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  • Um Novo Começo: O Despertar de Alice
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Um Novo Começo: O Despertar de Alice por maktube

Ver comentários: 12

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Palavras: 4038
Acessos: 3252   |  Postado em: 11/10/2021

Capitulo 40

 

Capítulo 40º

Alice

- Amor, você poderia dormir aqui. Suas mães já sabem mesmo. – Virgínia me abraçou antes que eu pudesse levantar da cama.

- Meu bem, já te expliquei. Fiquei de ir jantar com os meus avós. – beijei sua boca que parecia mais deliciosa a cada dia. - Você quer ir junto?

- Já disse que encontrar sua mãe não está nos meus planos. Quero viver mais alguns anos. De preferência ao seu lado. – se pôs de joelho e beijou minha nuca.

- Não faz isso. Vou me atrasar. – supliquei já sentindo sua mão dentro da minha camiseta.

- Só mais cinco minutinhos. – suplicou passando a ponta da língua em minha orelha.

- Só cinco minutos. – comentei tirando minha roupa novamente.

            Claro que o que fizemos a seguir levou bem mais que cinco minutos. No meu celular já tinha muitas mensagens da senhora minha mãe pedindo para que eu não me atrasasse. Uma semana se passou desde o ocorrido na casa de Rebeca. De lá para cá nos falamos poucas vezes, apenas coisas banais. Mesmo ainda sentindo um clima estranho entre nós prometemos que não deixaríamos o que aconteceu estragar nossa amizade.

            Tenho evitado ir até sua casa. Mantendo contato apenas por telefone, as vezes em ligação outras por mensagem. Depois do que ela me disse na cozinha de sua casa, eu resolvi que precisava conversar com Virgínia e tentar nos acertar mais uma vez. Tivemos uma conversa séria, que durou horas de discussão e choro. Mas conseguimos entrar em um acordo sobre todo o ciúme dela. Prometi que não iria ficar sem responde-la, e ela prometeu me escutar antes de me acusar de algo que não tenha conhecimento.

            Ainda é cedo para dizer se isso está funcionando. Desde então minha vida tem andado parada. Não vi mais Rebeca, que sem dúvidas era o ponto chave do ciúme da minha namorada, então isso tem ajudado.

- Diz puta. – atendi a ligação de Anna.

- Viada, quero beber. Enfim estou liberada. Topa?

- Não vai dar. Estou indo jantar com os meus avôs. Mas quem sabe depois?

- Hum. Tudo bem. Vou chamar Tália para ir, talvez ela não me abandone. – fez drama.

- Nem começa, seu drama não funciona mais. Esteja convidada a ir para casa dos meus avôs e dar de cara com a tia Iara.

- Alice, você me prometeu que ia deixar essa história de lado. – suplicou.

- Aí, Anna! Claro que vou deixar. Apesar de achar que você deveria ter feito uma denúncia contra aquele crápula. – nesse instante cheguei ao meu destino. Desliguei o carro.

- Não ia adiantar. Enfim, bom jantar. Nos vemos mais tarde então.

- Certo. Beijos. – entrei em casa e encontrei as minhas maravilhosas mães de saída com os meninos.

- Filha, pedi para não se atrasar.

- Desculpa, mammy. – beijei o rosto das duas.

- Estava com a namorada? – indagou fechando a bolsa.

- Sim. Mas não foi por isso que eu me atrasei. Foi o trânsito. – inventei a primeira desculpa e a cara da mamma foi impagável. Ela segurou o riso como se quisesse dizer que aquela foi a pior desculpa que eu poderia dar.

- Tudo bem, não demora. Estamos indo.

            Depois desse momento de despedida fui direto para o banho. Escolhi algo leve, já que depois possivelmente iria encontrar com Anna. Saí apressada de casa e logo cheguei para o jantar.

            Virei os olhos assim que vi o carro do George parado do lado de fora. Não acredito que aquele embuste teve a audácia de vir. Mas eu prometi a Anna que deixaria essa história de lado e é exatamente isso que vou fazer. Soltei o cinto de segurança e sai do carro.

- E aí priminha. – Cadu falou se aproximando de mim.

- Oi. Cadu. Também se atrasou?

- Sim. Saciar dois caras não é uma tarefa fácil. – comentou rindo.

            Fiquei feliz que Miguel e ele fizeram as pazes. O que significa que o romance dos três está na santa Paz de novo.

- E você se atrasou porquê?

- Virgínia. – comentei rindo.

- Todo mundo com o sex* em dia. – brincou.

- Mais ou menos isso. – concordei.

            O vovô nos recepcionou na sala. Deu um longo abraço em nós dois, o que parecia fazer uma eternidade que não nos via.  Ele sempre foi muito carinhoso, me lembro de quando era criança e ele me fazia brincar de cavalinho em suas costas enquanto a vovó brigava dizendo que ele não tinha mais idade para aquilo.

            Apesar de não partilhar o mesmo sangue deles, sempre me senti muito acolhida e amada por todos dessa família. Observei a vó Helena conversando com o Arthur e o Bê no canto da sala. Os meninos riam de algo que ela dizia. Aquele lugar sem dúvidas era o melhor lugar que eu poderia estar.

- Tudo bem filha? – a mamma tocou minha perna ao se sentar ao meu lado.

- Sim, mamma. Só estava pensando na sorte que eu tive em vir parar nessa família. – ela abriu um largo sorriso.

- Me sinto assim também em relação a todos eles. Desde antes de namorar sua mãe todos já me travam bem. E nós temos muita sorte em ter essa família maravilhosa. Menos a Milena. Essa é um pé no saco. – ela brincou ao vê-la se aproximar.

- Tuas bolas. – mostrou o dedo.

- Isso são modos? Temos crianças no recinto.

- Querida, todos nessa sala já podem fazer crianças. Menos nossos sogros. – completou caindo na risada o que atraiu o olhar de todos os outros na nossa direção.

- Vocês sempre foram discretas assim? – provoquei já me pondo de pé.

            Fui até a varanda. Precisava de um pouco de ar, e também falar com Virgínia. Enviei uma mensagem para ela, antes que obtivesse uma resposta escutei passos atrás de mim.

- Alice, será que podemos conversar?

- Oi, tia. Claro. – dei espaço para que a mulher ficasse ao meu lado.

- Eu só queria saber se a Anna...

- Não. Você não vai fingir se importar com ela. Você sabia que nós discutimos quando eu descobri que vocês estavam juntas? – ela meneou a cabeça. – Por um momento eu cheguei a pensar que ela iria te fazer sofrer. Mas nunca cogitei a hipótese de que poderia ser exatamente ao contrário.

- Eu sinto muito. Não tive a intenção.

- Engraçado como nunca temos a intenção de machucar ninguém, mas mesmo assim o fazemos. – concluiu. – Você sabia que o seu marido...

- Ele não é mais meu marido.

- Então é pior. Seu namorado a ameaçou?

- O papai já conversou com ele. Não se preocupe que ele não vai mais chegar perto dela. – falou com a voz baixa. Seus olhos estavam sem brilho algum, em nada parecia a mulher que um dia eu conheci.

- Não quero apenas ele longe dela. Você precisa fazer o mesmo. Anna, está bem. Seguindo a vida dela. Assim como a senhora escolheu seguir a sua. Não que eu concorde com esse relacionamento de vocês mais uma vez. Afinal é notório que você não está bem. – ela limpou uma lágrima que insistiu em cair. – Se não está feliz deveria deixa-lo. Procurar alguém melhor que não seja a Anna, claro.

- Eu sei. Na verdade, Alice. Tive esperança de que dessa vez fosse diferente. Mas ele apenas tem mascarado melhor quem ele é de verdade. – nesse momento notei que ela usava uma roupa de mangas compridas.

            Fiz menção em segurar seus braços, mas ela os puxou. Afastando-se de mim. Olhei em seus olhos com pesar. Ela chorou e deixou que eu a tocasse. Estiquei as mangas e avistei seus pulsos arroxeados, como se alguém tivesse os segurado com força.

- Isso é um absurdo. – comentei chocada. – Você não pode mais ficar com ele.

- Não sei como colocá-lo para fora. Cadu nem sonha com o que está acontecendo. Está feliz por termos voltado.

- Tia, o Cadu ama a senhora. E acredito que se ele tivesse conhecimento sobre tudo isso. – apontei para o seu pulso. – Ele mesmo iria colocar o George para fora de casa. Você precisa denunciá-lo. – afirmei.

- Não! – falou exasperada. – Eu preciso entrar. – comentou nervosa e me deixou sozinha.

            Enquanto ela se afastava de mim, observei-a. Ainda não consigo acreditar que existem mulheres que não conseguem denunciar um parceiro agressivo. Sei que em muitos casos, elas são sozinhas e esse tipo de homem faz com que elas sintam que eles são os únicos que se importam, ou uma dependência financeira e até prometem uma mudança no comportamento. Mas esse não era o caso da minha tia, ela tem um suporte maravilhoso, nossa família jamais a deixaria sozinha. Então o que faz com que ela não denuncie o crápula do George?

            Por falar no diabo, ele apareceu me fitando enquanto tomava um uísque. Deu dois passos na minha direção. Eu juro que estava torcendo para que ele viesse com gracinha para cima de mim, só assim eu faria o que senti vontade desde que soube o que ele fez com a Anna. E ainda mais agora, depois de ver o que ele tem feito com a tia Iara.

- Ah! Aqui está você. A mamma tá te procurando. Já vão servir o jantar. – Arthur falou correndo até mim.

- Claro. Vamos, maninho. – passei meu braço em seu ombro e caminhamos assim para dentro de casa.

            O jantar seguiu como sempre. Animado e regado a muita e conversas risadas. Observei que o George vez ou outra me fitava como se tivesse com muita raiva de mim. A mamma pareceu notar e após servir a sobremesa ela me chamou para um canto da sala.

- O que aconteceu entre você e o George? – foi direta.

- Mamma, acho melhor não falarmos sobre isso aqui. E de preferência quero a mammy junto. 

- Tudo bem. – concordou, mas logo chamou a mammy. - Amor, podemos conversar no escritório?

- Claro. Está tudo bem?

- Sim. – afirmei.

            Saímos sem sermos notadas pelos demais, menos claro, o traste do George.  Que não despregava seus olhos nojentos de cima de mim, um minuto sequer. A mamma fechou a porta do escritório e nos sentamos em seguida.

- Então. – me encorajou.

- Olha, há alguns dias aconteceu algo com a Anna.

- Sim, nos soubemos. Ela cortou a cabeça.

- Não estou falando disso. Vocês sabiam que a Anna e a tia Iara estavam juntas.

- Claro. – confirmaram.

- Mas desde que Anna descobriu que a tia Iara estava tentando reatar o casamento ela saiu de cena. Mas o George, ameaçou a Anna com uma arma. – comentei e as duas arregalaram os olhos surpresas.

- Alice, como assim minha filha?

- Essa é a verdade. A Anna ficou muito assustada. E no mesmo dia ela acabou bebendo demais e se machucou. Quando chegamos no hospital, era ele quem estava de plantão. Eu não permiti que ele tocasse nela.

- Essa parte nós sabemos. O papai foi ajudar vocês.

- Exatamente. Mas quando o vovô chegou eu contei que ele havia a ameaçado mais cedo. Ele foi suspenso, acho que ainda está. Não sei ao certo. Acredito que ele esteja me culpando por isso.

- Ele disse alguma coisa com você? – a mammy indagou assustada.

- Não. Ele não se aproximou de mim. Mas...

- Sempre tem um “mas” – a mamma comentou esperando que eu continuasse.

- Ele tem agredido a tia Iara.

- Alice, essa é uma acusação grave.

- Concordo com a sua mãe, filha.

- Mammy, eu vi. Vocês não perceberam as roupas dela hoje? A blusa de mangas sendo que está um calor infernal?! Ela está cheia de hematomas nos pulsos.

- Meu Deus! Esse cara é louco.

- Ele é um descontrolado. Precisamos fazer alguma coisa para ajudar a tia Iara. Eu conversei com ela, mas ela parece estar com medo de denunciá-lo.

- Vou matar esse filho da puta. – a mammy falou saindo da cadeira, sua raiva era muito evidente.

- Calma, amor. – a mamma segurou seu braço. – Não adianta nada começarmos um escândalo aqui na casa dos seus pais. A tragédia pode ser maior.

- Como posso ter calma diante de algo tão grave? Tem ideia de quantas mulheres morrem por conta de violência doméstica?

- Eu sei. Mas vamos pensar em algo para pará-lo. Eu te prometo. – abraçaram-se. – E quanto a você e a Anna, dois seguranças para cada. Até que essa situação seja resolvida. Eu vi o jeito que ele te olha. Está furioso e tenho medo que ele possa tentar algo contra você.

- Tudo bem. Não vou discordar disso. Afinal se ele foi capaz de ameaçar a Anna pode fazer algo mais.

- Eu só queria entender como o papai engoliu as desculpas dele para o que fez.

- Ele é bom de lábia.

- Bom, eu acho que já deu para mim. Vou encontrar o pessoal no pub.

- Juízo, Alice. Me manda a localização que vou passar para os seguranças. Eles te encontram lá.

- É necessário começar essa escolta hoje? – indaguei, mas logo me arrependi ao receber o olhar de repreensão das duas. – Tudo bem, mando a localização. Beijos, amo vocês.

            Abracei-as e sai do escritório. Procurei George entre as pessoas presentes, mas ele não estava mais ali. Como todos estavam distraídos saí sem me despedir. Antes de chegar ao jardim escutei alguém me chamar.

- Alice, está indo embora?

- Sim. Fiquei de encontrar com a Anna no pub. Tá afim?

- Queria, mas tenho que ir para casa terminar umas coisas da faculdade. – reclamou.

- Então, boa sorte com isso. – brinquei e ele sorriu de volta.

- Beba por mim. Por favor. – suplicou.

- Pode deixar.

            Como já havíamos chegado ao carro nos despedimos e eu tomei a direção do apartamento de Virgínia. Enquanto esperava que ela descesse troquei algumas mensagens com a Anna avisando que só havia passado para buscar Virgínia.

- Oi, amor. – beijou meus lábios levemente.

- Oi, linda. Podemos ir?

- Claro. – dei partida no carro. – Como foi o jantar? – dei um longo suspiro. – Nossa, foi tão ruim assim?

- Não foi o jantar que foi ruim. Foram os acontecimentos da noite.

- Não entendi.

- O George estava lá. Me fuzilando com o olhar. Com raiva por eu ter contado ao vovô tudo que ele fez.

- Ele disse alguma coisa com você?

- Não. Apesar de apenas não ter tido a chance de ficar sozinho comigo. O pior nem é isso.

- Tem mais?

- Sim. Ele está agredindo a tia Iara.

- Nossa! Mas e o Cadu?

- Ele não faz ideia, e preciso que você guarde esse segredo. Ao menos por enquanto. Contei tudo o que vi para as minhas mães e elas vão resolver. Ainda não sabemos como, mas vão. – suspirei cansada. – Perdi totalmente o ânimo de sair. Mas prometi a Anna.

- Se não formos ela vai saber que tem algo errado.

- Vai sim. Mas eu preciso contar a ela o que está acontecendo. Não hoje, para não estragar a noite dela também.

- Sinto muito. – beijou minha mão.

            Chegamos ao pub e não foi difícil encontrar Anna. Antes de descer do carro mandei o endereço para a mamma, como havia prometido. Virgínia e eu caminhamos de mãos dadas até a mesa que Anna e Tália estavam.

- Viadaaaa, pensei que ia me enganar.

- Eu disse que viria. – respondi me sentando.

- Já que chegaram, o que vão beber? – Tália perguntou.

- Eu vou ficar de motorista hoje. – Virgínia se prontificou. – Pode beber amor. – sorriu para mim.

- Nesse caso, o que você está bebendo? – perguntei a Anna.

- Uísque.

- Então quero o mesmo. Vou ao bar pedir. Já que esse lugar está cheio. – comentei ficando de pé.

            Fui até o bar. Para minha surpresa quem estava era Heloísa. A negra abriu um sorriso simpática ao me ver.

- Quanto tempo, garota. Pensei que havia mudado de país. – brincou.

- O nome disso é namorar. – respondi divertida. – Como você está?

- Namorando também.

- Sério?

- Sério. Acontece que depois daquela noite com a Laura, acabamos nos aproximando de novo e resolvemos tentar. Tem funcionado.

- Fico feliz por vocês.

- Obrigada. – sorriu para mim. – Mas me diz o que você quer ou sua namorada vai vir até aqui quebrar o meu bar. – olhei na direção da mesa que elas estavam e notei Virgínia com a cara de poucos amigos.

            Lá estava de volta a garota que cria mil e uma coisas na cabeça por conta do ciúme. Enquanto isso eu na minha inocência achando que todo o motivo de ciúmes era por conta de Rebeca. Por falar nela, nesse momento ela passava pela porta de entrada. Usava uma calça jeans clara, e uma blusinha de alças. Claramente   estava procurando as meninas. Mas nossos olhares se cruzaram por meio da multidão. Eu senti algo estranho quando aqueles lindos olhos verdes recaíram sobre mim. O transe durou alguns minutos, mas ela sorriu e acenou para mim. Em seguida foi em direção a mesa.

- Aqui está. – colocou o copo em cima da mesa. Eu nem pensei duas vezes, virei todo o líquido.

- Pode me trazer a garrafa? – Heloísa estranhou meu pedido, mas claro que fez o que eu disse.

            Voltei para junto delas com a garrafa na mão. Rebeca cumprimentava as meninas, e sentou-se próxima a Anna e Tália, ficando de frente para mim e Virgínia.

- Alice, eu te amo sabia? – Anna sorriu quando me viu com a garrafa.

- O que seria do seu alcoolismo se não fosse a minha ajuda? – brinquei. Enquanto me sentava ao lado da minha namorada.

- Eu sei. Não seria nada. Olha quem nos deu o ar da graça hoje. – apontou para Rebeca.

- Eu vi quando ela chegou. – comentei. – Como vai Rebeca?

- Muito bem, e você? – indagou com um ar de quem não estava muito afim de conversar.

- Estou bem. Quer um pouco? – indaguei enquanto enchia o copo de Anna.

- Sim. Por favor. – aceitou.

            Logo um assunto foi colado na roda e todas debatíamos. Menos Virgínia que permanecia com a cara de poucos amigos. Mesmo que eu estivesse todo o tempo fazendo carinho em sua perna, como forma de mostrar que estou com ela. Nada adiantou.

- Está tudo bem? – perguntei baixinho quando nos beijamos.

- Sim.

- Tem certeza? – acariciei seu rosto. Por mais que as outras três conversassem animadas sobre sei lá o que, sentia o olhar de Rebeca em nós.

- O que você estava conversando com a Heloísa?

- Ela estava dizendo que pensou que eu havia mudado de país. Já que nunca mais havia me visto.

- E desde quando isso é da conta dela?

- Amor, isso é algo bom. Significa que eu não andei mais aqui. E tenho passado meu tempo com você. – beijei seus lábios. – E outra, a Helô está namorando. Então desfaz essa carinha de brava e ciumenta e aproveita a noite comigo. – mesmo contra vontade ela acabou sorrindo.

            O assunto sobre a queda de Anna virou o tópico da vez. Era sempre muito engraçado sempre que Tália comentava a cara de pavor da minha amiga quando viu o objeto.

- Ela arregalou os olhos, saltando da cama. Gritando: “ Não, não encosta isso em mim. Eu te processo.”- ela repetia arrancando risos.

- O que esperava que eu fizesse? – indagou Anna com o rosto vermelho de tanto rir.

- Que você sentasse bem gostoso. – Tália provocou.

- Deixem a putaria para o quarto. – brinquei.

- Não te conheci tão puritana assim. – Rebeca comentou e todas pararam para olhá-la. – Se bem me lembro você transou com a dona do pub, aqui, no escritório dela. – completou como se não fosse algo importante.

            Senti os dedos de Virgínia apertarem os meus. Juro que uma lágrima quase escorreu de tanta dor. Fixei meu olhar em Rebeca, tentando entender o que deu nela para comentar aquilo. Ainda mais na frente de Virgínia que claramente ainda se incomoda com o fato de eu ter trans*do com a Heloísa.

- Verdade, nunca senti tanto orgulho de você. – Anna completou. – Mas logo depois veio a decepção de você ter dormido no quarto de hotel com a Rebeca e nada ter acontecido.

 

            Meu Deus! Aquilo era um complô contra mim, só pode ser. E se o assunto continuasse eu acabarei sem meus lindos dedinhos. Tália pareceu notar meu desespero e colocou outro assunto no meio. Virgínia levantou-se dizendo que ia ao banheiro. Encarei-a entendo que eu deveria ir com ela. Suspirei seguindo-a.

- Você são mesmo minhas amigas? – sussurrei para elas.

- Não temos culpa se a sua namorada não consegue lidar com o fato de você ter um passado. – Rebeca respondeu fria.

- Isso mesmo. – Anna concordou.

 

            Meneei a cabeça e sai em direção ao banheiro. Virgínia estava próxima a pia. Fui até ela e enlacei sua cintura.

- Elas fazem de proposito, não é? – indagou.

- Não. Sempre fomos assim. Falamos esse tipo de coisa o tempo inteiro.

- Mas aquilo da Rebeca foi para me atingir. – afirmou e dessa vez eu não tive o que argumentar, já que também percebi que foi de propósito.

- Amor, não precisa ligar para esse tipo de coisa. Estou com você agora. É o que importa, não acha? – beijei sua nuca.

- É sim. Mas ainda é difícil para mim. Tem algo na Rebeca que me deixa insegura.

- Mas não precisa. Ela é apenas minha amiga. Só minha amiga. – insisti, talvez fosse mais para me convencer do que convencê-la. – Agora me beija, e vamos voltar para a mesa.

            Trocamos um beijo rápido. Voltamos aos nossos lugares, mas estranhei o fato de Rebeca não está mais com as meninas.

- Para aonde foi Rebeca? – indaguei.

- Aquela ali serve? – Tália mostrou a direção.

            Eu não quis acreditar no que meus olhos viam. Rebeca estava aos beijos com uma ruiva, muito linda por sinal. Fixei meu olhar nelas, sentindo meu corpo ser consumido por um sentimento que eu não faço a menor ideia do que seja. Mas minha vontade era afastá-la daquela aproveitadora.

            Apesar de ver que ela claramente retribuía com a mesma intensidade o beijo. Tália sorria vitoriosa, achando que aquele era o primeiro beijo que a amiga dava em mulher.  Mas apenas eu sabia que não era o primeiro.

- Quem diria. Rebeca me surpreendeu.

- O que deu nela? – indaguei tentando manter minha postura.

- Uma aposta.

- Qual aposta.

            As duas trocaram um olhar cúmplice e não falaram nada. Então entendi que possivelmente o assunto me envolvia. Mas para alguém que semana passada disse gostar de mim, ela está se saindo muito bem me superando. Revirei os olhos, minha única vontade era ir embora. Entretanto se eu fizesse isso naquele momento, Virgínia iria achar que existe algo entre nós. O que me faz pensar que possivelmente haveria se eu tivesse retribuído o beijo que ela tentou me dar. Poderia muito bem ser Rebeca ao meu lado essa noite, e não agarrada a uma desconhecida qualquer.

            Embalada por esse sentimento confuso, enchi meu copo de uísque e tomei de um único gole. Sobre o olhar atento de Anna e Tália. Que pareciam entender a confusão que se instalou dentro de mim ao ver Rebeca naquela situação. Mas como elas poderiam saber o que se passa comigo, se nem eu mesma sei?

Fim do capítulo

Notas finais:

Senti a energia da raiva de vcs durante a noite. nem consegui dormir. kkkkk

Mas gente vamos com calma, um relacionamento não acontece de um dia para o outro e para ser algo sólido leva tempo. Alice ainda tem muitas questões a resolver e está tentando. Mesmo com Virgínia, ela continua tendo sentimentos por Rebeca. Adoro ler os comentários de vocês mesmo quando a maioria deseja que eu suma no mesmo barco que Virgínia. kkkk

Estou pensando em voltar mais tarde de novo. Mas a noite. Hoje vou passar um tempinho com a minha vozinha. kkkk

Beijos e até já.


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Comentários para 40 - Capitulo 40:
Cerejinha melo
Cerejinha melo

Em: 11/10/2021

Quem é o casal principal mesmo??? Alice se decide virginia ou Rebeca! 


Resposta do autor:

Trisal????

kkk Uma hora ela decide.

beijoss

Responder

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kasvattaja Forty-Nine
kasvattaja Forty-Nine

Em: 11/10/2021

Olá! Tudo bem?

 

Olha eu aqui, a da moita, de novo.

Nossa, Autora, quarenta capítulos e... NADA! Você não considerou, realmente, mandar a Alice para a Lapônia? Poxa, que pena.

Mas, enfim, vamos lá para... Mais quarenta capítulos? Dou conta, não, sabe?

É isso!

 

Post Scriptum:

''Não existe ser humano mais miserável do que aquele em que a única coisa habitual é a indecisão. ''

 

William James,

 

Filósofo e Psicólogo.


Resposta do autor:

oi, ex-moíta, sua presença me alegra. Sinal que está acompanhando de verdade. Desiste não que uma hora a coisa anda, nem que seja de ré. kkk

Beijosss

Responder

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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 11/10/2021

Vixe Alice se decide logo ou Virgínia ou Rebeca.


Resposta do autor:

Desse jeito vai ser um trisal. kkk

 

Responder

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Mille
Mille

Em: 11/10/2021

Alice com ciúmes da Rebeca. 

Virgínia dando uma aperto na Alice.

Iara sempre agredida e não sendo capaz de denunciar e o George deixando a Alice na lista negra dele. 

Excesso de ciúmes da Virgínia.

Alice está numa sinuca com os sentimentos pela Rebeca e Virgínia. 

Bjus e até o próximo capítulo 


Resposta do autor:

Adorei o seu resumo de tudo. A bagunça ta grande viu?

Até o próximo e beijoos

 

Responder

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preguicella
preguicella

Em: 11/10/2021

Vc provoca o povo com esses finais de capítulo cheios de informações boas e ruins ao mesmo quer que o povo faça o quê, te mande beijinhos?! hahaha
Minha filha, leitora é raça rancorosa. Deixar a gente na vontade é o mesmo que pedir pra ter um bonequinho de vodu do seu jeitinho sendo todo espetadinho! hahaha Longe de mim pensar em fazer algo do tipo, tô bem satisfeita com o monte de extras e o rumo que as coisas estão tomando, só não estou gostando de Virgínia ser a louca do ciúmes, mas tudo bem! haha

Bjuuuu
Resposta do autor:

Queria exatamente isso, beijoss. kkkk

Tô vendo que pegaram ranço até de mim. kkk Agora entendo de onde veio a dor na minha mão, estão espetando meu boneco de vodu.

Beijoss

Responder

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CatarinaAlvesP
CatarinaAlvesP

Em: 11/10/2021

Vai ter que correr atrás Alice... Rebeca agora está no e roteando. Alice com ciúmes é uma graça, com certeza vai tomar satisfações com a Rebeca 


Resposta do autor:

Será??? Acho que Alice não vai direto assim, fica só colhendo informações.

Beijoss

Responder

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barbara7
barbara7

Em: 11/10/2021

EU sei que relacionamento não começa do nada, mas foi nessa que todo mundo odeia hoje a Virgínia. Querendo ou não Alice está fazendo o mesmo. 


Resposta do autor:

Exatamente. kkkk

Mas não acredito que demore a assumir o que está sentindo, tanto em relação a Rebeca quanto a Virgínia com o ciume.

Beijoss

Responder

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laisrezende
laisrezende

Em: 11/10/2021

Alice com ciúmes da Rebeca 

Tudo que a gente pediu siiiiiiimmmmm kkkkkk


Resposta do autor:

Vejo alegria??? Amémmmm.

A igreja vai glorificar de pé.

Beijosss

Responder

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Tazinha
Tazinha

Em: 11/10/2021

Quer porta tudo isso, era pra gente estar feliz com esse tanto de caps e não ter raiva 


Resposta do autor:

kkkk. Na vida a gente não pode ter tudo. kkk

Beijosss.

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izamoretti30
izamoretti30

Em: 11/10/2021

É, autora.... e assim todo mundo pega raiva da Alice 


Resposta do autor:

De mim não, né?

kkk

 Beijoss

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Baiana
Baiana

Em: 11/10/2021

Caraca! Eu achei que a Rebeca fosse ficar com o Pedro até se acertar de vez com a Alice,mas parece que ela resolveu partir com tudo para lado colorido da vida kkk


Resposta do autor:

E quem resiste a alegria do vale? kkkkk

Beijosss

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FENOVAIS
FENOVAIS

Em: 11/10/2021

Eu sou uma piada para você meu bem?!? Você vai me pagar muito chocolate pelo meu mau humor lendo esses capítulos com esse casal zero a esquerda (ranço? ABSOLUTO).

Tudo bem, eu concordo contigo que pode demorar a criar um laço como casal, para isso 90% das leitoras estavam com a pipoca esperando mais 40 capítulos de chove e não molha da Rebeca e Alice. Aí tu me vai e faz essa palhaçada mor!!!! Aí ce quebra a Bahia. 

Vou comer minha banana com granola porque ó!? Tá de lascar!!

 

 

Até a próxima passassão de raiva, vulgo capítulo!! ????????????


Resposta do autor:

Oiê. Não, meu bem. Você não é uma piada para mim. kkk apesar de ter rido muito com seu comentário. Ainda bem que é só o chocolate, imagina se fosse a terapia. rsrs

Fica até o final e não desiste que uma hora o beijo sai. kkk

Até já. Beijos

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