• Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Cadastro
  • Publicar história
Logo
Login
Cadastrar
  • Home
  • Histórias
    • Recentes
    • Finalizadas
    • Top Listas - Rankings
    • Desafios
    • Degustações
  • Comunidade
    • Autores
    • Membros
  • Promoções
  • Sobre o Lettera
    • Regras do site
    • Ajuda
    • Quem Somos
    • Revista Léssica
    • Wallpapers
    • Notícias
  • Como doar
  • Loja
  • Livros
  • Finalizadas
  • Contato
  • Home
  • Histórias
  • Amor incondicional
  • Trinta e quatro

Info

Membros ativos: 9525
Membros inativos: 1634
Histórias: 1969
Capítulos: 20,492
Palavras: 51,967,639
Autores: 780
Comentários: 106,291
Comentaristas: 2559
Membro recente: Azra

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Notícias

  • 10 anos de Lettera
    Em 15/09/2025
  • Livro 2121 já à venda
    Em 30/07/2025

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Recentes

  • Legado de Metal e Sangue
    Legado de Metal e Sangue
    Por mtttm
  • Entre nos - Sussurros de magia
    Entre nos - Sussurros de magia
    Por anifahell

Redes Sociais

  • Página do Lettera

  • Grupo do Lettera

  • Site Schwinden

Finalizadas

  • O farol
    O farol
    Por brinamiranda
  • Liberte-me""
    Liberte-me
    Por millah

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Amor incondicional por caribu

Ver comentários: 7

Ver lista de capítulos

Palavras: 5074
Acessos: 2023   |  Postado em: 04/07/2021

Trinta e quatro

 

Na primeira noite após o noivado, Beatriz teve insônia. Atribuiu a dificuldade de dormir ao jantar, servido bem tarde, e ao álcool do vinho, que certamente tinha fermentado tudo dentro dela. Mas o fato é que seu corpo estava bem, apesar dos excessos. O mesmo não se podia dizer da sua mente, ainda atribulada com mil pensamentos. Se remexeu na cama para lá e para cá durante horas, e nem mesmo o calor de Fernanda, que dormia um sono profundo, a ajudou a relaxar. Geralmente, sua respiração embalava bem a noite, mas desta vez Beatriz apenas se frustrou. E a invejou, por estar dormindo tão gostoso, tão serenamente.

Convencida de que não conseguiria descansar, às três e pouca da manhã se levantou, tomando o cuidado de não fazer barulho para não acordar Fernanda, que estava de bruços, coberta só com a ponta do lençol.

Ficou um tempo admirando aquela cena. A mulher tinha um corpo muito bonito, e ficava ainda mais linda depois de uma maratona bem servida de sex* e um jantar romântico, que foi degustado à luz de velas, com as duas nuas. De tudo o que tinha planejado para aquela noite, aquele desfecho foi o mais surpreendente, e Beatriz reconheceu que era graças à sua noiva, que dava o tom de tudo.

Fechou a porta do quarto devagar quando saiu, e ao acender o abajur que ficava próximo à escada teve um pequeno sobressalto, ao ver o anel em sua mão. Tinha se esquecido, e a joia brilhava em seu dedo, como que a lembrando do que deveria ser o ponto focal de seus pensamentos naquela noite.

Mas infelizmente, Bianca ofuscava todo o evento, ao perambular por sua mente mais do que deveria, e sem ser convidada, o que deixava Beatriz impaciente e com dificuldades para realizar tarefas simples, por exemplo, dormir. Estava cansada, não era nada muito difícil. Ou não deveria ser.

Na cozinha, abriu as duas portas do armário onde Cícera guardava os chás. Havia diversas caixinhas coloridas, e muitos potes, todos devidamente etiquetados, escritos com sua letra firme. Beatriz foi tirando tudo o que estava mais à frente, pois apostaria em uma solução drástica, que não era nada saborosa, mas era certamente eficiente: chá de valeriana (tinha um efeito sedativo ótimo, ela sempre acabava nocauteada). Fez uma careta assim que abriu o pote, e despejou uma colher da raiz dentro da chaleira, instantes antes que ela apitasse, com a água quente.

E se o cheiro era ruim, o gosto era pior ainda. Ela se lembrava que era bem desagradável, mas com o primeiro gole constatou que a memória é sempre mais sutil que a realidade. Cícera surgiu nos seus pensamentos, falando dos benefícios daquele chá, e Beatriz se esforçou para beber pelo menos uma xícara inteira (da outra vez, tinha valido a pena!), tampando o nariz ao final porque o sabor era muito amargo e anojoso. Antes de voltar para a cama, escovou os dentes para suavizar o paladar.

Fernanda ainda estava na mesma posição, e ela enroscou suas pernas nas dela, deitando-se de bruços também, mas com metade do corpo em cima da mulher, que nem se mexeu. Enroscou a pontinha do cabelo de Fernanda no dedo, e passou na ponta do nariz, enquanto tudo o que a perturbava começava a sumir, engolido pelo sono e a escuridão do quarto, numa letargia provocada por cansaço, chá e placebo. Dormiu logo em seguida.

Naquela noite, Beatriz teve sonhos estranhos. Era perseguida por figuras sombrias que ela não conseguia identificar quem eram, mas estavam em seu encalço. Fernanda notou que ela estava tendo pesadelos pela manhã, ao ver que a mulher estava se remexendo e suando. Passou a mão direita em seu rosto, e sorriu, vendo o anel ali. Era lindo e brilhante.

 

- Bia. Meu amor, acorda – ela chama, dando um beijo em sua testa – É só um sonho, meu bem, acorda!

 

Beatriz sorri, com a vista ainda um pouco turva de sono, ao ver Fernanda com o rosto tão perto do dela. Não sabia que horas eram, mas parecia tarde, Fernanda estava com o cabelo molhado, tinha tomado banho e ela nem tinha escutado.

 

- São quase dez – ela anuncia, como se lesse seus pensamentos. Ou como se só a conhecesse muito bem – Eu fiz café, toma. Está sem açúcar, do jeito que você gosta.

- Nossa, mas por que você me deixou dormir tanto, e até tão tarde? – Beatriz reclama, sentando-se na cama e pegando a caneca que ela oferecia – Grata.

- De nada – Fernanda responde, sorrindo. Sabia que o agradecimento não era só pelo café – Uma pena que o pesadelo tenha sabotado nosso plano de te deixar dormir até tarde!

- Nossa, que noite difícil! Que inferno de assunto – Beatriz reclama, sem se referir ao que dizia. Apoiou a caneca na mesinha de cabeceira e ajeitou o cabelo, que estava bagunçado – Bosta de foto.

- Bosta de foto, mesmo – Fernanda bebia café em uma caneca igual à dela – Mas também é bom, né, Bia. Esclarecer as coisas.

- Vai ser. “Excepcional” – Beatriz se lembra brevemente de uma conversa recente com Cícera – Mas por enquanto eu só quero reclamar.

- Claro, querida. E está no seu direito – Fernanda dá um sorriso e segura em sua mão – Quer que eu reclame junto?

- Sim, por favor! – Beatriz responde com um sorriso, e dá um beijo na mão da mulher.

- A Bianca é só uma coitada, que jogou em você um peso que ela própria não consegue carregar.

- Eu sei – Beatriz não parecia satisfeita em reconhecer isso.

- É natural que você esteja brava, eu sinceramente não consigo mensurar tudo o que você está passando, não sei como lidaria se fosse comigo, mas convenhamos que, entre as duas, você é a mais centrada. Ainda que esteja zangada, Bia – ela acrescenta, ao ver que Beatriz ia protestar – No fim, sabemos o que vai acontecer: as coisas vão se ajeitar da maneira mais natural possível, e você ainda vai auxiliá-la. Porque se curar significa curá-la também, meu amor.

 

                Beatriz dá um suspiro profundo, e aperta a mão de Fernanda. Era consolador tê-la ali com ela, saber que não estava sozinha. Ela era uma boa pessoa, e também uma ótima analista. Seu discurso estava perfeito, muito coerente, bem ajustado. Teria feito um comentário a respeito, se não tivesse tão perdida.

 

- E como se chega a isso? – ela estava desalentada. De uma maneira que Fernanda nunca tinha visto – Como se alcança essa conciliação? Eu estou sofrendo...

- Ah, meu bem, vem cá – Fernanda a abraça, e afaga seu cabelo – Só dê tempo ao tempo, Bia. As coisas se ajeitam, você não precisa fazer nada a princípio. Só trabalhar todas essas questões, que sabemos que você é capaz, e quando estiver pronta você faz alguma coisa. O que quer que seja que você precise fazer. Na hora a gente vê.

 

Beatriz se deixou ser amparada por Fernanda, que lhe dizia palavras encorajadoras, acompanhadas por beijinhos. Muito querida! Sentiu que faria qualquer coisa por ela, tudo o que pedisse, seus desejos seriam sempre uma ordem, e talvez por isso tenha sido convencida tão facilmente a acompanhá-la até a praia no dia seguinte. Ela mesma nem gostava de ir, não fazia questão nenhuma.

Detestava usar biquíni, o sol que deixava a pele ardendo, o mar forte que sempre a derrubava, e na beirinha tinha sempre umas crianças muito barulhentas, que ela não gostava, estragavam o passeio. Tudo isso num calor infernal, com areia. Mas pela noiva ela iria até o inferno. Um banho de mar pelo menos era refrescante.

Fernanda tinha uma lista de motivos para negociar com a noiva, sua meta era convencê-la até o final daquele dia. Seus argumentos incluíam o fato de ela estar precisando muito de um banho de mar e um pouco de sol, tanto quanto Beatriz, que morava absurdamente perto da praia para não aproveitarem, e especialmente porque ela tinha combinado com Samanta, depois que compraram biquínis iguais. Na ocasião, logo após Fernanda escolher o vestido que, para a irmã, era o mais bonito da loja, lhe pareceu sensato forçar Beatriz a fazer algo, assim como ela se sentia forçada a ir a uma festa, que no fim nem existia.

Sua astúcia para o convencimento tinha envolvido até Renato, que já se encontrava encarregado da tarefa de convencer a amiga, que possivelmente precisaria ser convencida, no que ele chamou de “missão Sundown”, quando Fernanda lhe mandou uma mensagem de voz na sexta-feira. Renato também ficou encarregado de falar com alguns amigos que sabia que Beatriz gostava, porque se fosse necessário lançaria mão dessas pessoas, e ela receberia ligações e mensagens de gente que não via há muito tempo, a convidando para um banho de mar.

Mas nem foi preciso gastar saliva (de ninguém!), muito menos explicar como agora seus motivos para querer ir à praia pareciam bobos (Fernanda estava até disposta a cancelar o compromisso, a irmã entenderia, os amigos também). Mas Beatriz não relutou. Talvez ainda estivesse sob o efeito calmante do chá, mas considerou, sem pestanejar, que um mergulho realmente lhe faria bem.

Só pediu para que por favor fossem cedo, e voltassem cedo. Não gostava aglomerações, que geralmente se intensificavam num horário que ela sinceramente já pretendia estar em casa.

Fernanda concordou, contente pelo ineditismo da coisa (Beatriz cedendo fácil, e as duas juntas na praia), e passou o sábado inteiro enchendo a irmã de mensagens, pedindo para que ela acordasse cedo, e não se atrasasse. Aquela era uma oportunidade perfeita de Beatriz e Samanta estreitarem seus laços – desde que a irmã comparecesse ao compromisso. Conhecia a dificuldade de Samanta em respeitar o horário dos combinados, especialmente aqueles muito cedo. Ela não conseguia, se atrasava, não acordava. Fernanda sabia que isso tinha sido o principal empecilho para que seguissem juntas na vida acadêmica. Só que, como outros, este era um assunto velado entre as gêmeas.

Naquela noite, antes de dormir, Fernanda e Samanta se falaram por telefone, e combinaram de se encontrar às oito. Em ponto.

No domingo, como esperado, o dia nasceu com sol, e Samanta acordou atrasada. Fernanda acordou com preguiça, mas levantou cedo porque novamente Beatriz esteve inquieta durante a noite. Era notável que aquele assunto de Bianca estava a perturbando.

 

- Um banho de mar vai ser terapêutico – ela comenta, logo que Beatriz acorda – Vai lavar sua alma e aliviar toda essa tensão.

- E vai me deixar com a pele toda ardida – retruca Beatriz, sentindo Fernanda apertar seus ombros, rígidos, mesmo após uma noite de sono – O sol é meu inimigo.

- Shh! Não diga isso! – Fernanda pede, colocando a mão sobre sua boca, mas sorrindo para ela – Ele é nosso astro-rei! Tenha respeito, Bia!

- Eu faço tudo para tirar dos meus pensamentos esse assunto chato. Se tiver pelo menos algumas horas de paz já vou me dar por satisfeita. Mesmo que o preço a pagar seja me encher de sal e maresia.

- Isso. Você se enche de protetor! Vai ser bom, vitamina D!

 

Tomaram o café sem muita pressa, e combinaram de que, ao menos durante aquele dia, Beatriz não se aborreceria com esse assunto de foto. Ela se comprometeu a tentar se divertir, mas ainda estavam à mesa quando saiu do grupo que Beto, amigo de Renato, tinha criado só para aquela ida à praia. Não era do tipo animada em conversas de WhatsApp (pelo contrário, fugia sempre dessas interações).

No elevador, as câmeras registraram Fernanda ajeitando o chapéu de aba grande que Beatriz usava, quase escondida atrás dos óculos escuros. Ambas tinham deixado em casa o anel de noivado, e riram durante a descida de alguns andares.

Caminharam poucos minutos até o ponto em que sabiam que Renato e companhia já estavam. O vento fresco do calçadão quase sumiu quando pisaram na areia.

 

- “Olha lá quem vem virando a esquina, vem Diego, com toda a alegria, festejando” – Renato canta, batendo palmas, assim que Beatriz e Fernanda se aproximam do guarda-sol que protegiam bolsas e sacolas, em cima de uma única cadeira dobrável.

- Muito cringe! – Beto brinca, fazendo o gesto de ragatanga.

- Acompanhem, senhoras, Dona Beatriz Nogueira, com seu modelito primavera-verão-outono-inverno, inédito na praia (apenas porque ela nunca vem). É ela mesma, vai chover! Preparem-se! – Renato continua.

- Não enche o saco – Beatriz fala, rindo.

 

Ela cumprimenta Beto com dois beijinhos, e depois Renato que, ao abraçar Fernanda, a levanta do chão.

 

- Meu amor, o que a senhora andou fazendo que está com esse corpinho maravilhoso? – Beatriz pergunta, surpresa porque há muito tempo não via o amigo de Renato.

- Malhação, mona! – Beto responde – Larguei a zumba em definitivo. Agora eu faço crossfit.

- Olha só – Fernanda fala, tirando os óculos escuros e os chinelos.

- Sim. Menina, se você soubesse o tanto de boy magia que tem nesses galpões, ficaria passada! Um mais gostoso que o outro.

- Tudo passivo – Renato diz, junto com Beto, e os dois riem.

-  É, mas faz bem para os olhos! E para o corpo – Beto complementa, mandando um beijinho no ar.

- Você está lindo mesmo, Beto – Fernanda comenta, apoiando a sacola na cadeira.

 

Tirou a camiseta, sem muita cerimônia. Estava feliz por estrear o seu biquíni, e deu uma olhada nas horas, antes de tirar o relógio. Queria que a irmã chegasse logo.

Usava um biquíni florido, Samanta é quem tinha escolhido aquela estampa, e ela ajeitou a tirinha do sutiã do jeito que queria que a marquinha ficasse.

 

- Gentileza sua, Fernandinha! – Beto diz, sentando-se ao lado do amigo.

- Você também está maravilhosa! – Renato fala, antes mostrando a Beatriz que estava com um chapéu igual ao dela.

- Grata! – Fernanda agradece, mandando um beijinho para ele – Bia, amor! Tira a camiseta! Vai ficar com marca!

- Não sei se devo – Beatriz responde, se encolhendo debaixo do guarda-sol – Eu sou muito branquela, o sol já está forte...

- Pode deixar que eu resolvo seu problema! – Beto afirma, puxando do meio de suas coisas um pote laranja – Vem aqui, bela, esse protetor solar é importado. É o melhor que há, fator 348.

- É muito bom mesmo, Bia. Você só tem que esperar dez minutinhos – Renato garante, passando creme no cabelo, dando uma balançadinha, como se tivesse cabelo comprido – Adorei seu corte, você gostou do salão que te indiquei?

- Gostei sim, fiquei bem satisfeita com o serviço – Beatriz responde, já com o rosto branco do produto.

- Qual salão, Rê? – Beto pergunta, passando protetor labial, fazendo um biquinho.

- Aquele Spazzo, sabe? Do ex-marido do Rick.

- Rick do Álvaro?

- É, bicha, ele está atendendo agora ali perto da Norte-Sul. Um salão chiquérrimo.

- É muito bonito, mesmo. Me senti uma madame – Beatriz fala, ainda em pé debaixo do guarda-sol. Os braços estavam esbranquiçados, e ela começava a deixar as pernas igual.

- Gente, eu vou dar um mergulho – Fernanda anuncia, ajeitando a calcinha do seu biquíni, dando uma olhada para Beatriz, fazendo um gesto na sequência – Quem vem?

- Nem precisa perguntar duas vezes – Renato responde, ficando em pé e exibindo cada parte de seus 1,90m.

- Formam um lindo casal, não acha? – Beto pergunta, rindo.

 

Beatriz observa os dois caminharem em direção ao mar. Renato era um sujeito encorpado, um pouco musculoso, com as costas bem largas depois de anos praticando natação. Estava em ótima forma, e com um bronzeado muito bonito, que contrastava com sua sunga verde-limão. Fernanda, ao seu lado, não parecia nada destoada nesse sentido: usava um biquíni que, apesar de comportado, deixava à mostra suas formas, bem arredondadas. A calcinha era um pouco fio dental, e ela deu uma olhadinha para trás enquanto andava. Sabia que estava sendo observada, e sorriu.

- Doutora Beatriz! Não acredito no que meus olhos veem! – Fabiana exclama, parando ao seu lado, com as mãos na cintura – Há quantos anos você não pisava nessa areia?

- Já fazia uns 84 anos – Beatriz brinca, saindo da sombra e beijando a mulher – Tudo bom, Fabi? Há quanto tempo!

- E a gente pensa que já viu de tudo nessa vida – Marcela resmunga, jogando a bolsa em cima da cadeira para abraçar Beatriz – Que saudade, Bia! Como você está?

- Estava com saudades também! Estou bem, e vocês?

- É impressão minha ou as senhoras vieram sozinhas? – Beto pergunta, encarando as duas. Deu um beijo estalado em cada uma das mulheres, que retribuíram com um abraço.

- Não. As meninas já estão chegando – Fabiana responde, tirando a camiseta e revelando uma tatuagem enorme nas costas, que seguia coxa abaixo – Sabe como são aquelas duas: só brigam. A Fátima queria estacionar perto do calçadão, aí a Rosana começou a reclamar que a maresia ia estragar a pintura do carro...

- Aquela velha história de sempre, sabe como são duas sapatonas, casadas há muito tempo – Marcela complementa, espalhando protetor solar pelo corpo. Ao contrário da namorada, não tinha nem uma única tatuagem. Beatriz sempre considerou que esta talvez fosse uma estratégia para compensar o penteado esquisito que usava desde sempre, cada vez de uma cor diferente. Agora estava com um moicano azul.

- E você, Betinho? – Fabiana pergunta – Veio sozinho?

- Não venho mais sozinho à praia, desde aquele incidente desagradável, que eu te contei aquele dia, que eu quase fui atacado. O César e o Felipe garantiram que viriam, mas acabei vindo com o Renatinho – ele responde, apontando com a cabeça para o mar– Ele foi dar um mergulho com a futura esposa da Bia.

- Ah, é verdade! – Marcela fala, de maneira bem sonora – Fiquei sabendo mesmo que você ia pedi-la em casamento! Que notícia boa, arrasou!

- Parabéns, Bia! – Fabiana emenda – Que vocês sejam muito felizes!

- Grata, meninas! – Beatriz agradece. Ao contrário de todos ali, ainda não tinha criado coragem para tirar a roupa. Se mantinha no recorte de sombra que o guarda-sol fazia, um pouco abaixada para olhar para as pessoas que falavam com ela.

- Quem casou? – Fátima pergunta, assim que chega, cumprimentando por alto todos os que ali estavam, com um aceno de mão – Dia, bom dia, pessoas. Quem é a noiva?

- A Bia! Acredita? – Fabiana pergunta, incrédula.

- “Biatriz” – Fátima exclama, entrando na sombra para abraçá-la – Que notícia boa, parabéns!

- Grata, querida! Mas essa surpresa toda é só por que desencalhei?

- É claro! – todos respondem, em coro.

 

Os amigos riram e conversavam amenidades quando Rosana enfim chegou, acompanhada de César e Felipe, que se encontraram no calçadão. Sentada na areia, em cima de uma toalha dobrada, Beatriz sorriu ao olhar em volta e constatar que havia naquele grupo muita diversidade, em vários sentidos. Conhecia aquele pessoal graças a Renato, sempre muito sociável e festeiro, e sabia que cada um dos presentes sofria diferentes tipos de discriminação (por serem quem eram, por se comportarem de uma maneira específica, não se importando com a opinião alheia).

Ainda assim, todos sorriam. E riam por qualquer coisa.

Fernanda retornou do mar acompanhada de Renato e, assim como o restante dos amigos, também ria despretensiosamente, de algo que ele havia dito. Estava com o cabelo molhado, jogado para trás, e Beatriz achou que ela parecia uma sereia.

- Gente, babado forte: tem um casal se pegando lá no mar – Renato anuncia, assumindo novamente a sua cadeira listrada, afundada na areia.

- Como vocês sabem? – Felipe pergunta, colocando as mãos em cima dos olhos e se virando em direção à água, tentando ver alguma coisa.

- Deu para ver – Fernanda responde, se agachando ao lado de Beatriz.

 

Sem dizer nada, tira sua blusa e lhe dá um beijinho. Estava fresca e salgada do mar e Beatriz teria a beijado mais, se não estivessem em público. Ela colocou os óculos escuros e deu uma olhada no relógio, deixado estrategicamente na parte de cima da sua bolsa de palha. Nove e pouca e nada de Samanta.

Sentou-se ao lado de Beatriz, tomando o cuidado de mantê-la na sombra, e passou o protetor labial que Beto oferecia. Usava uma correntinha dourada que parecia brilhar, em contraste com a pele, já queimada.

 

- Mas como essa gente é sem-vergonha, né? – Marcela reclama – Bando de despudorado! Parece que têm problema!

- Pois é, a praia cheia de crianças, mas eles nem se importam! – Rosana concorda, com uma careta de desprezo.

- É, mas vai um gay fazer isso! – Felipe resmunga.

- Nem diga isso, meu amor! – Beto fala – É bem capaz de lincharem um gay se o póbi tiver uma ereç*o involuntária! Imagine então se ele fizer sex* dentro da água. Eu falei para vocês, no mês passado uns valentões me cercaram e eu precisei ir embora, e eu nem estava fazendo nada, só estava sentado, quieto, na minha, existindo.

- É porque você brilha, Purpurina – Fabiana brinca.

- Muito triste – Renato comenta, olhando para o mar.

- É, é essa a condição, gente. É o preço que pagamos por sermos tão especiais – Fernanda comenta, sorrindo carinhosamente para Beatriz, que retribui o sorriso.

- Eu vou tomar uma atitude quanto a isso – Fátima anuncia, ficando em pé. Após colocar as mãos em concha, em torno da boca, grita – Moço! Ei, moço? Picolé aqui, por favor!

- Eu vou buscar uma água de coco lá no calçadão. Quem quer? – Renato pergunta, pegando sua carteira dentro de uma das bolsas, ao lado de Beatriz, conferindo antes as mensagens de seu celular – Se molha um pouquinho, meu amor! A água está gostosa.

- Já vou já – Beatriz responde, mas não parecia falar sério – Aceito o coco.

 

Renato dá uma piscadinha para ela e de relance vê que um grupo próximo fazia comentários e apontavam para eles, naqueles gestos que tentam disfarçar, mas que só entregam. Impaciente, dá um suspiro. Aquilo era muito chato, e parecia cada vez mais recorrente: as pessoas se incomodavam com a existência deles.

Em suma, era isso.

Fernanda pareceu perceber, e tirou o braço, que estava em volta da cintura de Beatriz. Ela já tinha a malícia para saber que até gestos inofensivos assim eram motivo para dor de cabeça, então achou por bem preservá-las.

Pensou brevemente em como aquele era um ambiente teoricamente neutro, as pessoas na praia não ficavam nem vestidas direito, e justamente por isso, era tão perigoso. Ao menos para pessoas como ela e seus amigos.

Ali, em trajes de banhos, não eram médicos, jornalistas ou engenheiros. Não tinham o título que carregavam nos corredores acadêmicos, tampouco eram as referências citadas em pesquisas sérias. Eram apenas pessoas, comuns, curtindo juntas um dia de sol.

O preconceito se dá de tantas formas, algumas delas tão sutis!

 

- Pessoal! Digam “olá” para a irmã da Nanda! – Renato anuncia, carregando quatro cocos nos braços – Samanta disse que é heterossexual, mas coitadinha, vamos dar uma chance para ela.

 

Todos riram, até Samanta, que fez questão de cumprimentar um por um, deixando a irmã por último. Achou que Beatriz parecia diferente, bem mais à vontade, e sorriu ao ver a cunhada ali na sombra, onde ela também pretendia se instalar.

 

- Oito horas, hein? – Fernanda reclama.

- Ah, Nanda – Samanta diz, desconversando. Apontou para o seu biquíni, igual ao dela, e sorriu – E aí, Bia? Só na sombrinha?

- Sim, porque não sou boba – Beatriz tinha os óculos escuros no meio da testa, e bebia água de coco pelo canudinho. Estava com as bochechas rosadas – Mas daqui a pouco já quero ir embora, porque estou próxima do meu limite. Muito sol para um mesmo dia. Apesar de eu estar na sombra.

 

                Samanta sorri para Beatriz, e repara na tatuagem em sua costela. Achou curioso, a personagem que ela tinha montado na sua cabeça, com base no que a irmã falava, era mais careta, não tinha uma.

Em poucos minutos, já se sentia integrada ao grupo, que ela já tinha “conhecido” no dia anterior, graças ao grupo de WhatsApp montado especificamente para aquela ida à praia. Eram pessoas muito animadas, bastante divertidas.

Samanta, muito observadora, notou que havia pessoas ali perto que “torciam o nariz”, como diria sua mãe. Ela se sentiu incomodada, mesmo sabendo que não era o alvo dos comentários que as pessoas faziam, olhando de cara feia para eles.

- Fiquei tão feliz por vocês! Pelo casamento! – ela comenta, segurando um coco com as duas mãos – Você precisava ver o bico da Nanda na sexta, comprando um vestido.

- Eu imagino! Você tinha que ver a cara dela quando descobriu que não haveria uma festa – Beatriz responde, já vendo em Samanta a figura de uma aliada – Fico contente por você nos apoiar. Isso é muito importante para a Fernanda, e para mim.

- Imagina, isso é o mínimo que eu posso fazer por vocês. Minha irmã te ama e eu percebo que você faz muito bem a ela. E agora vendo que o amor de vocês é verdadeiro, fico ainda mais indignada com essas pessoas que condenam relacionamentos homoafetivos.

- A indignação não te faz bem, Sá – Fernanda diz, apoiando sua mão no ombro dela – Acredite: com o tempo a gente aprende a lidar com isso.

- Lidar com isso? – Marina pergunta, apontando com os olhos para o grupo que estava próximo delas, e que ainda os olhava com cara feia.

 

Beatriz notou que, logo ao lado, os casais que dividiam espaço no guarda-sol com algumas crianças, obviamente olhavam para o grupo deles e faziam caretas, ao tecer comentários depreciativos, e algumas palavras elas conseguiam captar.

 

- Enquanto só fazem isso, não há muito perigo – Fernanda garante, desviando o olhar rapidamente.

 

Beatriz reconheceu de imediato os amigos de Bianca e Fábio, que elas conheceram no aniversário de Joaquim. Ela e Fernanda trocaram um rápido olhar, e muito foi dito ali. Que mundo pequeno! De tantas pessoas para estarem ali, bem ao lado, logo aquelas dividiam com elas um espaço ao sol. Estava zero surpresa com os comentários e julgamentos que vinham dali.

Como que acionando um mecanismo de defesa, Beatriz puxou sua roupa, e acabou vestindo a camiseta de Fernanda (que tinha uma foto do Einstein, escrito “Que físico!”). Jamais que ficaria desnuda ali!

Samanta pareceu perceber, e ficou triste.

 

- Sei, mas deve ser horrível viver assim. Sempre com medo, sempre com pessoas apontando o dedo, acusando – ela continua. Era a primeira vez que sentia na pele o preconceito que sua irmã vivia.

- Na verdade, penso que viver do jeito deles deve ser pior. Repare bem no nosso grupo e nessas pessoas. Quem você acha que está se divertindo mais?

 

Samanta teve de admitir que Fernanda tinha razão: os amigos de sua irmã pareciam mesmo mais alegres e despreocupados. Além de não sorrirem, os vizinhos de guarda-sol falavam de vez em quando uma palavra ou outra atravessada, na frente das crianças. Pareciam pessoas brutas, insensíveis mesmo, que dificilmente estariam aproveitando aquele dia na praia da mesma maneira.

Apoiou seu coco vazio ao lado do da cunhada, e jogou em cima da canga seus óculos e o chapéu. Ia se banhar, quem sabe isso ajudasse a amenizar um pouco da revolta que ameaçava invadir seu coração. O ato pareceu inspirar mais gente, e ela não foi sozinha para o mar.

 

- Deus é muito maravilhoso em nos dar isso de graça, não? – Fabiana comenta, abaixando-se para molhar os braços e a nuca, antes de mergulhar.

- Sim, Ele é – Samanta concorda, sorrindo e observando a tatuagem enorme da mulher – Deus é incrível! O mar tem uma energia maravilhosa!

- Axé! – Beto exclama - Ui! Mas essa água está muito gelada! – ele reclama, molhando apenas os dedos dos pés. Apesar de todo fortinho, se encolheu que nem um menino.

- O segredo é entrar de uma vez – Felipe ensina, com os braços cruzados sobre o peito. O frio fazia seu corpo extremamente magro parecer ainda mais franzino.

- Vai, amor! – Marcela pede, sorrindo e olhando para Fabiana – Seja o macho da turma e se molhe primeiro. As meninas aqui precisam de um incentivo! Nos estimule, vai!

 

Quando Fabiana ameaçou caminhar em direção às ondas, ouviu um grito histérico surgir, vindo da areia, em direção ao local onde estavam. Ao olhar, avistou Renato correndo, gritando. Pensou em fazer uma piada daquela cena, mas desistiu de comentar qualquer coisa quando o viu nadar em direção a uma criança, que estava se afogando, logo à frente.

 

- Abram espaço – ele pede, ofegante, com o menino desacordado nos braços. Colocou-o no chão e iniciou a massagem cardíaca.

- Um médico! – Alfredo grita, correndo em direção à pequena multidão que já se aglomerava em torno de Jonathan – Alguém chama um médico! Esse é meu filho! Socorro!

- Ele é médico, moço. Se acalme – Marcela pede, segurando o homem pelo braço.

- Não encoste em mim, sua anormal! – Alfredo grita, empurrando a moça para o lado, a derrubando no chão – E você também! Se afaste do meu menino, seu pervertido!

- O senhor sabe o que tem que fazer? – Renato pergunta, irritado e notavelmente cansado pelo esforço que fazia para reanimar o garoto.

- Alguém tira esse cara daqui – Fabiana pede, abraçando a namorada, levantando-a – Povo mal-agradecido do caramba!

- Meu bebê! – Eva grita, aproximando-se do marido com uma criança pequena no colo – Como foi que você deixou o nosso filho se afogar?

- E você? Estava fazendo o quê? – Alfredo retruca, em tom áspero.

 

A discussão entre o casal parecia tão importante que nenhum dos dois percebeu que Jonathan tinha voltado à consciência, depois de algumas tossidas. Só notaram quando parte da multidão se dispersou – inclusive Renato, que salvou a vida do menino.

 

Fim do capítulo

Notas finais:

 

Queridas, esta semana vai ser bem corrida, preciso fazer uns dinheiros, então teremos um intervalo maior até o próximo capítulo!

Volto antes, se tudo mudar!

Se cuidem! Beijos!

 

P.S.: para quem ainda não leu, escrevi um conto para o Desaftio do Lettera! Um conto policial de 4 mil palavras!
Leiam, e comentem! <3

P.S.2: de 11o, esta história foi para o terceiro lugar do ranking das 20 histórias mais lidas do Lettera em junho! Arrasamos! 


Comentar este capítulo:
[Faça o login para poder comentar]
  • Capítulo anterior
  • Próximo capítulo

Comentários para 34 - Trinta e quatro:
Alex Mills
Alex Mills

Em: 10/12/2021

Bah dona Beatriz, te falar que é assim mesmo. Se em consultório meus pacientes desconfiassem ou soubesse de minha sexualidade mais da metade deixaria de vir à sessão. As pessoas estão amarradas em velhos conceitos e sempre colocam isso em frente da humanidade e compreensão. Triste, mas é real.

 

Eu compadeço com a branqueza da Beatriz, era uma vez meia hora no ponto de ônibus que renderam queimaduras por uma semana ahahah e nada de guarda-sol também, parece que a sombra faz é reflexo do sol e queima do mesmo jeito ahahah

 

Uma pena que uma saidinha da rotina as duas Bias entrem em conflito. Espero que tenha um lado bom esse conflito no fim D:


Resposta do autor:

 

Ó, que sintonizadas!

Estava aqui lendo uma história sua e a senhora, lendo a minha <3

 

Eu desconfio que a minha psicóloga seja do babado (meu gaydar BERRA pra ela, e ela faz muito cara de compreensão quando conto meus dramas sapatônicos rs). Uma pena que seja exceção!

Mto triste isso! Que o armário te guarde e te zele dos preconceitos, dona Alex!

 

Me compadeço da Bia fugitiva de sol, sou assim tb rs E pra dormir depois?, um inferno!rs

 

O conflito vai ter lado bom, sim <3 

Os eventos todos são uma sucessão de fatos, na verdade, que vão ter um final feliz. Eu prometo!

Beijos!

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Andreia
Andreia

Em: 09/11/2021

Boa noite Ca tudo bem? Estamos bem graças Deus. Estou um pouco chateada e triste por este acidente de uma pessoa tao marav como Marília Mendonça que ela esteja em um Ótimo lugar e der forcas a todas as famílias que perdeu um ente querido nesta tragédia né.

Infelizmente temos que nós preservar da sociedade por sermos quem somos né. Vivemos sempre nos policiando como nos portar pq nunca devemos quem está ao nosso lado que pode nós fazer mal.

Igual Ver foi simplesmente abraçar namorada e teve que tirar o braço par se previnir, o que eles faram é verdade vivemos mais feliz que os heteros. Quero só ver como Bia e Fá vão se porta em relação a isso tudo.

Sabe uma vez eu e minha esposa fomos convidada para um aniversários em u a chácara de uma conhecida e a dona da casa era duas mulheres e era casada as duas ai saímos p fora no quintal p ver uns animais em um cercado chega do lá minha esposa eu demos os dedinho mindi e fomos andando e vendo as coisas ai uma delas chegou em nós e falou que não podíamos a andar demais dada pq era casa de família e os pais delas estão lá, olhamos bem p elas vira os costa nos despedimos da aniversariante e fomos embora na HR. Igual conversamos depois não estávamos fazendo nada de mal errado pq sempre andava com minha mãe, irmã e meu pai pegando no dedinho mindi. Então depois disso vimos que a até entre nós tem algum preconceito.

Eu acho que ainda eles vão ficar do lado dos amigos só que tbm acho que com tempo eles vão mudando o modo de ver e enxergar as coisas e ai vão perder estas amizades deles. E tbm acho que Bia e Fá vão descobrir que eles não são amigo deles de verdade.

Quero só ver se eles vão agradecer o Re por ter salvo a criança.

Bianca é muito baixa em fazer o que fez com Beatriz jogar tudo em cima dela a bomba e não se importar com o emocional da outra, mesmo ela falando que tinha um compromisso mais ao MSM tempo não tem como dar uma notícias desta.

Quero só ver se Beatriz comentar a conversa das duas Bias perto do Fá quero ver como Bia vai se sair desta e vai ser bem feito se Beatriz pagar na MSM moeda MSM q não só  a favor disso pagar mal com mal mais a Bia ta merecendo isso provar do próprio veneno.

Ainda não conseguiu pensar em como estas duas vai saber a verdade ai pensei em duas pessoas o Fábio ou Cícera que vão contar a verdade para elas ou uma investigação que Beatriz vai fazer não tenho idéia.

Então vamos bora lá continua lendo p saber como vai desenrolar toda está história.

 

Abraçosssssss......

 


Resposta do autor:

 

Bom dia, querida!

Oq eu mais gosto dessa história é justamente essa diferença entre as Bias (ainda que, em algum ponto, elas sejam mto iguais). Por isso seria mto difícil Beatriz revidar na msm moeda que a Bianca!

E não acho que Bianca seja de todo ruim...! Ela é só... sei lá... ignorante... Acredito até que nem foi tanto na maldade ela ter despejado as coisas assim em cima da Beatriz! (talvez só um pouquinho rs).

Cê já tá bem adiantada na história, logo logo tudo se esclarece (e no final vc vai descobrir se Bia e Fá ficaram ao lado ou não dos amigos homofóbicos). 

 

Sinto mto pelos preconceitos que passou! Acho que cada uma de nós tem sua cota de história assim, né?

A minha mais recente envolve um centro espírita, onde o dirigente é homofóbico. Triste demais!

 

Fiquei triste pela cantora tb, apesar de não conhecer nada dela. É sempre um choque quando as pessoas morrem assim, tão de repente e sendo tão novas...

Mas a vida é um instante, leitora querida! Estamos aqui e em segundo podemos não estar mais!

Por isso temos que aproveitar! E viver bem! Msm que sejam contra a nossa existência, ou nosso modo de viver/amar!

 

Seguimos na luta, resistentes e guerreiras que somos!

Beijos!

 

Responder

[Faça o login para poder comentar]

NovaAqui
NovaAqui

Em: 10/07/2021

Relendo aqui, percebi que Renato foi herói, mas por causa do preconceito não fizeram o favor de agradecê-lo por salvar Jonathan.

Esse preconceito só atrapalha!!!

Agora é ver a segunda parte do passeio a praia das irmãs

Abraços fraternos procês aí!


Resposta do autor:

 

Preconceito só atrapalha msm! É mto absurdo...

 

A segunda parte do passeio sai hj, acho rsrs

Tô escrevendo!

Beijos, e até logo!

Responder

[Faça o login para poder comentar]

cris05
cris05

Em: 04/07/2021

Deus me free desse povo preconceituoso, mesquinho e mau agradecido!

Autora, sentirei saudades, mas já que é pra fazer uns dinheiros vou tomar chazinhos pra tentar conter a ansiedade rsrs.

Beijos e uma excelente semana!


Resposta do autor:

 

Deus NOS free!rsrs

Acho essa cena da praia muito emblemática. E triste, pq infelizmente reflete nossa realidade!

Sentirei saudades tb! Queria etar escrevendo agora rsrs

Beijos, ótima semana pra vc tb!

 

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Dolly Loca
Dolly Loca

Em: 04/07/2021

Praia cheia de acontecimentos. Muito triste essa realidade de termos que ter cuidado e receio muitas vezes de demonstrar gestualmente carinho e afeto por medo de pessoas ignorantes.

Bjos


Resposta do autor:

 

Pois é!

Dependendo do lugar eu nem de mão dada ando!

Até pq no nosso caso ainda somos sexualizadas né

Foda!

Beijos!

Responder

[Faça o login para poder comentar]

NovaAqui
NovaAqui

Em: 04/07/2021

A coisa ainda vai esquentar muito


Resposta do autor:

 

Depois dessa eu ia bem linda pra casa, tomar uma ducha rsrs 

Beijos, espero que esteja bem!

 

 

 

 

 

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Lins_Tabosa
Lins_Tabosa

Em: 04/07/2021

Nossa, foi babado essa ida a praia.

Muito triste com o que nos acontece em um simples passeio com os amigos, esse capítulo retratou muito bem isso. Povo mesquinho e mau agradecido.

Quero só ver como vai ser a reação das Bias.

Espero que dê tudo certo durante a semana, vou ficar te esperando!

Abrs, o/


Resposta do autor:

 

Pois é, a ideia foi mostrar msm que até um rolê aleatório, inocente, pode ser problemático.

Eu já tive uma virada de ano estragada pq jogaram bebida num casal de amigos. De graça!

Nos falamos em breve, volto logo!

Beijos!

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Informar violação das regras

Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:

Logo

Lettera é um projeto de Cristiane Schwinden

E-mail: contato@projetolettera.com.br

Todas as histórias deste site e os comentários dos leitores sao de inteira responsabilidade de seus autores.

Sua conta

  • Login
  • Esqueci a senha
  • Cadastre-se
  • Logout

Navegue

  • Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Ranking
  • Autores
  • Membros
  • Promoções
  • Regras
  • Ajuda
  • Quem Somos
  • Como doar
  • Loja / Livros
  • Notícias
  • Fale Conosco
© Desenvolvido por Cristiane Schwinden - Porttal Web