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Sociedade Secreta Lesbos por contosdamel

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Palavras: 5601
Acessos: 1980   |  Postado em: 17/11/2021

CAPÍTULO 6: A RESSACA

Sem saber ao certo que horas eram, Esther abriu os olhos sentindo o sol entrando pela janela que tinha as cortinas abertas, olhou para Amy que dormia tranqüila em seus braços e experimentou uma sensação dúbia, por um lado a noite com sua discípula foi de longe a melhor que ela já experimentara, tê-la em seus braços lhe trazia uma paz e plenitude inéditas, mas por outro lado, ela sentia culpa, medo, devia se arrepender, mas não sentiu arrependimento, não queria pôr um fim aquela noite, mas era preciso, ela tinha obrigações, e uma missão interna a cumprir e se apegar a Amy não ajudaria em nada.

 

Afastou-se lentamente dos braços de Amy, foi em direção ao banheiro, olhou-se no espelho por minutos, sentindo aquela mistura de sentimentos que lhe deixava tonta...debaixo do chuveiro buscou uma forma de se livrar daquele sentimento bom que sentia por ter Amy em sua cama, mas era inútil, as lembranças que ela tinha do corpo alvo de Amy intimamente ligado ao seu lhe inspirava o sorriso mais sincero.

 

Na cama, Amy acordou sentindo falta do corpo quente de Esther em baixo do seu, ainda sentia o perfume da morena no seu corpo cheio de evidências do prazer que a noite lhe proporcionara,unhas, mordidas...soergueu-se e olhou pelo quarto em busca de Esther, ouviu barulho do chuveiro, e assim caminhou até o banheiro, encontrou a morena envolta em uma pequena toalha, linda, tão linda que roubou a respiração da novata, mordeu os lábios e a devorou com seu olhar.

 

-Bom dia...

 

Esther surpreendeu-se com a voz em tom malicioso de Amy, que estava logo atrás dela, completamente nua. Olhou-a dos pés a cabeça e sentiu seu corpo estremecer, mas disfarçou com um cumprimento seco, desviando seu olhar rapidamente, o que deixou Amy pensativa.

 

-Aconteceu alguma coisa Esther?

 

-Não, por quê?

 

Esther não encarava Amy, que tentava se aproximar da morena, sem sucesso.

 

-Esther?

 

-Novata, você está dispensada, não preciso mais de nada no momento.

 

Amy foi tomada por um sentimento devastador, sentiu-se ultrajada, e como se pudesse, ainda mais nua, em um movimento de puro reflexo, tentou cobrir-se, enquanto uma lágrima se formava e caía lentamente pelo seu rosto. Viu Esther sair do banheiro com urgência, deixando-a ali com sua humilhação e revolta.

 

Esther saiu do banheiro em uma atitude de fuga, olhar para Amy ali vulnerável, com os olhos desejosos lhe dizendo bom dia, tocou a veterana de uma forma tal, que teve que se controlar muito para não abraçar seu corpo nu e cobri-la de carinhos. Ficou ali parada diante de suas roupas, respirando fundo, repetindo internamente os motivos pelos quais não podia se deixar levar por aqueles sentimentos que se confirmaram na noite passada, por mais que desejasse Amy, e quisesse se entregar a ela, protegê-la e tê-la todo tempo perto, não podia esquecer de suas promessas interiores.

 

Amy passou por Esther já vestida em um roupão, seu rosto alvo não escondia as evidências de que seus minutos sozinha no banheiro foram de choro. Esther fugiu do olhar dela, baixou a cabeça desejando cuidar da loirinha desfazendo aquele olhar triste e magoado. Ouviu em poucos minutos a porta bater forte, e agora era sua vez de deixar as lágrimas contidas caírem, encostou sua cabeça na porta do closet batendo-a como se buscasse se punir pelo que sentia ou pelo que causou a Amy?

 

A novata desceu o lance de escadas amargando a sensação de ter sido dispensada pela mulher responsável pelos melhores sentimentos mais intensos e pela melhor noite de sua vida. Experimentava a raiva, revolta pela frieza de Esther, e a mágoa, o vazio por não ter sido correspondida no desejo de prolongar a noite com mais momentos de carinho e excitação no dia seguinte...sentiu tristeza profunda, porque guardava a esperança que seus dias a partir daquela noite, seriam ao lado de Esther, mas a resposta da morena a arrancou desses sonhos, dando-lhe a realidade da arrogância já conhecida da veterana.

 

Tamanha foi sua pressa de chegar ao quarto que acabou por tropeçar no tapete, ficou caída no corredor desejando não mais levantar, quando sentiu uma mão a puxar com delicadeza, era Rachel, o braço direito de Esther,que lhe olhava com certa piedade:

 

-Amy você se machucou?

 

-Mais machucada do que estou impossível...

 

Rachel parecia entender a que Amy se referia, ajudou a loirinha a se levantar, e seguiu com ela até o primeiro andar levando-a até a porta de seu quarto sem dizer uma palavra, apenas observava Amy enxugar suas lágrimas em silêncio.

 

-Obrigada Rachel, estou bem, só preciso de um banho pra tirar esse cheiro... – Pausou para respirar fundo e deixar cair outra lágrima – Ficarei bem.

 

-Amy... Eu queria te dizer algo mas... Bem, acredite, isso vai passar.

 

Logicamente as palavras de Rachel entraram para as muitas interrogações que Amy tinha desde a noite do ritual de iniciação da Gama-Tau, mas naquele momento isso não importava, queria ficar sozinha com sua decepção, retirar o cheiro de Esther do seu corpo como se isso tirasse a marca dela de sua alma.

 

Rachel subiu ao terceiro andar prevendo como encontraria sua amiga, e não errou em suas suposições, Esther estava jogada na cama, envolta ainda apenas com a toalha de banho, chorava em silêncio em meio as roupas de Amy pelo chão e perdidas entre os lençóis.

 

-Esther? O que aconteceu minha amiga?

 

Esther sentiu vontade de desabar nos braços da amiga, chorar tudo que estava preso, por ter sido obrigada a interromper momentos de paixão e carinho que ela nunca teve, por conta de uma força maior para ela, e pior, por ter consciência de que magoara profundamente Amy. Mas, não se permitiu esse momento de exposição de fragilidade, escondeu o rosto, e levantou-se rapidamente, desviando o assunto:

 

-Correu tudo bem na festa ontem?

 

-Sim, claro, um sucesso como sempre, não te vi chegar...algum problema?

 

Rachel conhecia Esther muito bem, compreendeu que ela não ia falar tão facilmente, e tratou de respeitar as demoras da amiga, continuando o assunto que ela iniciara.

 

-Problema algum, o de sempre Rachel. Está ficando cada dia mais insuportável...

 

Esther respirou profundamente, num gesto de contrariedade, enquanto Rachel a interrompeu:

 

-Não entendo porque você tem que se submeter a isso!

 

-Como não entende Rachel? Eu preciso, faz parte do acordo de proteção...

 

-Proteção? Eu estou vendo é você ser exposta por essa mulher doente Esther!

 

-Não é bem assim Rachel...

 

-É assim sim...e já está mais do que na hora de você pôr um fim nisso, e pensar no seu bem-estar Esther!

 

-Do que você está falando? Eu tenho uma promessa a cumprir e preciso dela para manter meu avô a salvo...

 

-Precisa dela? Pra que? E essa promessa? Esther ninguém te pediu nada, só na sua cabeça essa vingança tem algum sentido.

 

Esther ficou sem palavras, tamanha era a convicção do discurso da amiga. Passou a mão pelos cabelos, fechou os olhos e suspirou como um desabafo:

 

-Eu não estou agüentando mais...

 

-Esther, você está perdendo grandes momentos da sua vida, você pensa que não estou percebendo seu olhar para Amy? Você está se apaixonando minha amiga...e fica perdendo tempo nesse plano de vingança estúpido...

 

-Ei Rachel, pode parar...não estou apaixonada não, e você chama minha promessa à minha mãe no leito de morte dela de estupidez?

 

-Uma grande estupidez sim, se sua mãe estivesse viva, não permitiria isso, ela não te pediu nada, você cultivou isso no seu coração desde criança, quanto tempo se envenenando amiga...

 

-Meu avô concorda comigo, ele viu o que minha mãe sofreu...

 

-Esther desculpe-me, mas seu avô nem sabe ao certo o que aconteceu com sua mãe, só quer te apoiar pra que você não sofra ainda mais.

 

-Já chega desse assunto Rachel, vou me vestir e vou visitar meu avô.

Rachel se dirigiu até a porta, mas antes de sair disse uma última coisa a sua amiga:

 

-Você está vendo sua vida passar Esther, presa a uma promessa insana, e isso é um grande engano.

 

Amy no seu quarto, se refazia do pranto, em um banho demorado, não tinha vontade de sair do quarto, não queria sequer cruzar com Esther pela casa, mas a visita de Laurel acabou fazendo-a mudar de planos.

 

-Ei loirinha, vista-se, vamos badalar na cidade, nada de ressaca!

 

-Laurel, não quero sair...me deixa aqui vai...

 

-De jeito nenhum...vamos lá, o domingo está lindo, vou te mostrar a cidade, outras irmãs vão conosco, não faço isso com qualquer novata não, se mexe menina vamos!

 

Vendo que não havia como contra-argumentar com Laurel, escolheu uma roupa leve, prendeu os cabelos ainda molhados, e seguiu com Laurel até o térreo, onde outras meninas já esperavam animadas para o passeio. Algumas expressando o mau humor típico de ressaca censuravam a animação das demais, poucas veteranas, mas todas se tratando com intimidade, Amy viu mais uma vez os cumprimentos peculiares, com estalinhos, exceto com ela, lembrou-se de sua condição de intocável como escolhida da presidente, e como se revoltou com isso, mesmo ainda desejando tanto o toque de Esther na sua pele...

 

Ellen se aproximou de Amy com ar sedutor, o que não passou despercebido pela loirinha:

 

-Não tem companhia no passeio novata?

 

-Ah...vou com a Laurel, e as outras meninas.

 

-Sua guia...ela não vai?

 

-Não sei, e não me interessa saber. – Amy respondeu secamente.

 

-Se é assim...vamos comigo no meu carro?

 

-Mas, Laurel me chamou...

 

-Vamos todas para o mesmo lugar, só estou te chamando pra ir no carro comigo.

 

-Tudo bem.

 

Amy sorriu, Ellen retribuiu o gesto, não perceberam que Esther as observava enquanto descia as escadas, com um olhar fuzilante, a morena as surpreendeu com um tom firme de voz:

 

-Onde você pensa que vai com ela novata?

 

-Eu tenho nome e você sabe muito bem qual é, onde e com quem eu vou não é da sua conta, já que você me dispensou lembra?

 

-Quem você pensa que é pra falar comigo assim?

 

Ellen percebeu o clima pesado entre as duas e interrompeu o diálogo carregado:

 

-Esther, vamos só dar uma volta na cidade, algumas veteranas vão levar as novatas, só ofereci uma carona a Amy, algum problema?

 

-Você sabe que ela é intocável não sabe Ellen?

 

-Claro, só estou sendo gentil com uma nova irmã.

 

-Ellen você não tem que se explicar com ela. –Amy vociferou encarando Esther.

 

A morena puxou a novata pelo braço até a ante-sala, encostou-a na parede e disse com autoridade:

 

-Não me desafie...você não me conhece!

 

-O pouco que te conheço já me faz não querer conhecer mais nada!

 

Amy tentou empurrar a morena pra longe dela, mas não conseguiu, Esther segurou seus dois braços, os olhares se encontraram e como ligados por imãs e se fixaram, o desejo de ambas parecia faiscar naquele ambiente, até Esther tomar a boca de Amy finalmente, com voracidade, sendo correspondida pela loirinha que entregava sua boca, sua língua, sugando os lábios carnudos e apetitosos de Esther. O beijo se prolongou por minutos, a respiração ofegante, delatava a excitação de ambas, até Esther largar Amy declarando:

 

-Você está avisada...

 

Saiu dali recolhendo o capacete que caíra no chão, deixando Amy perplexa e completamente sem ação ou palavras, absorta no desejo que ela lhe despertava, e perdida quanto ao que pensar sobre as atitudes da morena com ela. Foi seguindo para a sala onde as demais estavam, e viu Esther cochichar algo com Rachel e sair rapidamente sob o olhar atento de Ellen.

 

-Então vamos todas? –Laurel convocou.

 

Ellen já se aproximava de Amy para conduzi-la até seu carro, quando Rachel, puxou a loirinha pelo braço delicadamente:

 

-Você vai comigo Amy.

 

Amy não questionou, só balançou a cabeça positivamente, e seguiu, olhando para Ellen que estava visivelmente irritada com a intromissão de Rachel, que logicamente fora orientada por Esther a fazer isso.

 

A universidade de Prescott estava localizada em uma cidade litorânea, o passeio então foi no destino da praia mais badalada da região. O domingo estava perfeito para o programa, o sol radiante, a chegada das meninas no point como não poderia deixar de ser, chamou a atenção de todos que já estavam acomodados em barracas, e pela areia, na área que ficaram, a maioria eram de universitários de Prescott.

 

Ellen não tirava os olhos de Amy, que exibia seu corpo apesar de magro, tinha curvas e formas invejáveis, Jonh estava na praia também com sua namorada, e olhava para a loirinha com desejo, ela ignorava os olhares de todos, ainda saboreava o gosto de Esther na sua boca, deteve-se em contemplar o mar, como se ele pudesse lhe dar alguma resposta. Rachel interrompeu seu momento introspectivo, oferecendo-lhe água, puxando assunto com a novata:

 

-Amy, não temos intimidade, mas...eu conheço bem a Esther e...

 

-Rachel...não me interessa saber nada dela...mas você sabe me responder, quando ficarei livre dessa obrigação com ela, sendo eu a escolhida?

 

-Bem, isso na verdade depende dela, não há regras pra isso...

 

-Mas como não? E como foi com as outras?

 

-Que outras? Não houveram outras escolhidas com Esther, você foi a primeira!

 

-Mas por quê?

 

-Isso você terá que descobrir sozinha...

 

Outra interrogação cercava a história entre Amy e Esther, além de todos os mistérios acerca da Gama-Tau. O dia na praia das meninas quentes de Prescott se desenrolou num clima descontraído, foram assediadas, especialmente as veteranas, que esnobaram categoricamente os rapazes que se aproximavam, os olhares das meninas eram voltados pros corpos umas das outras, o desejo era inegável, especialmente das “guias” para suas novas pupilas, enquanto

Ellen seguia devorando Amy com os olhos. Na primeira oportunidade que Amy se afastou das demais para atender o celular, Ellen a seguiu, esperou a ligação terminar e abordou a loirinha:

 

-Difícil driblar suas seguranças loirinha...

 

-Laurel e Rachel estão sendo gentis comigo, já que a minha suposta irmã guia não está aqui...

 

-Ela não está fisicamente, mas acho que ela está aqui sim...Esther sabe como marcar sua presença.

 

Amy baixou a cabeça depois de sorrir sem graça, mexeu na areia com os pés, enquanto Ellen se aproximava, encostando-a no carro que ela estava próxima, deixando os seios de ambas roçando uns nos outros, Ellen desceu com uma das mãos por entre os seios da loirinha , por onde uma gota de suor percorria o trajeto.

 

-Você é deliciosa Amy...não te largaria assim sozinha, se fosse sua guia...

 

A novata ficara nervosa com o contato entre seus corpos, tentava se desvencilhar, mas gostava da mão de Ellen no seu corpo, a veterana era pura sensualidade, até no tom de voz. Olhou para o movimento dos lábios de Ellen, esta passava a língua por eles enquanto desviava seus olhos pelo corpo suado da loirinha. Enquanto os olhos de ambas se davam em um flerte quente, Laurel se aproximou chamando atenção de Amy:

 

-Amy eu estava te procurando! Vamos jogar vôlei agora! Vamos. E quanto a você Ellen...

 

-Eu o que Laurel? – a veterana disse irritada.

 

-Está na minha mira...e na de Esther também, você está brincando com fogo!

 

Desconcertada Amy caminhou com Laurel até a quadra de vôlei, fugindo do olhar da amiga, que insistia em lhe chamar atenção:

 

-Olha só Amy...eu não sei o que está acontecendo entre você e Esther, mas fique longe da Ellen, ela vive provocando a Esther, tem muita inveja dela, já era pra ter sido punida, mas ela quer arrastar a Esther nessa punição...

 

-Punição?

 

-É...se Esther, perder a cabeça, e a agredir fisicamente, Esther pode perder o cargo como punição.

 

A partida de vôlei transcorreu de maneira divertida, diante de olhares atentos dos demais universitários que iam ao delírio quando as meninas da gama-tau comemoravam um ponto com selinhos e batidas de mão no traseiro umas das outras.

 

Ao cair da noite, um luau se organizava, alguns se aproximavam com um violão e instrumentos de percussão, sentando na areia formando um círculo, mais gente se juntava atraídas pela música, inclusive as meninas da gama-tau. Em pé, perto de Laurel e Rachel, Amy viu uma moto encostar perto do estacionamento dos carros, e Esther descer, linda, com uma calça de tecido fino e transparente, com um top justo, por baixo da jaqueta de couro que ela tirou imediatamente ao descer, guardando debaixo do banco da moto junto com o capacete e caminhou até ela como em câmera lenta, ou isso era pura imaginação de Amy, hipnotizada por cada movimento da morena em sua direção. Era a visão mais que perfeita para Amy, os cabelos negros de Esther a favor do vento, espalhavam suas madeixas, no rosto de Esther um sorriso discreto se desenhava ao cruzar com o rosto de Amy fixo nela.

 

Esther não conseguiu esconder o sorriso de satisfação ao ver Amy ali protegida entre suas amigas, exibindo a pele levemente vermelha do sol, já estava de short curto, mostrava apenas a parte de cima do biquíni com pequenas estampas, uma barriga impecavelmente descoberta, cabelos presos pelo óculos de sol deixando os seus lindos olhos verdes brilharem olhando para a morena que se aproximava das três.

 

-Eu sabia que você apareceria por aqui amiga. – Rachel disse sorrindo para Esther.

 

-Esse luau está precisando da classe de sua música minha presidente. – Laurel completou.

 

A morena sorriu com alguma timidez e rapidamente desviou seu olhar para Amy, que mais parecia hipnotizada do que com a raiva que demonstrava mais cedo.

 

-E essa loirinha? Comportou-se bem? – Esther perguntou em tom de provocação, falando bem perto da boca de Amy.

 

-Você mandou sua segurança me cercar, então, pergunte a ela.

 

-Rachel não é minha segurança, sou segura o suficiente por mim

mesma, ela é minha amiga, e estava apenas sendo simpática com você, mas se você não quer responder, eu pergunto a ela. Rachel a novata se comportou bem?

 

Rachel balançou a cabeça negativamente sorrindo, como se desaprovasse o comportamento das duas, e respondeu:

 

-Exemplarmente, e olha, é uma atacante maravilhosa de vôlei.

 

-Ah...então minha escolhida é uma atleta...bom saber.

 

Esther pegou a mão de Amy puxando-a consigo, Laurel e Rachel as seguiram até a roda, onde Jimmy que estava tocando violão, parou a música, e estendeu o braço com o violão para a morena:

 

-Todo seu minha musa, assuma daqui.

 

Esther pegou o instrumento, sentou-se no espaço que abriram para ela, enquanto Amy ficou perto o suficiente para estar diante dos olhos dela, dedilhou algo no violão como se buscasse sentir a afinação do mesmo, e começou o acorde de uma balada bem propícia ao clima praiano:

 

BUBLY – COLBIE CAILLAT

Bubbly

Animado

I've been awake for a while now
you've got me feeling like a child now
cause every time i see your bubbly face
I get the tingles in a silly place

 

Eu estou acordada há algum tempo agora
Você fez com que eu me sentisse como uma criança
agora
Porque toda vez que eu vejo seu rosto animado
Eu sinto um arrepio num lugar bobo


It starts in my toes
makes me crinkle my nose
where ever it goes I always know
that you make me smile
please stay for a while now
just take your time
wherever you go

 

Começa na ponta dos meus pés
Me faz enrugar o nariz
Para onde for, eu sempre sei
Que você me faz sorrir
Por favor, fique por um instante agora
Não tenha pressa
Em qualquer lugar que você vá


The rain is falling on my window pane
but we are hiding in a safer place
under the covers stayin dry and warm
you give me feelings that I adore
A chuva está caindo no vidro da minha janela
Mas nós estamos nos escondendo em um lugar seguro
Debaixo das cobertas, ficando secos e quentes
Você me dá sentimentos que eu adoro

What am I gonna say
when you make me feel this way
I just........mmmmmmmmmmm

 

 

O que eu vou dizer
Quando você faz com que eu me sinta desse jeito?
Eu apenas.........

 

Amy sentiu-se invadida pela voz de Esther, mas não uma invasão mal educada ou impositiva, mas uma invasão como quem toma posse do que é seu, a voz da morena era suave, macia, e seus olhos fixos em Amy denunciavam uma sinceridade desconcertante na letra da música. Por alguns instantes, nem parecia que existia alguém mais ali naquela roda, que não fosse elas duas. A loirinha abriu um sorriso arrebatador para Esther quando esta finalizou o refrão, e todos aplaudiram a perfomance dela.

 

Esther tocou mais algumas músicas conhecidas, nas quais foi acompanhada por todos que a cercavam, menos por Amy que parecia não ter forças para outra coisa que não fosse olhar e sorrir para Esther que já olhava para Amy como uma musa de inspiração para seus acordes mais firulados.

 

Já era noite quando Laurel foi agrupando as meninas da gama-tau para voltar para a casa da fraternidade, lembrando de suas obrigações de estudantes no dia seguinte, Amy foi seguindo para o carro de Rachel quando essa lhe avisou:

 

-Esther disse que você voltaria com ela.

 

-Com ela? Mas de moto?

 

Esther estava logo atrás de loirinha e a surpreendeu falando por trás ao seu ouvido:

 

-Algum problema em andar de moto comigo novata?

 

O corpo de Amy arrepiou inteiro sentindo o calor da voz de Esther ao seu ouvido e sua respiração ali tão perto dela. Conteve sua excitação como se não fosse coisa desejável e disse secamente:

 

-Não acho moto um transporte seguro.

 

-Comigo você está segura não se preocupe.

 

-Esther é uma excelente piloto Amy, não há com que você se preocupar. – Rachel interviu.

 

Esther caminhou até a sua moto estacionada, levantou o banco pegando os capacetes e sua jaqueta de couro, acenando com a cabeça para Amy se aproximar, o que ela fez fingindo contrariedade.

 

-Isso não é roupa para andar de moto, vista essa jaqueta novata.

 

-Eu trouxe um moletom, não se preocupe.

 

Amy parecia irritada com o tom petulante de Esther, mas na verdade estava derretida pelo cuidado que a morena lhe dedicara. Pegou seu moletom no carro de Rachel, enquanto Esther já a aguardava de motor ligado, montada em sua motocicleta. Com um charme inédito, colocou o capacete e montou na garupa da morena com o cuidado para não tocar seu corpo, esforço inútil, porque tão logo a loirinha se acomodou no banco, Esther puxou seus braços fazendo com que envolvesse sua cintura, Amy a princípio relutou, mas o tom de Esther acabou a convencendo:

 

-É melhor você se segurar em mim, só assim garanto sua segurança no nosso trajeto.

 

No percurso Amy não só envolveu a cintura de Esther com força, como também jogou seu corpo por cima do corpo da morena, buscando sentir o calor dele que ardia mesmo com o vento frio do litoral tomando conta da estrada. Quando passavam pelo cais, Esther diminuiu a velocidade, até parar para a surpresa de Amy:

 

-Algum problema? Por que você parou?

 

-Por que você sempre acha que tem algum problema?

 

-Por que você tem atitudes estranhas como essa de parar nesse cais deserto sem nenhum motivo.

 

-Quem disse que não tenho motivo?

 

-Posso saber qual? Ou é mais um mistério da fraternidade que tenho que descobrir?

 

Esther sorriu, ajeitou os cabelos que o vento assanhava, pediu que Amy descesse da moto, e então fez o mesmo.

 

-Está vendo aquele farol? – Apontou para uma duna de areia um pouco distante.

 

-Sim, o que tem ele?

 

-Que horas são no seu relógio?

 

Amy tirou do seu bolso o celular, conferiu as horas e respondeu:

 

-São 20:59h , porque?

 

-Em um minuto você vai ver as luzes do farol piscarem alternadas, espera...

 

Amy esperou o relógio marcar 21h e observou o que Esther anunciara, as luzes do farol ficaram intermitentes, deduziu que fosse alguma falha na iluminação, mas não conteve sua curiosidade em saber como Esther sabia disso:

 

-Como você sabia disso?

 

-Vou esclarecer sua curiosidade...estou cheia de generosidade hoje, não quero ver brotoejas nesse corpo queimadinho agora do sol... – Esther sorriu divertida.

 

-Ah engraçadinha, fala logo ó soberana generosa.

 

-Um velho marinheiro cuida desse farol há mais de 20 anos. Há cerca de 10 anos atrás um navio atracou nesse porto, que já fora muito movimentado, hoje está praticamente desativado, apenas pequenas embarcações atracam aqui. O fato é que, nesse navio, havia uma mulher especial, linda, era austríaca, viajava nesse cruzeiro como pianista, tocava todas as noites nos jantares luxuosos que o restaurante fino do navio servia. O navio ficou aqui na cidade por 5 dias, ao desembarcar a mulher conheceu aqui mesmo na praia o marinheiro, apaixonaram-se imediatamente, e todas as noites, quando  a pianista tocava sua última música no jantar as 21h, o marinheiro ouvia e respondia piscando as luzes do farol, era a hora de se encontrarem. Foi assim nos cinco dias, a paixão entre eles era intensa, trocaram juras de amor, até o dia que o navio voltara ao seu curso, e aí, nem a pianista queria largar sua vida no mar com sua música, e nem o marinheiro, queria se desprender do seu passado, de sua história que estava ali na rotina do farol, nem um dos dois abriu mão de seu presente ou passado para viver esse amor, assim, se separaram, o marinheiro se arrependeu, ao ver o navio partindo, mas não conseguiu embarcar, gritou para a pianista que estava no convés, que a esperaria todas as noites e ela logo veria quando as 21h piscasse as luzes do farol.

 

-E ela voltou?

 

-Há quem fale que se você escutar com atenção, o mar traz a música dela e por isso o velho marinheiro não desistiu nunca de piscar as luzes na mesma hora todos os dias. Mas não, ela nunca voltou.

 

-É uma história triste...

 

-Não seja chata...é uma história romântica...nem sempre as histórias tem finais felizes.

 

-Mas os finais a gente pode escrever não é? Quem sabe ela ainda volte para o velho marinheiro...

 

-Verdade...psiu...está ouvindo?

 

-O que?

 

Esther segurou a mão de Amy e a puxou até a praia, a abraçou por trás, encostou o queixo no ombro da loirinha que se entregou ao momento, se deixando envolver, sentindo o calor do corpo da morena e seu cheiro inebriante, enquanto Esther sussurrava ao seu ouvido sons de piano, repetindo sílabas ritmadas “Pan pan pam...”. Amy fechava os olhos permitindo que aquela voz suave adentrasse até sua alma, respirou fundo querendo eternizar aquele momento.

 

Amy voltou seu corpo ficando de frente para Esther, e dessa vez a iniciativa foi dela, envolveu seus braços na cintura da morena e tomou sua boca em um beijo apaixonado, sem pressa, sem objetivos escusos, sem jogos, um beijo puro, por ele mesmo, Esther correspondeu com a mesma intensidade, e a paixão trocada naquele ósculo foi se tornando faminto, e só os lábios e línguas não eram suficientes para concretizar tal fervor, as mãos, braços se apertavam pelos corpos como se buscassem se fundir. Entre abraços e outros beijos, Amy e Esther caíram na areia unidas,trocaram carinhos e sorrisos como duas crianças brincando na praia, até seus olhos se encontrarem e denunciarem seu desejo, provocando a troca de outro beijo dessa vez cheio de excitação, com o corpo de Esther por cima do corpo de Amy, roçando mutuamente.

 

Sem nada mais dizer, Esther levantou-se rapidamente estendendo a mão para Amy, que estranhou e se decepcionou com a súbita parada nos carinhos calientes que estavam trocando, mas a seguiu. A morena subiu na moto, dando a mão para que Amy fizesse o mesmo e disse num tom carinhoso:

 

-Acho que precisamos de um mínimo de privacidade e conforto né?

 

Amy sorriu como se concordasse com a observação de Esther, e envolveu seus braços na cintura da morena dessa vez de uma maneira carinhosa e sensual, beijando o pescoço da veterana que se derretia em sorrisos com o gesto da novata.

 

Esther pilotava devagar, dessa vez sem capacete, sentindo o carinho de Amy lhe envolver, essa por sua vez, parecia embriagada com o cheiro que o vento trazia dos cabelos da morena. Esther parou próximo ao cais, onde alguns barcos e iates estavam atracados, Amy estranhou e não conteve a curiosidade:

 

-Não vai me dizer que você tem um barco...

 

-Acha que não posso ter?

 

-Não é isso...é que, você não parece ser tipo que curte essas ostentações...

 

-Não é ostentação, o barco que você vai conhecer, era do meu pai, era a paixão dele depois do surf...e foi a única herança que ele me deixou, meu avô tentou me convencer a vender, mas não consegui.

 

-E então você o usa pra trazer menininhas aqui?

 

Esther ficou séria de repente, parou diante do barco, e falou em tom magoado:

 

-Vamos embora, você não merece conhecer esse lugar se pensa isso de mim.

 

Amy arregalou os olhos já provando o imenso arrependimento de ter proferido o comentário descabido, apertou a mão de Esther e disse-lhe com o olhar cheio de sinceridade:

 

-Desculpe-me Esther, foi sem propósito e injusta a pergunta, eu quero conhecer o barco de seu pai, vamos?

 

A morena rendeu-se ao olhar carinhosamente arrependido da novata, respirou fundo, ajeitou os cabelos assanhados pelo vento e seguiu em direção ao barco Nina. Uma embarcação de médio porte, mas sofisticada sem exageros. Esther ajudou Amy a subir, a loirinha ficou encantada com a vista, mais bonita pela presença da morena à sua frente.

 

 Amy colou seu corpo ao de Esther a tomando em um beijo longo e faminto, o beijo logo evoluiu entre carícias insinuantes para o primeiro passo de uma noite de amor, quando Esther a puxou pela mão até as escadas próximas a cabine, desceu rapidamente. Lá em baixo, encontrou uma pequena sala com sofá, um bar, uma pequena cozinha, e uma porta, a qual Esther abriu com pressa, apresentando o quarto bem montado com cama de casal, com uma entrada para um banheiro.

Em poucos minutos as poucas peças de roupas que ambas vestiam se perderam na pressa das mãos de se possuírem enfim. Caíram naquela cama de maneira urgente, como se precisassem atender uma necessidade absolutamente vital, os corpos se buscavam de uma forma ardente mas ao mesmo tempo delicada, voltados e entregues a exploração da língua na pele, das mãos pela extensão do sex* de ambas, carícias exigentes até atingirem o ápice, uma explosão de gozo entre as pernas e vozes se deu naquela noite, Amy e Esther abraçaram-se sentindo seus corpos vibrarem por tal expressão, sorriram, e repousaram, encostando suas testas, cada uma ouvindo a respiração da outra voltando ao normal aos poucos.

 

Não sentiram o cansaço chegar, adormeceram ali coladas, nem tampouco viram o sol aparecer pelas escotilhas, acordaram com o celular de Esther tocando alto, era Rachel.

 

-Onde você está sua louca?

 

-Ai Rachel, fala baixo...

 

-Você sabe que horas são? A Amy está com você?

 

-Amy? Deixa eu ver se é ela que tá aqui... – Esther brincou olhando debaixo do lençol, onde Amy se espreguiçava.

 

-Esther!

 

-Acalma menina, ela está aqui, estamos bem, logo chegamos...

 

Esther dessa vez não fugiu de Amy, seria impossível, a loirinha estava em cima dela, beijando seu pescoço, seu queixo, simplesmente se rendeu ao carinho de Amy, e se amaram mais uma vez.

Enquanto Amy se levantou, Esther foi tomada por um sentimento de culpa indescritível, sentiu desejo de se punir por estar tão envolvida por Amy e pior, gostava disso. Rapidamente se levantou, vestiu-se de qualquer jeito e quando se preparava para deixar o barco, foi surpreendida com o grito de Amy na porta da cabine:

 

-Esther onde você vai?

 

-Desculpa, tenho que ir.

 

-Por favor, não me diz que você vai me dispensar de novo Esther...me diz que você está indo só comprar nosso café-da-manhã...

 

-Você é muito romântica loirinha...te ofereceria uma carona pra casa, mas estou com pressa.

 

-Esther não me deixa aqui...não faça isso, de novo!

 

A veterana não olhou para trás, evitando assim que Amy visse suas lágrimas caindo pelo rosto. A novata por sua vez não evitou que sua face fosse banhada com o sal de seu pranto, sentiu-se de novo humilhada, e dessa vez conseguia ser mais doloroso, uma vez que a noite com Esther tinha sido ainda mais perfeita, viu-se apaixonada e magoada em seguida.

 

Recolheu suas roupas espalhadas e caminhou amargando sua mágoa até um posto de táxi perto do cais, prometendo a si mesma não permitir que Esther lhe tocasse nunca mais, chegando à casa, ignorou as demais irmãs reunidas na sala, subiu para o primeiro andar sem sequer cumprimentar ninguém. Trancou-se no quarto desejando deixar aquela fraternidade, pra que nunca mais fosse obrigada a cruzar com Esther. Laurel até tentou falar com Amy, mas foi inútil, ela sequer respondeu a amiga, não chorava mais, ficou ali deitada na cama olhando pro nada sentindo o abalo como nunca experimentara na vida.

Fim do capítulo


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Comentários para 6 - CAPÍTULO 6: A RESSACA:
Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 17/11/2021

Amy caí fora Ester só quer te usar abre olho

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