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Palavras: 1467
Acessos: 897   |  Postado em: 22/06/2021

Somos uma família feliz

 

Fazia pouco mais de uma semana desde que tinha conversado com a novata, e não nos falamos desde então, mas não quer dizer que não tenhamos contato. Eu, quando chegava a ir para a aula e não ficava em algum lugar no meio do caminho ou com outras pessoas, sentava no mesmo lugar que era ao lado de Luiza e também de Amanda.

Amanda sempre chegava cedo, e me cumprimentava quando chegava, já que eu era quase sempre a última a chegar. Era muito educada, sempre pedindo “por favor” e “obrigada”. Quando virava para olhar em direção a ela, ou ela estava conversando com Luiza ou olhava em minha direção, tímida, e voltava a anotar alguma coisa no caderno.

Amanda, pelo pouco que via, era do tipo estudiosa e empenhava. Não faltava aula pelo que via e sempre estava prestando atenção. Era o total oposto de mim e às vezes, ver sua empolgação com o mundo e as coisas, e seu sorriso sempre no rosto ao responder alguma coisa me fazia sentir mal. Não pela presença dela, mas por eu não ter o mesmo entusiasmo com nenhum aspecto na minha vida.

Luiza sempre estava conversando com ela, querendo saber um pouco mais da sua vida, e Amanda sempre estava pronta para responder sobre qualquer coisa, com a mesma animação de sempre.

Eu tinha passado a manhã na loja dos meus pais. Odiava ter que passar um tempo extra com meu pai quando ele estava na cidade, o que significava que em algum momento do dia iríamos acabar discutindo, e dessa vez tinha sido pelo preço de uma mercadoria, que eu falava que era valor x e ele dizendo que era o contrário. No final das contas, ele que estava errado, e em vez dele reconhecer o erro, é claro, ele simplesmente foi embora.

Cheguei na escola, passando por todos, indignada. A presença das pessoas me incomoda, e o acúmulo delas em um mesmo espaço mais ainda. Não conseguia lidar bem com elas, e fazer interações era pior ainda, sobretudo quando eu lembrava que tinha que falar com as pessoas do trabalho do meu pai, e toda a pressão envolvida.

“Tem que manter negócios da família”, podia até ouvir meu pai falando isso.

Ele dizia ter orgulho de mim e de tudo que eu representava a ele, mas em seus momentos de fúria ele também falava “Wǒ wèi nǐ gǎndào xiūchǐ”[1] em alto e bom som. Ao menos um ponto temos em comum.

Cheguei na sala atrasada vi que Amanda e Luiza já estavam nos lugares de sempre. Quando passei, Luiza comentou alguma coisa com Amanda, que abaixou a cabeça, mas dessa vez foi diferente dos outros dias. Luiza se levantou da cadeira do meu lado e foi para onde Amanda costumava se sentar, trocando de lugar com ela.

Amanda agora estava sentando do meu lado. Ela sussurrava alguma coisa com Luiza que não dava pra entender por conta de a música estar alta, mas não dei ouvidos, voltando a terminar um desenho a qual estava fazendo.

Mas, chegou até mim um papel com a seguinte anotação:

oi J

       Peguei aquele papel que estava sob minhas coisas durante alguns segundos. Era de Amanda. Peguei e anotei de volta, devolvendo para ela.

            Não tardou para que chegasse outra anotação dela.

o que está fazendo? ouvindo?

            Não consegui conter o sorriso que veio no meu rosto nesse momento, então anotei o que estava ouvindo, fazendo o que tinha feito outrora. Quando olhei para Amanda, vi que ela sorria de volta, assim como tinha feito, e entregou outra anotação:

posso ouvir com você?

            Olhei para Amanda e, sem deixar de esconder o sorriso que estava dando, entreguei um dos lados do fone para ela. Ela começou a ouvir a música, cerrando as sobrancelhas, parecendo atenta.

— O que ele está falando nessa música? – disse ela, com sua voz grave.

— Ele está ironizando a ideia de família perfeita[2] - respondi a ela.

— Você sempre vem com a camisa dessa banda para cá, não é?

— É uma das minhas bandas preferidas, se não a mais.

— Eu gostei deles, achei bem animado – Amanda dizia com sua característica animação, com um largo sorriso.

— Sério? – disse, levantando as sobrancelhas.

— Sim, tem mais música deles?

— Tenho sim, claro – coloquei outra música para tocar logo em seguida — O que você gosta de ouvir?

— Gosto de ouvir rádio à noite, quando fico no meu quarto – ela ficou mais séria, olhando para meu MP3 – Tocam músicas muito boas, você ouve? Eu não conheço por nome, mas se tocar eu reconheço...

— Não faz muito meu estilo. São baladas mais românticas.

— É – ela respondia sorrindo e voltando o olhar para o chão quando percebi que a olhei de volta – Eu não entendo o que eles cantam, mas acho bonito.

Ela mantinha aquele sorriso tímido no rosto, com o olhar curioso e instigante em minha direção, abaixando o olhar na maior parte do tempo. Continuei olhando para ela sorrindo do mesmo jeito e antes de que eu pudesse falar alguma coisa, a aula começou.

— Obrigada – disse ela, devolvendo um lado do fone, o qual respondi assentindo e não falamos mais nada depois disso. Na hora do intervalo, voltei a me concentrar no desenho que estava fazendo e ela foi para fora com Luiza.

*

— Hǎi yún, não posso sequer almoçar em paz? – vociferava minha mãe na mesa a qual estávamos comendo.

— Estou falando só a verdade.

— Hǎi yún, já disse, faça isso de Artes Plásticas depois, quando você tiver consolidada...

— Esse cursinho é perca de tempo e dinheiro, mãe.

— Bǎobǎo...

— Eu sei que a senhora não quer que eu faça isso, mãe... A senhora veio pra cá pra fazer o que gostava, não foi?

— Eram tempos diferentes, Hǎi yún. E isso de...

— Trabalhar com arte é coisa de desocupado vagabundo?

— Hǎi yún Wang, olha os modos! – disse minha mãe, me olhando com repreensão.

— Eu pensei que a senhora fosse ao menos me apoiar nisso – cruzei os braços, suspirando alto.

— Bǎobǎo, você sabe que eu te apoio em tudo, mas já estamos tendo problemas com seu pai o suficiente – ela dizia colocando a mão nos meus braços – Sobre aquilo lá que conversamos. Não é fácil pro seu pai aceitar tudo isso, se você fizer ao menos isso para agradá-lo...

— Tenho que viver minha vida em prol da aprovação do bǎ?

— É por nossa família, Hǎi yún. Você sabe o quanto isso significa para nós.

— Eu não escolhi viver nessa família, mãe. Nem mesmo... – suspirei fundo – Nem mesmo tudo isso.

— Eu sei, minha filha – ela dizia, agora convalescente – Eu sei disso, mas não temos o que fazer em relação a isso, pelo menos não agora.

Nos entreolhamos e voltamos a almoçar. Tinha cansado de discutir sobre isso. Ela foi me deixar na escola, dizendo que eu iria me atrasar caso fosse andando, mas não falamos mais nada depois disso.

Minha mente parecia pesar, e eu sentia vivendo uma vida a qual não era a minha. De forma automática, imersa aos inúmeros pensamentos que isso me levava, entrei na sala, mas assim que cheguei, vi que tinha mais gente do que de habitual e que os lugares visíveis estavam ocupados, assim como o meu.

Até que eu vi Amanda.

Ela estava vindo em minha direção. Eu sempre a via de jaqueta jeans por cima de alguma camiseta, mas hoje ela estava usando uma regata que deixava seus braços à mostra. Seus braços eram sinuosos e visivelmente fortes a ponto de que eu não consegui deixar de prestar atenção neles.

– Pode ficar no meu lugar enquanto pego uma cadeira pra você – disse Amanda para mim.

— Não precisa... – respondi, distraída.

— Não tem problema.

Ela passou por mim e quando voltou, foi com uma cadeira vaga, carregando em um só braço. Ela foi até o lugar onde costumava ficar e colocou a cadeira ao seu lado, jogando o cabelo para trás, sem esforço nenhum.

— Obrigada – disse a ela, sentando-me ao seu lado.

— Não tem de quê. Quer uma rosquinha? – ela pegou o saco que estava nas mãos de Luiza – De leite.

— Eu agradeço – peguei um punhado de rosquinhas e voltei a comer, sem dizer nada, com a aula começando logo depois.

A aula acontecia de fundo, mas algo acontecia ali. Balancei a cabeça, e voltei a comer.

 


[1] Eu tenho vergonha de ti, em chinês: 我为你感到羞耻

[2] We’re a Happy Family, Ramones.

 

Fim do capítulo


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