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Amor incondicional por caribu

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Palavras: 1518
Acessos: 4017   |  Postado em: 13/05/2021

Doze

 

O sol brilhava forte, com os raios refletidos com mau gosto nas vitrines das lojas, nos espelhos dos carros, nas janelas dos prédios. Refletores artificiais de uma luz que parecia incondizente com ela, que nessa hora se assemelhava à personagem principal, quando tem o foco no centro do palco. E ela nem queria estar ali, ou ser quem era.

Tudo parecia claro demais. Vivo demais.

Bianca caminhava a passos firmes por entre ruas que eram cartões-postais que maravilhavam pessoas do mundo inteiro, cenário de inspiração para várias novelas. Ali havia lojas finas e restaurantes caros que definitivamente não pertenciam ao seu mundo, e talvez por isso ela nem dispendia tempo observando as fachadas tão bonitas, com seus funcionários impecáveis, que sorriam diante de portas que deixavam escapar o arzinho gelado do ar-condicionado ali dentro. Entrar seria escapar da quentura provocada pelo sol, que estava bem ardido, anunciando alguma pancada de chuva iminente. Mas isso jamais foi cogitado.

A moça sabia que os “boa tarde” distribuídos por ali eram para uma gente que não respondia aos cumprimentos – que quase não pareciam reparar em quem dizia. Bianca sabia como era ser invisível. Porém, ali se sentia notada; quase vigiada. Se sentia tão destoada que isso a fazia se destoar. Atraía olhares, por variados motivos, mas na sua cabeça eram sempre os mesmos, e se impunha um julgamento que não era dela, vindo de pessoas que nem conhecia (e que não necessariamente a mediam pela mesma régua que ela usava). Bianca não notava, mas isso a fazia sempre andar mais encurvada por ali. Provavelmente porque se sentia diminuta.

Nessas horas era comum ser invadida por uma tristeza profunda, se sentia fracassada perto daquelas pessoas. Como se tivesse falhado na vida, e aí sempre começava a se perguntar qual era o propósito de viver. Isso só servia para deixá-la mais perturbada.

Se sentia muita coisa – essa é a verdade. Sentimentos que ela mal conhecia, ou só a beirinha, agora a engolfavam no que Bianca atribuía ser uma maré de puro azar, num mar de ressaca. O pior tombo de sua vida. Internamente, não conseguia se levantar, como se as ondas violentas da sua própria vida a mantivessem presa ao chão, se afogando. Novamente, Bianca não queria isso. Mas como fugir de quem se é, do próprio destino? Não existe um botão que liga e desliga uma dor.

E aquela era dilacerante. Ela sentia nas entranhas, mesmo. Latejava no mesmo ritmo de seu coração – cada batida soando como uma apunhalada. Achava muito louco sentir saudade de algo que nem viveu, de momentos que nunca existiram – e que jamais aconteceriam. Aí se sentia culpada e inconscientemente acreditava que merecia até ser punida por aquilo, por ter perdido o bebê. A dor acabava não sendo nada perto do que Bianca julgava ser merecedora de receber. Isso também a fazia se questionar sobre o propósito da vida, mas no sentido de que pintamos um paraíso que não existe, e um inferno que reina na Terra. Bianca era prisioneira de seus dias.

Sentia que não tinha o que fazer, ou a quem recorrer. Uma impotência paralisante. Nem Fábio estava ali para salvá-la, porque ela não permitia que ele sequer tentasse lançar alguma boia, pois sabia que ele também tinha seus tubarões a enfrentar. Amava muito o marido para arrastá-lo em seu tsunami de emoções. E enfrentava o desafio de ver esse amor se transformar em uma irritação que parecia indomável. Quase um monstro.

E a cada dia se sentia afundar mais um pouco, naquela típica sensação do vai e vem das ondas, que vai enterrando os pés cada vez mais para baixo da areia. Isso a deixava em pânico. Queria gritar, mas estava difícil até para chorar ultimamente. Não conseguia nem pedir ajuda de Iemanjá, que ela sentia próxima dali, junto ao mar.

 

Por isso que agora, muito mais do que nas ocasiões anteriores, mal percebia a paisagem que fazia os turistas se aglomerarem, estupefatos, e munidos de seus celulares e máquinas fotográficas com lente objetiva registravam sorridentes aquele momento, com suas roupas floridas e coloridas, numa alegria que soava desproporcional. Ofensiva, até. Era um ambiente que ela se sentia mesmo uma intrusa.

A música ambiente era a canção que as ondas compunham, ao vivo, ao beijar a areia da praia ali perto. O cheiro forte de maresia também passava despercebido, misturado ao aroma de peixe frito em algum dos quiosques do calçadão. Casais de namorados que passavam abraçados, aos beijinhos, davam a impressão de sair do foco quando cruzavam por ela. Na verdade, até as gotas da chuva que começavam a cair naquele quente dia de primavera não foram notadas (ao menos não a princípio).

O pôr do sol se aproximava e a tarde estava tão abafada que era quase possível prever que dentro de poucos instantes a chuva chegaria com força, dada a cor do céu. A previsibilidade de uma mudança climática pareceu irritá-la mais e o muxoxo, quase inaudível, foi percebido apenas por ela. Estava sem guarda-chuva.

Irritava-se cada vez mais constatar que muitas das coisas da vida podiam ser verificadas e previstas antes de se tornarem reais, por exemplo, saber que uma chuva forte está chegando. Há certas previsões que podem mudar todo o curso de uma história. Mas a gente sempre reconhece as coisas com mais facilidade depois que elas acontecem. Ou só nessas horas nos arrependemos de não termos dado importância a algum evento que serviu de alerta.

Se havia algo que Bianca se arrependia era de não ter dado ouvidos àquela estranha no mercado, que fez uma premonição que tanto Fábio quanto Teresa a convenceram a não dar ouvidos. Ela a alertou. O que era mesmo que ela tinha comprado em uma quantidade desproporcional?

“Chá”, Bianca disse em voz alta. A velha comprou uma infinidade de chás, como se estivesse fazendo uma reserva de contingência. Como se fosse uma bruxa, se preparando para algum evento de leitura de borra no fundo da caneca.

Bianca acelerou o passo. Tinha pressa em chegar. Acostumara-se a andar sempre rapidamente, como se aquele minuto fosse o seu último minuto de vida. Dizia valorizar agora cada instante, cada particularidade de um dia que era composto por momentos únicos, que nunca mais se repetiriam. Fábio não acreditava na ladainha. Ouvia, mas não levava para o coração. Bianca vinha dizendo muita coisa que ele vinha relevando. A afobação em fazer as coisas era só uma das várias manias que ela tinha adquirido nos últimos tempos – e não admitia.

Mas ele não mencionava nada a respeito, mal abria a boca perto da mulher. Não dizia nada sobre qualquer outra atitude estranha que Bianca vinha tendo. Não mencionava a irritação ou seu mau humor. Já se sentia sem forças para discutir. Estava esgotado de tanto brigar e achava que não desempenhava bem o papel de saco de pancadas.

A chuva aumentou e Bianca colocou sua bolsa por dentro da camisa, para proteger os documentos e o celular. Estava com pouco dinheiro e não pretendia que o pouco que tinha, molhasse. Aumentou a velocidade da caminhada, sem se importar com a dificuldade de Joaquim, que vinha logo atrás, sendo puxado por sua mão.

O menino não ousava reclamar. Há duas quadras havia chamado a atenção da madrasta, alertando-a de que tinha perdido o chinelo enquanto atravessavam a rua, mas ela nem sequer ouviu. Apesar de ter ficado triste, considerou que talvez fosse sorte que ela não tivesse percebido. Bianca andava irritadiça, brigava com ele por tudo e certamente ficaria chateada pela perda. Quis adiar a bronca.

O chão estava quente e ele estava aborrecido. Joaquim sentia uma culpa que não conseguia processar. Mesmo depois de dias, ainda era muito viva a lembrança de Bianca caindo no quintal. Ele viu o rosto dela sangrando, chorou só por isso.

Resignado, deixou-se levar pela madrasta. Estava cansado e com fome, mas sabia que se reclamasse poderia receber um puxão na orelha. Bianca estava diferente do que sempre fora, e não tinha mais paciência com ele. O melhor que podia fazer, então, era ficar quieto.

Agora com a chuva ele até gostou de estar descalço, e pensou que, se tivesse sorte, conseguiria um chinelo semelhante àquele que perdera – com as cores e o símbolo do Homem Aranha.

 

- Olha, Bia! – exclama Fernanda, extasiada, batendo com a mão na mesa.

 

Beatriz virou-se e olhou para onde apontava Fernanda. Estavam dentro de um restaurante barulhento e que agora enchia de gente que fugia da chuva. Eram muitas vozes, e diversas cabeças tampando a vista, mas o tom usado por Fernanda chamou sua atenção.

 

- Olha ali na rua a sua estátua!

 

E ela viu. Conseguiu ver, bem ali à sua frente, a mulher que puxava a mão de um menino pequeno. Viu as roupas simples e os pés descalços do garoto. Viu o volume na barriga da mulher e, apesar de não ter muita certeza da gestação, aceitou que era quase uma cópia viva da grávida que tinha esculpido.

 

- Ah, uau! – foi tudo o que conseguiu dizer.

 

 

 

Fim do capítulo


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Comentários para 12 - Doze:
Drea
Drea

Em: 13/05/2021

Kkkk... pq isso não me espanta? Kkkk, nem vou comentar


Resposta do autor:

 

Rsrsrs

 

Bruxa!!rsrsrsrs

Responder

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cris05
cris05

Em: 13/05/2021

Ah, uau! Digo eu também. 

Que história, minha gente! Que história!

Bravo, autora! Você é realmente fod@stica!

Sou bem ruim de enigmas. Na verdade sou péssima rsrs e agora estou aqui, mais uma vez em cólicas, querendo saber se a senhora que comprou tantos chás foi a Cícera. Não rola um spoiler, autora rsrs??

Beijos


Resposta do autor:

 

rsrsrsrs

Ah, uau msm!!

Rola um spoiler, sim: 

Responder

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NovaAqui
NovaAqui

Em: 13/05/2021

Olá!

Acabei de devorar os 12 capítulos!

Estou gostando muito

Até agora tentando entender se as Bias serão um casal ou não rsrsrs

Não sou como a Cícera, pelo contrário, sou um fracasso em ter esse dom de prever as coisas kkkkk

Aguardei ansiosamente os próximos capítulos

Abraços fraternos procês aí!

 


Resposta do autor:

Olá! Que bom que está gostando! Fico contente!

É bom que as coisas ainda não estejam mto claras, pq aí a história permanece interessante rsrs

Eu acho a Cícera uma personagem incrível! Quero ser bruxona que nem ela!

Voltamos logo! 

Um beijo!

Responder

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