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Nossa Vida Juntas por Alex Mills

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Palavras: 5773
Acessos: 1507   |  Postado em: 27/05/2021

Vigésimo quarto

Iori desviou o olhar tão logo Laura a encarou pela manhã, concentrando-se no café que bebia e a deixando se servir. Ela se sentou ao seu lado, comendo silenciosamente por algum tempo.

—Você dormiu ao menos um pouco?

—Não. — Ela a olhou com o canto dos olhos. — E você?

—Mal. Você comeu?

—Pouco. Eu saí cedo para ir à farmácia, Lana estava vomitando no meio da noite. Acho que ela está ficando doente.

—Lana? Isso é incomum. Ela falou mais alguma coisa?

—Acho que é virose. Ela estava com dor de cabeça e de barriga. Estava com febre mais cedo. Mas tomou o remédio, agora está dormindo.

—Ela tem que ir ao médico.

—Eu sei. Ela disse que vai ver como acorda, se não melhorar eu a levo.

—Ela estava bem quando chegou de viagem. Será que comeu fora ontem?

—Não, ela almoçou em casa. Jantou em casa. E minha mãe não tem costume de comer fora.

—Pode ser emocional. Ela esteve com essa carga na viagem com Madson, então tem um garoto que é responsável. Pode ter ficado mais suscetível a ficar doente.

—Você é a psicóloga. Eu só quero que ela fique bem.

—É melhor ela ir ao médico ainda assim. Pode precisar de remédios prescritos. Você pode leva-la?

—Claro, você não pode faltar no hospital. Eu cuido dela.

—Como você está depois de ontem?

—Um trapo. Tivemos essa mesma discussão, lembra? Quando você começou a querer isso. Achei que não voltaria a isso. Lana nunca foi do tipo de insistir em casamento.

—Querida, ela foi casada pelo tempo que estamos morando juntas. Ela não está aqui por diversão, e se casar conosco estiver ao alcance dela, é claro que ela iria querer agarrar a oportunidade.

—Então estou errada em recusar? Achei que estivesse tudo certo em vocês duas casarem.

—Por que casar só com uma de nós se ela achou que poderia ter a nós duas?

—Eu odeio minha mãe agora. Ela fez a melhor oferta para fazer a cabeça de Lana. Ela só pode ter feito de propósito para gerar conflitos entre nós.

—E se for genuíno? Desculpa, mas eu tenho que pensar nisso também. — Ela suspirou para o olhar impaciente dela, tocando seu rosto com os dedos e acariciando. — E se sua mãe gostou de Lana e a quer usar como pretexto para nos deixar em paz?

—Ela quer um jeito de me controlar, isso sim. Não deve suportar que além de não ter me separado de você, ainda estou com Lana.

—Por que não marcamos um encontro com ela? Assim podemos ter certeza.

—Por que? Por que não podemos continuar como estamos?

—Eu fiquei pensando em algo que ela disse ontem. — Ela desviou o olhar, despedaçando a torrada em migalhas. — Quando tivermos um filho eu quero que nossas famílias o aceitem como parte delas. Quero que meus pais o aceitem como aceitaram o filho de Cláudia e os de Fernando.

—Oh, babe. — Iori envolveu sua cintura, abraçando-a de lado e beijando sua bochecha. — Eu sei que isso incomoda você.

—E sei que te incomoda que sua família nunca tenha te aceitado e mantido distância.

—Nunca precisamos deles para estarmos juntas.

—Podemos continuar contando somente uma com a outra quando tivermos esse filho? — Ela inclinou a cabeça, apoiando na dela. — Odeio considerar que talvez sua mãe esteja certa. Eu quero o melhor para o nosso filho.

—E ele terá, eu prometo.

—Ei. — Lana as chamou, sentando no braço do sofá, uma mão sobre o estômago.

—Lana, eu nem te ouvi. — Iori saiu da banqueta e se aproximou dela, parando a sua frente e segurando seu rosto, pressionando a mão em sua testa. — Você continua com febre.

—Acho que é porque eu acabei de colocar os remédios para fora.

—Você precisa ir ao médico. — Laura parou ao lado de Iori, checando sua temperatura também. — Você está pálida, sua pressão deve estar caindo. Não devia ter tentado descer as escadas assim.

—Não se preocupe, eu não caí. — Ela olhou para Iori. — Você pode me levar?

—Claro que sim. — Iori segurou sua mão. — Eu vou trocar de roupa e te levo.

—Você pode me pegar roupas também? E minha carteira, devo ter deixado na bolsa que levo para a academia.

—Claro.

—Eu levo vocês. Estou indo para o hospital, lembram? — Laura olhou entre ambas, deslizando os dedos nos cabelos dourados de Lana. — E seu plano de saúde cobre lá também.

—Eu nunca lembro. — Ela piscou algumas vezes.

—Fiquem aqui, eu vou pegar as coisas. — Iori se afastou, subindo rapidamente as escadas.

—Você comeu na rua ontem? — Laura perguntou, continuando a mover os dedos entre seus cabelos, tentando organizar a confusão que estavam.

—Um sorvete. Mas já comi lá outras vezes. — Ela voltou a pressionar a mão no estômago, sentindo-o doer e torcer, apoiou o rosto no peito de Laura. — Como eu odeio isso. Achei que tinha passado em Nova York.

—Você ficou desse jeito lá também?

—Sim, mas achei que tinha sido algo que comi. Ou deixei de comer. Mas agora está pior.

—Se você não tratou da primeira vez é capaz que tenha piorado os sintomas.

—Eu reparei pelos vestígios de sangue agora pouco.

—Tinha sangue?

—Pouco. Mas deve ser porque machucou por tão ter mais nada para sair.

—Ou pode ser uma infecção.

—Isso é pior. Você pode ligar para Madson e checar se Kael está bem? Odiaria ter passado alguma coisa para ele.

—Posso. Você precisa ir ao banheiro antes?

—Não.

—Me diz o número dela então. — Laura pegou o celular, discando o número que Lana ditou, tendo que esperar tocar várias vezes até ela atender. — Olá, Madson. É Laura aqui.

—Olá. — Ela respirou fundo. — Alguma coisa aconteceu com Lana?

—Bem, achamos que é virose ou uma infecção. Kael mostrou algum sintoma?

—Não. Ele está bem. Lana voltou a colocar as tripas para fora? Eu disse para ela ir no nosso médico quando estávamos em NY, mas ela não quis.

—Não me surpreende. Ela acha que é a Mulher Maravilha.

—Ei, parem de reclamar de mim, estou bem aqui. — Lana inclinou a cabeça, estreitando os olhos em sua direção.

—Isso já aconteceu antes?

—Não, ela costuma ser cuidadosa. Ela provavelmente se distraiu por causa das coisas do enterro, então pode me culpar dessa vez. — Madson suspirou.

—Não estou aqui para culpar ninguém. Você precisava de ajuda, ela ajudou. — Ela continuou olhando para Lana, mas ela voltou a apoiar o rosto em seu peito. — Você está bem?

—Ótima. Me deixe saber se ela melhorou ou não. Eu fico com Kael até ela melhorar.

—Sim, acho que é melhor ficar com ele esses dias. Tudo bem, Lana?

—Sim, não quero passar nada para ele. Mas ela vai precisar pegar as coisas dele aqui em casa. — Lana murmurou, suspirando.

—Você precisa de algo dele aqui de casa?

—Não. Eu preciso comprar coisas para ele. Vou aproveitar e o distrair com compras hoje então.

—Ela vai deixá-lo mimado. — Lana reclamou.

—Mas pense pelo lado bom, se for uma virose, significa que vocês não a engravidaram. — Ela riu sutilmente, Laura deu um risinho.

—Sim, não dessa vez. A menos que vocês queiram me dizer que tiveram uma noite de loucura em alguma dessas boates, então te daria algum crédito.

—Não, não com homens envolvidos ao menos.

—Então está tudo bem, é só uma virose. Você ainda não conseguiu um herdeiro direto dessa fonte.

—Não, não ainda.

—Parem de conspirar na minha frente. — Lana voltou a olhá-la. — Do que estão falando afinal?

—Bem, eu te aviso se ela melhorar. — Laura viu Iori descer as escadas.

—Claro. Diga que a amo. — Madson riu em clima leve.

—Diga você mesma. — Ela desligou, guardando o celular. — O que foi? — Perguntou diante do olhar confuso de Lana. — Você não está carregando um herdeiro, está?

—Como eu poderia? Sou uma fonte seca por mais de duas semanas. Nenhuma semente brota aqui.

—Vocês conseguem falar de sex* em todos os momentos. — Iori constatou, colocando as peças de roupa no sofá. — Você consegue se vestir sozinha?

—Sim.

Ela se levantou e tirou o pijama, vestindo-se enquanto Iori checava se tinha tudo o que precisava dentro da bolsa, logo em seguida elas foram para o carro, onde Laura as levou para o hospital em que trabalhava.

—É melhor eu entrar sozinha se vamos para o seu hospital. — Lana observou, mantendo-se deitada no banco detrás. — É onde você trabalha. Não é bom atrair essa atenção.

—Eu não me importo. — Laura falou, mantendo a atenção na estrada. — E você não tem qualquer condição de ficar sozinha. Eu não devo qualquer satisfação a qualquer um no hospital. Não se preocupe com isso.

—Laura tem razão. Não se preocupe com isso. — Iori se inclinou no banco da frente para a olhar atrás. — Você está conosco.

Lana moveu a cabeça para concordar, não se opondo em tê-las perto no hospital quando chegaram. Ainda vomitou mais uma vez enquanto esperava pelo atendimento, acabou sendo internada, tendo que realizar endoscopia para identificar o problema, descobrindo o rompimento de uma das veias gástricas, que foi cessado após tratamento. Após realizar o exame de sangue, descobriu o início de uma anemia, tendo que ser receitada com vitaminas além da estadia ser prolongada no hospital para repor os líquidos perdidos e receber sangue.

—Nós temos o mesmo tipo sanguíneo. — Iori falou com alguma animação, sentada na cama que Lana estava e segurando sua mão.

—Somos praticamente almas gêmeas. — Lana tentou falar com algum humor, fazendo Iori rir. — Deus... o que eu não daria por um hamburguer agora.

—Você não pode comer nada pesado pelos próximos dias. — A enfermeira a alertou. — Ou que demorem muito para ser digerido. Seu intestino está sensível, é melhor não o testar e acabar voltando aqui.

—Ou eu estou comendo de menos ou eu não posso comer muito. Você pode me dizer qual é o certo a se fazer?

—Ir devagar nos próximos dias, depois começar a se alimentar direito.

—E dessa vez eu vou prestar atenção se está comendo tudo. — Iori pontuou. — Você nunca comeu grandes porções, não é mesmo? Achei que fosse normal.

—Pela quantidade que ela diz comer, não, não é bom.

—Vê? De que adianta você fazer aqueles pratos deliciosos e não comer como se deve?

—Não comece o sermão. Eu tive um ano atarefado. Nunca tive qualquer doença em todos os anos que me lembro. — Lana suspirou, cansada, erguendo os olhos para a bolsa de soro ainda pela metade, olhando para a enfermeira mais velha. — Quantas mais eu preciso para sair daqui?

—Mais uma. — Ela retirou a agulha do seu braço quando a bolsa de sangue tinha terminado. — Eu volto em uma hora para colocar a outra. Você devia descansar.

—Deus... isso não acaba mais. — Ela reclamou tão logo a enfermeira saiu do quarto, virando-se de lado na cama. — Eu me sinto péssima.

—Você vai melhorar. Amanhã vai se sentir melhor.

—Eu duvido. Pensei a mesma coisa hoje de manhã, e olha onde estamos.

—Lana...

—Desculpa. — Ela fechou os olhos por um momento antes de a encarar mais seriamente. — Sinto muito sobre ontem à noite. Eu não devia ter insistido. Não vai acontecer de novo.

—Você sabe que não há nada errado em querer se casar comigo.

—Você só não quer nada relacionado ao matrimônio. Eu não devia ter aceitado a proposta de sua mãe sem ter falado com vocês antes. Desculpa, eu não vou mais tocar no assunto.

—Mas você ainda quer, não falarmos disso não muda nada.

—E o que vai mudar se falarmos? Você não vai mudar de ideia sobre se casar.

—Eu achei que estivesse tudo bem você e Laura darem esse passo. Eu disse que não me incomodo. E até acho bom se é algo que vocês sentem vontade.

—Porque não faz sentido eu me casar com Laura e não poder chamar você de minha esposa.

Iori suspirou, segurando sua mão e levando até os lábios, depositando um beijo mais longo antes de voltar a olhar para ela. Seus cabelos estavam desarrumados e ela lentamente recuperava a cor no rosto, os lábios permaneciam pálidos e rachados, abaixo dos seus olhos reinava a mancha mais escura, ela continuava com o olhar cansado, como se pudesse pegar no sono a qualquer momento.

—Eu fui criada com a concepção de que há somente casamento entre homem e mulher. E eu sei que não é assim. Mas eu não consigo ver o mesmo sentido quando vejo a união de pessoas como nós. Casamento é algo burocrático para mim. É você precisar da lei para concretizar algo que já está concretizado. Eu não consigo ser romântica como você e Laura e ver o casamento como uma união e um voto de confiança para ficar ao lado de uma pessoa para sempre. E o fato de ser minha mãe que te fez acreditar que me faria mudar de ideia me magoa. Não estou brava com você, eu só não queria que tivéssemos discutido sobre isso por causa de minha mãe. Ela sempre buscou me controlar, e ela sempre tentou usar a ideia de casamento com Laura para nos controlar. Por isso nunca casamos.

—Por que sua mãe iria querer te controlar?

—Porque é o jeito que ela é. Eu sou a primeira filha, sempre houve expectativas sobre meu lugar na família. Eu tinha que dar o exemplo para os meus irmãos. Quando eu me assumi lésbica, foi um caos. Ainda assim, depois de todas as vezes que recusei ter um marido e então decidir iniciar a faculdade, minha mãe tentou controlar isso. Ela me apresentou minha ex, achou que assim teria algum jeito de me manter na linha que ela traçou para o meu futuro. — Ela balançou a cabeça. — Lembra aquele nosso encontro? Eu encontrei com ela no banheiro.

—Ah, então era sua ex.

—Sim. Mas eu conheci Laura na faculdade, traí minha ex com ela.

—Você ainda estava com ela quando ficou com Laura?

—Sim, e não me orgulho disso. Eu podia ter me segurado, mas eu coloquei os olhos em Laura, e ela nem precisou insistir para me ter. Minha mãe ficou com tanta raiva quando descobriu. — Ela sorriu com a lembrança. — Ela tentou nos separar de todas as formas quando decidimos morar juntas, porque até então minha mãe achou que eu iria me cansar e que só estava usando Laura para me opor a ela. Mas ela nunca conseguiu, Laura e eu só ficamos mais fortes juntas. Então não se admire se elas duas se odiarem atualmente. Elas já discutiram diversas vezes, então dificilmente você vai nos ver confiando em minha mãe tão facilmente.

—Então você acha que ela falando sobre o casamento, ela quer controlar você outra vez?

—Sim. E eu não te culpo por acreditar que ela tenha boas intenções. Você não sabe o que ela já fez ou do que ela é capaz.

—Eu entendo seu ponto agora. Talvez seja melhor continuarmos como estamos, não é? Se eu casar com Laura só vai dar razão a sua mãe de certa forma.

—Não diga isso. Vai partir o coração de Laura se vocês não se casarem.

—Eu não sei se quero casar nessas condições, Sasaki. Eu me casei com Madson porque simplesmente parecia certo. Estávamos juntas há algum tempo, queríamos morar juntas. Então pensamos que era o momento certo. E não me parece certo me casar só com uma de vocês quando estou com vocês duas. Desculpa, eu sei que Laura vai entender, mas acho melhor desistir da ideia de vez.

—Querida...

—Vai ficar tudo bem. Acho que já falamos demais sobre isso, já tivemos confusões demais por causa disso. Não há como construir um casamento sobre isso.

—Laura vai me odiar.

—Ela não é capaz de odiar você da mesma forma que eu não sou capaz de sentir raiva de você. Está tudo bem.

—Mas vocês deviam. Estou sendo péssima. — Ela engatinhou na cama, apoiando-se para ficar sobre o corpo dela, cuidadosamente beijando seu rosto.

—Você passou a noite cuidando de mim mesmo depois que discutimos. Se isso é ser péssima, eu quero que você seja péssima todos os dias. — Ela sorriu, tocando seu rosto com as pontas dos dedos, olhando em seus olhos cinzentos. — Não se preocupe, está bem? Eu vou continuar do seu lado.

—E vai ser o suficiente?

—Se não é certo para você se casar, não é certo para mim também. Se estarmos juntas foi o suficiente para cuidarmos uma da outra, porque não seria suficiente amanhã ou depois?

—Você vai me dizer se não for mais o suficiente?

—Claro. Nesse momento, é o suficiente para mim.

Iori sorriu, selando seus lábios, aprofundando o beijo ainda que Lana tenha tentado a impedir, mas acabou aproveitando, movendo os dedos até seus cabelos, acariciando lentamente.

—Eu amo quando faz isso. — Iori falou quando se afastou. — Me faz lembrar nosso primeiro beijo. Você fez a mesma coisa, lembra?

—Sim, você parece que tem o encaixe perfeito para a minha mão bem aqui. — Ela sorriu, ainda a mover os dedos em seus cabelos, fazendo-a fechar os olhos e apoiar a testa na sua. — Você sabe que acabou de provar o quanto me ama agora, não é?

—É?

—Eu só vomitei a noite e a manhã inteira. E estive tomando medicamentos nas últimas horas depois de terem enfiado uma câmera pela minha boca.

—Eu sou romântica no fim da história, não é? — Elas riram. — Você devia tentar descansar. Eu sei que isso te dá sono. — Ela indicou a bolsa de soro antes de se afastar, sentando na cama outra vez.

—Então você devia ir comer alguma coisa. Faz horas que estamos aqui. Te fará mal ficar tanto tempo sem comer.

—Você tem razão. Estou com fome. Você vai ficar bem sozinha aqui por um tempo?

—Sim. Eu só vou dormir, então nada vai acontecer.

—Está bem. Seu celular está do seu lado. Se precisar de mim ou qualquer coisa, me liga e eu volto bem rápido.

—Tudo bem. Não tenha pressa.

Iori saiu da cama, selando seus lábios antes de sair do quarto, enviando mensagem para Laura para avisar que estaria indo comer fora do hospital. Lana acabou dormindo, deixando-se vencer pelos efeitos dos medicamentos e pelo seu cansaço.

Laura apareceu em seu quarto mais tarde, assumindo a tarefa de fazê-la comer a sopa que tinham trazido para o seu jantar, ainda que ela continuasse reclamando sobre ser ruim.

—Quanto mais cedo você terminar, mais rápido eu posso te levar para casa. — Tentou incentivá-la, sorrindo quando ela abriu a boca e comeu. — O médico só está esperando para ter certeza de que não vai vomitar de novo.

—É claro que vou vomitar. Se estivesse tomando água do aquário teria mais gosto que isso.

—Pare de reclamar. Eu te farei uma sopa de galinha que minha avó fazia quando eu ficava gripada. Vai te ajudar a se sentir melhor.

—Agora eu vi uma vantagem. Vou ter direito a uma cozinheira sexy cozinhando para mim.

—Posso até vestir uma fantasia se te fizer parar de reclamar e comer tudo. — Ela voltou a levar a colher de plástico até sua boca, sem encontrar recusa.

—Não é justo. Se vestir algo assim e eu não puder fazer nada.

—Quem disse que não pode?

—Não tenho forças para fazer o que realmente queria te vendo com uma fantasia daquelas.

—É? E o que está passando por essa cabeça fazer comigo, srta. Mason?

Lana sorriu antes de abrir a boca para mais uma colher de sopa, sequer tendo tempo de responder quando a porta do seu quarto foi aberta e ela reconheceu a mãe e irmã de Laura entrando, ambas com expressões preocupadas que se tornaram puro julgamento tão logo as viu. Iori entrou logo em seguida, tentando contê-las.

—Desculpa, elas não me deram tempo de explicar. — Iori falou enquanto Laura se aproximava delas, erguendo as mãos.

—Vocês não podem sair entrando assim no hospital nem no quarto de um paciente. — Laura as alertou em espanhol. — O que diabos estão fazendo no meu local de trabalho?

—Juan estava com febre e eu o trouxe. Cruzamos com Iori na saída. — Cláudia explicou. — Achamos que tinha acontecido algo com você.

—Mas parece que você está perfeitamente bem. — Maria a olhou com raiva, desferindo um tapa mais firme no seu braço que produziu um estalo. — Eu não criei uma filha para ela ter uma amante!

—Mãe-

—Como você é capaz de fazer isso com Iori, Laura? Ela é sua mulher, podia ser sua esposa, e você a está traindo com uma professora qualquer!

—Eu já falei que ela não é minha amante, vocês enlouqueceram? — Ela segurou os pulsos da mulher para a impedir de continuar a agressão. — Vocês não deveriam entrar aqui, é um hospital! Olha a comoção que estão fazendo! Querem que eu seja demitida?

—Se for necessário para você ter a cabeça no lugar? Claro que sim! Como você pode destruir sua relação por causa de um rabo de saia Laura? — Maria continuou cega por raiva, tentando se soltar, ainda com o rosto moreno todo vermelho.

—Mãe, deixa ela se explicar. — Cláudia tocou seu ombro. — Ela deve ter alguma explicação. Laura nunca faria isso com Iori.

—Não comece a defende-la! Ou você já sabia disso? — Ela se soltou e voltou a dar tapas em Laura, que se defendeu, usando os braços para receber os tapas.

—Claro que não!

—Mas que barulheira é essa no quarto da minha esposa? — Madson parou na entrada com Kael no colo, olhando para todas com olhar indignado. — Estou esperando uma explicação. Isso não é um hospital?

—Madson? — Iori a encarou em confusão, a discussão cessando imediatamente.

—Você é a esposa dela? — Maria se virou para a encarar.

—É claro que sou. Quem são vocês e o que estão fazendo aqui? Minha mulher está doente e precisa de repouso, não de um monte de gritaria. Mostrem algum respeito ou serei obrigada a chamar a segurança desse hospital. Francamente Laura, achei que seu hospital fosse mais seguro que isso, eu nunca mais digo a ninguém para vir aqui.

—Oh, meu Deus. — Cláudia escondeu o rosto em vergonha. — Eu disse que Laura nunca trairia Iori, mãe! Olha o que estamos fazendo.

—E por que você não estava aqui cuidando da sua esposa? — Maria insistiu, olhos estreitos em desconfiança.

—Eu não preciso te dar qualquer satisfação, senhora. Mas se é necessário para fazer vocês saírem daqui, eu fui dispensar a babá e pegar nosso filho para ver a mãe. Mas parece que não posso sair por dez minutos! — Ela entrou no quarto e colocou Kael sobre a cama, segurando o rosto de Lana. — Elas fizeram alguma coisa com você, babe? Diga, e eu chamo os seguranças para dar queixa.

—Não. — Lana a olhou, ainda atordoada com a cena, olhando para Laura e Iori em busca de ajuda, mas elas estavam tão surpresas quanto ela. — Elas acabaram de chegar e começaram a gritar. Laura estava me ajudando com a sopa, você sabe como essas agulhas deixam minhas mãos mais doloridas.

—Claro que sim. Da última vez que esteve no hospital eu tive que te dar comida na boca por uma semana.

—Eu já estava bem no dia seguinte, eu só estava me aproveitando de você.

—Ah, eu devia ter imaginado. — Ela riu, selando seus lábios antes de se virar. — Vocês podem se retirar, por favor? Obrigada pela ajuda, Laura, mas eu assumo daqui. — Ela gesticulou a saída, mantendo-se firme em sua posição.

—Vamos, Laura. Você tem muito o que explicar. — Maria segurou o braço da filha, mas ela não se moveu. — Laura-

—Vai na frente. Eu já alcanço vocês. — Falou sem as olhar, encarando Madson com alguma raiva.

—Vai com sua mãe. Lana está cansada e eu tenho que a levar para casa. — Madson seguiu para a porta e a abriu. — Saiam, por favor, isso ainda é um hospital.

—Vamos conversar lá fora, querida. — Iori segurou a mão de Laura, que olhava para Lana, percebendo o entendimento misturado com tristeza nos olhos dela.

—Sim, vamos terminar isso lá fora. De uma vez por todas. — Ela piscou para Lana, virando-se e esperando que sua mãe e sua irmã saíssem do quarto, seguindo-as até a porta, onde encarou Madson. — Não pense que estou grata.

—Então não pense que estou brincando. Nunca mais deixe sua família tratar Lana desse jeito. Ela não é um brinquedo entre vocês. Então parem de ser covardes, por Deus. Eu não levei um mês para a apresentar a minha família. — Ela encarou Laura com maior seriedade, sem hesitar. — Agora mova sua bunda para fora.

Laura a encarou por maior tempo, mas Iori tocou seu braço, pressionando-a para sair, tendo seu tempo para encarar Madson e sorrir.

—Beije ela de novo, e serei eu a quebrar sua cara dessa vez. — Ela apertou sua bochecha, olhando para Lana. — Eu já volto.

Iori acompanhou Laura para fora do hospital e em direção ao estacionamento, segurando sua mão e sentindo a pressão em seus dedos, tão intensa quanto o clima que tinha penetrado em seus ossos.

—Não pense que me enganou, Laura. Eu ainda não acredito que não haja nada entre você e aquela mulher. — Maria falou, pisando duro mais à frente, só parando quando chegaram no carro do seu genro, que segurava o bebê no colo. — Uma mulher casada! Você deveria se envergonhar.

—Ela não é casada. — Laura pontuou, enfrentando o olhar de sua mãe quando ela se virou para a encarar, mas manteve os olhos duros nela. — Ela é divorciada. E ela não é uma professora qualquer, porque até Chieko reconhece que ela é incrível. E ela não é minha amante. Ela é minha namorada da mesma forma que Iori é.

—Ela é nossa namorada. — Iori reforçou.

—Oh, Jesus, Maria e José. — Cláudia fez o sinal da cruz, beijando o crucifixo que tinha no pescoço.

—E eu tentei te contar isso da melhor maneira, mas você simplesmente não me escuta! Você não pode invadir meu local de trabalho e tratar as pessoas desse jeito, mãe. — Laura prosseguiu, mantendo-se firme.

—Você não pode ter duas mulheres, Laura! — Maria se alterou. — Isso é bigamia! Eu não criei uma filha para ser bígama e acabar presa.

—Eu não estou mantendo duas mulheres separadas. Elas estão juntas da mesma forma que estou com elas. E seria ótimo se você passasse a respeitar Lana também, porque eu não vou tolerar que a trate como tratou hoje nunca mais.

—Quem você acha que é para me dar ordens? Eu sou sua mãe, e me recuso a aceitar essa pouca vergonha! Eu não criei filha minha para se meter nesse tipo de coisa. Deus não aprova! Você quer ir para o inferno?

—Eu não vou para o inferno por amar duas pessoas e elas corresponderem, mãe. E eu não sou mais uma criança para você assustar com o inferno. Eu sei exatamente o que estou fazendo, e sei que não é nada errado.

—Você tem razão, Maria. — Iori interveio. — Você não criou uma filha para fazer coisas erradas. Laura tem um coração enorme, e nós nos amamos tanto, que tínhamos espaço para amar mais uma pessoa.

—E eu espero profundamente que você possa aceita-la como aceitou Iori, porque Lana é uma pessoa maravilhosa, e eu pretendo mantê-la por perto por muito tempo. — Ela desviou o olhar somente para encarar a irmã. — Leve ela para casa.

—Si-sim. — Cláudia tocou o ombro da mãe. — Vamos, mãe. Não temos mais nada para fazer aqui e a senhora tem que tomar os remédios.

—Só volte em minha casa quando acabar com isso, Laura. Eu não admito essa pouca vergonha debaixo do meu teto. — Maria falou em tom duro.

—Bem... — Laura recuou um passo. — Então foi bom te ver hoje, mãe. Parece que não nos veremos por um longo período, porque eu não pretendo me separar de nenhuma delas. — Ela suspirou, deixando os ombros caírem. — Tchau, mãe, tchau Cláudia, Ángel. — Ela acenou, virando-se junto a Iori para entrar outra vez no hospital.

Enquanto isso Lana ouvia a narração de Kael sobre todas as coisas que tinha feito no dia, numerando tudo que tinha ganhado. O médico apareceu pouco tempo depois, avaliando seu estado e dando alta, além de orientações de como deveria se tratar em casa.

—Eu deveria ter mantido você afastada do trabalho. Ou te exigido uma avaliação. — Madson falou enquanto ela se vestia, mantendo Kael ocupado na cama para não a ver nua.

—Uma avaliação? Sério?

—Não vivemos mais juntas. Eu nunca te pedi porque sabia tudo o que você comia e deixava de comer. E principalmente quais eram suas condições... físicas. — Ela sorriu quando Lana a olhou. — Algumas tatuagens são novas, mas você continua maravilhosa.

—Obrigada. — Ela suspirou e sentou na poltrona, tentando outra vez colocar a calça. — Você também. Aposto que as professoras agora estão caindo em cima de você.

—Estão. Mas eu prefiro manter esses assuntos fora da academia.

—Eu fui a sortuda no fim então.

—De fato.

—Obrigada, aliás. Com a mãe de Laura. Eu não sabia o que fazer. — Ela terminou de colocar a calça, suspirando enquanto se recostava, cansada com o mero esforço.

 —Você não deveria fazer nada. Era o dever de Laura, não o seu. Aquela senhora deveria ter um mínimo de noção. Invadir seu quarto daquele jeito. Eu sequer precisei pensar quando vi aquela cena.

—Eu faria a mesma coisa no seu lugar.

Madson sorriu, aproximando-se dela e ajoelhando a sua frente, colocando seus tênis sem pressa, ajudando-a a colocar a camisa.

—Você sabe que sempre pode contar comigo. — Lana falou, tocando seu rosto com maior afeição. — Você sempre foi boa para mim. Sempre me ajudou. Eu sei que isso pode te confundir, mas eu não consigo deixar de me preocupar contigo.

—Nem eu com você. Então não é tão confuso. — Ela virou o rosto e beijou sua mão, Lana inclinou o corpo e beijou sua testa. — Como está se sentindo?

—Cansada. Elas estão demorando.

—Eu posso te levar para casa.

—Não. Elas não são malucas de me deixarem aqui.

—Não mesmo. — Iori falou enquanto entrava no quarto, aproximando-se lentamente. — Desculpa a demora. A diretora do hospital nos parou no caminho.

—A notícia correu rápido. — Madson observou ao se levantar.

—Laura está em apuros agora? — Lana indagou, estranhando a notícia.

—Ela foi notificada a não deixar acontecer de novo. Mas está tudo bem. O médico já veio?

—Sim. Nós já podemos ir. Onde está Laura?

—Mandei-a esfriar a cabeça enquanto eu vinha te buscar. Como você está? — Ela se inclinou e beijou seus lábios. — Se sente melhor?

—Um pouco. Ainda me sinto revirada por dentro. Mas é bom não vomitar mais.

—Que bom. Ele passou remédios? Passamos numa farmácia na volta.

—Sim, alguns.

—Está bem, você está pronta para ir? Consegue se levantar?

Lana buscou se levantar, contente em não se sentir tão zonza, mas protestou o cansaço, envolvendo o braço de Iori quando deu um passo.

—Vocês precisam de uma carona? — Iori indagou a Madson, que pegava o garoto no colo. — Você vai ficar com ele ou nós levamos?

—Eu levo, não se preocupe. — Madson se aproximou delas. — No final de semana nós vemos o que fazemos.

—Obrigada. Por tudo. — Lana segurou sua mão, acariciando seus dedos. — Eu vou te ver em alguns dias, querido, mas eu te ligo amanhã. — Ela falou para o garoto.

—Por que eu não posso ficar com você? Você prometeu. — Seu rosto se torceu em manha.

—Eu sei, mas eu estou doente agora. E eu não quero que você fique doente também. Você não se divertiu com Madson hoje?

—Mas eu não quero ficar longe de você.

—Querido, não vamos ficar longe porque não estamos na mesma casa. Eu vou continuar perto de você sempre que pensar em mim. E como eu disse, no final de semana eu vou lá na casa de Madson para ficar contigo. Vai passar rápido, você nem vai sentir minha falta.

—Vamos continuar nos divertindo juntos, Ka. — Madson sorriu. — Vamos deixar Lana se recuperar antes que possa se divertir conosco. Dê um beijo nela para ela melhorar mais rápido.

—Está bem. — Ele se inclinou no colo dela e beijou a bochecha de Lana quando ela se aproximou, contente com o afeto dele. — Fica bem logo tia Lana.

—Eu ficarei, querido. Não se preocupe. Obedeça a Madson, está bem? Ela vai cuidar muito bem de você.

—Se cuida, babe. — Madson beijou sua bochecha. — Não me faça te ver num hospital de novo.

—Garanto que aprendi minha lição. — Ela sorriu, sentindo a pressão em sua mão, esperando que Madson saísse do quarto antes de olhar para Iori, sem entender. — Queria me ter sozinha?

—Sempre. Vem. Eu só não queria ela perto. Ela está perto demais de você, e eu não gosto disso. — Ela beijou seus lábios, conduzindo-a para fora. — Ela nunca vai desistir de você.

—Até achar outra pessoa.

—Eu duvido. Ela te olha como se continuasse apaixonada por você. É irritante.

—Eu sei. Desculpa. Acho que essa viagem acabou nos deixando mais próximas. Eu não pude evitar. Ela estava devastada e eu fiquei perto demais.

—Só tome cuidado de agora em diante. Ela foi sua esposa por todo esse tempo, eu odiaria que ela finalmente conseguisse atingir um ponto sensível seu.

—Tudo bem. Eu serei mais cuidadosa. Mas a única coisa que estive pensando nessa viagem é ficar perto de vocês duas. Só é uma pena que eu não possa fazer nada com vocês essa noite.

—Não pense nisso agora. Temos todo o tempo do mundo. E eu só quero te segurar em meus braços.

Lana somente moveu a cabeça, suspirando quando chegaram na recepção, tendo que resolver a parte financeira e burocrática antes de seguir para o estacionamento, encontrando Laura mais quieta que o habitual. Voltaram para casa e realizaram a rotina comum de se prepararem para dormir.

Fim do capítulo

Notas finais:

Olá!

Quão confusas vocês ficaram com o nome da Iori do começo da história até agora? Acham que atrapalha a confusão do i com o L? Seria mais simples se fosse com Y?

 

Enfim, muito obrigada a quem continua acompanhando e deixando sua marca nos comentários :)

Em breve estarei postando uma nova história de fantasia :D quem quiser ter uma prévia da capa basta me perseguir nas redes sociais ahhaha o nome será "A feiticeira e a loba", estão curiosas? :3

 

Vejo vocês no próximo!


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