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Nossa Vida Juntas por Alex Mills

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Palavras: 5157
Acessos: 1683   |  Postado em: 13/05/2021

Vigésimo

 

Durante o mês seguinte, Laura e Iori mudaram sua rotina ao começarem a passar mais dias na casa de Lana, levando gradativamente seus pertences conforme sentiam a necessidade, reservando o final de semana para retornarem à sua casa e pegarem as correspondências, ou quando suas famílias queriam visitar. Estavam se adaptando a nova casa, Lana as deixou começar a modificar a decoração e os móveis, contente em finalmente as ter com maior frequência em sua casa. Aceitou colocar no nome delas também o imóvel, gostando da ideia de isso oficializar sua união.

No meio do verão, no entanto, teve que viajar às pressas com Madson para Nova York após a inauguração do novo prédio da Infinity, devido a um acidente que aconteceu com a irmã dela e ao seu estado apavorado decidiu acompanha-la. Ao chegarem no hospital, no entanto, já era tarde. Ela já tinha falecido junto ao marido devido a um assalto ao mercado, ambos levando tiros que deixaram danos irreversíveis. Ficaram hospedadas na casa dos pais de Madson pelos próximos dias, Lana ajudou a lidar com a parte burocrática e financeira do enterro, entendendo a fragilidade que todos estavam para conseguirem lidar com isso. Após a leitura do testamento, no entanto, teve que lidar com a nova surpresa que a irmã de Madson as tinha deixado.

—Stela não podia ter avisado sobre isso antes? — Madson questionou, cobrindo o rosto entre as mãos enquanto tentava lidar com os fatos. — Por que diabos ela nos daria a guarda do filho dela?

—Ela fez esse testamento quando ainda estávamos casadas, Mad. — Lana explicou.

—Ela nos falou. — Alba, a mãe de Madson, relembrou, buscando segurar a mão do marido ao seu lado no sofá quando a filha voltou a lhe fitar. — Querida, somos velhos. O pai de Jack está vivendo num lar de idosos, o único elo próximo que Stela tinha era você. E eles sabiam que podia acontecer algo com um deles porque Jack era policial.

—Eu entendo que ela possa ter me achado estável e com disponibilidade para cuidar de uma criança, mas ela devia ter me dito. — Madson se recostou na poltrona, tentando pensar no que faria. — Como eu vou dizer a Kael que ele vai ficar comigo agora?

—Nós lidaremos com isso, Mad. — Lana se aproximou da poltrona e se ajoelhou a sua frente, segurando suas mãos. — Ela deixou a responsabilidade conosco, então estando casadas ou não, Kael não tem nada a ver com isso. Vamos pensar em algo, está bem?

—Qual é Lana, eu não posso te pedir isso. Não depois de tudo. Elas vão surtar se souberem que temos uma criança.

—Elas quem? — Alba questionou, confusa. — Kristin e Daphne?

—Não, minhas namoradas. Kris levou Daph embora, eu sequer sei onde estão agora. — Lana explicou, olhando para o casal. — E não, eu não estou mantendo as duas sem o conhecimento delas, estamos praticamente morando juntas.

—Oh, Deus, vocês estão modernas demais. — Vincent falou, o pai de Madson. — Na minha época isso era bigamia.

—Não é bigamia. Não estou mantendo-as de maneira separadas. Estamos as três juntas.

—É, isso é verdade. — Madson falou num suspiro. — As três se namoram, pai, não há segredo nenhum. — Ela se inclinou para olhar Lana mais de perto. — Você não pode considerar ter uma criança comigo se realmente quer continuar com elas.

—Elas vão entender... eventualmente. Não é como se fôssemos voltar a estarmos casadas por causa disso. É por Kael, e ele é só uma criança.

—E como faríamos isso, Lana? Você sabe que minha estadia em Chicago era temporária.

—Então torne permanente. Você já está morando no apartamento de qualquer forma, tem espaço para Kael lá e em minha casa também.

—E o que eu faço com a Infinity?

—Qual o problema de continuar como está? Você disse que deixaria a Infinity daqui com Rose e se mudaria para Chicago. Podemos continuar trabalhando juntas.

—Eu disse que faria isso se você ainda me quisesse, babe.

—E não pode fazer isso por Kael? Não tente cuidar do garoto sozinha, eu te garanto que vai enlouquecer.

—Pense nisso, querida. — Alba falou com calma. — Eu sempre tive seu pai do meu lado, tivemos nossas dificuldades, mas tínhamos um ao outro. Escute Lana, ela sabe como foi criar uma criança sem saber de nada e sem ter ninguém.

—Não posso dizer nada agora, e você também não. — Madson respirou fundo enquanto encarava os olhos azuis de Lana, ainda ajoelhada a sua frente. — Fale com elas primeiro. Depois discutimos isso.

—Tudo bem. Eu falarei com elas, mas independentemente disso, tenha em mente que estou pensando no melhor para Kael. Ele é o mais afetado nisso tudo, e eu só quero que ele fique bem.

—Eu também. Obrigada, Lana. Não sei como estaria lidando com isso se não tivesse vindo comigo.

—Você nos ajudou muito, Lana. — Alba se levantou e se aproximou dela. — Sua história com minha filha pode ter acabado, mas saiba que sempre manterei um carinho especial por você. — Lana se levantou e a abraçou, percebendo os olhos úmidos dela. — Você sempre terá um lugar nessa casa.

—Obrigada, Alba. Você sempre foi como uma mãe para mim. — Lana sorriu, sentindo-se emocionada.

—Parem vocês duas, ou vão me fazer chorar. — Madson protestou da poltrona. — Pai, façam elas parar ou tenho certeza que a mãe vai me substituir.

—Ela tem razão querida. — Vincent se levantou e pousou a mão no ombro da esposa. — Ainda dá tempo de trocar.

—Pai! — Ele riu, fazendo todas rirem também.

—Não se preocupe, querida. — Alba a olhou e a abraçou também. — Estaremos aqui independentemente do que decidir.

—Eu sei. E amo vocês por isso.

—Vocês deviam todos descansar. Foi um dia cansativo, está tarde. — Lana falou enquanto enxugava os próprios olhos. — Eu posso fazer um chá se precisarem.

—Não, não. Você já fez demais. — Vincent tocou seu ombro. — Vamos subir para o quarto e deixar vocês sozinhas. Não se preocupem com Kael, ele estava dormindo profundamente.

—Obrigada. Bom descanso para vocês.

Lana esperou que eles subissem as escadas antes de se voltar a Madson, que seguiu para a cozinha, procurando pelas cervejas no refrigerador, voltando a sala e entregando uma a ela.

—Bebe comigo?

—Tudo bem, mas só uma.

—Certo. — Madson riu, tocando a garrafa na sua antes de se sentar no sofá. — Mas que semana.

—Sim. Sei que é difícil para você. Stela era tão próxima. Ela sempre ia lá em casa sem avisar só para nos ver. — Ela sentou ao seu lado, começando a beber.

—Sim, perdi as contas de quantas vezes tivemos que nos vestir às pressas por causa disso. Deus, eu já xinguei tanto ela por interromper bem no meio.

—Nós duas. — Ela sorriu. — Ela gostava de surpresas. Sempre nos trazia alguma sobremesa.

—Sim, eram as melhores. Eu adorava a torta de maçã.

—Ou o mousse de limão.

—Ela sentia sua falta. — Comentou, pausando enquanto bebia alguns goles. — Ligava para mim quase todos os dias para perguntar se você tinha voltado para casa. Ou o por que eu não tinha ido atrás de você ainda. Dizia que eu estava sendo uma idiota e que isso iria me custar você. Ela estava certa no fim.

—Pare com isso. Eu estou aqui com você. Você pode contar comigo.

—Você não é mais minha esposa. Não precisa mais me ajudar em nada.

—Acha que vou esquecer todos os anos em que passamos casadas por causa de uns papéis? Qual é, Madson. Eu te conheço melhor que ninguém. Não vou te abandonar num momento desses por causa do que aconteceu entre nós.

—Eu sei, e você sabe que faria o mesmo por você. Por Deus, eu teria trazido Daphne de volta se soubesse onde Kristin a escondeu.

—De que adianta agora? Eu já tentei todos os contatos que tínhamos, ninguém sabe onde estão. Eu não duvidaria que ela já tenha casado e se mudado para a Irlanda, só para eu não ir atrás dela. Daphne deve me odiar, eu não sei mais o que fazer além de esperar que ela me retorne alguma ligação.

—Eu sinto muito por isso. Mas não desista, vamos achar uma forma de falar com Daphne e explicar tudo.

—Eu sei. Nunca vou desistir de Daphne. — Ela suspirou e se virou para a olhar. — E não vamos desistir de Kael.

—Não, você tem razão, não vamos. — Madson segurou sua mão, voltando a tocar a garrafa na sua antes de voltarem a beber.

Madson ainda tomou mais algumas garrafas até Lana perceber sua embriaguez e a levar para o quarto, rindo da sua forma de falar por não entender nada do que dizia. Tentou a ajudar a tirar os sapatos e a trocar de roupa, mas ainda tinha que desviar de suas investidas de aproximação.

—Bastava isso para você me levar para cama, babe? — Madson perguntou, rindo ao fim enquanto puxava sua cintura em sua direção, fazendo-a perder o equilíbrio e cair sobre seu corpo na cama. — Eu teria feito isso antes.

—Não comece com isso. — Lana falou com paciência, afastando-a pelos ombros e sentando no colchão. — Você derrubou cerveja na sua roupa e está fedendo, quer dormir assim?

—Você pode tirar minha roupa. Ou já esqueceu como faz?

—Madson, por mais divertido que fosse trans*r quando estávamos bêbadas, esse não é o caso. Estamos separadas e eu não quero te machucar de novo, está bem?

—Qual é Lana... — Ela buscou por sua mão, incapaz de tentar sentar. — Eu não consigo trans*r com ninguém que não seja você.

—Não minta, tem um monte de mulher atrás de você. — Ela suspirou enquanto terminava de tirar a camisa molhada dela e jogava no chão ao lado.

—E nenhuma delas é você. — Ela a olhou com intensidade em meio a embriaguez. — Eu já tentei, babe, e não consigo. É como se estivesse traindo você.

—Mas você não está. Você está livre para ficar com qualquer pessoa, Mad.

—Eu tentei. Lembra quando quebrei a fechadura e te procurei?

—Como eu esqueceria o caos logo depois?

—Eu fiz de propósito. Estava levando uma mulher que conheci numa balada. Mas quando chegamos lá, quando percebi o que estava prestes a fazer, eu forcei a chave e a quebrei, só para não a levar para dentro.

—Madson... — Ela respirou fundo, levando a mão até seu rosto e acariciando sua bochecha. — Eu sinto muito, está bem? Odeio te ver triste por minha causa, odeio te causar essa dor. Mas você precisa seguir em frente porque eu já segui. Não pense que não reparei em seu interesse em Iori, porque eu reparei, então não diga que não consegue, porque no fundo você sabe que quer ter outra pessoa.

—Ela é sexy.

—Ela é minha namorada.

—Ela podia ser a minha também.

—Não seja uma cretina. — Ela se afastou da cama e suspirou. — É melhor você dormir antes que eu realmente fique brava com você.

—Está com medo que ela também queira?

—Boa noite, Madson.

Ela saiu do quarto, suspirando, buscando manter a calma antes de descer as escadas. Jogou fora as garrafas de cerveja e se fez um lanche antes de deitar no sofá, olhando as mensagens no celular enquanto comia. Enviou uma mensagem no grupo que tinha com Iori e Laura, perguntando se estavam acordadas, mas duvidou que ainda estivessem, era tarde e não tinha recebido nada nas últimas horas, mas se surpreendeu ao receber resposta alguns minutos depois. Era uma foto de ambas no sofá, julgou que estivessem vendo um filme. Perguntou se podia ligar, foi respondida por uma ligação de vídeo, ajeitou-se no sofá antes de aceitar, sorrindo ao vê-las pela tela.

—Lana! — Iori ajeitou o ângulo da câmera, sorrindo ao vê-la.

—Boa noite para vocês. — Ela ainda sorria em contentamento ao ver ambas. — Oh, Deus, como eu queria estar no mesmo sofá que vocês agora. Estou morrendo aqui.

—Oh, pobre criatura. Basta pegar o primeiro voo e eu te busco no aeroporto. — Laura piscou em sua direção, ela acabou rindo.

—Não, é só por mais alguns dias. Minhas costas vão resistir ao sofá. De qualquer forma é melhor do que dormir na mesma cama que uma Madson bêbada.

—Oh, não, fique no sofá. — Iori falou em tom humorado. — São só mais alguns dias.

—Eu não sei o que é pior. Ela tentar chegar até mim, ou me irritar falando sobre você.

—Sobre mim? Mas por que? Já faz duas semanas da inauguração, eu nunca mais a vi, e nem estava falando com ela!

—Ah, não se preocupe com isso. Ela só está arrasada com a morte de Stela.

—Sinto muito por isso. Como estão as coisas aí? Você disse que teria a leitura do testamento dela.

—Sim, eu queria falar com vocês sobre isso. — Ela respirou fundo e deixou o sanduiche de lado. — Tentem não surtar ou pensarem que algo vai mudar entre nós, porque não vai, ao menos eu espero que não.

—Okay, se não queria que surtássemos agora você deu um passo para o lado errado, porque já estou surtando.

—O testamento requeria algum critério maluco sobre você casar com Madson? — Laura perguntou em tom humorado.

—Oh, Deus, você adivinhou. — Lana se fingiu surpresa. — Com lua de mel e tudo.

—Nem brinquem com isso. — Iori falou mais séria. — O que tinha no testamento?

—Sendo mais direta, Stela fez o testamento enquanto ainda estava casada com Madson, ela chegou à conclusão de que não haveria mais nenhum parente próximo capaz de cuidar do filho dela por muito tempo, então ela passou a guarda para nós duas. — Ela pausou, mas nenhuma delas de moveu para falar. — Então o garoto tem que ficar comigo e Madson. E eu entendo se vocês ficarem bravas comigo por ser mais uma criança que vou cuidar e não é minha, mas-

—É diferente agora, Lana. — Laura pontuou.

—Sim, eu sei. Sei que vai parecer como se tivesse um filho com Madson, mas não é bem assim.

—Ei, pare, respire. — Iori a interrompeu, inclinando a cabeça. — Está tudo bem. Estamos aqui.

—Vocês vão ficar bem com isso? Digo... — Ela suspirou. — Kael é um doce, ele se lembra de mim e esteve grudado em mim por todos esses dias.

—Sim, você disse. Você enviou várias fotos dele, ele é realmente fofo.

—Ele é. Ele ainda não entende o que está acontecendo, só tem 7 anos.

—Vai levar algum tempo para ele se adaptar, isso é verdade. — Laura falou mais lentamente. — Vocês planejaram onde ele vai ficar? No apartamento de Madson, ou aqui em casa?

—Ah... Madson ainda está aceitando os fatos. Eu estou tentando convencê-la a voltar a Chicago para que eu possa ajuda-la, já que tenho alguma experiência com crianças e ela iria enlouquecer sozinha aqui.

—Bem, isso ou te entregar a guarda completa, porque você definitivamente não estaria sozinha. — Iori ergueu as sobrancelhas. — Nada vai mudar entre nós, querida.

—Só diga do que precisa, e nós conseguiremos isso para você. — Laura sorriu para a encorajar.

—De verdade? — Lana inclinou a cabeça.

—Sim de verdade. Você está conosco, e vamos estar contigo para lidar com isso. Imagino que não vá ser fácil. Uma criança é uma grande novidade e um desafio, mas você tem nosso apoio. Então diga do que precisa para receber ele aqui, e nós arrumamos para vocês.

—Oh, Deus, obrigada. Vocês estão sendo incríveis sobre isso. — Ela sorriu aliviada. — Mas oh, vocês sempre são.

—Claro que sim, somos suas namoradas. — Iori relembrou. — Não seja tola.

—Está bem. Olhem, estive pensando. Daphne não vai voltar para casa, então acho que será melhor esvaziar o quarto dela, pelo menos por enquanto. Tem algumas caixas na garagem, vocês podem colocar tudo dentro e deixar no quarto que era de Kristin. Eu ainda quero manter o quarto vazio para quando tivermos nosso filho.

—Ow, é bom te ouvir falando assim. — Iori sorriu, relaxando o corpo no abraço de Laura atrás de si. — Do que mais precisa?

—Bem, peguem meu cartão de crédito na primeira gaveta de um dos criados mudos ao lado da cama. A senha é 8309, se quiserem anotar agora, ou eu mando pela manhã.

—Anotado. — Laura afirmou, mostrou a tela do próprio celular com a senha anotada. — O que mais?

—Bem, eu vou pegar as medidas pela manhã, mas busquem algumas roupas para ele. Eu levarei as que ele tem para se sentir à vontade, mas algumas coisas novas devem animar ele com o tempo. Os tipos de brinquedos também envio pela manhã, mas eu definitivamente vou precisar que passem no mercado, se já não tiverem ido.

—Íamos amanhã de qualquer forma. Alguma coisa específica?

—Sim. Comprem mais frutas e legumes, Alba falou que ele costuma dar trabalho com isso, mas eu sempre enganei Daphne com alguns pratos. Cereal também é bom. Devem ter alguma caixa ainda esquecida em algum armário, porque Daph adorava.

—Ele não usa fralda nem essas coisas né?

—Não, não. Já passou dessa fase. Mas vou precisar que comprem lençóis novos. Eu vi que ele gosta bastante de super-heróis, acho que vi mais o homem aranha, então se acharem as coisas nesse tema já deve ajudar.

—Sem problema, Iori é viciada nessas coisas, vai encontrar tudo.

—Ao menos terei um assunto em comum com o garoto. — Iori falou na defensiva, mas acabou sorrindo. — Mais alguma coisa, querida?

—Por enquanto não. Eu ainda tenho que convencer Madson a voltar para Chicago, e então vou coletar todas as informações que puder com Alba e Vincent. Eles adoram o Kael. — Ela sorriu, deitando no sofá e suspirando. — Vocês vão adorá-lo também.

—Tenho certeza de que sim. — Laura sorriu para ela. — Vai nos ajudar a treinar para quando for o nosso, não é?

—Sim, vai te ajudar a ter uma ideia. Quando é nosso filho, tenho certeza de que é diferente. — Ela olhou entre ambas. — Vocês já imaginaram como isso vai acontecer?

—Sim. — Laura beijou a têmpora de Iori. — Ainda me imagino grávida.

—Oh, grávida? Então pretendem fazer inseminação?

—Sim. Ao menos é a ideia.

—Imaginam se vai ser menino ou menina?

—Menino.

—Menina. — Iori a olhou. — O que? Garotos são chatos.

—Lana, desempata. Menino ou menina?

—Menino. — Lana sorriu para o olhar indignado que recebeu. — Não me culpe. É só menos dramático. E de qualquer forma inseminações tem uma grande chance de vir gêmeos, então pode vir os dois.

—Oh, eu não estou psicologicamente pronta para ter gêmeos. — Laura deixou a cabeça cair para trás. — Eu planejei ter mais de um, mas não ao mesmo tempo.

—Bem, é uma possibilidade. É melhor você se preparar para o caso disso acontecer. Enquanto isso eu vou aproveitar seu abdômen do jeitinho que está.

—Oh, vai sentir falta? — Ela a olhou com um sorriso de lado.

—Muito. Mas eu definitivamente vou adorar ver sua barriga crescendo com um bebê. — Ela olhou entre ambas. — Nosso filho. Vocês realmente me fazem querer um filho. Não sei porque. Com Madson parecia uma ideia tão maluca, mesmo que fôssemos estáveis e estivéssemos juntas por tanto tempo. Com vocês faz menos de um ano, e olha onde estamos.

—É estranho que agora estejamos colocando tudo em prática e arriscando mais do que em todos os anos que estamos juntas. — Iori falou, então virou o rosto para olhar Laura. — Mas simplesmente parece tão certo estar com vocês duas, que eu sequer me importo com o tempo mais. Eu só quero aproveitar o que estamos tendo e avançar os passos junto de vocês.

—Eu me sinto da mesma forma. — Laura sorriu. — Nunca estivemos tão unidas desde que estamos com você.

—Fico feliz em saber disso. — Ela bocejou. — Acho que vou tentar dormir um pouco, vocês deviam fazer o mesmo.

—Você tem razão. Vamos todas dormir. Você tem previsão de quando volta?

—Depois do final de semana, para dar tempo de finalizar a burocracia.

—Está bem, nos mantenha informadas das coisas, e qualquer coisa que precisar é só ligar.

—Sentimos sua falta, querida, aquela cama é grande demais sem você. — Iori alegou, o rosto se torcendo em manha. — Volte logo, meu amor.

—Irei, meu amor. Assim que puder estarei de volta. — Ela deitou de lado. — Falo com vocês amanhã. Boa noite.

—Dorme bem. — Elas disseram juntas, então enviaram beijos antes de desligarem.

Laura e Iori começaram a organizar o antigo quarto de Daphne, guardando seus pertences em caixas e as levando para o que agora era quarto de hóspedes. Então foram as compras, recebendo maior informação de Lana por mensagem, não hesitando os esforços em encontrar tudo o que tinham marcado na lista. No dia seguinte começaram a montar o quarto de Kael, divertindo-se com a função e imaginando que estariam fazendo isso quando fosse seu próprio filho.

Lana entrou em acordo com Madson sobre voltarem a Chicago, então iniciaram a discussão de como fariam com a guarda do garoto, buscando conversar com ele para que ele estivesse ciente do que aconteceria. Então o prepararam para a mudança, enfrentando sua resistência inicial, mas o convenceram gradualmente, percebendo que ele queria ter o controle de organizar as próprias coisas e escolher o que queria levar ou não.

Tão logo chegaram em Chicago, receberam uma ligação de Leon, tendo a notícia de um acidente na Infinity com um dos professores e uma criança, pedindo ajuda devido ao escândalo que os pais queriam proporcionar.

—O que faremos? — Madson questionou, olhando entre as malas e Kael, adormecido no colo de Lana, ambas esperando um táxi na saída do aeroporto. — Estou exausta.

—E gripada. — Lana entregou um lencinho de papel quando ela voltou a espirrar. — Vá para casa, eu cuido disso.

—Eu fico com ele então.

—Está bem. Kael, querido. Acorde. — Ela passou a mão em suas costas, virando o rosto e beijando sua bochecha, fazendo-o acordar, e ainda sonolento esfregar os olhos.

—Nós já chegamos? — Ele perguntou enquanto olhava ao redor.

—Ainda não. Eu tenho que resolver um problema no trabalho, mas você pode ir para a casa da tia Madson e descansar, tudo bem?

—Não! Eu quero ir com você.

—Você está cansado, Ka, tia Lana tem que trabalhar. — Madson tentou intervir. — Se vier comigo podemos organizar seu novo quarto, e pedimos o que você quiser para comer hoje.

—Não, eu quero ficar com a tia Lana. — Ele se abraçou ao pescoço dela, Madson franziu o cenho, prendendo as mãos na cintura.

—Não temos tempo para discutir isso, babe. Vai para casa, leve as coisas dele. Eu dou um jeito na academia. — Lana falou com cansaço, sinalizando para um táxi.

—Não. Eu vou com vocês. Eu fico de olho nele enquanto você tenta lidar com o problema. — Ela suspirou. — Leon deve ter algum antigripal com ele.

—Tem certeza? Você não dormiu nada ontem.

—Nem você. Vamos. — Ela indicou o táxi que parou ao lado delas, o motorista tinha descido para ajudar com as malas. — Depois vamos para casa.

Lana moveu a cabeça para concordar, colocando o garoto no chão e acariciando seus cabelos castanhos, esperando que ele piscasse para acordar, só então mirando seus olhos da mesma cor, a luz do dia o tornando esverdeados.

—Promete que vai se comportar? Você tem que fazer tudo o que tia Madson disser.

—Sim, eu prometo. Você vai me dar aulas também?

—Você quer aprender a dançar?

—Quero!

—Então sim, eu posso te ensinar.

Ele comemorou, entrando mais animado dentro do táxi, Madson somente suspirou para o sorriso vitorioso de Lana, ajudando o motorista com as malas de Kael antes de entrar também, dando o endereço da nova Infinity.

À noite, ela ainda lidava com os demais problemas que ocorreram nesse meio tempo que estiveram fora, enquanto Madson entretinha o garoto em uma das salas que não estava sendo usada. Sentia-se exausta, mas ainda tomou um banho no vestiário e trocou de roupa, buscando se manter inteira antes de atender ao pedido do garoto de ir comprar comida. Madson a acompanhou, ambas buscando negociar com Kael enquanto andavam pela rua sobre onde deveriam comer.

—Comida japonesa! Mamãe adora! — Ele apontou para o outro lado da rua, onde um restaurante com Sasaki escrito em seu costumeiro logo se mostrava.

—Oh, com certeza. — Lana sorriu para Madson. — Todos gostam, tia Madson adora.

—Oh, sim, adoro mesmo é a Sasaki em pessoa. — Ela sorriu com malícia para provocar Lana.

—Cai fora. — Ela se abaixou para olhar Kael na mesma altura. — Você gosta de comida japonesa?

—Sim! — Ele sorriu com empolgação. — Podemos comer lá?

—Nossas coisas estão na academia ainda e o tio Leon precisa ir para casa. Que tal pedirmos a comida e voltar lá para comer?

—Sim, é bem perto daqui. — Madson reforçou.

—Tá bom. Eu quero yakissoba. — Ele aceitou facilmente.

—Claro, querido. Algo para beber? — Lana acariciou seus cabelos, agradecida por ter aceitado.

—Refrigerante!

—Que tal suco de laranja?

—Mas não faz aquele negocinho na boca. — Ele protestou.

—Mas é muito mais gostoso, você não acha?

—Não.

—Querida, por favor, compre o que tiver. — Madson a olhou com súplica nos olhos. — Só hoje.

—Ele já comeu açúcar demais hoje, você vai me agradecer quando voltarmos para casa e ele dormir. — Ela sorriu e se levantou. — Todos tomaremos suco. Algum pedido especial, Mad?

—Não, qualquer coisa que pedir para você.

—Está bem. Fiquem aqui e eu vou pedir lá. Volto daqui a pouco.

—Vem, Ka, tem um banco ali na frente e a tia Madson está morrendo por um banco.

Lana riu enquanto atravessava a rua, entrando no restaurante e agradecendo por não haver qualquer fila, podendo fazer seu pedido tranquilamente. Sentou no banco por um momento, respirando fundo, decidida a esperar pelo pedido ali mesmo. Mas seu momento de silêncio não durou muito quando se deparou com Laura a sua frente.

—Eu estou tão cansada assim que estou alucinando? — Perguntou enquanto estendia a mão, deslizando os dedos pelo rosto de Laura. — Oh, parece real.

—Sou real, querida. — Laura riu, sem hesitar em a abraçar com força, acariciando suas costas e a sentindo retribuir, apoiando o corpo no seu. — Desde quando voltou? Eu teria te buscado.

—Hoje no almoço. Eu tentei avisar mais cedo, mas vocês não atenderam o telefone, então não tive mais tempo de dizer nada, Kael ficou a viagem toda jogando no meu celular. — Ela aspirou o cheiro do seu perfume enquanto se afastava, segurando seu rosto e acariciando suas bochechas com afeição. — Fiquei sem bateria e sem tempo, tive que ir direto para a Infinity resolver uns problemas antes que Leon enlouquecesse.

—Desculpa. — Ela pediu tão logo desviou de sua investida de a beijar, voltando a abraça-la, sentindo-se culpada no mesmo instante quando sentiu a tensão em seu corpo.

—Mas o que foi isso? — Lana pressionou as mãos em seus ombros para afastá-la, mirando seus olhos com alguma irritação.

—Eu não quero outra coisa senão beijar você, acredite em mim.

—É meio difícil acreditar nisso agora.

—Eu sei, desculpa. Tentamos avisar você também, mas não conseguimos te achar em qualquer momento. Tivemos que correr para a outra casa porque minha família apareceu lá de surpresa, então os pais de Iori ligaram para lembrar do jantar de comemoração de casamento deles. E agora estamos todos aqui no jantar com nossas famílias.

—Oh, Deus, as vezes queria esquecer que vocês ainda estão no armário para as suas famílias. — Falou com irritação, olhando ao redor e encontrando as mesas reunidas e várias pessoas ao redor delas, encontrando o olhar preocupado de Iori entre os demais, que estavam distraídos.

—Não diga isso.

—Diga que não é verdade então. — Ela voltou a encarar seus olhos, suspirando com desconforto quando ela não disse nada. — Não se preocupe, não farei nada. Só vim pegar comida e voltar para a Infinity. Madson está me esperando com Kael do outro lado da rua, e eu definitivamente não vou criar uma cena na frente da família de vocês ou na frente dele.

—Querida, eu entendo sua frustração, realmente entendo, mas acredite em mim. Eu estou apresentando a ideia para a minha família por todo esse tempo para se acostumarem. Eu não quero causar qualquer desconforto quando te apresentar a eles. Eu quero que você seja bem recebida.

—Babe, eu não me incomodo em como serei recebida, eu só estou cansada de ficar escondida.

—Mas eu me incomodo. Olhe para mim. — Ela se moveu para atrair sua atenção. — Ei, olhe para mim. — Ela esperou até ela respirar fundo, mirando seus olhos azuis outra vez. — Você é minha mulher, e eu quero que seja bem tratada. Você me conhece, sabe que não vou aceitar se não tiver o mínimo de respeito por você lá dentro de minha família.

—Sim, eu sei. Desculpa, eu só estou realmente cansada. A viagem, os problemas na academia, e a energia de Kael colidiu com tudo no mesmo dia. Deus, as malas estão todas na academia ainda, tenho que voltar para casa e organizar as coisas para ele.

—Ei, estaremos em casa hoje, logo terminamos aqui e voltamos. Você não precisa fazer nada. O quarto está pronto.

—Vocês conseguiram arrumar tudo? Ele ficou animado que vai ter outro quarto.

—Sim, está tudo arrumado. Ele pode colocar o que quiser lá quando quiser.

—Oh, Deus, obrigada. É a melhor notícia que poderia me dar.

—É só você levar sua bela bunda para casa, e nós cuidamos de você.

—Muito engraçado. — Ela sorriu, mirando seus olhos com mais calma. — Senti sua falta.

—E eu a sua. Estou feliz que tenha voltado. — Ela respirou fundo e olhou de volta para a mesa. — Concordamos em te apresentar para eles agora, mas... — Ela franziu o cenho, voltando a olhar para ela.

—Eu sei, como amiga. — Ela suspirou, também mirando a mesa, encontrando os olhos cinzentos a olhar de volta em expectativa. — Está bem. Eu tenho alguns minutos até a comida estar pronta. Mas estou um desastre.

—Você só está cansada, e eu continuaria beijando você inteira. — Ela sorriu enquanto a olhava por inteiro, fazendo-a rir.

—Eu vou guardar sua promessa para mais tarde antes que eu te arraste daqui para casa agora mesmo.

—Não me tente, eu adoraria fazer isso bem aqui. Vem, vem conhecer um pouco eles, ao menos para ter uma noção de como são.

—Claro, vamos nessa.

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Uma criança no meio agora :D o que acharam da reação do casal?

 

E finalmente as famílias vão aparecer! Expectativas? hahaha

 

Até o próximo :)


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Comentários para 22 - Vigésimo:
Dolly Loca
Dolly Loca

Em: 15/05/2021

Adorei ver a Laura e a Iori dando o suporte necessário para a Lana. Aos poucos a relação de solidifica, mas elas têm que dar um jeito de assumir publicamente e para as famílias a Lana. Do contrário o risco de a coisa desandar é grande!

Bjos


Resposta do autor:

Olá Dolly :)

Que bom que gostou, é uma fase importante essa a delas, com a chegada do Kael e tal.

Agora vamos para essa fase problemática das famílias :D foi das que mais gostei de desenvolver nessa história :)

Até o próximo!

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