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A feiticeira e a loba por Alex Mills

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Palavras: 5110
Acessos: 1538   |  Postado em: 25/06/2021

Completa entrega

 

—Partiremos ao amanhecer. — Emeril falou a loba, que assentiu. — Não se atrase.

—Eu volto antes. Mas vou apressar Kenny e Ian.

—Lua cheia é o estimulante natural de lobos.

—Toda lua cheia é assim. Mas hoje... Hoje é eclipse. A lua está mais próxima e vermelha. É um evento único para formar o laço de alcateia.

Emeril sorriu, beijando seus lábios mais uma vez. Estavam em um dos quartos emprestados que os moradores tinham cedido para cada um em suas casas, contanto que ajudassem na limpeza e consertos. A noite estava caindo, sinal que era hora de Ilis encontrar seus lobos e começar o ritual.

—Espero que dê tudo certo. — Emeril desejou.

—Vai dar. Queria que pudesse ver, mas é melhor ficar aqui.

—Eu vou esperar você voltar, então você me conta.

—Está bem, voltarei assim que puder.

—Vai lá, alfa.

Ilis sorriu e saiu do quarto, encontrando os outros esperando por ela do lado de fora. Seguiram longe o suficiente da vila, e se transformaram, indo para ainda mais longe. Selen bateu na porta antes de entrar, ficando entre o corredor e o quarto.

—Então? O que vamos fazer enquanto eles uivam para a lua?

—Vamos a praia? Quero ver se posso fazer melhorias no barco.

—Claro, melhor do que ficar trancada no quarto fingindo que sou normal para essas pessoas.

—Você fez um bom papel, é melhor que não saibam o que somos. Além de que você conseguiu negociar com eles.

—Porque vendi meu barco quando cheguei aqui. Pena que desmontaram ele.

—Quem sabe não deixo nosso barco parecido com o que tinha?

—Depois que você construiu aquela casa com seus feitiços, não duvido de mais nada.

Emeril riu, e a seguiu para fora da casa, fazendo o caminho pelo cais até o barco que conseguiram. Era pequeno, mas largo e com casco longo.

—Eu não sei nada de barcos. — Emeril constatou, pisando no casco. — Você acha que precisa de alguma coisa?

—Não sei. Descobrimos quando começar a viagem.

—Bem, espero que aguente um peso a mais.

—Vamos levar mais alguém? Ou você está com um filhote de lobo na barriga?

—O que? — Assustou-se. — Não. Como você acha isso possível? Você sabe que Ilis não tem... Você sabe.

—Esqueci que você cresceu no mato. Ilis não te contou o que o alinhamento da lua hoje faz com ela?

—O que? Ela não cria nada no meio das pernas, não invente coisas, elfo.

—Claro que não. Mas num mundo que existe coisas como eu e você, não existiria formas de fazer uma de vocês engravidar?

—Como isso é possível?

—Deite com ela hoje, e você descobre.

—Não vem ao caso. Trouxe algo para você.

Selen estreitou os olhos, mas a seguiu para a proa do barco, onde um pano vermelho cobria a surpresa da feiticeira. A elfa retirou o tecido, perplexa com o que encontrou. Pegou no cabo de sua espada preferida, tirando do coldre e deslizando os dedos pela lâmina.

—Como você pegou tudo de volta?

—Eu sei que vim do meio do mato, mas é óbvio que não pagaríamos um barco sem sacrifícios, com apenas alguns favores na vila. Eu agradeço seu esforço, Selen, mas não vou deixar você sem seus brinquedos favoritos.

—Sem isso não vamos sair daqui. — Selen a olhou, com os olhos estreitos.

—Não se preocupe, eu fiz uma troca pelas suas espadas de volta.

—O que você fez?

—Acho que aprendi mais feitiços para curar e para fazer poções do que para lutar. Mas foi útil. Eu curei o filho do ferreiro que você vendeu suas armas, e ajudei o homem que nos vendeu o barco a pescar alguns peixes raros, no fundo do mar.

—Você é maluca, bastarda. Mas obrigada. De verdade. Isso significa muito para mim.

—Eu sei, você sempre beijava essas lâminas nos nossos treinos. Sei que é importante.

Selen riu, empurrando-a pelo ombro. Fez alguns movimentos com a lâmina e pegou a adaga, erguendo e admirando seu brilho contra a luz da lua.

—Eu ganhei essa adaga quando era mais jovem. Foi minha primeira caça bem-sucedida.

—E o que você caçou?

—Um cervo.

—Olha só, a pequena Selen caçando um cervo e carregando nas costas. Por que isso não me surpreende?

—Minha mãe me criou para sobreviver. — Ela sorriu, olhando para Emeril. — Ela sabia que um dia eu iria embora, e teria que aprender a me cuidar sozinha.

—Então vou ficar feliz em agradecer a sua mãe pessoalmente por cuidar de você tão bem.

—Enquanto não chegamos, então, eu quero agradecer você. — Ela guardou a adaga na bainha e estendeu para Emeril. — Obrigada por conseguir minhas espadas de volta. Use ela com sabedoria.

—Eu não sei usar lâminas. Quando usei você me fez de idiota.

—Então eu te ensino a não ser previsível. Vai ser útil com os feitiços de batalha.

—Talvez seja hora de aprender algumas coisas novas.

Emeril aceitou a adaga, imitando os gestos que ela sempre fazia com as espadas, o que a fez rir e segurar seu pulso, posicionando-se atrás de si e corrigindo seu gesto.

—Vê? Leve, mas firme. Você precisa sentir a lâmina se movendo, como parte do seu corpo. Assim você irá manejar como rotina.

—Qual diferença isso faz?

—Quanto mais faz, mais automático fica. Isso pode fazer a diferença numa luta. Você se defende automaticamente, o que te torna mais rápida do que um gesto mal ensaiado.

—Faz sentido. Bem, então me ensina, professora. Como devo fazer para acertar em você?

—Regra número um, não mate sua professora.

Selen sorria enquanto saia detrás da feiticeira. Pegou uma lâmina maior e se posicionou, mostrando a Emeril como deveria se mover quando executou lentamente um golpe.

—Com uma lâmina pequena você encurta a luta a distância. Mas também tem seus perigos de ficar tão perto.

—Então por que não uma luta a distância?

—Seus feitiços mantém a luta a distância. A lâmina é para te ajudar no reflexo se a luta se tornar muito perto.

Treinaram mais alguns movimentos, fazendo Emeril se animar com a ideia de possuir uma lâmina que pudesse usar. Voltaram para a areia para terem mais espaço, e mesmo que continuasse errando, Emeril continuou tentando.

—Apesar de sempre ter treinado para uma luta, eu nunca lutei. — Emeril riu de si mesma. — Devia imaginar que não seria da forma que imaginei.

—Então devíamos fazer isso. Você fugia de elfos, certo? Pense que estou atrás de você para te matar.

—Me matar de rir? Claro. Até parece que atacaria você. Um ano atrás, talvez.

—Ah, não? É o que vamos ver.

Selen avançou, e seus movimentos se tornaram rápidos, movendo a lâmina com toda a habilidade que tinha. Emeril pensou em deixar as asas saírem de suas costas e se esquivar de qualquer ataque, mas nessa distância, Selen conseguiria derrubá-la. Xingou baixo, movendo-se para o lado para se esquivar do primeiro golpe, mas não foi rápida o suficiente de desviar do segundo. Selen fez um corte no seu rosto, girando a perna no chão e derrubando Emeril de bruços. Pressionou a lâmina na sua nuca, um sorriso pequeno nos lábios.

—Tão rápido assim, meu amor? Se soubesse que era tão fácil te matar teria ficado ao lado do seu avô para caçar seu couro.

—Conseguiu seu prêmio, agora me deixa, Selen. — Emeril falou com raiva, sua voz saindo entredentes.

—Me faça te deixar.

—Chega, Selen.

—Só vou parar quando for minha cara que estiver enterrada na areia.

—Selen...

—O que? Vai depender de mim ou de Ilis te defender se a coisa ficar séria demais? Pare de ficar em nossas costas, Emeril.

Selen foi afastada antes que Emeril pudesse pensar em algo. Quando a feiticeira se virou, viu uma garota torcer o braço da elfa nas costas, num movimento o quebrando. Emeril ouviu o grito agoniado da mulher, que recolheu o braço junto do corpo, agora possuindo um formato anormal. Ainda do chão, Emeril sussurrou algumas palavras em sua língua, e a garota caiu no chão, sem ar. Foi o tempo de se levantar e fazer a areia se tornar algemas em seus pulsos e calcanhares, só então permitindo que a garota voltasse a respirar.

—Mas o que... Quem é você? — Perguntou, parando ao seu lado.

—Meu nome é Milo, e você vai me levar junto no seu navio.

—Eu vou o que?

Emeril olhou para Selen para ter certeza que não estava alucinando, antes de se voltar a garota. Tinha aspecto jovem, cabelos ruivos curtos, cobertos por uma touca preta e suja, roupas desgrenhadas e pequenas para o seu tamanho.

—Vai me levar junto. Não aguento mais esse lugar.

—E você pede isso quebrando o braço de minha amiga?

—Amiga? Ela tinha a espada no seu pescoço. Eu te ajudei.

—Estávamos treinando. E Selen é uma idiota.

—Como você treina no chão?

—Não vem ao caso. Onde você mora?

—Não importa mais se vou com você.

—Eu estou guiando essa droga de viagem, garota estúpida. — Selen falou, apontando a lâmina na sua direção. — Me dê um bom motivo para deixar que continue viva agora.

—Quebrei seu braço, não seu pescoço.

—Vamos ver se a língua é mais afiada que minha espada.

Selen se aproximou, enraivecida, mas Emeril a segurou pelo ombro, enquanto Milo tentava recuar na areia.

—Sem mais violência, Selen. Já não basta meu sangue? Você quer matar uma garota?

—Eu só queria te fazer reagir. E ela quebrou meu braço!

—Ela achou que estava me atacando de verdade.

—Eu estava. Mas não achei que tivesse alguém vendo.

—Você é uma idiota. Sente e se acalme. Ou não vou arrumar seu braço.

—Você não me dá ordens. Ainda menos quando deixa uma criança terminar suas lutas.

—Parece que vou ter que consertar seu nariz também

—Meu nariz não está-

Emeril socou com força seu nariz, sentindo o estalo entre os dedos. Viu sangue escorrer no rosto da elfa, que a olhava surpresa, cobrindo o nariz com a mão em meio a dor que sentia. A feiticeira permanecia séria, quase estoica, mas a raiva era visível nos seus olhos.

—Não volte a me provocar, Selen. Ou vou quebrar mais que seu braço.

—Você quebrou meu nariz, bastarda.

—Quer que eu quebre mais coisas para consertar?

—Não, estou satisfeita.

Mesmo com dor, ela sorriu, os dentes sujos de sangue. Sentou na areia, deixando a lâmina ao seu lado para estancar o sangramento. Emeril se voltou para a garota, ajoelhando-se do seu lado. Respirou fundo, visualizando seu corpo em busca de ferimentos, mas apesar de apenas parecer frágil, não havia nada.

—O que está olhando? Vai cobrar meu corpo pela viagem? — Milo perguntou, fazendo uma careta.

—Nem que você quisesse. — Revirou os olhos. — Qual sua idade?

—18.

—Você tem alguém que cuida de você?

—É uma pergunta difícil. Você deveria ter me visto quando curou meu irmão essa semana.

—Eu estava sozinha com ele no quarto. — Estreitou os olhos, pensando, uma ideia lhe ocorrendo. — Você é uma bruxa.

—Sim.

—Ah, não. — Selen reclamou. — Agora temos uma bruxa? Devíamos matá-la. Ela deve estar lendo seus pensamentos para confundi-los agora.

—Estou? — Milo ergueu as sobrancelhas para Emeril.

—Não. Eu teria sentido a magia. Não senti nada em sua casa. Como conseguiu se ocultar lá?

—Faço isso com meu pai o tempo inteiro. Talvez tenha ficado boa.

—Provavelmente. Por que quer sair daqui? Você tem um teto, comida e família.

—Meu pai me odeia porque nasci assim.

—Ele não sabia da sua mãe?

—Sim. E proibiu que ela fizesse qualquer coisa com os poderes. E acha que vai conseguir fazer isso comigo. Ele só fez me atrasar.

—O que vai fazer depois que atravessar o oceano?

—Seguir vocês. Eu não tenho para onde ir. E achei que você pudesse me ajudar.

—Sou feiticeira. Não bruxa.

—Sim. Mas deve haver coisas em comum que podemos fazer. Qualquer coisa já vai ser melhor do que sei.

—O que você acha? —  Olhou para Selen, que já ponderava a ideia. — Você disse que a terra dos elfos é um lugar grande.

—Tinha bruxas lá. Acabou virando um lugar onde todas as raças acabam vivendo. Ficou uma terra de todo mundo. — Explicou, soltando um suspiro. — Pode não ser mal levá-la. Mas...

—Mas há condições. — Emeril definiu, voltando a olhar para Milo. — Vamos esperar Ilis e os outros voltarem.

—Quem é Ilis? — Ela perguntou.

—Você vai ver.

—Você pode me soltar agora?

—Se tentar alguma coisa, não vou tirar a revanche dela dessa vez.

A areia escorreu de sua pele, permitindo que ela se sentasse, alongando o corpo e se levantando. Emeril esperou, mas em vista que a bruxa não faria nada, sentou em frente a elfa, evitando seus olhos quando voltou seu nariz no lugar. Então consertou o osso do braço ao encaixar no lugar, ignorando os gemidos de dor que ela tentava suprimir.

—Você podia ser mais delicada.

—Você podia ser menos ignorante. Mas as coisas não acontecem porque queremos.

Selen bufou, olhando o corte em seu rosto, tocando com os dedos para ver a profundidade, mas recebeu um tapa na mão e o olhar cortante que Emeril lhe lançou. Ficou em silêncio enquanto a luz da mão dela era direcionada no seu osso, um formigamento sendo sentido na sua pele. Quando terminou, pode mover o braço sem problemas, mas não teve chance de agradecer, Emeril se afastou e foi para longe dela, deitando na areia, os olhos direcionados para a lua.

—Garota. — Chamou pela bruxa. — Vem comigo.

—Eu tenho um nome.

—Isso é bom. Eu também.

Levantou, estendendo a mão na sua direção.

—Sou Selen.

—Milo.

Apertaram as mãos, os olhos da garota se direcionando para o braço da elfa.

—Ela é boa nisso. Por que não cura a cicatriz que tem no braço?

—Não pergunte isso para ela. Ela não gosta de falar sobre isso.

—Vocês parecem se conhecer bem. Por que ela não se cura?

—Até onde sei... — Suspirou, andando lentamente em direção ao cais, sendo seguida pela garota. — É difícil curar a si mesma. Eu não sei se ela não consegue ou se não pode. Deve ser que nem as bruxas. Tudo que vocês fazem tem um preço. Grande ou pequeno. Bom ou ruim. Depende da magnitude do feitiço.

—Mas diferente das bruxas, ela não recebe preço para curar os outros.

—Talvez o preço seja não se curar.

—Por que você a estava atacando se sabia disso?

—Eu só queria prepará-la se enfrentarmos idiotas pelo caminho.

—Acho que não deu certo, a menos que sua intenção seja irritá-la. — Sorriu, olhando sobre o ombro, vendo duas pessoas se aproximarem ao longe. — Vocês são um casal? Vocês brigam como um casal.

—Brigamos mesmo. São nesses momentos que eu entendo porque não podemos ficar juntas como um casal.

—Então ela está solteira?

—Já ficou interessada? Emeril e a mania de atrair atenção.

—O que? Não. — Estreitou os olhos, o nariz franzindo. — Ela só parece possuir muito conhecimento.

—Imagino que tipo de conhecimento você queira obter. Mas não vem ao caso. — Suspirou, olhando na direção da garota. — Quero saber, tem mesmo certeza que quer deixar sua família aqui? Mesmo que odeie seu pai. Ainda tem seu irmão.

—Ele não é meu pai. Era só o marido da minha mãe. E ele prefere Jack de todo jeito. São iguais. E Jack é pequeno demais para viajar.

—Se o cara não é seu pai, e nunca te deixou praticar, como tem a força e sabe como quebrar um braço?

—Não é porque ele não deixava, que eu não tentava mesmo assim. Sempre briguei com os garotos da vila, então...

—Bem, se for viajar mesmo conosco, talvez eu possa te ensinar alguns movimentos. Ver o que você sabe.

—Por que está sendo legal comigo se eu quebrei seu braço agora pouco?

—Coisa de momento. Não tenho motivos para ter inimigos.

Milo sorriu por um instante, assentindo. Foram para o barco, onde Selen distraiu a garota com suas armas recém recuperadas. Emeril estava de olhos fechados quando sentiu um corpo se deitar sobre o seu, mas sorriu quando sentiu os beijos sobre seu ferimento, reconhecendo o cheiro de Ilis.

—O que aconteceu aqui? Tem cheiro de sangue mais à frente. — Perguntou num sussurro, seus dedos tirando a areia do ferimento. — Teve uma luta aqui?

—Selen sendo uma idiota, para variar. — Falou baixo de olhos fechados, as mãos buscando os cabelos ruivos da loba.

—Selen machucou você?

—Estávamos treinando com lâminas, até que ela achou que bancando a elfa malvada iria me fazer lutar a sério com ela.

—Claro que você não faria isso. — Suspirou, deslizando a língua sobre o ferimento algumas vezes. — Eu vi aquele livro algumas vezes. Sei que são quase todos feitiços de combate.

—Ela acha que devia ter algo para me defender se a luta se tornar muito próxima. Eu acredito que a lâmina seria boa. Mas Selen queria uma luta. Acabou ganhando um braço e um nariz quebrado.

—Você a quebrou?

—O nariz? Sim. O braço foi uma bruxa, enquanto Selen estava me imobilizando.

—Iria adorar ter visto isso.

—Vamos ter outras oportunidades. — Sorriu, abrindo os olhos, só então notando que ela estava nua. — Querida, você ganhou músculos em algumas horas?

—Ser alfa me dá alguns benefícios. Gostou?

—Muito. Como foi o ritual?

—Foi melhor do que pensava. Receber a lealdade deles, a confiança. Sei que vem diversas responsabilidades, mas agora sinto que posso contar com eles de verdade.

—Falam que uma alcateia unida é mais forte que um alfa solitário.

—É? Quem te disse isso?

—Uma loba que gosta de tagarelar nos meus sonhos.

—Acho que vou ter de mandá-la usar a boca para outras coisas então.

Emeril riu, inclinando-se e beijando os lábios dela, movendo os seus devagar, aproveitando o gosto que tinham naquela noite.

—Tem alguém perto? — Perguntou, perto dos seus lábios.

—Não. Jhan decidiu dormir no barco.

—Ótimo. Quero ficar aqui com você.

—Podemos ficar.

Emeril voltou a fechar os olhos, sentindo a fadiga do dia e da adrenalina diminuindo da luta. Abraçou a cintura da loba, recebendo as carícias no seu rosto, suas pernas dobrando e permitindo que o corpo dela se encaixasse mais no seu. Ilis ficou a olhá-la, apreciando o contato da sua respiração a atingir seu rosto, seus corações batendo no mesmo ritmo. Ficaram em silêncio, somente aproveitando o tempo, até que acabaram sorrindo, constatando a mesma coisa.

—Estamos inquietas hoje. — Ilis falou. — Você tem algo para me perguntar. O que está na sua cabeça?

—A bruxa quer vir conosco na viagem. Estávamos esperando vocês voltarem.

—Não é isso que quer me perguntar. Você sabe que estou aqui por sua causa. O que decidir sobre ela está bom para mim.

—Você tem razão. Quero perguntar algo.

—Pergunte, Emeril. Prometo não morder.

—Seria bom se mordesse. — Brincou, movendo os dedos em suas costas. — Ilis...

Respirou fundo, buscando as palavras certas, olhando as irises alaranjadas da mulher, com medo de algo que sequer sabia o que era. A loba esperou, tentando entender a confusão que via nos olhos dela, mas só lhe restou esperar.

—Eu sei que concordamos em ficar juntas e deixar tudo para trás. E eu estou amando tudo que estamos vivendo, não quero mudar nada.

—Então o que quer acrescentar? Algo está faltando para você?

—De forma nenhuma. Você me faz sentir tão bem e completa comigo mesma, e tão feliz com o que temos. E eu quero te dar algo que simbolize meus sentimentos por você.

—E o que seria isso?

—Algo que ninguém nunca teve. E só você poderá ter.

—Está me deixando curiosa.

—É um feitiço. — Explicou, uma suave luz vermelha acendendo nas pontas dos seus dedos, que ela mostrou para a loba. — Vai permitir que saiba o que estou sentindo.

—Por que está me dando isso?

—Humanos marcam o relacionamento com um anel. Elfos marcam com uma festa. Magos marcam com um feitiço criado por ambos. Lobos costumam fazer um ritual numa lua de sangue, como a de hoje.

—Você criou esse feitiço?

—Nunca testei antes, nem farei depois. Então... se não quiser, eu posso pensar em outra coisa.

—Eu quero. — Ela sorriu, erguendo a cabeça para a lua. — Ainda é lua cheia.

—Podemos fazer nosso próprio ritual.

—Deixe essa parte comigo.

Emeril pressionou os dedos na sua têmpora, sussurrando as palavras do seu feitiço, e tão logo terminou de conjurá-lo, Ilis a beijou, dessa vez não sentiu somente as próprias sensações de quando tocava a feiticeira, conseguiu definir o que ela sentia com seus toques. Explorou a nova possibilidade, segurando sua mão e a pressionando na areia, erguendo o próprio corpo, encaixando uma perna entre as dela. Fez o mesmo gesto com a outra mão, aprofundando o beijo, movendo a língua sobre a dela. Como esperado, o corpo de Emeril se ergueu em busca do seu, seus lábios se movendo com mais paixão conforme passava os minutos, ansiando pelo momento seguinte. Ilis sorriu, afastando os lábios, sentindo a frustração crescer dentro dela em resposta, seus olhos logo a procurando em busca de uma explicação.

—Você está me testando, não é?

—Um pouco. Posso pensar em formas de me divertir com isso agora.

—Que lobo mau você é, Ilis. — Reclamou, em tom rouco.

—Quer que eu continue?

—Não quero que pare, não hoje.

—Chegou o momento. — Sorriu, olhando o corpo abaixo do seu. — Mas não aqui.

—Tem um lugar em mente?

—Me siga.

Ilis levantou, estendendo a mão para ajudá-la. Emeril riu, abraçando sua cintura e beijando seu ombro.

—Minha namorada pelada, pedindo que a siga.

Isso fez a loba rir também, mas a guiou, segurando sua mão, ambas andando pela areia úmida enquanto o resquício de uma onda atingia seus pés. Aproveitaram a brisa que soprava do mar, caminhando sem pressa em meio aos beijos trocados.

Quando chegaram no fim da praia, longe da vila e do cais, subiram em algumas pedras, contornando a margem, até encontrarem uma abertura que entrava na terra, uma caverna mais aberta da que Ilis costumava ir, na cachoeira. Emeril notou que ela veio nessa região mais vezes, porque parte dos seus pertences estavam no fundo, e três peles de onças estavam estiradas no centro. Ilis deitou primeiro, ajudando a feiticeira deitar ao seu lado, então apontou para o céu, mostrando a lua vermelha.

—Essa está durando mais. — Falou com um sorriso. — Fiquei todas aquelas horas com eles, esperando que a lua chegasse no ponto certo. E ela ainda está ali. Quero aproveitar ela com você.

—Você montou isso aqui para nós?

—Sim. — Voltou a olhá-la, tocando seu rosto. — Você disse que queria que fosse um lugar nosso. Então... Ninguém veio aqui além de você e eu. Pensei que sempre poderemos montar um lugar que seja meu e seu, pelo menos enquanto estivermos viajando.

—Nosso lugar é juntas, meu amor.

Emeril a puxou, colando seus lábios. Ilis começou a tirar suas roupas, não deixando que mais nada separasse seus corpos. Suas mãos apertaram as coxas grossas de Emeril, separando-as enquanto se encaixava entre elas, mas teve suas posições invertidas, sentindo o sorriso contra seus lábios antes de receber os beijos que desciam pelo seu pescoço.

Emeril pressionou os dedos no seio que cabia em sua mão, não hesitando em abocanhar o bico do outro. O tronco da loba se inclinou, os dedos pressionando na nuca em incentivo. Emeril explorou o abdômen, ch*pando e deslizando a língua, voltando a subir, abocanhando o outro seio, lambendo o bico enrijecido e o segurando cuidadosamente entre os dentes, olhando para a loba com ar provocante.

—É como você quer brincar?

Emeril desceu a língua em seu abdômen como resposta, abrindo suas pernas e depositando um beijo sobre seu sex*. Deslizou os lábios na parte interna de suas coxas, mordiscando, sentindo seu corpo contrair e arrepiar com a investida, então avançou, ch*pando os grandes lábios e movendo a ponta da língua nos lábios menores, penetrando metade da língua na sua vagin*. Ilis gem*u, abrindo mais as pernas por reflexo, os dedos prendendo nos cabelos de Emeril, guiando-a para onde queria sua boca. Ela sorriu antes de ch*par o clit*ris, sentindo seu corpo contrair mais, um estimulo natural para que continuasse.

Aproveitou o tempo, saboreando seu gosto e apreciando a sensação dos seus pelos a roçarem em sua face. Olhava para ela, sentindo a entrega e a confiança que era depositada em si. Lambeu suas extremidades e provocou seu interior antes de voltar a ch*par seu ponto sensível. Seus lábios moveram mais rápido na região, suas mãos apertando suas coxas e alcançando um seio, acariciando até sentir o clit*ris inchar mais na sua boca, quando Ilis segurou mais firme seus cabelos, fazendo-a subir seu corpo de volta para seus lábios, capturando-os e sentindo seu próprio gosto.

—Mandona. — Emeril falou, mordendo seu lábio.

—Como se não gostasse. — Sorriu, sabendo que ela não poderia negar.

—Então por que ainda está falando, loba?

Ela trocou suas posições, segurando suas mãos do lado da cabeça, devorando seu pescoço sem se preocupar se estava marcando ou não, capturou o bico do seu seio enquanto pressionava um joelho no seu ponto sensível. Emeril sorriu, trocando um breve olhar com Ilis antes de mover o quadril contra sua perna, sua umidade atingindo o olfato da loba e aumentando seu desejo, fazendo seus lábios trabalharem mais rápido contra o bico do seio dela, arrancando os gemidos mais roucos da garganta da feiticeira.

—Ilis... por favor...

—O que, querida? Do que precisa?

Emeril suspirou, tentando conter os gemidos, mas lhe era quase impossível diante da audição aguçada da felina, que devorava sua pele como a predadora que era.

—Me come, Ilis.

O pedido saiu em puro desejo e necessidade, encontrando a mesma expressão de quando estavam sozinhas em sua casa, como se estivesse prestes a se transformar em lobo. Mas ao contrário disso, Ilis se posicionou sobre ela, afastando suas pernas e pressionando seus sex*s, capturando o gemido dela ao penetrar a língua na sua boca.

Começaram a mover o quadril juntas, e com as mãos livres, Emeril arranhou as costas sobre si, até chegar em suas nádegas, apertando e puxando-a para si. Ilis aumentou a velocidade, sentindo ambos os sex*s inchados, sabendo que a feiticeira não aguentaria muito mais tempo. Separou minimamente seus lábios, juntando suas respirações e seus gemidos enquanto se moviam juntas para o orgasmo.

Ilis deitou ao seu lado, tendo sua cintura abraçada enquanto se virava na sua direção. Sorriram, trocando caricias e aproveitando a proximidade, a brisa soprando suas peles e as resfriando.

—Você é tão linda.

Ilis sorriu, beijando seus lábios.

—A lua nunca iria se comparar a você. É tão mais maravilhosa que ela.

—É? Ela pode te ouvir. Pode ficar com ciúmes.

—Não me importo. Só estou falando a verdade. — Sorriu antes de beijá-la, acariciando seu rosto. — Você pode ficar comigo quando a lua nova chegar?

—Eu sabia que ainda queria me perguntar algo. — Riu, envolvendo as pernas nas suas. — Quer estar comigo?

—Sim. Você disse que fica com os sentidos quase nulos por sete dias. Eu quero proteger você.

—Nem todos. Agora que sou alfa, vai ser um pouco diferente.

—Como?

—Talvez o efeito da lua não seja tão forte em mim. Provavelmente vou enxergar e sentir como humano, a audição eu não tenho certeza.

—Então, fica comigo.

—Sou alfa agora, querida, tenho que cuidar deles.

—Se ficarem longe, vão ficar frágeis. Eu posso proteger vocês. Só não quero que corra perigo onde não posso fazer nada.

Ilis suspirou, beijando sua testa e desviando o olhar para o céu, ainda escuro e estrelado. Moveu os dedos em suas costas, pensando, respirando algumas vezes, absorvendo os sentimentos de Emeril. Ela sentia medo, e com seu pedido, podia imaginar o motivo. “É minha culpa.”

—Sabe... Naquele ano, enquanto estava longe-

—Ilis, não de novo.

—Apenas me escute, Emeril. — Suspirou, piscando algumas vezes. — Emeril, naquele ano, fui o mais longe que pude da floresta, achando que iria te proteger, achando que era o certo a fazer. Mas não deu muito certo. Sei que no fundo você sabe o motivo.

—Eu te chamei. Todos os dias. Mas...

—Mas? Diga, Emeril, você precisa falar.

—Você nunca veio. Você ignorou isso o ano inteiro, Ilis, achei que tinha deixado de ouvir.

—Não. Eu te escutei todas as vezes. Você sequer precisa me chamar em voz alta.

—Onde está querendo chegar, Ilis? Não quero brigar com você. Não hoje, não depois de tudo que compartilhamos aqui.

—Não vamos brigar. — Garantiu, voltando a olhá-la e selando seus lábios. — Você disse que me perdoo por ter ido, mas tem medo que eu vá de novo. Eu sei que confia em mim, ou não estaríamos aqui agora.

Pausou para acariciar seu rosto, movendo o dedo com cuidado sobre o ferimento em sua bochecha. Emeril inclinou o rosto, aproveitando o contato, pausa suficiente para acalmar seus ânimos.

—Eu achei que em algum momento você iria me esquecer e parar de me chamar. Mas isso nunca aconteceu. Você nunca me esqueceu. E eu nunca te esqueci. Mesmo estando com a elfa, você chamava a mim. Eu voltei, Emeril, voltei por sua causa. E sei que te deixei mais insegura quando não vim com você desde do começo na viagem, e senti que seu chamado estava mais baixo do que costumava ser.

Emeril fechou os olhos, aproximando-se do seu corpo sem deixar nenhum espaço entre elas. Ilis a abraçou, continuando as caricias em sua pele para assegurá-la.

—Eu estava tentando me convencer que você tinha ido embora de vez depois do que viu. Então me forcei a não pensar em você.

—Corri até você para que não parasse de me chamar. Tinha medo do que podia acontecer se demorasse demais. Então sei que está insegura agora. Sei que não vou consertar isso tão rápido. — Procurou seus olhos, erguendo seu queixo. — Mas sou alfa agora. Preciso cuidar deles, devo isso a cada um, e faz parte dos nossos costumes passar por essa fase juntos.

—Eu entendo, Ilis.

—Devo isso a eles, porque confiaram em mim para guiá-los. Então preciso que confie em mim durante esses dias. Eu não estou dizendo que vou voltar, porque eu não vou deixar você. Não vou cometer esse erro de novo.

—Tudo bem. — Sussurrou, escondendo o rosto no seu pescoço, onde depositou beijos. — Vou esperar que a lua termine, e que você venha no amanhecer.

—Vou estar lá, como estou aqui com você.

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Hehe a loba está saciada, acredito eu, espero que vocês, leitoras, também tenham ficado ahahaha

 

Até o próximo ;)

 

Obs: Para quem também gosta de dar uma olhadinha no futuro, "Born" está te esperando quentinho para te conquistar ;)

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Comentários para 10 - Completa entrega:
Lea
Lea

Em: 26/02/2022

Alex pq você não mostrou os momentos mais quentes entre a a Emeril e a Selen? Foi para não fazermos comparações??


Resposta do autor:

E também para mostrar que foi algo passageiro. Sempre foi um trato entre elas de não ser sério, e o não mostrar as cenas quentes também colaborava para essa falta de compromisso.

Também para não criar muita esperança!

Ahahah dúvida muito válida a sua,  adoro.

Beijos!

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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 26/06/2021

Rolou o rala e rola .


Resposta do autor:

Opa, oh se rolou ahahah 

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