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A feiticeira e a loba por Alex Mills

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Palavras: 3157
Acessos: 1036   |  Postado em: 02/07/2021

Reencontro conturbado

Emeril acordou atordoada no barco, demorando a reconhecer sua mãe, diante de si. Liora sorriu e esperou, finalizando a última camada de ervas na asa direita, sobre o buraco que a lança deixou. Emeril a admirou em silêncio, recebendo seus cuidados, ainda que quisesse perguntar como tinha ido parar dentro do barco, em seu quarto, e como sua mãe estava ali. Liora se inclinou e beijou a testa da filha demoradamente, movendo a cabeça até apoiar o queixo no seu ombro. Emeril sorriu fracamente, conseguindo mover somente o outro braço em direção às costas dela, pegando uma de suas mechas nas costas e fechando os olhos, constatando que era real. Sentiu o cheiro dela como se fosse a primeira vez, o perfume de flores lhe trazendo a nostalgia de quando era criança.

—Mãe...

—Desculpa demorar, minha querida. Eu sinto muito. Não devia ter deixado que ninguém ferisse você.

—Do que está falando mãe? — Perguntou baixo, confusa. — Eu acabei de encontrar você.

Liora se afastou e balançou a cabeça, enxugando as lágrimas que Emeril não tinha notado. Ela tocou seu ombro ferido e olhou a asa machucada, mas fitou com intensidade a cicatriz no seu braço, pegando-o e oferecendo um beijo.

—Se tivesse ficado com você esse tempo todo... Nunca teria deixado que machucassem você.

—Então eu não teria aprendido nada, mãe.

Aquilo fez Liora ficar em silêncio, surpresa com o raciocínio dela.

—Minha querida...

—Você mesmo me disse que só sabe tudo que aprendeu, porque teve que se defender. Se você sempre me protegesse, eu nunca teria aprendido a voar sozinha.

—Você se tornou tão forte. — Sorriu, acariciando seu rosto. — Estou orgulhosa de você.

—E eu estou feliz que esteja comigo agora.

—Há tanto que eu quero te dizer. Te ensinar. E me desculpar pelo que deixei que fizessem com sua asa.

—O que aconteceu? Por que ainda estou nessa forma?

—Aquele feitiço precisa de toda a concentração que eu tinha. Se eu tirasse os olhos dos oponentes a frente, o feitiço iria se espalhar e a elfo poderia se machucar. Ela conseguiu impedir a segunda lança, mas ele acertou essa. Não estou acostumada com essa forma sua, de qualquer forma a lança não poderia ter perfurado suas asas de forma tão fácil.

Emeril pensou por alguns instantes, absorvendo as informações, piscando algumas vezes. Liora esperou, imaginando que ainda estava muito fraca para pensar em sua velocidade habitual. Olhou para as próprias asas, soltando um longo suspiro.

—Você esteve no meu corpo. — Constatou, e Liora somente assentiu. — Por isso o feitiço deu errado quando fiz. Eu não foquei num ponto só. E eu sou apenas uma parte igual a você, mãe. Não sou um dragão de verdade.

—Você vai melhorar. Só precisa se fortalecer, e nada vai passar pelas suas asas. São sua proteção, minha querida.

—Então minha transformação ainda vai mudar?

—Muita coisa vai mudar em dois anos, quando atingir a maioridade.

—Mesmo que eu seja uma bastarda?

—Emeril. — Liora a repreendeu, o nariz se torcendo com o som da palavra. — Nunca mais se chame disso. Você é minha filha.

—Sua e de Julian, um humano.

—Ele me ajudou a criar você, sim. Mas fui eu quem te fiz. Você é minha filha, só minha.

—Isso é coisa de dragão?

—Sim, querida. Você tem todos os meus genes, e só por isso pude controlar seu corpo por alguns minutos.

—Então... Eu ainda posso ser igual a você?

—Só vai depender de você.

—Então nasci de um ovo de dragão?

—Não, querida, da minha barriga. Não existe ovo de dragão. Não é assim que seu bebê vai nascer.

—Eu estou grávida?

—Não, minha querida.

—Onde está Ilis?

—Eu a mandei descansar.

—Eu quero vê-la.

—Depois ela vem te ver. Você precisa descansar também. Ainda precisa recuperar toda a sua energia.

—Mãe... Me ajuda a levantar. Quero ter certeza de que ela está bem.

—Não caia nessa Liora. — Selen parou na porta.

—Selen... Não faça a cabeça da minha mãe.

—Eu? Só estou abrindo os olhos dela para a não tão inocente filha.

Liora riu enquanto a elfa se aproximava, sentando ao lado dela e desviando da sua asa.

—Que bom que agora tenho um apoio para colocar juízo na sua cabeça.

—Ah, não. Não mais uma. — Emeril fingiu reclamar, olhando entre elas.

—Que bom que você apareceu, Liora, ensine Emeril a não sair engravidando as pessoas nesse barco.

—Selen!

—Garanto que vou ensinar. — Liora estreitou os olhos para a filha. — Você é muito jovem para ser mãe.

—Eu a avisei. Ela não acreditou em mim. Por um dia, Emeril.

—Claro que não acreditei. — Tentou se defender. — Parecia fantástico demais.

—Ah, querida, você é uma feiticeira, não duvide de eventos assim.

—Agora eu sei, eu aprendi minha lição.

—Da pior maneira, mas sim. — Selen balançou a cabeça. — Você e Ilis são duas irresponsáveis. E olha que você é a única criança a bordo.

—Não sou criança nenhuma.

—Claro que é. Você e Milo tem a mesma idade.

—Não me compare a ela.

—São fatos.

—Você é uma idiota, Selen.

—Sim, mas não engravidei ninguém.

—Você é jovem demais para ter um filho, Emeril. — Liora pontuou mais uma vez. — Mesmo que Ilis seja mais velha, vocês deviam ter esperado mais.

—Você engravidou quase na minha idade. — Emeril relembrou.

—Porque foi minha escolha. Você escolheu isso?

—Não. Mas vou assumir essa criança assim mesmo.

—Não disse? Duas irresponsáveis. — Selen balançou a cabeça negativamente. — Se eu chegasse em casa e dissesse para a minha mãe que estou grávida... — Pausou, pensando no assunto. — Ela ia acabar gostando da ideia. Não sou bom exemplo.

—Claro que não é. Você usa sua beleza de elfo para conseguir o que quer.

—Beleza de elfo? — Liora achou engraçado, olhando para a elfo. — Ela é linda, mas não há nenhum feitiço no sangue dela, querida. Eu garanto.

—Está enganada, mãe. Se ela te oferecer trégua, não aceite. Faz parte da beleza traiçoeira dela.

Ainda assim, Selen sorriu com o elogio, desviando o olhar de Liora por um instante e agradecendo que as velas disfarçavam o avermelhado que assumiu suas maçãs.

—Estou vendo que se conhecem muito bem. — Liora observou, um pequeno sorriso.

—Faz mais de um ano que aturo sua filha.

—Sou grata por ela ter uma guerreira tão nobre ao lado.

Liora tocou seu braço e acariciou, levantando devagar e beijando o topo de sua cabeça.

—Faça ela dormir. Vou ver como a bruxa está.

—Claro. Boa noite.

—Boa noite para vocês.

—Boa noite, mãe.

Liora saiu e Selen registrou cada passo, tocando sobre onde ela tinha tocado e sorriu. Voltou a olhar para Emeril, tocando sua mão e acariciando.

—Quanto tempo? — Ela perguntou.

—O que? — Perguntou, preocupada que ela tivesse notado.

—Você sabe. — Revirou os olhos. — Que estou aqui. Que vamos demorar para chegar.

—Ilis não dorme há dois dias esperando você acordar. E ainda vai levar duas semanas no mínimo. Mas estamos perto a cada minuto.

—Como vamos sobreviver até lá se perdemos nossos suprimentos?

—Milo está aprendendo com sua mãe a convocar comida, então vamos sobreviver. Não aconselho ninguém a tentar pescar nos próximos dias. Entramos nas águas geladas da minha terra.

—Suas terras são geladas o tempo todo?

—Por algum tempo. Devemos chegar no pico do frio lá. Então já que não está acostumada, use o casaco quando subir.

—Mais frio...

—Muito mais frio. Finalmente. Depois do calor daquele deserto, aqui é um paraíso.

Emeril sorriu, acariciando sua mão de volta. Selen terminou de limpar seu rosto enquanto respondia as suas demais perguntas, até finalmente vê-la dormir.

Sentiu o frio que Selen mencionou logo pela manhã, quando acordou. Sua pele na forma de dragão a protegia, mas se cobriu como pode com o casaco de pele, não encontrando dificuldades para ficar em pé. Cruzou o corredor das cabines, subindo os degraus silenciosamente, encolhendo-se quando sentiu a brisa fria que a recebeu. Depois de manobrar as asas, olhou ao redor. Milo dormia entre os bancos, com dois casacos cobrindo seu corpo.

—Emeril.

Ela se virou, animando-se tão logo viu Ilis no leme. Subiu os degraus rapidamente e se lançou nos braços da loba, que tentou manter o equilíbrio entre abraçá-la e deixar o leme estável. Beijou seus lábios assim que encontrou seu rosto, e recebeu as carícias carinhosas em seus cabelos.

—Senti tanto sua falta. — Emeril sussurrou, cobrindo seu rosto de beijos. — Fiquei tão preocupada que tivesse acontecido algo com você. Com qualquer um deles.

—Encontramos alguns dos humanos que Selen avisou. Mas só serviram de comida.

—Tinham gosto ruim? — Emeril sorriu, ocupando-se em seu pescoço.

—Estávamos famintos. Não fez muita diferença.

Emeril riu, sugando a pele e mordiscando, fazendo a loba soltar um sutil gemido. Segurou sua cintura e a pressionou contra o leme, suas asas movendo-se automaticamente para cobri-las enquanto movia os lábios nos seus.

—Uns dias no deserto te deixaram selvagem de novo, alfa? — Emeril a provocou, movendo a língua sobre seus lábios.

—Isso é tudo que vai ter, feiticeira.

Ela estreitou os olhos, sem entender. Ilis prendeu os dedos nos seus cabelos e os puxou, liberando espaço para os suaves beijos que distribuiu pela garganta exposta.

—Não vou fazer nada com sua mãe aqui.

—O que? Está me punindo?

—Não te puniria com algo que me afeta diretamente. É só questão de respeito.

Emeril suspirou, mas não contestou, porque sabia que faria o mesmo se fosse o contrário. Então assentiu, selando seus lábios antes de sair do leme e abraçá-la pelas costas, pousando as mãos sobre sua barriga enquanto apoiava a testa nas costas da loba.

—Logo vamos ter nossa própria casa.

—Sim. Mas enquanto não fazemos nossa própria casa, sua mãe quer que fiquemos na casa dela.

—Você quer?

—Quero conhecer a mulher que te trouxe ao mundo. E sei que vai ser bom vocês estarem juntas no mesmo ambiente, depois de todos esses anos.

—Acho que sim. É tão bom sentir ela perto de novo. E vai ser bom receber alguns ensinamentos.

—Mais feitiços? — Ilis sorriu, acariciando sua mão.

—Também. Mas também porque não sei nada de crianças.

—Ah, ela te contou?

—Eu perguntei então...

—Você sempre faz muitas perguntas.

—Você sempre as respondeu.

—Claro, como teria ficado apaixonada por você sem essas perguntas todas?

—Estou feliz que as tenha respondido então, ou não estaríamos prestes a começar uma família.

—Você está feliz?

—Estou. E você?

—Sim.

—Embora também esteja morrendo de medo. É tanta responsabilidade ter uma vida em nossas mãos. Como vai ser durante a lua nova agora que você está grávida?

—Vou ter mais um lobo para tomar conta. Só vou ter mais cuidado.

—Ilis...

—Tem que ser assim. São nossos costumes.

—Vou ficar ainda mais preocupada agora.

—Vai ficar tudo bem, se me receber de volta da mesma forma que me recebeu agora há pouco.

—Uhn... Você gostou?

—Muito.

—Volte inteira com nosso bebê, e vai ter isso sempre.

Emeril a abraçou mais forte, beijando suas costas e acariciando sua barriga, fechando os olhos para aproveitar melhor a sensação de tê-la perto.

—Por que Milo está dormindo aqui em cima?

—Ela velejou a noite toda.

—Ela não estava dormindo com Selen?

—No quarto dela sim. Mas estão fazendo turnos. Para manter o barco em movimento. Acabei de fazê-la sair daqui para descansar.

—Então Selen...

—Está deixando Liora dormir lá. Elas se tornaram... próximas esses dias.

—Eu percebi ontem. Acho que é bom. Selen é um bom elfo.

—Sim, acredito que seja.

—Querida... Acho que vou voltar lá para baixo. Estou com muito frio.

—Mas você está quente.

Ilis se virou para olhá-la, tocando seu rosto, estreitando os olhos ao senti-la quente. Tocou seu pescoço e sua testa, seus braços, notando seus olhos começarem a ficar vermelhos. Seu instinto a alertou do perigo e ela só teve tempo de virá-la em direção ao mar, quando Emeril soltou uma rajada de fogo pela boca, indo metros à frente. Durou alguns segundos até ela se ajoelhar, sem fôlego, soltando labaredas enquanto tentava recuperar o ritmo normal da sua respiração.

—Emeril...

—Está doendo... Eu nunca...

—Alfa? — Jhan colocou a cabeça para fora do acesso às cabines, a cara amassada. Avançou assim que notou o que estava acontecendo, e assumiu o leme sem perguntar. Emeril manteve a cabeça para fora do barco, apoiando-se na borda enquanto Ilis descia, procurando por Liora, encontrando-a saindo da cabine de Selen.

—Não faça essa cara. — A elfo falou.

—Eu não tenho nada com isso. — Balançou a cabeça, olhando para Liora. — Emeril está soltando fogo pela boca e não consegue controlar.

—Ela saiu do quarto? — Liora suspirou antes de passar por ela no corredor.

Selen teve que segurá-la quando o barco parou abruptamente depois de uma manobra, e os lobos saíram cambaleantes de suas cabines, confusos.

—Por que paramos? — Ian perguntou.

—É o que vou descobrir. — Ilis respondeu, passando a frente e subindo as escadas.

Milo era a única a ser vista, e andava ao redor olhando para o oceano. Suas roupas estavam molhadas e ela só parou quando a loba segurou seus braços.

—O que aconteceu?

—Eu não sei. Jhan rodou o barco, parou e mergulhou.

—Você viu Emeril?

—Eu nem sabia que ela estava aqui.

Ilis suspirou e foi até o leme, tentando escutar alguma coisa, mas embaixo da água não conseguia.

—Alfa! Aqui!

Correu para a lateral do barco junto dos demais, encontrando Jhan tentando boiar, segurando Emeril. Ian jogou uma corda sem pensar duas vezes, puxando-o para perto. Liora e Selen puxaram Emeril enquanto Jhan era ajudado por Ilis. A feiticeira tremia, quase em convulsão no casco do barco, e o lobo recolheu a mão para si, ainda que fosse visível as queimaduras.

—Jhan, por que estavam na água? — Selen questionou, tirando o próprio casaco e colocando ao redor da feiticeira.

—Ela se desequilibrou. Eu tentei segurar, mas ela me queimou em meio a queda. Com esses machucados ela nunca ia conseguir nadar de volta à superfície. Mas a água não está tão gelada assim para ela estar tremendo.

—Choque térmico. — Ilis constatou.

—Isso não devia estar acontecendo. — Liora falou, retirando as roupas molhadas da filha e a cobrindo com seu casaco.

—Temos que levá-la para baixo.

—Não. Ela pode começar um incêndio lá embaixo e acabaria com nosso barco. Droga... todos se abaixem, agora!

Liora se levantou quando viu os olhos de Emeril se tornarem azuis. Ergueu as mãos ao céu no instante que viu o brilho de um raio vindo em direção ao barco. Sua luz escura desviou o raio para a água, mas continuou olhando para o céu, esperando por mais.

—Selen, o leme. Rápido, antes que a tempestade vire o barco.

A elfo não questionou porque ouviu a urgência em sua voz, então correu e ligou o motor, colocando o barco no curso certo e acelerando ao máximo. Todos estavam abaixados, abraçando as próprias pernas, tentando se equilibrar em meio ao agito do oceano.

—Liora! Estamos sobre o ataque de quem? — Ilis perguntou alto, tirando a camisa e dando para Jhan.

—Emeril perdeu o controle. — Respondeu, desviando mais um raio.

—Mas por que? Ela estava bem.

—Não consigo descobrir agora. Me diga se os olhos dela mudarem de cor.

Ilis se aproximou, vestindo o casaco de Kenny, ajoelhando-se ao lado da feiticeira e segurando seu rosto. Acariciou, tentando atrair sua atenção, mas os olhos azuis estavam vidrados no céu, o corpo ainda sofrendo com tremores.

—Querida... lute de volta. Você consegue.

—Liora! — Selen gritou, apontando o mar a frente.

—Ah, não. Lobos, vão para baixo, rápido!

Os três olharam para Ilis, que assentiu, e ainda abaixados, seguiram pela escada para as cabines. A alfa continuou tentando trazer Emeril de volta ao controle, e Liora esperou o próximo raio.

—Liora! Tem um tsunami vindo em nossa direção. Já posso xingar sua filha?

—Espere mais um pouco. Bruxa, venha aqui.

Milo se aproximou, ficando em pé com dificuldades, tendo que se apoiar em sua cintura para permanecer ereta.

—Vou direcionar o raio para quebrar a onda, preciso que você faça o barco levitar para atravessar a fenda. Não vai ser grande.

—O que? Algo grande assim? Enlouqueceu?

—Prefere ser engolida pela onda? Faça, agora!

Com as mãos erguidas, Liora direcionou o raio para a onda, travando os dentes ao sentir sua força resistindo enquanto cortava o tsunami ao meio. Milo não teve muito tempo para pensar, estendeu a mão para o casco e fechou os olhos, confiando que dessa vez seu poder saberia o que ela queria. O barco saiu da água, subindo cada vez mais alto e passando pela fenda, então caiu, e Liora segurou o corpo da filha e da bruxa enquanto a loba se agarrava no banco. Selen quase caiu com o baque do casco contra a água outra vez, mas Ilis correu para segurá-la.

—Obrigada.

Ilis a ignorou, batendo em sua mão estendida e voltando para perto de Emeril. A elfo suspirou, voltando ao leme, trocando um rápido olhar com Liora antes de voltar a atenção para o mar.

—Passamos pela tempestade, mas ainda pode ter outra.

—Não há nada para fazê-la acordar? — Ilis perguntou para ela.

—Ela não está dormindo. Algo está fazendo ela se desenvolver rápido demais.

—Ela só esteve dormindo desde que saímos do deserto. Ninguém faria nada contra ela aqui.

—Não, mas... O ferimento continha resquícios de algum feitiço.

—Você sabe qual?

—Faço ideia. Traga o lobo aqui, vou cuidar da queimadura dele.

Ilis suspirou, mas assentiu, fazendo como ela tinha pedido. Aproveitou para checar os demais, em busca de ferimentos, liberando todos para subir. Buscou novas roupas para Emeril, mas antes de subir, Selen tampou sua passagem em frente a sua cabine, a primeira perto das escadas.

—Liora me pediu uma das poções de Emeril. — Falou, desconfortável com o silêncio. — Jhan já está bem.

—As poções estão na caixa, eu chequei tudo e não quebrou nada.

—Isso é bom. Então... Emeril...

—Ela só não percebeu porque confia em você, elfo. E só não contei porque sei que ela está fraca.

—Eu vou falar com ela, Ilis. Só me dê o tempo de ter certeza.

—Não importa se vai ficar sério. Fale para ela. Não vou mais cobrir isso da próxima vez que ela perguntar.

—Desculpa te colocar nisso. Você e os lobos.

—Enquanto não resolver isso, Selen, não fale comigo além do necessário. Nossa trégua acabou. Não vou colocar em risco minha relação com Emeril. Ainda mais agora.

—Ilis, por favor...

—As poções estão na caixa. Vou cuidar de Emeril no que puder.

Ilis passou por ela, os passos pesados, e ela xingou baixo, socando a madeira. Acertou a cabeça e um chute, sentindo raiva de si mesma, mas também estava triste, porque estava perdendo amizades que se importava e que não tinha sido fácil conseguir conquistar.

Fim do capítulo

Notas finais:

Olá pessoal :D

Mais um capitulozinho para vocês :)

Não esqueçam de dar uma conferida nas histórias do desafio Lettera, "uma imagem vale mil palavras" ;)

Até o próximo!


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Comentários para 13 - Reencontro conturbado:
Lea
Lea

Em: 26/02/2022

As coisas esquentaram em todos os sentidos!!! 


Resposta do autor:

Fogo na raba de todo mundoooooo

Responder

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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 02/07/2021

Eita Liora e Selen


Resposta do autor:

tsc Selen não perdoa ninguém ahahah

Responder

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