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A feiticeira e a loba por Alex Mills

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Palavras: 3515
Acessos: 996   |  Postado em: 06/08/2021

Laços fortalecidos

 

Emeril acordou com caricias no seu rosto, abriu os olhos, achando ser Ilis, mas era sua mãe. Soltou um suspiro quando lembrou que a loba estava na cidade élfica, na casa de sua mãe até que voltasse. Alongou o corpo, saindo do carro que sua mãe tinha criado, recebendo uma brisa quente do sol da manhã. Liora também saiu, contornando o carro e parando ao lado da traseira da caminhonete, descobrindo as poucas bagagens e abrindo a bolsa de alimentos, pegando uma fruta para si e um sanduiche para a filha, estendendo em silêncio para ela. Emeril aceitou, afastando alguns passos e pisando no gramado, descalça, encontrando somente vegetação em ambos lados da estrada de terra.

Liora insistiu, pegando uma bolsa de água e indo atrás dela, colocando a sua frente enquanto sentava em suas costas. Abraçou sua cintura, Emeril tentou afastar suas mãos. Liora deixou a maçã na grama e prendeu os dedos em sua barriga, apoiando o queixo no seu ombro. Emeril tentou se levantar, mas Liora envolveu as pernas em sua cintura, seus braços prendendo os dela, impedindo sua luta. Ela segurou os pulsos da mãe, tentando soltá-los de si, mas sabia que em relação a força física, sua mãe sempre seria mais forte devido aos treinos que teve e que ela sempre se negou.

—É nosso segundo dia de viagem. — Liora falou no seu ouvido, com calma, apesar do esforço. — Vamos chegar na casa de minha mãe até antes do anoitecer. Você vai ter que falar comigo. A ideia dessa viagem foi sua, querida. Pare de me evitar.

—Eu estou tentando... — Falou entredentes, desistindo de lutar.

—Tentando o que? Falar comigo? Me evitar?

—Te odiar.

—Emeril...

—Eu só... Só queria conseguir.

—Pare de tentar. — Liora suspirou, beijando sua têmpora. — Eu vou continuar indo atrás de você. Vou continuar tentando que fique comigo. Que fale comigo. Eu... Eu sinto muito, Emeril, mas não vou desistir de você.

 

Um dia antes...

 

—Não dê conversa para as pessoas na rua. — Selen aconselhou Liora, mas ambas estavam rindo.

—Não convide ninguém para entrar. — Liora retribuiu.

—Boa sorte. — Ilis sussurrou para Emeril, recostada na lataria do carro ao lado da porta do passageiro, observando a expressão de desânimo que ela tinha no rosto. — Queria apagar o que escutou mais cedo.

—Sabíamos que aconteceria.

—Sinto muito.

—Assim que voltar coloco a mobília necessária para nos mudarmos.

—Devo lembrá-la de que é maravilhosa?

Emeril abriu um pequeno sorriso, puxando a barra de sua camisa para cima, deixando sua barriga a mostra, ainda sem volume observável. Ainda assim, beijou toda a base, segurando a cintura da loba, que acariciou seus cabelos.

—É nosso bebê. É o suficiente. Não me importo se apenas tiver tendências de lobos, só para deixar claro.

—Bem... Provavelmente. Mas não precisamos pensar nisso agora.

—Vocês duas. — Liora chamou a atenção de ambas, andando com cautela para perto delas. — Sinto muito.

Emeril suspirou, baixando a camisa de Ilis e se colocando a sua frente, cruzando os braços. Liora parou, desconfortável.

—Não sente, ou não teria dito nada daquilo. — Emeril falou, controlando o tom.

—Eu não estava sugerindo que deveriam tirar a criança, querida. — Liora tentou explicar. — Só quis dizer que as chances de seu bebê não ter tendências para ser mago são grandes.

—É nosso primeiro filho. Você estava mais preocupada com a herança do ritual dele do que ele em si.

—Não é como pareceu. Só estava tentando alertar vocês duas.

—Não precisamos desse tipo de aviso.

—Emeril... — Ilis tocou seu braço e a fez virar, tocando seu rosto. — Está tudo bem. Liora não desejaria mal a nosso filho só porque ele pode ser apenas lobo. — Ela olhou para a mulher, esperando confirmação. — Ou ser mago é mesmo importante para você?

—É importante manter a linhagem. Mas é somente sua primeira criança.

—Ou seja, ficará feliz somente se eu tiver uma criança que seja mago. — Emeril a olhou, irritada.

—Querida, você cresceu achando que era limitada. Você quer seu filho pensando a mesma coisa?

—Ele nunca pensaria isso. — Emeril avançou um passo e apontou um dedo em direção ao peito dela. — Porque eu nunca deixaria espaço para ele se sentir inferior a ninguém, independentemente se ele tiver as habilidades de Ilis, minha ou de nenhuma de nós.

—Emeril, chega, por favor. — Ilis somente tocou seu ombro para acalmá-la.

—Emeril, eu continuo sendo sua mãe. — Liora falou num tom mais sério, segurando seu dedo com firmeza. — E não te dei o direito de falar dessa forma comigo.

—O bebê sempre pode aprender a lutar, quando crescer. — Selen resolveu interver, ainda na parte traseira do carro. — Elfos não tem as mesmas habilidades das outras raças, mas são-

—Cala a boca, Selen. — Emeril a cortou, inclinando a cabeça na sua direção. — Ou está tão difícil para vocês duas entenderem que o filho não é de vocês? Por mais que queiram. Assim deixo de ser um problema.

—Do que está falando? — Liora estreitou os olhos, confusa.

—De novo isso, Emeril? — Selen suspirou, cruzando os braços. — Você não era, não é e nem será o centro da minha relação com Liora. Se quisermos ter um filho, você não será o centro de nossa motivação.

—Então chegamos num acordo, elfo. Não se metam na vida do meu filho.

—Então para com todo esse drama, Emeril. Liora é sua mãe. Você não é nenhuma boneca inocente. Então para de tentar tornar tudo um palco para você, porque não existe só você.

—Que se dane você, Selen. — Seus olhos miraram Liora. — Eu não preciso de você. Eu vou sozinha.

Ela tirou a mala de sua mãe do carro, deixando no chão. Liora segurou seu braço antes que se afastasse, encurralando-a no carro e enfrentando a fúria dos seus olhos.

—Me deixe.

—Não.

—Você não queria vir desde o começo. Não precisa vir agora.

—Pare com isso. Ou vamos juntas, ou não vamos.

—Para que? Não vai fazer qualquer diferença.

—Não vou deixar você. Então se acalme. Você está alterada demais. Posso não ter querido ir nessa viagem no começo, mas agora quero. E nós faremos isso juntas, estamos entendidas?

—Eu não-

—Estamos entendidas, Emeril Arin? Sem mais discussões. Sem mais brigas. Ou você se dispõe a conversar comigo sobre nossos problemas, ou ficará quieta. Não quero que brigue com Selen, da mesma forma que você não gostaria que brigasse com Ilis. Então, eu repito, estamos entendidas, Emeril?

Ela não respondeu, somente afastou sua mão e entrou no carro. Ilis voltou a ficar do seu lado, envolvendo os dedos nos seus em silêncio. Liora suspirou, contornou metade do carro e parou em frente a Selen.

—Eu já te falei. Não provoque minha filha. — Falou baixo, mas com o tom firme.

—Eu não provoquei.

—Eu mandei você não se intrometer.

—Como eu ficaria parada? — Suspirou, cruzando os braços mais firme abaixo do peito. — E você não manda em mim, de qualquer forma.

—É tão difícil entender, Selen? Sou eu quem lido com Emeril. Não você.

—Porque você é tão autossuficiente para resolver tudo sozinha.

—Eu não espero a ajuda de ninguém. Eu tenho uma filha, Selen. Não você. Então não se intrometa.

—É esse o problema? Porque não sou mãe não posso opinar?

—Você lida com Emeril como se fosse um alvo para você irritar. Achei que tivesse aprendido sua lição sobre isso.

—É melhor você ir embora. Vocês duas são idênticas, por isso nunca vão parar de discutir.

—É por isso que está comigo? Porque temos traços parecidos?

—Claro. — Falou rispidamente. — Vocês fazem os mesmos sons enquanto faço meu trabalho.

Liora a empurrou pelos ombros, mas somente por precaução, fumaça escura saindo de seu nariz e sua boca. Ilis avançou, afastando a elfo da mulher até a parede da casa.

—Está tudo bem. — Liora falou, cuspindo um punhado de chamas no chão. — Estou indo. Cuide da casa, lobo. Você é a única adulta aqui.

Liora entrou no carro e deu partida, suspirando enquanto avançava na rua em direção a estrada dos magos.

—Você sabe que não é verdade. — Emeril falou, desconfortável no seu banco. — Selen só... ataca e provoca porque sabe que perdemos para a raiva.

—Eu sei. Numa coisa concordamos. — Liora apertou mais o pé no acelerador. — Ela sabe onde atacar para doer.

 

Atualmente...

 

—Então por que é tão importante que seja mago? — Emeril perguntou, os ombros e as mãos caindo em derrota enquanto fitava uma árvore a frente.

—Eu fui criada em meio a magos, querida. Existe tradição por algum motivo. Manter toda a energia dentro de você até o fim de seus dias vai acabar com nossa família de uma vez.

—Você poderia simplesmente ter outro filho e passar sua energia para ele.

—Foi escolha minha não ter outro bebê, Emeril, porque eu já tenho você. Escute... Não é simplesmente por questão de manter a linhagem que insisto na ideia que tenha um bebê mago. Há um motivo para ter virado tradição.

—E qual seria?

—As feiticeiras costumam ter bebê poucos anos depois do ritual, porque tendo mais um mago na família significa mais um para aumentar a força do grupo. Isso é muito antigo, desde quando ainda havia guerras entre as raças.

—Eu não fui criada nas tradições. — Relembrou, conformada. — Todos os Arin morreram por causa dessas tradições. Não acha que a tradição deve ser mudada?

—Meu corpo se prepara para dar a energia, assim como o seu está pronto para receber.

—Então a tradição se baseou na parte biológica?

—Sim. Nós magos somos feitos de energia. Passar a vida com a energia que tenho desgasta o corpo e a mente. Meu corpo pede para passar isso adiante. Nossa tradição diz para entregar ao nosso herdeiro mais próximo. Se você decidir que não quer minha energia, seu corpo vai continuar pedindo energia e o meu vai continuar pedindo que eu a dê.

—Vai machucar você?

Liora suspirou, tendo suas mãos envolvidas por ela, recebendo carícias na sua pele. Beijou sua bochecha, aproveitando o contato e se alongando na pausa, o sol esquentando seu corpo e a paisagem acalmando seus pensamentos.

—Eu não posso dar essa energia a outra pessoa fora da família. Por questão de compatibilidade. A energia nos deixa fortes e ficamos resistentes. Com o tempo, minha energia acabaria dentro de mim. Não doeria fisicamente, mas você sentiria falta dessa energia para sempre.

Emeril suspirou, deixando a cabeça cair no ombro de sua mãe, recebendo o sol em seu pescoço. Olhou as nuvens no céu, prevendo uma tempestade. Agora entendia porque ela insistia em lhe dar a energia. Não era mera questão de tradição ou razões egoístas, ela estava querendo precaver que sentisse a dor de não ter a energia que seu corpo pedia.

—Eu aceito. — Emeril falou perto do ouvido da mãe.

—O que, querida?

—Sua energia. Eu aceito.

—Mas não me aceita como mãe depois de tudo que soube.

—Você está tentando cuidar de mim me dando sua energia. Eu estou aceitando.

—Então... Você me perdoa?

—Você se perdoa?

—Eu nunca vou recuperar o que perdemos de passar juntas. Mas agora que você sabe tudo, sinto-me mais preparada para formar novos momentos.

Emeril sorriu, fechando os olhos, só então relaxando nos braços de sua mãe

—Então vamos focar nisso. Vamos criar novas lembranças no lugar das brigas. Ficar pensando e revivendo o que poderia ter acontecido, não está dando certo.

—Eu não quero continuar brigando com você.

—Isso eu não posso prometer. Às vezes você é ligada demais as tradições. Tradições que não me fazem sentido.

—Porque eu fui criada nisso.

—Eu não. Julian não sabia me dizer nada sobre nossos costumes.

—Julian não sabia de nada. Ele só queria sossego.

—E o que você queria?

—Descobrir meu destino. Descobrir para que fui feita.

—Você acredita nisso?

—Sim. Apesar de Julian achar que conseguiria me fazer desistir disso, achando que por eu ter ficado com ele e me rebelado contra minha família eu tinha quebrado meu destino.

—As coisas não são sempre como queremos. Eu prefiro pensar que somos livres, e que há obstáculos para nos mudar.

—Bem, até nisso pensamos diferente.

—Uhn... — Emeril sorriu. — O que Selen disse te incomodou assim? De sermos iguais em alguns aspectos?

—Eu não gosto quando ela usa informações para atacar assim.

—Eu também não. Uma hora ela é doce e amigável, então se você a irrita ela sabe exatamente onde acertar.

—Ela não entende que ter uma filha é diferente de cuidar de irmãos.

—Eu não sei. Nunca tive nenhum. Ela nunca me falou dos irmãos até eu decidir sair da floresta.

—Ela é reservada sobre essas coisas.

—Engraçado que tem coisas mais pessoais que ela não tinha qualquer reserva de me falar.

—Sim, ela é assim. Sexo para ela não é compromisso. Família é tudo para ela. Eu já conhecia metade da família dela quando nos conhecemos, então não tive muitos problemas de abordar o assunto.

—Até parece que foi por isso.

Liora riu e beijou seu pescoço sobre a marca, fazendo cócegas com o gesto.

—Eu só avancei com ela depois que você acordou. Queria ter certeza que ela te fazia bem.

—Se não estivesse no efeito do feitiço daquele crápula, teria notado o clima entre vocês. Talvez estivesse acostumada com os flertes dela com as garotas da vila.

—Ela fazia isso mesmo com você?

—Não tínhamos nada de compromisso. Ela era livre para ter quem quisesse.

—E você?

—Ela me deixava satisfeita por um tempo. E eu estava ocupada com o livro.

—Então não estava feliz.

—Não quando queria que fosse Ilis que estivesse lá. Talvez por isso ela nunca tenha me levado a sério.

—Não posso dizer que fiz melhor enquanto viajava. Mas fico feliz que Ilis tenha voltado por você. É por isso que quero manter uma boa relação com ela. Com seu filho.

Liora envolveu os dedos nos seus, fechando os olhos. Sua energia fluiu suavemente em sua pele, passando para o interior de Emeril. Ela se sentiu em plenas forças, a sensação cálida dos sentimentos de Liora passando conforto e segurança enquanto recebia a carga.

—Mãe... É o ritual?

—Não... — Liora suspirou, mas não interrompeu a transferência. — Está acontecendo, mas não queria que fosse assim... No meio do nada. Não é assim que a tradição-

—Fazemos nossa própria tradição. — Emeril sorriu, mantendo os olhos fechados, movendo os braços para que sua mãe a abraçasse. — Além de que começou sozinho. Não deveríamos parar. Aqui estamos em paz.

—Nunca aconteceu dessa forma.

—Tradições começam assim.

—Eu não sei se quero fazer dessa forma, não parece certo.

Emeril não questionou, somente respirou fundo antes de desconectar suas mãos, levantando do chão e se virando para a mãe, oferecendo a mão para ajudá-la. Liora se levantou, segurando o queixo dela para poder olhar em seus olhos.

—Desculpa. Eu sei o quanto queria.

—Não precisa ser agora se não se sente pronta.

—É só o lugar que me incomoda. Eu quero planejar o lugar e a data.

—Se for se sentir mais confortável com isso, tudo bem. Sem pressa. Para mim não faz diferença.

—Um passo por vez.

Elas seguiram viagem em clima mais leve, chegando a antiga cidade dos magos ao anoitecer. Liora diminuiu a velocidade quando percebeu a curiosidade da filha com as estruturas dos prédios, ainda que fosse noite, as luzes coloridas nas ruas davam um aspecto moderno a cidade ancestral. Mesmo ela estava surpresa com as mudanças depois da guerra, tudo tinha sido reconstruído e as ruas modernizadas.

—Está diferente. — Liora comentou quando parou o carro para um grupo de idosos atravessarem a rua.

—Você ainda lembra o caminho para a casa de sua mãe?

—Se ela continuar mesmo morando em nossa antiga casa, sim. Senão teremos que encontrar uma pousada.

—Eu não me incomodaria de explorar a cidade. Parece tudo tão colorido.

—Não era assim antes. — Ela suspirou, voltando a acelerar o carro, mas mantendo o ritmo lento. — Não vejo jovens nas ruas.

—E não está tarde. Talvez estejam jantando.

—Está com fome?

—Estou. Você não?

—Faminta. E cansada.

—Eu disse que podia dirigir, era só você me dizer o caminho.

—Você dirige na volta, não vou me opor.

—Não vi nenhum restaurante até agora, está tudo fechado.

—Também estranhei. Não é nenhum feriado hoje, e mesmo que fosse, tudo fica aberto para receber as pessoas.

—Será que aconteceu alguma coisa aqui e estão em toque de recolher? Julian tinha dito algo sobre as pessoas ficarem confinadas em tempos de conflitos.

—Se houvesse algum conflito envolvendo magos eu ficaria sabendo. Mas vamos descobrir. — Ela suspirou quando parou o carro outra vez, em frente a dois grandes portões dourados.

—É aqui? — Emeril se inclinou a frente para ver a grande mansão mais a frente, somente algumas luzes iluminando o caminho e poucas dentro acesas. — Esse lugar é enorme, mãe.

—Toda a nossa família vivia aqui, querida. Meus irmãos, suas famílias... — Ela baixou o vidro do seu lado com ar nostálgico enquanto visualizava a casa. — Continua a mesma, após tanto tempo.

—Tinha tantos magos guardando a casa antes?

—Eram elfos. Alguns ainda são.

—Então sua mãe ainda está aqui, não é?

—Sim. Deve estar. — Ela sinalizou com a mão para fora da janela, chamando por um dos guardas que estavam nos portões.

—Você marcou hora, sra.? — O elfo questionou ao se inclinar na janela, olhando entre Liora e a filha.

—Não. Mas espero que a sra. Arin tenha um horário vago para receber a filha e a neta após uma longa viagem.

—Ela não disse sobre nenhuma visita hoje.

—Eu quis fazer uma surpresa. Você pode dizer que Liora Arin está aqui para vê-la?

—Claro, espere aqui, sra. — Ele se afastou, voltando aos portões e se comunicando com os demais.

—Você disse que é filha dela, e eles não vão abrir o portão mesmo assim? — Emeril estreitou os olhos para a mãe.

—Também acho um exagero. Mas eles são todos jovens, não devem ter visto meu rosto em lugar algum.

—Talvez. É só estranho. Será que minha avó está correndo perigo para ter tanta cautela?

—Espero que não. — Ela virou o rosto para a olhar, acariciando sua bochecha e sorrindo para tirar a preocupação dos seus ombros. — Não se preocupe. Logo você vai conhece-la.

—Estou nervosa. E se ela não gostar de mim?

—Você é adorável, minha querida, é doce, gentil e aplicada nos estudos. Claro que ela vai gostar de você.

—E meu filho? Ela vai gostar dele?

—Isso o tempo dirá, minha querida. Seja paciente. Ter você aqui será uma grande novidade para ela, vamos tentar não encher ela de informação. Não sabemos como ela ficou por todos esses anos.

—Tudo bem. Eu vou tentar.

—Srta. Arin. — O elfo voltou a se aproximar do carro e se inclinar na janela, olhando entre ambas. — A sra. Arin deixou que entrassem e se acomodassem.

—Obrigada por dizer. — Liora ligou o motor do carro.

Ele sinalizou para os demais guardas no portão, que abriram passagem para elas passarem. Liora estacionou o carro perto da entrada da casa, onde ficou olhando a porta frontal em busca de reunir coragem. Havia diversas lembranças daquele lugar, de sua infância e juventude, mas eram as últimas que lhe atormentavam e corroíam seu coração.

—Mãe? Você está bem? — Emeril parou a sua frente, segurando seu rosto. — Você está pálida. Podemos voltar e achar um hotel para passar a noite e voltar outro dia.

—Desculpa, querida. — Liora a olhou, inclinando-se para beijar sua testa. — Eu não sei se consigo fazer isso. Não sei se consigo entrar nessa casa após tanto tempo depois que matei meu pai aqui.

—Você não está sozinha, mãe. Eu não sairei do seu lado, e não deixarei que ninguém te acuse de nada. Você não teve escolha. Não é sua culpa. — Emeril a olhou com maior seriedade, acariciando suas bochechas. — Não importa o que digam, não importa o que minha avó diga. Você fez o que achou certo para nos manter a salvo.

—Obrigada. — Liora a abraçou, acariciando seus cabelos. — Você tem razão. Eu só... me sinto responsável pelas mortes.

—Era sua família, mas eles fizeram a própria escolha.

—A pior, mas sim, fizeram.

—Podemos ir embora, mãe. — Emeril apoiou o queixo em seu peito, inclinando a cabeça para olhar em seus olhos. — Já temos o necessário para fazer o ritual.

—Sim, temos, finalmente. Mas você tinha razão sobre vir aqui e enfrentar minha mãe. Eu devia ter feito isso há muito tempo. E se vamos fazer o ritual, é melhor que façamos sem pendências.

—Tudo bem. Vamos fazer isso então. Se nada dar certo, ao menos tentamos.

Liora moveu a cabeça para concordar, então segurou uma mão de Emeril e respirou fundo, finalmente caminhando em direção a entrada da casa.

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Um acertozinho de contas finalmente, não é mesmo? Elas mereciam :D

Estamos chegando no fim pessoal :) peço a compreensão de todo mundo porque ando com dificuldade de escrever o fim dessa história, mas não entrarei em hiatus, não se preocupem. Tenho o próximo pronto e me concentrarei em escrever o seguinte nesse final de semana, então para não ficar muito apressado, postarei os capítulos somente as sextas-feiras para me dar tempo de escrever também :D

Em breve mais uma história será postada aqui na plataforma :) se quiserem ficar por dentro, eu já tenho a sinopse nas minhas redes e estou apresentando cada personagem. Me sigam no insta (https://www.instagram.com/alexmills_literales/) e no face (https://www.facebook.com/AlexMills.LitLes/) É só copiar e colar no seu navegador ;)

Até o próximo!


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Comentários para 25 - Laços fortalecidos:
Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 06/08/2021

muitas emoções.


Resposta do autor:

Muitas mesmo!

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