CAP. 13 – Na piscina
Fomos almoçar no restaurante da Willie, onde ela já recepcionou Sam como se fosse de casa. Adorava meus amigos por eles terem essa predisposição de receber muito bem as pessoas. Seguimos para uma área reservada e fizemos nossos pedidos, sentada ao lado dela sorri segurando sua mão dizendo:
– Fui no Congresso na semana passada, achei que fosse encontrar você por lá?
– Você foi? Porque não me avisou?
– Queria fazer uma surpresa, – sorri olhando para nossas mãos juntas – mas não deu muito certo.
– Oh! Bia, deveria ter me dito – olhei para ela que sorriu continuando – estava sem motivação para viajar, além disso, comecei a treinar o pessoal que irá me substituir na empresa onde trabalho.
– Tudo bem cariño, a espera valeu a pena – sorri beijando seu rosto, perguntando – o que tem feito em Guarulhos, falou com o pessoal sobre nossa aliança?
Sorriu apertando minha mão dizendo:
– Todos ficaram empolgados, esse final de semana irei me encontrar com alguns amigos que moram aqui.
– Que bacana, se quiser podemos fazer um tour pelo prédio e mostrar a eles. Claro, se eu puder ir junto.
– Você ainda pergunta? – Sorriu apertando minha mão, dizendo: – Você é nosso anjo da guarda.
– Acredite, tenho interesses pessoais nessa nossa aliança. – Sussurrei beijando sua mão, ela arqueou a sobrancelha e me aproximei tocando nossos lábios dizendo sorrindo: –Relaxa, eu não mordo!
Jogou a cabeça para trás gargalhando no momento em que nosso almoço chegou. Ficamos conversando descontraidamente, Willie veio até nossa mesa novamente e a saudamos pelo excelente almoço, conversamos um pouco e voltamos para a P&H Coffee. Aquela tarde Sam iria se reunir com Fernanda, e eu precisava correr com algumas documentações.
Quando chegamos, Nanda já estava a espera dela, dei um beijo em seu rosto e segui para minha sala, onde passei a tarde toda quase ao telefone e enviando e-mails, quando dei uma pausa, peguei o interfone dizendo assim que Ângela atendeu:
– Cariño, poderia me trazer um café, por favor?
– Já estou providenciando, quer alguma coisa pra comer?
– Não obrigada, só um café forte mesmo.
– Tudo bem.
– Obrigada.
Estava na janela em uma ligação com o Administrativo de Recife, conversando com Daniele, uma amiga de longa data. É uma história engraçada na verdade, há sete anos meu avô me levou para fazer um tour pelas filiais no país, dentre elas as maiores que ficavam em Guarulhos, Curitiba, Belo Horizonte, Pernambuco e na época a filial que estava sendo montada em Recife.
Nessa última, conheci a Dani, de todos que me recepcionaram, ela foi a única que não me olhou como uma “guria despreparada” filhinha de papai como há muito tempo ouvi. Fiz questão de calar a boca de muitos com a minha seriedade e comprometimento com o trabalho, sem falsas modéstias. Queria mostrar a eles que eu era capaz e assim o fiz.
Nesse intervalo de tempo, fortaleci minha amizade com Dani que trabalha há muitos anos no Administrativo da P&H Coffee, ela me ajudou muito no decorrer de quase três anos, e com isso nos tornamos muito amigas. Na época eu estava um tanto carente e acabei confundindo a nossa amizade, e ela tinha acabado de se casar. Com jeito me colocou no lugar, mas nunca escondi que gostava dela, em diversas vezes afirmei que ela iria se render ao meu charme.
E com toda essa sinceridade nos tornamos muito próximas, e hoje nos falávamos sempre. Estava feliz por ela, casada com um bobão que beijava o chão que a mulher passava, claro que ela merecia.
Conheci o Junior algum tempo depois em uma confraternização na empresa, a princípio ele ficou enciumado, mas depois nos tornamos amigos também. Eles mereciam e merecem toda a felicidade do mundo.
Estava ali divagando quando ela sorriu do outro lado dizendo que eu tinha saído de órbita novamente, pedi desculpa dizendo que tinha voltado no passado, sorriu relembrando algumas situações e finalizamos a nossa conversa. Estava olhando pela janela do meu escritório, ouvi a batida na porta autorizando a entrada, não olhei para trás, ouvi a bandeja sendo colocada na mesinha de centro e de repente mãos invadindo a minha cintura, sorri fechando os olhos me deliciando com aquele toque, virei para ela dizendo:
– Que surpresa maravilhosa, senhorita Chermont! – Dei um beijo em seu rosto perguntando: – Como foi a sua reunião?
– Excelente, combinamos de a cada quinze dias vir fazer as palestras, depois iremos escolher os tópicos e intercalar semanalmente.
– Quer dizer que a verei somente a cada quinze dias? Isso é um absurdo – sorri trazendo-a para meus braços dizendo – falarei com a Nanda, e faremos três palestras por semana.
– Não pode fazer isso, seria abuso de poder – me olhou desconfiada e sorri dizendo:
– Mesmo assim, eu sou a chefe.
– Isso é subordinação sabe disso, não é?
– Sei sim, estou brincando com você – sentamos no sofá apreciando o café que agradeci assim que o peguei, concluindo – eu não mando em nada aqui.
Ela sorriu gostoso e ficamos conversando sobre a empresa, a conversa fluía e quando dei por mim, Ângela me avisando que passava das sete da noite e que meu avô estava a nossa espera para irmos embora juntos. Peguei minha bolsa e saímos com ele e Ângela para a sua casa, onde havia mandado preparar uma deliciosa refeição e claro, onde eu ficaria até a partida de Sam.
Chegamos, sim porque fui com eles, não perderia essa oportunidade. Fomos para nossos respectivos quartos nos arrumarmos. Optei por uma bermuda e regata branca, chinelo de dedo e estava até pensando seriamente em cair na piscina depois do jantar. A noite estava agradável para isso. Além do mais, parte da piscina era aquecida, então sugestão acatada por Sam depois que a convidei. Jantamos naquele clima de família descontraída.
SamComo sempre a Bia me surpreendia pela delicadeza como me tratava, sempre muito simpática e cuidadosa. Difícil não me derramar de amores por ela. Voltamos para a empresa e nos separamos. Fui em direção a sala da Fernanda onde conversamos muito a respeito das palestras e direcionamento de horários e divisões. Nos demos muito bem, principalmente depois que ela disse que a namorada trabalhava no marketing da empresa. Fiquei aliviada, claro.
Quando saí da reunião com ela, Eliza me ligou para falar de Diana, entrei em uma sala e fiquei conversando com a minha filhota até ela se cansar, o que não durou nem vinte minutos. Depois fiquei rindo com Eliza até perguntar sobre Rebeca:
– Ela não dormiu em casa desde ontem dona Samantha, e ainda saiu dizendo não ter data para retorno.
– Essa mulher está brincando comigo – Liza ficou em silêncio por um instante e depois desabafou:
– Dona Samantha, porque não pede a separação. Vocês não são felizes, a senhora não é feliz – fechei os olhos inspirando aquelas palavras e confessei:
– Eu pedi Liza, mas ela me ameaçou tirar a Di. Fiquei com medo, minha filha é meu único tesouro nessa vida.
– Eu entendo, e compreendo o que a senhora quer dizer, mas tudo dará certo, tenha fé!
– Eu tenho Liza, obrigada por ser esse anjo na nossa vida.
Limpei uma lágrima que corria pelo meu rosto e finalizamos a ligação, fiquei ali por algum tempo ainda pensando na minha filha, depois segui para a sala da Bia, Ângela disse que ela havia pedido o café e me ofereci para levar, não me anunciou, achei estranho mais gostei.
Bati na porta, e ouvi a autorização dela, quando entrei na sala, a vi olhando distraidamente pela janela, fiquei observando-a alguns segundos e depois não resistindo a abracei ganhando um sorriso lindo, conversamos um pouco e depois fomos para a mansão do Dr. Paulo com ele e Ângela. Seguimos para nossos quartos e logo nos encontramos na sala de espera onde ela tomava uma taça de vinho, me oferecendo uma que aceitei sorrindo.
Estava ficando mal acostumada com aquele mimo todo. Jantamos naquele clima agradável, contei sobre Diana depois que a Bia a mencionou e todos ficaram curiosos para conhecê-la, fiquei emocionada mais uma vez pela recepção tão agradável da Família Olivier.
Depois do jantar, ela me convidou para a piscina, a noite estava agradável e como a luz que refletia na água era apenas a da lua, dava aquele ar romântico, não tive como negar um pedido tão fofo vindo dela. Lá ficamos por alguns minutos e logo ela arrancou a regata e pulou na água de shorts. Uma criança, sorri caminhando para a borda da piscina onde me sentei esperando ela emergir do mergulho, se posicionou entre minhas pernas sacudindo os cabelos dizendo:
– Entra comigo?
– Não sei se é uma boa ideia Bia, não quero abusar da boa vontade de seu avô!
Ela mergulhou novamente e quando voltou me pegou pela cintura me levando junto com ela para a água. Quando voltamos, me prensou contra a parede da piscina beijando meus lábios sensualizando seu corpo ao meu. Não resisti por muito tempo claro, e como ela estava me provocando direto a virei contra a parede assumindo o controle, arrancando um gemido delicioso quando a beijei.
Fomos seguindo pela lateral da piscina até as escadas onde ela se sentou me levando para o seu colo. Que se exploda o meu medo e minha vida em SP, queria estar aqui e agora com ela. Nosso beijo foi se intensificando e nos entregamos. Desci meus lábios para seu pescoço, dando leves beijos enquanto ela explorava minhas costas deslizando os dedos, gentis e firmes ao mesmo tempo. Me afastei quase sem ar, vi que sorria com os olhos fechados, mordisquei seus lábios perguntando:
– Porque o sorriso?
– Estava lembrando da primeira vez que me beijou!
– Hum! Não sei o que me deu naquele dia, agi por instinto.
– Sério?
Me puxou para junto dela, senti o calor de sua pele com meus lábios.
– Sim, você estava tão indefesa e cheia de charme... Deliciosa.
– Entendi, aí você viu uma presa indefesa e atacou... caçadora – sorri.
– Não foi assim também, de indefesa você não tinha nada naquele momento, talvez estivesse um pouco inocente!
– Então você acertou, sou muito inocente! – Deslizou os dedos pelo meu braço me fazendo arrepiar, perguntando com a voz sensualmente rouca: – Quer me atacar novamente?
– Quero... Muito... Preciso na verdade... – me olhou e novamente aquela seriedade em seus olhos, me puxou ainda mais para seus braços sussurrando em meu ouvido:
– Sou toda sua... Faça o que quiser comigo...
Nem hesitei, porque se eu pensasse na possibilidade, certamente desistiria, deixei meu coração falar por mim. Tirei a camiseta deixando meu corpo a mostra e ela me olhou como nunca fui olhada antes, com admiração e respeito. Era doce e viciante, tomei seus lábios com os meus e ela me levou para o degrau de cima onde se deitou e me coloquei por cima me deliciando nela.
Seria perigoso tomá-la ali na piscina? Acham que pensei nessa possibilidade naquele momento? Não, claro que não, e meu instinto novamente falou por mim, me guiando, desci pelo seu pescoço sentindo o sabor de sua pele até chegar em seu top, o qual passei a mão por trás das suas costas, abrindo-o em segundos desnudando-a para mim. Sorria lindamente me tirando o juízo, como pode ser tão deliciosa assim?
Seios pequenos, deslizei meus dedos por eles sentindo seu corpo arrepiar. Desci e meus lábios os tomaram com desejo me deliciando com seus gemidos roucos, meu prazer era saber que estava doando prazer a ela. Aquele desejo estava adormecido dentro de mim, em momento algum depois de Rebeca me senti atraída por outra mulher, a Bia foi uma surpresa deliciosa em uma fase difícil da minha vida. Ela estava me trazendo de volta... Me fazendo sentir o que há muito não sentia... Amor... Desejo... Tesão.
O gosto de sua pele era divino, e seu carinho em meus cabelos me mostrando que estava segura em seus braços. Seus gemidos de entrega, sua respiração oscilante demonstrando a entrega de seu corpo, era extasiante. Subi até seus lábios, antes de sentir o gosto de seu sex*, queria fazê-la goz*r olhando em meus olhos. E assim o fiz, quando tomei seus lábios com os meus, meus dedos percorreram sua pele até o centro de sua feminilidade, ela fechou os olhos, sussurrei:
– Olha para mim!
A intensidade do olhar dela quando entrou nos meus, quase fez meu coração parar... Seria possível amar tanto alguém sem nunca tê-la tocado antes? Ou seria a minha carência me enganando?
Não importa, quando a toquei intimamente, mordeu os lábios gem*ndo de prazer olhando em meus olhos. Intensifiquei meu toque com mais calma agora porque não queria perder nada dela. E quando seu orgasmo começou a chegar eu percebi em seus olhos, arqueou o corpo com dificuldade por estar com metade do meu sobre ela. Mas, permaneceu com os olhos dentro dos meus e me entregou seu gozo.
Meu corpo reagiu de uma forma inesperada diante de tanta entrega, ela era uma loucura, estava viciada. Mordisquei seu lábio, ainda me olhava com o misto de prazer vivo em seus olhos. Agora sim eu podia sentir o gosto dela. A beijei de leve, me olhou curiosa quando desci beijando sua pele passando minha língua de leve em cada pedacinho de seu corpo, desci seu short tomando seu sex* com minha boca, ela gem*u se entregando novamente, tomei todo o gozo que ela derramou para mim.
Subi para tomar seus lábios e quando nos separamos, olhou em meus olhos acariciando meu rosto e cabelos, perguntei curiosa:
– Porque tanta seriedade?
– É que estou tentando eternizar esse momento, porque se eu estiver sonhando não quero acordar nunca.
– Não está sonhando, isso eu garanto para você – mordisquei de leve seus lábios e sorriu dizendo:
– Só tem uma forma de saber se estou sonhando ou não.
– Qual?
Sorriu misteriosa, me puxando para ela. Senti sua língua invadir minha boca, meu corpo desejava o que estava por vir, e ela não demorou a saciá-lo. Tomou meu corpo com urgência, não foi tão paciente como eu. Mas foi gentil em cada toque, era como se me conhecesse por inteira. Meus desejos e pensamentos ela ia realizando... sua língua... dedos... em sintonia, cada toque e beijo me levaram a um delicioso orgasmo. Mordeu os lábios quando me viu arquear o corpo de prazer.
Senti sua boca me possuir... ela me sugou... lambendo todo o meu gozo me levando a loucura novamente com os movimentos de seus dedos em sincronia com seus lábios... língua. Não contente me fez goz*r uma segunda... terceira vez antes de irmos para o seu quarto onde nos amamos sob a água do chuveiro... meu corpo decorando cada toque que se tornava inesquecível.
Quando voltamos para o quarto, a joguei na cama, sentia uma necessidade que nunca pensei que existisse em mim. Seu sorriso provocante... sua respiração abaixo de mim... seu corpo quente sucumbindo ao desejo. Posso dizer que ela foi minha de todas as formas que eu pudesse imaginar, além de ter se mostrado alguém insaciável, não cansava nunca e eu a seguia, iria para onde ela me levasse.
Passamos a noite nos amando. Adormecemos exaustas, era quase quatro horas da madrugada, me deu um beijo e me abraçou forte... segura em seus braços eu dormi.
Fim do capítulo
Hei, meninas! Boa tarde!!
Estava passando por aqui, resolvi deixar um presente... Dizem que a primeira vez é inesquecível, será que esse caps define isso?
Espero que tenham curtido... Volto em breve!
Bjs, se cuidem!
Bia
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Lea
Em: 23/04/2022
Agora não tem mais volta. E que primeira vez foi essa delas,na piscina,amei!
Tudo muito lindo e maravilhoso,mas quando a Samantha vai falar a vc para a Bia?
A cobra da esposa,quase ex, não irá se mudar com.a Samantha??
As coisas vão ficar bem enroladas!
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HelOliveira
Em: 04/03/2022
Capítulo perfeito, fiquei mais apaixonada ainda...
Parabéns bjos
Resposta do autor:
Oiie...
Bem amorzinho, né?
Obrigada *-*
bjs, se cuida
Bia
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