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Proibida pra mim por Zoe Lopes

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Palavras: 1347
Acessos: 1183   |  Postado em: 05/11/2021

Capitulo 14

"JÁ NÃO SEI DIZER SE AINDA SEI SENTIR"[1]

            Marília chegou acompanhada de sua mãe ao aeroporto Brigadeiro Lysias Rodrigues depois de mais de doze horas de viagem.

            - Que lugar longe esse que você resolveu se meter, menina! Com esse tempo de voo dava para chegar em Paris.

            Sua mãe ria enquanto esperava as malas na esteira de bagagem. 

            Marília tomaria posse no cargo de defensora pública da União em uma semana e precisava se instalar. Devia estar feliz, mas o torpor que a envolvia desde o meio do ano não deixava que nenhum sentimento bom se instalasse. Não sentia nada em relação a sua conquista profissional. Ela esboçou um sorriso amarelo e concordou com a mãe, sem querer prolongar o assunto. Para ela, se a cidade fosse mais longe e sem aeroporto próximo seria ainda melhor.

            Recolheram as malas e pegaram um táxi em direção ao flat que sua mãe havia alugado às escuras. Esperava que o lugar fosse confortável porque precisava de um banho e de uma cama pois seu corpo estava gritando após o voo e a interminável conexão no aeroporto de Guarulhos.

            Dona Marisa ficaria com a filha por vinte dias, tempo em que conseguiria se afastar de seu trabalho em Fortaleza, sua cidade Natal. Achava que seria tempo suficiente para que Marília se instalasse e se habituasse, minimamente, com sua nova rotina. Estava muito preocupada com a filha, pois nunca a tinha visto tão triste. Marília andava calada demais, pensativa demais. A mãe sabia que os últimos meses da defensora não tinham sido fáceis. Sua menina precisou amadurecer pelo sofrimento e isso é muito dolorido. Tinha medo de deixá-la sozinha e tão longe de casa, mas não tinha muito o que fazer além de torcer para que ela reencontrasse com a alegria que era tão sua.

            Ao chegarem no flat, tiveram uma grata surpresa. O lugar era bastante agradável, limpo e, aparentemente, bem localizado. No dia seguinte, iriam explorar a vizinhança e organizar tudo para que Marília se instalasse em sua nova cidade. A agenda seria intensa. Iriam ao Shopping Palmas localizado no centro da cidade comprar coisas de casa como roupas de cama e banho, à Defensoria Pública da União para entregar a documentação necessária para a posse, ao supermercado e a mãe ainda tentava lhe convencer que precisaria de um carro.

            A baixinha também precisava decidir se continuaria no flat ou se procuraria um apartamento. Apesar de toda a resistência da filha que odiava dirigir, já havia combinado com o marido que o carro seria comprado e não haveria discussão.

            Aqueles dias passaram voando, Marília quase não falava, mas concordava com tudo que a mãe decidia. Apenas com relação ao veículo quis contestar, mas Dona Marisa não deu espaço para discordâncias.

            - Mamãe, eu não preciso de carro. A cidade é pequena, tudo fica perto e a senhora sabe que eu odeio dirigir.

            - Fora de cogitação, Marília! Você quer mesmo ficar sozinha em um lugar longe como esse, onde você não conhece ninguém dependendo de táxi? Imagina se acontece alguma coisa de madrugada? Como você vai resolver? Aliás, seu pai disse que quanto a esse assunto não haveria discussão e eu concordo com ele. - Falou encerrando o assunto enquanto enfrentava a burocracia na concessionária.

            Marília não falou mais nada porque sabia que nada que dissesse iria fazê-los mudar de ideia. No dia seguinte recebeu o carro, mas só o dirigiu quando foi deixar a mãe no aeroporto.

            Quando voltou para o flat, se viu sozinha pela primeira vez em sua nova morada, em uma cidade desconhecida onde não tinha um único amigo. Sentiu um aperto de saudade de sua família e de André.

            Decidiu continuar no mesmo imóvel porque gostou muito da localização, já estava habituada com a vizinhança e encontrava praticamente tudo próximo de casa. Tomou um banho demorado, fez um sanduíche e ficou deitada no sofá ouvindo música. Pensou em como estaria se não tivesse perdido sua Maria.

            O Natal se aproximava e ficou imaginando o paparico de toda a família com a menina, a quantidade de presentes que ganharia. Imaginou seu sorriso sem dentes.... As lágrimas, suas companheiras de todos os dias, não tardaram a lhe banhar o rosto. 

            - Será que Isis ainda estaria com a gente? - Pensou alto.

            Depois que saiu do hospital, Marília não encontrou com Isis nenhuma vez. A morena não lhe procurou e a defensora, por sua vez, ficou enfurnada em seu quarto na casa de seus pais. Não viu quando o quarto de Maria Eduarda foi desmontado e o apartamento desocupado. A única pessoa, além dos pais e da irmã, com quem teve contato foi com André que foi incansável em lhe apoiar e transmitir conforto, por menor que fosse.

            Nos meses entre a morte de Maria e sua mudança para Palmas, fez sessões de terapia duas, às vezes três vezes na semana, o que lhe ajudou a conviver com sua perda devastadora. Recebia muito amor e apoio, mas o peso que tinha em seu peito parecia que nunca iria embora.

            Dona Marisa, sabendo das fragilidades da filha e preocupada com a distância, já havia deixado algumas sessões marcadas na psicóloga e Marília tinha prometido à mãe que iria fazer a terapia e que tentaria conhecer novas pessoas. Não sabia se conseguiria, mas precisava superar os gatilhos emocionais que lhe causavam muita dor, raiva e sofrimento. Sempre chorava e sentia muita revolta quando via mulheres grávidas e bebês. Aquilo lhe estava fazendo muito mal e, apesar de tudo, precisaria aprender a conviver com essas situações tão comuns na vida de outras pessoas. 

            Após quatro meses, a dor era tão pujante que parecia que havia acabado de acontecer. Perdeu no mesmo dia sua filha linda e a mulher que amava. A Isis que lhe cuidou e amou durante a gravidez morreu com Maria Clara.

***

            Marília estava na varanda do flat com um copo de vodka pura na mão. Enquanto olhava para o horizonte lembrava do primeiro réveillon que passou com Isis. Tratou de espantar os pensamentos que insistiam em povoar sua mente. Já era quase meia noite e ela estava sozinha. 

            Sua mãe insistiu que ela passasse a virada do ano com a família, mas a última coisa que ela queria era voltar pra casa. Queria distância de Fortaleza e de todas as lembranças que a cidade que tanto amava lhe trazia. Inventou que não podia se ausentar porque tinha plantão na defensoria. Uma puta mentira já que no fim do ano nada funcionava no judiciário.

            Tomou o último gole da bebida ao mesmo tempo que via os fogos explodindo ao longe. Sabia que precisava esquecer o passado. Nada do que passou lhe pertencia mais.

Desejou só lembrar do que acontecesse dali em diante. Queria um botão para apagar o passado ou para, pelo menos, tirar todo o sentimento que ele lhe provocava.

            Escutou o telefone tocando e pensou em não atender. Mas sabia que era sua mãe e que estava preocupada por ela estar sozinha e tão longe de todos. Depois que perdeu Maria Clara a mãe estava marcando colado. Mas essa foi sua escolha. Esperava não se arrepender.

            - Oi, mamãe. Estou bem sim. Vi os fogos aqui da varanda sim. Já estava indo deitar, amanhã a gente se fala, tá? Manda beijo pro papai e pra Aninha. Vou me cuidar, sim. Não se preocupe. Feliz ano novo pra vocês também.

            Desligou o telefone e escutou a voz de Cássia Eller que tocava no som da sala: 

"Socorro, alguma alma, mesmo que penada,

Me empreste suas penas.

Já não sinto amor nem dor,

Já não sinto nada.

Socorro, alguém me dê um coração,

Que esse já não bate nem apanha.

Por favor, uma emoção pequena,

Qualquer coisa."[2]

            Desligou o som e pensou que não queria sentir mais nada. Queria acordar e descobrir que tudo não passou de um sonho ruim.



[1] Maurício, Legião Urbana

[2] Socorro. Cássia Eller.

Fim do capítulo

Notas finais:

Querides,

Um novo capítulo da história de Marília começa agora. Será que ela vai coseguir superar seus traumas, dores e Isis?

Conto com a companhia de vocês.

Bjs

Z


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Comentários para 14 - Capitulo 14:
Lea
Lea

Em: 30/04/2022

A Marília já amava tanto a filha.

Isis foi covarde, só pensou na dela mesma!

Responder

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kasvattaja Forty-Nine
kasvattaja Forty-Nine

Em: 09/11/2021

Olá, tudo bem?

 

Esse tipo de história envolvendo pessoas tão díspares — a meu ver, veja bem — como Amanda, Ísis e Marília tira-me o chão, mesmo sendo literatura e ficção — ou não, quem sabe?

É triste ver que existem pessoas assim, e falo das três e não somente da Ísis.

É isso!

 

Post Scriptum:

 

''Quando querem transformar

Dignidade em doença

Quando querem transformar

Inteligência em traição

Quando querem transformar

Estupidez em recompensa

Quando querem transformar

Esperança em maldição:

É o bem contra o mal

E você de que lado está? ''

 

Legião Urbana, ''1965 (Duas tribos)'', As Quatro Estações - 1989.

 

Marcelo Augusto Bonfá/Renato 'Russo' Manfredini Júnior/Eduardo Dutra 'Dado' Villa-Lobos


Resposta do autor:

Querida, 

Fico feliz que a história consiga despertar sentimentos em você.

Obrigada por acompanhar essa saga.

Bjao

Zoe

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FENOVAIS
FENOVAIS

Em: 05/11/2021

Pqp,que pessoa bosta é a Isis. Eu sou terminantemente avesso a pessoas fracas neste nível. Nos 2 desafios a pessoa fudeu com a outra. Não aguenta a porra do rojão, vaza. 

 


Resposta do autor:

Fe, 

Existem pessoas que, no máximo, a gente pode esperar companhia. Nunca o companheirismo, de fato.

De Isis, eu acho que nem companhia, mas Marília é muito iludida. Tomara que ela aprenda alguma lição.

Bjs

Zoe 

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