A AUTORA por Solitudine
SURPRESAS
--Mas mulher, me conta tudo, afinal de contas o que ela te falou? – Rita perguntava interessada – Tava contando os minutos pra hora do almoço chegar e nós poder conversar! – mordeu um pedaço da coxinha de galinha
--Falou muito não. – bebeu um gole de refrigerante – Só disse que aquele hóspede chorão ficou insistindo até ela aceitar falar com ele e quando finalmente ela aceitou, ficou sabendo de meu recado. – mordeu um pedaço do brioche – Aí prometeu que vem pra Natal modos de conversar comigo em agosto. – falava de boca meio cheia
--Oxe! E só em agosto? – estranhou – Mas também, o cabra saiu daqui em março e a véia só te liga em maio. Não é de se estranhar que leve mais uns meses pra vir te ver. – mordeu o salgado novamente
--E viajar de avião é caro, mulher! Na certa tem que juntar dinheiro, não sabe? – bebeu mais um gole – Eu vou receber ela lá em casa e vou aproveitar pra pedir um pouso em São Paulo em novembro. – comentou antes de morder o brioche
--E o que tu quer ver em São Paulo em novembro? – não entendeu – Nem vai tá de férias, vai fazer como? – bebeu refrigerante
--Duarte me deve. Não consegui fazer aquelas duas mulher rica ficar hospedada aqui por um tanto? – considerou – Vou pedir pra postergar minhas férias. Se é de tirar em agosto, fica em novembro. – comeu o último pedaço do salgado
--Mas por que novembro? – insistiu ao acabar com o refrigerante
--Negócios, amiga... – pensava no Congresso – Negócios...
***
Patrícia fazia uma entrevista remota com duas grandes autoras do mundo lésbico.
--E pra deixar o gostinho do nosso Congresso na boca de vocês, vamos começar uma série de bate papos com as Dez Mais! – anunciava – Sim, as dez maiores divas do nosso lesboverso! – sorria – Lesboverso, gente, inventei agora, vai bombar! – brincou – Mas sem delongas, trago duas presenças confirmadíssimas pra novembro: Black Velveteen e LesGeek! – apresentou
--Boa noite, meus amores! – Black soprou um beijo e fez coração com as mãos – Prazer estar aqui!
--Boa noite, pessoal! – Les sorria cumprimentando – Prazer também!
--Vamos começar mostrando a ficha dessas duas feras. – Patrícia falou antes de uma animação apresentar as imagens
CODINOME : BLACK VELVETEEN
NOME: MARTA VASCONCELLOS
IDADE: 49 ANOS
ESTADO CIVIL: CASADA COM ANA PAULA LEAL
CIDADE: SALVADOR
PROFISSÃO: HISTORIADORA ESPECIALISTA EM ÁFRICA
CLÁSSICOS DO MUNDO LÉSBICO:
1 - PRETA, A COR MAIS QUENTE
2 – PRETUME DE MULHER
3 – PRETA É A POR-TÁ
--Ave Maria, que esses conto são bom demais! – Abigail assistia entretida – E que mulher sempre linda, pia só! – reparava na apresentação – Parece até uma dama chique das Angola! – analisava – Ela faz um tipo de África negra em tudo! – espremeu os olhinhos pensativa – É uma tendência forte pra eu trabalhar... essa coisa de viver montada, não sabe?
CODINOME : LESGEEK
NOME: REHA LUCIA DUARTE
IDADE: 33 ANOS
ESTADO CIVIL: ENROLADA
CIDADE: BRASÍLIA
PROFISSÃO: MÉDICA PSIQUIATRA
CLÁSSICOS DO MUNDO LÉSBICO:
1 – SAPATADA NAS ESTRELAS
2 – ARQUIVO L
3 – MÃETRIX
--Olha as moda dela. – Abigail reparava na espécie de manto que a outra vestia – Ela tá fazendo é um cosplay da princesa Aleppo do conto Sapatada nas Estrelas! – reconheceu – Gostei dessa ideia! Tem presença!
--Agora conta pra gente, como é essa coisa de criar, porque vocês escrevem e como conseguem escrever tão bem? – Patricia perguntou animada – Afinal de contas as divas número 1 e 2 no ranking das mais lidas têm que ter segredos a revelar, né? – brincou
--Ah, se têm! – Abigail concordou
--Você primeiro, zero um! – LesGeek brincou
--Solta o vídeo, Paty. – Black pediu sorridente
Por que eu escrevo? Acho que depois de ser uma mulher negra no Brasil e de experimentar a negação do meu espaço, da minha identidade ao longo da vida, senti como se faltasse mais um grito de alforria!
Imagens apresentavam a autora caminhando pelo Pelourinho.
Depois de tanto estudar e me especializar em África, percebendo tudo que foi e é imposto àquele continente, senti como se faltasse alguém que viesse pra desmanchar aquela visão de lugar exótico, diferente do resto do mundo, como se fosse habitado por não-pessoas!
A autora confraternizava com pessoas em um centro de Candomblé.
E sendo lésbica, soma-se toda opressão que nós sentimos contra nossa liberdade de ser. Então eu quis usar de uma forma lúdica e até um pouco bem humorada pra tocar em assuntos sérios, dolorosos, sem fazer as leitoras consumirem uma caixa de lenços.
Black participava de ações comunitárias em Ilha de Maré, bairro pobre de sua cidade.
E tudo isso me dá um grande prazer!
O vídeo se encerrava com a autora brincando com algumas crianças em uma roda de capoeira.
--Amei! – Patrícia apareceu na tela – Agora vamos a você Les! – soltou o vídeo da outra
Eu sempre fui fã de ficção científica. E na minha profissão a gente vê cada coisa que parece saída dos melhores clássicos do gênero!
Imagens da autora caminhando pelos corredores do hospital no qual trabalha.
Junta tudo isso com o fato de ser lésbica e minha história de vida, na qual tive que passar por situações surreais até me assumir e encarar a pedreira de sair da linha reta da heteronormatividade.
A mulher contemplava a paisagem do alto da Torre de TV da cidade.
Escrever acabou sendo um jeito de dizer pro mundo quem eu sou, ao mesmo tempo questionando o que é normal, o que é real, quem sabe onde começa e termina esse universo preto no branco que a gente acha que existe?
Trechos de cenas de filmes de ficção científica apareciam misturadas.
Sem mais, bora viajar juntas nessa realidade sem limites?
--Que a força esteja na pepeca de vocês! – a autora saudava vestindo-se como sua personagem mais famosa
--Demais, né gente? – Patrícia batia palmas – Fica aí o gostinho e quem quiser saber mais sobre essas duas feras, pinta lá em Sampa, novembro, no Congresso que vai abalar esse país! – fazia a propaganda – Beijos!
As autoras se despediam. – Beijos!!
--Ah, mas que fuleiragem da porr*! – Abigail reclamou – As mulher falaram nada! Se era pra ser assim, bastava o vídeo de cada uma, não precisava as duas aparecer na entrevista! E que entrevista? – estava chateada – Mas eu já entendi. Isso tudo é a aura de mistério... – espremeu os olhinhos – É nisso que eu tenho que investir, nesse mistério... – pensava alto
***
Sayruci e a filha tomavam café da manhã.
--Margô, vai lá no meu quarto e pega aquela bolsa Visor Lungo que tia Joumana me deu? – olhava para a governanta – Essa bolsa aqui não vai pegar bem no desfile, agora que me toquei. – olhou rapidamente para a bolsa que havia escolhido antes
--Sim senhora. – concordou e foi para o quarto da jovem
--Tem desfile hoje? Onde? – não sabia – “Eu nunca sei dessas coisas.” -- pensou
--À tardinha, mamys, lá em Curitiba. Desfile de moda outono inverno do Sebatié Lagrang. Ele me convidou pra abrilhantar. – respondeu bem humorada antes de olhar para o relógio rapidamente – Daqui a pouco vou pro aeroporto. – bebeu um gole de suco – Saio em meia horinha. – informou
--Ah! – surpreendeu-se – Você nunca me diz nada, Latifah! – reclamou – E volta quando?
--Depois de amanhã. Tenho umas coisinhas pra ver por lá. – pensava em um jovem no qual estava de olho
--Até quando vai viver desse jeito, filha? – perguntou com cuidado – Você não pensa em estudar, construir uma carreira e...
--Mamys, please! – pediu fazendo beicinho – Chega, tá? – deu uma garfada na omelete e gastou uns segundos mastigando -- Aliás... vamos aproveitar esses minutos de papo que nos restam pra falar de coisas realmente importantes. – limpou os lábios com o guardanapo – Essa história super heavy do papys te bater, hein? E você nunca me falou nada! – reclamou
--Vergonha. – bebeu um gole de suco – Comentei apenas com sua avó mas ela me ignorou. – deu uma garfada na salada de frutas
--Minhas vóvys têm o coração feito de aço. – deu mais uma garfada – Fico passada com essa terceira idade sem fofura!
“E você não sabe da missa a metade!” – concordou em pensamento – Seu pai saiu num silêncio hoje que nem ouvi. – comentou -- Mesmo estando no seu quarto daria para perceber o movimento, mas não ouvi nem um piozinho.
--Medo! – encerrou o café – E repito: se ele vier de graça lembra da minha ameaça! – recomendou ao usar o guardanapo novamente
--Ele morreu de medo de ficar exposto na internet! – comentou ainda orgulhosa da filha – Seria demais para a vaidade dele e a imagem de bom moço que gosta de construir! – deu uma garfada
--Vamos trabalhar com isso. – observou que a governanta descia as escadas com a bolsa na mão – Ele não precisa saber que foi um blefe.
Sayruci ficou decepcionada. – E foi? – quase se engasgou
--Lógico, mamys! – respondeu como quem diz o óbvio – E eu lá vou querer o nome da minha família envolvido num escândalo? No way! Uma coisa é na casa dos outros, outra coisa é aqui! – ajeitou-se na cadeira -- Comprei o barulho da Telminha porque os followeres me cobraram posição e aí não dava pra não ficar do lado dela. Defender aquele pitboy de playground é que não poderia ser!
“E eu acreditando que ela se importava...” – pensou com tristeza
--Seja esperta e saiba jogar! – levantou-se da mesa, pegou a bolsa e beijou a cabeça da mãe – Kisses! – olhou para a governanta – Vou passar minhas coisas pra essa bolsa aí com você. Deixa essa aqui no meu quarto.
--Sim senhora.
“Infelizmente acho que nunca poderei me abrir com ela...” – concluiu enquanto terminava seu café – “Latifah não suportaria saber que sua mãe é lésbica mesmo que atualmente pouse de defensora da causa LGBT nas redes sociais e no canal dela...” – suspirou decepcionada
Horas mais tarde, Sayruci decidiu consultar novamente o e-mail da autora para ver se havia alguma novidade. Vibrou ao perceber uma resposta de Vera.
--Hum! – sorriu para a tela do notebook – Vamos ler!
Oi minha autora misteriosa e favorita! Demorei a responder mas tem explicação. Primeiro foi que seu e-mail caiu na caixa de spam e eu só fui encontrar o danado ontem, acredita? Esperei chegar à noite depois de trabalhar, tomei banho e até passei perfume antes de ler! E fiquei feliz por demais da conta em ver que alguém como você perdeu tempo em dar resposta pra uma caipira brocoió feito eu!
Achou graça. – Passou até perfume, é, dona Caipira? – debruçou o queixo sobre uma das mãos e continuou lendo
Mas aí aconteceu que um vizinho idoso chegou aqui atrás de mim pra matar marimbondo no banheiro. Sabe como é, né? Idoso, eu síndica, ficava um trem sem base negar e deixar o pobre e a esposa sem poder usar o banheiro embora ele seja custoso e danado de reclamador. Só que eu fui e quando cheguei no banheiro dele vi que era um condomínio marimbondesco! Então peguei umas paramenta, tirei a casa dos bichos de lá e quando ia jogar o trem na caçamba de lixo lá embaixo, o saco furou e os danado saíram me ferroando toda no elevador!
--Coitada! – exclamou surpresa – Imagina isso, elevador de portas fechadas e ela sendo atacada por marimbondo! – preocupou-se
Fui parar no posto de saúde, me deram injeção de um trem pra não ter alergia as ferroada e mandaram passar gelo. Tomei um verdadeiro banho de gelo quando cheguei em casa!
Pior que um dos lugares que os bichos ferroram foi debaixo do meu beiço. Tô com uma beiçola de deixar Angelina Julie no chinelo!
Riu de novo. – Ela diz cada coisa! – sorria – Tadinha, toda machucada!
O bom dessa danação toda é que uns jovem habituados a me dar trabalho no condomínio se preparavam pra perturbar e os marimbondo pegaram eles também. Ficou de lição pra não vir perturbar o silêncio em hora imprópria.
Continuava achando graça. – Você é uma figurinha, dona Caipira! – conversava com o e-mail
Espero que essa minha rata de demorar a ver spam e me danar com marimbondo seja motivo suficiente pra você perdoar minha demora.
Respeito que você não queira se revelar. Deve ter motivo pra isso. Mas se um dia quiser conversar comigo, pode confiar que sei guardar segredo.
E tem também o tal Congresso de novembro aqui em São Paulo. Você bem que poderia vir...
--Vontade não falta, meu bem... – pensava em voz alta
No mais, continuo com as entregas dos chocolate pornô e agora complemento renda com o tal do Marida de Aluguel que prima Socorro inventou. Mulher que precisa de apoio com gente consertando os trem na casa dela e que tem medo de receber homem desconhecido, liga pra Socorro e ela me chama. Mesmo beiçuda já andei fazendo uns conserto. Acredita que teve uma idosa que achou sexy? Misericórdia!
Não deixava de achar graça. – Sinal de que você não é tão feia como diz... – considerou
Termino por aqui torcendo pra receber resposta sua.
E torcendo pra Zayah dar uma chance a Sulah. Ela errou mas foi por ter entendido tudo errado. O coração dela tem dona e isso ninguém muda!
Beijos,
Vera
--Ai, ai, dona Caipira... só você pra animar meu dia! – preparou-se para responder
***
--Prima, nossos negócios até que andam bem! – Socorro falava com animação – As encomendas de chocolate não param e o Marida de Aluguel também parece que veio pra ficar!
--Pois é, e eu que faço a pior parte sou a que menos recebe! – reclamou
As duas conversavam na casa de Vera.
--Não diz isso! – discordou – Não é você que faz os chocolates, divulga, recebe os pedidos, confere os pagamentos, atura reclamação de cliente...
--Mas sou eu que passo a vergonha de entregar os trem e aturo cada coisa que Deus me defenda! Dia desses quase levei uma sova de um careca que se sentiu traído porque já era minha terceira entrega pra mulher dele! – olhava para a outra com a cara feia – Nem nas vendas pro casal aqui do prédio minha comissão é boa! E fui eu que arrumei esses dois. – pausou brevemente – E eles compram que chega dói! – gesticulou – E eu trabalho que nem burro de carga no Marida e vocês ficam com a maior parte da bufunfa!
--Calma, querida, sem esses capitalismos entre nós. – desconversava – O importante é que sem renda você não ficou!
--Humpf! – fez um bico – E enquanto essa renda não melhora tem que aturar de ser síndica. Até beiçuda fiquei! – apontou para o lábio inferior
--É... essa parte de ser síndica é que complica... – pausou brevemente – Mas o que eu vim te dizer é o seguinte, prestenção. – sentou-se mais perto da outra – Paulinho comprou um Fiat de segunda mão e tá pensando em começar no Iuba.
--Que é isso? – nunca ouviu falar
--É uma empresa que chegou no Rio no ano passado por conta da Copa e agora tá aqui em São Paulo. Funciona assim: -- pegou o celular – a pessoa instala esse aplicativo aqui no celular e se cadastra. Aí, se precisar de motorista pra ir de um canto pra outro, pede a corrida e espera algum motorista se oferecer. O preço da corrida já vem marcado. – simulava pedir uma corrida – Quando acabar e a pessoa chegar no destino, debita no cartão, o motorista fica com uma parte do valor e a Iuba com outra.
--Hum... – ouvia com atenção
--Pra ser motorista a pessoa baixa outro aplicativo da empresa, se cadastra, segue as regras e pronto! Pode começar quando bem entender! – falava como se fosse a melhor coisa do mundo – Você faz seus próprios horários, decide quando trabalha e é isso! – sorria
--E teu marido vai trabalhar nisso aí? – perguntou curiosa
--Ele não. Você! – afirmou enfática
--EU?? – levou um susto
--E você paga uma porcentagem do que ganhar pra gente porque o carro é nosso, que tal? – propôs
“Por que eu tenho a impressão de que não vai prestar?” – pensava
E nisso, o celular emite um som breve.
--Opa! – pegou o aparelho rapidamente e viu que Khaalii havia respondido seu e-mail – Respondeu! – abriu um sorriso imenso
--Hum, que sorriso é esse? – perguntou assanhada – Namorada no pedaço, é? – sentou-se ainda mais perto – Conta que eu quero saber tudo!
--Mas que fuxico, viu? – escondeu o celular e se levantou – Não é namorada é uma autora de conto maravilhosa que eu gosto muito e a gente tem trocado e-mails. – respondeu com a verdade – Só vou ler a resposta dela quando estiver sozinha!
--Sendo motorista da Iuba, além dos outros trabalhinhos que você faz pra nós, aumenta sua renda e você vai até poder ir se encontrar com essa autora aí! – atiçava – Por que não? E vai que ela precisa de um servicinho de Iuba, hein? – sorria
“Será que se ela viesse pra cá me deixaria saber?” – pensou esperançosa – “Já pensou dirigir pra ela?” – sorriu novamente
***
Abigail acabava de criar um perfil para si mesma no site mais badalado de contos lésbicos. Depois de muito estudar e conjecturar decidiu que seu codinome seria Gail Nasser.
--É isso aí! – postava uma foto de uma mulher usando véu e deixando apenas olhos à mostra – A foto dessa desconhecida que achei na internet veio bem à calhar! – preenchia informações sobre a autora – Essa aura de mistério é o que enlouquece a mulherada! – concluía – Ahá! Gail Nasser, a escritora egípcia, sucesso em todo Oriente Médio e norte da África! – sorria – Black Velveteen não pegou toda África negra? Pois eu pego a parte de cima e mais o povo árabe por aí afora! – bateu uma palma – Agora é só postar meu conto aos poucos, fazendo um doce, que o sucesso vai começar a bater na minha porta virtual!
Decidida a investir em marketing também, criou um perfil falso no LivrodasFuça com outra identidade. O objetivo era se passar por uma leitora culta e ávida por novidades.
--Agora é escrever um e-mail pra Paty Golezzo e atiçar a bicha pra que queira saber mais sobre Gail Nasser! – preparava-se para a segunda parte do plano – Essa mulher tem que gostar de mim! Uma pessoa poderosa dessa é tudo que preciso pra me dar um tchan!
Bem longe dali, Patrícia Gomide cuidava da edição de mais um vídeo sobre as Dez Mais.
--Deixa eu ver como ficou isso aqui. – clicou no vídeo
No Brasil dividido deste frenético ano de 2015, quem levará melhor no mundo lésbico virtual? Malu Capital?
CODINOME : MALU CAPITAL
NOME: MARIA LUIZA CAJAL
IDADE: 35 ANOS
ESTADO CIVIL: CASADA
CIDADE: CURITIBA
PROFISSÃO: ECONOMISTA
CLÁSSICOS DO MUNDO LÉSBICO:
1 – O DEDO INVISÍVEL DO MERCADO
2 – SAPATEANDO PELA DIREITA
3 – O CAPITALISMO LGBT
Ou Camarada Sapa?
CODINOME : CAMARADA SAPA
NOME: SELMA RIOS
IDADE: 35 ANOS
ESTADO CIVIL: CASADA
CIDADE: FORTALEZA
PROFISSÃO: ECONOMISTA
CLÁSSICOS DO MUNDO LÉSBICO:
1 – LIBERANDO AS CHECHÊNIAS
2 – ESSA PERESTROIKA É DO POVO
3 – O COMUNISMO DELAS
Eu não creio que a nobre colega tenha conto que supere o número de leituras de O Dedo Invisível do Mercado! E se prepara, porque Sapateando pela Direita já começou fazendo sucesso!
Malu provocava a colega com um sorriso debochado.
Jura? Liberando as Chechênias teve mais comentários que todos os seus contos juntos! E todos favoráveis, diga-se de passagem. Dá uma visitinha no meu mais novo conto, Essa Perestroika É do Povo, e diz se já não superou o seu Sapateando. Ao que me parece, já. E olha que eu postei depois de você!
Camarada respondia sorridente e igualmente debochada.
Comunalha!! Esquerdopata!! Doente!!
Facista!! Entreguista!! Ignorante!!
As duas se ofendiam mutuamente.
--Tem que cortar isso, gente, não dá pra deixar essas baixarias! – Patrícia buscava editar parte da discussão – Da próxima vou colocar Amaralina Luz junto com Crisálida Manhães pra ver se fica um clima paz e amor! – considerou – Se bem que essa briga aí pode até aumentar o ibope do Congresso, hein? – estava na dúvida
Ainda trabalhou um pouco no vídeo até que decidiu parar e ver seus e-mails.
--Será que Lucinda mandou os orçamentos do pessoal de apoio pro credenciamento? – olhava sua caixa de correio – Eu, hein, que é isso aqui? – estranhou uma remetente e o título do e-mail dela – Linda Al-Abadi, Sobre o fenômeno Gail Nasser. Nunca ouvi falar nessas! – curiosa, clicou para ler
Boa tarde, meu nome é Linda Al-Abadi, correspondente brasileira do canal internacional de notícias Al-Jandirah e escrevo para te falar da autora revelação Gail Nasser, verdadeiro fenônemo egípcio que vem varrendo todo Oriente Médio e norte da África com seus contos lésbicos de tirar o fôlego!
--E tem autora lésbica que faça sucesso no mundo árabe? – Patrícia perguntou descrente – Como pode, gente? – achou graça
Para se ter uma ideia, ontem ela deu uma entrevista de 4h para nós e batemos picos de audiência! Seu mais novo romance, Lésbicas da Faraó, foi traduzido para vários idiomas, inclusive o português, e está sendo postado no site da Academia Lésbica. Recomendo fortemente sua leitura!
--Ah, tá! – apagou o e-mail – Vai mandar kaô pra outra, filha! Al-Jandirah, pois sim! – achava graça
--DONA PATRÍCIA!!! – Joelma chegava gritando
--Ai, meus sais!! – fechava todas as abas abertas no computador – Oi, chefinha! – cumprimentou descabriada
–Onde estão os relatórios do pessoal de Compliance?? – estava furiosa – E o parecer do Jurídico em relação ao fornecedor de São Gonçalo?? Era pra terem emitido hoje! – parou diante dela
--Ah, eu já peguei, já li, já comentei... – estava sem graça – Só esqueci de responder todo mundo por e-mail... – deu um sorriso amarelo – “Distraída aqui o tempo voou!” – pensou
--Só isso, né? – respondeu debochada – Pois a senhora não sai daqui hoje até verificar toda a documentação dessa licitação! – ordenou – E passe agora mesmo na sala do Rodrigo porque ele quer falar com a senhora!
--Agora! – levantou-se de um pulo
--Corre! – deu um soco na mesa
--Tô indo, chefinha! – saiu correndo – “Ate quando aturar esse assédio, meu Deus? Minha carreira na internet tem que decolar!” – pensava
***
--Por gentileza, -- uma mulher falava com o garçom – será que nós poderíamos conhecer a pessoa por trás desse magnífico festival gastronômico de inverno? – perguntou sorridente – Simplesmente amamos! – havia acabado de pagar a conta
--Certamente! – o homem exclamou sorridente – Vou falar com ela e em poucos instantes estará aqui cumprimentando as senhoras! – recebeu a máquina de cartão
--Por favor. – a outra mulher também pediu – Nós adoraríamos!
--Entendeu qual é o segredo, Gian? – Sayruci perguntava ao cozinheiro – Acrescente o shiitake, os cogumelos shimeji, uma pitada de noz-moscada, 2 colheres de café de páprica picante e uma pitada de pimenta calabresa! – fazia conforme ensinava – Agora bastam 10 minutos em fogo brando e fica perfeito! – sorriu para o homem
--Entendido. – concordou – E olha, cá pra nós: a senhora é melhor que o nosso chef! – cochichou
--Não me comprometa porque gosto muito dele e não quero ciumeira! – respondeu brincalhona
--Dona Sayruci! – o garçom entrava na cozinha procurando a chefe – Duas senhoras ficaram encantadas com o festival e querem lhe conhecer!
--Ih, meu Deus, deixa eu me ajeitar rapidinho! – tirou o avental e começou a se preparar
Instantes depois o garçom conduzia a patroa até as mulheres. – São aquelas duas ali em pé apreciando o jardim.
--Vamos lá então. – seguiam juntos
--Senhoras! – o homem falou ao se aproximarem – Essa é a culpada por tudo! – brincou
As duas viraram-se para vê-los. E nisso Sayruci gelou sentindo o coração acelerar. “Não acredito!” – tentava disfarçar as emoções
“Meu Deus, não é possível!” – a outra mulher pensava surpreendida
–Senhora Sayruci Ajami Hafeez! – o homem anunciou
--É um prazer! – uma das mulheres estendeu a mão para cumprimentar – Meu nome é Cláudia! – sorria
--Prazer! – Sayruci cumprimentou educadamente apertando a mão da cliente
--Valéria! – estendeu a mão igualmente – Está de parabéns senhora Sayruci! – fingia não conhecê-la – Seu festival gastronômico é incrível! – sorria – “E ela continua do jeito como me lembro, só um pouco mais velha.” – pensava ao observá-la
--Obrigada. – apertou a mão da outra com delicadeza – Fico feliz de que tenha gostado. – soltaram-se as mãos – “Ela continua linda, só engordou um pouquinho.” – pensou
O garçom pediu licença e se afastou.
--Nós estamos de viagem de férias aqui em Foz. – Cláudia contava – Disseram que fazia muito frio em junho e não mentiram! – riu brevemente – E estamos adorando tudo, sabe? O lugar, as pessoas, a comida... especialmente depois do que experimentamos nesse festival do seu restaurante!
--Obrigada! – respondeu ainda constrangida – Na verdade não é meu restaurante mas do meu marido. – falava timidamente – Eu só cuido de certos eventos e este festival é um deles. – olhou rapidamente para a ex
--Estamos hospedadas no hotel de vocês também. – Valéria comentou – E já compramos algumas delícias na sua loja. – prestava atenção em cada movimento da outra – Os estabelecimentos de vocês são impecáveis. – ajeitou os cabelos com a mão esquerda
Reparou na aliança de casada no anelar. -- Ah, que bom. – não sabia o que dizer – Bem, eu... espero que não me considerem indelicada mas... preciso voltar à cozinha. O movimento está puxado, graças a Deus. – sorriu sem graça
--De maneira alguma, pode ir sem receios. – Cláudia respondeu simpática – Imagino a correria!
--Pode ir. – Valéria concordou com a outra – Sabemos que mulheres na sua posição precisam sempre... cuidar dos negócios em primeiro lugar. – lembrava do passado – E mais uma vez, parabéns!
Sayruci entendeu a indireta mas preferiu nada responder. Fez um gesto de cabeça e partiu.
--Mulher tímida, né? – Cláudia observava – Tremenda ricaça e parecia até com vergonha de falar com a gente! – olhou para a esposa – O que eu achei lindo foram os olhos. Que verdes! – comentou sem malícia
--Muito bonitos sim. – não queria prolongar o assunto – E então? De volta pro hotel? – propôs sorridente
--Sim! -- concordou
“Depois de mais de 20 anos ela me surje do nada, casada, hospedada no hotel da família e ainda vem jantar aqui...” – uma profusão de sentimentos perturbava seu espírito – “Não sei se essa surpresa é um sonho ou um pesadelo!” -- Sayruci pensava
***
“--Você parece tensa. – a jovem mulata comentou com delicadeza – É só um final de semana na praia, mal chegamos... – acariciou o rosto da outra – Pensei que um banho te faria relaxar mas acho que foi bem o contrário. – sorriu com carinho
--Não é isso, eu não tô tensa... – respondeu timidamente – Quer dizer, eu tô mas... – não conseguia encarar a outra – É que somos só nós duas aqui e eu... – silenciou
As duas jovens estavam no quarto da casa de veraneio da família da mulata em Cabo Frio.
--E não precisa acontecer nada que você não queira! – continuava acariciando o rosto da namorada – Nem um beijinho, se não quiser. – falava a verdade
--Mas eu quero! – olhou nos olhos de Valéria – Só que... – desviou o olhar mais uma vez – Nunca estive com ninguém antes e... – pausou brevemente – Ao mesmo tempo não posso deixar de ser virgem... – calou-se – “Eu não deveria dizer isso!” – pensou ao se recriminar – “Ela não precisa saber que a virgindade é importante pra minha família negociar o casamento...” – odiava-se por respeitar isso – “Casamento que não desejo...”
Achava engraçadinho. – Own, querida. – beijou-a no rosto – Eu não tiro sua virgindade se não quiser. – segurou o rosto da amada com as duas mãos – Faça as regras! – propôs – Estou aqui só pra obedecer! – sorriu
“Eu me perco é nesse sorriso!” – pensou antes de beijar a namorada nos lábios – “Quero tanto fazer amor com ela...” – envolveu os braços no pescoço da outra
Valéria deslizou as duas mãos para o pescoço de Sayruci, gentilmente prosseguindo ao longo das costas até chegar na cintura e puxá-la contra si com mais força.
--Ah... – gem*u ao interrromper o beijo – Eu quero... você... – falava entre beijos
As mãos da mulata apertaram as nádegas da morena e seguiram até as coxas, onde encontraram a beira do vestido. Sem deixar de beijá-la começou a levantar o vestido da amada até deixá-la livre dele. – Eu nunca me interessei tanto por alguém... – beijou-a – como me vejo interessada em você... – tirou o próprio vestido e jogou no chão – Nunca estive tão apaixonada! – estava presa aos olhos da outra
--Vem! – puxou a mulata pela cintura e beijou-a com muito desejo
Línguas ansiosas misturavam-se em uma dança sensual e ao mesmo tempo cheia de carinho e cumplicidade. As mãos de ambas exploravam os corpos com ansiedade, despindo-se mutuamente das roupas íntimas que impediam sua entrega completa. Lentamente aproximaram-se da cama e se deitaram sem deixar de se beijar. Sayruci deitou-se por cima de Valéria.
--Isso, linda... se solta... – falava entre beijos – Não tenha vergonha... de nada... comigo... – fez com que as duas se sentassem e capturou o bico de um seio com lábios e dentes – De nada... – mordiscava e beijava
--Ah!! – gem*u e fechou os olhos arqueando as costas – Ah... – envolveu a cintura da outra com as pernas – Eu te amo... – segurou a namorada pelos cabelos da nuca
--Também... te amo... – inverteu as posições e deitou-se por cima da outra – Confia em mim... – começou a explorar o outro seio – Confia em mim... – mordiscava, beijava e sugava cada pedaço de pele que encontrava
Sayruci sentiu uma das mãos da mulata encontrar lugar entre suas pernas e se abriu permitindo mais espaço à outra. Permaneceu com os olhos fechados e gem*u alto quando dois dedos penetraram em seu sex*. – AH!!
--Confia em mim... – seguia beijando o abdomên da parceira – Sem medo... – removeu os dedos e segurou as duas coxas da morena – Relaxa, meu bem... – invadiu a intimidade da outra com língua e lábios sedentos por conhecê-la
--AH!!! – gem*u alto mais uma vez e abriu bem as pernas – Ai... – ergueu os braços acima da cabeça e se entregou completamente em abandono”
--Ah! – na vida real Sayruci gemia embalada pelo sonho
“Valéria estimulava a parceira de todas as formas usando seus lábios e língua. Percebendo que o orgasmo da morena se aproximava, deslizou suas mãos para os seios dela e os apertou com força.
--AH!!!!!!! – gem*u alto e sentiu o corpo tremer espontaneamente embalada pelo clímax que tomou conta de si – Ai, amor!!! – gemia – Ah!!
A mulata manteve-se provocando e explorando o sex* da amada até o limite do prazer que sabia poder lhe proporcionar.
--Linda... – beijou a barriga da morena – Linda... – apoiou as duas mãos na cama e ergueu o corpo para poder ver o rosto da amante – Abre os olhos, querida? – pediu com carinho ao beijar-lhe o queixo – Quero me lembrar desses verdes olhando pra mim na nossa primeira vez juntas. – sorria
Lentamente abriu os olhos e sorriu com meiguice. – Eu nunca vou esquecer... – prometeu presa ao olhar da mulata – Nunca...”
--Ah... – Sayruci remexia-se na cama
“Fechou os olhos mais uma vez e percebeu que um silêncio tumular pareceu progressimente tomar conta de tudo. Estranhando aquilo voltou a abrir os olhos e viu que estava em outro lugar, tudo escuro e aparentemente sozinha.
--Onde estou? – sentou-se na cama apavorada – Minhas roupas! – continuava nua e não via vestígios do que pudesse vestir – Valéria? -- chamou
--Tenha medo não, uai. Ela ficou lá no seu passado... – uma voz desconhecida se fez ouvir – Agora eu tô aqui, cocê. – um vulto se apresentou
--Quem é...? – não acreditava – Vera? – não conseguia ver o rosto
--Faz o seguinte? – ajoelhou-se na cama diante da morena – Me chama de Caipira? – pediu – É assim que eu quero ouvir você me chamar. – segurou um dos pés dela e o beijou – Minha rainha... – cheirou a perna da morena e beijou-lhe o joelho – Você é meu sonho. – mordeu suavemente a coxa – Você é meu amor!
--Ai... – gem*u embevecida – Vem, meu amor! – segurou o rosto de Vera com as duas mãos – Vem, Caipira! – pediu antes de beijá-la
Vera deitou-se por cima da outra forçando-a a se deitar também.
--Ah! – gem*u surpreendida – Você é tão pesada... – sentia o calor e o peso do corpo da outra – Ai... – um arrepio de prazer tomava seu corpo – Amor... – desejava ardentemente aquela intimidade
--Amo você, Khaalii... – beijava e mordia o pescoço da autora – Te quero assim... – deslizou uma das mãos para o sex* da outra – Desse jeito... – introduziu dois dedos com força – Assim... – mordia-lhe a orelha
--Ai, você... – gemia com prazer – Não para! – abraçou a caipira cravando-lhe as unhas nas costas – Ah!! – gritou
A caipira penetrava a morena com força e cuidado, deixando o peso de seu corpo limitar os movimentos da parceira. Com a outra mão apertava-lhe uma das coxas com força enquanto lábios furiosos tomaram uma boca sedenta por beijos.
Em poucos minutos Sayruci chegava ao orgasmo de forma violenta.”
--AH! – gem*u alto e acordou sobressaltada – Meu Deus! – sentia o coração batendo forte – Ai... -- olhou constrangida para o lado e viu que Samir dormia – Ai... ainda bem que ele não acordou! – levantou-se devagar e foi até o banheiro – Nossa, e eu g*zei mesmo... Acordei de um jeito... – sentia-se bastante excitada – Toda molhada... – olhou-se no espelho – O que é que anda acontecendo com você? – perguntava-se -- Já não basta andar suspirando pelos cantos por causa daquela caipira? Agora é isso? Lembranças do passado misturadas a uma loucura da sua imaginação? – deu um suspiro profundo – Minha nossa! Eu preciso tomar um banho agora! – passou a mão nos cabelos, pegou a toalha e entrou no boxe
***
“Vera esperava por uma pessoa no estacionamento do aeroporto de Congonhas.
--Será que ela vem mesmo? – pensava – E como reconhecer? – estava ansiosa – Ave Maria, eita, meu boi! – esfregava as mãos no volante – E aqui tá tão escuro...
--Tudo isso é vontade de me conhecer? – uma voz desconhecida se fez ouvir – Esse nervosismo?
--Uai? – olhou para um lado e viu um vulto de mulher – Khaalii? – não conseguia ver o rosto dela
--Sim, sou eu. – abriu a porta e entrou no carro -- Levanta os vidros? – pediu
Vera fechou todas as janelas do carro. – Eu... nem sei descrever a emoção de finalmente conhecer você. – olhava para o vulto – E não imagino como tenha me reconhecido. – ficou sem graça – “Ô, caipira lesa, fala algum trem decente!” – pensou se recriminando
--Pela placa do carro. – inesperadamente sentou-se no colo de Vera, de frente para ela – E agora que finalmente estamos aqui. – segurou o rosto da caipira com as duas mãos – Não vamos perder tempo com nada mais... – beijou-a com desejo
Sentia seu corpo queimando de desejo. – Khaalii... – abraçou-a com força – Eu penso em você... quase... o tempo todo... – falou entre beijos
--Não precisa mais pensar... – tirou o vestido que usava de uma vez só – Eu tô aqui! – começou a tirar a blusa da outra – E quero você agora! – arranhava os braços da caipira
--Ave Maria... – a excitação tomava conta de seu corpo – Não acha que a gente... – sentia que a outra buscava tirar-lhe o top -- Tá indo rápido demais? – beijou-a
--Não tem certeza de que sou eu quem você quer? – perguntou insuniante ao jogar o top da outra no chão do carro – Eu sei que é você quem eu quero! – mordeu-lhe o lábio inferior – Eu te amo!
--Ah! – gem*u – Eu te quero, Khaalii! – beijou-a com paixão enquanto arrancava o sutiã dela – Eu te amo... – mergulhou os lábios no seio que pedia atenção
--Isso, assim... – pedia – Vem, Caipira, vem... – deslizou uma das mãos até o cós do jeans dela – Pra mim, vem... – abriu o botão e enfiou a mão na calcinha – Vem... – introduziu um dedo
--Você me deixa doida... – deslizou uma das mãos para dentro da calcinha da parceira também – Ah... – mordeu o outro seio da autora – Khaalii... – introduziu dois dedos no sex* dela
Estimulavam-se mutuamente movimentando os corpos como se rebol*ssem. Beijavam-se ansiosas, entre mordidas e gemidos de um prazer crescente.
Sentindo que o orgasmo de ambas se aproximava, Vera colou testa com testa e buscava encontrar naquelas duas órbitas escuras diante de si, os olhos pelos quais tanto ansiava.”
--Ah!!! – acordou sentindo a boca seca e o sex* encharcado pela excitação – Ave Maria, que foi isso? – passou a mão nos cabelos – Eita... – o coração palpitava – Essa autora tá virando uma obsessão na minha vida... – levantou-se da cama rapidamente – Mais um sonho desses e a caipira... pira! – foi até o banheiro para se lavar
***
Abigail constatava mais uma vez que nenhum e-mail de Paty Golezzo aguardava para ser lido. Com decepção também percebeu que seu conto havia recebido somente 28 leituras.
--Não tá dando certo... – suspirou contrariada – Essa minha aura de mistério não tá despertando interesse o suficiente... – levantou-se da cadeira – Ou será que elas tão achando que o conto não prestou? – andava de um lado a outro fazendo conjecturas – Mas não é possível! De cada uma das Dez Mais incorporei uma característica. – recapitulou -- Usei a coisa regional de África tipo Black Velveteen, de LesGeek adaptei algumas ficções, meti um musicalzinho no meio como Soul Sapa&Tão, -- enumerava nos dedos – falei de política que nem Malu e Camarada Sapa, caprichei nas cenas de sex* como Ales, botei até um psicopata na história, como faz Frog Kruger... – não conseguia perceber no que falhou – Tem romance água com açúcar tipo Crisálida, espiritualidade igual Amaralina põe e mil coisas misturadas tipo Zu Clética faz! – deu um chute no nada -- Sou misteriosa, mais misteriosa que todo mundo! Mais até do que a novata Khaalii, que se faz às custa disso! – fez um beicinho – Com toda essa engenhosidade, por que não dá certo, Senhor? – suspirou – E tem nem uma infeliz pra me deixar um comentário...? – lamentou – É muita esculhambação! – reclamou
Foi até o computador novamente e entrou no site do Congresso.
--Minha única chance é ir nessa pistinga! Se eu chegar lá, toda montada de Gail Nasser e espalhar minha aura de mistério, a mulherada vai ficar intrigada e correr pra ler! – concluía – Minha tia tem que me dar pouso em São Paulo, tô contando com isso! – afastou-se do computador novamente – Mas ela nunca mais me ligou e nem me deixou número de telefone pra entrar em contato! – cruzou os braços – É osso, viu?
O repentino som de tiros a trazem de volta à realidade.
--Ave Maria! – jogou-se no chão – Fazia tempo que não tinha essas desgraça! – rastejou para trás da poltrona e se escondeu – Pai Amado, acaba com isso, pelas caridade! – clamou – Ai, como eu preciso virar uma autora de sucesso pra me livrar dessa tristeza... – tapou os ouvidos com as mãos
***
--Dona Sayruci! – a recepcionista da noite saudou sorridente – Que prazer em vê-la!
--Digo o mesmo, Amanda. – aproximou-se da jovem e falou mais baixo – Lembra quando você me disse que se um dia eu precisasse de um favor seu...? – foi direto ao assunto
--O que a senhora quiser! – reiterou – Do tanto que lhe devo, sou capaz de tudo pela senhora! – respondeu com sinceridade
--O que eu quero é bem simples e muito discreto. – reparava se outros poderiam ouvi-la -- Vou te dizer.
Depois de alguns minutos...
--Amor! – Cláudia colocava o fone do hotel no gancho – Ligaram da recepção te procurando.
--A mim? – Valéria saía do banheiro – E por que? – não entendia
--A mulher falou uma coisa de... como é? – tentava lembrar -- Tem que ver se os números estão batendo. – repetiu o que ouviu
--Ah. – ajeitou os cabelos – Eu... – pensava no que dizer – Eu vou trocar de roupa e vou ver isso. – foi até o armário do quarto
--Tá bom. – sentou-se na cama – Vou assistir um pouco do meu seriado. – pegou o controle e ligou a TV
--Daqui a pouco tô de volta. – soprou um beijo enquanto se trocava
--Tudo bem. – soprou um beijo em retribuição
***
--É aqui. – Amanda indicou uma sala – Fique à vontade. – sorriu e se retirou
Valéria entrou na sala e fechou a porta. – Vejo que você não esqueceu do nosso código. – pegou uma cadeira e se sentou diante da outra
--Você também não... E eu contava com isso. – cruzou as pernas – Obrigada por ter vindo. – olhava para a mulata com certa timidez
--Salinha tão longe de tudo... – comentou – Aquela funcionária é uma artista! – gesticulou brevemente -- Se eu não soubesse que era uma armação sua pra gente conversar, teria acreditado na conversa dela.
--Amanda é pessoa muito discreta... E eu precisava conversar com você. Há mais de vinte anos...
--Sabe que... entre nós tem muito mais que essa mesa, -- debruçou-se sobre o móvel – a nos separar, não é? – olhava nos olhos – Hoje eu sou casada, muito bem casada, e você é a respeitável senhora Ajami Hafeez.
--Eu sei, Valéria... – abaixou a cabeça – E não te chamei aqui pensando recuperar nada que tenha ficado para trás. – levantou a cabeça novamente – Também não desejo esfregar uma pretensa felicidade na sua cara... não quero provocar, esnobar, nada disso... Eu te chamei porque... – pausou brevemente – Sabe quando você simplesmente precisa conversar? – não conseguia explicar seus motivos
A mulata analisou o rosto da outra com detalhe até que resolveu falar: -- Você continua uma prisioneira dentro de si mesma, não é?
--Talvez ainda mais... – seu tom era triste
“Eu tive tanta raiva dela, mas agora me parece que não deveria ter tido.” – pensou enquanto estudava cada movimento da outra -- Você não é feliz... não é, Sayruci? – perguntou diretamente
--O que conheci de felicidade foi ao seu lado. – respondeu quase que de imediato
Valéria abaixou a cabeça.
--Eu nunca fui uma jovem riquinha que partiu pro Rio pra fazer umas loucuras antes de casar, -- levantou-se -- como você pensou. – começou a andar lentamente pela sala – Eu só fui para o Rio, porque giddu brigou com meu baba e o obrigou a ceder, já que eu havia passado no vestibular. – pausou brevemente – Vestibular que prestei escondido, diga-se de passagem. – começou a mexer nas cortinas -- Meu casamento foi uma negociação entre duas famílias ricas e não é mais que uma farsa. – admirava o estampado do tecido – Atualmente meu marido anda mais gentil comigo por medo de nossa filha denunciar a violência dele para os seguidores que ela tem nas redes sociais. – contava – E mal sabe ele que é apenas um blefe. Latifah não deseja um escândalo no seio da família. – lembrava das palavras da filha – E nossa família... – soltou a cortina e voltou a andar – não se importa com mais que futilidades e coisas que o dinheiro compra. – olhou para a ex – Eu abri mão de você e de construir uma carreira, simplesmente para fazer o sempre fiz desde que me entendo por mim: obedecer.
--Por que está me dizendo tudo isso? – levantou-se também
--Porque eu precisava... – derramou uma lágrima -- Eu fico feliz de te ver bem casada, tenho certeza de que deve ser bem empregada também...
--Sou professora da própria UFRJ. – aproximou-se mais
Sorriu e secou os olhos. – Era o que você queria.
--Era... – parou diante da ex – E do que você queria, Sayruci? Abriu mão de tudo? – olhava nos olhos
--Sim... – abaixou a cabeça
--Até quando? – levantou o rosto da morena segurando pelo queixo – Ninguém pode viver assim! Não é altruísmo, é suicídio!
--Eu sei... – controlava-se para não chorar – Você não imagina o malabarismo que fiz pra poder vir até aqui e o que terei que fazer pra voltar pra casa antes de Samir chegar... Mas eu precisava conversar... – voltou a chorar – Eu não tenho com quem conversar... E também queria te pedir perdão por... – não conseguiu mais falar
--Vem cá! – abraçou-a com muito carinho – É hora de você se permitir ser você mesma, querida... – falava com mansidão – E se permitir amar e ser amada...
--Eu tenho tanto medo... – chorava
--Não tenha, meu bem... não tenha... – acariciava a cabeça da ex
***
Abigail esperava no desembarque do aeroporto. Não sabia como era sua tia avó, mas segurava uma placa com o nome dela. Depois de alguns minutos, uma mulher idosa e de boa aparência olhou em sua direção e se encaminhou para perto empurrando seu carrinho de bagagem.
“Será essa?” – pensou intrigada – “Oxe, tem uma pinta boa!” – estranhou – “Véia bem apanhada!”
--Olá, minha filha. – cumprimentou sorrindo ao parar diante da sobrinha – Você tem muito de sua mãe. – reparava no rosto dela – Os olhos principalmente. – ajeitou os óculos – Os olhos... – balançou a cabeça
--Oi, tia. – não sabia o que fazer – A bênção! – pegou uma das mãos da idosa e a beijou
--Deus te abençoe. – pôs a mão brevemente sobre a cabeça da sobrinha – A gente tem muito o que conversar...
--É... tem sim... – concordou
Fim do capítulo
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Minh@linda!
Em: 18/03/2025
Essa tia de Abigail tá muito misteriosa. Será que ela é rica?!
Será que Abigail deu sorte e vai tirar o pé da lama?
Apesar que se ela tivesse dinheiro não precisaria demorar tanto pra aparecer.
"Que a força esteja na pepeca de vcs" kkkkkk
... os nomes dos clássicos do mundo lésbico, só vindo de uma mente criativa kkkkk
Hum!! Black é soteropolitana.
Nossa!! Que decepção!
Até eu fiquei triste com a revelação de Latifah. Ela não se importa com o que acontece com Sayruci. Ela não entregaria o traste do pai dela. Ela ainda tem que amadurecer, muito. Não sabe, ainda, dar valor ao que verdadeiramente importa.
Kkkkkk Vera é uma fofa!!
Eu não esperaria tanto tempo e, tanta formalidade pra ler o email, não. No máximo, privacidade. Do jeito que eu sou azarada pra essas coisas... é capaz de a mensagem se perder na inexistência e eu não encontrar nunca mais. Então, eu não perco tempo.
Amei o Marida de aluguel!!
Socorro tem as ideias e enfia Vera no bolo kkkkkk
Mas tem mulher que tem medo, mesmo, de receber homens pra fazer serviço em casa. Pode ser perigoso, quando se mora sozinha. Também não acredito que Vera seja feia, não. E beleza é muito relativo. Tá nos olhos de quem ver. E nem sempre ela é física.
Virou uma verdadeira faz tudo!! Kkkkk
Mas o dinheiro que é bom, tá pouco. E ainda tem o condomínio pra azucrinar a cabeça dela.
Ela já está apaixonada por Sayruci e nem sabe. ( Ou sabe? ) É que às vezes a gente tá... e nem sabe que, tá rsrs. Acha que é empolgação de amizade.
Eu não vejo a hora delas se encontrarem!
Gostei do codinome de Abigail! Muito massa! Mas conto que é bom, até agora nada.
E pelo visto vai demorar pra bombar! Patrícia sentiu o cheiro da lorota de longe rsrs. Essa Abigail, não sei, não, viu? rs
Sayruci também cozinha?! E cozinha bem, pelo visto. Mulher cheia de predicados! Ela já tem várias facetas empregatícias pra quando se separar de Samir. E quando isso acontecer, Samir vai cair que nem uma jaca podre na pista.Todo espatifado!
A pessoa saber cozinhar é tudo de bom! Eu consigo estragar até o arroz... que vida bandida! Que mundo injusto!
Vixe!! Que Valeria apareceu!!
Por um momento, eu achei que elas poderiam ser a mesma pessoa, Valeria e Vera.
Mas, Caipira, é sempre caipira! Sayruci perceberia nas primeiras linhas escritas, por Vera, na mensagem enviada por e-mail, se ela fosse o amor do passado.
Gostei de Valeria!! Mas o tempo delas, passou. Apesar de isso me deixar triste, já que elas se gostavam.
E elas todas são você, a Caipira-mor.
Odeio quando nos tratam como mercadoria! Como objeto!
Vera, sua mulher bateu de cara com o passado. Acho que ela ficou mexida!! Pelo menos, Valeria está comprometida. Vamos torcer pra que ela não queria beber água fora do pote, e que Sayruci não esteja com sede, também.
Valéria é negra!!! Que delícia!!
Nossa!! Fiquei sem ar, agora!
Valéria foi perfeita com Sayruci!
Esse "confia em mim" me quebra. Ô, glória!
Mas aí, a caipira apareceu reivindicando o momento "presente" que há pertence e, o futuro também.
Uai, que loucura!! Acaba não mundão!! Sayruci tá bem servida, viu?! Essa Caipira é danada!! Sapinha fortinha fazendo a diferença. Cheia de força, segurando a presa. Pegou fogo no brejo!!
A única pessoa empatando o momento foi Samir, que estava do ladinho e nem ouviu a mulher gemer. Acho que ele não está acostumado com esse som vindo da parte dela.
Eita, boi!!!
Vera acordou em chamas!
Que chegue logo esse congresso!
Espero que Valeria consiga ajudar Sayruci a enfrentar seus medos. Cada um sabe seus limites. O que é fácil pra um, não é fácil pro outro! O medo paralisa a gente. Mas se não enfrentar, não sai do lugar. E ele vai diminuindo, toda vez que damos um passo. E muitas vezes, o bicho papão, não é nem tão feio quanto parece. E se for, a gente pinta uma carinha bonita e segue em frente.
Quando a gente muda, o mundo muda com a gente!! E isso, quem fala, é a mulher mais medrosa do mundo!!! Mas, a mais corajosa, também.
Ela é inteligente! Ela vai conseguir achar uma saída pra tudo isso. E tendo ajuda, fica mais fácil.
Já, Abigail, Tem que continuar tentando. Nem todo mundo dá sorte de primeira. Tem que entender, também, qual é a vibe dela. O que é sucesso com as outras, não significa que seja pra ela.
Aqui na rua, às vezes, rola uns pipocos, também. A primeira vez que eu ouvi o som de um tiro, me senti, extremamente, impotente e vulnerável. O auge é quando vc começa a diferenciar o som de um tiro, de outros sons, como fogos. É quando vc percebe que já está familiarizada. Só não pode normalizar.
Bora Abigail, uma hora a gente sai dessa!
E que tia avó misteriosa é essa?!
Espero que a conversa seja boa!!
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PaudaFome
Em: 16/06/2024
Suas histórias são tão divertidas interessantes e envolventes... estou amando muito!
Solitudine
Em: 20/06/2024
Autora da história
Olá querida!
Que bom que pense assim!
Continue aqui!
Beijos,
Sol
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Joanna
Em: 28/03/2023
Adorando o senso de humor na estória. E admirada com a criatividade, o domínio que exige a uma escritora, a linguagem regional das personagens, diversidade cultural, vivências, a essência feminina presente em todas elas. Enfim, bastante curiosa.
Solitudine
Em: 28/03/2023
Autora da história
Olá querida!
Ainda não tive o prazer de vê-la por aqui!
Fico feliz com seu retorno tão positivo! Deixe-me saber o que tem achado. Espero que sua curiosidade leve você até o final do conto.
E... se animar o suficiente, esta caipira que vos escreve tem mais contos aqui. Uns grandões, outros menores... mas, vai que você gosta? Deixe-me saber.
Beijos,
Sol
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Femines666
Em: 21/03/2023
Tô amando essa paixonite leitora-autora! E me diz que só dá autora louca! É cada nome pros contos! Kkkkk
Abigail é muito louca!!! Kkkk E a tia hein? Esse conto promete!
Solitudine
Em: 26/03/2023
Autora da história
kkkkkk Vocês já gostam dos nomes dos contos! rs
Promete? Espero que cumpra, na sua opinião. rs
Obrigada por estar lendo tão empolgada.
Beijos,
Sol
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Seyyed
Em: 12/10/2022
Olha os sonhos olha os sonhos Só Hot Hot Hot hehe Achona Say tão fofa Ela é Vera são um casal bem bom de ver! Chegou a véia hehe
Resposta do autor:
kkkkkk Sua torcida por Vera e Sayruci está empolgada e divertida! Muito bom! rs
Dona Quitéria chegou! O que será virá pela frente?
Beijos,
Sol
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Seyyed
Em: 12/10/2022
Bigail tá certa que porra de entrevista fraca! Não aguento os nomes dessas autoras que tu inventa hahaha Latifah puta merda nem sei o que dizer dessa aí. Só o e-mail da Vera pra salvar o dia da Say hehe E essa prima Socorro vou te contar!
STOP! Gail Nasser?? Camarada Sapa? LIBERANDO AS CHECHENIAS?? PERESTROIKA DO POVO? DEDO INVISÍVEL DO MERCADO?LÉSBICA DA FARAO? AL-JANDIRAH?? HAHAHA
Tu é a porra de uma caipira muito loucaaa HAHAHA
Resposta do autor:
Paty só queria fazer uma propaganda básica para atrair as leitoras para o congresso. Não era o objetivo dela mostrar nada diferente. Truques de uma futura influencer! rs
Sayruci ficou decepcionada com a falta de solidariedade da filha. Por bem, como você percebeu, Vera salvou o dia da nossa autora de olhos verdes.
Os nomes? Uai, que eu posso fazer? Como te disse, cada autora escolhe seu pseudônimo. O meu é Solitudine! rs
Beijos,
Sol
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mtereza
Em: 18/02/2022
Mais a Abgail é muito sem noção viu kkkk aonde ela arranjou uma autora lésbica sendo sucesso no mundo árabe kkk muito engraçado e a verdadeira salada mista que ela fez no conto deve ser mais maluco que ela . Amei a Sayruci fechado a história dela com a Valéria , acho que agora ela pode que sabe partir para uma relação mesmo que a distância com.a Vera gosta de mulher com a letra V a bicha não é . E as duas tendo sonhos eróticos uma com a outra amei bjs. Vou correndo ler o próximo capítulo
Resposta do autor:
Olá querida!
Que bom que voltou! Tudo bem?
Abigail não conhece muito sobre aquela sociedade então ela pensa que é viável uma escritora lésbica chegar e "devastar" (repare no verbo que ela escolheu!) kkk
Sabe que eu não tinha reparado nessa da letra V? Gostei! rs
Sayruci e Vera estão se encantando. Vejamos no que vai dar.
Beijos! Não suma!
Pode dizer, olha quem fala em sumir! kkk
Sol
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Cristina
Em: 16/02/2022
Olá Sol!!
Estou gostando da diversidade neste conto!!!
Espero que Latifah ajude a mãe na hora que ela precisar!
Está parecendo que quem vai ajudar Sayruci a se libertar é Valéria!
Vejo que Samira convenceu você a postar às terças também! Grande Samira!!!
Beijos!
Resposta do autor:
Olá amiguinha!!
Este conto está mesmo muito diverso (e doido! rs).
Calma que Latifah ainda tem um caminho.
Foi importante Sayruci encontrar Valéria para finalizar um ciclo. E para Valéria perceber que sua ex namorada não era uma canalha.
Você conhece Samira. O que ela não consegue? kkk
Beijos,
Sol
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Zaha
Em: 13/02/2022
Boa noite, Jasin!
Hoje teve capítulo surpresa, isso foi bom! Vi que tem mais gente chegado, pelos números, me alegro por vc! Espero que cheguem muito mais e volte como ates.
Abigail é um figura, viajando nas usas ideias, mas sempre engraçada, levntado o änimo! Agora ela é
Gail Nasser
Codinome: Abigail Trindade,
Idade: 30 anos,
Estado Civil : Solteira
Vive no RN
Sonha em fazer sucesso no mundo lésbico como uma grande escritor lésbica.
E é faz tudo no hotel Morado dos Deuses Palace Hotel
Eu disse que ia extorquir Vera. Espero que ela lhe dë um basta...com uma prima dessas....Vera tem q juntar dindin pra abrir algo...
Muito lindinho Say com Vera. Esse comece é tao lindo, até chega em meu coração o sentimento que uma esta nutrindo pela outra. Como disse, ia rolar algo. Pena que n sabemos como será...Aposto que Suy irá, mas não dirá quem é e depois mandará um e-mail ou quem sabe em vá dessa vez. Tudo pode passar pq chegou ua velha conhecida...
Valéria foi mt gentil, essa conversa foi necessária pra fechar um ciclo, entender o lado de Suy e quem sabe ser uma amiga e apoio.É bom n guardar mágoas. Suy necessita de forca, amigos, a filha não tem maturidade para enfrentar determinadas coisas, ainda mais como foi criada. Ela ainda está presa as aparëncias. Uma personalidade forte, porém a fama a consome. Ela surpreendeu bastante, mas durou pouco, a maturidade chegará, mas também é a alegria da história junto com Abi, Pati e Vera!! Como Abi, ninguém!
Eita que misturou tudo na cabeça de Suy, coitada, mas a primeira vez dizem que nunca se esquece seja como for...veremos como prosseguirá. Parece que foi bonito, fiz uma leitura dinâmica.
Nota-se que as duas estão conectadas até nos sonhos eróticos...vai dar mt o que falar
Abigail devia ser ela mesma, escrever realmente o que tá dentro dela e não querer misturar coisas de outras. Mas alguns nascem estrelas outras não ou levam tempo...tadinha!!Quando acordar e descobrir que ela é maravilhosa as coisas vao fluir melhor.
Chegou velhinha...essa deve ser uma retada que nem Leda!!
PS: Não importa o que n entendeu no outro, n muda!Nem a teoria..
Sobre a energia, dizia daqui, por isso n tá recebendo como devia os comentários...mais explícita que isso n poderei ser...
Sobre quem tenta algo, qnto menos damos importância melhor, ser for psicopata, aí n...rs. Mas tá tudo tranqui!
Que pena que só deu pra ver a capa, mas o mesmo tempo melhor.....
Fiz pra vc, mas n achei que fosse até lá...e n quero que agradeca algo que vc nem viu se tá decente.
Estava tentando fazer algo, mas n consigo ainda..qr falar de cada personagem, descrição que vc botou, mas a pessoa aqui n sabe postar só com escrita, só no Story(esse só dura 24. Enfim..logo poderei!! Por agora, só irei postar que atualizou!
Abracos
Resposta do autor:
Bom dia!!!
Embora sinta que você gostou do capítulo te achei meio desanimadinha. Espero que as cólicas passem logo e você fique totalmente recuperada de tudo para dourar por aí.
Abigail te diverte, não? Estou sabendo. E agora que ela virou Gail, se segura! rs
Sayruci e Vera estão se encantando mutuamente e dando vazão à parte das expectativas através de sonhos. Valéria entendeu que não havia sido usada no passado e isso mudou tudo na cabeça dela.
Prima Socorro e o marido sempre exploraram Vera, desde que ela foi morar em São Paulo. É que agora está um pouco mais.
Latifah.... enfim, vamos aguardar e ver.
Maria Quitéria não é bem como Leda mas é boa pessoa. Você verá.
Ainda não entendi essa parte da energia, mas está bem.
Acho muito fofo este seu empenho no Fuçagram. Quem tem Lailinha nem precisa de promoção de Paty Golezzo. ;P
Beijos!
Sol
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sonhadora
Em: 13/02/2022
Oiê!!!!
Que surpresa boa!!! Preciso dizer que adorei muito mesmo!! Ai, não deu nem pra saborear um pouco a atitude da Latifah, aff. Olha como é bom sonhar, aliás, tudo começa com os sonhos...Say e Vera!!!Gostei da atitude da Valéria com relação à Say. Bom..capítulo impecável do riso ao choro!!! Momentos hilários com a Vera.
Esperando os próximos com muita ansiedade!!
Beijos de Luz!!!!
Resposta do autor:
Basnoite!!!
Que bom que gostou da surpresa!
Latifah decepcionou nessa, mas ela ainda tem muito chão.
Tudo começa com os sonhos; disse tudo!
Valéria finalmente percebeu que não se tratava de uma canalha mas de uma prisioneira de muitas coisas.
Quinta tem mais. Obrigada por comentar!
Beijos,
Sol
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Mille
Em: 13/02/2022
Que surpresa boa esse capítulo de hoje.
Será que a tia avó vai ajudar Abigail??
O passado batendo na cara da Say.
E Larif nos deu uma rasteira, era bom demais pra ver verdade.
Dona Say e Vera tendo sonhos sexuais.
Bjus e até o próximo capítulo
Resposta do autor:
Olá Mille querida!
Gostou da surpresa? E houve muitas, não? Umas boas, outras nem tanto e umas decepções. Mas confia. Vem muita coisa por aí. Espero que goste e se divirta.
Beijos,
Sol
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Samirao
Em: 13/02/2022
AMEI HABIBEM!!!!! Vera e Say q fofinhas!!! Todas calientes huahuahua Latifah me decepcionou não gostei....Vc é maluca!!! Q autoras são essas senhorrr e os nomes dos contos? EU QUERO LER ESSA PERESTROIKA É DO POVO E LIBERANDO AS CHECHÊNIAS se vira!! huahuahuahuahuahua Bigs agora é Gail e inventou uma conversa da porra na al Jandira Loca, loca, loca huahuahua ri muito bj7ssss Samira
Resposta do autor:
Boa tarde, querida!
Vera e Sayruci estão começando a se despertar em algo mais. Começa nos sonhos... rs No que será que vai dar?
Latifah ainda se importa mais com as aparências que com o que vale a pena. Mas tenha paciência. Você conhece muito bem a caipira. ;)
Quer ler? Mas aí é com a Camarada Sapa e não comigo, fi.
Doida, eu? Imagina... kkk
Beijos,
Sol
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Endless
Em: 13/02/2022
Nossa! Essa história é uma viagem maravilhosa que só a Caipira é capaz de proporcionar. Bem vinda escritora e que bom que nosso universo está sendo visto com olhos tão engraçados e cheios de significados. Um abraço e boa sorte.
Resposta do autor:
Olá amiguinha!!!
Há quanto tempo! Tudo bem? Que prazer vê-la por aqui?
Está gostando deste conto? Espero que assim continue. Não suma!
Beijos,
Sol
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Solitudine Em: 23/03/2025 Autora da história
Olá querida!
Você vai conhecer melhor da tia de Abigail. Vejamos o que vai achar dela.
Gostou das dez mais e de seus clássicos? rs
Ainda não caiu a ficha para Latifah. Ela ainda não entendeu a gravidade da situação.
Vera não perde tempo. É a deferência caipiresca; moças de cidade grande não entendem. rs
Você amou o Marida de Aluguel? Acho que Vera nem tanto! kkk
Vera está gamadíssima na autora. E a autora, como se sente? Vamos entender.
Gostou do codnome Gail Nasser? Bem, pelo menos uma fã ela já tem! Paty Golezzo que é bom, deu nem tchum.
Adorei as "facetas empregatícias"! kkkk
Não sabe cozinhar nem arroz?? kkkk Que é isso minha linda?
Valéria, um amor do passado de Sayruci. Importante para a morena desabafar o que sente. E sim, ela é negra. As negras são poderosas!
Caipira-mor? kkkkkk Do lado de cá tem atestado de caipiragem, minha linda!
Esse "confia em mim" me quebra. Ô, glória! pareceu até Yara falando! kkkk
Você gostou do fogo no brejo, não? Vai acompanhando que muito fogo vem aí! rs
Infelizmente as grandes cidades estão muito entregues à violência. Até aqui onde vivo, de quando em vez, se ouve um tiro ao longe. É uma lástima.
Beijos,
Sol