Capitulo 31
Entre uma reunião e outra, Elena teve meia hora de descanso na sua sala e aproveitou para saber noticias de Joy. Nos últimos dias não tinham conseguido conciliar horários, e embora, falassem sempre por telefone, a saudade física já atingia níveis desconfortáveis. Pelo menos para a grega.
--Elena, a que ponto chegaste...
Riu de si mesma ao fazer aquela observação. Mas a verdade era que se pudesse, estaria com Joy todos os dias. As sessões de trabalho à noite e que muitas vezes entravam madrugada adentro, ou ainda as viagens para outros estados e até países, tudo isso não era uma realidade muito fácil de gerir. Elena insistia em dizer que aquela saudade exagerada era por estarem no inicio da relação. Precisava acreditar em alguma coisa que não provocasse vendavais no seu lado sensato.
Seu momento de devaneio foi interrompido. Na realidade não tinha sido interrompida e sim convidada a entrar definitivamente no devaneio.
Atendeu à ligação com um sorriso.
--Grega, ainda lembras de mim?
Gargalhadas.
--Leves lembranças...bem leves...
Sorrisos.
--Eu não sei onde deixei meu espirito blasé, mas...
--Não me tiras da cabeça.
--E do resto também.
Gargalhadas.
--Estou no trabalho, não posso rir assim.
--Desculpa senhora seriedade, só queria saber como estavas. Sabes há quantas noites não tomamos um vinho juntas?
--Quatro seguidas!
--E achas certo?
--Não..., mas preciso manter minha reputação.
Gargalhadas.
--Se conhecesses a minha...
Risos.
--Estamos num interregno...
Risos.
--Posso pedir-te uma coisa?
--Hmmm, tu não vales nada...
--Mas ainda não pedi nada...
--E já sabes que eu não vou recusar...
Risos felizes.
--Olha bem o que dizes...
--Estou ciente das consequências...
Risos.
--Esse trabalho termina hoje. Ainda não sei a que horas, mas hoje impreterivelmente precisamos concluir os trabalhos externos. Podes esperar-me no meu apartamento?
--Posso, mas por que precisa ser lá?
--Para que eu não morra de vergonha.
--Não entendi!
--Não gosto de chegar na tua casa de madrugada e ainda acordar-te...não sei explicar, mas sinto-me extrapolando...
--Será que reclamei e não percebi?
Gargalhadas.
--Não reclamaste porque és muito educada e muitas vezes só abres os olhos, me abraças e voltas a dormir.
Risos.
--Acho que estás a exagerar nessa timidez ou seja lá o que for, mas eu espero-te na tua casa.
--Obrigada! Vou melhorar essa mania...
Risos.
--Ah vais, mas aproveita que hoje estou boazinha...
--Ah estás? E posso saber a razão?
--Não me provoques, inglesa insuportável.
--Vá lá, grega destemida.
Risos.
--Só quero dormir contigo, não estou com tempo para divagações sobre as tuas manias.
--A objetividade é definitivamente o teu maior encanto.
Risos.
--Maluca! Preciso desligar, mais reuniões...
--Reserve um pouco de energia para mim...
--Abusada. Beijo e até mais tarde.
--Beijo na tua barriga.
Desligou.
Elena levou a mão à nuca que ardia. Mordeu a boca e sorriu.
O telefone interno tocou, agora sim arrancando-a do devaneio...
*****
Elena andava às voltas pelo apartamento enquanto conversava com a mãe por vídeo.
--Sossega um pouco minha filha, já estou tonta.
--Ah, desculpa mãe. Estou arrumando as coisas de Myk porque vou sair.
--Mimas tanto esse gato.
Risos.
--Só eu, hum-hum...
--O meu excesso de zelo justifica-se, afinal moro longe.
--Esse gato é o que é por culpa tua. Ele acha que manda em mim.
--Mas quem é que consegue essa proeza? Nem eu que pari...
Risos.
--Mãe, às vezes eu queria não ter sido tão bem-educada. Queria poder mandar a minha chefe dar uma volta lá...
--Essa mulher continua doida?
--Só piora. Eu não sei o que está a acontecer, parece que ela esqueceu da reputação daquela editora, ou se calhar eu é que não caibo mais lá...
--Gostas tanto do teu trabalho...
--Gosto! Já gostei muito de trabalhar na EWO, aliás, foi a realização de um sonho. Mas...
--Quem sabe não é a hora de ter novos sonhos?
--Sim, preciso pensar muito no que quero para o meu futuro profissional.
--Nada como nossa casa para nos auxiliar nessas imersões. Vens?
Risos.
--Eu alguma vez na minha vida consegui negar-te um pedido?
--Vens?
--Claro, Melina. Esse escape veio na hora certa...
--A tua amiga também está convidada.
--A Joy?
--Claro! A Milanka não precisa de convite e ela está convalescente.
--Convalescente? Aquela doida está melhor do que nós duas juntas. Coitado do Ethan.
Risos.
--Ainda bem. Ela passou por um mau bocado...
--Sem dúvida e pôde contar com esse homem que é um autêntico presente.
--Ele gosta dela...
--Muito! Sobre a Joy ir comigo, acho difícil ela conseguir conciliar...
--Porquê?
--Está cheia de trabalhos por esses dias.
--Insista, teu poder de persuasão é admirável.
--Oh mãe, eu não sei ao certo o que é, mas sinto que há mistério por aí...confessa.
Risos.
--Vou buscar-te ao aeroporto.
--Hã? Mas eu sei o caminho de casa.
--Faço questão!
--Hmm, já percebi que não estás a contar tudo, mas tudo bem. Não sou ansiosa e espero até chegar em Ohio.
Risos.
--Vais adorar a surpresa!
--Eu vou adorar estar contigo, mãe.
*****
--Digam alguma coisa, eu não posso continuar nessa ansiedade.
Elena encarava os dois animais de estimação com as mãos na cintura e sobrolho franzido.
--A que ponto eu cheguei...
Bateu a cabeça e riu de si mesma.
Estava ansiosa para saber se Joy teria disponibilidade para viajar com ela, e ao mesmo tempo, não queria parecer muito afoita. Às vezes ainda fazia-lhe um pouco de confusão a forma como aquela mulher mexia com sues padrões de comportamento. A sua superficialidade nas relações, há muito se perdera. Quando, no auge da emoção conseguia se lembrar de quem era, ainda disfarçava o afã que a consumia. Raras eram essas vezes...
--Zayco, achas que ela vai aceitar? Mas e vocês? Não podemos carregar a família toda para um fim de semana. Família? Meu Deus, misericórdia...
Mais uma sonora gargalhada.
--Joy, vais morar nesse chuveiro? - Gritou.
Sem resposta, aproximou-se mais ainda da porta do quarto.
--Joy, ainda estás viva? - Sorriu ouvindo o barulho da água.
--Elena, eu precisava muito desse banho quente. Meus músculos estão quase atrofiados de tanto fazer malabarismo para conseguir o melhor angulo.
--Já tenho a tua taça de vinho na medida certa...
--Hmmm, vinho e tua pele quente...não quero mais nada...
--Receio ter de estragar-te os planos...
--Como assim? - Ela desligou a água.
--Precisamos conversar...
--Mas podemos tomar vinho e conversar e eu posso ficar grudada na tua pele, ou não?
Elena sorriu e fechou os olhos.
--Podes...
--Fiquei nervosa. Eu nunca sei o que se passa na tua cabeça...
--Exagerada!
--A conversa vai me deixar feliz ou nem por isso?
--Ah Joy, desde quando és insegura?
--Desde que me apaixonei por uma grega bastante imprevisível.
Elena riu alto e notou um leve ardor na sua face.
--Cuidado com o meu coração.
--Saia logo desse banho e deixa de ser exagerada.
--E ela ainda me dá ordens...Joy, por onde andarás?
Ouviram-se gargalhadas pela casa.
*****
--Elena, relaxa. Eu jamais deixaria o Myk em maus lençóis.
--Eu sei que não. Mas é que ele está acostumado com a Milanka...
--Que agora não pode ficar com ele e ainda bem que o Ethan tem mais juízo do que vocês duas juntas.
Risos.
--A Milanka é doida mesmo...
--Tu também és. Se bem que no teu caso é mais outra coisa...
--O quê?
--Parece que não queres perder controlo...
Elena bufou.
--Eles vão ficar bem. A casa de Mark é enorme, ele adora animais e o Zayco já é familiarizado com o ambiente. Myk adora Zayco...
--É uma mistura de tantas emoções que acho que estou a ficar doida.
Elena esfregou uma mão contra a outra e mordeu a boca.
--Respire fundo e relaxe. O mais difícil, nós conseguimos. Essa pequena folga entre um job e outro foi providencial. Vou curtir Ohio na melhor companhia. - Sorriu.
--É simplesmente encantadora a leveza com que levas a vida.
--Ah meu bem, nem sempre foi assim...
--Desde que conheci és assim...leve e encantadora...
Joy sorriu e puxou Elena para os seus braços afagando-lhe os ombros tensos.
Mais tarde no avião....
--O que foi dessa vez? Não vai me dizer que tens medo de avião. - Joy riu da expressão aflita de Elena.
--Claro que não tenho medo de avião. Eu simplesmente esqueci de informar à minha mãe que vais comigo.
--Mas não foi ela quem me convidou?
--Sim...
--Então?
--Tive uma manhã tão extenuante que esqueci de avisar que a fotógrafa tinha conseguido dois dias de folga.
Joy continuava a rir da expressão de Elena.
--Para de rir!
--Meu bem, sabes o que estás a parecer?
--Hmmm?
-- Uma adolescente com o primeiro amor, e ansiosa pela aprovação dos pais.
--Sou ridícula. - Bateu a cabeça e riu. - Estou nervosa porque sei que minha mãe está a aprontar alguma coisa.
--Só por isso? - Joy encarou-a.
-- Não, mas não quero falar sobre isso. - Bufou mais uma vez.
--Tudo bem. Posso ficar num hotel...
--Vais ficar comigo!
--Ok!
--Ah, desculpa-me. Pareço uma doida. Estou nervosa, ansiosa...deve ser descontrole hormonal.
-- Tudo bem, esqueceste que eu também sou mulher...temos fases...
Riram juntas.
--Tu me fazes tão bem, inglesa maluca.
--Ainda nem te mostrei as melhores qualidades.
--Idiota!
Gargalhadas.
--Segura a minha mão, com força.
--Afinal temos medo de avião....
--Ah vá...
*****
--Mãe, tens a certeza que vamos para casa? - Elena questionou ao perceber que entravam numa rota divergente à qual estava acostumada.
A mãe e o namorado olharam-se e ela sorriu.
--Temos novidades...- Afirmou Melina de forma misteriosa.
Elena olhou para o lado e buscou o olhar de Joy que sorria calmamente.
Melina não disse mais nada e decidiu escolher uma música para ouvirem.
--Tens certeza que a tua mãe não sabia que eu vinha? - Sussurrou Joy ao ouvido de Elena.
--Não. Esqueci de avisar. Mas está tudo bem...- Respondeu no mesmo tom.
--Eu sei que está. - Sorriu - ela é muito afável.
--E doida!
Soltaram risinhos abafados.
--Joy, não acredite em nada que ela diga a meu respeito. Minha filha é uma exagerada e...
--Melina, estavas a ouvir a nossa conversa?
Gargalhadas.
--Nem por isso, mas sou uma mulher precavida.
--Richard, tu que aparentemente és mais sensato do que a minha...
Melina riu alto e Richard seguiu no mesmo embalo.
--Relaxa, Elena. Estamos em casa. - Brincou Joy.
--Todos contra mim, não tenho outra alternativa.
Risos.
--Vais gostar da surpresa! - Garantiu Richard.
--Vais adorar, meu bem. Não gostas de me ver feliz?
--Sabes que sim.
--O que diz a minha cara?
--Mãe, tu és doida, eu nunca sei...
Gargalhadas.
--Vamos para Cuyahoga Falls! - Gritou Richard rindo alto.
Elena inclinou o corpo para a frente e olhou para a mãe tentando entender melhor o significado daquela frase.
--Não tenho nada a ver com isso. Se é para brigar, dirija-se ao Richard.
Risos.
--A ideia da surpresa foi minha. Se não gostarem, assumo integralmente a culpa.
Elena olhou para Joy sem saber muito bem o que pensar. As coisas de repente pareciam-lhe um pouco fora do controle. Joy permanecia impávida e sorrindo.
--Relaxa! - Joy sussurrou mais uma vez.
Elena engoliu em seco ao notar que Joy a desvendava nos mínimos detalhes.
--Minha mãe é doida e esse namorado dela deve ter andado na mesma escola.
Joy riu e segurou a mão de Elena com carinho.
--Adoro surpresas e sei que vamos ter momentos memoráveis.
De repente, a paz. A leveza que um simples sorriso fazia transbordar...
Elena suspirou e deixou-se envolver pelo momento. Olhou para a janela e sorriu sentindo calor no coração e na mão que era acariciada.
*****
--Nossos pequenos rituais, que resistem não importa onde estejamos. - Elena sorriu enquanto recebia da mãe uma chávena fumegante de chá.
--Menta e gengibre como a senhorita adora.
--Sim e pelo aroma já sei que vou delirar.
Risos.
--O que esses dois teimam em fazer lá fora? Já esfriou bastante...
--O Richard está muito entusiasmado pela obra e pelo que percebi a Joy é outra entusiasta.
Risos.
--Eles estão a falar sobre fotos promocionais. A Joy quando gosta de um assunto...
Elena olhou pela janela e lá estavam eles à conversa e aparentemente sem notar o frio que já se instalara.
--Tem mais chá na cozinha e umas bolachas no forno.
--Hmmm, já se nota o cheiro maravilhoso pela casa. Mãe, como é que ele te convenceu a vir para cá?
Melina sorriu. A filha a conhecia muito bem e sabia de sua resistência a mudanças tão bruscas.
--Não foi fácil. Mas, o Richard é sedutor, paciente, generoso e gosta de mim. Já não estou muito nova...
--Ah mãe, pelo amor de Deus.
--Calma, ainda não estou caquética.
Gargalhadas.
--O que eu quis dizer é que na minha idade, ter um companheiro é muito bom.
--Eu gosto dele...
--Eu também! Ele é o parceiro ideal para essa mãe doida que Deus te deu. Não foi fácil convencer-me a vir para cá. Sabes da minha mania de independência, do orgulho de bradar que consegui tudo sozinha. Sem contar na minha chatice, quanto mais velha, pior.
Risos.
--Mas ele é envolvente, quando percebi estava a ajudá-lo em tudo e esse projeto conquistaria qualquer um. É um sonho da vida dele e que fez questão de me incluir. Mas eu não vendi a nossa casa.
Risos.
--Faça dela o que quiseres.
--Por enquanto ela fica lá. Quem sabe não passe a ser a casa de férias para onde trarás os teus filhos.
--Quem sabe...esse lugar vai ficar lindo, mãe. E o Richard já me disse que o restaurante da estância será gerido por vocês.
--Sim, exigência minha. Não posso parar de trabalhar e sabes que adoro as panelas.
--Sim, e parece que ele também...
--Eu adoro panelas, ele é mestre dos ingredientes e das combinações.
--Confesso que estou muito encantada com tudo. Tu és muito doida de não me contar nada, mas adorei a surpresa e já sinto que serás mais feliz ainda. - Beijou o braço da mãe.
--Eu queria ter avisado porque já conheço a tua chatice e ainda mais porque não vinhas sozinha...
--E eu que nem tempo tive de avisar que afinal a Joy vinha...
--Mas eu nem ponderei outra possibilidade.
Elena riu alto e encarou a mãe.
--Eu não sou chata.
--Não, apenas controladora.
--Mãe, sobre a Joy...eu, ela é...
--Uma amiga muito especial, que faz teu coração pulsar e sua face corar.
Elena sorriu e bateu a cabeça afirmativamente.
--E que me faz querer coisas que nunca quis e cometer desatinos...
--Desatinos?
--Ah Melina, sossega. Estou doida, mas ainda uma doida controlada.
--Enganas-te se achas que estou a censurar. Eu quero que cometas todos os desatinos compatíveis com a tua fase de vida.
--O maior desatino que cometi até agora foi trazê-la para cá...ah e deixar Myk aos cuidados de um amigo dela que eu não conheço.
--Ah Elena, pelo amor de Deus. Seja mais minha filha.
Gargalhadas altas.
--Eu gosto dela...eu gosto muito dela.
--Nota-se! Eu percebi primeiro que ela gostava muito de ti e que tu estavas confusa. Lisonjeada com a atenção, mas receosa ou...
--Medrosa! Ela é uma mulher que encanta, envolve, enfeitiça...sei lá...eu me vi encantada e não querendo outra coisa. Mas ás vezes fico desesperada, alguma coisa trava o meu corpo e paralisa meu coração...
--Medo, mas isso é normal. Eu nunca vivi uma relação com outra mulher, mas acredito que deve causar um alvoroço...
--A minha questão nem é o sex* dela, o problema é o que ela causa em mim. Melina, a Joy me virou de cabeça para baixo, baralhou o meu quebra-cabeças e agora não sei por onde andam as peças chaves.
--A mim pareces tão bem...
--E o medo de despencar da nuvem de felicidade?
--E porquê despencarias?
--A sensação que tenho é que ela vai embora da mesma forma que veio.
--Nós não sabemos nada sobre o futuro, mas o presente que eu vejo, é ela aqui contigo e com uma naturalidade cativante. O que vejo é a minha filha abrindo as portas secretas da alma, ainda apenas pequenas frestas, mas já é um avanço e tanto.
--Mãe, preciso da tua opinião...
--Hmmm...
--A Joy já me disse algumas vezes que aparento descaso, ou melhor, que parece que quero descartá-la...
--Queres? Não faz muito sentido...
--Claro que não! O que eu vejo é mais uma das minhas autossabotagens...
--Hmmm...
--Eu não reconhecia essa minha característica até Milanka trazê-la à baila. Ela refere-se muito a isso em relação ao trabalho...
--E agora fazes o mesmo na esfera emocional.
--Parece que sim, mas é totalmente de forma inconsciente. Eu não quero descartar a Joy. Eu quero ter laços com ela...elos...histórias em comum...
--Ela está aqui contigo. Para mim, isso é prova cabal que ela não é descartável. Reconheci no teu nervosismo uma entrega genuína, mas eu sou a tua mãe e te conheço há 30 anos.
Sorrisos com afagos.
--Eu a trouxe para casa. Não a nossa casa...
--Essa é a nossa casa agora.
--Sim, e eu a trouxe para cá. Quantas vezes já fiz algo parecido?
--Que eu me lembre...
--Desde que estou em Nova York, jamais trouxe meus namorados para casa.
--Elena, vou confessar-te uma coisa já que estamos nesse momento tão oportuno.
--Tenho até medo...
Risos.
--Já tinha passado pela minha cabeça que podias desenvolver uma paixão por outra mulher.
--Sim?
--Sim...pensei que pudesse ser a Milanka.
--Hâ? Mãe, estás doida? - Arregalou os olhos.
--Calma!
Risos.
--Tens mais afinidade com ela do que qualquer um desses namorados.
--Amizade, apenas isso. Uma grande amizade.
--Era puro desespero de mãe. Queria entender como minha filha maravilhosa não se encontrava numa relação.
--Eu poderia muito bem não me encontrar e ainda assim estar bem...
--Tu entendeste o que eu quis dizer e se não entendeste, espera até nascerem os teus filhos.
Risos.
--Mas quando eu vi como essa inglesa te olhava e mais, como tu parecias flutuar a cada palavra dela, eu entendi que se houvesse alguma chance, seria com ela...
--Ah mãe, tu és muito doida. Flutuar?
Risos.
--Ainda coloco uma camera escondida e te exponho em grande estilo.
Gargalhadas.
--Eu entendo essa tua armadura, e de certa forma devo admitir uma certa culpa por seres assim...
--Culpa?
--Sim, porque cresceste ouvindo meu discurso inflamado de que não devemos confiar nas pessoas, de que temos que ser autossuficientes e toda aquela história...
--Mãe, não tens culpa de nada. Eu tenho meus próprios medos e também tenho essa mania de achar que um relacionamento mais sério pode atrapalhar meu percurso profissional.
--Depende da relação...
--A questão aqui é que a Joy me incentiva a fazer e ser melhor. Ela sempre questiona se estou feliz na EWO...isso tudo faz-me pensar que uma coisa não pode excluir a outra...
--Foi o que eu disse, depende da relação e ao que parece, acertaste em cheio nessa inglesa.
--Como mãe observadora que és, já deves saber que ando à caça de um defeito.
Melina riu com gosto.
--Tu és muito doida, Elena. A felicidade parece ser algo que te incomoda. Cuidado meu bem, cuidado.
--Pois, eu já percebi que estou mais uma vez a cometer meu festival de erros. O que já passou, não me interessa mais. Mas, queria fazer diferente, preciso fazer diferente porque eu gosto dela.
--Demonstre com palavras e atitudes e vigie essa boca.
Elena riu e aconchegou-se na mãe.
--Eu já entendi que gostas dela. Aliás, está mais do que claro que ela é muito especial. Mas, quem precisa saber, e principalmente sentir, é a Joy.
--As coisas são complicadas...
--Não são. Olha para mim, a tua mãe a essa altura da vida a seguir rompantes românticos.
--Mãe, se não seguisses rompantes românticos com o Richard, eu mesma te colocaria numa camisa de força.
Gargalhadas.
--Faço minhas as tuas palavras. E olha que ninguém questiona a autoridade de uma mãe.
Gargalhadas.
--Eu sei que estou atrasado, mas prometo preparar o nosso jantar em menos de uma hora. - Disse Richard entrando ás pressas pela porta principal.
--Ah, nós nem estamos com fome. - Brincou Melina.
--Desculpa meu amor, mas não é todos os dias que tenho à disposição uma fotógrafa magnifica como a Joy. Ela tem uma sensibilidade associada a um talento nato que fascinam. Obrigada, Joy.
--Ah, é um prazer e já está combinado que eu farei as fotos promocionais.
--Isso nem se discute. Elena, da próxima vez que vierem nos visitar, que seja por uma longa temporada.
--A apressada não sou eu...- Esquivou-se Joy.
--Eu ainda não pago o meu próprio salário. -Concluiu Elena.
Gargalhadas.
--Nisso ela não saiu á mãe. Eu gosto de trabalho, mas conheço a palavra flexibilidade.
Gargalhadas.
--Ah, queres que eu conte as tuas histórias pregressas?
--Eu ainda sou a tua mãe e exijo respeito.
Gargalhadas.
*****
--Estás preocupada com alguma coisa?
--Não...
--Notei que depois do jantar ficaste mais calada...
--Estou bem e esse chá está delicioso. Ah e a manta que a tua mãe recomendou que trouxéssemos, revelou-se fundamental para o conforto de nossas pernas.
--Doida...
Joy puxou Elena para mais perto e abraçou-a com o corpo todo.
--Queres ir para o quarto?
--Ainda não...e tu?
--Perguntei porque poderias estar com frio...
--Está ótimo e meu calor favorito é a tua pele. Só precisas ficar quieta e colada a mim...
--Que enorme sacrifício.
Risos.
Elena beijou as mãos de Joy e depois cada um dos dedos.
--Posso dizer uma asneira?
--Ah e agora pedes autorização?
Gargalhadas com beijos.
--Qual é o tamanho da asneira?
--Depende...
--Vá lá, inglesa.
--Eu queria ficar mais algum tempo por aqui...
--Porquê?
--Pela beleza do lugar, pelo acolhimento e por sentir-te tão mais leve...
Elena sorriu e continuou beijando os dedos de Joy.
--Estavas tensa até chegarmos aqui na estância. Cheguei a pensar que não tinha sido uma boa ideia virmos juntas...
--Foi a melhor coisa que fiz...loucura sensata.
Risos.
--Agora eu sinto que estás bem...
--Estou muito bem. Estava nervosa porque...porque eu sou essa pessoa ambígua e cheia de paranoia na cabeça. De repente senti que estava a atropelar as coisas, mas já não tinha como voltar atrás e nem queria...
--Sabias que essa tua loucura é um charme a mais?
--Doida!
Risos.
--A confusão nos teus olhos e muitas vezes nos teus atos, tornam-te mais humana...não é como a vida ensaiada que eu vivia antes...
--Tudo aqui é tão novo que às vezes assusta...às vezes parece que sou outra pessoa...
--Acho que estamos a experimentar uma espécie de liberdade...eu me sinto assim...
--Não te aborreceste nem um segundo? Nem com as mil voltas que deste pela Estância com o Richard?
Gargalhadas.
--Adorei! Ele é encantador e um apaixonado por fotografia e pela tua mãe.
Elena suspirou e aconchegou-se mais ainda no abraço.
--Há bocado perguntaste se eu estava bem...
--Hum-hum...
--Esses dias aqui despertaram um sentimento em mim...saudade de algo que nunca vivi. Ver-te com a tua mãe, o vosso elo inegável, provocou uma vontade de...
Elena ergueu a face e encarou Joy com olhos meigos.
--De repente, ou nem tanto...tive vontade de me conectar com a minha mãe...
--Tens falado mais dela...
--Sim. A minha viagem a Marrocos foi providencial para entender melhor quem é a minha mãe e consequentemente a sua forma de estar na vida. Mas, eu queria mais, queria poder abraça-la sem reticencias...
Joy suspirou e apertou o corpo de Elena contra o seu.
Fez-se algum silêncio que serviu como uma ponte para ligar ainda mais aquelas almas.
Elena sorriu...
--O que foi?
--Acreditas que passou pela cabeça da minha mãe que eu pudesse ter alguma coisa com a Milanka?
--Na minha também...
--O quê? Vocês são completamente malucas!
--Eu nunca tive uma amizade como a vossa, aliás, eu me relaciono melhor com homens. Lembras que eu brincava sobre a tua namorada?
--Hum-hum...
--Quando conheci a Milanka, não tive mais dúvidas.
--Que doida! Nada a ver.
--Agora eu sei. Acho que tive ciúme...ou algo assim.
Gargalhadas.
--Da Milanka? Só sendo muito doida...ela é minha melhor amiga.
--E namorada do meu amigo, tudo resolvido.
Gargalhadas.
--Mas eu tirei essa loucura da minha cabeça há muito tempo. Até porque, mesmo que muitas vezes sejas uma incógnita, há momentos em que...
--Preciso falar sobre isso...- Suspirou.
Joy brincou com seus cabelos ao mesmo tempo que estreitava ainda mais o abraço.
--Tu não és descartável. Eu não sei quanto tempo vai durar a nossa história, mas o que sinto é que ainda há muito por viver e...
Foi a vez de Joy sorrir.
--E...desculpa-me se sou...
--Tu és adorável. A incógnita mais aliciante que já encontrei na minha vida. As tuas atitudes contradizem as tuas palavras e meu foco vão para as atitudes.
--Não entendi...
--Às vezes soltas frases que poderiam me afastar, mas para o teu azar, eu me atenho às ações.
--Doida!
Risos.
--Se quisesses me descartar, jamais me trarias para ver a tua mãe. Eu já percebi que isso é uma grande questão na tua cabeça e eu estou aqui. O teu nervosismo te denunciou e foi a minha felicidade. De repente já não pairavam mais nuvens sobre a minha cabeça...
--Desculpa. Devo parecer uma idiota...
--Não...nem tanto.
Risos.
--Eu gosto de ti, idiota. Parece que sempre pode aumentar. Essa jogada de Ohio foi brilhante...
--Não foi jogada...
--É só uma forma de falar. Sou fascinada pela forma como constróis as relações...é uma subtileza fatal. Entendes?
--Não...
--Eu estou apaixonada por ti, grega. É uma nova forma de sentir, uma mistura de ebulição com calmaria...uma vontade de ficar...
Elena beijou-a. Entregaram-se ao encontro de lábios que mergulhavam em novas descobertas, novas sensações.
Algum tempo depois...
--Poderíamos ficar aqui...
--No frio? Minha mãe é uma sentinela, daqui a pouco ela passa por aqui e subtilmente nos manda entrar.
Risos.
--Nisso ela lembra a minha...
--Ela está feliz. Nunca pensei que pudesse largar tudo, mudar de vida...
--O Richard é muito charmoso e gosta dela. Esse projeto vai juntá-los ainda mais...
--Se tudo der errado na minha vida, eu venho para cá e escrevo um livro.
--Inspiração não vai faltar.
Gargalhadas.
Mais tarde, no quarto...
--Estou com sede...
--Eu também...
--E vamos morrer de sede?
Risos abafados.
--Consegues ouvir algum barulho?
--Estou anestesiada, só ouço violinos...
--Maluca...confesso que eu também estou algures sobre as nuvens.
--Estou com sede...e a culpa é tua...- Disse Joy lânguida e preguiçosa.
--Minha?
Risos abafados com beijos.
Num rompante, Elena pulou da cama, enrolou-se num lençol e saiu do quarto. Refastelada na cama, Joy riu alto.
Alguns poucos minutos depois, Elena voltou com uma garrafa de água, duas maçãs e algumas bolachas nas mãos.
--Uma mulher prevenida vale por duas.
Risos.
Elena mordeu a maçã enquanto mexia no telefone. Antes de voltar para a cama, já se ouviam acordes de uma música aleatória.
--A casa está em silêncio...
--O quarto deles é no extremo oposto...tu és exagerada...
Risos.
--E tu és insuportavelmente atraente. Esqueço-me facilmente que preciso ter controle...
--Fique calma. A performance foi tranquila...
Joy riu alto ao notar que Elena estava vermelha.
--Sabes de uma coisa... - Elena subiu sobre Joy, beijando-a em pontos estratégicos.
--Hmmm...
--Estou tão corrompida...
--Hmmm...ai...- A língua de Elena tocou algures provocando labaredas na pele de Joy.
--A música...essa que liguei agora...
--Hum-hum...
--É para podermos voar um pouco mais alto...isolamento acústico.
--Bandida! Ai, Elenaaaa...
Elena mordeu a barriga de Joy enquanto arranhava-lhe as coxas.
Voaram alto. Voaram juntas. Embaladas pela melodia quase etérea de Through my eyes (Rameses B) atingiram lugares inesquecíveis...
Fim do capítulo
Amores,
Espero que estejam bem. A tendinite voltou com tudo e já devem imaginar o sofrimento que é conseguir escrever ainda mais para essa pessoa que digita no speed total. Vou me esforçar sem me forçar obviamente, para concluir a história em poucos capitulos. Preciso me cuidar e se tiver na cabeça que tenho que atualizar a história...ja me conheço, enfim.
Comentem o capítulo se quiserem e tenham todas uma boa semana. Semana recheada de saúde, sonhos, alegrias, gargalhadas e realizações.
Nadine
Comentar este capítulo:
LuBraga
Em: 23/05/2021
Toc, toc, é aqui que encontro uma fascinante autora de contos fabulosos, dona de um olhar faceiro com um quê de mistério, de um sorriso timido mas encantador???
Oi, dona moça...como vai? rsrs
Desejo que estejas bem em todos os sentidos, e que sua tendinite não te maltrate a ponto de deixar-te longe de algo que gostas tanto de fazer e com muito talento.
Que estória linda Nadine, fico embevecida como tu constroi laços, relacionamentos entre pessoas que a princípio poderia não ter nada em comum, e de repente...voilà, eis que surgem grandes e estreitas possibilidades que cativam e convidam a descobrir juntas os encantos da vida. E que encantos hein, pqp!!!
Apaixonada por essa grega e por essa inglesa viu, como são ricas de...vida, é isso, bem isso mesmo, ter coragem de mergulhar e descobrir os encantos ou desencantos dessa linha tênue que se chama relacionamento e com todas as suas nuances.
Espero que já estejas melhor desta famigerada Covid e que já tenhas recebido a vacina. Mundo anda muito louco, alguém esqueceu de ascender a Luz ou algo assim...
Perdão pelo meu sumiço mas aconteceram tantas coisas, tantas e ainda estão a se desenrolar mas seguimos em frente com muita força, fé e luz.
Beijos carinhosos em ti dona moça e um abraço revigorante.
P.S.: Ainda guardo-te em minha retina kkkkk
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Carmen
Em: 21/05/2021
Nadine querida, antes de tudo eu quero dizer que fiquei muito feliz em ter te trazido algo bom em um dia que não estava tão bom! Você sempre me proporciona momentos de magia com suas histórias e saber que retribuí pelo menos um pouquinho, me deixou feliz! Pena que a tendinite insiste em te atrapalhar, especialmente em algo que é tão prazeroso e em que você é tão boa. Que ela te deixe e você possa continuar usando seu talento pra tanto!
Sobre o capítulo, achei muito bonitinho a Elena demonstrando que a Joy não é descartável. Me parece que ela ainda tem que percorrer um caminho pra estar no mesmo nível de entrega da inglesa, mas o importante é que ela está no caminho!
Eu tenho uma crítica a fazer, mas por favor, não me leve a mal, porque pra mim o capítulo ainda foi muito bom, mas senti uma certa desconexão... não sei explicar bem, como se as coisas estivessem um pouco corridas ou eu estivesse um pouco fora do capítulo quando sempre me sinto dentro dele.... não sei se vais conseguir entender, mas quis te falar sobre essa impressão porque me pareceu um pouco diferente do seu habitual.
Enfim, sinto que está chegando o momento em que a outra vida da inglesa vai invadir esse relacionamento e aí sim vamos ver do que a grega é feita, com relação à Joy.
Um abraço e até o próximo capítulo! Melhoras!
Resposta do autor:
Olá Carmen,
Podes e deves fazer as críticas que achares conveniente. A unica coisa que nao tolero é falta de respeito, mas criticas são sempre benvindas.
Estás certa. As coisas estão muito corridas porque preciso terminar logo esse romance para cuidar das minhas mãos. Eu nao tenho limites, nao sei ser sucinta e nem sei levar essa coisa da escrita como hobby que é. Nao tenho obrigação alguma de postar com frequencia, mas só nao o faço quando realmente as dores tornam-se insuportáveis, ou a minha vida profissional nao me deixa margem para devaneios literários.
Provavelmente essa vai ser a tua impressão até ao final dessa hitória porque sim, nao estou no meu melhor, mas nao consigo apenas esperar até que esteja bem para concluir.
Eu sei que há pessoas que ficam à espera da minha atualização. E enquanto pelo menos uma pessoa reagir ao que eu escrevo, vou me sentir encorajada a postar.
Muito obrigada pela sua percepção sem ser grosseira. Estás certa, mas saiba que mesmo sem a emoção Nadine, estou a fazer o meu melhor. Agora é apenas isso que posso entregar.
Te espero no próximo capiítulo.
Abraço.
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Carmen
Em: 21/05/2021
Nadine querida, antes de tudo eu quero dizer que fiquei muito feliz em ter te trazido algo bom em um dia que não estava tão bom! Você sempre me proporciona momentos de magia com suas histórias e saber que retribuí pelo menos um pouquinho, me deixou feliz! Pena que a tendinite insiste em te atrapalhar, especialmente em algo que é tão prazeroso e em que você é tão boa. Que ela te deixe e você possa continuar usando seu talento pra tanto!
Sobre o capítulo, achei muito bonitinho a Helena demonstrando que a Joy não é descartável. Me parece que ela ainda tem que percorrer um caminho pra estar no mesmo nível de entrega da inglesa, mas o importante é que ela está no caminho!
Eu tenho uma crítica a fazer, mas por favor, não me leve a mal, porque pra mim o capítulo ainda foi muito bom, mas senti uma certa desconexão... não sei explicar bem, como se as coisas estivessem um pouco corridas ou eu estivesse um pouco fora do capítulo quando sempre me sinto dentro dele.... não sei se vais conseguir entender, mas quis te falar sobre essa impressão porque me pareceu um pouco diferente do seu habitual.
Enfim, sinto que está chegando o momento em que a outra vida da inglesa vai invadir esse relacionamento e aí sim vamos ver do que a Helena é feita, com relação à Joy.
Um abraço e até o próximo capítulo! Melhoras!
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brunafinzicontini
Em: 17/05/2021
Ah... como sempre, linda música! Seu bom gosto musical é sempre admirável.
Besos,
Bruna
Resposta do autor:
Ela é a terceira da minha trilha de eleição para escrever. Adoro!
Bj
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brunafinzicontini
Em: 17/05/2021
É uma delícia sentir o entrosamento cada vez maior entre Elena e Joy! A sintonia entre elas é perfeita. Esperemos que Elena não tenha mais momentos de insegurança e entregue-se totalmente a esse amor que as consome. Que a grega se abra sem segredos para Joy, deixando de ser um enigma!
Melina é surpreendente! Ousada, não se intimidou em lançar-se a uma nova aventura com Richard e simplesmente vão começar juntos um empreendimento. A relação entre Elena e sua mãe é muito bonita e está até inspirando a inglesa a procurar uma aproximação maior com sua mãe. Uma ótima influência que permitirá iluminar a história de Joy com a mãe.
Querida Nadine, só temos a agradecer pela sua força de vontade e comprometimento, vencendo com sacrifício uma dor insuportável para nos presentear com mais um capítulo! Você é SHOW! Espero que a semana lhe seja leve.
Beijos,
Bruna
Resposta do autor:
Olá Bruna,
Ainda que faltem pouquissimos capitulos para concluir o romance, creio que muitas surpresas possam surgir rsrsrs
Elena...eu adoro o jeito meio enigmatico de ser dessa mulher.
Joy, ahhhh uma Joy dessas por aí rsrsrsrs
Melina é a MÃE!
Bruna, tu nem imaginas a dor que enfrento para escrever. E eu que achava que já estava livre disso...e a teimosa nao para nas três mil palavras. As mãos ardendo e ela entusiasmada com a vida dos personagens rsrsrs...depois vem a fatura, mas acolhemos rsrsrs
Abraço querida
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bicaf
Em: 17/05/2021
Oi querida. Bem vinda de volta.
Estou tão feliz que essas duas já não se desgrudam, amo ver elas juntas.
Se cuide. Até à próxima.
Beijo.
Resposta do autor:
Muito obrigada pelo feedback.
Bjs e até o próximo capitulo que está apontando por aí rsrsrs
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Lea
Em: 17/05/2021
O ruim deste capítulo é que,ele acaba!
Essa estória é uma melodia muito gostosa, é um poema lindo! Me encanto com a Elena e a mãe dela,que cumplicidade maravilhosa!
Elena e Joy parecem um complemento uma da outra! Lindas!
Obs: no início da estória eu também cheguei a pensar que,a Malinka e a Elena tinham algo a mais!
Obs: Boa Noite Nadine,e cuide muito bem dessa sua saúde,pode escrever sem pressa,somos PACIENTES!!
Resposta do autor:
Rsrsrs vem outro a caminho...
Também gosto dela, aprendi a gostar mais á medida que ia escrevendo.
Me cuidadando meu bem, mas preciso terminar logo a história para sossegar porque sou atacada rsrsrs. Nao gosto de ter pendências.
Muito obrigada pelo feedback.
Bjs
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