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Nossa Vida Juntas por Alex Mills

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Palavras: 8280
Acessos: 1825   |  Postado em: 02/05/2021

Décimo sétimo

 

Lana esperou algum tempo até chamar por um carro, apressando-a quando passou o tempo combinado, mas sorriu tão logo a viu descendo as escadas, esquecendo o tanto que tinha esperado. Iori se desequilibrou nos últimos degraus com a intensidade de seu olhar, mas ela se apressou em a segurar, segurando sua cintura e aspirando seu cheiro diante da proximidade, fechando os olhos ao se deliciar com a fragrância.

—Uau. — Falou perto do seu rosto, ajudando-a nos últimos degraus e voltando a mirar seus trajes. — Eu não teria te apressado se soubesse que te veria assim. Deus, está maravilhosa.

—Eu nem reparei o que realmente queria dizer. — Ela sorriu, deslizando as mãos pelos seus braços e segurando suas mãos. — Devíamos sair mais vezes só para eu poder ver essa sua cara de boba todas as vezes.

—Não é somente pelo que está vestindo, meu amor. Mas só me faz lembrar nossos encontros. — Ela segurou seu rosto, acariciando suas bochechas em movimentos circulares. — Em como me deixou apaixonada desde nosso beijo em sua garagem, e foi incentivando isso a crescer sempre que me deixava conhecer um pouco mais de você.

—Você não está planejando se ajoelhar e me pedir em casamento nesse encontro, está? — Ela riu em clima leve, selando os lábios na maçã do seu rosto. — Vê? Eu devia me arrumar melhor para você, estou te deixando má acostumada com minha versão cansada no fim do expediente.

—Bem, foi assim que você me conheceu, então eu não tenho do que reclamar quando você continua sendo a mesma mulher para mim.

—Para de me deixar sem graça. Ou vou te arrastar para o quarto e calar sua bela boca com outra coisa. Não estávamos atrasadas?

—Por você vale a pena.

—Oh, você está decidida a me deixar sem graça hoje.

—Faz parte do encontro. Vamos, antes que o motorista desista de nós.

Iori moveu a cabeça para concordar, seguindo-a após trancar a casa, animada em conhecer um novo restaurante. Surpreendeu-se quando notou que era um restaurante italiano, tinha aspecto requintado e caro, fazendo-a indagar quanto Lana estava investindo naquele encontro. Foram guiadas para uma mesa mais afastada das demais, mas ainda assim não deixou de reparar que todas as demais estavam ocupadas, espantada em Lana conhecer um lugar assim. Começou a analisar o menu, recostando-se na cadeira estofada ao perceber o valor dos pratos.

—Babe, você sabe que podia me levar em qualquer lugar que eu estaria contente em estar contigo. — Ela fechou o menu, deixando sobre a mesa e a olhando.

—Oh, não levou nem cinco minutos. — Lana sorriu, cruzando as pernas, ainda a analisar o menu. — Está tudo bem, você não precisa se preocupar com o preço. Eu não te convidaria se não pudesse pagar por um lugar desse.

—Lana, você não é rica.

—Eu não preciso ser rica para te trazer aqui.

—É desnecessário. Vamos dividir a conta.

—Deus, não comece com isso. — Ela baixou o menu e encarou os olhos fixos dela, que tinha cruzado os dedos e apoiado o queixo sobre. — Qual o problema em eu pagar a conta? Eu te convidei, estive planejando isso há bastante tempo. Você não pode aproveitar?

—E eu agradeço que tenha planejando tudo isso por minha causa, mas não quero que gaste tanto comigo. Vamos dividir, está bem?

—Se fosse o contrário você teria aceitado dividir?

—É diferente.

—Vê? Não comece uma discussão por causa disso. Eu te convidei, deixe-me te agradar um pouco.

—Não me agrada dessa forma, Lana. Pode por favor concordar em dividir?

—Deus. — Ela respirou fundo, buscando manter a paciência diante da insistência dela, mirando seus olhos cinzentos e percebendo que ela não iria ceder. — Se for para você parar de tentar me impedir de te mimar por um dia, tudo bem, podemos dividir a conta.

—Desculpa por isso, eu não queria te chatear.

—Esquece isso. — Ela se voltou ao menu, sentindo-se frustrada.

Iori inclinou a cabeça, suspirando antes de voltar a recostar na cadeira, sentindo o clima tenso que ajudou a criar, buscando no menu uma maneira de aliviar o clima. Agradeceu quando o garçom veio buscar seus pedidos, mas tão logo trocou um olhar com Lana e abriu a boca para falar algo, um casal parou em sua mesa, ela os reconheceu, levantando-se imediatamente.

—Senhor e Senhora Ikeda. — Ela se curvou em cumprimento. — Que surpresa os encontrar aqui.

—Srta. Sasaki, é um prazer te encontrar. — O homem mais velho falou. — Como vai sua família?

—Muito bem, obrigada por perguntar.

—Você já comeu aqui antes? O gnocchi é maravilhoso. — A senhora falou com um sorriso de lado.

—Não, é a primeira vez. Mas definitivamente vou provar o gnocchi numa próxima.

—Você vai adorar. — Ela olhou por um momento para Lana, que continuou sentada, desatenta a conversa que tinham em japonês enquanto mexia no guardanapo. — Você está sempre elegante, não me admira que atraia clientes de todos os tipos. — Falou em inglês, atraindo a atenção de Lana, que estreitou os olhos com os olhares em si.

—Qual projeto está liderando agora? — O senhor Ikeda indagou, mantendo-se em sua língua natal.

—Oh, estou fazendo a obra de uma grande academia de dança. — Ela sorriu, olhando para Lana por um momento prolongado. — Ela é uma das donas do local, então há sempre um detalhe para discutir.

—Essas pessoas estão sempre descontentes, mas tenho certeza de que você conseguirá terminar isso o mais breve possível.

—Essas academias estão ficando populares. É um jeito de gastar dinheiro de fato. — A senhora Ikeda franziu o cenho em desgosto. — Bom seria se fosse um estúdio de ballet, dança clássica.

—Nos avise quando terminar, tenho um sobrinho na Flórida que está pensando em expandir a empresa e pagaria bem melhor.

—Definitivamente. Quem sabe você não decida se mudar para lá no processo? Ele é um pouco mais velho, mas um homem orgulhoso.

—Eu deixo vocês saberem se estou precisando de trabalho, prefiro me concentrar no atual primeiro. — Iori sorriu de maneira educada para esconder o constrangimento, movendo os dedos pelas mechas escuras lentamente, para deixar que eles percebessem sua aliança. — Eu preciso voltar ao trabalho agora, mas foi muito bom rever vocês.

—O prazer foi todo nosso, Srta. Sasaki. Mande meus cumprimentos aos seus pais. — O senhor Ikeda falou ainda em tom formal.

—Claro. Apareçam em um dos restaurantes deles, sei que serão bem tratados.

—Será um prazer. Até breve.

Ela se despediu deles e esperou que se afastassem para voltar a sentar, tendo tempo somente de respirar fundo antes da comida ser servida, buscando relaxar diante do aspecto apetitoso do prato e o cheiro envolvente.

—Parece bom. Está com fome? — Lana perguntou, analisando-a.

—Sim, estou faminta. — Ela bebeu água, tentando se livrar da boca seca diante do nervosismo.

—Quem eram os velhos mal-educados?

—Não fale assim, eles são amigos de longa data da minha família.

—Certo. Bem, vamos comer antes que esfrie.

Iori assentiu, agradecida pela comida, começando a comer e soltando um ar maravilhado com o gosto.

—Lana, é maravilhoso. Nunca comi uma massa tão leve e tão macia.

—É bom mesmo, não é? — Lana a olhou. — Me disseram que era bom, mas não tinha imaginado que seria tão profissional. O molho tem tanto sabor.

—Sim. O molho branco deles é mais sutil? — Ela indicou o prato dela.

—Sim. Aqui, prove um pouco. — Ela entregou uma porção do molho com o nhoque recheado, deixando que ela saboreasse. — Que tal?

—Oh, tão bom. Tente o meu, o molho vermelho definitivamente vai te conquistar. — Ela imitou seu gesto, esperando em expectativa.

—Realmente, vale cada centavo. — Lana sorriu, bebendo um gole da taça de vinho.

—Você estava certa, esse lugar é incrível. Obrigada por me trazer aqui, querida.

—É meu prazer.

Elas comeram em clima mais leve, compartilhando a sobremesa e dividindo a conta. Andaram pela rua por algum tempo, Iori se manteve perto, envolvida em seu braço para se manter aquecida no frio que fazia.

—Qual o próximo passo, agora? — Ela questionou, mantendo a atenção nas pessoas a frente.

—Bem, pensei em vermos um filme. Mas podemos fazer outra coisa se não estiver muito afim.

—Que tipo de filme?

—Você não gosta de romance, já vimos todos os que lançaram de super heróis. Tem filme de terror e filme de humor. Qual você quer?

—Mas você gosta de romance. Vamos ver romance, já faz muito tempo, e eu iria adorar ver isso contigo.

—Você realmente planeja assistir ao filme ou é um pretexto para ficar ocupada assistindo?

—Eu vou assistir! Não sou Laura. — Ela a olhou, sentindo-se ofendida.

—Sei. Mas vamos então, não quero chegar atrasada no nosso compromisso depois.

—Ainda tem mais?

—Sim. É algo para mim, mas achei que você iria querer participar.

—É surpresa?

—Sim, você vai gostar. Confie em mim.

Iori inclinou a cabeça, apoiando o queixo em seu ombro, beijando sua bochecha, fazendo-a sorrir. Pararam alguns instantes depois, quando se depararam com um primo de Iori.

—Há quanto tempo. Em que buraco andou se escondendo? — Ele a questionou, sorrindo animado. — E quem é essa beldade? Tirou a amante do armário?

—Você me descobriu. Essa é Lana Mason, a melhor professora de dança que você poderia pensar em ter. — Ela sorriu, olhando para ela. — Estou fazendo a obra da academia dela.

—Oh, você pode me ensinar lá em casa, Lana, se minha prima não estiver te mantendo em confinamento.

—Com Laura na casa dela eu não me importaria de ser mantida confinada por elas. — Lana sorriu, estendendo um cartão. — Mas quem sabe eu não tenha um tempo livre para você?

—Eu definitivamente vou tentar. — Ele sorriu, pegando o cartão e olhando o número. — Infinity. Eu vou procurar por isso.

—Espero que goste, Ren. É um lugar incrível. — Iori o incentivou. — Mas eu duvido que tenha chances com a professora.

—Por que? Você tem preferências? — Ren a encarou, curioso.

—Soube que a esposa dela é bastante ciumenta. Ela não gosta de compartilhar, e olha que tentei. — Iori a olhou, em busca que ela continuasse com sua história.

—Sim, estou inclusive atrasada para encontrar com ela. — Lana suspirou, olhando para o celular. — É melhor irmos, Sasaki.

—Claro, não quero deixar sua mulher preocupada. Devíamos marcar algo, Ren. — Ela sorriu para ele. — Nos vemos logo.

—Espero que sim. Um prazer te conhecer, Lana. — Ele manteve os olhos nela por um longo momento. — Espero te ver outra vez.

—Por que não? Até logo.

Elas voltaram a andar, rindo da encenação quando estavam longes. Chegaram no cinema não muito tempo depois, ainda achando graça do encontro com Ren enquanto compravam os ingressos e seguiam para a sala indicada.

—Ele estava completamente na sua. — Iori voltou a comentar. — Aquele cabeça de agulha. Se você se distraísse é capaz que ele te agarrasse ali mesmo.

—Então minha esposa ficaria tão enraivecida. — Ela riu, desviando do caminho e seguindo para o banheiro. — Você pularia no pescoço dele no momento seguinte, não é mesmo, esposa?

—Com certeza.

Iori esperou que ela usasse o banheiro, aproveitando para ajeitar suas roupas e o cabelo, retocando parte da maquiagem.

—Iori?

—Sim? — Ela se virou, piscando algumas vezes até reconhecer a mulher. — Oh, não acredito no que estou vendo. Yuriko!

—Mas que lugar estranho para te encontrar. — Ela sorriu, abraçando-a com maior afeição. — Como você está?

—Bem, muito bem. E você? Você continua incrível. — Ela tocou seu rosto, acariciando sua bochecha arredondada.

—Olha quem fala. Você está maravilhosa. O que está fazendo sozinha aqui?

—Fazendo uma pausa do trabalho para relaxar. E você?

—Acho que a mesma coisa. Estive andando pela cidade e pensei, por que não ver um filme? — Ela riu, descontraída. — Qual filme você vai ver? Não, não me diga. Aposto que vai ver o último lançamento da DC.

—Eu vi semana passada, foi surpreendente.

—Não acredito que você já viu. Eu tentei o ingresso antes, mas não deu tempo. Você continua viciada nesse universo, eu vejo.

—Olha quem fala.

—A culpa foi sua, que me viciou. Eu era inocente e me deixei viciar nos seus vícios naquela época.

—Eu não vou me desculpar por isso. É um bom vício para se ter.

—Mas se você gostou do filme, então não vou me arrepender de correr para ver agora. É uma pena que já tenha visto, senão podíamos ver juntas. Relembrar os velhos tempos.

—Talvez não fosse uma boa ideia. Você lembra de Laura?

—Laura? Oh, não. Vocês ainda estão juntas? Eu achei que tinha acabado depois da faculdade e você tinha voltado a si.

—Não, claro que não. Terminamos, mas voltamos. Tem pessoas que não conseguem ficar separadas, não importa quantas vezes se separem.

—Estou vendo. Mas que bom para vocês, se estão felizes e tudo mais. Mas uma pena para mim, estava feliz por te reencontrar.

—Está tudo bem. Ainda podemos manter contato, quem sabe? Não conheço muita gente que compartilhe dos mesmos vícios.

—Por que não? Quem sabe um dia vamos a uma convenção de quadrinhos como antigamente? — Ela sorriu e entregou o celular, deixando que anotasse o número.

—Claro, seria divertido. Faz tempo que não vou em uma.

—Bem, eu tenho que usar o banheiro, mas foi maravilhoso te reencontrar. Vamos manter contato.

—Claro.

Elas se abraçaram outra vez, Iori suspirou, olhando ao redor quando ela entrou em uma das cabines, procurando por Lana, mas o banheiro estava vazio. Apressou-se para sair, aliviada quando a encontrou do lado de fora, entretida no celular, mas o pegou de suas mãos, batendo em seu braço e a fazendo reclamar.

—Mas o que foi isso?

—Não saia sem falar nada.

—Você nem me viu sair. Estava entretida no reencontro emocionante com sua conhecida. E o que diabos queria que eu fizesse? Estamos num cinema, sabe o que faria parecer. — Ela suspirou, pegando o celular de volta.

—Oh, isso é verdade. Desculpa, você tem razão.

—Eu sei que tenho. Mas é difícil mesmo assim. Você conhece gente demais que sempre te reconhece em qualquer lugar que vamos.

—Sim, isso é verdade. Mas é porque passei a maior parte de minha vida aqui na cidade, e tive que conhecer várias pessoas para conseguir trabalho.

—Bem, devíamos mudar de cidade então para eu poder te chamar a outro encontro ou levar Laura. — Ela riu, voltando a responder à mensagem. — Laura está com a irmã dela aqui perto, mas disse que nos encontra assim que terminarmos para voltarmos juntas.

—Vamos. Não quero perder o começo do filme. — Ela a puxou pelo casaco, seguindo em direção a sala. — Qual lugar nós sentamos?

—Lá em cima.

—Não me surpreende que você e Laura se deem tão bem.

—O que? — Ela segurou seu braço, inclinando a cabeça. — Você quer sentar em outro lugar?

—Não. Só estava brincando. Você e Laura as vezes tem hábitos em comum.

—E nós não? — Ela deslizou a mão pelo seu braço e segurou sua mão, apoiando-se na parede e guardando o celular. — Está tudo bem?

—Sim, e com você? — Ela parou a sua frente, olhando em seus olhos. — Algo errado?

—Não. Eu só queria checar. — Ela acariciou entre seus dedos, respirando fundo. — Você se vê me apresentando como sua namorada para todas essas pessoas que interromperam nosso encontro hoje? Para o casal sem educação, seu primo, ou a tal mulher no banheiro. Ou eu vou ser sempre alguém mais distante? Porque se somente me disser que isso não vai acontecer, eu posso lidar com isso.

—Eu devia ter imaginado que isso iria te irritar.

—Não estou irritada. Me incomoda, sim, todas as vezes que saio com vocês é desse jeito. Então se não importa o quanto eu planejo um encontro, eu nunca vou prever quem vamos encontrar, me deixe saber se passa pela sua cabeça falar sobre isso com essas pessoas.

—Eu te disse que não vamos te esconder das pessoas.

—Não estou escondida, mas meio que ainda estou, não acha?

—Eu entendo seu ponto.

—Só me deixe saber, está bem? Se quiser manter isso um segredo para sempre, eu vou entender.

—Não, Laura nunca aceitaria isso.

—Não estou querendo saber de Laura, eu já conversei com ela sobre isso. Eu quero saber como está isso para você.

—Oh. Bem, eu assumo que para mim é mais difícil. Laura é... ah, você a conhece. Coloque uma espada na mão dela, e ela vai te defender, mesmo sem saber usar. Mas eu não saberia o que fazer com isso. Eu iria esperar o perigo passar e aproveitar o melhor momento.

—Então você está esperando a melhor oportunidade?

—Sim. Eu não sei quando vai ser, eu não consigo ver isso acontecendo de maneira tão simples quanto Lau, mas sim, vejo acontecendo. Nunca foi meu plano te manter de lado. — Ela suspirou, mas se aproximou mais, segurando sua cintura. — Sinto muito que isso te incomode por mais tempo, mas peço que tenha mais paciência.

—Tudo bem, era tudo o que eu queria saber. — Ela beijou sua testa. — Vamos ver o filme?

—Claro. Lidere o caminho, querida.

Lana a levou para dentro da sala, escolhendo poltronas centrais, contente quando ela se manteve perto, envolvida em seu braço e apoiando a cabeça em seu ombro. Após o filme, Lana a levou para o estúdio de tatuagem, deixando-a confusa com a escolha.

—Vamos fazer uma tattoo? — Ela indagou enquanto subiam as escadas, fazendo-a rir e parar em frente ao estúdio no topo.

—Eu vou. Mas queria sua ajuda para escolher.

—Oh, você quer? E já pensou no que vai tatuar dessa vez?

—Tive algumas ideias, mas queria sua assinatura final, se estiver tudo bem para você.

—Claro que está. Onde vai fazer?

—Vamos decidir o que, e depois decidimos onde. Vem, ela é incrível. Eu fiz as últimas com ela, e a mão dela é de perfeccionista.

—Oh. Até onde você usou a mão dela? — Ela riu enquanto era levada para dentro, observando o estilo descolado do estúdio em meio a música de metal que tocava ao fundo. — É legal. Laura iria gostar. Faz o estilo dela.

—Eu posso mostrar a ela qualquer dia desses se ela estiver pensando em fazer outra. — Ela sorriu ao encontrar a tatuadora, que se levantou da poltrona e seguiu em sua direção, abraçando-a de maneira mais carinhosa. — Hey, Alex. Como está?

—Bem melhor agora. E você? — Ela se afastou, segurando seu rosto e acariciando. — Você está incrível. Da última vez que te vi ainda estava com a muleta. Olhe para você agora.

—Você é generosa demais. Mas realmente, minha perna está nova, consigo escalar uma montanha com ela agora.

—Espero que não precise. Seria um desperdiço com tanta coisa que pode fazer com os pés aqui em terra plana.

—E eu não sei? — Ela riu, afastando-se para mostrar Iori, deslizando uma mão por suas costas. — Olhe o que achei em terra plana.

—Não acredito. Essa é Sasaki?

—Eu sou famosa por aqui? — Iori olhou entre elas, curiosa com a interação.

—Sim, eu sei tudo sobre você. — Ela sorriu, abraçando-a sem cautela. — É um prazer te conhecer pessoalmente. Lana tem me contado tudo. Fiquei feliz quando finalmente caíram na real e foram atrás dela.

—Oh, você sabe de tudo mesmo. — Ela olhou para Lana, erguendo uma sobrancelha em busca de explicação.

—Lembra que eu te disse sobre ômega? Então, eu conheci Alex nessa época que tínhamos nos separado. Ela fez as minhas últimas tatuagens, foi bem recomendada por Alice. — Lana começou a explicar.

—Então eu só perguntei o por que ela faria uma tatuagem assim, e ela não parou mais de falar. — Elas riram enquanto Iori somente observava. — Mas foi ótimo, descobrimos tantas coisas em comum.

—Alex também está num relacionamento como o nosso. Então foi maravilhoso conhecer alguém que soubesse lidar com tudo isso e não me achasse maluca. Desde então não paramos mais de conversar.

—Nossas agendas só não colidiram para nos encontrarmos de novo, mas eu não a culpo, eu ficaria bastante ocupada com vocês duas também.

—Oh, você também namora com duas pessoas. — Iori se surpreendeu. — Há quanto tempo?

—Nove anos. — Ela pegou o celular e abriu na galeria, mostrando a ela. — Essa é Dorah, e esse é Leonard.

—Eles são fofos.

—E eles ficaram bastante interessados em Lana. Mas não se preocupe, eu a protegi. — Ela sorriu para Lana. — Somos amigas, mas eu não me vejo compartilhando a cama com você, sinto muito.

—Não seja convencida, eu só não queria misturar as coisas. — Lana deslizou o braço sobre os ombros de Iori, beijando sua têmpora. — Eu queria que vocês se conhecessem. Alex tem sido uma grande amiga, mas é muito ocupada, entre o trabalho e as crianças, nós não conseguimos marcar um horário para eu poder te apresentar.

—Mas eu quero marcar um encontro entre todos nós qualquer dia desses. Eu só estava esperando que vocês se tornassem mais fixas.

—Laura vai adorar, por que não? — Ela olhou para Lana, envolvendo sua cintura. — É sempre bom conhecer seus amigos. Eu estava começando a achar que Madson era sua amiga mais próxima.

—O que? Não. Meus amigos ficaram todos em NY, e eu não tive qualquer tempo desde que me mudei para manter contato com eles. Mas atualmente tenho Alex e Alice, as vezes Leon. Madson é uma consequência.

—Uma grande consequência. — Ela riu em clima leve, beijando sua bochecha antes de se voltar a Alex. — Vocês têm filhos?

—Sim, dois. Dorah acabou engravidando, aquela descuidada, tivemos gêmeos. — Ela voltou a mostrar fotos no celular. — Tem apenas quatro anos, destroem mais a casa que Jonny, nosso cachorro, e olha que ele é grande.

—Mas eles são umas graças. — Lana apontou na tela. — Esse é Ethan, e esse é Caleb. E esse é Jonny, o pastor alemão.

—Como você sabe a diferença? Eles são iguais. — Iori ainda buscava diferença neles, estreitando os olhos.

—Caleb é mais alto. E Ethan tem os olhos mais claros. — Ela olhou para Alex. — Puxaram mais a Leonard, não é? Ele é bem alto em comparação a vocês duas.

—Se me chamar de anão de novo eu tatuo um porquinho na sua testa. — Alex a ameaçou, apontando o dedo em sua direção, mas somente a fez rir.

—Vocês duas são baixas. Não me culpe por isso. Mas é fofo, eu fico imaginando se fosse você quem tivesse engravidado. Eles teriam seus olhos castanhos e seu nariz pequeno.

—Eles seriam pequenos para sempre em outras palavras.

—Claro que sim.

—Eu vou te sedar e tatuar um porco roxo na sua testa. Espero que você goste de bacon. — Ela olhou para Iori. — Espero que goste de porco.

—Não, não, porco não. Não no rosto, olhe para ela, seria uma tragédia estragar um rosto desse. — Iori apertou as bochechas de Lana, que ainda ria.

—Está bem, eu faço na bunda sem qualquer problema.

—Não importa, faça no rosto, deixa a bunda em paz.

—Ei! — Lana afastou suas mãos, mas elas somente riram. — Sem porcos no meu rosto. Eu tive ideias melhores para tatuagem hoje que não envolvem porcos.

—Já decidiu qual delas vai fazer? Se fizer a maior e estiver com tempo livre eu posso terminar hoje, mas talvez seja melhor fazer em duas vezes.

—Eu ainda não decidi.

—Você é indecisa demais. Não me admira que tenha trazido reforços. Para a sua sorte eu desmarquei meus clientes do resto do dia, então decida.

—Oh, falando assim eu me sinto especial.

—Talvez um pouquinho. Mas se sintam à vontade. Meu estúdio é livre, só não fiquem animadas, da última vez que um casal resolveu trans*r aqui um deles saiu com uma flor na bunda.

—Não se preocupe comigo. Mas se fosse Laura ela definitivamente não iria se importar. — Iori inclinou a cabeça para Lana. — Nem você.

—Vocês são desse jeito? — Alex riu, afastando-se para as dar espaço. — Você não cansa de surpreender, sra. Mason.

Alex voltou a se sentar na poltrona, gesticulando para elas se sentarem no sofá a frente. Iori não hesitou em sentar no colo de Lana, esticando as pernas a frente e envolvendo seu pescoço, fazendo-a sorrir contente.

—Você está fazendo suspense demais. Mostre o que tem em mente.

Ela pegou o álbum que Alex tinha deixado ao lado e colocou no colo dela, folheando e apontando as imagens que mais tinha gostado.

—São opções bem diferentes. O que gostou nelas?

—Bem, a raposa porque além da dualidade de bem e mal que ela representa também é um símbolo feminino, selvagem.

—E você sabe ser selvagem quando quer. — Ela sorriu, movendo os dedos em seu queixo.

—Vê? Ela entendeu, Alex.

—Como você quer que eu entenda? Eu nunca passei pela sua cama. — Ela protestou, levantando os olhos do celular.

—Eu posso garantir que ela sabe brincar de policial bom e ruim também. — Iori riu quando a viu enrubescer.

—Pare com isso ou vai acabar com uma flor na bunda. — Lana beijou seu pescoço, olhando em seus olhos cinzentos. — Você gostou?

—De ter uma flor na bunda? Não, não. Eu vou me controlar. — Ela riu outra vez, Lana pressionou os dedos em suas costelas, fazendo-a rir mais. — Está bem! Eu gostei da ideia. Você ganhou.

—Boa garota. — Ela envolveu sua cintura, deixando que ela continuasse a folhear o álbum.

—Uma rainha. — Ela moveu o dedo pela figura, observando a coroa e o rosto oriental.

—Eu pensei em acrescentar as cores e deixar uma parte com os ossos da estrutura, para representar um pouco de cada.

—Oh, eu e Laura. — Ela a olhou, inclinando a cabeça. — Você se marcaria por causa de nós?

—Eu já marquei de certa forma. Mas eu não me marcaria por causa de vocês, mas pelo que vocês sempre vão representar. — Ela acariciou sua perna, apoiando a testa na sua bochecha.

—Lau sabe disso?

—Sim.

—Bem, você só vai marcar seu corpo com esse intuito, se eu puder marcar o meu da mesma forma. — Ela beijou sua testa, acariciando seus cabelos enquanto a olhava nos olhos.

—Você? Não. Não decida nada por impulso. Eu estive pensando nisso por muito tempo. Diga a ela, Alex.

—Já faz mais de um mês. — Alex concordou. — Ela tem enchido meu celular de mensagem com isso.

—Você me conhece, acha que sou impulsiva? — Iori ainda a olhava. — Eu iria adorar ter a chance de ter Laura e você marcadas no meu corpo da mesma forma, ela fez isso também.

—Sim, eu fiquei sabendo. — Ela respirou fundo. — Mas mesmo assim, não é uma boa ideia.

—Eu quero fazer uma, e não seria legal se nós três tivéssemos a mesma?

—Bem, sim, seria. Mas Laura não está aqui agora. Então se quer mesmo fazer uma assim, nós vamos para casa e pensamos em algo com ela. Pode ser?

—Sim, ela costuma ter boas ideias também. — Ela selou seus lábios, voltando a folhear o álbum, sorrindo para a próxima. — Você vai fazer essa onde acho que vai fazer?

—Sim, essa é a grande do qual estávamos falando. Pegaria a perna toda, e sim, metade da bunda.

—Um dragão.

—Sim, é lindo, não acha?

—Muito. Ficaria perfeito em você. — Ela segurou seu queixo para erguer seu rosto. — Forte, inteligente, orgulhoso e encantador. Esse tem meu voto.

—Eu também gostei mais desse. Eu só estava me preparando para o trabalho que isso vai dar.

—Mentira. Ela vai chorar que nem um bebê. — Alex a provocou.

—Isso também. — Ela se viu obrigada a concordar.

—Eu seguro sua mão. — Iori afirmou, mas acabou rindo. — Não se preocupe. Vai passar rápido.

—Sei. Bem, Alex, você tem trabalho a fazer. Se prepare.

—Eu estou pronta. Tire a calça, me diga qual perna e eu te mostro como vai ficar. — Ela se levantou, ligando o aplicativo de simulação, percebendo que ela ainda hesitava no sofá. — O que? Vai me fazer acreditar que é tímida?

—Não, não. — Ela riu. — Eu só esqueci um detalhe.

—Você está usando calcinha não está?

—Claro que sim. Mas não uma comum, porque não planejei onde faria. — Ela olhou para Iori, que ergueu as sobrancelhas. — Sim, assim mesmo.

—Eu vou adorar ver seu fio dental. — Alex começou a rir, voltando-se ao celular.

—Oh, por Laura. — Iori a encarou com curiosidade. — Está mesmo usando algo assim?

—Claro que estou, é nosso encontro. — Lana riu, começando a se levantar.

—Não se preocupem, é melhor desse jeito. Me dá mais espaço para trabalhar. — Alex as olhou por um momento enquanto Lana tirava os sapatos.

—Só é uma pena que eu não possa fazer nada. — Iori reclamou, abrindo o zíper de sua calça, sorrindo para o tecido vermelho rendado.

Lana selou seus lábios, baixando a calça e deixando ao lado, retirando o casaco e o lenço, deixando ambos no sofá. Alex assoviou, logo a indicando onde deveria ficar, em seguida tirou uma foto de sua perna por inteiro, posicionando a imagem da tatuagem e ajustando as proporções, deixando que elas analisassem.

—Oh. Vai ficar incrível. — Lana constatou. — Pensei em deixar algumas partes com cores. Os olhos azuis mais intensos, intercalar as escamas com cores também. O que acha?

—Por mim tudo bem. Deite de lado, eu vou preparar as agulhas.

Lana a obedeceu, Iori a ajudou ficar na posição, sentando ao seu lado, aguardando em expectativa e permanecendo ao seu lado quando Alex começou a realizar o molde e então executar a tatuagem oficial. Ficaram o resto da tarde e início da noite no estúdio, mas Alex conseguiu finalizar.

—Ficou maravilhoso, Alex. Melhor do que imaginava.

—É melhor você voltar quando a tinta fixar para fazer a parte colorida. O resto você já sabe como cuidar. Se tiver qualquer problema me diz.

—Eu direi, não se preocupe.

—Agora coloca a calça. Começo a entender o porquê sua namorada não queria sua bunda marcada. — Ela piscou para Iori, afastando-se.

—Eu te disse. Agora está ainda mais perfeita. — Iori envolveu sua cintura e beijou sua nuca, baixando o tom. — Laura teve que passar no hospital, tem um carro esperando por nós lá fora, e eu quero você em nossa cama o mais rápido possível.

—Oh, gostou tanto assim da tatuagem? Já quer estrear? — Ela sorriu, virando-se e envolvendo seus ombros.

—Talvez. Ou talvez porque eu não aguente mais manter minhas mãos longe de você por muito mais tempo. — Ela selou seus lábios, olhando em seus olhos com maior intensidade. — Nem precisamos fazer algo além. Eu só quero tocar você.

—Tudo bem. Vamos para casa, meu amor, e você pode ter tudo.

Iori sorriu satisfeita, esperando que ela se vestisse e pagasse Alex, vendo-as se despedir com maior afeição e combinando a próxima visita. Tão logo se despediram, foram para o carro que as esperava, seguindo para a casa de Lana. Passaram todo o caminho trocando beijos, parando somente para pagar o motorista e seguir para dentro da casa, despindo-se no caminho do quarto.

—Me espere lá, eu vou ao banheiro primeiro. — Lana alegou, acariciando seus dedos, parando em frente a porta do quarto.

—Não demore.

Lana assentiu, esperando que ela entrasse antes de ir ao banheiro, respirando fundo, sentindo seu corpo quente. Ainda assim se preparou, limpando-se para o livre contato de Iori, só então voltando ao quarto, vendo-a na cama já nua, esperando-a. Sentou diante de si, envolvendo as pernas em sua cintura, beijando-a sem precisar dizer nada, sentindo as mãos dela explorando seu corpo e a acariciando. Ficaram a próxima hora somente se tocando, estimulando uma à outra, sem seguir adiante, somente aproveitando a proximidade e o contato.

—Amor... — Iori a olhou por inteiro, deslizando as pontas dos dedos em seu corpo, sentindo sua pele a ferver. — Me deixe sentir você por dentro.

—Quando quiser. — Lana montou em seu colo e aprofundou o beijo, sentindo as mãos dela apertarem e separarem suas nádegas, penetrando os dedos úmidos do seu sex* e fazendo um vai e vem lento.

—Você é maravilhosa. — Falou em meio ao beijo, acariciando sua coxa com a outra mão. — Você me deu um dia incrível hoje.

—Porque você merece. — Ela sorriu, fazendo-a deitar, mantendo-se sobre ela com o quadril empinado, recebendo suas estocadas. — E eu faria tudo de novo, só para continuar ouvindo seu riso.

—Você me divertiu muito hoje. Deixe-me retribuir agora. — Ela tocou seu sex*, sentindo-o úmido e inchado, seu corpo se tensionando com o contato. — Oh, você não aguenta mais.

—Depende de quantas vezes você consegue rebol*r hoje. — Ela a provocou, rindo baixinho.

—É o que você quer? Que eu rebole em você?

—Dentro de mim. Preciso de você lá dentro.

Iori sorriu, movendo a cabeça para concordar. Lana se moveu para pegar o strap ao lado da cama, colocando nela, sendo deitada no colchão e suas pernas separadas. Iori hesitou, olhando seu rosto e descendo os olhos pela sua pele exposta, mordendo o interior das bochechas enquanto pensava. Penetrou devagar, ainda que o strap deslizasse com facilidade, ajeitou-se na melhor posição, movendo-se sem pressa junto a ela, tocando seu corpo e mantendo os olhos nela.

—Sasaki... — Lana a chamou, buscando entender o que via nos seus olhos, sem encontrar o mesmo desejo carnal que sempre via quando estavam na cama, mas apreciou o carinho que ela oferecia, a ternura e afeição que demonstrava.

—Sim, estou aqui. — Ela se moveu mais rápido, mas Lana segurou seu quadril, fazendo-a ir mais devagar, pressionando as mãos em suas nádegas para ditar o ritmo. — Não quer vir rápido demais?

—Eu quero aproveitar esse olhar em seu rosto.

—Qual?

—Esse. — Ela sorriu, esperando que ela se aproximasse mais, mordendo sutilmente seu lábio e o puxando. — O que está querendo fazer amor comigo.

—Oh...

—Sim, eu percebi. Então não tenha pressa, estou aqui. — Elas pararam de se mover e ficaram se olhando por um longo momento, voltando a trocar carícias.

—Estive querendo fazer isso. — Assumiu, movendo os lábios pelo seu rosto. — Eu só não sabia como.

—Você podia ter me dito. — Ela segurou seu rosto, olhando em seus olhos cinzentos. — Tira isso, vamos fazer amor.

—Podemos fazer ainda com o strap.

—Sim, mas não é a mesma coisa. Eu quero tocar você.

—Tudo bem.

Iori retirou o strap, Lana voltou a beijá-la, grudando seus corpos, acariciando um dos seus seios, esperando até que ela estivesse relaxada e concentrada em si para tocar seu sex*, movendo os dedos lentamente, atraindo os olhos cinzentos nos seus. Encostou a testa na sua, sem pressa, aproveitando o contato que sentiu entre suas pernas outra vez, agora mais sutil, uma acaricia. Continuaram se movendo, mantendo os olhos fixos, aumentando o ritmo gradativamente, respirando o mesmo ar, os sons ecoando no pequeno espaço entre elas, até estarem satisfeitas.

Iori sorriu, beijando-a, Lana a abraçou, apoiando o queixo em seu ombro, só então percebendo a presença de Laura na porta. Ela estava séria, cansada, moveu-se quando percebeu que ela a olhava, pressionando um dedo nos lábios, pedindo que não dissesse nada, então se virou e saiu, deixando-a confusa.

—Isso foi intenso. — Iori voltou a olhar para ela, sorrindo, alheia a presença de sua companheira. — Está tudo bem?

—Sim, não se preocupe, foi maravilhoso. — Ela beijou seus lábios, acariciando seu rosto. — Foi bom fazer amor contigo.

—Oh, eu concordo. Eu me sinto tão bem.

—Eu também.

—E cansada. Estou exausta.

—Dorme meu amor. Já está tarde.

—Verdade. — Ela pegou o celular no criado, estreitando os olhos. — Era para Laura ter chego. Será que aconteceu alguma coisa?

—Ela chegou. Acabei de vê-la no corredor.

—O que? — Ela olhou para a porta, franzindo o cenho enquanto se afastava, sentando na cama. — Você tem certeza?

—Tenho.

—É só... não faz o tipo dela não se juntar a nós.

—Acho que você tinha razão sobre ela estar chateada comigo. — Ela suspirou, sentando-se também, atraindo seu olhar.

—Não é contigo que ela está chateada. É comigo. Ela deve achar que estou te pedindo demais de novo. — Ela suspirou, massageando a têmpora. — Eu vou falar com ela.

—Não. Você está cansada, não quero que acabem discutindo. E eu não acho que seja contigo dessa vez. Eu só... tenho a impressão de que é comigo agora.

—Tem certeza? Vocês costumam ser intensas para resolver as coisas.

—Não vou discutir com ela, tem minha palavra. Vou tomar banho primeiro. Quer vir?

—Claro.

Elas seguiram para o banheiro, tomando um banho mais rápido, colocando pijamas, então Iori se preparou para dormir enquanto Lana decidia descer sozinha. Encontrou tudo apagado, somente a TV da sala estava ligada, suspirou ao se aproximar, vendo Laura deitada de lado, assistindo. Escalou atrás do sofá, cuidadosamente deitando atrás dela, envolvendo sua cintura e pressionando seu corpo nas costas dela. Laura suspirou, sem se mover para aceitar sua aproximação, mas ela não desistiu, mantendo-se colada a si.

—Lana, isso não vai resolver nada. — Ela falou em espanhol.

—Eu estava certa, afinal. Você está chateada comigo. — Retribuiu a sua língua natal, descontente com a situação.

—Eu estou cansada, Lana. Quando você vai aprender a me escutar? Eu te avisei que uma tatuagem não resolveria as coisas, e olha tudo o que fez hoje. Acha que amanhã estará tudo bem?

—Eu não fiz a tatuagem para ela. Eu pedi a ajuda dela para decidir sim, mas é para mim. — Ela pressionou os dedos sobre seu abdômen, que contraiu, fazendo-a suspirar. — Sim pensei em fazer uma tatuagem diferente, mas que pudesse ser algo que mostrasse a importância de vocês duas na minha vida. Ela quer fazer também. Achou que seria bom nós três termos, em algum momento.

—Você vai me escutar se eu te pedir para não fazer?

—Se não quiser que eu faça por se sentir mal, tudo bem, eu não faço.

—Okay.

—Qual é, Laura. O encontro inteiro tive que aturar ser deixada de lado sempre que alguém a parava porque vocês não podem falar nada. E ela estava se recusando o tempo inteiro que eu fizesse demais por ela. Deus, ela sequer me deixou pagar a conta.

—Restaurante chique?

—O problema não foi o restaurante, mas ela passou metade do dia se sentindo culpada porque eu a chamei para o encontro e não a você.

—O que?

—Eu não sei o que estiveram conversando, mas ficaria agradecida se me contassem quando me envolve. Qual é Laura, você está reclamando que não te escuto, mas eu te escutei. Eu não fiz nada demais hoje, e metade disso foi porque ela estava se segurando. Eu sequer sabia que ela estava se consultando com um analista.

—Iori está vendo um analista?

—Você também não sabia?

—Claro que não. Desde quando?

—Umas três semanas.

—Ah... — Ela suspirou, movendo a mão para segurar a dela, cobrindo-a ao envolver seus dedos. — Por isso ela tem agido diferente.

—Bem... ela não quer que eu mantenha os encontros equilibrados entre vocês. E eu preferia ficar sabendo por você que está chateada comigo por eu estar passando mais tempo com Iori.

—O que você poderia fazer? Nenhuma de nós poderia fazer nada porque queríamos evitar os conflitos com ela.

—Eu queria ter ficado sabendo do mesmo jeito. É como você se sente, não acha importante eu ficar sabendo também? Ou acha que eu me preocupo menos contigo, Laura? Qual é... desculpa se te magoei, mas eu preciso saber para não fazer de novo. Para melhorar. Não é assim que são os relacionamentos?

—E o que você vai fazer sobre isso agora?

—Agora? Vou ficar contigo. — Ela pressionou os lábios em seu ombro. — Eu vou passar mais tempo contigo, vou tentar pensar menos em compensar as coisas para Iori. Não é como se não quisesse passar mais tempo sozinha contigo.

—Não é só isso.

—O que mais você quer?

—Eu não quero que fique correndo atrás de nos agradar, Lana. Somos suas namoradas, sou sua mulher, vamos agir juntas.

—Acha que por isso vou deixar de querer manter vocês felizes?

—Não se isso significa que acha que vamos te deixar se não fizer o suficiente. Você não está num concurso, Lana. Relaxa, porque você já ganhou.

—Então por que sinto que se eu der um passo errado eu perco vocês duas? Que se não mostrar o suficiente de esforço para manter vocês perto eu vou perder de novo?

—Lana... — Ela tentou se virar, mas ela a abraçou mais forte, impedindo-a. — Desculpa. Isso é nossa culpa. Não sua. Você nunca fez nada errado nesse sentido. Fomos nós quem te deixamos insegura antes. E eu não tenho como tirar isso de você tão rápido, mas acredite em mim, vou tentar um pouco a cada dia para te provar que não vamos deixar aquilo acontecer de novo.

—Então você vai deixar de estar chateada comigo?

—Não estou chateada. — Ela suspirou, virando-se finalmente, segurando seu rosto enquanto analisava seus olhos, que esperavam uma explicação. — Eu estava com ciúmes.

—Ciúmes? — Ela franziu o cenho. — De Iori comigo?

—Sim. E sei que não deveria. Mas eu vi o momento de vocês, queria que estivesse comigo, cariño. Queria que estivesse nas minhas mãos. Queria que estivesse fazendo amor comigo. — Ela fechou os olhos, balançando a cabeça enquanto suspirava outra vez. — Às vezes entendo o motivo de Iori querer tanta exclusividade com você.

—Porque você quer também?

—Porque eu quero você sem hesitar. E ela tem medo do que quer.

—É? Ela não pareceu hesitar desde de que a conheci. Quem esteve se segurando até agora fomos você e eu. — Ela a olhou em busca de negação, mas ela somente ficou quieta, pensando. — Ontem eu vi partes de você que eu não sabia que existia, cariño. — Falou mais baixo, movendo um dedo pelo espaço que o robe não cobria, descendo pelo seu estômago. — Você podia ter perdido seu trabalho. Mas acho que foi o único dia em que não te vi hesitar em pegar o que queria.

—Então posso te dizer o mesmo, porque não fazia ideia que você podia ser tão impulsiva quanto eu sou. — Ela sorriu com a lembrança, somente a assisti-la desatar o nó frouxo da faixa do robe, afastando o tecido e revelando sua nudez, tocando seu abdômen com maior intimidade. — Estive querendo fazer isso por tanto tempo, mas Iori nunca faria algo assim. Você me surpreendeu.

—Posso te surpreender mais então. — Ela sorriu, segurando seu seio e massageando com intensidade.

—Há algum lugar que tenha interesse?

—Há algum que não tenha? — Ela usou a mão livre para tocar o sex* dela, acariciando tão logo ela afastou as pernas para lhe dar espaço.

—Há poucas coisas mesmo que você não aceitaria, não é mesmo? — Relembrou, pressionando os dedos no bico do seu seio, que marcava sua camisa de seda, fazendo-a gem*r. — Então se eu simplesmente começar, você não vai me parar?

—Me surpreenda, hottie. Eu não tenho qualquer motivo para te impedir.

—Oh, querida, você não podia ter me dado melhor liberdade agora.

—Use-a. Você já demorou demais para começar a se arriscar.

—Agora você está me provocando demais. — Ela pressionou mais os dedos em seu bico do seio, fazendo-a gem*r com dor, mas acabou rindo quando o soltou.

—Não pare agora, é divertido.

—Oh, Deus, por que eu demorei tanto? — Ela riu, retirando sua camisa e voltando a segurar seu bico, massageando com maior pressão.

—Eu não sei, sua covarde, talvez tenha tido medo que eu mordesse forte demais se chegasse mais perto?

—Você pode morder o quanto quiser.

—É? — Ela sorriu, pressionando os dedos com força em seu sex*, inclinando-se e mordendo seu ombro, sentindo-a se tensionar, mas logo foi abraçada, uma mão sendo pressionada em sua cabeça para continuar, não hesitou em a morder mais vezes, sem deixar de mover os dedos em seu sex*.

—Lana... — Ela fechou os olhos, sentindo o prazer em meio a dor, incapaz de raciocinar.

Lana sorriu, continuando a deixar marcas profundas em torno dos seus ombros, sentindo-a cada vez mais úmida e inchada em resposta.

—Tire sua calça. — Laura falou em tom mais firme, prendendo os dedos em seus cabelos e os puxando, afastando do contato com sua pele. — Você me deu uma ideia.

Ela retirou as calças, permanecendo no sofá, Laura a reposicionou, fazendo-a escalar seu corpo até que tivesse as pernas aos lados de sua cabeça, seu sex* a centímetros da boca dela.

—Aguente o máximo que puder. — Laura ordenou, não dando qualquer tempo para uma resposta antes de avançar, ch*pando e lambendo seu sex* com intensidade.

Lana inclinou a cabeça para a olhar, surpresa com sua movimentação, sentindo-se em êxtase com a intensidade de sua investida. Teve dificuldade em se segurar, adorando a pressão que era depositada em seu sex*, mas se conteve, porque sabia que Laura estava testando seus limites. Decidiu retribuir, inclinando o corpo para trás e alcançando seu sex*, movendo os dedos no seu ponto sensível na mesma intensidade, movendo o quadril em sua boca para a provocar.

Laura não ficou muito mais tempo testando-a, sem conseguir aguentar muito mais. Então a fez se mover, ajeitando-a na posição que desejava, ambas posicionando as pernas da melhor maneira no pouco espaço que tinham, seus sex*s finalmente grudados.

—Se me pedir para me segurar agora-

—Me dê tudo o que tem. — Laura começou a mover o quadril, os olhos acompanhando o movimento.

Lana sorriu, aliviada, começando a se movimentar junto a ela, sentindo prazer em observar seus corpos e em a sentir roçar em si. Elas não aguentaram muito mais tempo até chegarem ao ápice, seus corpos caindo relaxados em cada lado do sofá.

—Laura?

—Sim?

Ambas olhavam para o teto, recuperando o fôlego, aproveitando a sensação de dormência e êxtase.

—Case comigo.

—Um casamento de verdade? — Ela riu sutilmente.

—No papel e tudo.

—Você acabou de se divorciar. — Relembrou.

—Então estou livre para casar de novo.

—Não seja tola. — Ela se moveu até estar deitada ao lado dela outra vez, olhando em seus olhos. — Você não iria querer casar comigo. Eu iria continuar cuidando de você, desejando você, e buscando te fazer feliz sempre.

—Você tem razão, não é uma boa opção. É melhor eu continuar procurando uma esposa melhor. — Ela riu, selando seus lábios mais demoradamente.

—Como foi seu noivado com Madson? Ela que pediu ou foi você?

—Estávamos viajando. Kris passou aquele verão com Daph em outra viagem, então aproveitamos para viajarmos sozinhas. Fomos para a Itália, sempre quisemos conhecer. — Ela moveu o dedo sobre as marcas que tinha feito no seu ombro. — Então houve um jantar no meio da viagem, começamos a conversar sobre o futuro, sobre ter uma família e filhos. Ela falou para eu olhar a lua, porque estávamos no terraço. Quando eu me virei de volta, ela estava de joelhos com as alianças em mãos ao meu lado. Foi um dos momentos mais marcantes que tive com ela.

—Eu posso imaginar. O que houve com sua aliança?

—Está com ela. Eu devolvi antes de me mudar para Chicago. Não foi um momento feliz, então não me peça para relembrar.

—Eu entendo. Então não me odeie se eu não te responder agora. Mas me pergunte de novo quando tiver plena certeza, e eu não vou hesitar. — Ela manteve os olhos fixos nos dela. — Você sabe qual será minha resposta.

—Sim, eu sei. — Sorriu, fechando os olhos, sentindo-se cansada o suficiente para simplesmente adormecer. — Nosso casamento será perfeito.

Laura a ficou olhando, sorrindo por um momento, contente. Levantou do sofá e a pegou no colo, ouvindo-a rir baixinho, sonolenta, mas não reclamou quando a levou para o andar de cima, mantendo-se perto. Iori parou no corredor ao vê-las, cruzando os braços, balançando a cabeça enquanto deixava que entrassem, esperando que Lana fosse colocada na cama. Seguiu Laura e a afastou da cama, mas ela somente se virou e a puxou pela cintura, beijando-a e aprofundando o beijo, calando seus protestos. Iori envolveu sua nuca, sorrindo quando se afastaram.

—Eu vou casar com ela. — Laura anunciou num sussurro.

—O que? — Ela riu baixo. — Você propôs? Achei que estivessem brigando. — Ela moveu os dedos pelo ombro dela, percebendo as marcas mais escuras.

—Não. — Ela sorriu mais. — Eu vou casar com ela. Um dia eu vou.

—Tudo bem. Vai me convidar para a festa?

—Talvez.

—Qual é, eu adoro os doces. Eu vou me comportar.

—Tola. — Ela a beijou outra vez, sentindo-se leve.

—Estou feliz que estejam tão bem assim. Você sempre quis alguém para casar, estou feliz que seja Lana.

—E eu estou contente que você esteja bem com isso. Digo... não é como se fosse acontecer amanhã. Mas você sabe...

—Sim, eu sei. Vamos dormir, não quero acordar ela.

Laura assentiu, acariciando seu rosto antes de a seguir de volta para a cama, deitando ao lado de Lana, esperando que Iori deitasse do outro lado antes de apagar a luz.

 

Fim do capítulo

Notas finais:

A pedidos, aqui está o encontro :D

Muita informação, eu sei, mas talvez já dê para perceber para onde a história vai agora?

Sim, para o passado da Lana :')

Até quinta ;)


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Comentários para 19 - Décimo sétimo:
Dolly Loca
Dolly Loca

Em: 03/05/2021

Amando demais essa história!!!

Adoro a conexão que as três têm e os elos que a Lana tem individualmente com a Iori e com a Laura.

Bjos


Resposta do autor:

Muito bom saber que está gostando, Dolly!

Eu gostei de fazer esses momentos solos da Lana com cada uma para pontuar esses pontos em comum que tem com cada uma :D que bom que gostou!

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