• Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Cadastro
  • Publicar história
Logo
Login
Cadastrar
  • Home
  • Histórias
    • Recentes
    • Finalizadas
    • Top Listas - Rankings
    • Desafios
    • Degustações
  • Comunidade
    • Autores
    • Membros
  • Promoções
  • Sobre o Lettera
    • Regras do site
    • Ajuda
    • Quem Somos
    • Revista Léssica
    • Wallpapers
    • Notícias
  • Como doar
  • Loja
  • Livros
  • Finalizadas
  • Contato
  • Home
  • Histórias
  • Nossa Vida Juntas
  • Vigésimo sexto

Info

Membros ativos: 9525
Membros inativos: 1634
Histórias: 1969
Capítulos: 20,495
Palavras: 51,977,381
Autores: 780
Comentários: 106,291
Comentaristas: 2559
Membro recente: Azra

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Notícias

  • 10 anos de Lettera
    Em 15/09/2025
  • Livro 2121 já à venda
    Em 30/07/2025

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Recentes

  • Entrelinhas da Diferença
    Entrelinhas da Diferença
    Por MalluBlues
  • A CUIDADORA
    A CUIDADORA
    Por Solitudine

Redes Sociais

  • Página do Lettera

  • Grupo do Lettera

  • Site Schwinden

Finalizadas

  • As rosas e os seus espinhos
    As rosas e os seus espinhos
    Por lelepontotxt
  • COMO SEMPRE FOI
    COMO SEMPRE FOI
    Por Esantos

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Nossa Vida Juntas por Alex Mills

Ver comentários: 0

Ver lista de capítulos

Palavras: 8046
Acessos: 1660   |  Postado em: 30/05/2021

Vigésimo sexto

Nos próximos dias a rotina se tornou mais leve, até o aniversário de Lana chegar, e ela receber uma pequena comemoração na academia. Teve bolo e música, Laura e Iori participaram, envolvidas com os demais professores da academia para se sentirem à vontade em estarem lá.

—Tia Lana, eu tenho um presente para você. — Kael abraçou suas pernas enquanto ela pegava um dos salgados na mesa, fazendo-a baixar a cabeça para o olhar.

—É? E onde está?

—Eu fiz algo para você. Tia Madson me ajudou. Vem, eu te mostro.

Ele segurou sua mão e a puxou, correndo pelo salão de entrada e a levando para uma das salas, onde Madson aguardava no centro, sentada numa cadeira colocada logo ali.

—O que é isso? — Perguntou a ela enquanto o garoto corria e pulava no colo dela.

—Ele queria te dar algo que ninguém deu ainda. — Ela explicou. — Então sente aqui e assiste.

—Vem tia Lana!

—Okay. — Ela se aproximou, Madson se levantou e sorriu para ela enquanto Kael começava a se alongar sozinho logo ao lado. — Você sabe que já dançou para mim. — Falou mais baixo.

—Em particular. — Madson pressionou as mãos nos seus ombros e a fez sentar. — E ele queria mostrar que está se esforçando. Ele é realmente bom nisso.

—Sim, eu sei.

—Relaxa. Eu só vou acompanhar ele. — Ela acariciou sua bochecha. — Feliz aniversário, babe.

Lana sentou mais relaxada, Madson ligou a música quando eles se posicionaram no centro da sala, então ambos começaram a dançar juntos, seus movimentos sincronizados e alinhados com traços modernos mesclados com dança clássica. Era simples, mas Lana se inclinou na cadeira, sentindo os olhos lacrimejarem com a emoção que sentiu diante da homenagem do garoto. Aplaudiu ao fim, assoviando e abraçando-o enquanto o enchia de beijos, fazendo-o rir com timidez.

—Você gostou? — Ele perguntou em expectativa.

—Se eu gostei? Foi o melhor presente que eu poderia ter ganhado, Kael. Você não tem noção do quanto me deixou feliz.

—Amo você, tia Lana. Feliz aniversário! — Ele abraçou seu pescoço e beijou sua bochecha.

—Eu também amo você Kael. Muito. — Ela retribuiu ao abraço, soltando-o e o assistindo correr para fora da sala antes de se virar para Madson. — Deus, eu quero um filho exatamente como ele.

—Podemos providenciar. — Madson sorriu de maneira sugestiva, aproximando-se um passo dela, mas ela se afastou da mesma forma. — Você planeja ter filhos agora? Com elas?

—Sim, por que não?

—Deus... Estivemos juntas por anos e você nunca quis. Em menos de um ano já está pensando em ter filhos com elas?

—Sim, estou. Elas têm sido maravilhosas e maleáveis. E eu me vejo tendo uma família com elas.

—Mas nunca comigo? Depois de tudo pelo que passamos e você nunca falou em ter filhos comigo Lana.

—Você quer mesmo discutir comigo isso agora? Qual é Mad. Estávamos bem.

—Bem? Quando? Porque do jeito que você fala é como se eu nunca tivesse feito o suficiente por você ou por nós.

—Talvez eu só nunca tivesse enxergado uma família com você porque nunca tínhamos tempo Madson. Nunca. Era só trabalho. E em meu tempo livre eu estava com Daphne enquanto você continuava trabalhando.

—Por que você nunca disse nada? Deus, Lana. Eu sempre quis ter filhos com você.

—Você nunca falou também. Achei que estivesse tudo bem sermos só nós duas.

—Mas nunca foi o suficiente para você pelo visto. Me ter nunca bastaria para você.

—Talvez não, Madson. Você foi minha primeira namorada de verdade. Minha primeira esposa e a pessoa que sempre vou amar. Mas não é o suficiente para mim. Eu preciso de mais que segurança e mais que amor. Preciso de desafios para me manter em movimento.

—E por isso você se jogou de maneira insana num relacionamento com duas pessoas? — Ela franziu o cenho, com raiva. — Pelo sex*? Pelo dinheiro? Pela loucura de já morarem juntas e terem um filho planejado? Isso é seu desafio? Era isso que você queria de mim?

—Talvez, Madson. Com você as coisas eram monótonas. Você sempre demorou mais para aceitar qualquer coisa nova. Mas não elas.

—Então a culpa foi toda minha por não satisfazer seus desejos insanos?

—Talvez tenha sido toda minha culpa por não ter terminado isso antes. Por não ter pedido o divórcio antes. Porque mesmo sabendo que estou indo fundo com elas você continua querendo me ter, Madson. Isso é insanidade. Nós não vamos voltar porque você nunca vai me dar o que preciso.

—E do que você precisa além de chamar a atenção de todos a sua volta? Eu deveria ter chamado mais mulheres lá em casa para você ter atenção o suficiente? Devia ter fodido você na frente de todos para te satisfazer?

—Claro, por que não? Mas não teria adiantado nada no fim. Porque você nunca me daria a liberdade e a confiança que elas me dão. Deus, Madson. Estou cansada das suas tentativas. Nos divorciamos e você não respeita minha decisão. Não respeita meu espaço e meu relacionamento. Você me faz querer ir embora da cidade e abandonar tudo, nunca mais olhar na sua cara por causa da droga da esperança que você continua mantendo.

—Você tem razão. Você não merece nada do que já fiz por você. Você é uma cretina que só sabe se aproveitar dessa droga de atenção que dei a você. Agora chega. Se aproveite dessas duas idiotas que nem se aproveitou de mim. Pra mim você está morta.

Lana suspirou, parada no lugar enquanto esperava ela ir embora, voltando a sentar na cadeira para absorver a discussão e se acalmar. Laura entrou com Iori logo em seguida, Lana riu baixinho ao vê-las.

—Claro que vocês estavam por aqui.

—Todos ouviram a discussão. Só viemos ter certeza de que não tentariam se matar. — Iori justificou. — Você não acha que foi dura demais com ela?

—Não que ela não mereça porque ela tem sido uma pedra no sapato. — Laura sorriu. — Mas você sempre foi sutil para afastá-la. Firme, mas de uma maneira leve.

—Eu sei. Desde que voltamos de viagem ela tem me dito para eu deixar de ser legal com ela porque era como se ainda fôssemos casadas. — Ela se inclinou na cadeira e esfregou os olhos com frustração. — Ela tinha razão. Eu me senti da mesma forma e parecia natural demais. E não era justo com ela quando eu não tenho planos de voltar com ela, então não é justo manter os olhos apaixonados dela em mim. Por mais que me sentisse bem as vezes por ter ela logo ali em caso... Vocês sabem.

—De nos separarmos. — Iori ergueu a sobrancelha. — Mas que mente diabólica a sua. Você planejava voltar com ela se nos separássemos?

—Por um tempo foi o que pareceu. Mas não foi de propósito. Porque toda vez que eu pensava nisso parecia tão errado. A parte que eu disse que vocês me dão liberdade era verdade.

—E a parte que ela falou da sua necessidade de atenção também. — Laura pontuou.

—Tudo bem, vocês têm razão. Podem jogar na minha cara que fui injusta com ela. Mas para mim era difícil ser dura com ela quando ela sempre foi boa para mim, até quando não merecia. — Ela se levantou para as olhar na mesma altura. — Mas eu dei um basta. É melhor ela me odiar e seguir em frente por eu ter sido uma canalha do que continuar me esperando. É injusto com ela e com vocês.

—Você acha que ela desistiu de vez agora?

—Espero que sim. Não sei mais o que fazer.

—Tipo largar tudo e mudar de cidade? — Iori bateu no seu braço. — Nunca mais diga essas coisas.

—Eu não falei nada de largar vocês. Eu iria sequestrar vocês duas e levar para outra cidade. Quem sabe até outro país.

—Estou falando sério. — Ela voltou a bater no seu braço. — Nunca pense em fazer isso.

—Eu não vou a lugar algum. — Ela beijou seus lábios e a abraçou. — Temos um filho para fazer ainda e eu não quero perder um momento disso.

—Kael te faz pensar nisso cada vez mais, não é? — Laura tocou seu rosto, acariciando sua bochecha.

—Definitivamente. Agora vamos embora? Quero ficar sozinha com vocês o resto da noite.

—Tem certeza de que não quer tomar um banho aqui primeiro? — Laura sorriu, olhando mais intensamente nos seus olhos. — Iori preparou nosso jantar, eu coloquei roupas novas na sua bolsa.

—Eu nem tive tempo de olhar minha bolsa hoje. Acho que deixei no escritório.

—Eu pego. Pode ir na frente que te entrego lá.

—Tem um banheiro exclusivo no escritório, sabia? Eu posso tomar banho lá. Menos chance de algum engraçadinho da festa aparecer por lá.

—Está bem.

—Eu serei rápida e já encontro vocês de novo.

Ela beijou ambas e seguiu para fora da sala, indo para o escritório. Ela se despiu e guardou as roupas na sua bolsa, buscando pelos novos trajes e sorrindo com o que tinha encontrado. Uma calça mais justa preta com tecido maleável, uma regata branca com estampa abstrata e um colete com as cores da bandeira que a representava, com uma gravata vermelha que a fez rir. Os saltos estavam ao fundo da bolsa, dentro da sacola de papel. Quando pegou a sacola, descobriu um novo strap, com o bilhete na ponta dizendo somente “espere por mim”, o que a fez sorrir em expectativa.

Entrou debaixo do chuveiro após destrancar a porta, lavando-se sem pressa, certificando-se de manter a atenção caso outra pessoa entrasse na sua sala. Mas sorriu quando viu a silhueta de Laura entrar e seguir para o banheiro, encostando a porta e tirando as próprias roupas sem pressa. Lana a olhou sobre o ombro quando ela entrou no box, recebendo um beijo no canto dos lábios.

—Então era isso que esteve preparando para hoje, hottie? — Ela empinou o quadril para trás, sentindo o strap contra as suas nádegas.

—Você gostou do nosso novo brinquedo? — Ela distribuiu beijos pelo seu ombro, sentindo a água molhar seu corpo. — É diferente dos outros.

—O que há de diferente? Além de ter a cor de sua pele, eu adorei.

—Eu encomendei esse especialmente por isso. Com as medidas e a coloração. Mas principalmente... — Ela segurou sua mão e a levou até o strap, deixando que ela o explorasse, apertando e deslizando os dedos por sua extensão. — É mais realístico.

—É bem macio, parece que estou tocando pele de verdade. E é quente.

—Sim, é pele sintética, tem receptores que mantém aquecido. Normalmente eu não investiria dinheiro em algo assim, Iori e eu gostamos dos comuns porque mantém a distância dos reais. Mas você também gosta dos reais, não é? E eu queria algo diferente para agradar você.

—Isso definitivamente me deixa excitada para testar na prática. — Ela riu, dobrando o braço para trás e envolvendo os dedos nos seus cabelos, presos num rabo.

—Iori definitivamente vai comprar um para ela porque estava com inveja. Então esse aqui é só nosso. Mas sabe o que é ainda melhor nessa versão?

—Deus... É tão realista. — Ela mordeu o lábio inferior quando Laura a penetrou, pressionando seus corpos.

—Você pode colocar fluídos dentro se quiser simular uma ejaculação. Mas principalmente... esperma de verdade. Seria só acionar o mecanismo e ele lançaria o jato.

—E por que... — Ela pausou, fechando os olhos diante do prazer da estimulação, as mãos de Laura não deixavam de acariciar seu seio e apalpar sua nádega. — Oh... o bebê. Você quer fazer isso manualmente?

—Eu pensei nisso, sim. Mas... Você quer engravidar?

—Definitivamente. Digo... — Sua respiração travou, encontrando dificuldade de raciocinar. — Pare de fazer perguntas enquanto está fazendo isso. É injusto.

—Por que? Eu gosto de te manter irracional. Assim você não pensa tanto para responder. — Ela sorriu, afastando seus cabelos e fazendo a primeira marca no seu pescoço, ouvindo seu gemido rouco. — Você quer carregar um filho nosso?

—Quero. Deus... Laura... — Ela passou a mover o quadril para a ter mais fundo dentro de si. — Eu amo suas ideias.

—Hm? — Ela sorriu, olhando sobre o ombro ao perceber uma movimentação, estreitando os olhos ao reconhecer Madson na entrada do escritório, olhando para elas no banheiro. — Você gosta assim? — Laura aumentou o ritmo das estocadas, produzindo um estalo na nádega de Lana. — Ou assim? — Ela diminuiu o ritmo, mas a cada estocada ela seguia o ritmo do seu quadril, penetrando-a com maior profundidade, mas mais devagar.

—Continue assim. — Lana puxou seu rosto de volta ao seu ombro. — É delicioso quando fazemos amor dessa forma.

—Então nosso filho vai nascer cheio de amor. — Ela mordeu seu ombro e moveu a língua sobre a carne, movendo as mãos pelo seu corpo.

—Laura... Eu amo você. — Ela fechou os olhos e desligou o chuveiro, inclinando o rosto para a olhar. — E vou amar essa criança.

—Também amo você. — Ela sorriu em contentamento, voltando a olhar sobre o ombro, mas já não via Madson, então se voltou a Lana mais relaxada. — Não vejo a hora de o conhecer. Nosso filho.

Laura pressionou seus corpos contra o vidro do box e enlaçou os dedos aos de Lana, mantendo-os ao lado de sua cabeça e concentrando-se somente em moverem os quadris, suas respirações aceleradas quanto mais próxima Lana chegava do orgasmo, gem*ndo o nome de Laura quando o sentiu chegar, sentindo-se mole e agradecendo por ter o apoio do corpo dela logo ali.

—Isso definitivamente foi bom. — Ela falou enquanto se virava, envolvendo seu pescoço e beijando seus lábios. — Você foi incrível.

—Então vou aproveitar enquanto estamos nesse belo momento e dizer que Madson nos viu aqui.

—O que? Por que não me disse antes?

—E estragar nosso momento porque ela continua enfiando o focinho onde não é chamada? Não se preocupe. Iori deve ter cuidado disso. Eu pedi para ela esperar cinco minutos e vir trancar a porta.

—Deus... Espero que ela não tenha gravado nada. Ela estava com raiva suficiente para fazer algo assim.

—Não se preocupe. Foi só por um momento. Não aconteceu nada. — Garantiu ao segurar seu rosto, beijando seus lábios. — Eu planejei tudo isso, então não se preocupe, mesmo que ela tenha visto não deu tempo de ela fazer nada. Confie em mim, eu cuido de você. Não deixaria nada acontecer.

—Eu sei. Obrigada. — Ela sorriu mais relaxada e segurou sua cintura, conduzindo-a até o banco onde estava sua bolsa e a afastando, fazendo Laura sentar enquanto montava no seu colo, Laura somente sorriu, posicionando o strap para penetrar sua vagin*, mordendo o lábio inferior com a visão.

—Eu gosto do quanto você é incansável. — Laura moveu as mãos pelas pernas ao seu redor, deslizando os olhos pelo seu corpo que ainda escorria gotículas. — E do quanto é sexy.

—É? — Sorriu, começando a rebol*r, as mãos de Laura segurando sua cintura e acompanhando o movimento. — Seria ótimo se você pudesse me sentir lá dentro. Você me deixa maluca.

—Posso não sentir lá, mas definitivamente te sinto aqui fora. Você está fervendo.

Lana se apoiou nos seus ombros para se posicionar melhor, aproximando seus rostos quando começou o vai e vem lento, sentindo a pressão dentro de si aumentar, Laura tocou seu clit*ris e moveu os dedos, intensificando seu prazer.

Iori sorriu para Lana quando a viu vestida com as roupas que tinha escolhido, beijando seus lábios e a fazendo dar uma volta para admirar sua aparência.

—Eu tinha certeza de que ficaria tão bem em você. — Ela sorriu mais enquanto arrumava a gravata dentro do colete. — Está perfeita.

—Obrigada. Tem alguma parada acontecendo na cidade que eu não estou sabendo?

—Não. Mas eu queria te deixar atrativa para onde vamos.

—Achei que estivéssemos indo para casa. Laura disse que você fez o jantar.

—Eu fiz.

—Mas eu não disse nada sobre comermos ele em casa. — Laura pontuou enquanto guardava a bolsa dela no bagageiro.

—Oh, vamos comer seu jantar em outro lugar? Soa ótimo. — Ela beijou sobre o osso do ombro dela enquanto envolvia sua cintura. — Amor, você encontrou Madson pelo caminho?

—Sim. Eu lidei com ela, garanto que não falará disso com ninguém. — Ela acariciou seu rosto. — Agora ela provavelmente não vai insistir em ter alguma coisa com você pelo resto da vida.

—Eu devia ter feito isso na frente dela antes então se fosse necessário. Só espero que tenha resolvido e que não afete nossa relação com Kael.

—Você acha que ela usará o garoto contra você?

—Se ela usar, eu não darei qualquer trégua para tê-lo comigo. Ela pode ser a tia de sangue, mas eu usarei todos meus recursos para impedir que ela vença algo assim.

—E você não está sozinha. — Laura parou ao lado de ambas. — Então, estamos prontas?

—Vocês não vão me dizer para onde vamos mesmo se ch*par cada uma, não é?

—Por que não sugeriu antes? Estou vendida. — Laura fez menção de soltar o cinto da calça, mas Iori a impediu com um olhar cortante.

—Não abuse. Estacionamentos tem várias câmeras e eu odiaria ter que ligar para minha mãe e pedir para ela apagar algo assim. — Ela se virou para Lana. — Isso vale para você também. Eu não me importo que se divirtam fora de casa, mas não atraiam atenção para nós.

—Entendido. — Lana beijou seus lábios. — Seremos mais cuidadosas.

—Ótimo. Agora vamos. Não quero que nossa comida estrague de tanto esperar no carro.

Elas entraram no carro e Iori dirigiu, deixando uma música de fundo enquanto conversavam sobre a festa e sobre o dia, distraindo Lana até o local. Era um prédio enorme, Iori mostrou o crachá para entrar, seguindo para o corredor, deixando que elas admirassem o interior com decoração típica japonesa. Não respondeu a nenhuma pergunta delas enquanto subiam pelo elevador, atingindo o topo, sorrindo contente para os olhares maravilhados de ambas. Havia um jardim colorido com arbustos e árvores altas, a altura do prédio permitindo visualizar a cidade e suas luzes, naquela noite a lua ainda estava pela metade.

Iori as conduziu mais a frente, onde havia uma mesa mais baixa com três almofadas ao redor e com uma estátua de dragão sobre ela, um incenso mais sutil preso na sua boca.

—Deus, Iori, esse lugar é maravilhoso. — Laura falou, andando até à beira para olhar para baixo. — E alto demais!

—Saia daí. — Lana não se arriscou em chegar perto, sentindo-se tremer só com a ideia. — Laura!

—Está bem, mamãe. — Laura sorriu para ela, saindo da beira e andando pelo jardim, explorando o que tinha.

—Não se preocupe. Tem proteção nas beiras. Em caso de... você sabe... alguém pular. — Iori explicou enquanto colocava os alimentos tradicionais na mesa, gesticulando para ela se aproximar. — Venha. Confie em mim, não há nada a temer.

—Que lugar é esse, amor? — Lana a ajudou a servir a mesa, aspirando o cheiro dos peixes frescos. — Eles parecem deliciosos.

—Espero que estejam. Já faz algum tempo desde que fiz isso, tive que ligar para meu tio para relembrar algumas coisas. Mas você vale o trabalho, não é? — Ela beijou sua bochecha. — E esse prédio é de um cliente. Já tem dois anos, você acredita? O tempo passa rápido.

—Você fez tudo isso?

—Sim. Eu gosto de fazer os que pedem a versão mais ecológica. Atualmente é só o que faço. Como sua academia.

—É maravilhoso, Sasaki. Seu trabalho é maravilhoso, estou impressionada.

—Então valeu o esforço. — Ela segurou seu queixo, acariciando até Laura reaparecer atrás dela, abraçando-a e beijando sua bochecha.

—Eu amei. — Falou antes de se afastar, tirando os sapatos e sentando em cima de uma das almofadas.

—Seu cliente gostou tanto do trabalho que te deixou usar aqui hoje? — Lana sentou na próxima almofada, cruzando as pernas enquanto Iori sentava do seu lado.

—Não se preocupe com isso. Apenas aproveite. Eu reservei um quarto para passarmos a noite, então podem beber se quiser. Eu definitivamente vou. — Ela abriu a garrafa de saquê, Laura riu enquanto ela servia uma dose para cada.

—Sasaki? — Lana esperou que ela a olhasse, então apoiou a testa na sua, mantendo os olhos nos seus. — Obrigada. Por tudo isso.

—Você merece isso. Vocês duas. E eu só estou me aproveitando para ter o tanto de saquê que eu quiser enquanto minhas mulheres aproveitam.

Lana selou seus lábios e sorriu, sem hesitar em aproveitar o jantar e a companhia delas, o bom humor vigorando em meio às provocações e as trocas de olhares.

—Você devia ter visto a cara dela. — Laura ria, agora recostada na beira do prédio, com a garrafinha de vinho pendendo entre os dedos. — Ela ficou paralisada. Eu nem sei se ela ficou com tesão ou se queria estar no meu lugar.

—Nenhum dos dois. — Iori balançou a cabeça, bebendo outra dose de saquê para relaxar. — Ela quase gravou vocês duas. Mas estava tão nervosa que só tirou uma foto. Vocês deviam ter visto a cara apavorada quando peguei o celular dela. — Ela deslizou até ter as costas na grama, a cabeça apoiada na barriga de Lana. — Se ela achou que teria vingança, eu devorei cada parte da esperança dela.

—Ela conheceu a fria fúria oriental. — Laura riu mais alto da própria piada.

—Eu criei um monstro. — Lana suspirou com a ideia. — Algo assim podia causar tanto dano em nossas vidas.

—Definitivamente. Então tenham mais cuidado. Sabem como é fácil ser flagrada hoje em dia.

—Eu duvido que ela fosse publicar. Ela sabe que seria a que mais sairia perdendo. Eu quebraria a cara dela de verdade, e ela ainda seria vista como a ex ciumenta que não superou o término. Ou a que foi traída. — Laura sorriu com a ideia.

—Isso não tem graça. — Lana pontuou.

—Claro que tem. Eu sou uma ótima amante, não é mesmo, querida? — Ela soltou a garrafinha e engatinhou pelo gramado até ficar sobre Iori.

—Você nunca vai esquecer isso, não é mesmo? — Iori sorriu, prendendo seu lábio entre os dentes.

—É só mais divertido lembrar que nossa história começa porque você não resistiu as minhas mãos durante aquela festa. Devemos mostrar a Lana como foi? Tenho certeza que ela vai amar ver.

—Não. Mais tarde sim.

—Oh, finalmente você aceita minhas ideias.

—Porque você tem ideias maravilhosas. — Lana acariciou seu rosto. — Nossa conversa no banheiro naquela hora... Você estava só me provocando ou era verdade?

—Então vocês ainda conversam? — Iori as provocou. — Achei que eram só palavras aleatórias para acasalar.

—Você quer começar a falar do que falamos durante o sex*, amor? Porque você é a que mais ama ouvir.

—Ela te pegou nessa querida. — Laura começou a gargalhar, deitando-se de lado.

—Tudo bem, eu admito. — Ela inclinou a cabeça para olhar Lana. — E Laura ama ter os assuntos mais sérios quando não podemos pensar direito. Ela tentou essa técnica para me pedir em casamento, mas ela ficou na mão.

—Ela me fez limpar a casa sozinha por um mês depois disso.

—Você mereceu. O que você estava falando para Lana?

—Eu posso ter propositalmente engravidado nossa mulher hoje. — Ela olhou para Lana, que estreitou os olhos. — O que? Eu disse que podia carregar esperma, você disse que queria engravidar.

—Diz que está brincando. — Lana sentiu seu coração acelerar e a boca ficar seca.

—Eu não podia fazer nada. Você montou em mim e cavalgou tão bem. Como eu iria conter a ejaculação?

—Laura, você sabe que não tomo pílulas. Você tem cinco segundos para dizer que está brincando, ou vou montar em você enquanto te estrangulo.

—Eu posso estar brincando. Posso não estar. Acho que só vamos ter certeza em alguns dias depois do teste de gravidez.

—Amor, você pode ligar para a sua mãe enquanto eu mato nossa namorada? Vamos precisar esconder um corpo hoje.

—Não se preocupe. Ela estava sóbria quando estávamos na academia. Se fosse agora eu teria minhas dúvidas. — Iori estreitou os olhos para Laura. — Se comporte.

—Deus, você quase me matou de susto agora.

—Achei que quisesse engravidar. — Iori ergueu a sobrancelha, então olhou para Lana.  — Você também quer?

—Eu não sei. Também achei que você fizesse questão, Laura, então nunca parei para pensar. O que mudou?

—Nada. Eu ainda quero engravidar. Mas eu queria ter certeza sobre Lana não querer. — Ela sorriu para elas. — Podemos ter mais de um filho. Não ao mesmo tempo, então podemos nós duas engravidar eventualmente.

—Eu não faço questão, querida. Nunca pensei em realmente ficar grávida. Mas como eu disse a Madson, eu adoro a ideia de ter um filho com vocês.

—Mas você engravidaria se quisermos mais um filho?

—Se for o caso, por que não?

—Ótimo. Porque estive pensando sobre isso, e eu quero começar os procedimentos. E eu sei que vocês vão dizer que estou sendo apressada e impulsiva, mas eu quero isso há tanto tempo. Não vejo mais motivo para esperarmos. Estamos morando juntas, Lana concordou em termos nosso filho, temos espaço e nós três temos condições financeiras de sustentar mais um. Estou errada?

—Um passo de cada vez. — Iori falou calmamente.

—Qual é Iori. Vou terminar meu doutorado até o início do ano.

—Me escute. Você tem razão, não temos mais motivos para esperar. O que estou dizendo é para mantermos as expectativas baixas. Temos que fazer os exames primeiro e procurar um doador. Então colocamos no papel o quanto os procedimentos custam e o quanto vamos arriscar se não der certo da primeira vez.

—Depois que dar certo podemos fazer uma conta e começar a depositar o dinheiro para os custos dessa criança. Assim temos maior controle e ele terá maior segurança no futuro. — Lana prosseguiu, sorrindo quando Laura ficou sem palavras. — O que foi? Você preparou todo o discurso achando que diríamos não?

—Sim? — Ela se ajoelhou ao lado delas, sorrindo ainda sem acreditar no que ouvia. — Deus, não acredito que concordaram tão fácil. Vocês estão falando sério? Se eu marcar amanhã os exames vocês ainda estarão de acordo?

—Sim, querida. — Iori se sentou e segurou seu rosto. — Eu vou continuar querendo planejar nosso filho.

—Eu também. — Lana riu. — Não vai ser tão divertido sem seu brinquedo novo, mas definitivamente vai valer a pena.

—Minha Santa Guadalupe finalmente ouviu minhas preces! Vamos ter um bebê! Eu vou engravidar! — Laura comemorou finalmente, fazendo elas rirem. — Deus, estou tão feliz que parece que já sinto nosso bebê dentro da barriga.

—Isso são gases. Vai passar pela manhã quando a ressaca chegar. — Iori sorriu ao fim, bebendo um longo gole de saquê.

—Ah, sua estúpida. — Laura a derrubou no chão, fazendo cócegas em suas costelas e a fazendo gargalhar alto. — Vou te mostrar os gases agora.

—Lana! Me salva!

—Estou a caminho amor! — Lana se jogou contra Laura, derrubando-a de lado e começando a fazer cócegas nela, Iori logo se juntou, ambas arrancando altas gargalhadas dela.

—Vocês ganharam! Vocês ganharam! — Laura se rendeu, recuperando o fôlego quando elas cessaram as cócegas. — Fazia tempo que não nos divertíamos assim. Devíamos fazer coisas assim mais vezes.

—Deveríamos ter um dia para sairmos assim. — Iori sugeriu, apoiando a cabeça no ombro de Lana. — Pode não ser toda semana, mas... Ao menos uma vez ao mês? Pelo menos durante a gravidez. Depois eu não sei como será.

—Não se preocupem. — Lana sorriu. — Tenho certeza que Chieko vai amar ser nossa babá por um dia.

—Minha mãe? Eu duvido. Ela não gosta de crianças.

—Mas ela te criou, isso conta ao favor dela. Só estou dizendo que temos boas opções quando quisermos uma pausa.

—Você tem razão. Cláudia sempre está à disposição, e minha mãe vai deixar de me odiar depois que ver nosso filho. Ele será lindo e saudável. — Laura se sentou e acariciou a bochecha de Iori. — Eu quero que ele tenha seus olhos.

—Os meus? Você sabe que se misturarmos nossos sangues é pouco provável disso acontecer. E imagina o temperamento dele. Não, não. Vamos evitar problemas.

—Eu quero que tenha seus olhos, eu nunca disse que tenho preferência em manter todo meu material. Podemos fazer com todo o material de sua família se for necessário.

—Por que? Achei que gostasse da ideia de se parecer com você e sua família. Ele seria adorável assim como você. — Lana argumentou.

—Olhe para mim, querida. Eu não branca. E isso num país desse é um fato bem importante. Eu tive que lidar com essas merd*s a vida inteira. E eu não quero meu filho passando por isso. Digo... Eu não quero dar a chance de ele lidar da mesma forma que eu lidei, brigando com todos. Eu posso estar sendo racista por isso, mas eu não suportaria ter meu filho passando por isso. Eu posso lidar com as pessoas achando que não sou a mãe dele, mas não com algo assim.

—Está tudo bem, se é o que você realmente quer. — Iori tocou sua mão e beijou seus dedos.

—Você pensou muito sobre esse filho, não é? — Lana apoiou a cabeça sobre a de Iori.

—Eu tive bastante tempo para pensar. Mas não se preocupe, se você não gostar de qualquer coisa, eu vou te ouvir.

—Com esses detalhes eu não me preocupo. Não há nada de minha família que eu queira passar para esse bebê, então vocês definitivamente podem escolher.

—Nem mesmo esse belo rosto seu?

—Não. Eu odiaria lembrar de mim mesma quando olhar para essa criança.

—Porque vai te fazer pensar no passado? — Iori perguntou, estreitando os olhos por um momento, incomodada com suas palavras.

—Sim.

—Vocês duas não deveriam pensar tanto em depositar seus passados nessa criança. Ele vai nascer depois que vocês superaram tudo pelo que passaram. Se combinar vocês duas, essa criança vai ser inquebrável.

—Você fala coisas tão bonitas as vezes, querida. — Laura se inclinou para beijar seus lábios, aprofundando o beijo quando ela segurou a gola de sua camisa, sem reclamar quando foi deitada na grama.

Lana sorriu, deitando ao lado de ambas, movendo uma mão por baixo da camisa de Iori, acariciando sua barriga. Inclinou-se para perto, juntando-se ao beijo, penetrando a língua na boca de Iori, que a ch*pou, Laura envolveu sua nuca antes de explorar dentro de sua boca, sentindo o gosto quente de sua saliva. Continuaram a se beijar em conjunto até Iori sentir seu celular vibrar no bolso, tendo que afastar ambas, que reclamaram quando perceberam que era uma ligação.

—Ei, você nos mandou deixar os celulares no carro e você pode ficar com o seu?  — Laura questionou enquanto ela se levantava.

—Volte aqui, Sasaki. Não terminamos.

—Parem de reclamar, continuem. É importante. — Ela atendeu, levando o celular a orelha. — Sim, sou eu.

—Devíamos jogar o celular dela lá embaixo? — Lana se levantou mais devagar, ajudando Laura, que estava afetada pela bebida.

—Se for de trabalho? Com certeza. — Laura suspirou, envolvendo sua cintura e voltando a beijá-la.

—Oh? Ela chegou? Ótimo, pode enviar ela para cima. Eu a recebo aqui. — Iori sorriu antes de desligar, virando-se para ambas e se aproximando, tocando a nuca de delas.  — Amor, eu trouxe alguém para te ver.

—É uma stripper? — Laura virou o rosto para a olhar, um sorriso de lado.

—Ei. Você não precisa de nenhuma stripper. — Lana pontuou, virando-se para Iori e envolvendo sua cintura, beijando seu rosto. — Eu não preciso ver ninguém. Já tenho vocês duas aqui, não preciso de mais nada.

—Não? — Iori se distraiu com seus beijos, deixando-se ser levada até seu corpo ser pressionado na parede ao lado do elevador. — Lana... Amor... É importante.

—O que é mais importante do que beijar você agora?

—Daphne? — Ela piscou quando Lana paralisou, confusa com o que tinha dito.  — Escute. Não me odeie. Minha mãe acabou perguntando se você ao menos tinha procurado por Daphne com o número certo. Eu não podia deixar você abrir mão disso por minha causa.

—Não foi por você. — Ela continuou no lugar, olhando-a, sem saber o que estava sentindo. — Eu não queria usar um número que eu sequer sabia se iria me atender e que causasse qualquer desentendimento entre nós. Eu não queria brigar mais.

—Então não vamos brigar. Eu liguei para ela e insisti nesse encontro. — Ela olhou para o painel no elevador e suspirou. — Ela teve uma competição ou algo assim aqui na cidade e disse que tentaria aparecer aqui. Mas é por pouco tempo.

—Pouco tempo?

—É sua escolha falar com ela ou não. Eu só achei que vocês mereciam ter a chance de ao menos se verem.

—Garota! — Laura sorriu com ânimo ao ver Daphne no elevador, abrindo os braços. — Você parece outra pessoa, mas eu senti sua falta. Me dê um abraço!

Daphne se aproximou um passo e a abraçou, sentindo-se estranha ao encontrar Lana. Ambas se olharam por um longo momento em silêncio, com tanto a ser dito e nenhuma palavra vindo à tona.

—Nós vamos deixar vocês duas sozinhas. — Iori resolveu falar, retirando um cartão do bolso e entregando a Lana. — Estaremos no andar debaixo, o quarto está marcado no cartão, é só passar na porta que você entra.

—Vamos, querida. — Laura segurou sua mão. — Foi bom te rever Daph.

—Sim, é bom que estejam com ela ainda. — Daphne olhou entre ambas e sorriu.

—Obrigada por vir. — Iori agradeceu, então entrou no elevador com Laura.

—Daphne... — Lana saboreou seu nome, sentindo os olhos arderem. — Eu realmente queria te ver. Mas desculpa... Achei que isso nunca mais fosse acontecer. Eu sequer sabia que estaria aqui hoje.

—Eu pedi que ela não te avisasse. Disse que queria fazer uma surpresa. Mas a verdade é que eu não queria que você preparasse nenhum discurso. Eu queria olhar nos seus olhos e saber a verdade. — Ela falou mais seriamente e se aproximou, encarando-a na mesma altura com olhos cerrados. — Você machucou minha mãe? Você bateu nela enquanto ela estava grávida?

—Você realmente acha que eu encostaria um dedo nela? Eu nunca sequer te ameacei antes Daphne.

—Eu achei estranho quando minha mãe disse tudo isso. Você nunca faria algo assim. Não é? Mas então você nunca me ligou, nunca foi atrás de mim, então eu soube que tinha alguma coisa errada. Você deveria ter feito algo para a minha mãe para sequer ter tentado me explicar.

—Daphne, sua mãe-

—Foram meses, Lana! — Ela falou mais alto. — Você me deixou morar com dois desconhecidos. Eu me senti traída. Você me apresentou uma mãe que eu não tinha, porque Kristin não é nada do que você me disse que ela era. Ela é pior. Você foi a melhor mãe que tive, até você me abandonar por todo esse tempo. Você me abandonou para viver com essas duas igual minha mãe me deixou para viajar o mundo.

—Sua mãe ameaçou me prender, Daphne! Ela me deu um número falso dizendo que era seu. Vocês se mudaram e ninguém sabia para onde! Deus, eu achei que você nunca iria me deixar explicar o que realmente aconteceu. — Ela se afastou e sentou num banco mais a frente, escondendo o rosto em mãos.

—Eu sei, Iori me explicou essa parte. Eu só queria ouvir de você. — Daphne sentou do seu lado e olhou para a vista a frente enquanto Lana a encarava. — Minha mãe enlouqueceu. Eu enlouqueci. Tony nasceu prematuro, mas está tudo bem agora. Eles se casaram na Irlanda, estivemos morando lá.

—Wow. — Lana baixou o olhar. — Isso é tanto. Eu nunca achei que fosse perder tanto da sua vida.

—E eu nunca achei que fosse tentar tirar minha vida.

—O que? — Lana a olhou com espanto. — Você fez o que?

—Não me julgue.

—Eu sou a última pessoa que pensaria em te julgar por algo assim.

—Por que diz isso? Olhe a sua cara. Eu não devia ter dito nada. — Ela cruzou os braços e olhou para o horizonte de luzes.

—Não é por isso. Eu só não... Ah, é complicado.

—Não imaginou que alguém mimada como eu pudesse tentar algo assim?

—Pare de colocar palavras na minha boca. Não é como está pensando. — Ela a olhou com preocupação. — Eu estava prestes a cometer um suicídio também quando você era apenas um bebê. Eu não queria que tivéssemos isso em comum. Você só tem 13.

Daphne ficou em silêncio, Lana passou um braço sobre seus ombros e se manteve perto, acariciando seu braço. Buscaram absorver a notícia, aproveitando o silêncio. Daphne estava maior e mais magra, tinha perdido o porte de nadadora e os cabelos estavam mais curtos, sequer atingiam os ombros. Estava mais pálida e com manchas abaixo dos olhos, ainda que trajasse roupas mais caras do que costumava usar.

—Eu sinto muito. — Ela falou após algum tempo. — Eu não sabia o que fazer. Minha mãe falou um monte de coisas sobre você e disse que nunca mais iria te ver porque você fez coisas horríveis. Eu vi os braços dela, mas senti que algo estava errado. Nos mudamos para outra casa em NY. Foi pior. Eu não conhecia minha mãe e não conhecia aquele homem. Achei que estivesse enganada sobre você também. Então tinha os treinos e eu estava sozinha. Eu não tinha ninguém quando minha mãe ficou doente na gravidez. Eu tive que cuidar de tudo, mas eu não consegui. Não consegui...

—Não é sua culpa. Você não tinha obrigação de cuidar de nada. Deus, você é quase uma criança, Daph, uma adolescente. Desculpa não ter estado lá. Se eu soubesse de algo assim eu teria ido presa, mas não te deixaria sozinha.

—Eu sei... Eu queria que tivesse estado. Mas agora eu sei que não é sua culpa. E eu comecei o tratamento, a Irlanda é linda e relaxante. Eu voltei a treinar agora, mas já não quero seguir com isso. Eu só usei de desculpa para poder viajar e falar com você.

—Querida. O que você quer? Se não está feliz com sua mãe eu te trago de volta. Eu faço de tudo e te trago. É só você me dizer e eu não te deixo mais.

—Está tudo bem, Lana. Estou melhor agora. Depois de eu... — Ela suspirou e olhou para ela. — Depois disso tudo, minha mãe mudou. Ela tem cuidado mais de mim. Prestado mais atenção e sido mais carinhosa. Digo, nunca vai ser igual a como era quando éramos só nós duas, mas ela tem se esforçado e eu quero dar essa chance para ela. Eu nunca vou esquecer o que ela fez todos esses anos e eu vou cobrar em relação ao que te fez.

—Você tem certeza? Você sabe que não precisa mais ficar com ela. Eu farei tudo o que for preciso, Daph. — Lana a olhou mais seriamente. — Você pode confiar em mim. Sua mãe não pode mais te manter afastada de mim quando não te fiz nada.

—Eu sei, você tem minha palavra de que te diria se não estivesse gostando de lá. — Ela sorriu. — Eu queria que você pudesse conhecer lá. Você podia me visitar. Sei que é longe e mais difícil, mas agora podemos manter contato, não podemos?

—Claro que sim. Eu nunca mais vou te deixar, Daph. Nunca.

—Eu sei. — Daphne a abraçou mais forte. — Eu não tive tempo de comprar nada, mas feliz aniversário, Lana. Você sempre vai ser minha segunda mãe.

—Você já é meu presente. Eu amo você.

—Eu também te amo. — Ela se afastou e beijou sua bochecha. — Agora me diz. Elas estão sendo legais com você?

—Elas têm sido maravilhosas. Estamos morando juntas e vamos começar os preparativos para Laura engravidar.

—Oh, meu Santo Deus. Está sério mesmo. Eu achei que você ainda iria voltar com tia Madson.

—Deus, não. Acho que hoje eu finalmente cortei as esperanças dela. Ela vai me odiar, mas vai seguir adiante.

—Eu gosto dela. Espero que vocês sejam amigas. Você vai me dizer quando tiver seu filho? Eu quero vir vê-lo.

—Claro que sim. Você sempre vai ser bem-vinda lá em casa. Eu tive que mudar seu quarto para Kael, mas eu posso sempre fazer outro quarto para você.

—Kael? Ele não é filho da irmã de Madson? Eu lembro dele quando fomos visitar no hospital. Ou quando Stela o levava lá no Natal.

—Sim. Stela e Jack morreram num assalto, e ela deixou no papel a guarda para Madosn e eu. Então ele tem morado conosco.

—Eu sinto muito. Eu não fazia ideia. Stela era tão legal e bem humorada.

—Ela vivia cansada.

—Você também. Mas agora você parece tão bem. Estou aliviada que aquelas duas não tenham deixado você.

—Eu também. Olhe para esse lugar. — Ela riu, voltando a abraçá-la. — Madson tem ficado com ele. Acho que ajudou ambos a lidarem com o luto.

—Isso é bom. Espero que eles fiquem bem. Mas eu tenho que ir agora.

—Mas já?

—Eu disse ao treinador que veria uma amiga. Não posso demorar. Tenho que pegar o voo ainda essa noite.

—É tão pouco tempo.

—Eu sei. Mas ao menos podemos nos falar agora. Só não diga nada a minha mãe por enquanto. Deixa que eu falo com ela. Minha psicóloga disse que ela se sente ameaçada por você.

—Por que? Eu nunca dei motivos para ela achar que faria algo contra ela.

—Não dessa forma. — Ela se levantou e suspirou. — Ela tem medo de perder o lugar para você.

—Ah. — Ela respirou fundo. — Você tem mesmo certeza de que ficará bem se for?

—Tenho. — Ela pegou o celular e colocou na lista de contatos. — Coloque o seu antes que me esqueça.

—Me avise quando eu puder te ligar. Ou quando precisar de mim. Eu te busco no primeiro voo. — Falou enquanto adicionava o próprio número.

—Eu sei. Eu estou bem agora. Estou melhor que antes pelo menos. Estou tendo que refazer o ano na escola, é tudo novo e eu não falo irlandês. Mas estou aprendendo.

—Há tanto que eu queria falar com você. — Ela mordeu o lábio inferior ao devolver o celular, conduzindo-a para o elevador. — Você cresceu tanto. Nem parece mais a minha garota. Já é uma moça completa, linda e educada. E tão inteligente. Você pode fazer o que quiser na vida. Sabe disso, não sabe?

—Claro que sei, você me ensinou muita coisa. — Elas entraram no elevador, Daphne apertou o botão do andar debaixo. — Vamos nos falando por mensagem, tudo bem?

—Claro, eu não vou parar de te mandar mensagem. Assim vou saber se está se cuidando e comendo direito. Se já tem namorado. Se está estudando e saindo.

—Agora soa mais como você. — Ela riu, dando um passo para bloquear a porta do elevador quando ela se abriu. — Vá, elas estão te esperando e meu treinador não pode te ver.

—Você vai ficar bem?

—Vou, eu sei me cuidar agora. Aprendi com a melhor.

Ela sentiu os olhos arderem e o lábio tremer, Lana a abraçou sem pensar uma segunda vez, mantendo-a em seus braços por todo o tempo que podia, sentindo como se a parte que estivesse faltando desde que ela se foi tivesse voltado ao lugar agora.

—Nos falaremos em breve, Lana. — Daphne se afastou, limpando o rosto na manga da blusa. — Feliz aniversário!

—Obrigada, querida. Se cuida.

Lana saiu do elevador e acenou antes das portas fecharem, sorrindo sozinha no corredor. Pegou o cartão que Iori tinha lhe dado e procurou pela porta certa até o passar no leitor, destravando para conseguir entrar. Deixou escapar a surpresa com o interior chique no mesmo estilo oriental, tirando os sapatos e seguindo pela sala, admirada com o quanto tudo tinha aspecto novo e moderno.

—Você finalmente chegou! — Laura comemorou do sofá, cumprimentando-a ao erguer outra garrafinha. — Se apresse, Iori quer que eu morra seca.

—O que? — Ela tirou o colete e parou ao lado do sofá, erguendo a sobrancelha ao vê-la nua sentada no sofá, os dedos movendo distraidamente pelo clit*ris. — Cadê Iori para tratar de você?

—Foi pegar nosso brinquedo no carro. Deve estar voltando. Ela queria que esperássemos você para começar, mas não é assim que as coisas funcionam aqui embaixo.

—Eu sei. — Lana sorriu e tirou a camisa, os olhos de Laura seguindo todo o movimento. — Você quer uma ajuda aí embaixo, hottie? — Ela tirou a calça e se ajoelhou a sua frente, separando mais suas pernas e lambendo toda sua extensão, sentindo-a ferver.

—Oh, finalmente. Como eu amo ter duas mulheres agora.

—Você não está terrivelmente bêbada, não é? — Lana mordiscou seu lábio maior, fazendo-a gem*r.

—Eu sei exatamente o que estamos fazendo, se essa é sua dúvida.

—É? Me dá um pouco. — Ela indicou sua garrafa.

—Não. Só depois que terminar o que começou.

—É isso o que tá valendo minha ch*pada agora?

—Depende do quão bem fizer isso hoje. — Ela sorriu, virando a cabeça quando ouviu a porta abrir, comemorando ao ver Iori. — Finalmente! Venha, querida, tem sempre espaço para mais uma no meio das minhas pernas.

—Você é tão vulgar as vezes. — Iori reclamou, colocando a bolsa de Lana ao lado do sofá, sorrindo ao vê-la. — Amor, ela já está te fazendo trabalhar?

—Eu não pude resistir. Vi uma mulher de perna aberta tão suscetível, por que não cair de boca? — Ela sorriu, lambendo outra vez o sex* de Laura. — Vem, vamos ensinar uma lição para ela.

—Não. Vamos torturar ela primeiro. Quer saquê?

—Não ouse parar agora, Lana! — Laura envolveu os dedos na sua cabeça e a manteve perto. — Continue e eu faço o que você quiser pelo resto da vida.

—Ah, agora o preço para te ch*par melhorou. Desculpa amor. Ela ganhou.

Iori riu, sinalizando para ela continuar, então a assistiu provocar e dar o que Laura queria de maneira equilibrada. Tirou as roupas lentamente, sentando ao lado dela, virando seu rosto e penetrando a língua na sua boca, fazendo um vai e vem que a fez gem*r, sua mão deslizando pelo abdômen dela e chegando ao seio, acariciando e apalpando. Lana intensificou o contato ao perceber seu sex* inchado, Iori a olhou, sorrindo, movendo a mão para ficar sobre a de Laura em seus cabelos, pressionando sutilmente, indicando para continuar. Laura gem*u mais, Iori se inclinou e voltou a penetrar a língua em sua boca, sendo ch*pada e mordida enquanto estocava, fazendo-a durar mais alguns minutos até pressionarem mais as mãos na cabeça de Lana, que ch*pou com intensidade seu sex* até a sentir goz*ndo em sua boca. Sorriu satisfeita, beijando sobre seus pelos antes de se levantar, sentando no seu colo.

—Valeu a pena?

—Ser sua escrava agora? Definitivamente. — Laura sorriu, acariciando seu rosto enquanto limpava seus lábios. — Foi tudo bem com Daphne? Ela está tão diferente.

—Sim. Foi. — Ela olhou para Iori e se inclinou, beijando sua bochecha. — Obrigada pelo que fez hoje. Você foi corajosa o suficiente para fazer tudo isso e eu não vou me esquecer. Tirou um peso enorme das minhas costas.

—Estou aliviada que não tenha ficado com raiva de mim. — Ela sorriu. — E você merece o melhor.

—Você também. Então da próxima vez que te chamar para um encontro, não importa o quanto insista, eu vou pagar por tudo.

—É diferente. Hoje é seu aniversário.

—Direitos iguais, amor. — Ela acariciou seu rosto e beijou seus lábios, movendo-se para subir no seu colo. — Agora... Vamos nos divertir.

Fim do capítulo

Notas finais:

Como prometido :D

Quero dizer que estou muito feliz pelo resultado das histórias em estar tocando tanta gente. É mais que satisfatório, como escritora, saber que meu trabalho e minhas letras tem atingido e aproximado pessoas.

E, por fim, quero dizer que o próximo capítulo terá uma passagem de tempo, e iremos caminhar para a penúltima parte da história :)

 

E dia 04 estreia "A feiticeira e a loba", se quer saber sobre o que se trata e como é a capa, siga-me no instagram, @alexmills_literales, ou no facebook, (https://www.facebook.com/AlexMills.LitLes). Fico a disposição!

Até o próximo!


Comentar este capítulo:
[Faça o login para poder comentar]
  • Capítulo anterior
  • Próximo capítulo

Comentários para 28 - Vigésimo sexto:

Sem comentários

Informar violação das regras

Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:

Logo

Lettera é um projeto de Cristiane Schwinden

E-mail: contato@projetolettera.com.br

Todas as histórias deste site e os comentários dos leitores sao de inteira responsabilidade de seus autores.

Sua conta

  • Login
  • Esqueci a senha
  • Cadastre-se
  • Logout

Navegue

  • Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Ranking
  • Autores
  • Membros
  • Promoções
  • Regras
  • Ajuda
  • Quem Somos
  • Como doar
  • Loja / Livros
  • Notícias
  • Fale Conosco
© Desenvolvido por Cristiane Schwinden - Porttal Web