Capitulo 3 Relembrando o passado
Quando acordei já era noite, ela estava na cozinha preparando uma sopa; com jeito de menina sapeca sorriu ao me ver.
- Eu vou pra casa! - disse-lhe enquanto me dirigia para a saída, mas parei, voltei, a tomei nos braços e dei-lhe um beijo demorado.
- Não vá ainda, come comigo! - pediu, e eu aceitei.
A sopa estava deliciosa, era uma mistura de cenoura, chuchu, batata, abobrinha, um pouco de massa e carne de frango em cubinhos. Tomamos café com bolo e depois fui embora com vontade de ficar lá pra sempre. Mas antes que eu saísse ela disse: - Por favor não conte a ninguém o quê aconteceu aqui.-
- Com uma condição: que se repita muitas vezes. Eu amei está com você Susan. - disse depois de beijá-la longamente.
Em casa a Zé estava preocupada queria saber onde eu tinha me metido que não viera jantar, já passava das oito da noite. Eu disse-lhe que estava tudo bem e que já tinha jantado. O meu pai já tinha se recolhido, a minha mãe estava lendo na sala de visitas.
- E então como foi a viagem? - perguntou me olhando de um jeito que me desconcertou; era como se soubesse o quê eu fizera a horas atrás.
- Foi prazerosa mãe! - lhe dei um beijo e fui para o meu quarto. Verdade, muito prazerosa, pensei. Eu deitei na cama com roupa e tudo, imaginei a Susana alí comigo, e dormir embalada pelas lembranças daquele fim de dia.
Eu continuei indo buscá-la na escola como antes; só ficávamos mais tempo juntas. Nos mantínhamos meia afastadas a vista das pessoas, com uma distância discreta de corpos; pois ela não queria que ficassem comentando que nós estávamos tendo um caso amoroso. Namorávamos escondido durante as caminhadas, fazíamos amor na casa dela ao entardecer quase todos os dias; ela era muito fogosa, eu com ela passei a ficar insaciável, as vezes saíamos correndo depois da aula, pois ela falava em meu ouvido: "hoje eu quero sentir você mexendo bem gostoso dentro de mim, já estou molhadinha." Com aquela fala dela rouca em meu ouvido e cheia de tesão, logo me excitava, e mal trancavamos a porta ela já começava a se esfregar em mim e em poucos minutos as nossas roupas estavam jogadas pela sala, ela subia em mim ch*pava os meus seios, e aquilo era o suficiente pra eu ter uma ereç*o, ela acariciava o meu membro e sem muita demora sentava nele me cavalgando como uma amazona, o seu sex* quente, úmido e apertado me fazia delirar de prazer, e antes dela goz*r o seu sex* apertava o meu por alguns segundos e alí eu também goz*va junto com ela. Nós conversávamos, riamos juntas; ninguém dizia nada, só a Zé e a minha mãe sabiam que a gente se encontrava como amantes.
As minhas férias que eram de vinte dias voaram,eu não queria voltar para o batalhão do exército, pro quartel, ficar presa por lá, sem poder vê a Susana. Decidir saí do exército no ano seguinte, a minha mãe me apoiaria em qualquer decisão. O meu pai iria ficar uma fera, mas depois me compreenderia...
Na véspera da minha partida conversei com a Susana sobre nós, e a minha decisão de sair do exército no ano seguinte. Dali há alguns dias completaria vinte e um anos, seria sargento e podia decidir ficar mais alguns anos ou pedir dispensa para o ano seguinte.
- Eu quero me casar com você Susan. Eu te amo e não quero esperar tanto tempo pra ficar com você! - ela me olhou assustada e disse:
- Não faça isso Duda, você é muito jovem pra tomar uma decisão dessas assim; tantas coisas podem acontecer, não precisamos casar, a gente se vê quando der! - ela parecia a minha mãe me regulando quando eu fazia algo que ela reprovava. Não adiantou, eu estava decidida, faria o quê disse e ponto final.A noite eu falei com os meus pais sobre a minha decisão de sair do exército no ano seguinte.
- Se é isso que você quer querida, eu te dou todo o meu apoio. - a minha mãe falou. O meu pai ficou calado, e como se já esperasse por isso não demonstrou surpresa. - Não vai dizer nada meu bem? - a minha mãe perguntou se dirigindo a ele.
- É o fim! - ele respondeu depois de um longo silêncio; levantou, pediu licença e saiu. Não me disse nenhuma palavra sobre o assunto, nem quando viajei pela manhã, não reclamou, não pareceu zangado, me abraçou, e me abençoou.
Eu fui me despedir da Susana, ela estava linda num vestido estampado de folhagens verdes. Lhe dei o endereço do quartel ela poderia me escrever, pois telefones lá só em caso de emergência, não podíamos receber ligações de namoradas, só de pais ou esposas no caso os oficiais. Nos abraçamos, e ficamos assim por algum tempo; eu não queria ir embora a amava. Quando nos afastamos os seus olhos estavam marejados de lágrimas; não resistir e a beijei na boca publicamente pela primeira vez, e última; na ocasião eu não sabia.
- Vá embora Duda pelo amor de Deus! - ela disse me empurrando para o carro. O Antônio marido da Zé o motorista, assistia a cena pacientemente. Eu entrei no carro, o Antônio deu a partida e seguimos, mas antes de virar a curva vi quando ela precipitou-se correndo para dentro da casa...
****
Eu tinha um desafio pela frente; conquistar uma nova mulher e ganhar uma aposta. Confesso, ela foi a primeira a não me dá bola depois de ser convidada pela terceira vez. Eu tinha enviado um lindo buquê de flores com um cartão onde escrevi: Achei essas flores lindas e pensei se posso oferecer a você... Almoça comigo hoje! Ela me ligou.
- Oi, tudo bem? Agradeço pelas flores, são realmente lindas. Eu já tenho compromisso, mas obrigada pelo convite. - eu fiquei quase sem palavras, achava que ela estava ligando pra combinar o horário.
- Tudo bem fica pra próxima. Obrigada por ter ligado! - Eu disse isso e ouvi um clique na linha, ela desligara. Fiquei péssima, tinha vontade de gritar. Eu trabalhei mal naquele dia, pior ainda na faculdade; a minha especialização estava terminando, tinha um estágio pela frente, estava contando os dias pra saí da Volks, já tinha colocado o meu nome na lista de demissões voluntárias.
A minha mãe contra a minha vontade,abriu uma conta em meu nome num banco, e durante doze anos fez investimentos; nunca peguei um centavo até então; mas pensava em abrir uma clínica odontológica especializada em cirurgia bucomaxilofacial e implantes dentários, e atender pacientes carentes uma vez por semana. Tinha tantas coisas pra resolver, e como se não bastasse aparece essa mulher pra tirar o meu sono. É questão de tempo pensava; eu vou conquistar, ela há de ter um ponto fraco. Mas se querem saber; gastei o meu português, arranhei no inglês, espanhol, japonês, flores, bombons de todos os tipos, uma das minhas mensagens foi: "Você é um mistério a desvendar; me ajude esse quebra cabeça montar!" Observei-a de longe e por fim chegou um dia em que os sobrinhos do Nei que moravam no interior daqui de Sampa em Salto de Pirapora vieram junto com a mãe passear e eu os convidei pra ir numa sorveteria. A Paty, aquela de quem já falei reclamou que era golpe baixo, pois tinha dentista naquela tarde. Eu sugeri então que passássemos no consultório para adiar a consulta para mais tarde, e assim fomos ao local. E qual não foi a minha surpresa quando a Paty voltou acompanhada da Monique.
- Você! - ela disse se dirigindo a mim que estava sentada no carro esperando com mais três crianças menores.
- Olá, tudo bem? - Responde-lhe. Imaginando que a Paty a convidara pra ir conosco, e ela felizmente aceitou. Não tinha consulta naquele horário, a sorveteria era próxima dali, estava tudo certo. Estacionei o carro numa vaga e fizemos um pequeno percusso a pé. Nos divertimos bastante com a gula das crianças querendo um pouco de cada sabor.
- Eu só vim por causa da Paty e as outras crianças. Não sabia que você estava metida nisso! - ela me disse assim que a Paty afastou um pouco.
- Você pode não acreditar, mas não tenho nada a ver com isso, foi idéia dela eu nem sabia. No entanto estou contente que você aceitou. - disse olhando bem dentro dos olhos dela que desviou parq a Paty que voltara pra junto de nós. Terminamos o sorvete, a Paty foi para o consultório e eu fui levar as crianças pra casa da mãe da Paty onde a mãe delas estava hospedada, pois tinham sujado a roupa, e voltei pra esperá-la. Assim que a Paty saiu da sala saltitante a Monique veio atrás se despedir de mim, estendendo a mão; a peguei com suavidade e perguntei:
- E então doutora doeu? -
- O quê? - ela perguntou fingindo que não tinha entendido. Aproximei tão perto como se fosse beijá-la e disse:
- Tomar um sorvete em minha companhia. - ela sorriu. Eu já disse como é linda ao sorrir.
- Um pouco. - respondeu me dando um beijo na bochecha.
- Tenha uma ótima noite querida. - disse-lhe beijando a mão que ela retirou como das outras vezes, observei que estava quente; soltei devagar, nossos olhos se encontraram de novo, sentir aquele velho frio na espinha, aquela sensação prazerosa, a vontade de ficar alí com ela pra sempre. Eu fiquei num transe momentâneo, até que a Paty me trouxe a realidade pegando na minha mão e me puxando querendo ir pra casa.
Eu estava de folga naquele dia, a noite não iria para a faculdade, mas não saí com os amigos. Fiquei em casa pensando, pensando que estava com ela há poucos instantes, mas já sentia saudades, vontade de ligar, mas ainda não tinha o número da casa dela. "Estou mesma apaixonada! Malditas mulheres, no fim elas é que dominam mesmo, nós somos apenas o seu objeto de prazer. A Susana se foi, mas deixou essa semente dentro de mim, a fragilidade." Eu disse essas palavras de frente ao espelho do banheiro.
Eu passei uma década odiando as mulheres. Fazia sex* com elas, era carinhosa, mas dentro de mim ardia o fogo da revolta. Por isso as dispensava depois do encontro. Seduzi era uma questão de orgulho pra mim, não me sentiria forte se não dominasse uma mulher, se não a fizesse me desejar no primeiro encontro, se não as deixasse loucas pra tirar a roupa e se deitar comigo. Agora eu estava de volta ao começo, louca pra ter aquela loira na minha cama para acariciar sem pressa, tocar cada centímetro daquele corpo, beijar, abraçar, me tornar sua mulher, seu homem dependendo da forma que ela me receberia ao descobrir minhas particularidades, fazê-la minha mulher. No entanto ela não me via, não estava disponível, parecia que queria me seduzir pra me castigar, em nome de todas as que levei pra cama e dispensei friamente depois do sex*, ou no dia seguinte.
Eu fiquei deprimida, perdi a fome, a vontade de trabalhar, de estudar, só queria dormir, mas ela estava lá tirando o meu sono, e a minha lucidez. Se algum dia você se apaixonar vai saber como me sentir; e se você já se apaixonou ou está vivendo uma paixão sabe exatamente como é. "Amar é como andar sobre uma corda esticada que atravessa um precipício; você se equilibra, e passa para o outro ponto,e chega ileso; ou então você perde o equilíbrio e se machuca seriamente. Literalmente eu me sentia sobre a corda bamba. Não acho difícil amar, a dificuldade é quando aquela pessoa não está disponível, não quer está disponível e apenas começa a te vê como uma pessoa legal, educada, uma dama, e uma possível melhor amiga. E isso eu não queria que acontecesse; ser a amiga da Monique, quando o quê eu mais queria era beijá-la na boca. Nunca! Nem sob o meu cadáver! No entanto o tempo passava o final do ano chegava e eu estava parada no mesmo ponto...
A insônia me levou até aquele dia em Ilhéus; a curva da estrada fez a casa de Susana desaparecer, mas o pior foi que eu não sabia que não a veria mais por um largo espaço de tempo.
Eu voltei para o quartel e teria me tornado sargento, mas passou-se um mês inteiro e eu não recebi uma única linha da Susana. Escrevi várias cartas, mas não houve respostas, eu não podia pedi uma licença pra sair do quartel para ir vê uma namorada em outra cidade; muito menos pra viajar durante dois ou três dias. Então liguei pra minha mãe e fiquei sabendo que a Susana teria ido embora uma semana depois que partir. Ela não sabia os motivos, também não imaginava que eu não tinha notícias até então. Eu fiquei possessa, e simplesmente numa noite saí do quartel pra dá uma volta e nunca mais voltei lá. Eu viajei para Ilhéus, alguém tinha que me dizer o paradeiro dela. Já em Ilhéus encontrei o meu pai furioso comigo.
- O quê você está fazendo aqui? O teu lugar é lá no quartel! - ele sabia que eu tinha fugido.
- Não volto, preciso encontrar a Susana, eu a amo. - Quando eu disse estas palavras percebi uma sombra escura nos olhos do meu pai.
- Você é um menino irresponsável, não sabe o quê é o amor; ainda bem que essa mulher entendeu que você não é para ela, pegou o dinheiro que lhe dei e foi embora! - Eu fiquei lívida, o meu pai simplesmente a mandou embora e ainda pagou pra ela sumi.
- Pai! O quê o senhor disse pra ela? Pra onde ela foi? - eu fiquei desesperada. O meu pai, o meu herói, me traíra junto com a mulher que eu amara tanto.
- Não sei pra onde ela foi. Eu dei uma boa quantia em dinheiro pra ela se manter e um cartão de um amigo na capital pra lhe dá um emprego. - era típico do meu pai resolver as coisas pelos outros. Mas eu odiava essa arrogância e autoritarismo dele. - Agora meu filho, seja sensato, volte pro quartel e realize o meu sonho! - o meu pai disse essas palavras sem nem olhar pra mim. Ele ignorava completamente o meu lado sensível e feminino, pra ele eu sempre seria o Eduardo o macho e nunca uma garota como a minha mãe via muitas vezes.
- Bravo! Bravíssimo! Disse bem senhor Demócrito, o teu sonho, não o meu sonho. Pro inferno, nunca mais eu piso os meus pés naquele lugar! - eu nunca tinha falado assim com o meu pai; as palavras foram saindo com as lágrimas.
- Eu vou fazer de conta que você não disse essas palavras meu filho; no entanto caso você insista nisso; saiba que não verá um centavo do meu dinheiro. - ele disse estas palavras e encerrou o assunto. Eu ia retrucar quando o vi retirar-se.
- Não vou...- a minha mãe me impediu de terminar essa frase colocando a sua mão delicada sobre o meu ombro. ... precisar do seu maldito dinheiro, eu tenho dois braços, duas pernas e um cérebro que funciona muito bem. Se é assim pode esquecer que tem uma filha, ou um filho como o senhor teima em afirmar! - virei para olhá-la, os seus olhos estavam marejados de lágrimas, ficamos abraçadas um bom tempo. Eu chorei nos braços da minha mãe todas as lágrimas que segurara lá no quartel o mês inteiro; chorei de saudades do meu amor, chorei porque ela me deixou, e chorei acima de tudo porque o meu pai me traiu com o seu zelo exagerado.
Quando me recompus, a minha mãe prometeu me ajudar a encontrar a Susana, pois ela também não tinha a mínima idéia da conversa que o meu pai tivera com ela; mas agora sabia que ele tinha feito de tudo pra ela ir embora sem deixar pista. Ninguém sabia de nada, e suponho que se soubessem não diriam. Eu fiz perguntas para alguns funcionários da fazenda que a conhecia, ninguém sabia o endereço dela, a única pista que eu tive foi o hospital onde a tia distante dela estava internada; essa bem doente não pode me ajudar pois não conseguia lembrar os endereços, resolvi visitá-la, o seu estado de saúde piorou bastante, eu fazia as visitas uma vez por semana; até que na última vez que fui ela não estava mais lá, tinha falecido, não consegui descobrir quem cuidou do velório, mas acredito que foi o meu pai.
Eu passei mais de um ano em Salvador perambulando pelas ruas do centro, pela periferia, pela orla, por onde me levava a cabeça. Procurando um rosto em meio a multidão. Uma única vez a vi, ou pensei tê-la visto num ponto de ônibus; mas já havia desaparecido quando fui até lá para encontrá-la. Trabalhei como carregador na feira de São Joaquim, na época aquilo era um pardieiro, hoje é bem organizado. Lá conheci o seu Geraldo caminhoneiro que me deu carona para São Paulo. E foi justamente com ele que comecei a saí pra ficar com outras mulheres. "Vamos alí nos aliviar meu camarada!" Ele dizia numa parada ao longo da estrada. "É só sex* meu amigo, mas primeiro encape a arma muito bem!" Falava do preservativo, usar a camisinha.
Já em São Paulo no coração da cidade na avenida Paulista, eu fiquei tonta com tantos arranha-céus. O senhor Geraldo seguiu viagem já com outra carga para o Paraná. Me perguntou se eu ia ficar bem. Vou ficar ótimo lhe disse; ele sorriu e partiu. Eu podia ficar num hotel cinco estrelas se eu quisesse, mas eu tinha que provar pra mim mesma que seria capaz de sobreviver sem o dinheiro do meu pai; eu dava notícias pra minha mãe, e até ia encontrá-la nos hotéis onde ela se hospedava, no entanto fiz logo amizade com moradores de rua e morei próximo a estação República; alí trabalhei como carregador na rua vinte e cinco de março. Quando a minha mãe insistia muito para que eu aceitasse algum dinheiro, eu pegava e comprava tudo de comida e cobertores pra os colegas de rua. Até que certo dia fui convidado para uma festa no Brás; voltando pela rua já tarde da noite vi alguns caras bem vestidos batendo em um rapaz que já estava no chão. Não me contive e gritei.
- Parem de bater nele seus covardes! - os caras que eram uns quatro partiram pra cima de mim com socos e ponta pés. Morando na rua e trabalhando como carregador me deram força e destreza nos movimentos, no exército disciplina, auto defesa e reflexo. Tirei logo dois mais afoitos do combate, e acho que quebrei-lhes as pernas; no entanto os outros dois eram brutamontes, seguranças de boates bem fortes, conseguiram me agarrar e tombamos os três no chão, eu fiquei zonza pois bati a cabeça no chão ou em um deles; no chão, agarrada pelos dois ficaria difícil mas consegui girar o corpo, prender a cabeça de um deles entre as penas e apertar bem forte pra este me soltar. Quando eu estava quase sem respirar ouvir um baque e o único que me apertava o pescoço caiu pro lado. Abrir os olhos, um negrão me ajudou a levantar e me disse:
- Vamos dá o fora daqui o mais rápido que pudermos! - Demos no pé numa carreira mesmo, até chegarmos quase sem fôlego na estação. Pegamos o metrô e descemos em Jabaquara. Lá me dei conta que tinha pegado o trem errado. Pois morava na República. Não tinha muita importância, os meus pertences estavam numa mochila que eu sempre carregava por todo lado. O restante que sobrava eu deixava com um morador de rua que catava recicláveis, seu Clemente. Se eu voltasse o encontrava facilmente, ele me entregava o quê precisava e o restante deixava guardado em seu carrinho. Enquanto eu considerava onde passar a noite, ou melhor o resto dela; o Negrão me estendeu a mão e disse: - Amigo, eu tenho uma grande dívida com você. Salvou a minha vida; cara você foi o anjo que Deus mandou em meu socorro! -
- Então você não me deve nada, pois mesmo ferido também salvou a minha. E se foi Deus temos uma dívida eterna com Ele. Disse-lhe enquanto apertava a sua mão.
- O meu nome é Sebastião, apenas Tião pra os íntimos; eu moro em Diadema ainda na casa de meus pais. - ele falou e logo percebi que se tratava de um gay.
- Eduardo, ou simplesmente Duda. Eu moro na rua. - Tião, aquele como você já deve ter percebido; o meu primeiro amigo mais íntimo ficou alí me olhando, analisando talvez, ponderando o quê diria; eu pra me proteger usava roupas bem masculinas e folgadas pra esconder o meu corpo feminino, deixara a barba crescer um pouquinho então naquele momento ninguém diria quê eu era uma moça, ou um rapaz diferente.
- Cara, eu estou muito dolorido que mau consigo respirar. Venha comigo pra Diadema, passe essa noite lá em casa, amanhã, ou seja mais tarde a gente vê o quê podemos fazer por você. - eu sabia que aquele convite era provençal; o sangue esfriou no ponto de ônibus, ele estava cheio de hematomas, ambos sentíamos dores no corpo, mas o Tião estava bem pior; o nariz não tinha parado de sangrar, tinha um corte perto do queixo, uma sobrancelha partida e ainda mancava duma perna. Sem mais demora eu fui com ele. E como você sabe fiquei lá um ano inteiro. Depois que estava empregada aluguei o apartamento, mas logo aceitei como presente da minha mãe e aí formamos o quarteto por uns sete anos.
Fim do capítulo
Olá, tudo bem?
Espero que sim, pois cá estamos, um pouco triste pois perdi um ente querido, mas assim é a vida.
Muito obrigada pelos comentários e pela leitura.
Espero que tenham gostado do capítulo e claro, me digam!
Uma excelente noite, uma ótima semana e se cuidem!
Beijos no coração!
Com amor.
Vanderly
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lis
Em: 20/06/2021
Noite autora, tudo bem? Que belo capitulo, bom conhecer um pouco mais da Duda eita que a Monique ta um osso duro de roer rs, poxa a Suzana aceitou dinheiro para se separar dela então isso não era amor
Resposta do autor:
Boa noite Lis!
Muito obrigada por comentar.
Que bom saber que a senhorita gostou.
Muito difícil a Monique, mas a Duda não é fácil.
A Susana agiu muito mal, mas não vamos crucificá-la ainda, quem sabe esse mistério seja desvendado.
Beijos.
Vanderly
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Rosa Maria
Em: 10/06/2021
Vanderly...
Primeiramente meus sentimentos pela sua perda..,Duda continua na saga de conquistar Monique e ganhar muito mas que a aposta pelo visto, Já Susana foi a primeira decepção amorosa e a amizade com Tião começou de uma forma totalmente perigosa mesmo mas ficou a amizade.
Beijos
Rosa
Resposta do autor:
Olá!
Muito obrigada pelo carinho Rosa.
Agradeço pelos comentários.
Que bom saber que está gostando.
Sim a Duda é uma conquistadora, mas a Monique não vai facilitar.
Sim, a Duda sofreu bastante com o sumisso da Susana, mas há muito mistério a ser desvendando ainda.
Sim a amizade com o Tião foi de forma inesperada, mas muito boa para ambos.
Como você já sabe tem capítulo novo e do jeitinho que gostas.
Já leu? Comenta mulher! Eu estou curiosa pra saber o quê tu achou!
Beijos, excelente noite!
Vanderly
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Marta Andrade dos Santos
Em: 30/05/2021
Meus sentimentos por sua perda.
Resposta do autor:
Olá!
Muito obrigada pelo carinho!
Beijos e excelente noite!
Vanderly
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