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Beautiful and Dangeours por contosdamel

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Palavras: 4136
Acessos: 697   |  Postado em: 02/11/2021

EPISÓDIO 17 – Seguindo as pistas

Fernanda e Dulce seguiram cedo para Cabo Frio, encontrar os pais de Mariana poderia trazer alguma relação com os assassinatos e o passado das meninas, a expectativa era grande, mas, a policial mostrava um bom humor incomum numa situação de ansiedade como aquela. Dulce estranhamente no trajeto pouco falou, prestando atenção na expressão da amiga, vez por outra Fernanda acompanhava a música do cd player do carro, e a aparência leve, deixava escapar um sorriso ao comentário mais tolo que a jornalista fazia.

 

-- Ah, a Carol é muito gente boa viu Nanda? A gente se divertiu muito ontem, nossa, ela é uma grande concorrente, o macharal atacou ela...

 

-- A Carol é linda, e é uma pessoa maravilhosa, mas é uma anta quando se trata de homem, ow dedo podre! É apaixonada pelo Beto, é meu amigo, mas, é um mané! Safado, faz a Carol de boba! Já falei pra ela sair, conhecer outros caras, pelo menos melhor do que o Beto, ela arruma.

 

-- Ela falou disso a noite toda – Dulce parou para rir – Ela deve estar com uma ressaca monstra hoje, enfiou o pé na jaca!

 

-- Ah Dulce, mas você não deixou ela fazer bobagem não né?

 

-- Ai Nanda, você acha que eu sou uma irresponsável atrapalhada né?

 

            Fernanda não respondeu, só riu.

 

-- Eu sou uma amiga muito leal sabia? Não sacaneio amigas, nem traio confiança delas não! Eu cuidei da sua amiga ontem, a deixei em casa, fomos de táxi, só depois fui pra casa.

 

-- E aí? Vocês cataram algum boy?

 

-- Ah só uns beijinhos, trocamos números de telefone, nada demais.

            Dulce respondeu se preparando para perguntar algo do mesmo sentido a amiga.

 

-- E você? Essa pele, esses cabelos, esse bom humor... Tem um motivo especial pra isso?

 

-- E... Tava demorando...

 

-- Ah Nanda, estamos conversando, falando da minha baladinha com sua amiga, porque você não pode ser uma pessoa normal e me falar de você? Acha que não vou entender só porque sou hetero?

 

-- Nada a ver! Só não gosto de falar da minha vida pessoal...

 

-- Nanda! Eu não sou sua colega de trabalho, sou sua amiga!

 

-- Dulce, eu vou falar só uma coisa, mas não pergunte mais nada ok?

 

-- Ok...- Dulce disse pouco convencida.

 

-- Estou com alguém, é uma mulher incrível, especial, e se der certo mesmo, eu te apresento. Pronto.

 

-- Como se eu não conhecesse... – Dulce pensou alto.

 

-- Dulce...

 

-- Tá! Parei!

 

-- Chegamos à cidade, digita aí no GPS o endereço.

 

            Fernanda pediu. Em vinte minutos localizaram a residência dos pais da amiga morta, Mariana. A casa era simples, em um conjunto típico do modelo das casas financiadas pelo governo federal. Tocaram a campainha, e uma senhora de baixa estatura, tinha por volta de 60 anos, cabelos amarrados com alguns fios brancos aparecendo na raiz, abriu.

 

-- Pois não?

 

-- Bom dia senhora. Dona Eliete não é? – Dulce respondeu.

 

-- Sim. E vocês quem são?

 

-- Certamente a senhora não se lembra de nós, mas, éramos amigas da sua filha, Mariana. – Fernanda disse.

 

            A senhora ficou pálida, apertou os olhos como se tentasse reconhecer as meninas da idade de sua filha, na face daquelas belas mulheres.

 

-- Podemos conversar um pouco com a senhora? – Dulce perguntou.

 

-- Não imagino o que vocês tem para falar em algo tão doloroso depois de tanto tempo...

 

-- Dona Eliete, é importante, por favor, não vai tirar muito tempo da senhora.

 

            Fernanda insistiu, a senhora, abriu espaço convidando as duas para entrar e se sentarem na casa simples, mas muito bem arrumada.

 

-- O que vocês querer afinal? – Dona Eliete se sentou perguntando.

 

-- Dona Eliete, fomos vítimas do incêndio que... nos levou a Mari. Estávamos com ela naquela tragédia, mas éramos muito jovens, não sabemos que o houve depois, se a escola foi responsabilizada, se vocês receberam algum tipo de indenização... – Fernanda explicou.

 

-- Por que isso agora? São quase quinze anos, vocês nunca apareceram, nem mesmo na missa de 1 ano de morte dela, e agora aparecem perguntando se a gente recebeu indenização? O que vocês querem afinal? Dinheiro? – O tom da senhora intimidou as meninas.

 

-- Não se trata de dinheiro dona Eliete. Nós na verdade nos afastamos um tempo após aquele incêndio, foi muito traumático para todas nós, claro que nem de longe é comparado ao que a senhora e sua família enfrentou, mas, agora, nos reencontramos, e gostaríamos de saber mais detalhes daquele incêndio que foi muito estranho... Como o colégio não existe mais, não sabíamos por onde começar, pensamos que vocês poderiam nos ajudar com alguma informação a mais.

 

            Dulce tentou argumentar, sem explicitar o motivo real daquela investigação.

 

-- O colégio não existe mais, nem minha filha... Não recebemos indenização nenhuma, tudo que temos é nossa dor, nossa saudade, e as lembranças horríveis que aquele incêndio causou a nossa família.

 

-- Dona Eliete, éramos muito jovens, perder a Mari foi muito traumatizante para nós também, e por pouco não morremos como ela... Durante muito tempo sofremos com as lembranças, agora que nos reencontramos, achamos que é nossa obrigação procurar justiça, se aquele incêndio foi criminoso. – Fernanda continuou argumentando.

 

-- Na época, os bombeiros disseram apenas que foi um curto circuito, era um colégio antigo, estava em reforma uma parte do auditório, foi um infeliz acidente que poderia ter sido evitado, se houvessem saídas de incêndio. – Dona Elite explicou.

 

-- Isso foi uma falha da escola então... Nós ficamos presas realmente, só havia uma saída do auditório que estava obstruída por uma viga de madeira que caiu... – Fernanda relembrou num tom baixo de voz.

 

-- A mesma viga que minha Mariana ficou presa. – Dona Eliete falava enxugando as lágrimas. – Mas, eu não estou interessada em processar ninguém por isso, se foi por esse motivo que vocês me procuraram, perderam seu tempo.

 

-- Só queríamos detalhes do que aconteceu depois, já que fomos vítimas também... – Dulce tentava emendar o assunto quando foi interrompida.

 

-- Vocês acham que podem fazer isso? O que dá o direito a vocês remexerem nessa ferida? Vocês não sabem o que é perder um filho, e uma filha como a Mariana, linda, inteligente, nosso orgulho é uma dor ainda maior! Ela fazia de tudo para estar a altura das amigas ricas, e estava com vocês, e só ela morreu nesse incêndio. Vocês falam de traumas, o que é isso comparado ao que eu, meu marido e meus outros filhos passamos ao perder nosso anjo?

 

-- Dona Eliete... – Dulce tentava acalmá-la.

 

-- Meu marido nunca mais foi o mesmo, depois da morte de Mariana, passou a beber sem controle, se transformou em um alcoólatra, desestruturou nossa família, foi aposentado por invalidez depois de desenvolver um câncer no fígado, até morrer, sofreu muito e fez a todos nós sofrermos!

 

-- Eu sinto muito dona Eliete. – Fernanda tentava acalmar a senhora – Nós não queremos abrir feridas do passado, só estamos fazendo essas perguntas por que é importante...

 

-- Importante? Pra que? Para matar a curiosidade de vocês? Vocês eram tão amigas da Mariana, ela falava tanto de vocês, e todos esses anos, nenhuma de vocês nos procurou, para saber como estávamos enfrentando a perda de nosso tesouro... Vocês não sabem o que passamos... Meu marido alcoólatra, meu filho vivia buscando o pai em bares, ou caído pelas calçadas, até que ele, um menino, se perdeu na vida, era muito apegado à irmã, e vendo o pai se acabar na bebida, perdeu o rumo também, se envolveu com drogas, foi preso, e foi assassinado na penitenciária por outros traficantes. Isso sim é traumatizante!

 

            As meninas se entreolharam, constrangidas, culpadas e penalizadas com as marcas de dor que aquela mulher evidenciava.

 

-- Eu carrego a dor de ter perdido dois filhos e meu companheiro, e tudo começou com aquela tragédia. As freiras não pagaram a indenização que tínhamos direito sim, porque declararam falência depois de anos de briga na justiça. Tenho uma única filha que cuida de mim hoje, mas nós duas arrastamos conosco toda dor que nossa vida se transformou desde a morte de Mariana, e agora vocês aparecem remexendo nisso porque é importante para vocês?!

 

-- Nós não podíamos imaginar dona Eliete. Perdoe-nos. – Fernanda disse com os olhos marejados.

 

            Enquanto a senhora enxugava o rosto, uma mulher entrou na casa, com algumas sacolas de compras.

 

-- Mãe, trouxe o que a senhora me pediu...

 

            A mulher, que não aparentava ter mais de quarenta anos, parou de falar quando notou a presença das meninas. Encarou a mãe, o rosto dela denunciava seu pranto recente, logo associou à visita das desconhecidas.

 

-- O que está acontecendo aqui? – A mulher indagou.

 

-- Essas moças eram amigas da sua irmã.

 

-- O que fazem aqui? – A mulher falou colocando as sacolas na mesa de jantar.

 

-- Viemos conversar com sua mãe sobre o incêndio, estávamos lá, mas não nos lembramos de detalhes da investigação que ocorreu depois da tragédia. – Fernanda explicou.

 

-- Quinze anos depois vocês vem nos atormentar com isso?

 

-- Miriam... Elas já estavam de saída.

 

            A mãe disse, convidando as meninas a saírem. Dulce e Fernanda entenderam o recado e se levantaram constrangidas ao mesmo tempo. Quando atravessaram o portão, Miriam as seguiu.

 

-- O que vocês queriam afinal vindo aqui? Minha mãe é idosa, hipertensa, não pode se emocionar assim, como vocês conseguem ser tão egoístas assim?

 

-- Nós não tínhamos noção do que aconteceu a sua família depois da morte da Mari. Sentimos muito. Não era nossa intenção. Mas nosso motivo era importante. – Dulce respondeu.

 

-- Como assim importante? Vocês podem enrolar minha mãe, mas a mim não.

 

-- Pessoas ligadas a nós estão sendo assassinadas, e acreditamos estar relacionada com esse incêndio, é a única coisa que temos em comum, viemos aqui em busca de informações sobre o incêndio, já que o colégio não existe mais, e nós fomos as únicas testemunhas da tragédia.

 

            Fernanda explicou na esperança de que Miriam, mais calma pudesse acrescentar alguma informação. A mulher pensou por alguns segundos, apertou os olhos e disse:

 

-- Eu e meu pai tentamos forçar uma investigação, mas as freiras tinham muita influência na época, a investigação não deu em nada, nosso processo que pedia indenização já que a culpa foi da escola demorou anos para ser julgado não deu em nada, porque as freiras decretaram falência e as dívidas da escola eram maiores do que o próprio patrimônio, e os que adquiriram as instalações pagaram apenas as despesas trabalhistas, em um acordo com a justiça. Mas, vocês não foram as únicas testemunhas.

 

-- Não? – Dulce e Fernanda indagaram surpresas ao mesmo tempo.

 

-- Não. Havia outra pessoa lá, uma mocinha da idade de vocês. Foi ela que ligou para os bombeiros, depois, durante um tempo, ela manteve contato conosco, ficou muito amiga do Maurício, meu irmão mais novo, já falecido também.

 

-- Você se lembra do nome dela? – Dulce perguntou.

 

-- Era um nome pequeno, deixe-me lembrar... Agnes, era esse o nome.

 

-- Obrigada Miriam, já vai nos ajudar. Desculpe-nos mais uma vez, não tínhamos a menor noção do que aconteceu a sua família depois daquela tragédia.

 

            Fernanda disse estendendo a mão para cumprimentar a mulher.

 

-- Certo... Mas, não procure mais a minha mãe para falar disso, minha mãe sofreu e sofre muito, é muito difícil lidar com essa tristeza dela.

 

-- Podemos imaginar. – Dulce disse.

 

-- De qualquer forma... Bom, em maio, completa 15 anos da morte da Mariana, vamos mandar celebrar uma missa, aqui na igreja do bairro mesmo, se vocês quiserem vir...

 

-- Viremos sim, obrigada pela atenção Miriam.

 

            Fernanda disse, e depois seguiram para o carro.

 

-- Dulce, precisamos descobrir quem é essa Agnes, acha-la! Estou aqui pensando, como fui lesada e não pensei nisso antes! Se houve morte, teve processo, foi aberto inquérito, vamos buscar nos arquivos da polícia, vamos ver o que tem registrado.

 

-- A gente foi muito egoísta Nanda... Nunca viemos saber nada da família da Mari, que barra essas pessoas enfrentaram...

 

            Dulce se martirizava. O silêncio de Fernanda depois disso, confirmava que a morena compartilhava da mesma culpa da jornalista.

 

-- É... Precisou um psicopata nos unir para procurarmos a família da Mari... Destino cruel não acha? – Fernanda concluiu o pensamento, no trajeto de volta, as duas mal conseguiram trocar palavras, se corroendo de culpa e pena pelos relatos que ouviram da mãe da amiga.

*****************

            Fernanda chegou ao distrito com outra tarefa a cumprir, buscar nos antigos arquivos da polícia o inquérito do incêndio do Nossa Senhora das Graças. Dulce ficou a cargo de encontrar algum contato com Agnes, tinha o telefone de algumas amigas do antigo colégio, quem sabe alguma delas conhecesse a menina, com sorte, chegaria a alguma indicação ou informação sobre o endereço atual.

            A policial apelou para a habilidade da amiga escrivã mais uma vez, ligou para Carol que estava de folga, de propósito, berrou:

 

-- Oieeeeee Cacá!

 

-- Vá à merd* Fernanda! Pra que esse grito porr*!

 

-- Quem manda enfiar o pé na jaca no meio da semana?!

 

-- Hoje é sexta porr*! Que mané meio da semana!

 

-- Ah Carol, estou precisando de você, venha trabalhar!

 

-- Mas nem que tivesse o Caio Castro nu, com um buquê de rosas na mão pra mim, me oferecendo uma noite de sex* eu sairia de casa hoje, que dirá pra trabalhar!

 

-- Ai pessoa ingrata... – Fernanda dramatizou. – Preciso achar o inquérito do incêndio do colégio que estudamos, o que vitimou a Mari, tem uma testemunha, precisamos acha-la, e saber o que foi apurado na época pela polícia, laudo do corpo de bombeiros, essas coisas.

 

-- Nanda esses inquéritos antigos tenho certeza que não foram digitalizados, você vai ter procurar mesmo no arquivo morto, certamente está na delegacia que investigou, a mais próxima do colégio na época.

 

-- Você tem razão... Vou procurar aqui, saber que delegacia é, pegar o endereço e pedir para o Wellington falar com o delegado responsável, sabe como é, ficam logo pedindo ofício, aquelas burocracias...

 

-- É, o Wellington pode facilitar pra você, agora me deixa dormir, que minha cabeça está explodindo!

 

            Carol desligou o telefone resmungando. Conforme planejara, Fernanda seguiu direto para a sala do delegado quando a porta do elevador se abriu. Na sala de Wellington encontrou sua mais nova namorada, os olhos brilharam, seguraram o sorriso para não denunciarem a paixão que nascia entre elas.

 

-- Bom dia doutora Letícia. Bom dia delegado.

 

-- Bom dia Agente Garcia. – Letícia foi a primeira a responder.

 

-- Bom dia, e então em que pé estão as investigações? O Ferreira me falou que você foi a cabo Frio, seguindo uma pista, conseguiu algo?

 

-- Talvez, preciso das informações do inquérito do incêndio Wellington, provavelmente está no arquivo morto da delegacia que investigou na época. Houve uma testemunha, e é mais uma chance de montarmos esse quebra-cabeças.

 

-- Se sua linha de investigação envolve esse evento do passado de vocês, com certeza você terá que investigar o incêndio. – Wellington concordou.

 

-- Então, preciso de sua ajuda. Evitar os atrasos de burocracia, preciso ter acesso aos arquivos, você poderia adiantar isso para mim? Pedir autorização ao delegado de lá para liberar meu acesso?

 

-- Claro, qual é a DP?

 

-- O colégio era em Ipanema, mas não sei na época, dezesseis anos atrás, se é a mesma, ou se houve alguma subdivisão...

 

-- Pode deixar, eu tenho como descobrir isso. Assim que eu tiver uma resposta aviso.

 

-- Doutora, eu preciso de sua ajuda, para fazer o perfil psicológico do assassino, a Gisele, já que escreveu o livro, pode ajudar, ela se ofereceu para assessorar-nos nesse caso, já que está envolvida, podemos conversar?

 

-- Claro que sim Agente Garcia, vamos até meu escritório?

 

-- Claro...

 

            Fernanda já saia da sala acompanhando Letícia quando o delegado as interrompeu:

 

-- Doutora? A senhora não respondeu ao meu convite...

 

-- Ah, perdoe-me delegado, infelizmente terei que recusar, já tenho um compromisso para hoje.

 

            Wellington assentiu com um gesto decepcionado. Quando saíram da sala um tanto apressadas em direção ao elevador, Fernanda cochichou:

 

-- “Ela tem um compromisso com a namorada dela delegado”.

 

            Letícia abriu um sorriso, enquanto a morena lhe dava uma piscadela de olho. Mal chegaram ao escritório da legista e Fernanda já jogava o corpo da ruiva no sofá.

 

-- Que saudade! – Fernanda quase gem*u arrancando um beijo de Letícia.

 

-- Eu também, ai Fer...

 

            Leticia sussurrou sentindo seu corpo se excitar com a língua de Fernanda invadindo sua boca.

 

-- Ai que vontade de te ter aqui e agora Lê...

 

            As mãos de Fernanda já subiam pelas pernas de Letícia, sua pele eriçava, seu sex* já pulsava úmido.

 

-- Adoro sua escolha de guarda-roupas para trabalhar, facilita tudo...

 

            Fernanda dizia com uma expressão safada, levantando o vestido da médica, alcançando a calcinha dela, afastou-a para ter acesso aquela cavidade quente, convidativa, era quase imperativo introduzir ali seus dedos, massagear o sex* encharcado e edemaciado de tesão.

 

-- Ai Fer...

 

-- Você me enlouquece Lê...

 

            Sussurravam, gemiam, entre beijos e mordidas. Fernanda calava os gemidos mais altos da médica com beijos que tiravam o fôlego da ruiva, mas quando facilmente Letícia atingiu o ápice, a policial teve que tapar a boca da médica para evitar que seu grito de prazer chamasse atenção das pessoas em outras salas vizinhas. Abraçaram-se ofegantes.

 

-- Oh my God! Como eu posso estar tão fora de controle assim?!

 

            Letícia desabafava em meio a um largo sorriso.

 

-- Acredite, somos duas descontroladas... Mas o que posso fazer, não resisto a você...

 

            Fernanda a beijou de novo, dessa vez acariciando seus cabelos, o rosto alvo da médica. Levantou-se em seguida e disse:

 

-- Mas... Já que estamos no nosso horário de trabalho, preciso dizer que o que eu disse na sala do delegado é verdade, eu preciso mesmo de sua ajuda para traçar o perfil do assassino.

 

-- Eu sei... – Leticia se sentou no sofá se recompondo – Mas precisa mesmo trazer a Gisele?

 

-- Lê... Não faz isso vai...

 

-- Tenho conhecimento científico suficiente para fazer isso sem ajuda dela. – Leticia foi arrogante.

 

-- Ui! Eu sei que tem minha linda, mas ela “criou” os crimes, não acha que pode ajudar?

 

            Letícia deu de ombros, insatisfeita com a verdade da suposição de Fernanda.

 

-- Mas essa implicância com a Gisele nasceu de onde mesmo? – Fernanda segurou o riso.

 

-- Não tem implicância nenhuma! Para de inventar coisas...

 

            Leticia disse se levantando indo em direção à sua mesa.

 

-- Eu já te disse que você não tem motivos pra ter ciúmes da Gisele. Você já soube que tivemos algo no passado, mas é passado!

 

-- Você não me contou né, eu soube por acaso...

 

-- Lê você quer que eu te faça um histórico das minhas ex-namoradas? Olha vou te adiantando, não será pequeno...

 

            Letícia apertou os olhos e cruzou os braços mostrando irritação.

 

-- Não quero saber não... Mas... A Gisele, foi mesmo seu primeiro amor?

 

            O tom de voz irritado de Leticia era evidente, mas Fernanda se divertia com o ciúme da namorada.

 

-- Fernanda não ria! Estou fazendo uma pergunta séria.

 

-- Calma Lê... – Fernanda se aproximou da médica – Eu vou te responder, a tudo que você quiser, mas, já te adianto, nada no meu passado me prende, eu só tenho você no meu presente, desfaz essa tromba vai...

 

            Fernanda dizia conseguindo envolver Leticia pela cintura, desarmando a ruiva.

 

-- A Gisele foi a minha primeira namorada, foi mesmo meu primeiro amor. Mas, também foi minha primeira decepção, ela foi embora, nossa história acabou, não restou nada, sofri como toda adolescente sofre quando se decepciona com seu primeiro amor, mas isso já tem tantos anos que nem vale a pena eu estar te contando, que dirá você ter ciúmes...

 

-- Fer... Ela voltou agora, não é mais uma menina, é mulher bonita, rica, famosa, e apesar de eu não entender desse universo do relacionamento entre mulheres, não sou cega para não ver os olhos dela para você, e agora sabendo que vocês tem um passado...

 

            Fernanda calou Letícia com um beijo ardente.

 

-- Que tal falarmos em presente? Eu e você? – Fernanda disse enquanto Letícia ainda abria os olhos.

 

-- Certo, acho um bom assunto...

 

            Letícia disse como se saísse de uma hipnose, provocada pelo efeito do beijo de Fernanda.

 

-- Que tal namorarmos mais um pouquinho mais tarde heim? - Fernanda dizia beijando o pescoço e o rosto de Leticia.

 

-- Só um pouquinho? Amanhã é sábado... Podemos namorar a noite toda... – Leticia respondeu envolvendo os braços no pescoço da morena.

 

-- Minha linda, no meio dessa investigação, não tenho esse luxo de final de semana e feriado... Mas, adorei a ideia de namorar a noite toda!

 

-- Então, eu te espero lá em casa mais tarde, pode ser?

 

-- Vou contar cada minuto...

*****

 

            Quando Fernanda entrou na sala do arquivo da 23ª DP, e se deparou com as milhares de pastas, caixas, sacos empilhados em estantes, xingou mentalmente a tecnologia por não ter chegado naquele local. Se pudesse exteriorizar toda sua frustração e tristeza pela constatação do trabalho que tinha pela frente, seria um sonoro palavrão.  Ao invés disso, respirou profundamente, e começou a andar pelos corredores feitos pelas estantes.

 

-- Pelo menos estão organizados por anos os arquivos... – Pensou alto.

 

-- Boa sorte na sua procura, se eu pudesse lhe ajudaria, mas estou atolado de trabalho.

 

            Um funcionário disse, mesmo sabendo que era mentira, que ele não tinha trabalho nenhum, uma vez que era funcionário do almoxarifado, que eram conhecidos nos distritos por viverem cochilando nos escritórios, Fernanda agradeceu com um sorriso amarelo.

 

            Seguiu direto para o ano de 1997, suspirou cansada antes mesmo de começar a busca, mas o fez. Remexeu nas pastas, nos colecionadores velhos e empoeirados, alguns com morfo, outros parcialmente destruídos provavelmente por alguma infiltração ou goteira no teto, demorou horas até enfim achar o inquérito, a custa de centenas de espirros, olhos coçando, nariz congestionado, o objetivo daquela busca estava ali nas suas mãos.

            Sentou-se ali mesmo no chão e pôs-se a folear a pasta, constavam também fotos do local do incêndio, e o laudo do corpo de bombeiros. Além dos próprios depoimentos delas na ocasião, o depoimento da testemunha que elas desconheciam, o de Agnes.

 

-- “Vi o fogo de longe, mas não sabia se havia alguém lá, imaginei que não, por que o teatro estava em reforma. Procurei uma das freiras para alertar sobre o fogo, mas estava diante de um telefone público no pátio, eu mesma liguei e chamei”.

 

            Fernanda voltou para o laudo, onde estava o resultado da investigação: “evento acidental causado por um curto circuito na estrutura que passava por reforma, ocasionando o desabamento de estruturas de concreto e madeira fragilizadas pelo tempo e pelas chamas”. Seguiu lendo o depoimento de Agnes:

 

--“Não fiquei no local, estava tudo muito confuso, a Irmã do Carmo, ligou para meus pais e eles vieram me buscar, acho que ela já sabia que alguém tinha morrido no incêndio e queria me poupar o trauma, até hoje escuto gritos... Foi mesmo uma tragédia”.

 

-- Espera um pouco, se ela estava no pátio, ela não tinha como ver as chamas, nem muito menos escutar gritos... Agnes Silveira Alencar, você vai ter muito a explicar!

 

            Fernanda pensou alto, identificando uma contradição naquele depoimento, aquela ponta solta poderia ser uma peça importante naquele quebra-cabeças.

 

 

 

 

 

 

Fim do capítulo


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Comentários para 17 - EPISÓDIO 17 – Seguindo as pistas:
patty-321
patty-321

Em: 03/11/2021

Aí aí, tô.dongando para que agora tenhamos o final.

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