Tanta Saudade! por keique
Capitulo 2
Clarice sentiu o corpo tremular dentro daquele abraço, era uma realidade a muito buscada, esperada, sonhada! Respirou o perfume de seus cabelos juntando mais os corpos querendo se fundir à mulher de sua vida, precisava apertá-la, senti-la. Roçou seu rosto no dela para que a pele macia e quente lhe desse a certeza de que era real. Esse seria o sexto encontro desmarcado por ela em três anos de uma espera dilacerante e fatal. Ansiosa capturou seus lábios e sentiu as pernas tremerem quando Júlia entreabriu os seus correspondendo com a mesma fome, o desejo comandando suas ações enquanto suas mãos lhe arranhavam a nuca gem*ndo dentro do beijo e lhe arrepiando a pele. Um medo repentino de assustá-la a fez interromper o beijo, vislumbrando aquela íris verde tão linda! – Não consigo me controlar com você tão perto! Júlia sorriu trêmula sussurrando – Nem eu tampouco, estar com você, te sentir, é tudo o que eu preciso agora, me faça sua de novo!
O desejo que viu em seus olhos e palavras reacendeu a chama que lhe consumia, tomou novamente a boca macia antes de fazer o caminho do pescoço, beijando o lóbulo da orelha enquanto a pele arrepiava sob seus dedos que lhe tocavam os seios enrijecidos, o casaco já no chão e sua própria blusa caindo junto. O toque dos seios nus inflamando o desejo, as respirações entrecortadas eram o único som antes do rangido da cama quando Clarice deitou sua amada sob o seu corpo. Júlia a recebeu tirando-lhe a calça apressada, nos olhos a mesma ânsia pela antecipação do que viria, a urgência em querer sentir o calor do outro corpo. Quando a última peça foi arrancada Clarice contemplou inebriada as curvas da mulher tão desejada tocando os pés, arranhando as coxas, o ventre com a penugem castanha encharcada arrancando-lhe um suspiro antes do leve toque nos seios fartos e tesos, refreando a urgência, aquele momento precisava ser guardado na memória e quando os olhos se encontraram o desejo refletido fez ambos os sex*s latejarem.
– Vem meu amor, eu te quero tanto! Mal terminou a fala Júlia teve a boca invadida pela língua macia e quente num beijo alucinado, profundo e lascivo, se devoraram antes de Clarice descer buscando seus mamilos rígidos e sugá-los mamando com força enquanto Júlia se contorcia de prazer, continuou mordendo, lambendo sua barriga, a lateral da cintura, conhecia cada ponto sensível daquele corpo. No sex* tocou devagar lambuzando a mão, sentindo a textura pelos dedos, enfiando o rosto por toda sua extensão cheirando, fazendo Júlia gem*r. Beijou, ch*pou os grandes lábios separando-os, passando a língua deliciosamente por eles antes de encontrar o que procurava e o encontrou protuberante, durinho à espera de ser sugado devagar levando Júlia a tremer e grunhir alto e desesperado! Em êxtase não demorou a sacudir, buscar o ar perdido, trepidou alucinada como não conseguia a três longos anos e antes de poder raciocinar foi alçada com destreza para o colo que a esperava. Num só movimento Clarice a virou encaixando-a de costas sobre si como se lembrava saudosa – Eu sou completamente maluca por você! Foi sussurrando-lhe ao pé do ouvido enquanto os dedos lhe penetravam forte e era devorada no pescoço. Júlia tombou para trás se entregando completamente rendida, sem conseguir se segurar confessou – Eu...amo...você! Clarice que estava à beira do precipício pelo que ouviu precisou relembrar – Diz... novamente... eu...preciso ouvir. O suor se misturando, inflamando – Eu sou somente sua e de mais ninguém...sempre serei! Foi o ápice, o que precisava a muito tempo ser dito e escutado para chegarem ao clímax juntas, demoradamente até se desmancharem de lado na cama.
Se amaram até adormecerem esgotadas ao amanhecer. Uma despertou esperançosa e outra angustiada voltando a se amarem debaixo do chuveiro com a certeza de que cada segundo ali juntas era valioso demais para se preocuparem com o mundo lá fora, camuflando medos, incertezas de um futuro improvável, distante. Priorizaram apenas aquele momento, as conversas amenas e superficiais. Pediram comida no quarto evitando a exposição num restaurante, mas combinaram um passeio pelo lindo parque dos arredores antes da inevitável separação.
A chuva deu uma trégua naquela tarde de domingo, um presente a brindar aquele reencontro tão desejado e perigoso! Caminharam a passos lentos como se tivessem a tarde inteira, distraídas se embebedando de si mesmas como se não estivessem a minutos da derradeira despedida! Como se confabulasse contra elas a chuva chegou apressada, grossa, varrendo folhas e pessoas aflitas para todo lado. Num impulso tentaram se abrigar numa guarita abarrotada de transeuntes pegos de surpresa, mas bastou um olhar e um sorriso travesso para concordarem sem precisar de palavras. Debochando despretensiosamente dos medrosos elas saltaram naquele mar de água gelada felizes! Dois corações quentes aproveitando o momento inusitado, um mais leve, outro mais aflito. Clarice entrelaçou suas mãos e sorriram como se tivessem combinado aquele pecado à luz do dia, ninguém ali se importava, flutuavam invisíveis naquele momento sublime. Começaram a rir alto e felizes como se fossem duas meninas, almas sincronizadas nos olhares e sorrisos.
Raios e trovões trouxeram de volta a realidade pelos olhares que arrepiaram os corpos molhados e quentes – Preciso ir no próximo trem para chegar antes dele! O olhar temeroso e o peso da frase fizeram o coração de Clarice dar um salto – Eu não aguento esperar mais tanto tempo, prometi não pressionar mas cheguei ao meu limite! Trêmula e com os olhos escorrendo Júlia virou para o alto encarando os pingos antes de tentar – Eu sei que já passei de qualquer limite, seu ou meu, que eu não te mereço... a voz falhou entre os soluços - Mas eu preciso acreditar que ainda te tenho senão não vou aguentar, não conseguirei! Com uma coragem arrancada no fundo da alma Clarice balançou a cabeça em negação – Eu não posso mais, me perdoe, você sabe onde me encontrar! Dilacerada soltou a mão teimosa do seu amor e ainda ouviu – Eu vou te procurar! Antes de sumir na multidão.
Fim do capítulo
Me perdoem por possíveis erros gramaticais e outros.
É a minha primeira história e tenho muito o que aprender
Obrigada!
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rhina
Em: 13/08/2021
Boa noite.
O que está errado não pode está certo.
Uma relação a três é confuso......não que ela não mereça amar e ser amada. Mas serão três a sofrer se o que está errado não for logo modificado para o certo.
Rhina
Resposta do autor:
Nossa garota está em vias de mudar sua vida
Aguardemos
Alex Mills
Em: 20/06/2021
Tua primeira história e tu está se saindo muito bem ;)
adorei esse capítulo, deu para entender um pouco mais a narrativa ali entre o casal.
Vão vir mais histórias dona keique? :D
Resposta do autor:
Boa noite Alex!
Muito obrigada pelo carinho. Estou tentando acertar...kkk
Preciso ver se não estou viajando com essa ideia de escrever, por isso o retorno de vcs é importante! Queria fazer algum curso basicão, mas não encontrei. Sei que é muito importante ler e estudar e que é complexa essa questão de curso básico, mas acho que não vou desistir não. Valeu o retorno.
Abraço.
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Rosa Maria
Em: 16/06/2021
Keique...
Que encontro maravilhoso e incendiario foi essa? (um banho frio urgente) Dizer que adorei (ou adoramos om certeza) é desnessacionário né? Na espera de outros encontros de igual intensidade. Parabéns
Beijo
Rosa
Resposta do autor:
Oi Rosa Maria
Muito obrigada pelo carinho!
Fico feliz e pensando no próximo.
Abraço
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