• Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Cadastro
  • Publicar história
Logo
Login
Cadastrar
  • Home
  • Histórias
    • Recentes
    • Finalizadas
    • Top Listas - Rankings
    • Desafios
    • Degustações
  • Comunidade
    • Autores
    • Membros
  • Promoções
  • Sobre o Lettera
    • Regras do site
    • Ajuda
    • Quem Somos
    • Revista Léssica
    • Wallpapers
    • Notícias
  • Como doar
  • Loja
  • Livros
  • Finalizadas
  • Contato
  • Home
  • Histórias
  • Nossa Vida Juntas
  • Vigésimo sétimo

Info

Membros ativos: 9525
Membros inativos: 1634
Histórias: 1969
Capítulos: 20,495
Palavras: 51,977,381
Autores: 780
Comentários: 106,291
Comentaristas: 2559
Membro recente: Azra

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Notícias

  • 10 anos de Lettera
    Em 15/09/2025
  • Livro 2121 já à venda
    Em 30/07/2025

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Recentes

  • Entrelinhas da Diferença
    Entrelinhas da Diferença
    Por MalluBlues
  • A CUIDADORA
    A CUIDADORA
    Por Solitudine

Redes Sociais

  • Página do Lettera

  • Grupo do Lettera

  • Site Schwinden

Finalizadas

  • Meine Erste Gebrochene Regeln
    Meine Erste Gebrochene Regeln
    Por Anonimo 403998
  • Rotina de Um Amor Impossivel
    Rotina de Um Amor Impossivel
    Por Nay Rosario

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Nossa Vida Juntas por Alex Mills

Ver comentários: 1

Ver lista de capítulos

Palavras: 5303
Acessos: 1496   |  Postado em: 03/06/2021

Vigésimo sétimo

Lana acordou de manhã ainda que contra a sua vontade ao receber os beijos de Laura no seu maxilar e no seu pescoço, suas mãos envolvendo sua cintura e subindo sua barriga, acariciando, fazendo-a sorrir. Estendeu o braço atrás da cabeça e envolveu seus cabelos, acariciando enquanto pousava a outra mão sobre a sua.

—Bom dia, mamãe. — Ela falou no seu ouvido. — Dormiu bem?

—Eu podia dormir mais. Está cedo demais e eu acabei de encontrar um travesseiro de corpo bem melhor.

—Eu preparei seu café da manhã do jeito que gosta.

—Tem café?

—Café não faz bem para o bebê. Anda, eu faço o que quiser. — Ela continuou acariciando sua barriga, ouvindo os sons de protestos dela. — Massagem nos pés?

—Não.

—Massagem nas costas?

—Não.

—Outro tipo de massagem? — Ela desceu uma das mãos e penetrou sua calcinha.

—Você sabe que estou seca e sem me depilar. Estou horrível.

—Você está incrível. Deixe-me mostrar a você.

—Nós duas sabemos que isso não é verdade. — Ela suspirou e afastou sua mão, esfregando os olhos antes de se sentar na cama, mirando a visão do parque em pleno fim de setembro, quando o outono já começava a soprar as folhas das árvores. — Meu corpo dói, já faz dois meses que não consigo me depilar sozinha e eu não consigo ter sex* nessas condições.

—Você quer fazer isso sozinha, eu entendo. Você sempre gostou de ser autônoma, mas amor, quando aceitamos fazer esse filho, eu disse que te ajudaria em tudo que precisasse. Você não precisa ter vergonha de precisar de ajuda. É nosso filho. — Ela pousou uma mão sobre sua barriga e acariciou. — Eu não pude gerá-lo, e está tudo bem. Eu te amo por aceitar fazer isso. Mas entenda que é normal não conseguir fazer as coisas como antes.

—Você preparou todo esse discurso para trans*rmos, querida? — Lana sorriu, inclinando-se para beijar seus lábios.

—Deu certo?

—Sim. Vou te dar acesso se pegar o strap.

—Finalmente!

Ela andou apressada pelo quarto prendendo os longos cabelos depois de tirar as roupas, encaixando o strap no corpo e passando o lubrificante. Lana deitou, deixando que ela tirasse sua calcinha, relaxando quando sentiu a penetração. Laura se posicionou melhor sobre ela, acariciando suas coxas antes de começar a se mover, indo devagar e aproveitando o momento, assistindo os sinais do corpo dela indicarem como deveria continuar e aumentando o ritmo até a ouvir gem*r, maravilhando-se quando a viu goz*r.

—É tão bom goz*r de novo. — Lana falou de olhos fechados, ouvindo o riso em resposta. — Vem aqui, deixa eu te mostrar.

—Estou bem aqui. — Ela moveu o quadril para gesticular.

—Tire isso e deite aqui. Deixa-me te provar. — Lana a olhou, erguendo as sobrancelhas quando ela não se moveu. — Qual é, você não virou um robô que cuida de mim. Não diga que perdeu seu fogo por goz*r.

—Tudo bem. Você sabe que me preocupo contigo. Não quero que se machuque no processo.

—Se não estiver com as pernas abertas bem aqui eu juro que você vai dormir no chão hoje.

—Ouch. No chão não.

—Oito segundos.

Laura se apressou em tirar o strap, movendo-se na cama e se posicionando com as pernas ao lado da cabeça dela, apoiando-se na cabeceira da cama. Lana sorriu, beijando sobre seus pelos antes de começar a estimulá-la, levando mais tempo que o habitual para a deixar no modo e a sentir excitada, contente quando ela se deixou levar e moveu o quadril, aproveitando o momento até se deixar goz*r.

—Esse é o substituto do café que você tem que me dar toda manhã. — Lana pontuou, lambendo os lábios para saborear sua secreção. — Gostosa, como sempre.

—Se te deixar nesse bom modo de novo, definitivamente. — Laura sentou do seu lado, sorrindo de lado.

—Eu sei que estou mais chata que o habitual.

—Você está mais seca que o habitual. Deveríamos sair hoje. O tempo está bom lá fora. Andar nos faria bem.

—Melhor do que ficar trancada em casa eu acho.

—Vamos dar uma volta então depois que você comer.

—Eu vou ligar para Iori. Talvez ela esteja acordada ainda.

—Ok. Eu trago uma bandeja para você aqui.

—Qual é... Fala com ela. Já são cinco meses e eu odeio ver vocês brigadas.

—Então devia ter tentado fazer ela ficar, e não a mandado para o outro lado do mundo. — Ela se levantou e se vestiu, suspirando para o olhar magoado de Lana. — Ela escolheu o trabalho do que ficar conosco. Eu não a perdoo por isso.

—Você sabe que era o melhor a se fazer. Assim a família dela a deixa herdar o escritório e ela não vai fazer essas viagens mais. Você acha que ela gosta das coisas assim? Qual é Laura. Ela fez isso pensando no bebê. Ela quer isso tanto quanto nós.

—Não precisamos de tanto dinheiro, Lana.

—Você está engana. Uma criança tem custos demais, e você saberia disso se tivesse olhado nossa tabela de previsão de custos com o futuro dessa criança.

—Não é assim que quero o futuro dele. Não quero decidir o que ele pode fazer ou não com base naquela tabela fria.

—É uma previsão, ele vai poder fazer o que quiser.

—Não muda nada. Nós três trabalhamos, Lana. Conseguiríamos lidar com os custos.

—Não me culpe por querer estar preparada para o pior, Laura. Iori pensa do mesmo jeito, por que não pode apoiar nossa mulher a realizar os sonhos?

—Sua mulher. Eu disse que ela entrasse naquele avião ela tinha acabado para mim.

—Não diga isso. — Ela se levantou e segurou sua camisa com força, olhando-a com maior seriedade. — Nunca mais diga isso. Ela está sofrendo lá. Ela está sozinha e precisando do nosso apoio, e não da sua mágoa. Ela nos ama, e eu sei que você não deixou de amá-la. Pare de ser infantil e aceite os fatos, Laura. Você concordou em dar uma vida confortável a ele. Você sabe como é não ter grande coisa na vida. Eu sei como é ter uma criança com um mínimo de coisas e amparo.

—Eu a queria aqui, Lana... Eu não sei se... — Ela suspirou, mas acabou balançando a cabeça. — Não se preocupe. Ela também será mãe do nosso filho. Nada mudou sobre isso. — Ela afastou suas mãos e beijou sua testa. — Eu vou buscar seu café.

Lana suspirou, sentindo-se derrotada. Fazia cinco meses que Iori tinha viajado para o Japão após vencer um concurso com o melhor projeto ecológico de um condomínio moderno. Além do prêmio em dinheiro, ela foi convidada a fazer outro projeto e isso a daria maior prestígio e reconhecimento. Mas Laura nunca aceitou a viagem, e desde então não falou mais com Iori.

Lana já tinha 8 meses de gravidez. Laura não pode engravidar devido a problemas no seu sistema reprodutor, herdando uma doença de família que a deixou a beira do colapso por alguns meses até Lana assumir a responsabilidade e decidir engravidar. Mas com a ausência de Iori, os ânimos de todas estavam rebaixados e todas compartilhavam do mesmo estresse.

Lana se vestiu e ligou para Iori por vídeo no computador, sorrindo quando a viu, ainda que a visse cansada, ela sorriu de volta, alongando-se na cadeira.

—Boa noite, preguiça. — Lana falou, fazendo-a rir.

—Bom dia, amores. — Ela olhou entre Lana e sua barriga. — Dormiram bem?

—É desconfortável dormir com essa barriga, e Laura continua me acordando cedo. Podia ser pior, mas são só mais 4 semanas.

—O tempo passou rápido. Não vejo a hora de pegar o avião e te abraçar. Ver nosso filho nascer.

—A inauguração é no próximo final de semana, não é?

—Sim. E eu pego o avião no mesmo dia. Já comprei a passagem.

—Finalmente. Sinto tanto a sua falta.

—Eu também. — Ela suspirou e baixou o olhar. — Laura não mudou de ideia?

—Quando você voltar tenho certeza que acaba ficando tudo bem.

—Lana...

—Eu sei disso. Ela sente sua falta. Ela está sendo cabeça dura, mas resolveremos isso quando você voltar.

—Ela não fala mais comigo, Lana. Vamos ser realistas. — Ela respirou fundo, voltando a olhar seu rosto na câmera. — Estive pensando sobre isso.

—Sasaki...

—Me escuta, amor. São cinco meses. Ela sequer me manda uma mensagem. Ela nunca esteve com você durante as chamadas. Se fosse contigo você chegaria a mesma conclusão que eu. E com a proximidade do meu retorno temos que lidar que Laura e eu não estamos mais juntas.

—Não diga isso. — Lana franziu o cenho com amargura.

—Eu não dizer não muda as coisas. Laura nunca vai me perdoar. Eu voltarei para casa, mas ficarei no quarto de Daphne até achar um lugar. É melhor vocês ficarem com a casa, o quarto já está pronto e tem o espaço de Daph e Kael.

—Nem mesmo brinque com isso, Sasaki. Eu não vou te deixar ir a lugar nenhum. Nós planejamos esse filho, arrumamos a casa. Esse lugar não existe sem você aqui.

—Vocês estiveram bem sem que eu estivesse aí, não estiveram?

—Porque você vai voltar, porque esteve aqui comigo de todas as formas que podia. Qual é amor, não desiste. Vamos resolver isso juntas, estou te pedindo.

Iori respirou fundo, sem falar nada enquanto pensava. Laura entrou no quarto carregando uma bandeja, colocando ao lado de Lana e pegando o computador, ainda que diante de seus protestos, ela sentou na beira da cama e ajeitou a tela do computador para olhar Iori, que continuou em silêncio somente a olhar para ela.

—Não estou te ouvindo comer, Lana. — Ela a olhou sobre o ombro.

—Eu não vou comer se você começar a brigar com ela.

—Não vou brigar com ninguém. Você tem que comer.

—Eu posso desligar e nós falamos depois, Lana. Não é bom ficar tanto tempo sem comer. — Iori falou após suspirar.

—Se você desligar ela não vai comer tudo e ainda vai brigar comigo. — Laura se voltou a ela e suspirou, estreitando os olhos. — Você parece horrível. O que fizeram com você aí?

—Olá para você também, Laura. Você não está melhor que eu.

—Talvez. Quando você volta?

—No próximo final de semana.

—Tudo bem. Quando você voltar nós conversamos. Não desconte em Lana até lá e não tente terminar com ela de novo. Ainda mais por computador. O problema é entre nós duas, e nós resolveremos.

—Então você ainda quer resolver?

—Sim. Mas quando você voltar. Eu odeio fazer essas coisas pela tela.

—Foram cinco meses, Laura. Você realmente esperou todo esse tempo para me dizer que ainda quer falar comigo? Faz mais de dez anos que nos conhecemos, é isso o que mereço de satisfação de você?

—Eu te falei para não viajar.

—E isso é desculpa para agir como uma criança e me ignorar após todos esses anos?

—O que ia mudar eu falar com você? Você continuaria no trabalho e eu continuaria aqui, lidando com a gravidez e tudo em torno disso enquanto você fugiu dessa responsabilidade.

—Eu estive com Lana todos os dias. Eu não perdi um momento dessa gravidez. — Iori falou com impaciência, sentindo a necessidade de se defender.

—Você realmente acha que é a mesma coisa? Você nunca sentiu o bebê chutar. Nunca foi a uma das aulas de casais para saber sobre o parto, as fraldas, e nem sabe como ajudar nas massagens ou nas posições para ajudar Lana.

—Laura, pare com isso. — Lana afastou a bandeja, incomodada com o rumo da discussão. — Pare de ser cruel com ela. Você não tem esse direito.

—Eu não tenho o direito? — Laura a olhou sobre o ombro. — Mas ela tem o direito de deixar você em casa com nosso filho na barriga?

—Por que você está tão incomodada com a gravidez de Lana? — Iori questionou pelo computador, irritada. — Ela é a única aqui que poderia estar com raiva de mim, mas ela sempre entendeu meus motivos e nunca me acusou de nada. Qual o seu problema de verdade, Laura?

—Meu problema? Você ter viajado a trabalho durante a gravidez de nosso filho não é o suficiente para você?

—Parem vocês duas! — Lana se levantou e contornou a cama com maior lentidão. — Eu pedi para não brigarem, ou será que é tão difícil para vocês isso agora?

—Desculpa amor, mas eu não vou ficar calada quando ela não vai admitir que está errada, ou que me dê um bom motivo para estar agindo desse jeito. — Iori falou mais alto, sem a ver pela tela.

—Você escolheu o trabalho do que ver nosso filho, Iori! — Laura reagiu com maior agressividade. — Você me deixou sozinha para lidar com tudo isso mesmo eu te pedindo para ficar. Você ignorou tudo isso! Onde você estava quando precisei de ajuda para decorar o quarto ou quando não sabia lidar com o humor de Lana? Você está do outro lado do oceano, mas que saco! Não me venha com essa merd* de que não perdeu um momento da gravidez, porque você não viu nada. Você só escolheu o lado fácil. Eu fiquei com a parte difícil.

—E a parte difícil foi me aturar? — Lana perguntou, parando a sua frente com ar magoado.

—Querida, não foi o que quis dizer. — Laura ergueu os olhos para ela, buscando ter paciência. — Estou dizendo que lidar com a gravidez é difícil.

—Sou eu quem estou grávida, Laura.

—Eu sei, você não precisa me lembrar.

—Deus... Você não superou isso ainda, não é? Você não se conformou que não pode engravidar e que eu engravidei.

—Não diga isso.

—Mas é a verdade. Deus... Eu achei que estivesse tudo bem. Mas todos seus cuidados exagerados não eram por querer, não é?

—Claro que eu queria Lana. Eu amo a ideia de termos um filho. — Ela deixou o computador na cama e se aproximou dela, tocando sua barriga. — É nosso filho aqui.

—Mas não dentro de você. — Iori pontuou do computador, vendo-as parcialmente. — Você queria esse bebê dentro da sua barriga, e não na de Lana, não é?

—Cale a boca, Iori.

—Mas é a verdade, não é? — Lana estreitou os olhos para ela, buscando alguma negação em seus olhos. — Deus... Todo esse tempo e você nunca aceitou. Por que não me disse nada? Podíamos ter adiado isso. Podíamos ter adotado.

—E o que isso mudaria? Eu continuaria sendo infértil. Eu sempre quis um filho Lana. Sempre o imaginei na minha barriga.

—Mas está na minha e você não consegue lidar com isso. Por isso está irritada com Sasaki. Você queria que ela cuidasse de você.

—Não é bem assim.

—Você não deveria ter ficado aqui ou deixado isso acontecer desde o começo, Laura. — Ela afastou suas mãos. — Você enlouqueceu? Por isso você tem andado tão estressada. Todos os cuidados da gravidez... e você queria estar no meu lugar.

—Isso não muda nada. Eu continuo querendo ter essa criança.

—Por isso você sequer tem me olhado da mesma forma quando a barriga cresceu. E você culpa Sasaki? Deus, Laura. Como vai ser depois do parto? Você ainda vai continuar achando que é nosso filho?

—É nosso filho. — Falou mais seriamente. — Sim, eu invejo você por ter conseguido engravidar tão fácil, invejo cada momento que está passando com nosso filho dentro de você. Mas nada disso vai importar depois que ele nascer. Nós seremos as mães.

—Mas é Lana quem vai amamentar. — Iori relembrou, dessa vez Laura a encarou com maior rancor. — Como isso vai ser, Laura? Lana não é nossa barriga de aluguel. Ela é nossa mulher e você só a tem tratado como a grávida.

—Você não faz ideia do que está falando!

—Não? Quando foi a última vez que a levou para sair ou que transou com ela?

—Você esteve reclamando de mim para ela ao invés de falar comigo? — Laura olhou Lana com acusação queimando nos olhos.

—Ela não reclamou de você, Laura. Mas é só óbvio. Nós conversamos e em nenhum momento ela fala sobre vocês tendo algum momento sozinhas.

—É tudo sobre o bebê, Laura. — Lana suspirou, cansada. — Eu agradeço seus cuidados com isso, mas eu não sou só a mãe de nosso filho que o está carregando na barriga.

—Eu fiz isso pensando no melhor, Lana. — Laura franziu o cenho. — Deus, eu me matei de fazer tudo para te amparar nessa gravidez.

—Eu agradeço seu empenho, querida, mas você deveria ter cuidado de você primeiro. Qual o custo dos cuidados com essa gravidez em nossa relação? Ou não teremos uma relação depois que ele nascer?

—Claro que teremos.

—Não parece. Olhe... me deixe sozinha.

—O que? Você está terminando comigo por cuidar do nosso filho?

—Não estou terminando com você. Mas é melhor darmos um tempo. Um espaço. Falta pouco tempo para o parto e eu não quero esse clima quando ele nascer.

—Você quer que eu saia da casa? — Seu cenho franziu em confusão.

—Não. É nossa casa. Eu só quero um espaço para respirar. Pelo menos até Iori chegar. Então sentamos e vemos o que fazemos, porque não dá para ficar do jeito que estamos. Se escondemos esse tipo de coisa por meses uma da outra, é porque algo não está dando certo. E eu prefiro consertar isso primeiro antes de qualquer coisa.

—Eu vou te deixar sozinha. — Ela recuou um passo, baixando o olhar. — Mas não se esqueça de que estou aqui, Lana, eu amo você.

—Eu sei, babe. — Ela se aproximou e tocou seu rosto, acariciando sua bochecha e selando seus lábios. — Só é muita coisa para absorver agora. Você tem que começar a se cuidar e ser mais honesta sobre seus sentimentos conosco. Eu sequer sei como faremos agora.

—Sobre o que? Sobre nós? O bebê?

—Sobre tudo. Você não está lidando bem com a gravidez e descontou isso em Iori. E eu devia ter notado antes e não ter mantido nosso foco no bebê. Desculpa. Eu não tornei as coisas fáceis para você.

Laura balançou a cabeça e a beijou, um beijo mais calmo e rápido, somente para afastar suas preocupações. Afastou-se e pegou os tênis no closet, caminhando em direção a porta.

—Eu vou dar uma volta. Me ligue se precisar de qualquer coisa.

—Tudo bem. Até mais tarde.

Ela se afastou da porta quando Laura saiu, respirando fundo. Voltou a sentar na cama, deitando nos travesseiros e fechando os olhos enquanto fazia carícias na barriga desnuda, buscando se acalmar. Sentiu-se triste e cansada, sem conseguir encontrar uma saída para a sua relação com ambas após o nascimento da criança.

—Eu não devia ter concordado com a viagem. — Falou ainda de olhos fechados. — Se você estivesse aqui você saberia desde do começo. Por isso ela te evitou.

—Eu conheço e convivo com Laura há mais de dez anos. Não é sua culpa não ter imaginado isso. Vamos fazer dois anos juntas, amor. Laura sempre teve esse péssimo costume de esconder as coisas. — Iori relaxou na cadeira, a exaustão pairando com maior intensidade em sua cabeça. — Amor, vire o computador. Eu não vejo nada.

—Desculpa. — Ela pegou o computador e o virou para si, voltando sua atenção ao teto.

—Amor, não é sua culpa. Ao menos ela admitiu. Podemos lidar com isso de agora em diante.

—Eu não sei Sasaki. Talvez a gente tenha ido rápido demais e eu tenha me deixado levar por nossa dinâmica.

—Claro que não. Nós planejamos tudo. Não fomos impulsivas sobre a gravidez, nos preparamos para os imprevistos, guardamos dinheiro e estamos investindo nisso juntas. Laura ter demorado para assumir que estava frustrada com a situação e minha viagem não estavam nos planos, mas nós vamos superar isso.

—Você estava prestes a terminar comigo, Iori. — Ela a encarou na tela do computador. — Você não pensou em lidar com essas coisas, você planejou terminar tudo. Comigo e com Laura. Iria deixar a casa, Iori.

—E eu estava errada, não é? Desculpa. Eu realmente sinto muito.

—Eu entendo que esteja magoada com Laura. Mas terminar comigo? Por que? Eu te fiz alguma coisa? Ou você encontrou outra pessoa aí? Ou você só não se sente da mesma forma?

—Eu amo você, Lana. Nada mudou em relação a isso. Eu te amo ainda mais por estar gerando nosso filho. Eu só não queria te fazer escolher entre ficar comigo ou Laura. Seria pedir demais.

—Eu quero vocês duas. Que sentido teria eu ficar com uma só? Você devia ter esperado ao menos chegar aqui para tomar uma decisão dessa. Terminar comigo pelo computador após tudo pelo que passamos? Isso é frio demais para você, Sasaki.

—Se eu esperasse para fazer algo assim pessoalmente, eu nunca faria. Nunca abriria mão de você, Lana. Nem por Laura.

—Sasaki...

—É a verdade. Eu amo você e você esteve comigo durante toda a viagem. Como eu abriria mão de você?

—Então se Laura quisesse terminar comigo...

—Eu ficaria contigo.

—Sasaki, você mesma disse que estão juntas há mais de dez anos. Entre idas e vindas. Por que ficaria comigo? Se for pelo bebê, não se preocupe, eu nunca impediria vocês de vê-lo ou de ficar com ele.

—O bebê não tem nada a ver com isso. Pode parecer absurdo para você, mas é como me sinto. É como tenho me sentido quando pensei sobre isso nos últimos dias. Mas algo na conversa de hoje me fez perceber que estou errada em querer me afastar de qualquer uma de vocês. Eu também quero que nosso filho venha no melhor clima possível entre nós. Então eu vou continuar tentando, se você ainda me quiser ao seu lado.

—Por um momento eu pensei em terminar com vocês duas. Vender a casa e me afastar. Eu ficaria devastada, mas eu teria nosso filho para me ocupar. — Ela se virou de lado e deixou o computador mais perto, tocando a tela como se pudesse tocar o rosto dela.  — Mas ouvindo você agora, me faz querer dar mais uma chance. A termos uma família para oferecer a essa criança, que ela seja amada por nós três.

—É um alívio. Eu não suportaria se você terminasse comigo. Eu seria uma Madson no seu sapato até você me aceitar de volta.

—É? Iria me sequestrar só para você?

—Definitivamente.

—Então venha logo para casa, amor. Odiaria que nosso filho nascesse antes e você não estivesse aqui para ver.

—Me dê só mais alguns dias. Eu fiz uma encomenda que está ficando pronta. Isso vai me custar uma mala a mais, mas vai valer a pena.

—Que encomenda é essa?

—Roupas para nosso filho quando ele for um pouco maior. Alguns brinquedos. E algo especial para você. Até pedi algo para Laura, aquela ingrata.

—É surpresa?

—Não exatamente, mas acho que você gostará mais quando ver.

—É uma roupa?

—Não, mas eu definitivamente te comprei algumas roupas.

—Espero que inclua o que está usando, porque eu vou te roubar tão logo chegar aqui.

—Oh, você gostou? — Ela se levantou para se mostrar por inteiro. — É um kimono.

—Fica tão bem em você, amor. Você devia continuar usando coisas assim aqui.

—Eu vou, é bem confortável. E eu nem preciso usar nada por baixo. — Ela abriu o kimono, mostrando sua nudez, fazendo Lana sorrir com maior animação. — Oh, finalmente um sorriso.

—Eu estarei sorrindo quando colocar as mãos em você outra vez, Sasaki.

—É? — Ela voltou a se sentar, deixando os seios à mostra. — E eu vou matar a saudade desse seu belo corpo. Não importa o quanto você resista.

—Você diz isso porque não viu como está meu corpo agora. As estrias, o peso a mais...

—Você continua sendo minha mulher. E eu vou tocar você não importa como esteja. Não deixei de desejar você na cama nem por um momento, Lana.

—Eu achava isso de Laura, mas mesmo que eu tenha conseguido algo dela hoje, não é a mesma coisa.

—Eu não sou Laura. Então me aguarde. Eu quero minha mulher, e nada mais.

—Eu já disse que amei sua nova tatuagem? — Ela olhou para a cerejeira no ombro dela. — É linda.

—Assim como você.

—Sua bobona. — Ela acabou sorrindo. — Eu te amo, Sasaki. Volte logo, eu sinto sua falta.

—É a gravidez que está te fazendo falar isso mais vezes? Porque eu posso me acostumar em ouvir.

—Oh? Quem sabe se voltar logo eu fale mais no seu ouvido?

—Eu definitivamente vou voltar logo, amor. Só mais alguns dias e eu não vou mais sair de perto de você.

—Ótimo. Eu não te deixarei ir a lugar algum mais. Estarei te esperando.

—Valerá a pena. Eu também te amo.

—Vá dormir um pouco. Nos falamos mais tarde.

—E você vá comer algo, eu sei que não comeu quase nada.

—Claro. Boa noite, querida.

—Um bom dia para você meu amor.

Com o passar dos dias, Lana aproveitou a quietude da casa para se arrumar melhor, marcando um dia para ir ao salão de beleza, recebendo todos os cuidados que já não conseguia sozinha. Passou mais tempo no seu estúdio que era dividido com Iori como escritório, improvisando alguns passos enquanto ouvia a música ecoar pelo local, sentindo-se mais leve e livre.

Alex sempre dava um jeito de a visitar durante a gravidez, assim como Chieko, que se mostrava ansiosa com a chegada do primeiro neto. Maria e Cláudia vinham de vez em quando devido a insistência de Laura de evitar o estresse de Lana com tanta visita.

Iori chegou dois dias antes do combinado, marcando com Laura de a buscar no aeroporto a fim de surpreender Lana. Elas se encontraram em meio a várias pessoas, trocando um abraço mais desconfortável antes de irem para o estacionamento, guardando todas as malas.

—Seu cabelo ficou bom assim. Está diferente. — Laura comentou, guardando a última mala e fechando o bagageiro, mirando Iori, que se colocou a sua frente. — Parece mais nova.

—É? Você gostou? — Ela se aproximou, envolvendo os dedos na sua nuca e apoiando o corpo no dela, que recostou na lataria. — Você pode olhar mais de perto. Não vou te morder. Ainda.

—Oh? — Laura sorriu em clima mais descontraído, movendo as mãos pelos cabelos dela, que tinha dois bicos longos na frente e um channel moderno atrás, com uma franja reta na testa. — Sim, eu gostei. E gostei das roupas também. Você está tão japonesa agora.

—Acho que os ares de casa me rejuvenesceram.

—E te deixou com sotaque outra vez. Quando nos conhecemos você ainda o tinha, eu achava tão fofo.

—E agora?

—É sexy.

Ela sorriu contente, inclinando-se e beijando seus lábios, sem receber recusa ao aprofundar o beijo. Laura abraçou sua cintura e moveu a língua na sua, permitindo-se sanar a saudade que sentia dela acima de tudo, sem se importar com mais nada além de aproveitar aquele momento. Iori sorriu ao se afastar, trocando um abraço mais carinhoso com ela.

—Isso significa que ainda temos uma chance. — Falou contra a pele do seu pescoço. — Sei que ainda está magoada comigo e eu contigo. Mas vamos lidar com isso, tudo bem?

—Sim, nós vamos. Como sempre lidamos. — Laura segurou seu rosto. — Nunca mais passe tanto tempo fora, Iori. Eu preciso de você perto.

—E eu preciso de você também. A viagem era importante, assim terei maior segurança de sempre ter clientes. Não vou mais fazer viagens longas assim. Não tem noção de quantas vezes quis pegar um avião de volta. Mas Lana sempre manteve meu foco. — Ela sorriu. — Sempre manteve minha cabeça firme para continuar porque iria me esperar.

—Eu queria ter podido fazer o mesmo. Mas eu não conseguia aceitar. Mas você está aqui agora.

—E eu vou cuidar de você, mas você precisa cuidar de si mesma em primeiro lugar, Laura.

—Eu sei disso.

—Mas não fez isso na prática. Eu não estou te culpando, querida, sei acima de qualquer um o quanto era importante gerar esse filho para você. Mas Lana precisa de nós. E nós precisamos estar inteiras. Unidas. Inquebráveis.

—Esse tempo em que ela se afastou de mim foi bom de uma maneira estranha. Eu me senti mais leve, sem a carga de estresse das obrigações que tinha.

—Então você ainda quer ficar perto dela nessa fase final ou prefere que eu tome conta dela?

—Eu não sei. Eu me sinto horrível por me sentir bem longe dela. Acho que vou acabar me perdendo dela.

—Ela ainda quer tentar. Ela quase terminou conosco naquele dia, mas decidiu nos dar uma chance. Você ainda quer tentar, Laura? Ficar com ela, comigo. — Ela apertou sua bochecha. — Porque eu definitivamente quero, e se você não quiser mais estar com ela, eu quero.

—Então se eu disser que não, eu perco você também?

—Eu diria que você sai perdendo.

—E se eu disser que não quero tentar com você e continuar com ela?

—Eu diria que vamos disputar a mesma mulher, querida. E você começa em desvantagem, porque fui eu quem a peguei primeiro, se você não se lembra, e eu definitivamente não vou tirar minhas mãos dela para você colocar as suas.

—Você é uma bela de uma vadia, não é? — Laura sorriu, apertando os dedos na sua cintura.

—E você uma grande cretina que deixou minha mulher seca.

—Você sabe que foi nessa conversa vulgar que afastou Lana da primeira vez.

—Mas ela voltou para mim. Sempre volta. E sabe por que? — Ela ficou mais séria e estreitou os olhos, segurando seu queixo. — Porque eu sou sincera com ela em todos os momentos. Você continua escondendo as coisas dela e se mantendo distante. Ao invés de resolver as coisas com ela ou comigo, você se esconde. Não foi assim que ela se divorciou de Madson?

—É muito fácil apontar minhas falhas. Não esqueça que foi você quem quase terminou com ela e a deixou em minhas mãos se eu não tivesse impedido. Você quase a perdeu. Então não coloque toda a culpa nos meus ombros. — Ela afastou sua mão, mantendo a calma enquanto falava devagar.

—O que estou querendo dizer é que ela nos deu uma chance porque ela não ficará com nenhuma de nós. Então é melhor estarmos bem e lidarmos com isso. Eu não quero perder Lana e negar a chance de uma família unida ao nosso filho. Então se você ainda quer isso, é melhor falar agora ou desistir de uma vez.

—Eu odeio você.

—Você odeia que eu esteja certa. Não é por isso que me queria aqui? Para te iludir com otimismo você se contentaria com seus irmãos.

—Talvez. — Ela inverteu suas posições e pressionou o corpo de Iori contra o carro, segurando seu pescoço entre os dedos. — Você não vai tirar minha mulher e meu filho de mim. Eu posso cometer todos os erros, mas não vou abandonar minha família.

—Vê? Você ama quando sou uma vadia. Continua com esse pensamento em casa, iria adorar que me fodesse enquanto me chama de vadia.

—Deus, o que passou pela minha cabeça quando quis me casar com você?

—Eu não sei. Mas tenho plena certeza que se eu pedir Lana em casamento ela aceita sem pensar uma segunda vez. Então essa vadia aqui ainda tem valor.

—Não ouse fazer isso.

—Eu te chamo para a festa, não se preocupe.

Iori riu, afastando-a sem dificuldades, entrando no carro do lado do carona, apertando a buzina para a apressar. Laura suspirou, mas acabou cedendo, assumindo a direção e a levando para casa.

Fim do capítulo

Notas finais:

É, o tempo passou, a barriga cresceu, e os problemas escalaram :0

Que tal essa passagem de tempo? :D

Contem-me tudo, não desapareçam dos comentários!

 

E ah! Amanhã estreia "A feiticeira e a loba", mais uma história de fantasia que eu gosto muito :) fiquem atentas, a qualquer momento aquelas duas aparecem por aqui ;)

 

Até lá! Espero ver vocês por aqui ;D


Comentar este capítulo:
[Faça o login para poder comentar]
  • Capítulo anterior
  • Próximo capítulo

Comentários para 29 - Vigésimo sétimo:
lidi
lidi

Em: 03/06/2021

Acho a relação delas uma PALHAÇADA! Nenhuma das duas tem maturidade para viver essa relação. O casal oficial parece que estão em uma disputa pela Lana, e agora para completar, vão ter uma criança no meio dessa zorra.


Resposta do autor:

Olá!

 

Bah, agradeço por ter vindo deixar sua opinião :D

 

Como você chegou até aqui na história, você percebeu que elas cometem erros o tempo todo como qualquer pessoa, não é? Eu, pessoalmente, acredito que para atingirmos a maturidade erramos primeiro, ou observamos nossos comportamentos para buscar mudar e nos aperfeiçoarmos como pessoas :) numa relação comum, de duas pessoas, nós já temos que abrir mão de coisas para equilibrarmos tudo, não é? Numa relação a três a dificuldade é ainda maior. Cada uma das personagens ainda tem que lidar com os próprios problemas e os de suas companheiras em prol de fazer aquilo funcionar. Eu não sei como que você enxerga a maturidade, mas nessa história em específico, acredito que elas atingem a maturidade sempre que tentam manter as coisas equilibradas, mas para isso existe os conflitos.

Então eu não sei que tipo de palhaçada você está se referindo :)

E não tem bem um casal oficial. É fato que a Iori e a Laura namoravam primeiro até conhecer a Lana, mas agora as três estão num relacionamento, então o relacionamento é a três, ou trisal, mesmo.

As vezes parece uma disputa, não é mesmo? Mas acredito que não seja pela Lana em si, em sim pela relação por um todo, afinal, as três ali se amam.

E desculpa, mas eu pediria cuidado com as palavras, elas tem algum peso no universo, não acha? Zorra tem tanto conotativo negativo, e "nossa vida juntas" eu busco pregar o amor e a união, não há nada ali que busque ofender a ninguém :) se algo ali esteja te ofendendo, eu deixo meu email livre a todas que quiserem fazer perguntas e deixar suas impressões das minhas histórias. Estamos num mês tão importante para a nossa bandeira, vamos celebrar a paz e harmonia ;)

Até o próximo!

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Informar violação das regras

Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:

Logo

Lettera é um projeto de Cristiane Schwinden

E-mail: contato@projetolettera.com.br

Todas as histórias deste site e os comentários dos leitores sao de inteira responsabilidade de seus autores.

Sua conta

  • Login
  • Esqueci a senha
  • Cadastre-se
  • Logout

Navegue

  • Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Ranking
  • Autores
  • Membros
  • Promoções
  • Regras
  • Ajuda
  • Quem Somos
  • Como doar
  • Loja / Livros
  • Notícias
  • Fale Conosco
© Desenvolvido por Cristiane Schwinden - Porttal Web