Capitulo 39
A Última Rosa -- Capítulo 39
Às 3 horas da tarde, Jessica entrou na delegacia, seus pensamentos ainda presos nos acontecimentos da noite anterior. As cenas se desenrolam em sua mente, como slides em um projetor.
Havia tantas perguntas ecoando em seu cérebro! Mas do que adiantaria falar com o detetive? O homem parecia um nabo.
-- Hum, entendo, hum, entendo -- falou para si mesma, enquanto caminhava em direção à recepção.
-- Boa tarde. Gostaria de falar com o detetive Fernandes. Sou a Jessica Parker.
-- Ah, sim. Ele disse que a senhorita viria. Por favor, me acompanhe.
Jessica a seguiu por um corredor que a levou direto à sala do detetive. Ela ignorou os olhares curiosos dos funcionários em suas mesas ao longo do corredor. Todos pareciam saber quem ela era e o que estava fazendo ali. Apesar de valorizar a vida na cidade pequena, a ponto de não querer sair dela, essa era a parte que mais odiava.
A moça abriu a porta e pediu que ela entrasse. O delegado Nilson já se levantava e saía de trás da escrivaninha!
-- Jessica! -- apertou-lhe a mão e a abraçou com força -- Obrigado por vir.
Quando se conheceram, o delegado Nilson era um agente de cabelos castanho-escuros que trabalhava numa pequena sala nos fundos do prédio da delegacia. Agora, totalmente grisalho, Nilson era o delegado mais respeitado da região.
-- Não esperava encontrá-lo aqui.
-- E você acha que eu deixaria a minha sobrinha preferida sozinha nesse momento tão desagradável?
-- Sobrinha? -- perguntou o detetive Fernandes.
-- Não sou sua sobrinha -- afirmou Jessica, franzindo a testa.
-- Ainda não, mas será em breve -- ele gargalhou alto e caminhou até uma mesinha no canto da sala -- Café puro?
-- Como sempre -- murmurou Jessica, sorrindo.
-- Eu sei que é horrível, mas esse é o café que o governo envia para nós -- disse, enchendo três canecas com forte café preto -- É de graça. Isso é o que importa.
De repente, Jessica levantou a cabeça e olhou séria para o detetive Fernandes.
-- Podemos começar logo o depoimento? Sinto que estamos perdendo tempo. Enquanto conversamos sobre café, o assassino já pode estar longe da cidade.
-- Sempre gostei muito de você Jessica -- Nilson tomou uma cadeira ao lado de Jessica -- Sei que não preciso nem falar -- soltou um longo suspiro -- Sua tia é o amor da minha vida. Companheirona, parceira, linda -- suspirou novamente, e sorriu -- Prometi a ela que cuidaria de você e mesmo que você não queira, vou cumprir a promessa -- disse o delegado depois de dar um gole em seu café, que já estava frio.
Fernandes observava com atenção enquanto os dois conversavam. Prestava atenção, examinando cada detalhe. Já se deparou com muitos suspeitos antes, e aquela jovem tão segura de si, linda e doce pode ser qualquer coisa, menos uma criminosa. E se a moça é sincera, estava realmente perdendo tempo.
Jessica colocou a xícara na mesa e olhou séria para o delegado, ela percebeu imediatamente o que havia nas entrelinhas daquele comentário.
-- Pode abrir o jogo, delegado. Seja mais direto.
A expressão do delegado não mudou e segundos depois ele virou para Fernandes.
-- Diga à ela Fernandes.
Nelson interrompeu os pensamentos do detetive.
-- Hum, o que?
-- Explique a situação do caso.
-- Ah, claro -- Fernandes voltou à realidade -- A doutora prestou depoimento hoje pela manhã e posso adiantar que o seu depoimento a colocou como principal suspeita do assassinato.
Jessica sorriu sem graça.
-- Não estou nem um pouco surpresa, Augusta por algum motivo que desconheço, me odeia de uma forma mortal.
-- Contrate um advogado, Jessica, você vai precisar -- aconselhou o detetive.
Mais tarde, ao entrar em casa, Jessica dirigiu-se ao quarto, rezando para encontrar Michele sozinha. Precisava vê-la, abraçá-la, conversar...
Michelle acordou com o ruído da porta sendo aberta. Sentando-se na cama, fitou Jessica, cuja expressão, misto de melancolia e ódio profundo, assustou-a.
-- Você está muito séria -- Michelle tocou-a de leve na mão -- Enfrentou algum problema na delegacia?
Exausta, Jessica passou a mão pelos cabelos loiros.
-- Sinto muito -- falou baixinho, tomando as mãos da ruiva entre as suas -- Você estava certa. Começo a pensar que cometi um sério erro. Não deveria ter atendido ao chamado da Marcela -- murmurou, suspirando fundo.
-- Você não fez nada além de auxiliar uma pessoa que pediu ajuda.
-- Como está a tia Inês?
-- Sua tia está a ponto de arrancar os cabelos.
Jessica sorriu.
-- Mas, não se preocupe, sua tia é bem cabeluda -- Michelle brincou ao vê-la rir. Pelo menos por alguns instantes foi capaz de banir a imensa tristeza dos olhos claros.
-- Eu e Augusta, nos tornamos inimigas declaradas. Sinceramente não conhecia a extensão do ódio dela por mim.
-- O que a Augusta disse no depoimento? -- perguntou Michelle, preocupada.
-- Disse que testemunhou o assassinato e adivinhe quem ela disse que atirou na Marcela?
-- Eu não acredito! -- Michelle estava atônita -- Como ela pôde fazer isso?
-- Não sei o que deu nela.
-- Eu sei. Ela quer te ferrar. Só isso -- Michelle apertou os olhos com os dedos -- Estou com medo Jess.
Numa carícia repleta de ternura, Jessica deslizou os dedos pelos cabelos ruivos e sedosos.
-- Ficarei bem, Maya, não se preocupe. Admito estar profundamente chateada com tudo isso, mas sei que a verdade virá à tona. É só ter paciência e provar minha inocência.
-- Se eu puder ajudá-la de alguma forma.
-- Nem diga tal coisa. Sua confiança na minha inocência me basta. É melhor você não se envolver nessa história, não esqueça que ainda não resolveu o seu problema com a polícia.
-- Verdade, mas não ficarei de braços cruzados enquanto aquele aipim descascado fica falando merd* ao seu respeito.
-- Hum, que menina bravinha! -- olhando-a fixamente, Jessica beijou-a na palma de uma das mãos.
Beijando-a de leve nos lábios, Michelle sussurrou:
-- Deita aqui comigo -- ela deu um tapinha na cama -- Vem.
-- É um convite muito tentador, moça, mas antes de aceitar vou fazer uma pergunta.
Michelle ergueu levemente as sobrancelhas ao ouvir a questão. Depois, deu de ombros.
-- Pergunta.
-- Você me ama? Mas, assim, não é um simples amar, é amar loucamente. E quando digo loucamente, digo no verdadeiro sentido da palavra. Não ter limites, medos, um completo esvaziamento do equilíbrio emocional.
Michelle sorriu.
-- Você é louca.
-- Viva os Loucos -- disse Jessica, suave, acariciando uma mecha do cabelo dela -- Você não me respondeu.
Michelle então, respondeu, cobrindo-a com beijos leves na testa, no rosto, até chegar a um dos cantos da boca. Pressionou os próprios lábios contra os dela e sussurrou: -- Sim. Eu a amo loucamente! E se for doença, quero você pra me curar!
Era tudo o que Jessica precisava ouvir. Tomou-a nos braços.
Mal as duas terminaram de se despir, Michelle empurrou Jessica contra o colchão e se posicionou sobre o corpo jovem e perfeito.
Os longos cabelos ruivos caíram sobre os ombros, as pontas acariciando os mamilos.
Jessica abaixou a cabeça e enterrou o rosto entre os seios dela, cobrindo-os com as mãos enquanto inalava a fragrância inebriante da pele de Michelle. Com a língua, traçou o contorno de um dos seios, acariciando-lhe a parte inferior. Sua recompensa foi o arfar de prazer enquanto ela continuava a jornada, acariciando-a com a língua até chegar à pontinha do mamilo.
-- Me abraça, Jess -- Michelle pediu com uma voz rouca e imperativa, e Jessica obedeceu, deslizando os dedos sobre os ombros dela. Jessica a beijou com avidez e a ruiva reagiu com paixão. Juntas iniciaram um movimento harmônico e sensual. E, de repente, Michelle sentiu um tremor de puro êxtase. Os dedos dela se emaranharam nos cabelos de Jessica, entre
gemidos de prazer.
As mãos delicadas da bela loira percorreram o corpo da ruiva, descendo até a cintura esguia, até as curvas dos quadris. Ela era tão suave, tão quente.
-- Jess -- Michelle gem*u e pronunciou o nome dela ao sentir as mãos macias tocando a pele sensível de sua coxa -- Venho há anos sonhando com esse momento.
Jessica se ajoelhou na cama com Michelle, colocando um dos braços ao redor da cintura, e a puxou contra si. A sensação de pele contra pele quase a fez perder o controle quando seus corpos se colaram. Com a mão que permanecia livre, afastou a mecha sedosa de cabelo que estava no pescoço dela. Então, se abaixou para mordiscá-la, com suavidade, ali e atrás das orelhas.
-- Michelle -- sussurrou ela, rouca, desesperada.
-- O que foi?
-- Eu fazia isso no seu sonho?
-- Sim -- Michelle a olhou cheia de paixão -- E me levou à loucura.
-- Você é linda, Mi. Incrivelmente linda. Eu amo você, eu quero você.
Jessica deslizou a mão e tocou-a entre as coxas, intimamente. Ela sabia que, ao tocá-la dessa forma, a levaria à loucura.
-- Ah, Jess! -- Michelle prendeu a respiração quando Jessica acariciou lhe o centro da feminilidade -- Ahhh... -- ela agarrou-se a Jessica, como se nunca mais fosse soltá-la. Com as pontas dos dedos, a perfumista a tocava intimamente, fazendo com que o desejo aumentasse ainda mais. Todo o seu corpo tremia de desejo, e ela mal podia respirar -- Isso, sim, mais Jess! -- Michelle pedia, implorava. Ela comprimia-se contra a mão de Jessica, gem*ndo e pulsando. De repente, ela foi sacudida por um espasmo violento e gritou de prazer.
Jessica puxou-a pelos braços agarrando-se uma à outra como náufragos em meio à tempestade, as duas atingiram o clímax, as bocas coladas impedindo-as de gritar no auge da paixão carnal. Exaustas, deixam-se ficar abraçadas, saboreando a paz do momento.
Quando, enfim, Jessica conseguiu raciocinar com clareza, seus primeiros pensamentos não giraram em torno de Marcela, Augusta e seu falso testemunho.
Michelle acabara de amá-la de uma maneira tão maravilhosa, de uma forma tão suave e ao mesmo tempo tão sexy. Lembrar-se de que elas eram apenas meninas quando fizeram amor pela primeira vez fez Jessica esboçar um sorriso.
-- O que foi? -- ela perguntou preguiçosamente, com os dedos se enroscando nos cabelos loiros da perfumista.
-- Só estou feliz -- respondeu baixinho.
-- Eu também -- Michelle se aproximou, tomando os lábios de Jessica em um longo beijo, separando-os com a própria língua e explorando o calor da boca sensual.
Vacina salva vidas -- Não se iluda com fake News, confie na ciência e proteja sua vida e a de quem você ama.
O SUS É NOSSO
Se você afirma que não utiliza o SUS você está enganado
O SUS regula nosso sistema de água potável e esgoto por causa das verminoses, regula a qualidade da carne que você come, a higiene do restaurante que você frequenta e os medicamentos que você usa (a Anvisa faz parte do SUS). Nosso sistema de saúde está sempre atento à "chegada" ou avanço de novas doenças, evitando que elas se alastrem; exige sistemas de proteção e legislações que reduzam acidentes, epidemias e riscos à saúde e cria campanhas de massa para educação e prevenção de doenças e agravos. E tem muito mais. Veja em:
Fim do capítulo
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Mille
Em: 04/06/2021
Oi querida Vandinha
Enfim as duas poderiam ter o momento de entrega e reencontro dos corpos, só espero que não seja uma despedida.
Esse tio que Jessica arrumou será que ajuda, olha eu acho que mesmo a Jessica tendo pegue na arma, logo irá comprovar a hora da morte da Marcela ela estava com várias testemunhas e ainda tem a ligação.
Vacina para tomos é que mais queremos. Minha mãezinha já tomou, o meu e meus irmãos vai demorar um porcao.
Bjus e até o próximo
Resposta do autor:
Olá Mille.
Sim, a Jessica vai conseguir provar a inocencia, mas ela quer bem mais que isso. Ela quer pegar o assassino. Será que ela consegue? Torcemos.
Feliz pela sua mãezinha, minha querida. Vacina salva vidas. Que os seus irmãos se cuidem, essas pessoinhas são muito importantes para nós.
Beijão. Até.
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HelOliveira
Em: 04/06/2021
Vacina para todos....
Só pra ajudar a piorar a situação a Jéssica pegou na arma...o cara devia ter matado a augusta tb né.. rs
Finalmente esse momento dela...
Bjos e boa semana
Resposta do autor:
Olá HelOliveira.
Olha Hel, daqui a uns dois capítulos voltaremos ao assunto Augusta. Certo.
Beijos.
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Lea
Em: 03/06/2021
VACINA SALVA!
NÃO TINHA COMO FAZER O EXAME NA JÉSSICA PARA VER SE HAVIA VESTÍGIO DE PÓLVORA NAS MAOS?
E FINALMENTE ELAS CONSEGUIRAM UM MOMENTO SOLO!!
Resposta do autor:
Olá Lea.
Em um dos próximos capítulos falaremos sobre isso, porém, adianto que:
O exame residuográfico deve ser realizado em até seis horas após o fato em pessoas vivas, segundo o procedimento operacional padrão da perícia criminal.
Infelizmente no caso da Jessica, não foi feito.
Obrigada pela indagação.
Beijos.
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Marta Andrade dos Santos
Em: 03/06/2021
Augusta é um entrave.
Resposta do autor:
Olá Marta.
Ela está sendo absurdamente maldosa.
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