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Nossa Vida Juntas por Alex Mills

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Palavras: 9049
Acessos: 1372   |  Postado em: 27/06/2021

Notas iniciais:

 

Trigésimo sexto

Laura pegou o próprio celular, checando suas mensagens enquanto esperava por Iori, mas foi Chieko quem chegou primeiro, sentando a sua frente e a encarando por um momento mais intenso.

—Sra. Sasaki. — Laura a cumprimentou, respirando fundo.

—Já passamos da fase das formalidades há muito tempo, Laura.

—Você tem razão, mas é sempre bom demonstrar reconhecimento pela sua posição. Você é mãe de Iori, avó de Mahina.

—Oh, que mudança. E onde elas estão?

—Já era para terem voltado do banheiro. Iori deve ter passado em alguma loja no caminho.

—Você quer ir até elas ou quer esperar?

—Posso esperar. Eu queria mesmo falar com você.

—Sobre sua volta ao lado de minha filha?

—Sim, sobre isso essencialmente.

—Bem, confesso que fiquei surpresa quando Lana contou sobre isso.

—É bom saber que ainda posso te surpreender Chieko. — Ela sorriu com o fato.

—Elas nunca me disseram o que você fez para te afastarem tão rápido, inclusive de Mahina. Deve ter sido algo grave.

—Bem, eu disse a elas que seria mais sincera. Nada mais justo que isso se estenda a você. — Ela bebeu o resto do suco que tinha sobre a mesa para molhar a boca. — Eu tive a pior discussão com Iori naquela noite que ela me pediu em casamento e que Lana entrou em trabalho de parto. Eu nem lembro como foi que começou. Mas se escalou tão rápido e de maneira tão intensa. Eu lembro do olhar e do tom arrogante que Iori usava para pontuar todos meus erros e minhas falhas, assim como você.

—Como eu? — Chieko estreitou os olhos em sua direção.

—Você sabe que faz isso, eu odiava o quanto vocês eram semelhantes para apontar todos os meus erros e agirem com tanta superioridade. E Iori sabe o quanto isso me irrita, mas usa esse artifício justamente para me machucar.

—E você fez o que?

—O celular dela não parava de tocar em meio a tudo isso. Quando vi que era você só piorou as coisas. Eu disse que ela tinha se tornado uma cópia perfeita de você, ela me chamou de lixo cultural. Eu perdi a cabeça e lancei o celular nela, mas ela não desviou. — Ela manteve os olhos firmes em Chieko, que a encarava com intensidade. — Ela ficou com uma marca horrível na barriga, eu nunca vou esquecer. Ela sentiu tanta dor que eu achei que tivesse quebrado uma costela, nunca vou me perdoar.

—E você está mesmo me dizendo tudo isso?

—Sim. Eu não posso pedir que me aceite ao lado de Iori ou de Lana sem que saiba a verdade.

—E você quer isso agora? Depois de todos esses anos você quer minha aprovação nessa relação?

—Sim. Eu quero. Porque acima de tudo Iori é sua filha. Eu valorizo minha família e sei que Iori quer honrar seu nome. Sei que Lana entendeu primeiro que eu como funciona sua família e que buscou seguir os rituais para ser aceita, e eu quero a mesma coisa.

—Você me conta que agrediu minha filha e que poderia ter quebrado uma costela, mas espera que eu aceite sua aproximação dela?

—Se você quer me punir você tem todos os recursos e motivos para fazer isso. Eu não vou me opor. Mas não vai mudar o fato de que eu amo aquelas duas e que elas me aceitaram de volta, que me perdoaram. Não há nada que você possa fazer que vá me machucar mais do que ter ficado longe delas e de minha filha.

—Você tem coragem eu devo admitir. — Ela respirou fundo, apoiando-se nos braços sobre a mesa, pensando no que dizer. — Uma coisa que sempre admirei foi sua coragem, sua iniciativa. Você nunca se dobrou a ninguém, nem aos caprichos de minha filha. Por que você se dobraria aos costumes de minha família agora?

—Eu não estou me dobrando. Eu não vou seguir o passo a passo, mas vou respeitar seus costumes se respeitar os meus.

—Como o que?

—Eu quero que me ensine sua língua.

—Oh? — Ela sorriu, interessada. — Você quer aprender japonês?

—Sim. Eu concordei que Mahina aprenda japonês primeiro. Eu quero aprender também. Achei que seria bom me aproximar de você no processo e esquecer nossos antigos desentendimentos. Se você quiser também.

—Interessante. É interessante sua mudança de atitude. Em pensar que eu não preciso fazer nada para punir você. Elas já te torturaram o suficiente para conseguirem esse olhar sofrido no seu rosto.

—Sim. Admito que me afastar delas foi a pior experiência que já tive.

—Isso é ótimo. Porque se acontecer de novo, você está morta. — Ela sorriu, deixando que interpretasse da própria forma. — Aos finais de semana eu vou na casa de Iori e nós começamos. Deixarei exercícios com você para praticar durante a semana. Mas você terá o contato constante com Lana e Iori, então não vai encontrar dificuldade se mostrar empenho.

—Terá meu completo empenho.

—A maternidade caiu bem em você, Laura. Estou feliz que tenha amadurecido e mudado de atitude.

—Sim, esse tempo longe me fez rever várias coisas, e família é algo essencial de se manter unida.

—Nisso nós concordamos plenamente.

—Bem... Então acho que devemos procurar por Iori antes que ela compre uma loja de brinquedos para Mahina.

—Você tem razão. Ela está mimando demais minha neta.

Laura riu enquanto se levantava, levando as bandejas com o lixo para a lixeira, conduzindo o carrinho da filha pelo caminho que Iori tinha ido, Chieko andando ao seu lado. Encontraram Iori numa loja de joias, explorando uma caixa de música que tinha uma bailarina dançando, Mahina relaxada em seus braços, distraída com seus cabelos.

—Achei que tinha sido sequestrada. — Laura comentou ao parar do seu lado.

—Desculpa. Eu olhei pela vitrine e vi essa caixa e entrei para ver. É tão linda.

—Vai dar para Lana?

—Eu pensei nisso, mas então abri e a música deixou Mahina tão calma.

—Essa música te deixava calma também quando era desse tamanho. — Chieko comentou, movendo os dedos pelos cabelos da neta. — Eu sempre colocava para você dormir.

—Parece que o efeito é o mesmo. — Iori sorriu, acariciando as costas da filha. — Queria que com Lana tivesse o mesmo efeito.

—Se você não sabe manter sua mulher na cama, não me surpreende que tenha mais uma para esse trabalho, filha.

—Que golpe baixo, mãe.

—Fatos, minha filha, fatos. Dê minha neta. Eu darei esse presente a ela.

—E depois eu quem a estou mimando. — Iori revirou os olhos, entregando a filha em seus braços. — Eu vou procurar algo para a minha mulher.

—Faz bem. Espero vocês lá fora.

—E você? — Iori se virou para Laura, segurando sua mão para a conduzir pela loja. — O que fez com Fumiko?

—Disse que você só tinha dois lados e eles já estavam ocupados. — Ela suspirou, soltando sua mão e colocando ambas no bolso do casaco. — Lana sabe que você teve uma recaída na viagem?

—Você não sabe do que está falando. — Falou com calma, parando em frente a um colar. — Eu não tive uma recaída.

—Não? Mas até que faria sentido. Você voltar pedindo Lana em casamento depois de a trair.

—Você está sendo uma cabeça de vento em achar que eu faria isso.

—Alguma coisa você fez para ela ter aparecido achando que tinha chances com você.

—Você só está com ciúmes. Quantas mulheres vieram atrás de você achando que tinham chances? — Ela voltou a andar pelo corredor, indo para o próximo e sorrindo ao ver uma pequena boneca de cristal a fazer uma posição de ballet.

—É diferente.

—Claro, porque é comigo.

—Não é o que quis dizer.

—Laura, sabe quantas mulheres tentaram as chances comigo em todas as viagens que fiz?

—O que? — Laura estreitou os olhos em sua direção. — Você nunca me falou de nenhuma.

—E você simplesmente achou que nunca houve nenhuma. Qual é Laura. Me dê um pouco de valor. Sou rica, arquiteta e estava sozinha em outra cidade. Não me acha atraente o suficiente para atrair atenção?

—Quantas mulheres ficaram atrás de você, Iori?

—Você acha que eu parei para contar?

—Por que nunca me disse?

—Para que? Você já não gostava das viagens, iria querer que eu parasse em casa. E eram mulheres aleatórias, umas mais interessantes que outras, mas não fazia diferença. Eu nunca te deixei com dúvidas, deixei?

—Você ficou com alguma dessas mulheres?

—Eu nem vou responder a uma pergunta tão idiota como essa. — Ela voltou a andar, mas Laura segurou seu braço, virando-a para si e a encarando de perto. — Vamos começar com isso? — Ela indicou o braço, que foi solto logo em seguida.

—Como você foi capaz de esconder que tinha mulheres atrás de você nesses anos?

—Eu já disse. Que diferença ia fazer você saber?

—Toda a diferença Iori. Você não pode simplesmente esconder as coisas quando eu sempre te contei sobre as mulheres que vinham atrás de mim.

—Você contava para se gabar Laura. Parecia que gostava de sempre me lembrar que podia ter qualquer uma.

—E você também pelo visto.

—É, podia. Mas eu voltava para casa e para a nossa cama para dormir do seu lado. — Ela suspirou, cruzando os braços.

—E eu te esperava, porque você valia mais a pena que qualquer uma delas. E continua valendo.

—Então por que eu te daria uma preocupação desnecessária? Qual é Laura... Não seja ridícula em ter ciúmes numa altura dessas. Temos uma filha. Temos Lana. Se você não abriu mão disso por qualquer mulher nesse ano, por que acha que eu teria feito com Fumiko ou qualquer outra?

—Eu só fiquei surpresa. — Ela se moveu, indo para outro corredor. — Eu nunca te vi com outra mulher.

—E a única que estive você transou na minha frente. Depois você não entende porque fiquei com Lana.

—Então nada aconteceu com Fumiko?

—Um beijo Laura. — Assumiu em derrota com a lembrança, atraindo os olhos castanhos. — Eu estava carente e foi só isso. Falei que não aconteceria de novo porque tinha uma mulher e ela estava esperando meu filho.

—Lana sabe disso?

—Não, Laura. Eu nem lembrava de Fumiko.

—Você devia contar a ela. Se essa mulher te achou aqui vocês podem se cruzar de novo e você pode estar com Lana na próxima vez.

—Eu não disse nada a Lana durante a viagem porque ela estava sensível e insegura. Eu não sei se é uma boa ideia contar isso a ela agora.

—Você acha que ela não te contaria que beijou Madson se você não tivesse visto?

—Ok, você tem um ponto. — Ela se mexeu desconfortável no lugar. — Ela vai me odiar.

—Talvez. Ela já te odeia por não ter deixado nenhuma mensagem avisando onde tinha levado Mahina, é melhor aproveitar e contar de uma vez logo, assim a raiva não escala.

—Ela te ligou?

—Não. Eu atendi seu celular. Ela estava maluca em casa sem saber.

—Droga... Eu me esqueci completamente. Sai com tanta fome de casa e com Mahina acelerada. Nem lembrei. — Ela massageou a ponte do nariz, suspirando. — Ela vai me matar.

—Ela vai entender.

—Espero que sim. Não quero te dar chances de roubar minha esposa, já que não sirvo nem para a manter na cama aparentemente.

—Não seja idiota. Ela te ama. Você manteve o casamento até agora. E ela só está doente, então deve levar um tempo para se recuperar.

—Espero que sim. Não gosto de a ver assim e ficar de mãos atadas.

—Esteja do lado dela e você já estará fazendo muita coisa.

—Essa é a parte fácil. — Ela respirou fundo. — Você está chateada por causa de Fumiko?

—Não. Mas não volte a esconder sobre qualquer mulher que venha atrás de você, Iori.

—Por que está preocupada com isso? Lana não liga para isso. E eu também não, mesmo que já tenha visto alunos tentando as chances com ela inúmeras vezes na academia.

—Eu odeio não saber. Mesmo que não signifique nada para vocês, eu quero saber.

—Oh, Laura. Ciúmes agora? — Ela sorriu, aproximando-se dela e envolvendo sua nuca mesmo que ela revirasse os olhos. — Não acha que já passamos dessa fase? Você não precisa marcar território em nenhuma de nós para mantermos as outras longe.

—Então você não sente quaisquer ciúmes de mim mais?

—Você vai me dar motivos para ter? — Ela se inclinou na sua direção, selando seus lábios. — Não seja tola meu amor. Você escolheu estar aqui, se as outras tivessem qualquer chance de estarem perto você não teria escolhido voltar conosco.

—Você está sendo prática. Mas não deve ter mudado tanto para ter deixado de sentir ciúmes de mim.

—Você ficaria surpresa. Agora chega desse assunto e me ajude a escolher um presente para Lana. É melhor não demorarmos.

—Você não quer nem saber sobre meu presente a você?

—Oh, eu me esqueci completamente. O que é?

—Nada de valor como as coisas nessa loja definitivamente.

—Não seja idiota. Me mostre. Se tem algo para me dar eu quero, não importa o valor.

—Aqui. — Ela retirou as mãos dos bolsos e estendeu uma corrente, mostrando o pingente de águia com as asas abertas. — Eu vi outro dia numa loja perto do hospital. Queria que se lembrasse de mim, de uma forma positiva.

—A tatuagem que fez para mim. — Ela sorriu em surpresa, pegando nas mãos e olhando mais de perto. — É lindo, querida, obrigada. Se importa se eu usar no braço?

—Não. Problema nenhum. Eu só queria ver esse sorriso mesmo.

—Idiota. — Ela a beijou outra vez, obtendo ajuda para colocar no pulso. — Ficou bom assim?

—Sim, ficou. Estou feliz que tenha gostado.

—Claro que sim. Cabeça de vento. Vem, vamos escolher algo. Eu quero voltar logo para casa para ficar sozinha contigo e Lana.

Laura concordou, explorando a loja junto a ela até concordarem em levar um conjunto de colar e brincos com pedras que lembravam os olhos dela, dividindo a conta sem grande discussão. Laura convidou Chieko para jantar com elas, afim de a deixar passar mais tempo com a neta, passando em um dos restaurantes para encomendar a comida e levar para casa.

—Amor? Estou em casa. — Iori anunciou enquanto entrava, mas não houve resposta, tendo que ligar as luzes por estar tudo escuro. — Lana você está em casa?

—Eu vou olhar lá em cima. — Laura se prontificou, indo em direção as escadas.

—Estranho. Será que ela saiu?

—Você não devia ter saído sem deixar sua mulher saber para onde e com quem. Principalmente se levou a filha de vocês junto. — Chieko pontuou, colocando as sacolas sobre o balcão na cozinha.

—Mãe, pare de me criticar. Foi só um erro.

—Não acha melhor eu te falar sobre seus erros do que você continuar cometendo-os de novo? Ou quer se tornar uma esposa desatenta no seu casamento?

—Claro que não. Meu casamento vai muito bem para a sua informação.

—Sua mulher não está em casa e você não faz ideia de onde possa estar. Isso não me parece bem.

—Ela deve ter saído para correr. Ajuda com a ansiedade. — Ela colocou Mahina no chão, deixando que andasse pela casa. — Ajuda a dormir também.

—Que decepção. Deixar que sua esposa prefira correr sozinha do que a dar motivos para ficar em casa contigo. Achei que tivesse te educado melhor, Iori.

—Você tirou a noite para me criticar? Eu já disse que meu casamento vai muito bem e eu dou todos os motivos para ela estar ao meu lado. — Ela foi até a cozinha, ajudando-a a tirar as embalagens do pacote. — Estamos inclusive planejando meu próximo herdeiro.

—Mais um neto? — Chieko a olhou com excitação. — Isso é uma excelente notícia. Quando vão começar os procedimentos? Devo avisar Kenjiro?

—Ainda não. Vamos esperar pela passagem do ano e ela vai fazer os exames. Espero que até lá ela esteja melhor em relação a ansiedade.

—Sim, também percebi que ela tem andado diferente nos últimos meses. Mas achei que fosse pela volta de Laura.

—Não. Se não fosse por Laura eu nem saberia como lidar com esse diagnóstico.

—É nesse momento que você deve estar próxima a sua esposa, filha. E eu falo sério. — Chieko parou para a olhar. — Você precisa estar mais próxima a sua família quando ela precisa de você. Precisa estar forte para fornecer apoio e demonstrar paciência para lidar com os piores momentos.

—Eu sei mãe. Estou dando o meu melhor nisso. E tem dado certo.

—Uma criança é quase sempre um bom sinal, mas se estão planejando isso mostra que estão andando juntas pelo mesmo caminho.

—Claro que sim. — Ela sorriu. — Estou feliz que tenha se entendido com Laura.

—Tivemos uma conversa produtiva pela primeira vez. Assumo que ela tem disposição para me enfrentar e dizer o que fez contigo na noite do nascimento de minha neta.

—Ela disse? — Iori parou no lugar, olhando sua mãe com preocupação. — O que ela disse?

—A verdade.

—Mãe, você não vai fazer nada com ela, não é? Eu te proíbo de tentar alguma coisa.

—Eu não farei nada, pode poupar seu discurso em defesa dela. — Chieko segurou seu queixo e o ergueu, olhando-a com seriedade. — Eu te criei muito bem para saber se defender sozinha, Iori. E também te conheço o suficiente para saber seus pontos fortes e os pontos que te enfraquecem. Nunca desrespeite sua mulher, Iori. Em qualquer circunstância. Nunca agrida sua mulher, de maneira nenhuma. Isso é inaceitável.

—Você nunca falou nada que tivesse se arrependido ao papai?

—Sim, várias vezes. Não siga meu caminho. Olhe para nós agora. Somos casados, mas nos tornamos mais amigos do que um casal. Nos suportamos. Nos respeitamos. Você não devia buscar o mesmo com nenhuma de suas mulheres, já que escolheu seguir esse caminho, honre as duas e busque respeitar cada uma. Você sabe que tem que plantar a primeira semente para cultivar um jardim frutífero.

—Eu não acho Lana em lugar nenhum da casa e ela não atende ao celular. — Laura anunciou enquanto entrava na cozinha. — Eu não conheço as roupas dela de cor, então não sei dizer com quais ela saiu.

—O celular dela está chamando? — Iori se virou para a olhar, vendo Mahina em seu colo.

—Sim. Mas vai direto para a caixa postal.

—Está bem. Vou localizá-la. — Ela sacou o celular no bolso e abriu o aplicativo de localização, esperando alguns segundos até sincronizar com o de Lana. — Ah, ela está no parque. Eu disse que ela deveria ter ido correr. — Ela encarou sua mãe e ergueu uma sobrancelha. — Eu vou atrás dela. Não é bom correr a noite.

—Não é melhor que eu vá?

—Não. Fique aqui. Ela estava zangada comigo de qualquer forma. Deixa que eu resolvo.

—Ela sabe que você pode rastrear o celular dela?

—Claro que sabe. Eu já volto. Podem comer se quiser.

Iori voltou a entrada da casa e vestiu os tênis, saindo de casa e caminhando em direção ao parque, seguindo a direção que o celular lhe guiava. Chieko não hesitou em se servir e começar a comer, enquanto Laura servia a comida de Mahina e sentava ao lado delas, também pegando sua porção para comer.

—Você faz uma bagunça comendo, Mahina. — Chieko comentou enquanto a observava. — Eu me pergunto para quem você puxou essa desordem.

—Kenjiro é organizado que nem Iori?

—Completamente metódico e controlador. Mas Mahina não pegou esses traços. Será que Lana era assim também? Quando criança. É uma pena que ela não tenha qualquer foto. Com aqueles traços deve ter sido um bebê lindo.

—Eu sempre quis saber como ela era também. Mas você a conhece, nunca quer passar tempo falando do passado.

—Sim. É difícil manter um assunto sobre a infância ou juventude dela, eu já tentei diversas vezes.

—A única coisa que sei é que foi uma relação complicada com a mãe. Mas da infância ela nunca falou nada além de ter uma relação saudável com o pai até ele se divorciar da mãe e sumir. O colar que Iori sempre usa era do pai de Lana. Acho que ele deu para Lana antes de sumir.

—Sim, eu fiquei sabendo. Apesar de entender as motivações dela de não aceitar a aproximação do pai, ela devia ao menos dar uma chance dele se explicar. Deixar o homem viver o resto da vida em paz. — Ela arrumou o cabelo de Mahina, tentando impedir que a comida ficasse presa nos fios. — Ele está chegando perto de descobrir onde ela está.

—Como assim? Ele voltou para a américa?

—Sim. Chegou a Nova York. No antigo endereço dela semana passada. Elas não querem saber nada dele, mas eu achei prudente manter um traço das ações dele e avisá-la se ele chegar aqui.

—Admito que é um bom plano. Lana é teimosa demais para ceder e ligar para o próprio pai. Eu também acho que ela deveria tirar essa dúvida da cabeça.

—Você devia tentar convencê-la, ao menos antes da próxima gravidez. O feriado no fim do ano deixa as pessoas sentimentais em relação a família, talvez isso a faça mudar de ideia.

—Próxima gravidez? Lana me disse que não sabia ainda sobre a gravidez, ou se entrava na lista de adoção.

—Oh, que descuido o meu. Eu achei que também soubesse. Iori acabou de me dizer. — Chieko a olhou com cautela, observando enquanto ela absorvia a notícia. — Lana deve estar esperando para te contar.

—Talvez. Ou talvez seja algo que ela e Iori devam decidir sozinhas, já que estão casadas.

—Você tem um ponto. Mas elas te aceitaram aqui, não foi? Não acho que seja o caso.

—Bom, ao menos sei que é por isso que aquela idiota não quer tomar remédio para a ansiedade. Ela deve querer manter o corpo livre de medicamento para engravidar.

—Se você acha que ela realmente precisa de medicação, devia insistir então. Lana é saudável e forte. Pode esperar para engravidar.

—Ela nunca vai me ouvir. Principalmente se tem uma criança planejada.

—Ela ouvirá a razão.

—Então espero que Iori a convença.

Iori teve que correr para alcançar Lana no percurso que fazia no parque, encontrando dificuldade em manter o ritmo acelerado que ela seguia. Ficou algum tempo correndo atrás dela, sem saber se ela estava realmente concentrada na tarefa ou distraída o suficiente para não perceber outra pessoa correndo atrás dela.

—Ei gostosa. — Chamou por ela. — Não foge de mim, eu vou te pegar ainda! Ei, mas que bunda deliciosa você tem.

—Você vai ter que correr por isso, Sasaki! — Lana respondeu sobre o ombro. — Eu não vou parar.

—Você quer ver minha camisa suada, não é mesmo?

—Se já está suando significa que precisa correr mais vezes, Sasaki. Você nunca vai me alcançar.

—É o que você pensa. Eu sempre te alcanço!

Iori aumentou o ritmo, Lana manteve o mesmo, esperando que ela simplesmente desistisse, mas Iori chegou ao seu lado, batendo a mão em sua nádega a fim de a provocar. Lana balançou a cabeça, observando sua respiração, mas julgou que conseguiria continuar a correr no seu ritmo por algum tempo.

—Você estava me ignorando por todo esse tempo? — Iori questionou.

—Não. Há quanto tempo estava atrás de mim?

—O suficiente para ficar preocupada. E se fosse um tarado?

—O parque é cheio de câmeras, Iori. Sempre tem um guarda rondando aqui dentro.

—Eu não vi nenhum até agora. Não vi uma viva alma aqui dentro. Você não devia vir sozinha aqui. É perigoso.

—Eu não vou parar de correr. Não é como se eu não tivesse te convidado a vir junto uns dias na semana. Eu traria Mahina no suporte, ela adora.

—Está bem. Eu corro contigo se me acordar.

—Amanhã?

—Amanhã.

—Está bem. Vou pegar leve contigo já que faz algum tempo. — Ela diminuiu o ritmo da corrida, Iori respirou aliviada. — Melhor?

—Sim, obrigada. E desculpa. Eu devia ter avisado que sai com Mahina. Eu não queria te deixar preocupada. Eu só queria que descasasse.

—Como você me encontrou aqui?

—Ah... Aquele aplicativo de localização. Lembra?

—E por que ele não funciona pelas duas vias?

—Lana...

—Você teria ficado tranquila se meu localizador estivesse desligado? Chegado em casa e não me encontrado?

—Não. Porque você sempre me diz onde está. E eu sempre te digo também. Eu só esqueci hoje, amor. — Ela respirou fundo, olhando para ela. — Ei, você está chateada comigo?

—Eu tive uma crise, Sasaki. — Assumiu, diminuindo mais o ritmo até estar andando. — Achei que meu coração ia sair pela boca. Eu sentia meu peito doer enquanto me sentia sufocar. Foi horrível Iori.

—Lana... eu sinto muito. Eu não queria piorar as coisas para você.

—Não foi você Sasaki. Sou eu. Eu não posso mais fingir que tenho todo o controle. Eu não tenho. Laura tem razão. Eu preciso do remédio. Meu corpo está fora do meu controle.

—Você tem certeza, amor?

—Tenho. Eu não quero sentir isso de novo. E seria horrível sentir isso com nosso filho na barriga.

—Você sabe que estarei do seu lado em qualquer escolha que fizer. Podemos esperar pelo próximo filho, sua saúde é mais importante.

—Obrigada. Significa muito para mim.

—Você se sente melhor agora?

—Sim. A corrida ajudou de alguma forma a voltar ao controle.

—Que bom. — Ela se aproximou e segurou sua mão, acariciando seus dedos. — Eu vou habilitar a localização no meu celular, está bem?

—Não. Não foi sua culpa. Eu quem perdi o controle.

—E eu não quero que perca também, amor. Está tudo bem. Você é minha esposa. Se isso vai prevenir uma crise, significa que passaremos mais tempo juntas sem brigar.

—É? E você quer isso? Passar mais tempo comigo?

—Claro. Eu não aceitarei outro projeto esse ano. Eu ficarei contigo. Passaremos por isso juntas.

—Eu não podia ter me casado com melhor companheira. — Lana beijou sua bochecha. — Como foi seu passeio? Você almoçou? Mahina te deu muito trabalho?

—Foi bom ter saído. Estive muito tempo em casa. Mahina queria te acordar a todo custo, você não tem noção de como ela fica quando está longe de você. Não para de te chamar. Mas pelo menos se distraiu no shopping.

—Eu juro que não faço de propósito. Não quero que ela tenha preferência entre nós.

—Eu sei lidar com ela. Não se preocupe. Ela faz a birra, mas eu dou meu jeito.

—Você não foi comer lanche, foi?

—Não. Comida. Encontrei uma colega de trabalho inclusive.

—É? Eu conheço?

—Não. Eu a conheci naquela viagem ao Japão. Trabalhamos juntas na obra, era do avô dela.

—Oh. E ela veio a trabalho agora?

—Sim. Mas ela achou que conseguiria algo a mais.

—Oh? Minha mulher está sendo cobiçada demais. Acho que temos que voltar a sair juntas.

—Também acho. Tem aluno demais atrás da minha esposa. Vou te buscar mais vezes na academia.

—Eu pareço com quem procura carne mais nova?

—É melhor que eles saibam que você é muito bem casada para manter as expectativas muito baixas.

—Então eu devo conhecer sua colega de trabalho. Se nossa filha e sua aliança não bastaram para mostrar que você não está disponível, acho que tenho que resolver pessoalmente.

—Não, isso foi minha culpa. Houve um beijo durante aquela viagem, mas foi só um momento.

—Um beijo? — Lana parou de andar, estreitando os olhos. — Você beijou outra mulher e não me falou nada?

—Estou falando agora.

—Há mais de um ano.

—Não significou nada. Foi uma coisa de momento, amor. Eu nem lembrava que tinha acontecido até ela aparecer no shopping.

—Você devia ter me contado no mesmo dia, Iori.

—Eu sei, desculpa. — Ela envolveu sua cintura, olhando-a com preocupação. — Mas você estava grávida, Laura não falava comigo. Eu não queria que ficasse chateada comigo também.

—Por que você beijou outra mulher? Você estava apaixonada por ela?

—Não, claro que não. Eu só estava carente, eu queria tanto estar com você aqui.

—E como isso te levou para os braços de outra mulher?

—Foi uma estupidez Lana. Não durou um minuto. Eu me afastei dela, quis esquecer tudo. Eu escolhi você e nossa filha.

—Então devia ter me contado isso antes, Iori. Como você pode me esconder isso?

—Qual é Lana. Quando voltei de viagem houve toda aquela questão da separação com Laura, nosso casamento e as primeiras semanas com Mahina. O que era um beijo comparado a isso?

—Como posso confiar em você se não me conta algo assim, Iori?

—Não diga isso. Foi um erro Lana. Não diga que não confia em mim quando só estive pensando no melhor para nós. Eu nunca trairia você, por nada. — Iori segurou seu rosto, olhando-a mais seriamente. — Você pode estar irritada e magoada comigo. Mas não diga que não confia em mim. Eu sou sua esposa. Mãe de nossa filha. E eu amo você. Sabe que eu nunca dei qualquer liberdade a mulher nenhuma.

—Você não pode me esconder algo assim.

—Eu sei, e eu sinto muito. Não deixarei que isso aconteça de novo.

—Espero que não Iori. Eu não me casei com você para você começar a me esconder as coisas. Para se meter nos braços de outra mulher. Ou ter duas mulheres não basta para você?

—Você não deixou de me bastar em momento nenhum. Eu não perdoei Laura porque você deixou de me dar algo. Eu amo vocês duas. Eu me casei contigo, e é com você que quero ter filhos, Lana. Nada mais importa. Ninguém importa.

—Você foi uma completa idiota em não me contar nada disso antes. — Ela suspirou, mirando os olhos cinzentos enquanto movia os dedos pelos seus cabelos. — Não faça isso de novo. Eu não suporto a ideia de te ver com outra pessoa.

—Você não precisa se preocupar com nada disso. Eu sou tua, tua mulher, tua esposa.

—Tudo bem. — Ela suspirou, beijando sua testa e a abraçando. — Nunca mais se aproxime de alguém assim.

—Nem de Laura?

—Eu posso abrir uma exceção.

—Vamos para casa? Trouxemos yakisoba. Minha mãe queria te ver também e elas estão nos esperando em casa.

—Está bem. Mas vou precisar de um banho primeiro.

—Nós duas. — Ela sorriu, afastando-se para beijar seus lábios.

Lana segurou sua mão no caminho para casa, cumprimentando Chieko e fazendo brincadeiras com a filha antes de subir para o banho, Iori a acompanhando e fazendo questão de a manter ocupada.

—A comida estava ótima, Chieko. — Lana elogiou, limpando os lábios. — Não me surpreende que os restaurantes continuem tão bem movimentados.

—Prezar pela qualidade é um dos principais fundamentos do restaurante. — Chieko estava do lado dela na mesa, ninando Mahina, que lutava para não dormir.

—Por isso as pessoas confiam tanto na sua marca. Os negócios vão bem?

—Sim. Prosperando. Pensei que podíamos voltar com as aulas de dança, se tiver tempo livre.

—Claro, por que não? Vou entrar de licença nessa semana, você pode vir aqui e usamos meu estúdio.

—Seria uma boa desculpa para ver Mahina.

—Você não precisa de desculpas. Basta vir.

—Ah, eu conheço os limites. Eu prefiro não me intrometer na rotina de vocês. Como vão as coisas na academia?

—Os negócios estão indo muito bem. Fechei negócios com uma equipe espanhola, eu te disse, não é? Eles estão montando o lugar já. Ainda querem que eu vá lá na inauguração.

—Ah, eu lembro. Você devia ir prestigiar. Tem ótimos lugares para visitar na Espanha.

—Mas eles são uns cretinos. A última coisa que eu queria era rever cada um deles. — Ela respirou fundo, baixando os olhos para Mahina. — Ela adora seu colo, não é?

—E eu adoro ter ela aqui. Aposto que o próximo será igual a ela.

—Oh. Iori te disse? — Ela sorriu, olhando-a. — Mas vamos esperar um pouco para começar. Vou me cuidar primeiro para fazer outro bebê tão perfeito quanto Mahina.

—Você tem razão. Você é uma mulher forte, Lana, saudável e razoável. Tem que se colocar em primeiro lugar sempre. Um filho é sempre maravilhoso quando o queremos, mas é ainda mais incrível quando estamos inteiras para recebê-los.

—Sim, a senhora tem toda a razão. Eu estava sendo imprudente em querer ter uma criança sem estar inteiramente bem para passar por uma gravidez.

—Você ainda tem tempo, querida. Não se preocupe com o tempo. — Chieko sorriu para ela, acariciando sua mão sobre a mesa.

—Você é uma avó incrível para Mahina, sabia? Você tem esse jeito duro e sério, mas tenho certeza de que passará os mesmos ensinamentos que passou a Iori e aos seus filhos.

—Você está sendo generosa demais. Iori só passou a me tolerar depois que esteve contigo. Antes disso não éramos nada próximas.

—Iori amadureceu bastante enquanto planejávamos Mahina. Mas todas as coisas que ensinou a ela ajudaram a fazer com ela fosse mais maleável e mais forte para enfrentar os problemas. Hoje sei que posso me apoiar nela para qualquer coisa.

—Você também colaborou para ela ser assim. Minha filha é mais radiante ao seu lado, não importa o quanto negue, eu sei o que vejo.

—Espero que tenha razão. Eu não quero outra coisa que não seja fazer Iori feliz.

—Você ainda pensa o mesmo de Laura?

—Ah, de certa forma, sim. Laura quer fazer Iori feliz e a protegeria de tudo.

—Mas? — Ela inclinou a cabeça, esperando que continuasse, mas ela não disse nada. — Havia um “mas” vindo, não tinha?

—Mas acho que levará tempo para colocarmos as coisas no lugar se quisermos fazer isso funcionar de verdade. Muita água passou por baixo dessa ponte.

—Pelo que vejo, vocês vão ter que construir um novo caminho para atravessar esse rio. O antigo não mostrou bom resultado, e se querem um resultado melhor, vão ter que buscar novas alternativas. Vai ser mais trabalhoso. Se não estiver mesmo disposta a trabalhar nisso, sugiro que pare agora.

—Ah... Você tem razão. — Ela olhou em direção a sala, onde Laura estava abraçada a Iori no sofá, vendo uma série. — Quando ela pediu para voltar eu achei que seria tudo igual, que seria mais fácil desistir dela. Mas ela mudou também. Está tão diferente. Eu sei que vai levar tempo, vai ser mais difícil, mas eu estaria sendo idiota se não assumisse que ela faz falta aqui. Que também faz Iori feliz. Ela está diferente, mas no fim ela ainda é a mesma pessoa, eu não sei se estou fazendo sentido para a senhora.

—Está querida, você a ama, não precisa se envergonhar disso.

—Eu só me sinto estranha por ainda a querer perto depois de tudo e tanto tempo.

—Eu imagino que depois do incidente te deixe mais insegura em a deixar se aproximar de novo. Mas como eu disse, vai ser necessário seguir por outro caminho se quiserem outro resultado.

—Incidente? — Lana a olhou, estreitando os olhos. — Iori te contou?

—Não. Mas admiro que tenham querido proteger Laura por todo esse tempo. Ela mesma me contou.

—Ela o que?

—Ela me contou o que aconteceu.

—Ela é mesmo uma idiota. — Lana massageou a ponte do nariz, esfregando os olhos antes de apoiar a têmpora sobre o punho. — Como você ficou com isso?

—Não foi uma surpresa como deve ter sido para você. Afinal, eu já a vi perder a cabeça outras vezes, lembra? Em todas as vezes que isso aconteceu foi porque se viu acuada e diminuída. Iori não devia ter provocado algo assim em alguém que ela protegia com tanto ímpeto.

—As duas erraram no fim.

—Sim. Imagino que deva ser difícil para você agora, mas eu acredito que as duas aprenderam a lição. Contudo, Iori ainda é minha filha acima de tudo, e você sabe que sempre iremos proteger essas crias com tudo que pudermos. — Ela baixou os olhos para Mahina, que começava a dormir.

—Sim, e tenho certeza de que Laura sabia disso quando foi falar com você.

—Então em vista que você tomou a iniciativa no primeiro incidente, sei que tomará a decisão certa se por ventura isso voltar a acontecer, sem que eu precise tomar alguma atitude. — Chieko a olhou mais seriamente, ambas mantendo o olhar fixo em entendimento.

—Sim. Não se preocupe. Eu vou estar mais atenta sobre os sinais, eu não quero que algo assim volte a acontecer tanto quanto você.

—Eu sei. Por isso gosto de falar contigo, você trabalha como eu.

—Sim, vejo que sim. Aqui, deixe-me levar Mahina antes que ela não largue mais a senhora.

—Não se preocupe, eu posso levar ao berço.

—Está bem, eu vou com a senhora.

Elas se levantaram, Chieko ajeitou Mahina contra o peito, seguindo Lana para as escadas e pelo corredor até o quarto da neta. Trocou suas roupas para o pijama, colocando-a no berço com cuidado. Lana sorriu quando viu a caixa de música que Chieko retirou da embalagem, vermelha com traços dourados. Ela deu corda, colocando na prateleira perto do berço, deixando que a música tocasse no ambiente, ambas ficaram observando enquanto Mahina desistia de lutar contra o sono e dormia ao som da música.

—Iori também dormia com essa música, parece que de alguma forma sua filha herdou o hábito. — Chieko falou baixo quando saíram do quarto.

—Eu agradeço pela fórmula mágica. — Lana sorriu, deixando a porta meio aberta, seguindo ao lado dela pelo corredor em direção as escadas.

—Sabe que em minha cultura temos o costume de respeitar os mais velhos, sua experiência de vida e sua opinião sobre as coisas.

—Sim, eu sei. E eu respeito muito o que você tem a mostrar.

—De fato. Já passamos por momentos bastante íntimos, como o nascimento de Mahina.

—Sim, eu preferia não lembrar que a senhora viu minha vagin* daquela forma.

—Se quiser mostrar agora para curar seu trauma eu entenderei completamente.

—Muito engraçado.

—O que estou dizendo é que você é uma mulher atraente, não seja tola.

—Obrigada. A senhora também é. Você sempre está elegante quando te vejo.

—Agradeço. — Elas desceram as escadas e Chieko seguiu para a entrada da casa, vestindo o casaco e calçando as botas. — Diante de nossa intimidade, Lana, eu me vejo em posição de te dizer que está sendo inflexível em relação ao seu pai. Você devia ao menos escutar o que ele tem a dizer. Ele é seu pai.

—De novo esse assunto Chieko?

—Você já pensou o que vai dizer a Mahina quando ela começar a perguntar sobre sua família?

—Eu direi que ela é minha família.

—É? E quando crescer mais um pouco e perguntar sobre seus pais? Acha justo que ela não tenha uma resposta porque você nunca buscou saber as motivações do seu pai?

—Acha justo eu ter sido abandonada, Chieko?

—Seu pai está velho, Lana. Você também o está abandonando por não dar a ele uma chance de perdão. Não acha que já passou da hora de tentar superar isso e seguir em frente? — Ela respirou fundo com paciência, tateando os bolsos e retirando um papel colorido de dentro com um número escrito. — Ele está em Nova York procurando por você. De novo. É só questão de tempo até ele encontrar. Ou você liga para ele, ou ele vai acabar aparecendo em sua casa. Eu não vou mais impedir que ele te ache, Lana, desculpa, mas é como as coisas são.

—Não é tão simples ligar e marcar um café com ele. Eu nem lembro do rosto dele.

—Lana, é seu pai. Claro que vai lembrar quando o ver. Pense nisso está bem? Se depois que se falarem você decidir que não quer mais vê-lo, eu o mantenho longe. Mas não antes disso.

—Está bem. Eu vou pensar nisso.

—Se cuida. Me avise se precisar de algo.

—Claro. Tenha uma boa noite, Chieko. Mande um abraço a Ichiro e peça que venha visitar mais vezes.

—Como quiser.

Chieko beijou sua testa antes de sair, despedindo-se. Lana voltou a subir as escadas, deixando que Iori tivesse seu momento a sós com Laura, aproveitando para anotar o número em sua agenda no celular.

—Você está morrendo de ciúmes. — Laura sussurrou, sentindo Iori se remexer desconfortável no seu colo.

—Cala a boca.

—Está com ciúmes que sua mãe está horas falando com Lana e não com você.

—Idiota. — Iori escondeu o rosto no seu pescoço, aspirando seu cheiro. — Minha mãe adotou Lana.

—Morrendo de ciúmes. — Laura a provocou, rindo quando ela tentou se afastar, mas não resistiu quando voltou a abraçá-la, mantendo-a perto. — Ao menos você entende o que elas falam. Eu não entendo uma palavra.

—Você vai entender, se realmente quer aprender. Não se preocupe.

—Tudo bem. É justo. Você e Lana falam espanhol. Não deve ser impossível.

—Vou te ajudar em tudo.

—Querida, acho que sua mãe foi embora. Eu vi Lana subindo sozinha.

—Fomos abandonadas.

—Que trágico. Ficar sozinha contigo. Ela está nos testando?

—Não sei. Ela ficou chateada comigo por causa de Fumiko. Mas acho que consegui resolver.

—Vai ficar tudo bem. Dê tempo para ela digerir. Ela ainda está lidando com meu caso com Madson.

—Eu também estou.

—Hm? — Ela desviou o olhar da televisão para a olhar, acariciando seu rosto. — Você também está magoada comigo?

—Um pouco. Você implicou tanto com Madson. Socou a cara dela. Não faz nenhum sentido.

—Ela é atraente, não precisa fazer sentido. E ela se mostrou disponível para novas experiências.

—E você não hesitou em fornecer sua experiência.

—Eu achei que seria engraçado. Achei que ela iria se arrepender no meio do sex*. Mas acabou sendo bom.

—Eu não quero detalhes.

—Desculpa. O que eu posso fazer para melhorar isso?

—Você ia namorar com ela, não ia? Se não te aceitássemos de volta.

—Não, acho que não. Há limites para tudo. Eu sei que atingi um em trans*r com ela. Namorar com ela seria algo além. Nossos pontos em comum com Lana não dariam certo. Além de que ela deu em cima de você, não pense que esqueci. Já é confuso demais do jeito que está. É melhor nem arriscar.

—Ótimo. Eu não quero mais saber disso. — Iori segurou seu queixo, olhando em seus olhos. — Você é minha agora, e eu não pretendo te deixar solta para sair pegando as mais novas.

—Está se sentindo velha?

—Estou velha.

—Não estamos novas. Mas estamos bem, não estamos?

—Bem... Estamos saudáveis, temos saúde, bons trabalhos. Uma filha. Temos sex* com regularidade, temos amor. Sim, estamos melhor que a maioria.

—Eu não sei a parte do sex*, mas eu concordo com as outras partes. Temos tudo. Podemos ter mais.

—Mais? Como o que? — Iori sentou de frente para ela no colo, apoiando os braços no encosto do sofá, mantendo-a presa enquanto beijava seu rosto.

—Como não me provocar sem ir até o fim. — Laura suspirou, subindo as mãos pelas suas costas. — Me deixa maluca.

—É? — Ela sorriu, descendo pelo seu pescoço e ch*pando sua pele. — Isso também?

—Você quer mesmo tirar uma prova de mim, não é? — Ela inclinou a cabeça, deixando que tivesse mais espaço. — Lana pelo menos não começa o que ela não vai terminar. Ela só quer ficar perto.

—Ah, sim. Ultimamente ela tem sossegado. Mahina deve ter sugado parte daquela energia insaciável dela. — Ela assoprou sobre a pele quente onde deixou a marca, movendo a língua sobre ela. — É fofo, ela está sendo mais romântica.

—Ela sempre foi. — Laura pontuou. — Vocês não têm trans*do não? Ficar cutucando a onça com vara curta nunca trouxe bons resultados.

—Tivemos uma bela trans* ontem. — Iori moveu a mão por debaixo da camisa dela, alcançando seu seio e acariciando. — Mas confesso que diminuímos o ritmo.

—Por que? Está querendo cometer os mesmos erros que eu?

—Não. Eu quero trans*r com ela. Mas temos estado atarefadas depois da lua de mel. Ela tem estado mais estressada e tem corrido mais.

—Deve ser o tept. — Ela prendeu a respiração quando Iori mordiscou sua orelha, massageando o bico do seu seio entre os dedos. — Iori... Você está pegando pesado.

—Cala a boca. — Iori sussurrou em seu ouvido, puxando sua camisa acima da cabeça, não se demorando em mover os lábios sobre o bico dela.

—Oh, Deus. Você quer mesmo levar isso a fundo agora, não quer?

—Oh, demorou para perceber.

Laura não falou mais nada, moveu-se para a deitar no sofá, tirando sua blusa e a beijando, segurando e massageando seu seio. Iori não se demorou em descer o zíper de sua calça e a penetrar, movendo os dedos sobre seu clit*ris. Laura não hesitou em dar o que ela estava pedindo, retribuindo ao seu desejo e sanando a saudade que tinha do seu corpo e de a tocar.

Seus lábios desceram provocantes pelo pescoço de Iori, sua língua lambendo a pele quente e o cheiro de flores. Iori pressionou os dedos no seu sex*, a outra mão massageando o bico do seio dela. Laura tirou a calça dela, sua boca descendo devagar enquanto explorava sua pele, ch*pando seu peito enquanto massageava o outro. Iori gem*u, pedindo por mais, fazendo-a sorrir com toda a vontade que emanava do seu corpo em ser possuída pelas sensações que sabia proporcionar nela. Então desceu mais, movendo a língua pelo seu abdômen e umbigo, beijando sua barriga e ch*pando sua pele, trocando um olhar safado com a mulher quando segurou nos dentes o tecido de sua calcinha, puxando para baixo. Iori não se conteve em abrir as pernas ao máximo, Laura segurou suas coxas com força, seu sorriso safado prosseguindo quando beijou sobre o ponto sensível da mulher, que se contraiu em prazer, pedindo por mais sem pudor.

Laura tomou seu tempo em se deliciar do gosto e dos sons de Iori, que se entregava em receios as sensações, ficando cada vez mais úmida em sua boca. Mas Iori não a deixou ir até ao fim, trocou suas posições até que estivesse em cima dela, demonstrando seu desejo e paixão. Beijou sobre as tatuagens em seu peito, sugando seu bico com uma fome que fez Laura gem*r com prazer. Suas mãos trabalharam em tirar sua calça e calcinha, podendo arranhar suas coxas enquanto abria suas pernas. Laura segurou sua nuca e a puxou para si, recebendo seu beijo cheio de desejo enquanto trocavam carícias.

Elas trocaram um olhar cúmplice, Iori sentiu a perna de Laura entre as suas, mas foram seus dedos que tocaram seu sex* com intimidade. Iori imitou seu gesto, tocando seu sex* com o mesmo conhecimento e desejo, suas bocas não desgrudando em meio ao prazer até seus gemidos ecoarem com maior frequência, ecoando no pequeno espaço enquanto respiravam de maneira acelerada até atingirem o ápice.

—Eu amo você. — Laura falou mais baixo, deitada de lado com Iori a sua frente.

—Eu também te amo. — Iori sorriu, movendo os dedos pelo seu maxilar. — É bom ter você de volta.

—Por causa do sex*?

—Não só por isso, senti falta de estar perto de você. — Ela selou seus lábios, descendo a mão até sua perna, entrelaçada com a sua. — De sentir seu cheiro, seu calor. Ouvir você assim, de perto. Saber que posso te abraçar e tocar você quando quiser. Senti falta até das suas provocações. Desse seu jeito metido e exibido.

—Oh, Sasaki Iori admitindo que sentiu minha falta. Isso é algo a se comemorar.

—Idiota. Estou tentando falar sério contigo.

—Eu sei. — Ela sorriu, selando seus lábios. — Tantos anos juntas, Iori. Deixamos de nos cuidar como casal. Foi um erro que não quero cometer outra vez.

—Eu devia ter te escutado mais vezes. Sido menos orgulhosa. Houve tantas coisas que aprendi com você. Eu não queria ter sido tão mesquinha naquela noite, por mais irritada que estivesse. Você merece tão mais do que te dei naquela noite, eu tinha planejado algo tão diferente.

—Eu não quero mais discutir sobre aquela noite, Iori. Nunca deixaremos de encontrar os erros. Vamos nos concentrar no que podemos fazer de agora em diante. Nos cuidar, cuidar uma da outra.

—Ficarmos juntas.

—Sim, isso principalmente. Cometemos vários erros, mas agora temos a chance de fazer nossa relação melhorar. E eu não quero desperdiçar.

—Eu também não.

Iori a beijou outra vez, aproveitando a sensação do seu corpo perto, afastando seus cachos do rosto à medida que intensificava o beijo. Laura pressionou o busto sobre o dela, movendo a mão pela sua perna e subindo sua cintura, deleitando-se com o que podia causar nela.

—Ei, vocês duas. — Lana sentou ao lado delas, movendo a mão pelos cabelos de Laura, que virou o rosto para a olhar. — Está tarde, venham para a cama.

—Ei amor. Achei que estivesse dormindo já. — Iori tocou seu rosto, acariciando sua bochecha. — Está tudo bem com Mahina?

—Está dormindo. Venham para a cama, está frio aqui embaixo. Deviam ter acendido a lareira.

—Oh, a lareira é de verdade? — Laura olhou em direção ao buraco protegido abaixo da televisão suspensa.

—Sim, cabeça de vento. Claro que é de verdade. Nessa região faz bastante frio. Desculpa querida, eu nem lembrei da lareira. Mas você conhece Lau, ela funciona como uma lareira se você coloca lenha. — Ela sorriu, beijando o maxilar de Laura, observando a reação de Lana.

—Sim, eu sei disso. — Ela mirou o corpo de Laura, movendo a mão pelas suas costas, admirando a tatuagem que possuía. — Você continua quente, hottie.

—Tem espaço para mais uma aqui. — Laura a olhou de maneira convidativa.

—Na minha cama também.

—Está bem, você ganhou. Vamos para a cama. — Ela sorriu, pousando a mão em sua perna e apertando sua coxa. — Tudo bem?

—Hm? Com o que? — Ela inclinou a cabeça, olhando entre elas. — Não é como se eu não tivesse visto isso acontecendo. Vocês estavam num mel durante o jantar.

—Por que não se juntou a nós?

—Não é o momento certo. Como vocês estão?

—Bem. — Laura olhou para Iori. — Foi melhor que tudo.

—Sim. Estou feliz. — Iori sorriu para ela, selando seus lábios antes de mirar Lana. — Tudo bem mesmo?

—Se não tivesse, vocês saberiam. Eu só quero que estejam bem, sempre quis isso desde o começo. — Ela suspirou, olhando entre elas. — No fundo eu sabia que se vocês se afastassem veriam as coisas com mais clareza. Vocês estão juntas por muito tempo, foram deixando os problemas de lado por muito tempo.

—Sim, isso é uma forma leve de dizer “eu avisei”, não é? — Laura suspirou, desviando o olhar. — Você tinha razão, eu admito.

—Lembrem que eu já fui casada. Não é a mesma coisa, mas não é minha primeira vez como pelo visto foi com vocês.

—Acho que tínhamos que vivenciar isso para saber. — Iori admitiu.

—Venham para a cama. — Repetiu, levantando-se. — Esqueçam os problemas, eu só vim impedir que ficassem resfriadas. Não quero quebrar o clima entre vocês.

—Você não quebrou nada. Nós já vamos subir, cariño. Não se preocupe.

Lana moveu a cabeça para concordar, subindo as escadas outra vez. Laura esperou alguns instantes para se afastar de Iori, sentando no sofá, mirando o caminho até as escadas e suspirando. Iori riu, segurando seu rosto e a puxando para um beijo, buscando afastar sua preocupação.

—Você acabou de trans*r com uma mulher casada. Não tem vergonha não?

—Não quando ela me induziu a isso. Debaixo do teto da própria esposa. — Ela moveu a cabeça, fingindo-se desapontada. — Ande, vamos subir. Eu ainda tenho esperança que poderei seduzir sua esposa.

—Não hoje.

—Não hoje. — Concordou, ainda que com algum desanimo.

Elas colocaram algumas roupas antes de subirem as escadas, indo para o quarto e encontrando Lana na cama, com uma camisola e deitada, pronta para dormir. O casal se trocou e se juntou a ela debaixo da coberta.

—Laura? — Lana a chamou quando apagou a luz.

—Sim?

—Você está com a receita do remédio que Robert me passou? Eu vou precisar amanhã.

—Está na minha pasta. Você decidiu tomar?

—Sim. Quando sair da reunião com Madson e Leon amanhã eu vou passar na farmácia.

—Eu compro quando sair do hospital. Tem uma mais confiável lá perto e eu tenho desconto. Mas o que te fez mudar de ideia? Achei que estivesse convicta.

—Eu estava. Mas tive uma crise de ansiedade hoje, e não quero que isso aconteça de novo. E eu conversei com meu analista, ele também aconselha que eu tente. — Ela suspirou, cruzando as mãos atrás da cabeça. — Você tinha razão.

—Oh, sinto muito por isso. Deve ter sido horrível.

—Foi. Eu não quero perder o controle dessa forma de novo.

—Eu entendo seu medo. Não se preocupe com o remédio, não mostrará efeitos na sua rotina.

—Eu sei. Vou confiar em você para me ajudar nesse controle. — Ela sentiu uma mão subir pela sua barriga e acariciar seu abdômen, ela suspirou e segurou a mão, pressionando em sua barriga. — Eu queria preparar nosso próximo filho no começo do ano. Mas eu vou tentar esperar por mais algum tempo.

—Então você quer engravidar de novo. — Pontuou.

—Sim. Você quer outro filho?

—Eu quero continuar a família que nós começamos. Estou feliz tendo apenas Mahina. Mas sempre vai ter espaço para mais um. Eu vou amar assim como amo nossa filha.

—Não vai enlouquecer de novo? — Iori questionou. — Vendo Lana grávida outra vez.

—Não sei. Não vou mentir. Mas farei tudo para não repetir minhas ações se me derem essa chance.

—Sim, você tem a chance. — Lana falou mais baixo, virando-se em direção a Iori e a abraçando as costas, beijando sua bochecha. — Você não precisa se preocupar a todo momento sobre te afastarmos, Laura. Nós resolveremos os problemas quando eles vierem.

—Você tem razão.

Laura a envolveu pelas costas, ouvindo seu riso, contente em estar perto, podendo adormecer com maior facilidade.


Fim do capítulo

Notas finais:

Olá! E eu quase fiquei com dó de vocês pelo tamanho do capítulo, quase hehe

Na minha rápida pesquisa por canções de ninar tradicionais japonesas descobri que tem uma parte que remete as babás que cantavam para esses bebês, lamentando sua vida. A maioria eram crianças que trabalhavam para se sustentar. D: 

Eu estava buscando algo mais instrumental para simbolizar o que tinha pensado da caixinha de música descrita nesse início do capítulo :) Então achei esse aqui, é sutil e julguei que combinasse com as melodias das caixinhas de músicas, mas numa versão oriental :)

(https://www.youtube.com/watch?v=s4I6Rw2zlBw)


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Comentários para 38 - Trigésimo sexto:
Lea
Lea

Em: 05/08/2021

Foi bem cosntrutivo esse capítulo! Como disse a Sra Chieko,a Laura tem coragem, fale toda a verdade para a sogra sem omitir nada,gostei da atitude dela. A parte "diversão" do capítulo,a Laura colocando a "amiga" da Iori para correr.

A Lana resolveu se tirar,que bom.

De algum modo será que a Lana ficou chateada por a Laura e Iori terem transado sem ela estar junto? Por mais que as três tenham finalizado a noite juntas!!!


Resposta do autor:

Laurita cheia de coragem, colocando a cara a tapa :D em todos os momentos ahahah

 

Bah, acredito que não. A Lana é bem resolvida em questão de deixar que tenham o momento delas sem se estressar de não participar. O que é dela tá guardado :D

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