Um amor a prova
Dois dias antes...
—Você tem certeza que marcou as horas certas? — Ilis voltou a perguntar, andando impaciente pelo casco atrás do leme. — Você pode ter escutado errado. Talvez devêssemos avançar mais uma hora.
—Liora disse cinco horas. Se sairmos do lugar, Emeril vai correr mais perigo. — Selen respondeu com paciência, sentada na beira do casco.
—Ela está inconsciente por cinco horas.
—E temos dias de viagem. Liora é a única que pode ajudá-la e você sabe disso.
—Eu fiz o que pude para parar o sangramento. Mas ela está perfurada.
—Mantenha a calma, Ilis. Liora é mãe dela. Não faria nada para prejudicar a filha.
—Eu não posso simplesmente ficar parada esperando-a chegar aqui.
Ambas se calaram quando uma luz escura varreu o barco e o oceano ao redor. Liora apareceu, cambaleou entre os bancos até cair sentada, momento que Selen correu em sua direção, abaixando-se a sua frente e segurando seus ombros. Olhou seus olhos castanhos enquanto a mulher afastava os longos cabelos escuros do rosto. Liora trajava uma roupa inteiriça, com tecido confortável e tonalidade lilás, que combinava com o tom escuro de sua pele.
—Ei. Você está bem?
—Só preciso de um momento. Isso foi... — Ela abriu um pequeno sorriso ao olhar os olhos claros da elfo a sua frente. — Arriscado.
—Você simplesmente apareceu em meio a luz. Foi incrível.
—Que bom que gostou. Devo ter ultrapassado algum limite. Mas estou bem agora.
—Emeril precisa de cuidados. — Ilis relembrou enquanto se aproximava. — Ela perdeu sangue demais.
—Por isso estou aqui, Ilis. Não se preocupe. Ela receberá mais do meu sangue. — Liora respondeu com paciência. — Só me ajude a descer. Viagens de barcos me deixam sem muito equilíbrio, infelizmente.
—Apoie-se em mim. — Selen segurou sua mão, oferecendo uma sutil carícia.
Liora assentiu, levantando-se com o auxílio da elfo, que segurou seu braço mais firme antes de dar o primeiro passo. Desceram as escadas para as cabines, com Ilis logo atrás, indo direto para a cabine que Emeril estava desacordada, ainda em sua transformação de dragão. Liora sorriu ao ver a filha, entrando no pequeno cômodo sozinha e se ajoelhando ao seu lado. Tocou seu rosto inconsciente, inclinando-se para beijar sua testa.
—Toda a luz na minha vida. — Sussurrou, colando suas testas. — Você cresceu tanto... Sinto muito por não ter estado ao seu lado.
—Ela não pode te ouvir. — Ilis relembrou num suspiro.
—Deixe-a. — Selen respondeu.
—Estamos perdendo tempo.
—Ilis Mae. — Liora falou num suspiro, virando o rosto para olhá-la, deslizando os olhos pelo seu corpo. — É bom te ver pessoalmente. Espero que não tenha que fazer as mesmas escolhas erradas que eu fiz para minha filha.
—Não compare meu filho com suas escolhas.
—Então é você quem carrega o filho. — Selen a olhou. — Você e Emeril não tem qualquer juízo.
—Pode não ter sido planejado, mas a lua não nos enviaria um bebê que não fôssemos cuidar.
—Não se preocupe, Ilis. — Liora gesticulou sua barriga. — Em respeito a esse bebê, vou relevar seu mal humor. Selen, eu conheço sua mãe. Você aprendeu sobre as ervas?
—Como se ela fosse me deixar sair de casa sem saber sobre todas. — Ela respondeu num pequeno sorriso nostálgico.
—Ótimo. Venha me ajudar. Vou tirar tudo que ela está carregando, e você começa a misturar as ervas para fechar essas feridas.
Selen entrou no quarto e se ajoelhou ao seu lado, enquanto Ilis bufava da porta, impaciente. Liora pressionou a mão no ombro de Emeril, uma sutil luz escura saindo de sua palma, retirando o primeiro livro e o fazendo crescer em seu tamanho natural. Deu a elfo, que colocou no canto do quarto, ambas repetindo o gesto diversas vezes com tudo que Emeril carregava. No fim, Liora deslizou as mãos sobre a pele da filha, buscando por mais algum objeto, mas se deu por satisfeita, movendo os dedos em sua bochecha numa carícia.
—Tão preciosa... — Sussurrou, então olhou os ferimentos, tocando sua asa perfurada. — Isso é ruim.
—Vai danificar o voo dela? — Selen perguntou enquanto socava as ervas recém tiradas de Emeril num pote.
—Desse tamanho? Não. Mas não devia ter atravessado. Faz anos que ela pode se transformar, mas as asas estão fracas.
—Faz poucos meses que ela começou a usar a transformação. Talvez dois. — Selen entregou o pote e mordeu o lábio com o olhar indagador da mulher. — Ela não gostava da aparência. Até então eu nem sabia que ela tinha alguma transformação, mas sendo filha sua, mesmo que mestiça de humanos, faria diferença.
—Mestiça? Julian é um estúpido por deixar que ela acreditasse nisso. Mas eu devia ter imaginado que ele nunca superou o fato.
—Como assim?
—Emeril não é mestiça. Ela é pura, sem influência de nenhuma outra raça. Eu a criei.
—Como isso é possível?
—Na antiga mitologia dos magos, dragões fêmeas botavam ovos em cavernas escuras, ficavam lá por meses, hibernando como ursos, protegendo seus filhotes. Claro, não eram todos os dragões que podiam fazer isso. Há uma linhagem especial que concedia essa dádiva. Minha família sempre foi assim. Minha mãe me fez. Eu fiz Emeril. Considere-se sortuda, lobo.
Ilis franziu o cenho, ainda que Liora não a olhasse. A mulher pegou a pasta de ervas que Selen fez, e espalhou pelo ferimento aberto no ombro, virando o corpo da filha com cuidado de lado para espalhar do outro lado, certificando-se de pressionar para que a pasta entrasse.
—Então somente sua família as mulheres podem fazer seus próprios filhos? — Selen perguntou após um tempo.
—Sim. Nunca tive conhecimento de outra família que tenha conseguido um bebê saudável que chegou na idade adulta.
—Por que não ter Emeril com Julian?
—Iria limitar as chances dela se desenvolver. E também por orgulho, eu confesso. Uma Arin limitada? — Balançou a cabeça, suspirando. — Seria egoísta se tivesse colocado os sentimentos acima da minha responsabilidade com o futuro dela.
—Futuro? — Ilis se encostou na madeira de frente para a cabine. — Que tal o presente dela?
—O que há de errado com você, lobo? — Selen estreitou os olhos na sua direção. — Emeril vai ficar bem. Você devia descansar.
—Eu disse a ela que estaria aqui depois da lua nova. Não vou sair até que ela acorde e diga que está bem.
—Há algo errado. — Liora inclinou a cabeça.
—O que aconteceu?
—Estou sentindo a energia dela se modificar. Algum feitiço a está modificando.
—Feitiço? — Selen a olhou. — Aquele mago somente acertou a lança nela.
—Você ainda tem o pedaço que a perfurou?
Selen assentiu e se levantou, andando rapidamente até a sua cabine e pegando o pedaço que tinham cortado que perfurou a pele de Emeril. Levou para Liora, que examinou o objeto com as marcas de sangue, as sobrancelhas erguendo com o que sentiu.
—Estão modificadas.
—Como?
—Há um feitiço, muito arriscado. Acelera o desenvolvimento. Mas a maioria morre no processo.
—Você pode tirar isso dela? Ou reverter? — Ilis perguntou depois de voltar para perto da cabine.
—Ela correria mais risco. Estou limitada sem minhas poções aqui. Você pode ligar os motores, lobo? Preciso que esse barco chegue o mais perto que puder da terra dos elfos para que eu possa levar todos na outra forma.
—O que você vai fazer com Emeril?
—Vou tentar atrasar os efeitos do feitiço. O resto vai depender da reação dela.
—Vamos fazer por turnos, Ilis. Vou ajudar Liora aqui, então pego o leme a noite.
Ilis suspirou, olhando o corpo de Emeril mais uma vez, então seguiu pelo corredor até o leme, ligando os motores e acelerando. Liora voltou a deitar as costas da filha nos lençóis, pressionando uma palma sobre o ferimento, mas não usou sua energia, ainda ponderando o que fazer.
—Elfo, use suas mãos.
—Só me dizer onde.
—Pressione no ferimento da asa. Não vai repor o jeito que a asa era, mas vai tirar os vestígios do feitiço daquele idiota.
—Você o conhece?
Selen pegou o resto da pasta de ervas e passou para o outro lado de Emeril, movendo com cuidado a mão em sua asa, onde moveu a pasta na camada mais grossa atingida.
—Não, querida, pressione. — Liora se inclinou e pressionou os dedos sobre os da elfa, olhando em seus olhos. — Talvez ela reclamasse se estivesse acordada. Mas as asas não são tão frágeis.
—Ela sente cócegas nas asas.
—Engraçado.
—Sim, ela ri muito.
—Não. Seus olhos.
—Algo errado neles?
—Pelo contrário. São perfeitos. Emeril nunca me disse que você tinha olhos tão lindos. Não me admira que ela tenha se encantado por você.
Selen corou diante do elogio, e Liora sorriu, voltando a ficar ajoelhada do outro lado. Tocou o centro do peitoral da filha, sua luz escura brilhando em sua palma, seus olhos se tornando escuros à medida que ela se concentrava.
—Ele era meu pretendente antes de eu conhecer Julian.
—Uhn?
—O mago, no deserto. Meus pais queriam que ficássemos juntos. Ele tem raiva de mim até hoje. Ele sabia sobre Emeril, espalhou um feitiço sobre todo o deserto para que eu não pudesse passar.
—É por isso que não foi atrás dela?
—Também. Eu não conseguia saber onde ela estava. Eu não imaginei que Julian iria me amaldiçoar desse jeito.
—Não diga isso. — Selen tocou sua mão com a que estava livre. — Mesmo longe, Emeril sempre te amou.
—Teria sido mais fácil se eu a tivesse trazido comigo. Julian não devia ter mantido ela isolada. Agora ela corre risco por nossa imprudência.
—Não. Não foi sua culpa. Emeril teria cruzado aquele deserto de qualquer maneira atrás de você. Foi o que ela sempre desejou.
—Ela não era feliz com Julian?
—Não por completo. Julian nunca acreditou na capacidade dela, e quase não se falavam depois que cheguei lá e ela passou a morar longe dele.
—É por isso que ele não veio com ela?
—Provavelmente.
—Bem... Obrigada por trazê-la. — Liora sorriu. — Você trouxe luz de volta a minha vida.
—Luz? — Selen também sorriu, virando lentamente a palma da mão dela, a luz negra brilhando em sua pele. — Você é a pessoa de luz aqui.
—Selen. — Milo a chamou da porta. — Você é a mãe de Emeril?
Liora assentiu e Selen afastou a mão, voltando a atenção para o ferimento na asa. Milo sorriu, olhando entre ambas e se abaixando aos pés de Emeril, admirando a luz que saia da mão da mulher e que foi direcionada ao peito da filha.
—Eu sou Milo.
—Ela é uma bruxa que sequestramos na outra vila. — Selen falou num sorriso.
—Ah, que boa ação a de vocês. Devia ser uma vila muito ruim. — Liora sorriu, olhando a garota.
—A pior. — Milo tocou o calcanhar de Emeril. — Ela quem me deixou vir junto. E quem me salvou no deserto. Sua filha é muito boa para mim, então se precisar de ajuda em algo, terei prazer em ajudar.
—Isso me deixa feliz. Emeril fez bons amigos. Por enquanto tenho tudo sobre controle.
—Mas você podia nos ajudar a fazer Ilis descansar. Ela está no leme. — Selen falou. — Ou deixá-la calma.
—Claro. Vou convocar os lobos.
Milo se levantou e acenou para ambas antes de seguir pelo corredor. Liora voltou sua atenção para a tarefa de conter o feitiço dentro de Emeril, ainda que sentisse o olhar da elfo em si, o que a fazia sorrir com a atenção.
—Você está com fome? — Selen perguntou.
—Cansada, apenas. Devo precisar descansar para repor toda a energia que gastei hoje.
—Comer vai ajudar a repor.
—Está me convidando para o jantar?
—Você aceitaria? — Selen sorriu na sua direção, um longo olhar sendo trocado com a mulher. — Eu aprendi com o apetite de sua filha. Se alimentando bem, sua energia se recupera mais rápido.
—Percebo que vocês têm uma relação próxima.
—Concordamos que somos melhores como amigas. Sempre vou ter um carinho especial por ela.
—Fico feliz com isso. Aliviada por Emeril não estar sozinha.
—E você? Está sozinha?
—Eu? Depende. Por que quer saber?
—Estou curiosa. Antes de ir para a floresta eu estive viajando para outros lugares. Sempre ouvi histórias suas. Então... Sempre tive certeza de que estava viva.
—Então você gosta de viajar?
—Fazia parte do teste que me dispus a fazer.
—Qual?
—De que eu podia me cuidar sozinha. Foram viagens bastante esclarecedoras.
—Pretende continuar viajando?
—Eu não sei. Dessa vez fiz amigos com quem me importo.
—Não costuma ter amigos?
—Não assim, de forma tão íntima. — Suspirou, sentando e afastando as mãos de Emeril, limpando num tecido ao lado e observando a luz que saia da palma da mulher. — Há quanto tempo está morando na minha cidade?
—Pouco mais de um ano. Sua mãe me ajudou a montar uma loja.
—Oh, que pena. Eu passei algumas semanas lá antes de voltar a viajar. Podíamos ter nos encontrado.
—Podíamos, de fato. Seria diferente se tivesse sido assim.
—Teria? Como o que?
—Não estaria flertando com você sobre o corpo adormecido de minha filha, para começar.
—Ah, estamos flertando?
—Não. É minha imaginação. Mas é melhor assim, você é amiga de Emeril. Há um limite nessa linha.
—Talvez. Quer que eu pare?
—Eu deveria dizer que sim.
Selen sorriu, entendendo a mensagem.
Ela pegou o turno da noite para assumir o leme, enquanto os lobos descansavam entre os bancos. Milo ficou ao seu lado até dormir ali mesmo, minutos que a elfo ficou em completo silêncio com as ondas sutis do mar. Ilis apareceu antes do amanhecer, o rosto demonstrando cansaço. Olhou os lobos, certificando-se que estavam dormindo antes de subir os cinco degraus até o leme.
—Você devia estar dormindo, lobo.
—Eu te diria o mesmo se não soubesse o que fará quando descer.
—Não faria nada errado. — Selen estreitou os olhos na sua direção.
—Não. De fato.
—Então?
—Emeril se importa com você.
—E eu com ela.
—Então sabe que vai dar um nó na cabeça dela quando ela acordar e ver você com a mãe dela.
—Ela vai entender... depois de algum tempo.
—Depende de como ela ficar sabendo.
—O que está sugerindo?
—Se for adiante com isso, Selen... Vai ter que contar para ela na primeira chance que tiver. Nem eu, nem os lobos, vamos esconder isso dela.
—Você realmente se importa com os sentimentos dela. Todos eles. Mas você está certa. Vou dizer a ela, quando ela acordar e disser que está bem.
—O sol vai nascer. Desça. Eu assumo o leme.
—Está me incentivando?
—Você não precisa disso. Nós, lobos, podemos sentir quando algo está acontecendo. Os corpos liberam substâncias típicas. Então... Vá. Aproveite que estão todos dormindo aqui.
—Como não vai adiantar te mandar dormir, eu vou aceitar.
Ilis assumiu o leme, ainda assim, Selen hesitou.
—Mesmo se Emeril não aceitar logo de primeira... Você...
—Tudo que estou pedindo é que diga a ela. Se não disser, você terá problemas.
—Eu entendi. Obrigada, de qualquer forma.
Ilis assentiu, então Selen desceu, parando em frente a cortina de sua cabine, onde Liora estava. Respirou fundo, pensando no que diria, mas acabou apoiando as mãos na madeira ao lado, apoiando seu peso. Baixou a cabeça e fechou os olhos, tentando controlar as batidas do seu coração.
—Mas que droga, Selen... — Reclamou consigo mesma.
—Eu posso te ouvir, elfo. — Liora falou do lado de dentro.
—Desculpa, não queria te acordar.
—Entre, Selen. Aqui também é seu espaço.
Selen afastou a cortina e entrou, voltando a fechá-la. Parou em frente a mulher, que estava encostada na madeira ao lado da entrada.
—Eu preciso perguntar algo a você.
—Claro. Eu posso responder.
Selen se aproximou mais, querendo enxergar melhor seus olhos. Pegou uma de suas mãos, oferecendo uma carícia antes de pressionar sua palma entre seus seios, fazendo com que a feiticeira sentisse seus batimentos.
—Por que está batendo tão forte, Liora?
—Bem, talvez... — Liora sorriu, trazendo a mão da elfo para junto de seu coração. — Talvez ele esteja tentando atingir o mesmo ritmo que o meu.
—Então se baterem juntos... eles não se separam mais.
—Não... Ao menos hoje.
Selen balançou a cabeça, deslizando os dedos pelo rosto da mulher, colando seus corpos.
—Hoje é apenas o primeiro dos próximos dias.
—Nós começamos a nos conhecer agora, elfo. — Ainda assim, Liora cobriu seu rosto com suas mãos, sentindo seu hálito atingir seus lábios.
—E já foi o suficiente para eu querer passar os próximos dias sabendo tudo sobre você.
—Eu não posso te oferecer muita coisa, elfo. Eu tenho uma filha.
—A única coisa que posso te oferecer, é tudo que existe dentro de mim. Todo o suporte que puder te dar.
—Minha luz...
Liora finalizou a distância que restava, pressionando os dedos na sua nuca. Selen soltou um suspiro de alívio, pressionando seus corpos à medida que buscava mover os lábios no ritmo que o momento impunha. A língua de Liora penetrou sua boca, suas pernas envolvendo a cintura da elfo, que sorriu enquanto a conduzia para a cama. Deitou as costas e manteve a feiticeira sobre si, que sentou sobre sua cintura e apoiou as mãos em seus ombros. Respirou fundo, seus dedos retirando lentamente a parte de cima do seu vestido, deixando que Selen visse seus seios nus.
—Você é tão maravilhosa. — Selen falou, movendo uma mão no abdômen dela a subir, acariciando seu seio antes de prender os dedos em sua nuca, puxando-a para perto.
—Mostre o quanto me quer, elfo.
—Mostrar? — Selen sorriu e colou suas testas, olhando diretamente em seus olhos. — Apenas olhe em meus olhos, Liora, eu não te esconderia nada.
Liora sorriu, acariciando seu rosto, mirando seus olhos por alguns minutos enquanto Selen fazia carícias no seu couro cabeludo.
—Você podia simplesmente ter avançado. — Liora sussurrou.
—Te querer vai além do seu corpo, Liora. Quero estar com você, em cada passo. Eu poderia ter qualquer corpo e não significariam nada.
—Você sabe que estou te testando.
—Você está certa. Passarei por qualquer teste que precise para confiar em mim.
—Desculpa por isso. Passei a vida lutando ou fugindo de elfos depois que saí da casa dos meus pais... que mesmo morando em sua terra esses meses, ainda é como se eu fosse uma conquista.
—Não vou negar que sempre quis te conhecer por causa das histórias que ouvi sobre você. Mas vendo você agora, sei que tem muito mais a saber de você.
—Não quero te odiar se estiver errada, Selen.
—Serei paciente. — Selen selou seus lábios, subindo o tecido para cobrir seus seios. — Mas não vou sair do seu lado.
—Então dorme comigo.
—Nada me daria mais prazer.
Liora sorriu, deslizando seu corpo para deitar ao lado de Selen, que abraçou sua cintura, selando seus lábios enquanto juntava seus corpos. Liora acariciou seu rosto, deixando-se adormecer nos braços da elfo.
Fim do capítulo
:D um pouco do antes da Emeril acordar, assim todos entendem um pouco melhor como tudo aconteceu :)
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Marta Andrade dos Santos
Em: 05/07/2021
Legal
Resposta do autor:
que bom! :D
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