maior decisão de tirar mamys no peito e na raça, mas chamaram o médico e o véio mandou um monte de explicações e tals... No final, convenceu o papys! – contava sobre o caso – Então ela acabou ficando lá e estamos nesse pé. Uma merd*, né? – bebeu mais um gole -- Aquele lugarzinho tem uma pegada muito down pro meu gosto! Além de ser cafonérrimo, diga-se de passagem! – revirou os olhos

 

--Tomara que tudo se resolva logo. – desejou – É muito chato isso.

 

--Nem me fale! – suspirou – “Coitada da mamys...” -- pensou

 

Enquanto isso, Vera aguardava dentro do carro o momento de abordar Latifah. Já havia localizado a clínica, porém, após muita oração e reflexão, considerou que não seria sensato simplesmente chegar e tentar tirar sua amada de lá à força. A família certamente seria acionada e a caipiria acabaria sendo presa sem proveito algum para Sayruci. Decidiu então que o melhor seria convencer Latifah a ajudar e descobriu com facilidade o local onde a jovem se encontrava.

 

Passando fome e frio, encontrava-se plenamente desperta apesar de estar há mais de 24 horas sem qualquer descanso. A mão direita latej*v* de dor na região do corte, mas Vera ignorava. Estava totalmente concentrada em libertar a mulher que acreditava ser o amor de sua vida.

 

--Eu vou lá! – decidiu – Chega de esperar! – abriu a porta do carro e saiu – Joga toda timidez no ralo, caipira! – fechou o casaco o máximo que podia – Decisão! – pôs as mãos nos bolsos e seguiu para a porta do clube – Se empodera! – dizia para si mesma – Sua linda depende disso!

 

Ao vê-la se aproximar, dois seguranças mal encarados bloquearam a entrada. – Boa noite? – um deles a abordou reparando-a de cima a baixo – “Que tipinho...” -- pensou

 

--Boa noite! – respondeu fingindo-se segura – Preciso falar com a senhora Latifah Ajami Hafeez! – olhava para os homens – Digam a ela que acabo de voltar lá do Salim e que o assunto é sobre a mãe dela!

 

Os homens se entreolharam desconfiados.

 

--O assunto é sério, fi! – insistiu – Será que algum dos dois poderia ir lá dentro dar o recado? – mantinha-se firme

 

--E tamos falando com quem? – o outro segurança perguntou

 

--Vera. De São Paulo. – respondeu simplesmente – Ela sabe quem é.

 

Um dos homens entrou e o outro permaneceu na porta. A caipira congelava. “Ave Maria, que diacho de lugar frio, misericórdia!” – pensou

 

***

 

Latifah e Vera estavam dentro do clube. Assim que recebeu o recado, a jovem autorizou a entrada da outra e a conduziu para um local onde pudessem conversar sem serem incomodadas.

 

--Vamos direto ao assunto, honey? – gesticulou – Como é que cê veio parar aqui? E como sabia que a mamys tá internada naquele lugarzinho heavy?

 

--Isso não interessa, uai! – respondeu de pronto – O que importa é que você tem que fazer alguma coisa pra tirar sua mãe de lá, porque se eu pudesse já tinha feito isso em dois tempos! – olhava nos olhos – Essa internação é um trem sem base nenhuma! – acusou – Sayruci tá sendo feita de prisioneira!

 

Estranhou aquela atitude. – Olha só, explica isso? – sorriu brevemente – Você veio aqui a mando de quem? – queria saber – Já saquei que você tá totalmente por dentro do lance que mamys viveu em Sampa e quero saber quem é o carinha, daí! – cobrou satisfações – Também já saquei que ela tava armando um jeito de dar um vazari pra fugir com o tal e alguma treta aconteceu no meio do caminho que ela acabou surtando! – reparou no ambiente para ver se alguém prestava atenção – Ele pensou em pular fora? – acreditava que Sayruci desestabilizou-se por causa disso – Aí, sei lá como, soube do que rolou e se arrependeu? – olhava para Vera – Eu acabei me envolvendo nessa história, tamos falando da minha mamys e tenho todo direito de saber! – esperava uma resposta

 

--Sua vó pagou um detetive pra vigiar Sayruci em São Paulo! – revelou o que sabia – Parece até que hackearam o computador dela, o celular... – gesticulou brevemente – Ela teve que se afastar pra que não fosse descoberta. – falava baixo – E eu desconfio que essa internação tem a ver com tudo isso! – acusou

 

--Oh, My! – chocou-se com o que ouviu – “Gentem, vóvys pagou até detetive?? Surreal!” – pensava – E como você sabe disso, daí? – achava tudo muito estranho

 

--Sua mãe me contou tudo por e-mail e explicou que se afastaria por causa disso. – cruzou os braços – Muito tempo depois me enviou uma mensagem, mas eu não li na hora porque estava mal. – lembrou do dia em que teve a crise – E aí há pouco tempo acabei sabendo dessa maldita internação.

 

Latifah continuava sem entender. – Pára, pára! – fez sinal com as duas mãos para que a outra se calasse – E o carinha, cadê ele nessa história toda? – perguntou agoniada – Por que fica você, uma mera motorista de Iuba, no meio da fofoca, dando uma de pombo correio?

 

Pensou antes de responder mas decidiu que não havia outra alternativa. – Não tem carinha! – olhava nos olhos – Sua mãe se envolveu comigo! – afirmou com decisão

 

--O QUE??? – perguntou em voz mais alta e se conteve – O que você tá dizendo?? – o coração disparou

 

--O que você já entendeu muito bem, uai! – respondeu de pronto – Sua mãe é lésbica e não aguentava mais viver sufocada aqui! – gesticulou – A gente se apaixonou e ela tava pronta pra largar tudo e viver comigo!

 

A jovem sentiu a cabeça zonza e por um instante pensou que fosse desmaiar. – Não pode ser... – os olhos marejaram – Não pode... – lembrava-se de fatos do passado recente

 

“--É inegável que os trans são os mais expostos à violência e ao preconceito, mas todos que fogem à heteronormatividade sofrem muito... – Sayruci dizia -- Não é fácil ser homossexual! Especialmente quando se nasce em meios muito conservadores, tradicionais...”

 

Latifah se apoiou em uma mesa. “Ela falava de si mesma...” – concluiu em choque – Meu Deus... – derramou uma lágrima e continuou lembrando

 

“--Ah, deixa eu te contar. – cruzou os braços por cima da cabeça – Apareceu até uma motorista de Iuba perguntando por você!

 

–Por mim?? – ficou tensa

 

--Ela disse que dirigiu pra você em novembro e queria saber se dava pra ser mais uns rolê dessa vez. – olhou para a mãe – Saquei que foi ela que te levou pros seus encontros misteriosos! – provocou – Depois me arrependi de não ter perguntado pra tal quem foi o bofe secreto que você pegou e não revela nem sob tortura! – prestava atenção nas reações da mãe

 

--LATIFAH! – ralhou olhando para todos os lados

 

--Relaxa, mamys. – riu brevemente – Eu tinha visto que a barra tava limpa; no outsiders! – referia-se aos funcionários da casa

 

Reclinou o corpo na direção da filha. -- Você não pode sair falando essas coisas assim e aqui! – continuava ralhando – Tudo nessa casa é vigiado e se Samir ou maama ficam sabendo...

 

--Mamys, quer relaxar? – não via problemas – No reasons to overreactions!

 

--Overreactions? – riu do absurdo -- Se maama sonha em saber do que houve em São Paulo, -- olhava nos olhos da jovem – ela é capaz de me internar! – falava com seriedade”

 

--Então... – passou a mão sobre os olhos nervosamente – Vóvys deve ter internado a mamys porque descobriu tudo! – concluiu – “Agora faz sentido...” – pensava – “Mamys fingia de apaixonada pelo papys pra dar um migué em todo mundo e fugir... Por isso vendeu as joias! Pra ter dinheiro e refazer a vida em São Paulo...” – o quebra-cabeças começava a se montar – Você! – olhou para Vera com desprezo – Como se conheceram? – queria entender – Não pode ter sido em novembro, isso vinha de antes! – deduziu – “Por isso mamys sempre ficava tão alegrinha quando eu convidava prum rolê em São Paulo!” – a cabeça rodava a mil – “Por isso quis tanto que eu fosse na Parada LGBT! Pra ver se dava de ir junto...” – concluía – “E essa Vera tava lá, esperando por ela!”

 

--Sua mãe é a melhor autora de contos lésbicos que já vi na vida! – afirmou com admiração – Busque por Khaalii e você verá. – continuava firme em suas respostas – Me apaixonei por ela desde que comecei a ler o que escreve! – declarou-se – E a amo com todas as minhas forças! – emocionou-se

 

--Mamys escreve conto na internet??? – arregalou os olhos – “Gentem, então aquele Congresso...” – lembrava do evento

 

“De repente, as portas se abrem e uma curiosa figura chama atenção de todos no salão.

 

--Meu povo! – uma voz grave se fez ouvir – O fenômeno do Oriente, Gail Nasser, quer falar! – Vera anunciou

 

--Gentem, que é isso? – Latifah perguntou achando graça”

 

--Você tava no Congresso! – constatou – Gentem, sem perceber eu facilitei tudo pra vocês, daí! – estava indignada – Como pude ser tão burra? – cobriu o rosto com as mãos – Puta merd*! – chorava contidamente

 

--Saber que sua mãe é lésbica te incomoda esse tanto? – perguntou decepcionada – Você não é uma defensora dos LGBTs? – provocou gesticulando – É tudo mentira, então? – desafiou – Você tá nessa só pra aparecer e depois vir pruns eventos do tipo desse aqui pra pousar de boa moça?

 

--Ora, não me venha com essa! – respondeu revoltada – Você tá se aproveitando da situação, daí! – segurou a caipira pela gola do casaco – E cadê as joias, hein? Você vendeu e fez o que com o dinheiro dela? – cobrou – Fala senão eu vou...

 

--Senão vai fazer o que? – desvencilhou-se com facilidade – Vai chamar a polícia? – achou graça – E vai dizer o que, uai? – desafiou -- Eu não sei de joia e nem tô com dinheiro nenhum! – abriu os braços brevemente – Olha pra mim! Tenho pinta de quem tá bem de grana? – falava mais alto – Você devia chamar a polícia sim, mas pra sua família! – gesticulava com raiva – Pra sua vó, que interna a própria filha contra a vontade e pra vocês todos, que sabem disso e fazem nada! – derramou uma lágrima

 

--Mas o que é que tá acontecendo ali? – o promoter ouviu a voz de Vera sem no entanto entender o que dizia – Elas tão brigando? – não entendia

 

--Latifah tá chorando! – a fotógrafa observou – Cara, eu vou chamar o segurança! – correu para a entrada do clube

 

--Eu vou ver o que é isso! – o promoter resolveu interferir e caminhou em direção às duas

 

--Isso tudo é muito surreal! -- estava com raiva – Você se aproveitou da fragilidade da minha mamys pra tirar dinheiro dela e se dar bem! – falava descontrolada -- Se ela tá internada a culpa é sua! Sua! – chorava

 

--Não fui eu que joguei ela naquele lugar! – chorava também – Nem sou eu que deixa ela ficar por lá enquanto vem pra festinha encher as fuça com um punhado de gente esnobe fingindo se importar com os LGBT!

 

--O que é que tá acontecendo aqui? – o promoter chegava com a cara feia – Latifah? – estendeu a mão para a jovem, que o abraçou – Janice foi chamar o segurança pra expulsar essa... – olhou para a caipira de cima a baixo com desprezo – pessoa daqui!

 

--Não precisa, não, uai! – secou os olhos com uma das mãos – Eu pensava que a senhora Latifah se importava com os LGBT, mas era tudo mentira! Na vida real a história é outra! – lançou um último olhar sobre a jovem – Passar bem! – seguiu em direção à saída

 

--O que aconteceu aqui, afinal? – o homem não entendia – Quem é essa, o que ela queria com você?

 

Latifah não respondeu. Permaneceu abraçada com o promoter e chorou sentindo-se perdida.

 

Fim do capítulo


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Comentários para 16 - CONHECEREIS A VERDADE:
Minh@linda!
Minh@linda!

Em: 30/03/2025

Ufa! Uma parte foi resolvida. 

Vera achou o bilhete de Sayruci, junto com a sacola, que agora está em lugar seguro. 

 

Agora é ir salvar Sayruci!! 

 

Bota Socorro pra trabalhar a cachola e descobrir onde Sayruci está internada. Se ela não tivesse aberto a tramela e se precipitado, isso não teria acontecido. Apesar que eu consigo enxergar que ela só queria proteger Vera...

 

Só que Vera já é adulta, acabou se metendo demais.

 

Tô gostando de ver a atitude de Abigail com Dona Quitéria!! Ela precisa de família, agora.

 

Eita, que agora ela vai descobrir que a tia tem dinheiro. O hospital deve ser bom. Particular.

 

Como assim às coisas estavam indo bem?!

Sayruci deve ter disfarçado muito bem, mesmo, pra que Samir tenha esta impressão!

E o que mais me deixa chateada é que ela teve que transar com ele, esse tempo todo, pra parecer que tudo estava nos conformes... e no final, foi tudo por água abaixo. 

Agora é tocar o terror e ir pro abraço.

 

Eita, que o Ogro descobriu que as jóias sumiram!

As coisas só estão ficando mais difíceis, apesar de Latifah ter dado uma amenizada. 

Espero que Vera tenha um bom plano!

 

The walking dead!! 

Lembrei da série, agora.

Gosto de tudo que tenha Zumbi.

Filme, sério, livro.

Não fico aterrorizada ao ponto de não dormir. 

Fico cheia de adrenalina!!! 

 

Adoro um suspense!!!!!!!

Ficção Policial, ficção científica, fantasia, épico...

Resumindo: eu curto a maioria dos gêneros.

Certo de não gostar, é terror. Principalmente com coisas sobrenaturais envolvidas e autoajuda.

Romance, só leio se for lésbico.

 

Eita que as Autoras se reuniram pra falar do que Patrícia tá escrevendo. 

 

Confesso que não entendi muito bem o que Amaralina falou kkkkkkkkkk porém, o resumo da tal Malu foi bem desagradável!!

Comentário machista, mesmo! Quer dizer que se a mulher escreve algo que desagrada é porque tá sem sexo?!

 

Seja lá o que Paty escreveu sobre a tal da Kruger, eu apoio. Bicha sem vergonha!

 

Tô começando achar que essas 10 +, tá mais pra 10 -.

 

Aff! Só decepção! 

Só Sayruci se salva.

 

Concordo com Crisálida!

A maioria de nós, leitoras, entendemos que a pessoa que escreve tem uma vida, fora do ambiente da escrita. Apesar de algumas leitoras passarem do limite, quando a Autora demora retomar a estória. 

 

É que a gente se envolve... e quando não tem retorno mais da escrita, fica no vazio, só!! 

 

A gente como leitora tem vida, também. Mas acaba encaixando a estória favorita no nosso dia a dia. Quando a Autora para de escrever a gente fica em suspense, também. Impaciente, aguardando o desfecho. 

 

O ideal é a Autora comunicar que terá que se afastar, por tempo indeterminado. Aí ninguém fica inquieto, sem saber o que aconteceu, esperando.

 

Ô merda!! Vera vai procurar Latifah?! 

O que ela vai dizer?

Prevejo dores e decepções!

Espero estar errada.

 

Como assim, Tibúrcio queria a mulher de peito grande?!

Ô meu pai, é tanta coisa que uma mulher tem que se sujeitar...

Já não basta ter que sangrar todo mês, sentir dor no parto, cólica, trabalhar em casa e na rua, ser julgada o tempo todo... E ainda tem que agradar?! 

Tá difícil, viu?!

 

Chegou a hora da conversa entre tia e sobrinha.

Entendo porque Dona Quitéria não falou nada antes pra Abigail. Do Jeito que ela quer bombar como Autora e se deixou enganar por Teodora... não dá pra confiar, ainda. 

Tenho minhas dúvidas se ela não pediria um empréstimo kkkkk

Mas tudo indica que elas irão acertar as arestas. Tanto do passado, quanto os atuais.

E é uma pena Dona Quitéria está tão doente.

Nossa, que essa conversa tá é doída.

Foi tudo muito injusto com elas.

 

Mulher, lgbtqi+ , preto, índio, pobre... deveriam ter entrada garantida no céu. 

Humilhação e dureza é o que não falta.

 

Que bom que Abigail vai cumprir com o pedido de Dona Quitéria. Vai cuidar dela em Natal e, enterrá-la junto aos seus.

Tomara que ela não sofra muito.

 

Sayruci fez tanto bem para os outros, que o bem está retornando pra ela.

Até nesse momento difícil, tem alguém que está cuidando bem dela... e espero que ajude ela a fugir.

 

Isso Vera!!! 

Corre mulher!!!

Acelera!!!

Só não vai morrer, ou matar alguém.

Corre! antes que Samir chegue.

 

E Abigail, agora que tá com dinheiro... Será que é o suficiente pra comprar um hotel?! rsrs 

 

Eita que Vera tá o pó da rabiola!

O pensamento dela está correto...

 

Apesar que no meu pensamento, ela meteria o pé na porta, colocaria Sayruci no colo e sairia correndo rsrs.  

Só na imaginação isso daria certo.

 

Esperar que Latifah se comova e faça o que é certo pra Sayruci.

 

Eita boi!!!!!!!!!!!!!!!

Vera largou o doce!!

Não tinha outro jeito.

 

Já era de se esperar que Latifah teria essa reação.

Gostei de Vera mostrando pra ela , que defender LGBT+s é muito mais do que só postar vídeo na internet. E que quando é dentro de casa, a reação é sempre outra.

 

Mas ela tem que mudar os pensamentos!

Lembrar do que viu na Parada, dos depoimentos, do que já presenciou esse tempo todo e começar a fazer a diferença. 

E tem que que começar dentro de casa.

E ela sabe o quanto a mãe foi infeliz esses anos todos...

 

Ou ela amadurece agora, e faz o certo. Ou eu não sei, não...

 

Vera, esta eu tenho certeza, que não vai desistir de Sayruci.


Solitudine

Solitudine Em: 06/04/2025 Autora da história
Olá querida!

Agora Latifah teve que ver a realidade. Por mal, mas teve que ver (e ouvir). Vera se armou de toda coragem e determinação para salvar seu amor e se expor a muita coisa. Vamos ver como Latifah agirá depois.

Abigail teve a conversa que ya Quitéria tanto adiou finalmente aconteceu e ela entendeu a realidade da tia, desabafou também e aceitou atender os últimos pedidos da idosa. O que ela não entendeu é que enricou.

Enquanto isso, Patrícia vive em seus dois objetivos: crescer como influencer e arrumar uma namorada. rs

Beijos,
Sol


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PaudaFome
PaudaFome

Em: 20/06/2024

VERA EU TE AMOOO!!!


Solitudine

Solitudine Em: 20/06/2024 Autora da história
Olá querida!

De fato, Vera deu show!
Caipira quando ama, AMA!

Beijos,
Sol


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Femines666
Femines666

Em: 28/03/2023

Capítulo de tirar o fôlego! Verá te amooo!


Solitudine

Solitudine Em: 28/03/2023 Autora da história
Olá querida! Que bom que voltou!
Sim, este capítulo traz altas emoções! rs
Vera arrasou!
Beijos,
Sol


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Cristina
Cristina

Em: 15/01/2023

Olá Sol!

Enviei aqui, neste capítulo, porque foi onde parei. Não li mais nada daqui pra frente!

Gosto muito do que você esqueve.Sou fã de carteirinha dos suas histórias e de todo texto que você possa produzir! Não li mais nada. Pretendo ler , mas ainda não consigo. Me desculpe!

Já me refiz do luto, ja entrei em uma rotina, ainda  não retornei aos estudos porque fiz uma ultima cirurga a pouco. Graças a Deus está tudo bem agora!!!

É uma pena q só por comentários possamos nos comunicar. Sinceramente ,não gosto! Porque também prefiro não me expor! 

Minhas lembranças à Samira, tenho muiito carinho por ela e adoro o jeito dela! 

Estou orando por sua mamma! Que os médicos do mundo espiritual que me curaram possam curá-la também!!!

Um grande e apertado abraço!!!

Cris.

 


Resposta do autor:

Olá querida!

Espero que você se recupere plenamente logo! Não porque estou de olho na leitora mas porque desejo isso de verdade!

Também desejo que não precise operar, nunca mais! Que seu corpo tenha expurgado tudo que dele deveria ser drenado. E que você retome seus estudos e trabalhos no Centro!

Feliz que esteja curada!!! E agradeço por pedir por maama. Ela precisa muito!

Grande abraço e beijo carinhoso! Fique com Deus, sempre!

Sol

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Cristina
Cristina

Em: 14/01/2023

Olá Sol!

Espereo que esteja bem!

Vim aqui para lhe dizer que estou orando por sua mamma e torcendo por melhoras!

Já tem algusn dias que quero lhe deixar esta mensagem mas acabo me envolvendo com outras coisas.

Só quero que saiba que ela esta nos meus pensamentos; e quando estou nos trabalhos, mentalizo ela. 

Apezar de não saber muito sobre ela, tento mentalizar como posso!

Um bom 2023 para todos vcs!!

Um grande abraco e que Jesus te ampare e te ilumine!!!!

Cris.

 

 


Resposta do autor:

Cristina!!!!!!!!!!!!!!!

Meu Deus, menina! Você não sabe como Samira e eu andávamos querendo saber de você! Ela chegou a acreditar que você estava zangada conosco!

Como você está? Espero que esteja refeita, que tenha vivido seu luto, se encontre com o coração fortalecido e com a saúde firme. Espero também que tenha voltado a estudar e esteja envolvida em atividades que te façam bem, inclusive no Centro Espírita.

Agradeço que esteja mentalizado o bem para mamma. Ela está mesmo precisando. Muito obrigada!!!

Desejo igualmente um 2023 maravilhoso!!!

Volte mais! Não peço por uma vontade interesseira de colecionar comentários mas porque hoje esse é meu único canal de comunicação enquanto Solitudine. Por mil e um motivos não estou querendo (e nem dando conta) de criar outro. Sinto falta de saber de você e sentir suas percepções sobre os contos. Acho que você meio que deixou a leitura de A Autora. Estou escrevendo Tempus Agendi e quando acabar creio que ficarei um bom tempo sem voltar.

Beijos,

Sol

 

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Alexape
Alexape

Em: 17/12/2022

Fui lendo e trabalhando ao ponto de nem pegar você aqui ao vivo! 

Podia dizer muita coisa mas os aplausos são todos pra Vera!! Onde tem uma caipira dessas disponível autora? Tô querendo uma!


Resposta do autor:

Esse saiu repetido.

Beijinho repetido.

Sol

Responder

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Alexape
Alexape

Em: 17/12/2022

Fui lendo e trabalhando ao ponto de nem pegar você aqui ao vivo! 

Podia dizer muita coisa mas os aplausos são todos pra Vera!! Onde tem uma caipira dessas disponível autora? Tô querendo uma!


Resposta do autor:

Olá querida, tudo bem?

Ao vivo? Nem tão ao vivo assim...

Vera fez muito bonito neste episódio!

Ah, eu não sei onde tem. Você vai ter que procurar. rs

Beijos,

Sol

Responder

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Seyyed
Seyyed

Em: 17/10/2022

Só um PS Frog e Ales hein? Duas taradas  hahahahaha 


Resposta do autor:

Taradérrimas!! kkkk

Responder

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Seyyed
Seyyed

Em: 17/10/2022

Cararra Vera mandou muito bem! SHOW SHOW SHOW!! Bigail com a tia foi bonito de ver também! E a Paty hein? Chupa essa manga loura! Hehe Tô comendo com farinha hahahahaha 


Resposta do autor:

Fico feliz com sua usual empolgação! É de lisonjear qualquer autora (com ou sem nome louco! rs).

Continue se alimentando! rs

Responder

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sonhadora
sonhadora

Em: 15/04/2022

Oiê!!!

Sabia que podia confiar na sua escrita!!! Quanta emoção por parte das nossas personagens!!

Ah Latifah, quero mais de ti!

Beijos de luz!!!


Resposta do autor:

Querida!

Claro que pode confiar! Mas ainda não acabou e tem muita coisa pela frente. Isso inclui Latifah.

Beijos!!!!

Sol

PS: Continue presente pois isso está sendo um presente.

Responder

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Zaha
Zaha

Em: 07/03/2022

Boa tarde, minha amiga Solvisky!

Finalmente vimos Vera com muita atitude, decidida e se encheu de coragem e foi até Latifah, falou umas boas verdades, mas foi muito forte pra uma menina que vive num mundo onde nao aprendeu a enfrentar as dificuldades da vida. O que se faz quando nao se pode enfrentar a verdade, principalmente se sentimos culpa, raiva e tudo? Culpamos o de fora que é mais fácil e essa foi Vera, sem falar q sim podia ser uma golpista, mas n tira o fato da mae ser gay e sua reacao. Realmente deve pensar sobre seus valores, quem é mais importante e focar nas suas dores, sem fingir e  fugir. Ela ve o mundo de forma mt superflua. Se preocupou mais como era o lugar do que tirar a mae...desde qndo a mae de Suy tem mais poder? Q ela arrume uma porra de advogado pq sendo casado, só o pai tem poder pra tirar e se ele n aceitar. N é fácil sair de um hospital psiquiatrico, te internam junto e essa é capaz de tudo.

Foi ótimo que Latifah vai refletir, mas sobre Vera...ela é igual a família, que só pensa no marerial...vamosw ver!

Pati está complicada, vai receber um susto. Ser crítica literária n é fácil, qualquer deslice, de " ela é maravilhosa" ela tá sendo escrota...é certo que as escritoras tem vida própria, mas ela n falou de quem presta como pessoa e sim a escrita...a outra com papinho espiritual, mas estava fazendo o contrário. Porém, uma verdade...bem eu aí ela nomeou...

Sobre Abigail, ela é uma boa pessoa, alienada em algumas coisas. O querer ser famosa faz ela desviar do caminho, mas é mt responsável, a vida ensinou ela tomar as coisas de forma diferente e tomou mt bem o que a tia disse. Ela pode ir em paz qndo for o momento. Veremos aonde vai investir a grana. Com o hotel em quebra, n é novidade...e ela tem boas ideias, agora vai renovar e quem vai ficar famoso é o hotel! 

Suy me parte o coracao, mt dor, ficar dopada todo o tempo, mas tirou forcas pra Vera a encontrar...Karen fez o q pode.Mas pode facilitar mais. Quero saber mt como Samir vai reagir agora. Saber a razao Latifah, se for inteligente n dirá...mas n sabemos o q fará a avó. Agora meio perdida pra observar o q virá..esse capítulo deixou um suspense...

Vamos fazer uma passeata em frente ao Hospital?? Chama o povo.

Latifah, cadë seus seguidores, vai aproveitar pra falar sobre o que passa n só c sua mae, mas c as pessoas homo? Ou como tratam as pessoas q padecem enfermedades mentais? Q deveriam fechar esses lugares pq n ajuda, sao deshumanos, piora e depois c tanto remédio é ireverssível, destrói a porra dos neurönios. Pq tem gente q trabalha nesses lugares? Mts fazem bem,cuidam,mas aceitar os tratamentos é outra coisa...

Vai chegar um dia que fecharam todos, restruturaram, terao atitividades e tratamentos q realmente beneficiosos e humanos. Pq existe, é só q sao poucos. De qq forma n deixar socializar c o mundo afora, piora, devem ser aberto,centros de dia pra quem pode voltar pra casa e os q estao abandonados, ter lugares pra dormir, mas tb deixarem sair. Os que podem ser prigosos pra si e pra outro pq estao mais perdidos, se pdoe fazer de mt formas pra socializar.  Somo seres sociais e devemos inventir em como resocializar as pessoas que podem tr mais independencia e dar recursos, trabalho e viver. E para c essa merda de cura pra homossexual, vai curar vcs que tao doentes de carater e senso...

Me retei!!!!!!

Se acabou!!!!!

Beijos super, mega,hiper caipiresco!! 


Resposta do autor:

Boa tarde, Lailérrima Dourante!

Vera se encheu de coragem e está encarando tudo por amor. Ela falou com Latifah da forma que podia e a jovem reagiu na base da negação e responsabilização do outro, como você bem percebeu. Zorayde é o elemento forte nesta história. Samir é muito inseguro e foi engabelado pelo prosado do médico. 

Entendo sua paixão ao abordar esse assunto. Eu sinto igual e tenho grande oposição a lugares como tais clínicas. Sou forte opositora a tratamentos corretivos de sexualidade, sejam eles quais forem. 

Sim, ficou um mistério e vejamos no que vai dar.

Patrícia incomodou as autoras não só pelo que você falou (que é verdade) mas porque ela também levou a coisa para o lado pessoal. A despeito das loucuras da Gail, ela pegou birra com a autora e começou a detonar a Frog por razões pessoais também. Foi o que assustou as autoras. Mas, veja, Amaralina, aquela do papo espiritual, fez nada, viu? rs

Abigail é uma pessoa ótima mesmo, apenas um pouco iludida. Vamos ver o que se dará com ela e a tia em Natal. 

Beijos,

Vou te irradiar daqui a 2 horas.

Sol

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Samirao
Samirao

Em: 06/03/2022

Esqueci de comentar sobre o get-together das dez mais. Que que foi aquilo? Huahuahua Ales querendo estrelinha pra performance da Paty foi foda! Huahuahua depois dessa, quero ver como a moçoila vai se sair huahuahua bjuss quero mais!!! E Say sai! Huahuahua 


Resposta do autor:

Gostou? kkkk

Tem gente que tem essa coisa de pedir nota para desempenho alheio. rs

Sim, vamos ver a Paty como ficará.

E creia: Say, sai! rs

Beijos

Sol

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Samirao
Samirao

Em: 06/03/2022

Amoreeee! Tá ficando cada vez melhor isso aqui mas eu quero Say fora da clinica!!!! Amei a atitude da Vera vc sabe que eu fico louca quando essas caipiras chegam assim super pra botar pra fu*@!!! Huahuahua fiquei até arrepiada mas deu peninha dela tb das duas. Latifah tomou a verdade na cara goela abaixo vai ter engolir e depois faz o que?  Gostei do que Bigs falou pra tia é por aí mesmo. Agora a veínha volta pra Natal e quero ver o vai rolar com Bigs ricona! Huahuahua 

E é por essas e outras que eu não tô me conformando em ver a minha única mamys internada naquele lugarzinho down! – reclamou – Decoração cafona! – revirou os olhos – Como é que alguém pode melhorar naquele ambiente que não é retrô, vintage, clean, cool, nem nada? – gesticulava – Até a cor das paredes! Amarelo peido, um horror!  AMEI!! SAMIROU GERAL huahuahua   bjusss


Resposta do autor:

Boa noite, querida!

Acho que as únicas pessoas que querem Sayruci fora da clínica com mais força que você é a própria, além de Vera. rs Claro que eu também quero. Tenha calma e confia na caipira.

Sim, eu sei que você adora essa tal "atitude"! kkk

O que vai rolar com Abigail ricona? Aguarde!

Sim, quase 100% Samira. Só não o foi na totalidade porque quando Samir aceitou o proseado do médico, Latifah engoliu o sapo. rs

Beijos,

Sol

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mtereza
mtereza

Em: 06/03/2022

Eita gostei dessa ideia da Abgail comprar o hotel já estou vendo Rita e Joelson como gerente e sub gerente e o Duarte de faz tudo rsrsr.

Toda percepção social que a Abgail tem dos fatores que fizeram ela e as outras mulheres da família terem essa vida tão sofrida realmente não combinam com essas loucuras que ela faz para ser uma autora de sucesso no mundo lésbico destoa totalmente kkk.

Sabia que a Caipira danada iria atrás do seu amor e apesar de tudo ela vai conseguir salvar a sua amada mesmo se não contar com a ajuda da Latifah a rede de pessoas ajudadas por Sayruci poderá ajuda ela nisso. Mais acho que a Latifah após o choque vai sim ajudar a mãe.

E as dez mais preparando uma surpresa para Pat vamos ver como ela vai reagir rsrsr.

Beijos Sol bom descanso no restinho de final de semana.


Resposta do autor:

Boa noite, querida, tudo bem?

Eita, que você está cheia de planos! rs Vamos ver quais serão os planos da nossa Abigail depois que se descobrir em outro patamar financeiro. rs

Você tocou em um ponto muito importante em relação a ela. Abigail percebe a questão da prostituição com muita clareza. Foi a realidade nua e crua que ela vivenciou por muitos anos. Mas a coisa de ser uma autora de sucesso, dentro do conceito dela de sucesso, entra no mundo da fantasia e nessa hora ela perde totalmente a noção. Por isso destoa tanto. Gostei que tenha observado isso.

Com certeza Vera não vai sossegar enquanto não tirar Sayruci da clínica, mas o que Latifah irá fazer agora que conheceu a verdade? Aguarde! rs

Certamente Paty não estava esperando por essa. Vamos ver como ela vai receber a crítica, ainda que velada.

Beijos e tudo de bom!

Sol

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Mille
Mille

Em: 05/03/2022

Oi Sol

E num é que Vera mim fez chorar.

Só espero que depois dessa verdade na cara dura da Latifah ela ajude a livrar a mãe. 

Say fez muitas coisas boas e mesmo num lugar dopada encontrou alguém para ajudar. 

Olha acho que Abigail vai comprar o hotel e fazer dele o melhor de Natal. 

Bjus e até o próximo capítulo 


Resposta do autor:

Olá querida!

Tudo bem?

A caipira te emocionou?

E agora? Como será que Latifah irá se comportar, uma vez que conheceu a verdade? Abigail também conheceu a verdade. Como será que vai agir daqui para frente?

Será que ela compra o hotel? Vamos ver...

Beijos,

Sol

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