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Nossa Vida Juntas por Alex Mills

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Palavras: 6525
Acessos: 1723   |  Postado em: 16/05/2021

Vigésimo primeiro

 

Lana respirou fundo e a seguiu pelo restaurante até a ampla junção de mesas, parando atrás de Iori na ponta.

—Pessoal, queria que conhecessem uma pessoa. — Laura anunciou, esperando que todos parassem de falar e olhassem para elas. — Essa é Lana Mason, uma grande amiga nossa. — Ela tocou o ombro de Iori, que pousou a mão sobre.

—Boa noite, desculpa atrapalhar o jantar de vocês, mas eu só queria dar um oi para vocês todos.

—Imagina, adoro conhecer as amigas de minha irmã, elas são sempre surpreendes. — A mulher sorriu para Laura, então se levantou e estendeu a mão. — Eu sou Cláudia. Esse é meu marido, Ángel. — Ela tocou a cabeça do homem ao seu lado, que também se levantou para apertar a mão dela. — E meu filho, Juán. — Ela indicou o bebê entre suas cadeiras, todo sujo com sua papinha de frutas. — Ele nem sempre é quieto e tímido assim, então aproveita o silêncio.

—O que você está sabendo que eu não estou, Cláudia? — A mãe de Laura questionou em espanhol. — Vocês nunca me contam nada, eu sempre sou a última a saber das coisas, eu não sei o que acontece com vocês. Eu sou uma péssima mãe.

—Eu não estou sabendo de nada, mãe! — Cláudia respondeu em espanhol, erguendo as mãos em sinal de inocência. — Eu nunca vi essa mulher na minha vida.

—Não se preocupe, senhora, eu posso explicar. — Lana falou em espanhol, mantendo a calma. — Eu conheci sua filha enquanto dava aulas para a mulher dela. Desde então nos tornamos amigas, você a criou muito bem, eu não poderia ter escolhido amiga mais confiável.

—Oh, que prazer ouvir isso sobre minha Laura! — Ela se levantou e seguiu em sua direção, voltando a falar em inglês enquanto buscava pelas mãos dela. — Mas senhora somente nossa Guadalupe, você pode me chamar de Maria.

—É um prazer te conhecer, Maria. Laura falou muito bem da senhora.

—Oh, ela falou? — Ela olhou para a filha, que sorriu.

—Claro que sim, madre. Você é a melhor mãe que eu poderia ter tido. — Laura tocou seu rosto com carinho. — É uma pena que você não possa conhecer Fernando ainda, Lana, mas ele preferiu continuar morando em nosso país, vem nos feriados nos visitar.

—Sim, Fernando tem a família dele lá, e nosso país, apesar de tudo, vai sempre ser nosso lar.

—Espero um dia conhecer o México. Laura tem dito as melhores coisas da infância dela de lá. — Lana sorriu, olhando para Laura com afeição.

—Lana, acho que é minha vez agora. — Iori se levantou, apoiando as mãos em seus ombros enquanto mirava sua família, conduzindo-a para mais perto deles na outra ponta da mesa. — Esse é meu pai, Ichiro. — Ela indicou o homem com roupa social e aspecto sério. — E minha mãe, Chieko.

—Estou feliz em poder conhecer vocês. — Lana estendeu a mão para ambos, sentindo-se ansiosa diante dos olhares analíticos, mas aliviada quando eles aceitaram.

—Essas são minhas irmãs, Eiko e Kanon. — Iori prosseguiu, tensa com a falta de diálogo dos pais. — E meu irmão, Kenjiro.

—Olá! — Os três falaram ao mesmo tempo, rindo em seguida.

—Não ligue para elas, é um prazer conhecer uma amiga de minha irmã. Ela nunca apresenta ninguém para mim. — Kenjiro se levantou, estendendo a mão para ela, inclinando-se para beijar entre seus dedos. — Oh não, Iori, você não podia apresentar uma amiga que fosse solteira? Você estragou meus planos.

—Oh, desculpa se eu esqueci o quanto você é desesperado. — Iori revirou os olhos. — Não ligue para ele. Ele acha que porque foi morar sozinho agora tem que arranjar uma esposa para cuidar da casa.

—Eu garanto que deixaria minha esposa feliz o suficiente para aceitar minha proposta.

—Aposto que sim. — Lana ainda sorria para tentar afastar o nervosismo. — Mas eu não tenho nenhuma amiga para te apresentar, então eu provavelmente vou ficar te devendo essa.

—Kenjiro é só mimado demais para pensar em cuidar da própria casa. — Kanon falou em tom de provocação, era a mais jovem da família, ainda uma adolescente.

—Então ele vai envelhecer sozinho. — Eiko pontuou, fazendo a irmã rir, somente alguns anos mais velha que a outra.

—Vocês estão todas enganadas. Não é porque as mulheres hoje em dia são diferentes que não haja uma fila querendo ser uma esposa dedicada ao marido. — Kenjiro buscou se defender, coçando a barba, poucos anos mais novo que Iori.

—Se é esse seu desejo, eu vou procurar uma boa esposa para você, filho. — Ichiro falou com o tom sutil, olhando para o rapaz com seriedade. — Tenho bons contatos no Japão, você só vai precisar voltar a praticar seu japonês, porque sei que não andou fazendo isso.

—Irei praticar mais vezes, pai.

—Agora sente-se, não é educado sair da mesa durante as refeições.

—Sim, pai. — Ele obedientemente sentou ao lado do pai.

—O que você tinha dito que ensinava mesmo, srta. Mason? — Chieko indagou, recostando-se na cadeira, analisando mais uma vez o perfil dela.

—Eu sou professora de dança e sócia da academia Infinity. — Lana retirou um cartão do bolso da calça e o estendeu para ela, que o observou com atenção. — Há uma aqui perto.

—Oh! Ela é professora de dança! — Kanon falou com empolgação. — Você ensina alguma dança de k-pop?

—Eu, pessoalmente, não, mas há um professor especialista em dança oriental.

—E qual a sua especialidade? — Chieko voltou a perguntar.

—Dança moderna. Então sei vários tipos de danças mais utilizadas nos últimos anos, tanto aqui no país, como nos demais.

—Interessante. Você tem algum panfleto para mostrar o que há em sua academia de dança?

—Comigo agora não. Mas você pode me enviar uma mensagem nesse número que está no cartão, e eu te envio o site da Infinity para a senhora ver o que podemos oferecer lá.

—Claro, farei isso. Você estará lá amanhã?

—Sim, provavelmente a tarde e à noite.

—Então eu passarei lá para ver pessoalmente.

—Por que, mãe? — Iori estranhou. — Vai se matricular?

—Por que não? Se te fez tão bem, não vejo por que não fazer o mesmo. Claro, se você ainda tiver vagas, srta. Mason.

—Claro, sempre temos alguma vaga. — Lana sorriu contente. — Temos dança para casais, também, se tiverem interessados. — Ela olhou entre o casal.

—Não, Ichiro é um homem bastante ocupado. Mas espere me ver amanhã, srta. Mason.

—Lana, acho que seu pedido está pronto. — Laura se aproximou, indicando a atendente.

—Oh, o tempo passou rápido. Bem, foi muito bom conhecer todos vocês. — Ela olhou para todos na mesa. — Espero ver vocês outra vez.

—Claro, venha almoçar lá em casa um dia desses. — Maria falou com simpatia.

—Não irei recusar, garanto. Soube que Laura faz pratos incríveis, iria adorar conhecer a fonte.

—Então está convidada. Laura, traga ela no próximo almoço lá em casa.

—Claro, mãe, eu irei. — Laura garantiu.

—Boa noite para vocês. — Lana recuou um passo, acenando para todos. — Vejo vocês em breve.

—Eu te acompanho. — Iori falou, tocando seu braço.

—Não se preocupe, filha. — Chieko limpou os lábios sutilmente no guardanapo e se levantou. — Eu mesmo a acompanho.

—Mas mãe-

—Não se preocupe. Sente-se com sua família.

—Está tudo bem. — Lana a olhou, buscando cessar sua insistência. — Foi bom te ver de novo, Sasaki, nos falamos logo.

—Está bem. — Ela se aproximou e a abraçou. — Se cuida, meu amor.

—Vejo você em casa. — Falou mais baixo antes de se afastar.

—Venha. — Chieko a conduziu até o balcão de pagamento. — É por conta da casa, você não precisa se preocupar.

—O que? Não, não. Eu faço questão.

—Eu sei que sim, mas aceite um gesto de boa fé. É bom começar uma relação a longo prazo com um gesto generoso, você não acha?

—Uma relação a longo prazo? — Ela franziu o cenho, confusa.

—Se eu não entendi errado, é isso o que você procura atualmente. Ou estou enganada?

—Cl-claro, sra. Sasaki.

—Então aceite meu gesto.

—Tudo bem, eu aceitarei. — Ela pegou as três sacolas de papel com sua comida, voltando a olhar para os olhos cinzentos que lembravam os de Iori, e eram ainda mais analíticos. — Mas somente se a senhora aceitar participar de uma aula amanhã comigo.

—Claro, por que não?

—Ótimo. Então vou esperar pela senhora. — Ela sorriu, seguindo em direção a saída, sendo acompanhada de perto. — Foi muito bom te conhecer, sra. Sasaki.

—Foi bom finalmente te conhecer, srta. Mason. Espero que continue tendo o mesmo cuidado com minha filha como andou tendo nos últimos tempos. — Ela sorriu quando percebeu a confusão voltar a tomar conta do rosto dela, então indicou o próprio dedo anelar. — Vocês só esqueceram de serem discretas em relação a isso.

—Oh, Deus. Eu posso explicar.

—Espero que sim. Mas não agora, nem hoje. Por hoje estou contente em conhecer a pessoa que tem mudado a atitude de minha filha. Nunca a vi tão forte ao lado de alguém.

—Iori já era forte quando a conheci.

—Sim, mas porque Laura precisava de alguém que pudesse se ancorar. Mas não você. — Ela segurou seu queixo entre dois dedos. — Há chamas dentro dos seus olhos. Agora entendo de onde veio a energia que emana de minha filha.

—Eu não sei do que a senhora está falando, mas Iori sempre teve a própria força e a própria luz. Se eu posso fazê-la feliz, eu não o faço sozinha. — Ela afastou a mão da mulher com sutileza, mantendo-se séria. — Não estou aqui para tomar o lugar de Laura. Estou ao lado de ambas. E se eu proporciono algo bom a Iori, Laura tem feito isso há mais tempo, a senhora devia saber disso.

—Oh, eu sei. Eu posso não gostar dos modos de Laura, da atitude dela ou dos hábitos, mas tenho que reconhecer que ela ama minha filha até a última fibra, e nunca se dobrou diante disso. — Ela voltou a sorrir. — Espero que você também não enfraqueça com o tempo.

—Eu não vou. A senhora ainda vai me ver por muito tempo.

—Como eu disse, teremos uma relação a longo prazo. Verei a senhorita amanhã.

—Com toda a certeza.

—Tia Lana, estou com fome! — Kael veio correndo em sua direção, abraçando suas pernas. — Podemos comer agora?

—Desculpa, eu tentei impedir. Mas ele viu a sacola e saiu correndo que nem um cachorro. — Madson chegou um instante depois, olhando rapidamente para a senhora ao lado.

—Eu não sou um cachorro! — Ele protestou, erguendo a cabeça para olhar Lana. — Tia Lana, ela está sendo malvada comigo.

—Ela realmente está. Que tal a deixarmos sem os bolinhos como punição? — Lana sugeriu, usando a mão livre para acariciar entre seus cabelos.

—Sim! Vamos deixa-la sem bolinhos.

—Vocês são tão sensíveis. Mas eu terei minha revanche. — Madson suspirou, então encarou a senhora com maior atenção. — Oh, Deus, você com certeza é parente de Iori. Você é a mãe dela?

—Jesus, isso é jeito de falar? — Lana a olhou com olhos estreitos. — Mostre algum respeito. Sim, ela é mãe de Iori. Desculpa por isso, sra. Sasaki. Essa é Madson, minha sócia.

—E ex-mulher. — Ela sorriu para a reprovação nos olhos de Lana. — Mas já trabalhei com sua filha.

—Deve ser a obra que ela disse que estava fazendo aqui na cidade. — Chieko relembrou, apertando a mão dela. — Agora entendo o motivo do estresse. Você trabalha com sua ex-esposa?

—Sim, digamos que sim. — Lana suspirou. — E esse é nosso sobrinho, Kael. Chegou hoje de viagem e vai morar conosco de agora em diante.

—Oh, bom te conhecer. — Ela sorriu para ele, que retribuiu.

—Bom, é melhor irmos andando. Já tomei muito do seu tempo, sra. Sasaki.

—Está tudo bem, foi um tempo bem aproveitado. Espero que a comida esteja boa para vocês.

—Certamente. Tenha uma boa noite, sra. Sasaki.

—Você também, srta. Mason. Tchau. — Ela acenou para Madson e Kael, assistindo-os se afastar.

—Mas o que foi isso? — Madson indagou tão logo se afastaram o suficiente. — Como você foi parar nas garras de sua nova sogra com olhar mortífero?

—Jantar de família, eu só caí no meio disso. — Ela balançou a cabeça, ainda a absorver o que tinha acabado de acontecer. — Deus, agora entendo porque Iori hesitou tanto em falar com a família dela, eles são tão controladores. Querido, vá mais devagar. — Lana falou mais alto, impedindo que Kael caminhasse mais à frente. — Venha aqui. — Ela estendeu a mão livre, ele somente esperou que chegassem até ele para a segurar.

—As duas famílias estavam lá? E você saiu inteira? — Madson a olhou, sorrindo. — Parabéns, você tem minha admiração.

—Bastou a mulher colocar os olhos em mim que ela soube que eu estava com Iori. É tão óbvio assim?

—Sim, babe. Você sabe como é no começo, dá muito na cara. — Ela desviou o olhar, movendo os dedos entre os cabelos bagunçados de Kael. — Como é a família de Laura?

—Calorosa. Mas acho que a mãe dela gostou de mim, me chamou para almoçar. Digo, acho que fui ótima, porque a mãe de Iori vai na academia amanhã falar comigo.

—Você sabe que não precisamos voltar ao trabalho agora, não é? Podemos tirar uma licença.

—Você definitivamente vai pedir ou te tranco em casa. — Lana a olhou com seriedade. — Eu vou continuar trabalhando, porque Leon vai enlouquecer sem uma de nós no comando. E estou acostumada a rotina de ter uma criança no meio.

—Você não precisa fazer isso. Eu posso ficar com Ka se vou ficar em casa. Ele está de férias.

—Sim, férias! — Ele comemorou, pulando animado enquanto andava. — Mamãe vai me levar ao parque aquático.

—Querido, já conversamos sobre isso. Mamãe não vai estar mais aqui conosco. — Madson falou lentamente, olhando para ele. — Ela está no céu, olhando por nós.

—Mas eu quero ela aqui, por que ela não está aqui?

—Eu não sei, querido. Eu também a queria aqui, sinto a falta dela.

—Não é justo que ela não esteja. — Lana falou, olhando para ambos. — Vocês sempre vão sentir falta dela, de Jack também, e sempre vai doer. Mas vai melhorar com o tempo, mesmo que não pareça agora.

—Por que as pessoas morrem? — Kael indagou, fazendo ambas se entreolharem.

—Todos nós vamos morrer um dia, querido. Às vezes é por uma doença, um acidente. — Madson tentou explicar. — Simplesmente acontece, é o rumo de nossa vida.

—Vocês vão morrer também? — Ele parou e olhou para ambas, assustado.

—Um dia, mas não hoje, não agora.

—Eu não quero que vocês morram também.

—Vamos nos esforçar bastante para isso não acontecer. — Lana sorriu para afastar seus medos. — Estamos bem aqui, querido, vamos nos concentrar nisso só, tudo bem?

—Pensar em comer, por exemplo. Estou morrendo de fome, você não? — Madson indagou, Lana a encarou em alerta, ela cobriu o rosto por um momento, percebendo o que tinha dito. — Não morrendo de verdade. Mas estou com muita fome.

—Eu também. — Ele falou com menos ânimo, mas voltou a andar, segurando a mão de ambas, elas somente se entreolharam.

Elas arrumaram um espaço para comer junto ao garoto na Infinity, percebendo que sua energia já estava acabando, então fecharam todo o lugar e chamaram o táxi, iniciando a discussão de para que casa o levariam enquanto o motorista as levava para o endereço de Lana.

—Você já fez demais por mim, Lana. — Madson argumentou, ambas do lado de fora da casa dela. — Você ainda tem que me falar o valor das coisas que pagou no enterro, eu sei que foi demais.

—Não precisamos discutir isso agora. Não estou em extrema necessidade do dinheiro. E vocês estavam precisando de conforto e sossego para lidar com a perda.

—Mesmo assim. É minha responsabilidade, você sabe disso.

—Talvez, eu só estava querendo ajudar. Você precisa descansar, absorver tudo, viver seu luto.

—Qual é, Lana... — Ela suspirou, recostando-se no veículo e a olhando com os olhos mais úmidos. — Você diz que tenho que superar e seguir em frente depois do divórcio, mas você continua sendo maravilhosa comigo. Continua me tratando como sua esposa, cuidando de mim.

—O que você espera que eu faça? Que te deixe na mão no momento que mais precisa de alguém do seu lado?

—Você podia ser uma vadia, quem sabe te odiando eu iria superar mais fácil? — Isso a fez rir, ela suspirou, observando seus lábios se moverem. — Você torna isso difícil. Eu realmente quero te beijar, te levar daqui.

—Eu sinto muito, Mad, eu não queria que estivesse sendo dessa forma. — Ela respirou fundo, olhando a casa, vendo a luz do seu quarto acesa. — Se você precisar de um tempo longe, está tudo bem. Eu fico com Kael sem qualquer problema, Leon me ajuda com a Infinity.

—Pare com isso.

—Parar com o que?

—De ser legal. Não está ajudando.

—Então pare de ser uma cretina, porque eu só estou tentando tornar as coisas mais simples para você.

—Lana, o mais simples é você voltar a ser minha.

—Isso não vai acontecer. Vá para casa Mad, eu fico com Kael. Elas arrumaram o quarto para ele aqui. Você está gripada e cansada, é melhor somente descansar, eu fico com ele essa semana, você se concentra em passar por isso.

—Eu não quero ficar sozinha lá, Lana. — A primeira lágrima caiu. — Já foi difícil ficar sozinha numa casa que não era minha sem você lá, agora voltar para um lugar que já foi seu, sem você lá, e tendo que lembrar que Stela não está mais aqui? Eu não sei se consigo.

—Você consegue. Qual é, Mad, você já passou por tanta coisa, Stela te admirava tanto por você sempre saber lidar com tudo.

—Ela era minha irmã mais nova, Lana, claro que ela tinha que pensar isso. Eu tinha que ser mais forte para ela. Mas você sabe que não sou assim.

—Tudo bem se sentir mais fraca agora, é normal. — Ela tocou seu rosto, enxugando as lágrimas que começaram a cair. — Mas não esqueça que Stela sempre vai estar perto de você. Então leve o tempo que precisar, Mad. Eu estarei aqui para o que precisar.

Ela se aproximou e beijou sua testa, abraçando-a em busca de confortá-la, deixando que ela tivesse o próprio tempo antes de se afastar, deslizando os dedos pela sua bochecha mais uma vez. Madson olhou para os seus lábios outra vez, sentindo-se tentada a simplesmente avançar, mas cobriu a boca de Lana com a mão, xingando baixo.

—Pare de ser legal. — Ela suspirou, afastando-a com algum esforço. — Tudo bem mesmo ficar com Ka esses dias?

—Sim, relaxa. Pode pegar as malas enquanto pego ele?

—Claro. — Ela pediu ajuda ao motorista, levando as malas até a entrada da casa, recuando um passo tão logo viu Laura abrir a porta, ambas trocando um olhar intenso até Lana chegar nelas. — Acho que você está entregue agora. — Falou lentamente, erguendo as mãos em pedido de paz. — Sem brigas!

—Por que eu brigaria com você? — Laura ergueu a sobrancelha, pegando as malas e colocando do lado de dentro.

—Não há motivos para brigas. — Lana interveio. — Ligue se precisar de algo, Mad. Qualquer coisa.

—Não se preocupe, eu ficarei bem.

—Eu te ligarei amanhã para saber como está.

—Eu te mando uma mensagem. — Ela voltou a olhar para Laura. — Boa noite.

—Noite. — Laura esperou, ela acabou se afastando, entrando no carro e indo embora. — Quer ajuda com ele?

—Não quero acordá-lo, só leve as malas para cima que já ajuda, querida. — Lana sorriu por um momento, então a seguiu para dentro de casa.

Levou Kael para o atual quarto dele, tirando parte de suas roupas e o cobrindo na cama, sorrindo ao vê-lo se acomodar ainda adormecido. Saiu do quarto junto a Laura, fechando a porta e suspirando, sem saber o que dizer enquanto olhava nos olhos cor de avelã. Laura segurou sua mão e a guiou em direção ao banheiro, retirando sua roupa com calma, Iori as encontrou um instante depois, abraçando Lana e a beijando.

—Oh, como eu senti sua falta. — Falou a olhá-la de perto. — Como você está? Laura me contou como você chegou de viagem, você deve estar exausta.

—É um modo de ver. — Ela sorriu, encostando suas testas. — Havia tantas pendências para resolver na Infinity, eu nem sei como fiz meu caminho até o restaurante, enfrentei suas famílias e ainda voltei para casa.

—Sinto muito pela parte das famílias. Fiquei surpresa quando meus pais quiseram o jantar logo ali. Normalmente encontro com eles no primeiro restaurante.

—Provavelmente foi sua mãe.  — Ela suspirou e se afastou, agora nua, e entrou no box, ligando a ducha. — Ela sabe sobre nós.

—Como? — Iori parou na porta do box, estreitando os olhos, Laura parou logo atrás. — Ela deu a entender isso?

—As alianças, eu sequer pensei que deveria tirar ou que alguém iria reparar que eram iguais. Mas ela disse que já vinha desconfiando há algum tempo. Então sim, sua mãe sabe, e não parece ser contra, já que vai na academia amanhã e quer minha ilustre presença. — Ela entrou debaixo da água quente, relaxando quando sentiu o jato na sua pele.

—Sua mãe sempre foi uma águia. — Laura pontuou, apoiando as mãos nos ombros de Iori. — O que ela te disse?

—Ah, umas coisas estranhas. Mas ela meio que me incentivou a continuar com você? — Ela moveu os ombros, acabou desistindo de justificar. — Foi só a forma que ela falou. Ela não fez qualquer discurso sobre eu não dever continuar com vocês, então já é algo positivo, não acha?

—Talvez. Ela quer te encontrar sozinha amanhã? — Iori ainda buscava entender.

—Acho que sim. Talvez ela só queira entender tudo, ou saber quem sou. Não há muito o que possamos fazer sobre isso, eu irei amanhã a academia e descubro. Se ela for.

—Minha mãe é o tipo de pessoa que sempre cumpre com o que diz, não importa o que seja.

—Então amanhã descobrimos. Não se preocupem. Eu serei a minha melhor versão amanhã.

—Você tem certeza de que quer fazer isso sozinha?

—A mãe de Iori não é exatamente uma mulher fácil de lidar. — Laura pontuou. — Ela não me atura até hoje.

—Sim, ela deixou isso evidente. — Ela falou devagar.

—Vê? Ela não poupa esforços para me odiar e espalhar isso a todos.

—Ela não te odeia. Ela só deixou claro que vocês pensam diferente, não disse nada sobre não concordar com sua relação com Iori.

—Ela não gosta de mim da mesma forma. — Laura cruzou os braços, incomodada com a lembrança. — Ela só me trata com educação em frente a todos.

—Isso é verdade. — Iori mordeu o lábio inferior. — Minha mãe preferia que eu tivesse ficado com minha ex, porque ela era descendente de oriental também.

—Oh, ela não gosta que Laura seja descendente de mexicanos?

—Ela é xenófoba. — Laura falou com desgosto.

—Mas eu sou americana, ela não gostará de mim também. — Ela desligou a ducha, começando a lavar o corpo.

—Você saberia se ela não gostou de você ainda hoje, eu te garanto.

—Agora eu me sinto mal por isso.

—Oh, não se sinta. Você não tem qualquer culpa, isso só é algo que nunca me desceu.

—Com razão.

—Mas não se preocupe, amor, se ela te tratar mal me deixe saber. Eu preferia que você não estivesse sozinha para enfrentá-la. — Iori a olhou com preocupação.

—Ei, eu sei me defender, vocês sabem disso. Eu lidarei com a sra. Sasaki tão bem quanto lidei com a srta. Sasaki. — Ela piscou para Iori, que corou sutilmente.

—Nisso ela tem razão. — Laura a abraçou pelas costas, beijando sua cabeça. — Lana não se deixaria vencer fácil.

—Eu sei. Mas ainda assim, me avise quando ela chegar lá, e eu irei uma hora depois. — Iori a olhou mais séria, Lana somente moveu a cabeça para concordar, ligando a ducha e se enxaguando. — E só para deixar claro. — Ela se virou e abraçou a nuca de Laura, envolvendo as pernas em sua cintura. — Eu nunca tive nada contra sua origem. Adoro sua mãe e sua família por mais irritante que eles sejam, e eu amo seu espanhol.

—Principalmente na cama. — Lana relembrou.

—Lá também.

—Eu amo você. — Laura beijou seus lábios, acariciando suas pernas. — Então não me importa sua mãe me odiar. Ou se ela prefere Lana do que eu.

—Ela te feriu onde mais dói, não é? — Iori distribuiu beijos pelo seu rosto. — Atingiu bem no seu ego.

—Deve estar doendo muito agora. — Lana riu ao desligar a ducha, saindo do box e vestindo o robe, parando perto de ambas. — Mas sorte a sua ter duas mulheres prontas para te mostrar que sua origem só te faz ser da forma que amamos.

—Sorte a minha, não é mesmo? — Laura voltou a beijar Iori, aprofundando o beijo, sentindo as mãos de Lana sobre as suas, deslizando pelos seus braços.

—Vamos para o quarto. — Iori sugeriu, apoiando os pés no chão.

—Claro.

Iori segurou sua mão enquanto Lana abria a porta do banheiro, fechando o robe rapidamente quando se deparou com a figura de Kael no fim do corredor, a frente do próprio quarto, os olhos úmidos e vermelhos.

—Tia Lana, eu não consigo dormir sozinho. — Ele reclamou tão logo a viu.

—Casa nova assusta, não é? — Ela se aproximou dele, pegando-o no colo. — Não se preocupe, você vai acabar se acostumando.

—Eu sinto falta da mamãe. — Falou enquanto esfregava os próprios olhos, fungando.

—É? Está tudo bem, eu também sinto falta da mamãe.

—Você pode dormir comigo hoje?

—Você teve um pesadelo?

—Não, eu só não quero dormir sozinho. E mamãe sempre lia uma história para eu dormir.

—Você quer ouvir uma história?

—Quero.

—Tudo bem, mas só se você dar um beijo na tia Laura e na tia Iori. — Ela se virou, andando até elas, que sorriram nervosamente.

—Quem são elas? — Perguntou desconfiado, prendendo os dedos na gola do seu robe.

—Bem, elas são minhas namoradas. Por que você não dá boa noite para elas?

—Boa noite, tias novas.

—Boa noite. — Elas responderam juntas.

—Bom menino. Agora seja um cavalheiro e diga seu nome e dê um beijo nelas.

—Eu sou Kael. — Ele se inclinou no colo de Lana, beijando a bochecha de cada uma.

—Eu sou Laura, prazer em te conhecer, pequeno cavalheiro. — Ela o olhou com um sorriso.

—E eu sou Iori. Maravilhada em te conhecer. Você é um belo cavalheiro.

—Obrigado. — Ele sorriu, Lana limpou seu rosto, beijando sua bochecha.

—Vê? Você é um perfeito cavalheiro. — Lana falou a olhá-lo. — Que precisa dormir, porque está tarde.

—Você vai ler uma história? — Pediu com olhos úmidos, fazendo-a sorrir.

—Sim. Você trouxe um livro?

—Trouxe!

—Tudo bem. Vou ler uma história e você vai dormir. Combinado?

—Você não vai dormir comigo?

—Você nem vai perceber. — Ela riu para a insistência que brotava em seus olhos. — Tia Lana está cansada também, e só tem espaço para você em sua cama. Você é um cavaleiro, não é?

—Claro que sou.

—Um cavaleiro é corajoso e enfrenta seus medos, por mais difíceis que sejam. E sabe por que? — Ele balançou a cabeça de maneira negativa. — Porque ele protege a quem ama.

—Como um super herói?

—Sim, como um super herói. Mas um cavaleiro vem de muito tempo atrás, muito antes de super heróis. Você já ouviu falar do Rei Arthur e a Távola Redonda?

—Não, o que é uma távola redonda?

—Eu já volto. — Ela disse para Laura e Iori, abrindo um pequeno sorriso antes de começar a andar em direção ao quarto de Kael. — Távola redonda era uma mesa redonda que Arthur usou para não haver diferença de poder entre os que sentavam ao redor dela.

—E quem sentava lá?

—Os cavaleiros mais honrados e corajosos do reino de Arthur. É um bom lugar para você se sentar, não acha?

—Podemos ter uma távola redonda?

—Claro, por que não?

—Ela é incrível. — Iori comentou, ainda boquiaberta, quando ela entrou no outro quarto. — Me deu vontade de ter um igual agora.

—Bem, eu não tenho o material necessário, mas posso produzir um efeito semelhante enquanto tento engravidar você. Que tal? — Laura segurou sua cintura, deslizando os dedos até suas nádegas, apertando-as e a puxando para si.

—Não dá para engravidar por aí. — Relembrou, mas se deixou ser conduzida para o quarto.

—Mas vamos combinar que Lana ama tentar desse jeito.

—E vai adorar se te ver tentando.

—Agora você entendeu meus planos, srta. Sasaki.

Iori riu, puxando-a para si tão logo fechou a porta, desabotoando sua camisa enquanto a beijava, deslizando os dedos pelo seu abdômen enquanto subia até seus seios, acariciando ambos. Retirou seu sutiã, desviando dos seus lábios e descendo até o bico do seu peito, ch*pando-o até o ter enrijecido em seus lábios, repetindo o gesto no outro. Laura prendeu os dedos em seus cabelos escuros, puxando-a de volta para si e voltando a beijar seus lábios, penetrando a língua e movendo devagar. Iori abriu seu cinto e desceu seu zíper, penetrando os dedos em sua calcinha rendada e sorrindo ao sentir seu sex* úmido e sutilmente inchado.

—Você não aguenta só olhar, não é?

—Cala a boca. — Ela voltou a penetrar a língua em sua boca, subindo a outra mão por baixo de sua camisa e segurando seu seio com maior pressão entre seus dedos, arrancando um gemido de seus lábios.

—Oh, continue com isso, é sexy.

—Você continua falando. — Laura a afastou pelos cabelos, então a forçou a ajoelhar, fazendo-a rir. — Termine o que começou.

—Com prazer.

Iori baixou sua calça e tirou a calcinha com os dentes, colocando uma perna dela sobre seu ombro antes de sentir a pressão em seus cabelos, a impaciência de Laura em ter o contato dos seus lábios no seu ponto sensível falando mais alto. Não hesitou em a dar o que queria, ch*pando seu clit*ris enquanto usava os dedos para a penetrar, aumentando o ritmo à medida que a via gem*r e ficar mais úmida. Não levou muito tempo para ela chegar ao ápice, soltando seus cabelos e apoiando a mão na porta.

—Valeu a pena esperar, não é? — Iori beijou sobre seus pelos, subindo seu corpo lentamente, distribuindo beijos.

—Você me provocou o jantar inteiro, eu juro que quase transei contigo em cima daquela mesa.

—Oh, eu sei, eu só estava regando a semente para a fruta vir bem suculenta.

—Você aprendeu a provocar tão insistentemente quanto Lana. — Ela a segurou e a virou contra a porta, prendendo os dedos mais firmes em sua cintura e a puxando contra o seu sex*. — Eu vou te tratar do jeito que você merece agora.

—E de que jeito é esse? — Ela sorria, movendo o quadril contra ela.

—Do jeito que você gosta. — Laura se aproximou do seu ouvido, seu rosto virando com a proximidade. — Eu vou te foder.

—Oh, Lau... — Ela fechou os olhos com o desejo que ouviu em suas palavras.

—Vá para a cama e tire a roupa, eu vou ficar dura num momento.

—Não me faça esperar, você me deixou acesa agora.

—Eu sei. — Sorriu satisfeita, apertando suas nádegas e dando um tapa antes de se afastar.

Iori se virou, tirando as próprias roupas com ânimo e pressa enquanto andava para a cama, vendo Laura colocar o strap. Ficou excitada quando a viu imitar o gesto de masturbação enquanto passava o lubrificante, olhando com desejo seu corpo.

—De quatro. — Ela sinalizou à beira da cama, esperando que Iori ficasse na posição antes de se colocar atrás dela, apertando e massageando sua nádega. — Não tem noção o quanto queria isso. — Ela usou as mãos para afastar suas nádegas, penetrando dois dedos lubrificados e estimulando seu ânus. — Te ver de quatro por mim.

—Lau... — Ela empinou o quadril, deixando-se suscetível a penetração. — É tão bom te ter com essa atitude. Não pare.

—Por que eu iria parar? — Sorriu, retirando os dedos e voltando a separar suas nádegas, penetrando-a com o strap sem hesitar, observando seu quadril continuar empinado. — Eu só estou começando.

Laura levou seu tempo, provocando-a enquanto falava da maneira que ela queria ouvir, penetrando-a sem receios, aumentando o ritmo e a força conforme percebia que ela gostava. Aproveitou a sensação, sentindo um novo prazer, diferente de quando o fazia com Lana, sentiu-se ainda mais poderosa com o que estava proporcionando a Iori, contente em descobrir mais uma forma em a satisfazer por completo.

Sorriram quando terminaram, Laura ainda se manteve dentro dela por mais alguns instantes, beijando sua coluna, sobre a tatuagem. Lana entrou no quarto, levando um instante para entender o que tinha acontecido, suspirando com o fato enquanto se aproximava, pegando as roupas pelo chão.

—Vocês foram apressadas hoje. — Comentou, só então elas perceberam sua presença, afastando-se. — Não conseguiram me esperar?

—Guardamos o melhor para o final. — Laura se aproximou dela, mas ela somente se afastou em direção ao closet, levando as roupas delas junto.

—Não, não guardaram.

—Ei, o que foi? — Ela a seguiu para dentro do closet, segurando seu pulso, mas Lana se desvencilhou dela. — Lana, o que foi?

—Qual é, eu não fiquei fora nem por 20 minutos. Vocês podiam ter esperado. — Ela dobrou as roupas, buscando manter as mãos ocupadas.

—Desculpa, eu não achei que fosse ser um problema. Você nunca se incomodou em assistir ou se juntar depois.

—Eu só achei que por ter ficado fora por duas semanas faria vocês esperarem ao menos vinte minutos. Especialmente depois do dia de hoje.

—Lana, ei, olhe para mim. — Pediu, tentando atrair seus olhos.

—Tire isso. — Pediu com paciência, terminando de guardar as roupas antes de se virar para ela, prendendo as mãos na cintura.

—O que foi? — Iori chegou mais devagar, hesitando diante do olhar magoado que encontrou no rosto de Lana.

—Nada. Eu estou cansada. É melhor só dormir. — Ela tirou o robe, buscando por uma de suas camisas mais longas.

—Qual é, amor, não fique brava conosco. — Iori se aproximou, colocando-se à sua frente e segurando seu rosto. — Não é como se tivéssemos planejado as coisas assim.

—Eu não pedi que planejassem nada. Eu só imaginei que fossem me esperar. Eu estava em casa. Eu estou em casa.

—Eu sei, eu sei. Estou feliz que esteja, deixe-me mostrar a você.

—Não agora. Não há mais clima.

—Criamos outro, então. — Laura voltou a se aproximar, agora sem o strap. — Eu não quero que fique brava comigo de novo.

—Eu não estou brava com você. Com nenhuma de vocês. Só estou desapontada. Vocês estiveram sozinhas aqui por duas semanas, quando volto para casa sequer passa pela cabeça de vocês que eu queria estar aqui junto? — Ela afastou as mãos de Iori quando não teve uma resposta. — Esqueçam, está bem? Já foi, e eu não tenho mais energia.

—Não há nada que possamos fazer para mudar isso?

—Eu não sei. Vamos dormir, amanhã deve passar.

—Você acha que dá para dormir dessa forma?

—Laura. — Iori tocou seu abdômen, pedindo calma. — O que ela está dizendo é que não conseguiríamos dormir nesse clima. Não há nada que possamos fazer para melhorar um pouquinho isso? — Ela buscou pelos seus olhos, deslizando as mãos pela sua cintura. — Um abraço? Um beijo? — Ela continuou se aproximando, beijando sua bochecha. — Talvez dois? — Ela beijou a outra bochecha, apoiando a testa na sua, esperando enquanto ela respirava fundo. — Talvez três?

—Está tudo bem. — Ela a abraçou, olhando para Laura sobre o ombro dela, que ergueu a sobrancelha, mas se aproximou quando ela estendeu a mão, juntando-se ao abraço. — Está tarde, temos trabalho amanhã. Vamos dormir, tudo bem?

—Você vai mesmo voltar ao trabalho? — Laura perguntou ao se afastarem. — Não é muito cedo?

—Não, eu estou bem. Stela era próxima, eu a adorava, mas a vida continua, e eu tenho que manter a Infinity andando para que Mad não se sinta na obrigação de voltar tão cedo. Ainda mais após a inauguração tão recente.

—Ela parecia devastada. — Iori comentou, buscando pelo pijama.

—Sim, ela estava realmente mal. Só estava se segurando por causa de Kael. Mas achei melhor ela ficar esses dias sozinha para lidar com o luto, senão tenho certeza de que ela estaria amanhã cedo na academia. — Ela colocou a camisa, seguindo em direção a cama, afastando a coberta e tirando as almofadas.

—É bom que você tenha estado lá para ela. — Iori a ajudou a tirar as almofadas, colocando todas dentro da calçadeira. — Ela precisava de alguém confiável.

—Sim, eu sei.

—Mas é ainda melhor que você tenha voltado. — Laura a abraçou pelas costas, beijando sua cabeça. — Essa cama é grande demais sem você.

—Minhas costas sentiram falta dessa cama. O sofá era terrível, mas eu não queria reclamar com os pais de Madson. Eles são adoráveis.

—Mais adoráveis que minha mãe?

—Sua mãe é intensa, assim como você. — Ela sorriu por um momento enquanto se virava, envolvendo sua cintura. — Parece que fui convidada a um almoço? Isso é bom sinal?

—Minha mãe está desconfiada que eu esteja traindo Iori. Perguntou de você o resto do jantar. Mas é bom que tenha te convidado, até lá eu tenho tempo para contar sobre nós. — Ela selou seus lábios, em busca de alguma recusa, mas Lana a beijou de volta, mantendo-se perto. — Vê? Você briga comigo e não me deixa cumprir minhas promessas. Eu disse que iria compensar pelo fora de mais cedo.

—Não hoje. — Ela suspirou com a recordação. — E eu odiaria que aquilo acontecesse de novo. Você devia ter dito desde o começo que eles estavam lá.

—Eu só estava feliz que você estava lá. Eu não planejei nada depois disso.

—Não se preocupe, amor, isso já está acabando. — Iori garantiu, sentando-se na beira da cama e sinalizando o colchão. — Venha. Durma conosco.

Ela selou os lábios de Laura mais uma vez antes de ir para a cama, todas com as próprias frustrações enquanto se acomodavam juntas para dormir, conversando pouco até dormirem.

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Olha, parece que a mãe da Iori é tão afiada quanto ela haha o que será que rola nesse encontro?

O que acharam do Kael e dessa nova dinâmica com uma criança ali, de repente? :)

Conflitozinho no fim, mas né... 

Até o próximo!

 

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